Metabolism o
Metabolism o
Metabolism o
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Esther Santos Fonseca
Proteínas
As proteínas são as moléculas mais abundantes e com maior • Para que se forme a ligação, o grupo carboxila perde
diversidade de funções nos sistemas vivos a hidroxila OH e o grupo amino perde um de seus
hidrogênios H → OH + H = H2O
Todas têm em comum a característica estrutural de serem
• Toda vez que há uma ligação peptídica, há a
polímeros lineares de aminoácidos
formação de água → síntese por desidratação
Ligação peptídica
Nas proteínas, quase todos esses grupos carboxila e amino
estão combinados nas ligações peptídicas
Proteínas
De acordo com a natureza química do grupo prostético, as
proteínas conjugadas podem ser distribuídas em diversos
grupos
Carboidratos
(C-H2O)n
Os carboidratos são as moléculas orgânicas mais literalmente um ‘’hidrato de carbono’’ ou ‘’carbo-idrato’’
abundantes da natureza, devido a seus vastos papéis em
todas as formas de vida. • que podem ser classificados de acordo com o número de
átomos de carbono que contêm.
São compostos aldeídicos ou cetônicos com muitas hidroxilas o n = 3 → trioses
Os carboidratos também podem ser chamados de: o n = 4 → tetroses etc
• Glicídeos
• Sacarídeos
• Hidratos de carbono
Aldoses
• Monossacarídeos (oses)
• Dissacarídeos → 2 unidades de monossacarídeos
• Oligossacarídeos → 3 a 10 unidades de
monossacarídeos
• Polissacarídeos → mais de 10 monossacarídeos,
podendo alcançar centenas de unidades de açúcares em
sua estrutura
MONOSSACARÍDEOS
Carboidratos
DISSACARÍDEOS Maltose
• Contêm 2 ou mais unidades de monossacarídeos (oses) • O malte é um grão com alta concentração de maltose
• Também chamado de diosídeo • Formada por glicose + glicose
• Os três mais abundantes são • Resulta da hidrólise (quebra) do amido (polissacarídeo)
o Sacarose e por sua vez é hidrolisada à glicose pela enzima maltase
o Lactose
o Maltose
• As enzimas sacarase, maltase e lactase localizam-se
nas superfícies externas das células epiteliais que forram
o intestino delgado
Sacarose OLIGOSSACARÍDEO
POLISSACARÍDEOS
• Mais de 10 monossacarídeos
• Desempenham papéis vitais no armazenamento de
energia e na manutenção da integridade estrutural dos
Lactose organismos
• É o diosídeo do leite • Se todas as oses forem as mesmas, os polímeros são
• Constituída de galactose + glicose por uma ligação chamados de homopolímeros, são exemplos deles
glicosídica o Amido
• A enzima lactase é a responsável pela quebra da lactose o Glicogênio
e a intolerância à lactose está relacionada com a o Celulose
ausência desta enzima no intestino • A fórmula molecular deles é a (C6H10O6)n, pois são
formados pela união de várias moléculas de glicose.
Glicogênio
Carboidratos
• Servem como fonte de armazenamento de energia e
como intermediários metabólicos
• A ribose e a desoxirribose formam parte da estrutura do
RNA e do DNA
• Os polissacarídeos são elementos estruturais das
paredes celulares de bactérias e vegetais
Amido • Glicídios são unidos a muitas proteínas e lipídeos, em
• São várias maltoses unidas, e maltoses são várias que desempenham papeis importantes em interações
glicoses unidas entre as células e entre células e outros elementos do
• Reservatório nutricional dos vegetais, existem duas ambiente celular também
formas
o Amilose → tipo de amido não ramificado
o Amilopectina → amido ramificado
• Mais da metade dos glicídios ingeridos pelos seres
humanos é o amido
• A amilose e amilopectina são rapidamente hidrolisadas
pela amilase alfa, uma enzima secretada pelas
glândulas salivares e pelo pâncreas
Celulose
Lipídeos
Os lipídeos constituem um grupo heterogêneo de moléculas o Exemplo: gorduras, óleos e ceras
orgânicas insolúveis em água (hidrofóbicas) que podem ser • Lipídeos compostos (complexos) → além de
extraídas dos tecidos por solventes apolares. possuírem átomos de C, H e O, possuem de outros
elementos, como o fósforo ou nitrogênio
Se dissolvem em solventes orgânicos como a benzina e o
o Fosfolipídeos
éter.
São uma classe de moléculas biológicas formadas por ácidos
graxos e álcool, tais como óleos e gorduras.
Ácidos graxos
Alimentação saudável
A alimentação saudável é o mesmo que dieta equilibrada ou devem ser consumidos em maiores quantidades e assim
balanceada e pode ser resumida em três princípios por diante
Alimentação saudável
ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE
PROCESSADOS
Esses alimentos são a base para uma alimentação
nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente
apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente
a ambientalmente sustentável.
Alimentação saudável
Açúcar livre → açúcar de mesa ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS
• Consumo excessivo de sódio e de gorduras saturadas Produtos cuja fabricação envolve diversas etapas, técnicas
→ aumentam riscos de doenças do coração de processamento e vários ingredientes. O consumo deve ser
• Consumo excessivo de açúcar → aumenta o risco de evitado.
cárie, obesidade e outras doenças crônicas
a diferença dos ultraprocessados para os processados estão,
ALIMENTOS PROCESSADOS principalmente, na lista de ingredientes. O número elevado de
ingredientes, uns com nomes poucos familiares e não usados
Produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou em preparações culinárias (xarope de frutose, espessantes,
açúcar a um alimento in natura ou minimamente processados corantes, aromatizantes etc) → indicativo de
para aumentar a duração ultraprocessado
• Legumes em conserva, frutas em calda Muitos são exclusivamente industriais
• Queijos e pães
• Refrigerantes
O consumo deve ser limitado, em pequenas quantidades. • Bolacha recheada
• Os ingredientes e métodos utilizados na fabricação de • Salgadinhos de pacote
alimentos processados alteram de modo desfavorável a • Macarrão instantâneo
composição nutricional dos alimentos dos quais derivam As técnicas de processamento incluem
Técnicas de processamento são utilizadas
• Tecnologias exclusivamente industriais, como a extrusão
• Cozimento, secagem, fermentação da farinha de milho para fazer salgadinhos ‘’em pacote’’
• Acondicionamento dos alimentos em latas ou vidros • Pré-processamento com fritura ou cozimento
• Métodos de preservação como salga, salmoura, cura e
defumação
Porque limitar o consumo dos alimentos processados
Adição de sal ou açúcar em quantidades muitos superiores
às usadas em preparações culinárias → doenças do
coração, obesidade e doenças crônicas
Alimentação saudável
• Tendemos, sem perceber, a ingerir mais calorias do que
necessitamos, que acabam sendo estocadas quando
A rotulagem nutricional é uma descrição destinada a informar
não são gastas → obesidade
o consumidor sobre as propriedades nutricionais de um
• A alta densidade calórica → desregulam o balanço de
alimento, compreendendo sobre a declaração no valor
energia → aumenta o risco de obesidade
energético e de nutrientes.
Mecanismos que comprometem a saciedade e controle
É um componente de uma etapa educativa, devendo ser
do apetite
estimulada a fim de que sirva como instrumento para a
• Hipersabor → com a ‘’ajuda’’ de açucares + gorduras + educação na saúde
sal = alimentos extremamente saborosos, a publicidade O conjunto de informações apresentadas nos rótulos de
chama atenção, com razão, que eles são ‘’irresistíveis’’ alimentos tem sido visto como um importante instrumento
• Comer sem atenção → são formulados para serem para a promoção da saúde e redução do risco de DCNT
consumidos em qualquer lugar, sem precisar de prato,
mesa ou talheres. Prejudicando a capacidade do • DCNT → doenças crônicas não transmissíveis
organismo de ‘’registrar’’ devidamente as calorias o Obesidade
ingeridas o Diabetes
• Tamanhos gigantes → baixo custo, comercializados em o Hipertensão arterial sistêmica
embalagens grandes, aumentando o risco de consumo o Câncer
involuntário de calorias, correndo risco de obesidade
Informações obrigatórias segundo a ANVISA
Impacto dos alimentos ultraprocessados
Modelo vertical do rótulo
Impacto na cultura
Alimentação saudável
Declaração simplificada
Pode ser utilizada quando o alimento apresentar A escolha dos alimentos sofre interferências diversas no
quantidades não significativas segunda a tabela comportamento alimentar humano, o qual é moldado por
obrigatória. fatores externos e internos → desde os aspectos
socioculturais até os aspectos fisiológicos, biológico e
Tabela normal: psicológico.
O fator geográfico também interfere na cultura alimentar de
uma população, uma vez que a disponibilidade do alimento
na região define os traços culturais dos consumidores.
A globalização vem promovendo intercâmbios de culturas,
matérias-primas, produtos e serviços → promovendo
influência nos hábitos alimentares culturais
A mídia, a partir do século XXI, passou a exercer tremenda
influencia para um modelo de cultura massificada e
Quantidades não significativas padronizada por razões mercadológicas e comerciais
Estados unidos e fast foods
As populações norte-americanas, famosas por seus sistemas
de comidas rápidas, os ‘’fast foods’’, com a chegada do
mercado globalizado, disseminou essa prática ideológica
para as demais nações através de lanchonetes e
restaurantes → maior consumo de fast foods, alimentos
ultraprocessados
Certas populações deixaram de cozinhar os alimentos para a
Leitura dos rótulos nutricionais compra rápida e prática oferecida pelos drives throught,
delivery e etc
Valores diários recomendados - ANVISA A televisão, por ser o meio de comunicação mais difundido
entre a população → estimula e cria moldes aos hábitos de
São as quantidades dos nutrientes que a população deve consumo, de forma a inserir na alimentação, estruturas
consumir para ter uma alimentação saudável. Para cada ideológicas e simbólicas das necessidades de alimentos →
nutriente, temos um valor diário diferente. na maioria são prejudiciais ao corpo → agravo na saúde
publica
Alimentação saudável
• Análise de propagandas → predominância do horário de
divulgação de 8 as 12h, 85% anunciavam produtos
contendo açucares, óleos e gorduras. Nenhum sobre
frutas e hortaliças
• O horário sugere o público alvo infantil
Distúrbios de ordem psicológica
➔ baixa autoestima, agressividade e timidez, baixo
rendimento escolar entre outros.
