Nts 027
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NTS 027
Elaboração de Projetos
Procedimento
Revisão 1
Outubro - 2014
São Paulo
NTS 027: 2014 Norma Técnica Interna SABESP
SUMÁRIO
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Norma Técnica Interna SABESP NTS 027:2014
1 RECOMENDAÇÕES DE PROJETO
Os projetos de Estações de Tratamento de Esgotos - ETEs devem ser precedidos por
uma avaliação da capacidade de diluição e autodepuração do corpo receptor, levando-se
em conta a legislação ambiental vigente, com o objetivo de se verificar o grau de
tratamento a ser empregado.
O estudo de impacto ambiental, Relatório Ambiental Preliminar RAP, deve ser
elaborado, preferencialmente, por ocasião do Estudo de Concepção da ETE.
Os esgotos devem ser caracterizados sob o ponto de vista quantitativo e qualitativo. Sob
o ponto de vista quantitativo, devem ser apresentadas as vazões de origem doméstica,
comercial, industrial, pública e de infiltração. Sob o aspecto qualitativo devem ser
avaliadas a concentração de DBO5 (20º), os sólidos em suspensão total, os sólidos
voláteis, a DQO, o nitrogênio, o fósforo e as substâncias tóxicas, ou específicas,
provenientes do recebimento de efluentes não-domésticos.
Na ETE a ser projetada devem ser consideradas, obrigatoriamente, os seguintes
dispositivos:
-
medidor de vazão de esgoto bruto e de esgoto tratado;
tratamento preliminar - grades e caixa de areia;
no caso de desinfecção com gás cloro, devem ser projetados sistemas de controle e
planos de emergência para a ETE e vizinhança.
Além desses dispositivos, devem ser previstos tratamento e disposição final de lodos e
demais resíduos gerados na ETE, quando pertinente, com a previsão do período para
retirada desses resíduos.
Toda ETE deve ser convenientemente modulada para permitir maior flexibilidade
operacional e para se minimizarem os investimentos iniciais e ociosidades nas
instalações.
O arranjo das unidades de tratamento deve ser convenientemente estudado, procurando-
se minimizar a área ocupada, os problemas de odores, as perdas de carga e o trajeto de
tubulações, facilitando a circulação, sua operação e sua manutenção, além de apresentar
um aspecto visual equilibrado e agradável.
O Projeto Paisagístico é obrigatório e deve utilizar, preferencialmente, as plantas nativas
da região em que será construída a ETE.
Nos processos que possuem baixo tempo de detenção no reator biológico, tais como
lodos ativados, filtros biológicos e RAFAs (Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente),
caso seja necessária elevatória a montante, esta deve ter a sua vazão modulada de
forma compatível com a modulação da ETE, devendo-se estudar a conveniência da
utilização de bombas de velocidade variável.
Todas as unidades de tratamento devem estar situadas acima da cota de inundação da
área e afastadas das margens de rios, em obediência às determinações do Código
Florestal.
A escolha do processo de tratamento deve ser feita com base em uma análise técnico-
financeira. Inicialmente, em conjunto com a SABESP, devem ser analisados os vários
processos existentes, levando-se em conta condicionantes locais e selecionando os que
forem considerados viáveis. Após essa análise, existindo mais de uma opção, os
processos devem ser pré-dimensionados, orçados preliminarmente e comparados sob os
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as áreas de corte devem ser escarificadas com sulcos de, pelo menos, 30cm de
profundidade e compactadas com IC mínimo de 95% do Proctor Normal.
2.2 Lagoas Aeradas
Nas lagoas aeradas facultativas, devida à baixa potência introduzida, parte dos sólidos se
deposita no próprio tanque de aeração.
As lagoas aeradas aeróbias, ou de mistura completa, necessitam de unidades
complementares para retenção dos sólidos em suspensão. Essas unidades são
denominadas lagoas de decantação e devem ser dimensionadas para tempo de
detenção máximo de 1 (um) dia e com espaço para acúmulo de lodo. Recomenda-se a
previsão de leitos de secagem, lagoas de lodo para a secagem dos lodos ou dispositivos
mecânicos para desidratação do lodo.