➔ O crescimento de casos de depressão e ansiedade entre
os adolescentes, fator importante para o aparecimento
de distúrbios alimentares, como a bulimia
➔ Recorrente a utilização de comida, principalmente fast
foods e industrializados como válvula de escape
Digestão e absorção
• Nas vilosidades estão os enterócitos e as células
calciformes do intestino
A digestão é a degradação química dos alimentos, de forma
• As células caliciformes são produtoras de muco
que ela nos leve às moléculas absorvíveis, que são os
produtos finais da digestão. Dando um zoom nas vilosidades, nos vemos as células
epiteliais do intestino → enterócitos → possuem as
Para participar do processo de absorção, é muito importante
microvilosidades, estão viradas para o lúmen do intestino.
a presença de enzimas digestivas, responsáveis por
hidrolisar as macromoléculas do alimento, quebrando-as em Obs: a função das vilosidades e microvilosidades é aumentar
moléculas menores, passiveis de serem absorvíveis. a superfície de absorção dos nutrientes no intestino
Proteínas → aminoácidos Enterócito
Carboidratos → monossacarídeos Os enterócitos são as células epiteliais da camada superficial
do intestino delgado. Elas são ligadas pelas junções
Lipídeos → ácidos graxos
ocludentes (tight junction) e pelos desmossomos, e entre elas
a gente pode ver espaços intercelulares
VIAS DE ABSORÇÃO
via celular
Na luz intestinal (buraco) eu tenho as dobras circulares (a fold
of the..) que são os pregueados que nos vimos na mucosa. eu dependo de atravessar a célula.
Dando um zoom nessas dobras, a gente tem as vilosidades, Nutriente → lúmen intestinal → cruzamento da membrana
que são as formações digitais da mucosa intestinal apical → entro no enterócito → atravesso a membrana
basolateral → chego no sangue
Digestão e absorção
Via paracelular DIGESTÃO DO AMIDO
A substância atravessa entre os enterócitos, nos espaços O amido vai sofrer a ação das enzimas luminais
intercelulares
A maior parte da digestão é a partir da amilase pancreática
Nutriente → lumen intestinal → junções ocludentes →
sangue
Hidrolise parcial
A digestão do amido começa na boca com o pH neutro →
glândula salivar → liberação de alfa-amilase → converte
amido em alfa-dextrina
A glândula pancreática exócrina libera o suco pancreático,
O objetivo da digestão dos carboidratos é chegar nas com ph = 8 (neutro) contendo alfa-amilase pancreática
estruturas mais simples, os monossacarídeos
Alfa-amilase pancreática → continua a digestão das alfa-
dextrina → converte em maltose (dissacarídeo),
maltotriose (trissacarideos) e oligossacarídeos,
chamadas de alfa limite dextrina
Digestão e absorção
Os monossacarídeos produzidos por essas hidrolises → Quando há deficiência de dissacaridases da borda estriada
glicose + galactose + frutose → irão ser transportadas pelas → dissacaridio mal digerido chega ao cólon → metabolizado
células epiteliais intestinais por bactérias colônicas
Digestão e absorção
• Ou posso ter oligopeptideos → peptidases da borda em
escova → aminoácidos + dipeptideos + tripeptideos
As proteínas da dieta são cadeias de aminoácidos
(produtos absorvíveis)
conectadas por ligações peptídicas, é feita a hidrolise para
que se tenha no final produtos absorvíveis.
Hidrolise das proteínas
As enzimas vão quebrar as ligações peptídicas e reinserir a
OH e H perdidas na formação da ligação.
Digestão e absorção
Tripsina → presente no intestino delgado → pH ótimo básico Processo de digestão
Devido a baixa solubilidade dos substratos, ocorre digestão
limitada desses lipídeos na língua (lipase lingual) e no
estômago (lipase pancreática). Só que é pouca digestão
Início no estômago → ação das lipases gástrica e lipase
lingual
No intestino, entretanto, os ácidos graxos são emulsificados
pelos sais biliares da vesícula biliar, aumentando a superfície
de contato para as enzimas agirem, por isso, no intestino,
ocorre a maior parte da digestão
Os lipídeos presentes nos nossos alimentos que vão sofrer a Hormônio colecistocinina → sinaliza vesícula biliar e
digestão são: pâncreas → contrai e libera sais biliares e o pâncreas libera
enzimas digestivas
Final → intestino delgado → lipase pancreática, hidrolase e
fosfolipase A2 (enzimas secretadas pelo pâncreas)
Digestão e absorção
Os produtos da digestão enzimática: lipídios através da membrana apical para dentro da
célula
• Ácidos graxos livres
• Os ácidos biliares não entram nos enterócitos nesse
• Lisolectina momento, eles permanecem no intestino para serem
• Colesterol reabsorvidos e levados de volta ao fígado
• Monoglicerídeo
Esses produtos formam micelas com os ácidos biliares do
lúmen intestinal. As micelas são uma forma de organização
para conseguir entrar com os lipídios dentro do enterócito.
• Col → colesterol
• MG → monoglicerídeo
• LisoPL → lisolectina
• AGL → ácido graxo livre
Solubilização dos produtos para dentro do enterócito
Os produtos passam por difusão e entram dentro do
enterócito, no seu citoplasma
Reesterificação no retículo endoplasmático liso
Digestão e absorção
O TGI produz e secreta diversos hormônios que atuam nele
mesmo, ordenando e controlando as atividades digestivas.
Gastrina
Glicólise
2. Conversão dos blocos constitutivos em moléculas
mais simples
As reações enzimáticas nas células são organizadas em
sequencias de múltiplos passos, denominadas vias, como a Os blocos são degradados em acetil-coenzima A (CoA) e
glicólise outras moléculas simples. Parte da energia é capturada como
ATP
Em uma via, o produto de uma reação serve de substrato para
outra reação subsequente. O metabolismo é a soma das vias, 3. Oxidação da acetil-CoA
das mudanças químicas que ocorrem nas células, nos tecidos
O ciclo do ácido cítrico (Krebs) é a via final comum da
ou nos organismos.
oxidação de moléculas combustíveis como a Acetil-CoA.
A maior parte da quantidade de ATP é gerada na fosforilação
oxidativa à medida que elétrons fluem do NADH e FADH2
para o oxigênio.
Glicólise
célula. Essa coordenação é feita por sinais regulatórios, para a reoxidação do NADH formado durante a oxidação do
incluem hormônios, neurotransmissores e gliceraldeído-3-fosfato. Prepara a célula para o ciclo de
disponibilidade de nutrientes Krebs.
• Glicólise aeróbica
Ocorre nas células que possuem mitocôndrias e oxigênio,
tendo o produto final o piruvato. O oxigênio é necessário
Glicólise
Efeitos fisiológicos da insulina
Ela é liberada após a alimentação e consiste em diminuir as O transporte de glicose estimulado pela insulina é mediado
concentrações de glicose na circulação, estimulando a pelo GLUTs.
entrada da glicose nas células. De modo global, as ações da
insulina nos órgãos-alvo são anabólicas, promovendo a Por difusão facilitada pela família GLUT
síntese de carboidratos, lipídeos e proteínas, sendo esses
efeitos mediados pela ligação ao receptor de insulina.
Liberação do glucagon
A liberação de glucagon é inibida pela hiperglicemia, e
estimulada pela hipoglicemia. Uma refeição rica em
carboidratos inibe o glucagon e estimula a liberação de • GLUT1 → constitutivo da membrana plasmática.
insulina pelas células β do pâncreas. Os níveis elevados de Encontrado nas células do SNC, adipócitos, hemácias e
aminoácidos estimulam a liberação do glucagon. células do músculo esquelético
o Possui alta sensibilidade à glicose, ou seja,
permite a entrada de glicose nas células mesmo
em situação de hipoglicemia (faz sentido de
acordo com os tecidos em que ela está presente)
Glicólise
É uma via com 10 reações químicas, que no final, tem como
• GLUT 5 → transportador de frutose, presente na produto → 2ATP + 2NADH
membrana plasmática do intestino e espermatozoides.
Origem do NAD e FAD
Por sistema de cotransporte monossacarídeo Na+
O NAD e FAD são transportadores de H e elétrons. O corpo
Requer energia e transporta a glicose ‘’contra’’ o gradiente de produz NAD através das vitaminas do complexo B (niancina),
concentração → do meio hipotônico para o meio hipertônico. obtidas pela alimentação. O FAD vem da riboflavina, outra
vitamina do complexo B.
É mediado por carreador no qual o movimento da glicose está
acoplado ao gradiente de concentração do Na+ que é
transportado juntamente com a glicose para o interior da
celula. Ocorre nas células epiteliais do intestino
(transportador SGLTI que precisa de um gradiente Reação 01 → Fosforilalação da glicose
eletroquimico para carregar a glicose), tubulos renais e
plexo coroide. Nessa reação, a glicose é convertida em glicose-6-fosfato, ou
seja, é adicionado um fosfato proveniente do ATP
• Glicose aeróbica
Chamada assim porque é necessário o oxigênio para a
• Em alguns tecidos, a enzima que faz isso é a hexocinase,
reoxidação do NADH formado durante a oxidação do
em outros, é a glicocinase
gliceraldeído-3-fosfato.
• Primeiro gasto de ATP
• Glicose anaeróbica • Uma cinase é uma enzima que transfere fosfato de uma
molécula para outra → ela pegou do ATP para dar a
Permite a produção de ATP em tecidos sem mitocôndrias glicose
(como os eritrócitos) ou em células que o oxigênio esta
insuficiente Objetivo: as moléculas de glicídios fosforilados não
atravessam facilmente as membranas celulares, pois não
existem carreadores específicos para esse composto. Além
disso, eles são muito polares para difundir através da
membrana fosfolipídica, ficando presos dentro da célula.
Glicólise
Obs: quem vai ser usada no restante da glicólise é o
gliceraldeído, por isso, vamos ter que converter essa hi-
hidroxiacetona na próxima etapa.
Reação 05 → isomerização da di-hidroxiacetona-P
A enzima triose-fosfato-isomerase converte a di-
hidroxiacetona fosfato em gliceraldeído-3-fosfato
Objetivo: é uma preparação para as reações 03 e 04. A ideia
é transformar em frutose para facilitar a entrada de um fosfato
em outro carbono da frutose, pois a superfície para a ligação
será mais estável e possível.
Reação 03 → fosforilação da frutose-6-fosfato
A reação irreversível, catalisada pela fosfofrutocinase-1
(PKF-1) é o mais IMPORTANTE PONTO DE CONTROLE e
o passo limitante da VELOCIDADE DA GLICÓLISE.
A enzima aldolase cliva ao meio a molécula de frutose 1,6- Obs: a partir de agora, todas as reações serão em dobro.
bifosfato, gerando outras 2 moléculas com 3 carbonos cada,
Reação 06 → oxidação do gliceraldeiro-3-P
cada uma contendo seu grupo P. a reação é reversível e não
regulada. os produtos vão ser: Essa é a primeira reação de oxidação-redução da
glicólise. Agora, o gliceraldeído-3-P será transformado em
• Di-hidroxiacetona fosfato 1,3-bifosfatoglicerato
• Gliceraldeído-3-fosfato
• Importante → o fosfato que entrou no carbono 1 não
veio do ATP, veio de um Pi, fosfato inorgânico, ele
estava livre no citoplasma e foi acrescentado
Glicólise
• Esse Pi não tem energia, essa reação isoladamente é reação 08 → troca do P do carbono 3 pro carbono 2
impossível, então, para ela acontecer, tenho que ter um
a ideia é aumentar a instabilidade da ligação do P na molécula
acoplamento de outra reação que me possibilite essa
para que depois ela seja transferida para um ADP para formar
energia:
ATP
a reação é livremente reversível. Acontece em duas partes
→ uma parte na reação 08 e a outra na reação 09.
Glicólise
→
Um eritrócito maduro normal não tem mitocôndrias, sendo
completamente dependente da glicólise para a produção de
ATP. Esse ATP é importante para manter o formato
bicôncavo da célula vermelha e, a deficiência da
piruvatocinase diminui a quantidade de ATP da célula,
mudando seu formato, que acaba sendo fagocitada por
macrófagos do baço → anemia hemolítica (destruição dos
eritrócitos). A gravidade vai depender do grau de deficiência
da enzima.
Regulação da glicólise
• No fígado, ela facilita a fosforilação da glicose durante
uma hiperglicemia.
1. Produzir ATP
• A célula não pode produzir ATP nem de mais e nem de Hexocinase x glicocinase
menos, existe um ritmo adequado
• Não é modulada negativamente pela glicose-6-fosfato,
ou seja, mesmo que ela se acumule, não tenho a inibição
2. Fornecer precursores para as vias de síntese, como
da glicocinase
a síntese de lipídios
• Menor afinidade pela glicose
• Não pode produzir esses precursores nem de mais e
nem de menos, existe um ritmo adequado • Apresenta alta Vmax quando a glicose se acumula no
fígado, isso impede que grandes quantidades de glicose
A glicólise possui 10 reações químicas. Como na maioria das cheguem à circulação sistêmica após uma refeição rica
reações metabólicas, aquelas que irão servir como ponto de em carboidratos e, assim, minimiza a hiperglicemia
controle vão ser as reações irreversíveis. Na glicólise, durante o período absortivo
existem 3: o Obs: o GLUT2 assegura que a glicose sanguínea
se equilibre rapidamente entre os dois lados da
• Reação 01
membrana do hepatócito.
• Reação 03 • A glicocinase ainda continua catalisando a reação
• Reação 10 mesmo em abundância de glicose-6-fosfato, porque vai
ser importante no momento de abundância de nutrientes,
como após uma refeição, para produção de energia e de
gordura → glicogênese e lipogênese
• Ela é inibida pelo seu próprio produto, a glicose-6- A atividade de glicocinase é inibida indiretamente pela
fosfato, que se acumula quando a metabolização dessa frutose-6-fosfato (que está em equilíbrio com a glicose-6-
hexose-fosfato está reduzida. fosfato que é um produto da glicocinase) e é estimulada
indiretamente pela glicose.
• A hexocinase possui alta afinidade para a glicose, isso
permite a fosforilação eficiente mesmo em caso de A proteína reguladora da glicocinase, PRGK, nos hepatócitos,
hipoglicemia. regula a atividade da enzima.
• Entretanto, apresenta baixa Vmáx para a glicose e,
portanto, não pode sequestrar (reter) o fosfato celular na • Na presença de frutose-6-fosfato a glicocinase se liga a
forma de hexoses fosforiladas. PGRK, inativando-se e formando o complexo
glicocinase-PRGK no núcleo da célula.
• Quando aumenta os níveis de glicose no sangue (e
consequentemente nos hepatócitos por causa da
Está presente no parênquima hepático e nas células β do
GLUT2), a glicose induz que a PRGK libere a glicocinase
pâncreas.
→ ela retorna ao citosol, e fosforila a glicose, dando
• Nas células β ela funciona como um sensor de glicose, glicose-6-fosfato.
determinando o limiar para a secreção de insulina.
Regulação da glicólise
A fosfofrutocinase é ativada por altas concentrações de AMP.
Pois, o que mais aumenta na célula quando ela está
consumindo energia (diminuindo ATP) é a concentração de
AMP.
Regulação da glicólise
• Durante o jejum Regulação por proação
o Níveis elevados de glucagon e baixos de
No fígado, a piruvato cinase é ativada por altas
insulina, como ocorre durante o jejum,
concentrações de frutose-1,6-bifosfato, o produto da
determinam uma diminuição de frutose-2,6-
reação fosfofrutocinase. Tem o efeito de unir as atividades
bifosfato intracelular hepática. Resultando na
enzimáticas: o aumento na atividade da fosfofrutocinase →
diminuição na velocidade geral da glicólise e
muita frutose-1,6-bifosfato sendo formada → ativação da
aumento da gliconeogênese.
piruvato-cinase
o Diminui a glicólise pois está faltando glicose no
meu corpo, então eu preciso produzi-la Regulação por níveis energéticos
(anabolismo) e não catalisá-la.
Muito ATP → inibe piruvato cinase → evitar excesso de ATP
Queda do pH
Regulação por alanina
A queda de pH faz a fosfofrutocinase trabalhar de maneira
mais lenta A piruvato cinase também é usada na síntese de alanina
(precursor)
• Ela cai também pra diminuir o ritmo da glicólise e evitar
uma queda de pH sanguíneo que culminaria em uma • Muita alanina → muito piruvato → inibe a piruvato
acidose cinase → diminuição de piruvato → objetivo de não
• Se a cel quebra muita glicólise, é possível que falte produzir precursor em excesso na célula.
oxigênio na célula → ela começa a fazer a fermentação
lática nos músculos → ácido lático → diminui o pH do
sangue causando o quadro de acidose Insulina
Regulação da glicólise
→
A principal fonte de galactose na alimentação é a lactose,
A aldolase B é responsável por clivar a frutose-
obtida do leite e derivados. Após a digestão da lactose na
1-fosfato, e com a deficiência dela → frutose-1-
borda em escova pela lactase → glicose + galactose
P se acumula, resultando em uma queda de Pi
(fosfato inorgânico), e, portanto, de ATP. Obs: assim como a frutose, a entrada de galactose nas
células não dependem de insulina.
Conforme o ATP cai, o AMP aumenta, sendo
degradado na ausência de Pi e gerando
hiperuricemia
→
A deficiência de GALT leva ao acumulo de
galactose e galactose-1-fosfato no tecido →
causando a galactosemia
Os radicais livres são moléculas altamente instáveis e muito Antioxidantes são vitaminas, minerais e outras substâncias
reativas, sendo sua presença critica para a manutenção de químicas que têm a capacidade de “doar” um de seus
muitas funções fisiológicas normais. elétrons aos radicais livres e ainda continuarem estáveis.
• São formados via ação catalítica de enzimas, durante o Com isso, os radicais livres se tornam moléculas estáveis e
processo de transferência de elétrons que ocorrem no acabam sendo eliminados, interrompendo o estresse
metabolismo celular e pela exposição a fatores exógenos oxidativo → inibem e reduzem os danos dos radicais livres
• A restauração da forma GSH da glutationa é obtida da • O NADPH reduz a glutationa, doando hidrogênio, e a
reação com NADPH → retorna os hidrogênios, pela glutationa volta a sua forma reduzida GSH → ação da
coenzima glutationa redutase (GR) glutationa redutase
A saída do CO2 fornece a energia necessária para a entrada Alta concentração de piruvato → inibe PDH-cinase → E1
da CoA. Além disso, irá transferir um elétron para o NAD+ → com atividade máxima
NADH (carreador de hidrogênios e elétrons para a cadeia Cálcio → ativador de PDH-fosfatase → estimula atividade
respiratória) da E1, especialmente no musculo esquelético, onde a
COMPLEXO DA PIRUVATO-DESIDROGENASE liberação de Ca2+ na contração estimula a geração de
energia
Essa enzima não faz parte do ciclo de Krebs, mas é uma
importante fonte de acetil-CoA – o substrato de dois carbonos
que alimenta o ciclo
Enzimas componentes do complexo
É um agregado multimolecular que apresenta 3 enzimas:
• E1 → piruvato-desidrogenase ou descarboxilase
• E2 → diidrolipoil-transacetilase
• E3 → diidrolipoil-desidrogenase
Cada uma delas vai catalisar uma parte da reação geral.
Coenzimas
o complexo da piruvato-desidrogenase contem 5 coenzimas
(molécula não proteica cuja associação com uma enzima é
indispensável para o funcionamento), que atuam como
carreadores ou como oxidantes para os intermediários das
reações
• É um ponto de regulação
O ciclo de ácido cítrico é regulado em 3 reações irreversíveis • Ativada alostericamente por ADP (um sinal de que a
catalisada pelas enzimas: quantidade de energia na célula está reduzida)
• E Ca2+
→ Circuito malato-aspartato
Membranas plasmáticas → Circuito glicerol-fosfato
A transferência de elétrons ao longo da cadeia de transporte O complexo V ou ATP-sintase sinteriza o ATP, utilizando a
de elétrons é energeticamente favorecida, pois o NADH é um energia do gradiente de prótons gerado pela cadeia
forte doador de epetrons, e o O2 é um ávido receptor de transportadora de elétrons.
elétrons.