Devem ser previstas placas de concreto sob os aeradores, para se evitar a erosão no
fundo das lagoas;
As recomendações apresentadas para elaboração do projeto de lagoa de estabilização
valem para o presente caso.
2.3 RAFA Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente
Os RAFAs necessitam de um tratamento complementar para se garantir, em qualquer
condição de operação, uma eficiência superior a 80% na remoção de matéria
carbonácea, conforme recomendação da legislação ambiental estadual.
Para se atingir esse nível de eficiência, são recomendados pós-tratamentos constituídos
por lagoas de estabilização facultativas, ou outro processo aeróbio.
Sob as ranhuras de entrada de esgotos, nas câmaras de sedimentação, devem ser
previstos dispositivos que impeçam a entrada de gases nas câmaras.
Deve ser previsto, ainda, dispositivo para remoção da escuma e do lodo em excesso.
Os RAFAs devem ter os gases captados e queimados, devendo ser dotados de sistema
de controle de odores, quando forem locados nas proximidades de habitações.
2.4 Lodos Ativados
Nos projetos de ETE com sistema de lodos ativados, devem ser previstos:
modulação;
automação do processo operacional;
utilização da torta de sólidos produzida;
reuso do efluente para águas de serviços;
reuso do gás metano, quando produzido;
a vazão de descarte e o tempo de ciclo, no caso de operação por batelada, em
atendimento à legislação.
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3 DESENHOS
Além dos desenhos indicados na NTS018, que forem aplicáveis neste caso, devem ser
apresentados desenhos específicos, contendo os seguintes elementos: desenhos gerais;
desenhos das unidades; e desenhos de tubulações, conforme relacionado a seguir.
O padrão para títulos, cabeçalhos, lay out, escalas, linhas etc. deve atender ao prescrito
na NTS 018.
Nesse desenho, devem estar indicadas todas as unidades de processo, com escala
horizontal menor que a vertical e com indicação dos níveis de água e principais
elevações das estruturas, sendo a ETE desenhada com o fluxo da esquerda para a
direita.
3.2 Desenhos das Unidades
Cada unidade da ETE deve ser detalhada separadamente através de um conjunto de
desenhos, de modo a ficarem perfeitamente caracterizados a forma, as dimensões,
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4 RESUMO DO PROJETO
Deve ser apresentada uma descrição objetiva e resumida de todo o sistema objeto do
contrato, com ilustrações, ressaltando as seguintes informações básicas:
horizonte de projeto: previsão de início de operação e vida útil operacional
prevista;
etapas de implantação;
população atendida e capacidade da ETE nas etapas de implantação;
5 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
As Normas relacionadas a seguir, citadas neste texto, devem ter suas prescrições
atendidas. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como
toda Norma está sujeita à revisão, recomenda-se que seja analisada a conveniência da
Sabesp adotar edições mais recentes das referidas normas.
6 DISPOSIÇÕES FINAIS
Aplicam-se a esta norma os dispositivos constantes na NTS018, "CONSIDERAÇÕES
GERAIS", naquilo em que não houver conflito com o conteúdo estabelecido por esta NTS
027.
7 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Nas aplicações destes procedimentos de projeto, da NTS 018 à NTS 027, devem ser
consultadas as normas da ABNT e os documentos abaixo relacionados, quando cabível,
nas versões mais recentes.
1 Manual de Especificação Técnica, Regulamentação de Preços e Critérios de Medição
Volume 1 e 2 versão em português e espanhol (SABESP).
2 Manual de Composição de Preços de Serviços de Engenharia (SABESP).
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- Palavras Chave:
esgoto; tratamento; ETE; projeto.
- 08 páginas
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Considerações finais:
1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser
alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser
enviados ao Departamento de Acervo e Normalização Técnica - TXA no
endereço;marcoabarbosa@sabesp.com.br.
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