Os H+ só podem voltar para dentro da mitocôndria pela
Hipótese quimiostática ATP-sintase → ao voltarem, eles forçam a rotação da ATP-
sintase → permitindo que ADP + Pi (que estavam na matriz)
Essa hipótese explixa o acoplamento da síntese de ATO ao → ATP que será liberado
transporte de elétrons.
• A fosforilação (adicionar fosfato) então, é:
→ A energia livre do eletron (que o NADH e o FADH2
carregavam) é utilizada para bombear prótons para o ADP + Pi → ATP
espaço intermembranas.
Consequência do bombeamento de prótons (H+) para o
espaço entre as membranas → produção de um gradiente
elétrico (carga positiva fora e carga negativa dentro) e um
gradiente de pH (meio externo pH mais baixo e meio interno
pH mais alto)
Dessa forma, face da membrana interna voltada para a matriz
→ carregada negativamente
Face do lado de fora da membrana interna → gradiente de
prótons → carregado positivamente Oligomicina
Assim, forma-se um potencial de membrana, que faz com É um fármaco que se liga à ATP-sintase e fecha o canal de
que haja o retorno dos prótons ao interior da mitocôndria H+, impedindo o retorno dos prótons à matriz → inibe a
(pois os H+ foram atraídos pela carga negativa do lado de formação de ATP.
dentro) → ao voltarem, os H+ liberam energia capaz de
levar à síntese de ATP
NADH → fornecem a maior parte da energia, começa a partir
do complexo I
Proteínas UCPs
São proteínas encontradas na membrana mitocondrial
interna de humanos.
Nos últimos anos se observa que a influencia midiática do • Insatisfação com a aparecia física
culto ao corpo perfeito tem contribuído, cada vez mais, com o • Vigorexia ou dismorfia muscular → pessoas
uso de suplementos por indivíduos praticantes de exercícios insatisfeitas com o desenvolvimento dos músculos,
físicos, com o objetivo de hipertrofia muscular. buscam de tudo para obter hipertrofia muscular.
Dentre os efeitos adversos do uso indevido de suplementos
alimentares relatados na literatura
Estudos relataram que o uso pode ser benéfico para um
• Sobrecarga renal e hepática pequeno grupo de indivíduos → atletas ou aqueles que, por
• Aumento do sono e acne algum motivo, não possuem dieta balanceada, necessitando
• Dores abdominais, desidratação de suplementação alimentar.
• Redução da densidade óssea
• alterações psicológicas e cardíacas
• Glicólise
Os elétrons do NADPH são destinados para a • Placenta, ovários, testículos e córtex adrenal →
biossíntese redutora, em vez de transferência para o sistema usado para hidroxilar intermediários da
oxigênio, como é o caso do NADH. conversão de colesterol em hormônios esteroides,
tornando-os mais solúveis
Dessa forma, na via das pentoses-fosfato → NADPH • O fígado usa o sistema na síntese de sais biliares e
ganha energia para ser redutor a partir da glicose 6P. na hidroxilização de colecalciferol → 25-
hidroxicolecalciferol (vitamina D3)
O H2O2 é uma espécie reativa de oxigênio (ERO), criam O rim usa também.
condições para o estresse oxidativo que causam danos Função no sistema microssomal
químicos graves no DNA, proteínas e lipídios
insaturados, até a morte celular. Função extremamente importante do citocromo P450-
monoxigenase associado às membranas do reticulo
Enzimas que catalisam reações antioxidantes endoplasmático liso, especialmente no fígado, é a
O tripeptídio glutationa atua como antioxidante e o destoxificação de compostos estranhos ao organismo
NADOH regera a glutationa reduzida. Sendo assim, o (xenobióticos).
NADPH proporciona, indiretamente, elétrons para a • Fármacos, poluentes como petróleo e pesticidas
redução do H2O2
É usado para hidroxilar essas toxinas, usando
Substancias antioxidantes novamente o NADPH como fonte de equivalentes
Alguns redutores intracelulares → ascorbato, vitamina redutores.
E e o β-caroteno. • Há 2 propósitos para essas modificações
O consumo de alimentos ricos com essas substancias o Podem ativar ou inativar um fármaco
reduz o risco de câncer e outras doenças crônicas o Tonar um composto toxico mais solúvel (pois
add OH), facilitando sua excreção na urina ou
• Entretanto, testes clínicos com antioxidantes como nas fezes
suplementos alimentares não mostraram
benefícios claros.
Fagocitose → ingestão por endocitoses mediada por
receptores por células como neutrófilos e macrófagos.
As monoxigenases incorporam um átomo do O no Sendo um importante mecanismo de defesa do
substrato, criando uma OH, e o outro átomo é reduzido organismo, especialmente contra infecções bacterianas.
a H2O. Esses mecanismos podem ser dependentes ou não de
oxigênio.
Metabolismo do glicogênio
Então, o músculo usa o glicogênio quando as necessidades
de ATP estão altas (está gastando muita energia) e quando a
A glicose sanguínea pode ser obtida por 3 diferentes vias: glicose-6-fosfato é utilizada rapidamente na glicólise
• Alimentação (dieta) anaeróbica.
• Degradação do glicogênio → glicogenólise
No fígado
• Formação do glicogênio a partir de compostos que não
são carboidratos → gliconeogênese A função do glicogênio hepático é manter a concentração
de glicose sanguínea, especialmente durante o início de
Em jejum, na ausência de uma fonte de glicose na jejum, que é quando a glicose da dieta diminui ou quando o
alimentação, ela é liberada através do glicogênio hepático exercício aumenta a utilização de glicose pelos músculos.
e renal
• Ambas as rotas de glicogenólise e gliconeogênese no
Da mesma forma, o glicogênio do músculo é degradado em
fígado fornecem glicose para o sangue e,
grande quantidade durante o exercício muscular,
consequentemente, essas 2 rotas são ativadas pelo
proporcionando uma importante fonte energética a esse
glucagon.
tecido.
Metabolismo do glicogênio
SÍNTESE DO GLICOGÊNIO DO ZERO
Proteína: glicogenina
Na ausência de um fragmento de glicogênio, a proteína
glicogenina pode servir como aceptor de resíduos de glicose
advindos da UDP-glicose
A glicogenina glicolisa-se (autoglicosilação) pela ligação do
grupo OH da cadeia lateral de uma tirosina onde a glicose
inicial vai se ligar.
A proteína então estende a cadeia carbônica, utilizando UDP-
Reação 03 – síntese de UDP glicose glicose, até que a cadeia glicosil esteja longa o suficiente
para servir como uma cadeia pré-existente.
Enzima: UDP-glicose-pirofosforilase
Gasta-se uma molécula de UDP que doa 1P para a glicose
1P → UDP-glicose (com 2P)
Nesse processo, o UDP perde PPi, pois só um fosfato chega
na glicose 1P
A reação de formação da UDP- glicose é muito fácil de ser UDP + ATP → UTP + ADP
revertida, por isso, para torna-la irreversível, é necessário
quebrar os PPi que saíram do UTP → Pi + Pi, liberando 2
fosfatos inorgânicos livres FORMAÇÃO DAS RAMIFICAÇÕES
Enzima: 4:6 transferase
A enzima transfere uma cadeia de 6 a 8 resíduos glicosila da
extremidade não redutora (clivando a ligação alfa-1,4)
para uma região mais interna, formando ligações α-1,6
Metabolismo do glicogênio
Após a ramificação, a cadeia pode ser novamente alongada Ao contrário da glicogênese (formação), não precisa investir
pela glicogênio-sintase ATP nem UDP, pois já está partindo de um nível de energia
maior, sem necessidade de mais.
O glicogênio é degradado por duas enzimas, a glicogênio
fosforilase e a enzima desramificadora.
• No músculo
Para em glicose-6-fosfato, pois o músculo quer a glicose só
Vantagens da ramificação
pra ele e o P não deixa atravessar a bicamada lipídica e não
• Torna o glicogênio mais solúvel em água existe carreador específico na membrana para ele
• As ramificações aumentam o número de extremidades
• no fígado
não redutoras → pode se acrescentar mais resíduos de
glicosila tira o ‘’P’’ da glicose-6P no reticulo endoplasmático liso,
• Deixam as extremidades livres → acelera a síntese a pois ele precisa lançar a glicose no sangue pata que ocorra
degradação do glicogênio todo o processo de glicólise novamente.
RESUMO DA SÍNTESE Encurtamento de cadeias
Enzima: glicogênio-fosforilase
A glicogênio-fosforilase cliva as ligações glicosídicas alfa-1,4
entre os resíduos de glicosila, a partir das extremidades não
redutoras das cadeias de glicogênio, por meio da
fosforólise simples (adição de um fosfato inorgânico, Pi) →
glicose-1P
Metabolismo do glicogênio
enzima desramificadora desloca 3 resíduos de glicose e grave doença de armazenamento de glicogênio do
adiciona à extremidade não redutora por ligação α-1,4 tipo II (doença de Pompe).
• No músculo
A reação para aqui em glicose-6P, ela não pode ser
desfosforilada devido à ausência de glicose-6-fosfatase,
em vez disso, ela entra na via glicolítica, fornecendo ATP
para a contração.
• No fígado
A glicose-6P precisa ser convertida em glicose no reticulo
endoplasmático liso para depois ir pro sangue
RE LISO NO FÍGADO
Metabolismo do glicogênio
sanguíneos de glicose até que a via gliconeogênica esteja
ativamente produzindo glicose.
Obs: no estado de jejum, primeiro acontece a quebra de
glicogênio armazenado (glicogenólise) para dar tempo de
acontecer a gliconeogênese
• No fígado
A síntese é acelerada quando o corpo está alimentado. Já
a degradação do glicogênio é acelerada em períodos de
jejum.
• Músculo esquelético
A degradação do glicogênio acontece durante o exercício. A
síntese começa assim que o músculo entra em novamente
em descanso.
A regulação da síntese e da degradação acontece em dois
níveis.
1. A glicogênio-sintase (que junta a glicose pra forma
glicogênio) e a glicogênio-fosforilase (quebra o
glicogênio em glicose-1P) são reguladas
hormonalmentes
2. As vias de degradação e síntese são reguladas
alostericamente conforme necessidades do organismo.
ATIVAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO PELA
VIA DIRECINADA PELO AMPc
A enzima regulada é a glicogênio-fosforilase
A ligação de hormônios, como glucagon e adrenalina, a
receptores da membrana acopladas à proteína G sinaliza a
necessidade de glicogênio a ser degradado, tanto para
elevar os níveis da glicose sanguínea como fornecer energia
ao musculo em exercício
• Fígado e músculo
Glucagon/adrenalina → receptores à célula G nos
hepatócitos ou nos miócitos → ativação da adenilato-ciclase
Metabolismo do glicogênio
→ forma AMPc → ativa a proteína-cinase A dependente
de AMPc (PKA)
Ativação da fosforilase-cinase
Algumas enzimas possuem forma ativa ou inativa, algumas
ativam depois da fosforilação, outras não. Mas sempre a ativa
é ‘’a’’ e a inativa é ‘’b’’
Ativação da glicogênio-fosforilase
Também existe na forma ativa ‘’a’’ e inativa ‘’b’’
Glicogênio-fosforilase-cinase a → fosforila glicogênio-
fosforialase b → ativa, na forma ‘’a’’→ início da degradação
do glicogênio
Obs: o AMP (quando tem baixo ATP) no músculo também
ativa a glicogênio-fosforilase b → glicogênio é degradado
Obs: a insulina ativa a proteína-fosfatase-1 e inativa a
glicogênio-fosforilase → forma b → glicogênio não é
degradado
Metabolismo do glicogênio
Regulação da síntese e da degradação do glicogênio no
estado alimentado
No estado alimentado, preciso que a glicose da dieta entre
nas células para que se possa produzir glicogênio a partir
dela e fazer seu armazenamento.
• Glicogênio-sintase (síntese)
No fígado e no músculo, a glicogênio-sintase ‘’b’’ →
glicogênio-sintase ‘’a’’.
Ela é ativada alostericamente por glicose-6-fosfato em alta
concentração.
• Glicogênio-fosforilase (degradação)
Inibida alostericamente por glicose-6P e ATP (sinal de alto
nível energético da célula)
Obs: no fígado, mas não no músculo, também a glicose
não fosforilada (glicose normal) é um inibidor alostérico da
glicogênio-fosforilase a, tornando-a um melhor substrato
para a proteína-fosfatase-1
Adrenalina se liga no fígado → Ca2+ liberado nas células Alto gasto de ATP → aumento de AMP → glicogênio-
hepáticas fosforilase ‘’a’’ (ativou) → degradação de glicogênio no
músculo
O Ca2+ → liga-se à calmodulina (proteína ligante de cálcio)
→ complexo Ca2+-calmodulina → essencial para a Obs: AMP também ativa d PKF-1 da glicólise
fosforilase-cinase ‘’a’’ (ativa) sem precisar ser fosforilada
→ glicogênio-fosforilase-a → glicogenólise
Obs: a adrenalina ao se ligar nos receptores determina o
aumento de AMPc e não de cálcio.
Essa reação é um importante sítio regulatório da A reação consiste na hidrólise da glicose-6-fosfato, que vai
gliconeogênese (na glicólise também era, pois, a enzima da retirar o fosfato gerando glicose. Porém, esse desvio não
reação era a fosfofrutocinase-1) consegue recuperar o ATP que é gasto na glicólise
Lipogênese
Carboidratos e proteínas obtidos da dieta em excesso, além
das quantidades corporais necessárias podem ser
convertidos em ácidos graxos, que são armazenados como
triacilgliceróis.
No citosol
Lipogênese
Lipogênese
Metformina Reação 03
A metformina, utilizada no tratamento da diabetes tipo 2, ACP agora está livre, o malonil-coa perde seu coa →
diminui os triglicerídeos no soro por meio da ativação da malonato
AMPK → inibição da ACC por fosforilação → inibe a síntese
o malonato (3 carbonos) se liga a ACP
de ácidos graxos
domínio: malonil-CoA-ACP- transacilase
A metformina também diminui a glicose sanguínea por
aumentar a captação de glicose mediada por AMPK no
músculo.
Reação 01
O acetil-coa perde seu coa → acetato (2 carbonos)
Uma molécula de acetato é transferida para o grupo -SH da
ACP
Domínio: acetil-CoA-ACP-acetiltransacilase →
Reação 02 Detalhe: na estrutura do ácido palmítico não tem o grupo
cetona na cadeia e nem ligação dupla então, as próximas
A seguir, o fragmento com 2 carbonos é transferido para um
reações convertem o grupo 3-cetoacil em seu grupo
sítio temporário, grupo -SH de cisteína
correspondete acila saturado, por meio de 2 reações usando
NADH e 1 reação de desidratação
Lipogênese
Reação 05 – saída da cetona e formação de álcool Malonato se liga a ACP → condensação das 2 moléculas
liberando um CO2 que foi introduzido pela ACC → grupo
O grupo cetona é reduzido a álcool. O NADPH (formado do carbonila é reduzido (acrescenta H), desidratado (sai H2O) e
malato → piruvato) vai fornecer H que vão se unir ao ácido novamente reduzido (tira a ligação dupla) → produto final é o
graxo em formação hexaniol-ACP
Domínio: 3-cetoacil-ACP-redutase Esse ciclo de reações é repetido mais 5 vezes, cada vez
incorporando 2 carbonos derivados do malonil-CoA.
Término do processo
Quando o ácido graxo atinge o comprimento de 16 carbonos,
o processo de síntese é terminado com palmitoil-S-ACP
→
Enzima: palmitoil-tioesterase cliva a ligação de tio éster,
Reação 06 – saída da água produzindo palmitato plenamente saturado (16:0)
Uma molécula de água é removida para introduzir uma
ligação dupla entre os carbonos 2 e 3 (carbonos alfa e beta)
A saída da H2O faz a reação se livrar do oxigênio
Domínio: 3-hidroxiacil-ACP-desidratase
Tudo se repete
Após isso, as 7 etapas são repetidas, começando com a
transferência da cadeia butiril do ACP ao resíduo de
cisteina (CIS)
Lipogênese
O palmitato então, é alongado e dessaturado (no retículo
endoplasmático liso- REL) para produzir uma serie de ácidos
graxos.
No fígado, o palmitato e outros ácidos graxos recém
sintetizados são convertidos em triacilgliceróis que são
empacotados em VLDL para secreção.
Lipogênese
Para que se tenha mais de 16 carbonos, o lugar em que vai A primeira ligação dupla é tipicamente inserida entre os
poder acontecer esse alongamento será no reticulo carbonos 9 e 10, produznindo 18:1 (9) e pouca quantidade de
endoplasmático liso (REL) 16:1 (9)
As reações dessa dessaturação requerem Os ácidos graxos são esterificados por meio dos seus grupos
carboxila, resultando na perda da varga negativa e na
• NADH formação de um ‘’lipídeo neutro’’
• Citocroo b5
• Espécie de acilglicerol sólida → gordura
• Redutase ligada ao FAD
• Espécie de acilglicerol líquida → óleo
Lipogênese
Tecido adiposo
Lipogênese
A VLDL nascente é secretada para o sangue, onde
amadurece e funciona entregando os lipídeos
endógenos para os tecidos
• No fígado
Pouco TAG é armazenado no fígado, a maior parte é
exportada, empacotada com outros lipídeos e apoproteinas
de densidade muito baixa (VLDL)
Medidas antropométricas
O ponto de corte para adultos baseia-se na associação
entre IMC e doenças crônicas ou mortalidade.
Convenciona-se chamar de
Medidas antropométricas
• A relação entre CA e gordura corporal difere AVALIAÇÃO COMBINADA
segundo a idade e etnia
A associação circunferência abdominal + IMC pode
oferecer uma forma combinada de avaliação de risco
e ajudar a diminuir as limitações de cada uma das
avaliações de forma isolada.
Medidas antropométricas
Baseia-se ma correlação entre → gordura localizada
nos depósitos adiposos subcutâneos e a gordura
corporal total.
Ultrassonografia
Bioimpedancia
Obesidade
Durante a consulta de um paciente com sobrepeso ou
obesidade, é fundamental avaliar as causas que levaram ao
excesso de peso, bem como investigar as possíveis
morbidades associadas. A etiologia da obesidade é
complexa e multifatorial, resultando da interação de genes,
ambiente, estilo de vida e fatores emocionais.
Obesidade
O acumulo de gordura nesses locais aumenta o risco à saúde
associados à obesidade
• Alta palatabilidade
• Baixo poder sacietógeno
• Fácil absorção e digestão
Essas características contribuem para o desequilíbrio
energético
Obesidade
Importância da circulação porta
Estilos de vida sedentários, encorajados pelo uso da Os depósitos viscerais de gordura → citocinas secretadas no
televisão, automóveis, computadores e aparelhos capazes de tecido adiposo, ácidos graxos livres liberados da gordura
diminuir o gasto energético → diminuem a atividade física e abdominal → entram na veia porta e, assim, tem acesso
aumentam a tendencia a ganhar peso direto ao fígado
Comportamentos alimentares, como consumo de lanches, • Ácidos graxos e citocinas inflamatórias liberadas do
tamanho das porções, variedade de alimentos → influenciam tecido adiposo visceral são captados pelo fígado →
no consumo de alimentos pode levar à resistencia a insulina e o aumento da
síntese de TAG, liberados como VLDL e que contribuem
pata a hipertrigliceridemia
Estudos mostram que os fumantes tendem a pesar menos do
que os não fumantes, e que ocorre ganho de peso depois Em contraste, ácidos graxos livres que vieram dos depósitos
de cessar o tabagismo. subcutanaeos de gordura, entram na circulação geral, e
não na veia porta, de modo que podem ser oxidados pelo
Isso acontece porque a nicotina tem efeitos termogênicos e músculo, alcançando o fígado em menor concentração.
redutores do apetite e seus efeitos sobre o apetite são
reforçados pela cafeína.
Parada de fumar → sem nicotina → aumento do apetite
Obesidade
o Pode vim da lipogênese ‘’de novo’’ hepática →
síntese de ácidos graxos a partir de glicose ou
Pessoas normais → Triacilglicerídeos depositados nos
frutose, 5% dos ácidos graxos hepáticos
adipócitos, que aumentam de tamanho 2 a 3 vezes.
• Destino dos ácidos graxos livres no fígado
o Beta-Oxidação Situação de superalimentação prolongada → pré-adipócitos
o Exportação por meio de VLDL presentes no tecido adiposo se proliferam e diferenciam em
o Armazenamento em gotículas nos hepatócitos adipócitos maduros, aumentando o número de adipócitos.
Estudos recentes mostram uma disfunção na beta- Assim, a maioria dos casos de obesidade se deve a →
oxidação mitocondrial, devido à ação da malonil-coa, um aumento no tamanho das células adiposas (hipertrofia) e do
dos substratos da lipogene ‘’de novo’’, que inibe a carnitina seu número (hiperplasia)
palmitoiltransferase-1, que medeia a entrada de ácidos
graxos de cadeia longa na mitocôndria
Obesidade
A obesidade resulta de uma ingestão de energia que supera
o gasto energético, no entanto, esse desequilíbrio envolve o
conhecimento de interações complexas de fatores
bioquímicos, neurológicos, ambientais e psicológicos,
As vias neurais e humorais básicas regulam o apetite podem
ser divididas em 2:
Regulação da ingestão de alimento a curto prazo → refeição • Problema nos receptores
a refeição
Elevados níveis plasmáticos de leptina (ainda no plasma, não
Regulação da ingestão a longo prazo → dia a dia, semana a entraram nas células) → hiperleptinemia, encontrada em
semana, ano a ano pessoas obesas, é atribuída a alterações no receptor de
leptina ou na deficiência do seu transporte na barreira
hemato-cefálica → resistência à leptina → não consegue
Leptina dar a resposta pro corpo de redução do apetite → come mais
→ obesidade
A leptina é um hormônio produzido pelo adipócito (gene no
cromossomo 7q31) e secretado em proporção ao tamanho
das reservas de gordura.
Ela atua em células neuronais do hipotálamo no SNC. A
ação da leptina no SNC → promove a redução da ingestão
alimentar (diminui o apetite) e o aumento do gasto
energético.
A ação da leptina é feita a partir da ativação de receptores
específicos presentes nos órgãos-alvo → hipotálamo e
pâncreas Insulina
Indivíduos obesos também são hiperinsulinêmicos (por
causa da resistência à insulina, ela se acumula no plasma,
pois não consegue entrar nas células e receptores e
desempenhar seu papel de diminuir o apetite) , assim como
a leptina, a insulina atua em neurônios hipotalâmico,
diminuindo o apetite.
Grelina
Embora o ganho de peso, se tratando de pessoas obesas, Na ausência de ingestão (entre as refeições) → células Gr
deveriam aumentar os níveis de leptina e causar redução de do TGI → produzem grelina → estimula o apetite e induz
fome
apetite, existem 2 situações em que disfunções na produção
e na absorção da leptina promovem o ganho de peso
Obesidade
no caso de obesos, a atividade da grelina pode diminuir ou
aumentar dependendo dos seus hábitos alimentares.
• Concentração diminuída
Sua concentração é diminuída após refeições ricas em
carboidratos → menos grelina e mais insulina → menos
sinais de redução de apetite → come mais → obesidade
• Concentração aumentada
Os níveis plasmáticos de grelina foram encontradas em
refeições ricas em proteína animal e lipídeos, associados ao
pequeno aumento da insulina plasmática.
CCK e PYY
Durante a refeição e à medida que o alimento é consumido,
hormônios do intestino → colecistocinina (CCK) e peptídeo
YY (PYY) podem atuar como sinais de saciedade por meio
de ações sobre o esvaziamento gástrico e de sinais neurais Privação do sono
no hipotálamo, e a refeição é encerrada Para crianças e adultos, estudos indicam que o número de
horas de sono por noite está inversamente relacionado ao
No hipotálamo
IMC e obesidade. Em humanos, a privação do sono provoca
São importantes reguladores da fome e da saciedade diminuição da secreção de leptina e leva ao aumento dos
níveis de grelina e diminuição da tolerância à glicose →
• Neuropeptídeos, como o NPY aumento da fome e do apetite → aumento do risco de
• Hormônio estimulador de alfa-melanócitos obesidade
• Neutrotransmissores como a serotonina e dopamina
Melatonina
A melatonina é um hormônio secretado pela glândula pineal
e funciona como cronobiótico (relógio biológico) → ele
atua avisando nosso corpo se é dia ou noite, ‘’hormônio do
sono’’.
Obesidade
• Dia → tenho luz e ausência de melatonina → aumento • Na obesidade → baixos níveis de adiponenctina →
da sensibilidade à insulina contribui para a síndrome metabólica e, assim, para o
• Noite → ausência de luz e pico de produção de risco de diabetes tipo II e doença cardíaca
melatonina → fase de jejum sincronizada com a o Uma vez que a adiponetina freia a inflamação e
resistência à insulina aumenta a sensibilidade dos tecidos,
especialmente a do fígado, à insulina.
No caso se pessoas que ficam expostas a muita luz durante
a noite → redução da produção de melatonina a noite →
induzindo resistência à insulina, intolerância à glicose
A diminuição do peso corporal pode ajudar a reduzir as
(níveis de glicose elevado), perturbações do sono e a
complicações da obesidade, incluindo diabetes e
desorganização circadiana metabólica → levando a um
hipertensão.
estado de cronoruptura que leva à obesidade
• Diminuir a ingestão energética → alterações da dieta,
• Intolerância a glicose → sintomas incluem aumento da
modificações comportamentais, educação nutricional
fome → atribuída ao excesso de adiposidade corporal
• Aumentar o gasto de energia → aumento de exercício
fisico
Os efeitos predominantes da obesidade → que vieram dos Atividade física
sinais moleculares da massa aumentada de adipócitos →
incluem: O aumento na atividade física pode criar um déficit
energético, melhora as condições cardiorrespiratórias e
dislipidemia, intolerância à glicose e a resistência à insulina, reduz o risco de doença cardiovascular, independente da
expressa principalmente no fígado, no músculo e no tecido perda de peso.
adiposo.
Restrição calórica
Síndrome metabólica
1kg de tecido adiposo → 7.700 kcal
A obesidade abdominal está associada à síndrome
metabólica, que inclui Restrição calórica + atividade física → déficit energético →
diminuição de gordura corporal
• Intolerância à glicose
• Resistência à insulina Tratamento cirúrgico
• Hiperinsulinemia Procedimentos como a colocação de banda gástrica ou
• Dislipidemias (baixo HDL e alto nível de TAG) cirurgias de restrição são eficientes para a redução do peso
• Hipertensão em indivíduos gravemente obesos
Por mecanismos ainda não esclarecidos, essas cirurgias
também melhoram o controle de glicemia em indivíduos
diabéticos
Obesidade
• Essa mobilização requer liberação hidrolítica do Obs: diferenças entre a regulação da síntese na ACC
ac.graxo do glicerol
Enzima: Lipase sensível a hormônio (LSH)
Essa enzima remove o ácido graxo do carbono 1 ou 3 do TAG
• Glucagon e adrenalina
Ativação da adenilato ciclase → formação de AMPc → atia
PKA (proteína cinase dependente de AMPc) → fosforila a
LSH → ativação da LSH
• Insulina
Na presença de altas concentrações plasmáticas de insulina
e glicose → desfosforila LSH → inativação Destino do glicerol
O glicerol liberado durante a degradação do TAG não pode
ser metabolizado nos adipócitos, pois eles não possuem a
enzima glicerol-cinase que catalisa a seguinte reação:
Enzima: acil-Coa-sintetase dos ácidos graxos de cadeia Em seguinda, o acil-carnitina passa para a matriz
longa (tiocinase) mitocondrial, atravessando a membrana interna através de
uma proteína de membrana
AGL + Acetil-CoA → Acil-Coa (muito energética)
Essa reação gasta 2 ATP, pois 1ATP foi quebrado gerando
2P para a reação e se transformando em AMP.
• Sintetizada no corpo
Podem ser sintetizada a partir do aminoácido lisina e
metionina, por vias enzimáticas encontradas no fígado e nos
rins, mas não são encontradas nos músculos esquelético
e cardíaco
DEFICIÊNCIAS DE CARNITINA
As deficiências resultam na diminuição do tecido usar
AGCL como combustível metabólico. Afeta
principalmente o fígado, incapacitando-o de usar a
gordura como fonte de energia e sintetizar glicose durante
o jejum
• Deficiências secundárias
o Doenças hepáticas que provocam diminuição
na síntese de carnitina
o Indivíduos subnutridos ou vegetarianos
o Gestação, infecção grave, traumas
o Hemodiálise, que remove a carnitina do
sangue
• Deficiências congênitas (deficiência 1ª)
o Na reabsorção de carnitina no túbulo renal
o Captação de carnitina pela célula
• Deficiência de CPT-II (que regenera a carnitina) nos A B-oxidação consiste em 4 reações envolvendo o carbono
músculos cardíacos e esqueléticos B (beta, carbono 3), a qual resulta na diminuição da cadeia
o Levam cardiomiopatia do ácido graxo em 2 carbonos
o Fraqueza muscular
As etapas incluem
• Consequências
o Hipoglicemia grave (pois gliconeogênese e • Oxidação que produz FADH2
lipólise estão ligados) • Etapa de hidratação (entrada de água)
o Coma e morte • Segunda oxidação que produz NADH
• Tratamento • Clivagem tiólica que libera 1Acetil-Coa (exceto na
o Evitar jejum prolongado ultima clivagem que libera 2 acetil-coa porque vão
o Dieta rica em carboidratos (pra não causar restar 4 carbonos)
hipoglicemia) e baixa em AGCL
o Suplementação com ácidos graxos de cadeia
média (atravessam sem precisar da CTP) e
carnitina
Reação 02 – hidratação
Enzima: enoil-coa-hidratase
Vai entrar uma molécula de H2O, formando o composto → 3-
hidroxiacil-coa
→
Se o ácido graxo tiver número ímpar de carbonos, a ultima
Continuação volta vai restar 3 carbonos e não 2.
Essas etapas irão se repetir até que todo o ácido graxo seja A molécula de 3 carbonos → propionil-CoA
quebrado, a cada volta é retirado 2 carbonos do ácido graxo,
As reações da transformação do propionil-CoA em succinil-
produzindo
CoA são as seguintes:
• FADH2
• NADH
• 1acetil-coa
Obs: excessão na última volta
Na ultima clivagem tiólica, vai restar 4 carbonos, eles vao ser
partidos em 2 moléculas de 2 carbonos e cada um vai ganhar
1CoA
Enzima metil-malonil-coa-mutase
Essa enzima que forma o succinil-coa
Metabolismo do colesterol
O colesterol é um esteroide característico do tecido animal O colesterol é um composto muito hidrofóbico. Ele pode
e desempenha diversas funções essenciais: existir em duas formas
Ésteres de colesterol
Colesterol + ácido graxo ligado ao C3
É uma molécula ainda mais hidrofóbica que o colesterol
livre (não esterificado) e não é encontrado nas membranas
celulares.
Origem do colesterol
Devido à sua hidrofobicidade, o colesterol e seus ésteres
Tanto pela via endógena, produzido pelo próprio corpo, como devem ser transportados associados a proteínas como
pela alimentação. componentes de partículas lipoproteicas ou devem ser
solubilizados por fosfolipídeos e sais biliares da bile.
Metabolismo do colesterol
Todos os átomos de carbono do colesterol são derivados do
acetato e o NADPH é o doador dos equivalentes redutores.
A energia é garantida pela hidrólise das ligações tioester de
alta energia da acetil-coae do ATP.
a síntese requer enzimas citosólicas e do RE liso
• Glicose
Vai ser metabolizada → produz piruvato → OAA + Acetil CoA
Metabolismo do colesterol
Obs: o NADPH também vem da conversão do malato →
piruvato
ETAPA CITOSÓLICA
RESTANTE DAS REAÇÕES A PARTIR DO MEVALONATO
As duas primeiras reações da síntese são similares às que
produzem corpos cetonicos, resultando na formação de
HMG-CoA
Metabolismo do colesterol
Reação [03] • Redução da ligação entre C24 e C25
Enzima: isomerase
SÍNDROME DE Smith-Lemli-Opitz (SLOS)
O IPP sofre isomerização
Doença autossômica recessiva relacionada a biossíntese do
IPP → 3,3-dimetilalil-pirofosfato (DPP) colesterol.
Reação [04] Há uma deficiência parcial de uma enzima (7-
desidrocolesterol-7-redutase) envolvida na migração da
Enzima: transferase
ligação dupla
DPP + IPP → geranil-pirofosfato (GPP) com 10 carbonos +
A SLOS causa um defeito na síntese do colesterol
pirofosfato (P-P) que torna a reação irreversível
Reação [05]
Enzima: transferase Se não houver necessidade de colesterol pela célula, o IPP
pode ser desviado para outras vias para sintetizar:
GPP + IPP → farnesil-pirofosfato (FPP) com 15 carbonos + P-
P que torna a reação irreversível • Vitamina E, K e A
• Ubiquinina
Reação [06]
• Heme a
Enzima: esqualeno-sintase • Carotenoides
Reação [07]
Enzima: esqualeno-monoxigenase do RE liso
O esqualeno é uma molécula de cadeia aberta, os anéis ainda
não estão fechados.
Metabolismo do colesterol
produção de proteína-redutase → menos síntese de
colesterol
A reação da HMG-CoA-redutase é a enzima limitante da
velocidade e principal ponto de controle da biossíntese do Regulação por proteólise
colesterol
A proteína SREBP
Metabolismo do colesterol
Níveis aumentados de esteróis intracelular → aumenta a
fosforilação da enzima → inativando-a → menos síntese de
colesterol • Fezes
O núcleo esteroide é eliminado intacto pela conversão em
• Insulina
ácidos e sais biliares → excretados nas fezes
Hiperinsulinemia → ativa fosfatase → desfosforila (retira o P)
Ou pela secreção de colesterol na bile → transporta até o
da HMG-coa-redutase → ativa → maior síntese de colesterol
intestino → fezes
• Flora bacteriana
No intestino, parte do colesterol é modificado, transformando-
o em formas fáceis de serem eliminados → fezes
Lipoproteínas
O colesterol e ésteres de colesterol (CE) são compostos
hidrofóbicos e insolúveis na água do sangue, como os TAG e
os fosfolipideos.
Por isso, para que cheguem aos tecidos do corpo e sejam
usados em processos sintéticos ou oxidativos, eles precisam
ser empacotados em lipoproteínas (solúveis).
Os principais carreadores de lipídeos são
• Quilomicrons
• VLDL que leva à IDL e LDL Uma maior razão proteínas/lipídeos levam a uma maior
• HDL densidade, como as HDL
Superfície
Região central
Lipoproteínas
Quilomicrom remanescentes
Os quilomicra parcialmente hidrolisados agora estão
desprovidos de seus TAG → retem apoE e apoB-48 → vai
para o fígado e se ligam a apoE → endocitados
• Coração
A lipase proteica é ativada por apo C-II → hidrolise TAG → Possuem Km menor → alta sensibilidade. Uma vez que os
ácidos graxos + glicerol AG são usados como combustíveis (fontes de energia
primária) pelo coração, ele capta as lipoproteínas mesmo em
a lipoproteína-lipase (LPL) está presente em tecido adiposo, concentração baixa.
musculo cardíaco, músculo esquelético e celulares
acinares do tecido mamário. DEFICIÊNCIA DE LPL ou APO C-II
• Ácidos graxos Apresentam um grande acumulo de TAG-quilomicra no
plasma → hipertriacilglicerolemia mesmo no jejum.
São armazenados (no adipócito ou células mamárias) ou
usados para gerar energia (músculo).
Se não forem imediatamente capturados pelas células, os AG
de cadeia longa se juntam a albumina até sua captação
ocorrer.
Lipoproteínas
secretados pelo fígado → corrente sanguínea → 50% das VLDL remanescentes → captadas do sangue pelo
degradação pela lipase lipoproteína (LPL) → abastece fígado por meio da ligação da apo-E da VLDL ao receptor de
outros tecidos apo-E na membrana plasmática do hepatócito → endocitose
As VLDL possuem a apo B-100 na sua estrutura As outras 50% seguem no sangue
Ou ‘’fígado graxo’’, acontece quando existe um desequilíbrio Aproximadamente, as outras 50% das VLDL remanescentes
entre a síntese hepática de TAG e secreção de VLDL. As tem seus TAG centrais removidos, formando a → IDL
condições em que ocorrem isso → obesidade, diabetes melito
• Formação de VLDL
não controlada e ingestão crônica e etanol
Com a remoção adicional de TAG dos IDL, pela ação da
triglicerídeo-lipase hepática → Há a formação de LDL
ATEROSCLEROSE
ABETALIPOPROTEÍNA
É um tipo raro de hipolipoproteinemia causada por um Se tem um excesso de LDL no sangue → captação por
tecidos hepáticos e outros se torna saturada.
defeito na proteína microssomal transferidora de TAG
(PTM). Assim, o ‘’excesso’’ é capturado por macrófagos
Assim, há um impedimento do carregamento da apo B presentes próximos às células endoteliais das artérias.
com lipídeos → não existe formação dos quilomicrons Isso vai induzir uma resposta inflamatória, gerando um
(apo B-48) e da VLDL (apo B-100) → causando acúmulo processo que culmine em aterosclerose
de TAG no fígado e no intestino
Lipoproteínas
etapa [02]
depois da ligação o complexo LDL-receptor é internalizado
por endocitose.
Etapa [03]
A vesícula contendo LDL perde a capa de clatrina e funde-
se a outras semelhantes, formando endossomos.
Lipoproteínas
Etapa [04]
O pH dos endossomos diminui (aumento da ATPase
endossomal) → LDL se desliga do seu receptor
Etapa [05]
Os receptores podem ser reciclados.
Enzimas hidrolases ácidas lisossomais degradam as
lipoproteínas remanescentes → colesterol livre +
aminoácidos + ácidos graxos + fosfolipídios → também
podem ser reutilizados pela célula.
Lipoproteínas
Reservatório de apolipoproteínas
As HDL servem de reservatório circulante de apo C-II (que os
quilomicra e VLDL recebem pra atilar a LPL) e de apo-E
(necessária para entrar no fígado)
Esterificação do colesterol
Enzima LCAT – colesterol-aciltransferase
A enzima LCAT esterifica o colesterol captado pelas HLD
imediatamente.
A LCAT é ativada por apo A-I e transfere o ácido graxo do
C2 da fosfatidilcolina para o colesterol → CE hidrofóbico
HDL3 → partículas de HDL pobre em CE ainda
Lipoproteínas
Os macrófagos fagocíticos têm receptores não específicos
conhecidos como scaverngers que ligam vários tipos de
molécula, incluindo partículas de LDL modificadas por
oxidação.
Modificações na LDL
Essas modificações envolvem dano oxidativo, principalmente
de grupos acila poliinsaturados.
O processo que causa a oxidação da LDL envolve
• Radicais de superóxido
• Óxido nítrico (NO)
• Peróxidos de hidrogênio (H2O2)
Antioxidantes que protegem LDL contra oxidação
• Vitamina E
• Vitamina C
• Carotenoides (vitamina A)
Placa aterosclerótida
Diferentemente dos receptores de LDL, os receptores
scavengers não são submetidos a regulação pelo
aumento do nível de colesterol.
Assim, os macrófagos ficam cheios de lipídios → nesse Pode acontecer lesão da artéria → extravasamento do
momento, são chamados de células espumosas. material → estimula a coagulação sanguínea → trombos →
Acumulo de células espumosas no espaço subendotelial → oclusão total dos vasos → infarto
produz a primeira evidencia de placa aterosclerótida em
desenvolvimento, conhecida como placa de gordura
Fatores de risco
• Hipertensão arterial
• Níveis circulantes de LDL, quilomicra e VLDL altos
• Baixos níveis de HDL
• Tabagismo
• Elevação crônica de níveis de glicose no sangue
• Altos níveis de vasoconstritor angiotensina
• No estado alimentado
o fígado pode converter intermediários do metabolismo dos
AA em → glicogênio e TAGs.
Desse modo, o destino dos carbonos dos aminoácidos se
Os aminoácidos podem ser classificados em 2, conforme os
assemelha ao da glicose e dos ácidos graxos.
7 intermediários produzidos durante seu catabolismo.
Aminoácidos cetogênicos
Produzem acetil-coa ou corpos cetônicos (acetoacetato).
O acetoacetato é um dos ‘’corpos cetônicos’’ que também
incluem o 3-hidroxibutirato e a acetona
Aspartato
O aspartato perde seu grupo amino por transaminação →
oxaloacetato
Histidina
Desaminado pela histidase → ácido urocânico → N-
formimino-glutamato → glutamato → alfa-cetoglutarato
Serina
Obs: ambas são glicogênicas e cetogênicas
Serina → convertida em glicina + tetra-hidrofolato
AMINOÁCIDOS QUE PRODUZEM SUCCINIL-CoA
Ou
Metionina
Serina → serina-desidratase → piruvato
Metionina → SAM → SAH → homocisteína → cistationa →
Glicina cisteína + alfa-cetobutirato (este é descarboxilado
oxidativamente formando propionil-coa → succinil-coa)
Pode ser convertida em serina ou ser oxidada a CO2 e NH3
Cistina
Cistina → NADH + H+ reduz → cisteína → piruvato por
dessulfuração.
Treonina
Treonina → piruvato ou Treonina → alfa-cetoburitato →
succinil-coa
AMINOÁCIDOS QUE PRODUZEM FUMARATO • Relação da homocisteína com doenças
vasculares
Fenilalanina
Níveis elevados de homocisteína → danos oxidativos +
Fenilanalina + OH → tirosina → fumarato + acetoacetato inflamação e disfunção endotelial.
Essa reação é catalisada pela fenilalanina-hidroxilase Níveis plasmáticos de homocisteína está inversamente
(deficiência=fenilcetonúria) que requer a tetra- relacionado com os níveis de folato, B12 e B6 (enzimas
hidrobiopterina. envolvidas na conversão de homocisteína em cisteina ou
metionina)
Valina e isoleucina
Valina e isololeucina → propinil-coa → succinil coa
Essas reações necessitam de biotina e vitamina B12
Treonina
Treonina – H20 → alfa-cetobutarato → propinil-coa →
succinil-coa.
Treonina → piruvato também
AMINOÁCIDOS QUE PRODUZEM ACETIL-COA OU
ACETOACETIL-COA
Leucina, isoleucia, lisina e tripfonato (4) produzem acetil-coa
ou acetoacetil-coa diretamente, sem a formação intermediária
de piruvato (pela reação da piruvato desidrogenase).
A fenilalanina e tirosina (2) também produzem acetoacetato
durante seu catabolismo
Portanto, existem 6 aminoácidos cetogênicos. Lisina
Leucina A lisina é um aminoácido exclusivamente cetogênico e é
incomum porque não sofre transaminação (nenhum dos
Este aminoácido é exclusivamente cetogênico, formando
seus grupo amino é transferido para um alfa-cetoglutarato)
acetil-coa + acetoacetato
Tripfonato
Isoleucina
Esse é tanto cetogênico quanto glicogênico pois seu
É tanto cetogênica quanto glicogênica, pois seu
metavolisbo produz → alanina (convertida em piruvato) +
metabolismo produz → acetil-coa e propionil-coa (convertido
acetoacil-coa
em succinil-coa)
A = glicogênicos
B = cetogênicos
Catabolismo de aminoácidos
o Parte da amônia → excretada na urina ou
utilizada na síntese da ureia (maior parte)
o organismo obtém nitrogênio por meio de
• Ureia
• Amônia
• Outros produtos derivados do metabolismo de AA
2ª fase do catabolismo
Os esqueletos carbonados dos alfa-cetoácidos são
convertidos em intermediários comuns das vias
metabólicas produtoras de energia.
Ao contrário das gorduras e carboidratos, os aminoácidos
não são armazenados pelo organismo, por isso, eles • Metabolizados em → CO2 e H2O (ciclo de Krebs),
devem ter seu nitrogênio removido, porque os aminoácidos glicose, ácidos graxos ou corpos cetônicos
não conseguem participar diretamente do metabolismo
energético (produzem produtos que entram nas vias).
Portanto, o grupo amino é removido por duas reações Estado alimentado
sequenciais Após uma refeição contendo proteínas, os aminoácidos
liberados pela digestão vão do intestino → veia porta
1ª fase do catabolismo
hepática → fígado
Envolve a remoção dos grupos alfa-amino
Esse aminoácido vai ser usado para para síntese proteica,
• Por transaminação e subsequente desaminação e formação de intermediários de outras vias
oxidativa
• O excesso de aminoácidos pode ser convertido em
o Formando → NH3 + alta-cetoácido
glicose ou TAG → acetil-coa → gordura
correspondente (‘’esqueletos carbonados’’)
Catabolismo de aminoácidos
• Amônia e aspartato → fontes de nitrogênio para o ciclo
da ureia
REAÇÕES DE TRANSAMINAÇÃO
A transaminação é o principal processo para remover o
nitrogênio dos aminoácidos.
Durante o jejum
Todos os aminoácidos, exceto lisina e treonina são
No estado de jejum, a proteína muscular é clivada a submetidos a reações de transaminações.
aminoácidos.
As enzimas que catalisam essas reações são
• Alguns deles são parcialmente oxidados pra gerar aminotransferases ou transaminases → encontradas nas
energia células do fígado, rins, intestino e músculo
• Outra parte é convertida em alanina e glutamina
Essas reações são reversíveis, podendo ser utilizadas tanto
o Glutamina → é oxidada nos linfócitos, intestino e
na degradação quanto na síntese
rins. Convertendo alguns dos carbonos e o
nitrogênio em alanina • Remoção do nitrogênio dos AA
o Alanina e outros aminoácidos → fígado → • Transferir nitrogênio para alfa-cetoácidos → formando
carbonos convertidos em → glicose e corpos aminoácidos
cetônicos. Já o nitrogênio é → convertido em
ureia → excretada na urina Na maioria dos casos, acontece assim:
o Glicose produzida pela gliconeogênese →
• Grupo amino (de um aminoácido) → transferido para o
oxidada em CO2 e H2O no ciclo de Krebs →
alfa-cetoglutarato → formando glutamato + alfa-
energia
cetoácido do aminoácido correspondente que foi
convertido
Catabolismo de aminoácidos
O glutamato produzido por transminação pode ser
desaminado oxidativamente posteriormente por uma
reação que ocorre dentro das mitocôndrias.
Destinos do glutamato
O glutamato sofre transaminação e tem 2 destinos →
formar aspartato (entra no ciclo da ureia) por outra
transaminação
Ou ele pode passar pela desaminação e perder sua NH3
que também vai para a síntese da ureia Aspartato-aminotransferase (AST)
A AST é uma exceção à regra de que as aminotransferases
afunilam os grupos amino para formar glutamato. A reação
também é reversível
A AST catalisa a reação
Glutamato (formado na reação da ALT)→ transfere amino
pata o oxaloacetato → formando aspartato (vai pro ciclo
da ureia) e alfa-cetoglutarato (novamente)
Destino do alfa-cetoácido
Esse é a cadeia carbônica propriamente dita, sem o
nitrogênio que foi retirado. Dessa forma, ele pode ir
Catabolismo de aminoácidos
Exemplo com a AST Elas fornecem alfa-cetoácidos → entram nas vias centrais do
metabolismo energético
Fornecem NH3 → fonte de nitrogênio para o ciclo da ureia
Coenzimas
A glutamato-desidrogenase pode usar tanto NAD+ quanto
NADP+ como coenzima
• NAD+
Utilizado principalmente na desaminação oxidativa (perda de
NH3 acoplada à oxidação do esqueleto carbonado
• NADP+
É utilizado principalmente na aminação redutora (ganho de
NH3 acoplado a redução do esqueleto carbonado)
Catabolismo de aminoácidos
OUTROS AA QUE LIBERAM AMÔNIA
Catabolismo de aminoácidos
• Fornece nitrogênio pro ciclo da amônia Glutamina
O glutamato coleta os N por reações de transaminação e A glutamina é sintetizada a partir do glutamato pela fixação
alguns desses N são liberados como NH3 pela reação da de amônia, gastando 1ATP e precisando da enzima
glutamato-desidrogenase. Esse NH3 entra no ciclo da ureia glutamina-sintetase
a segunda forma de N para a síntese da ureia é fornecida pelo Obs: a síntese de glutamina acontece quando há rápida
aspartato degradação de AA e níveis altos de amônia, por isso essa
amônia entra no glutamato para formar a glutamina
• Glutamato transfere seu grupo amino para o OAA →
formando aspartato e alta-cetoglutarato
• No rim
A liberação de NH3 e formação do íon amônio NH4+ →
formam sais com ácidos metabólicos na urina
Catabolismo de aminoácidos
A figura mostra a liberação inicial de ALT no soro depois de
ingerir uma toxina hepática (causa lesão nas células e
O exame da alanina AST aspartato aminotransferase é um
liberação de aminotransferases)
exame de sangue que serve para avaliar se existe alguma
lesão no fígado ou no pâncreas, sendo útil para o diagnóstico • A bilirrubina sérica elevada resulta da lesão
de doenças como hepatite, cirrose ou obstrução das vias hepatocelular, que diminui a conjugação hepática e a
biliares, por exemplo. excreção de bilirrubina.
• As aminotransferases são enzimas intracelulares, de Doença não hepática
modo que a presença de níveis plasmáticos elevados de
aminotransferases podem indicar lesões em células ricas As aminotransferares podem estar elevadas em outras
nessas enzimas. doenças sem ser o fígado, como
Exemplo
Metabolismo da amonia
A amônia é produzida por todos os tecidos durante o Essa amônia é absorvida pelo intestino → veia porta →
metabolismo de vários compostos, sendo eliminada removida pelo fígado ao converter em ureia
principalmente pela formação de ureia no fígado.
A partir de aminas
Porém, a amônia é tóxica para o SNC, devendo ser
mantido seu nível muito baixo. Portanto, deve haver um As aminas obtidas da dieta e as monoamidas usadas como
mecanismo metabólico para remover o N dos tecidos hormônios ou neurotransmissores podem produzir amônia
periféricos e leva-lo ao fígado para a transformação em por ação da aminoxidase
ureia, para manter baixos níveis de amônia circulantes
A partir de purinas e pirimidinas
No catabolismo das purinas e pirimidinas, os grupos amino
Os AA são a maior fonte de amônia, pois a maioria das ligados aos anéis são liberados como amônia
dietas ocidentais possui excesso de AA
Esse AA → fígado → transdesaminação (ambas as
A amônia é rapidamente removida do sangue para o fígado,
reações por aminotransferases e glutamato-desidrogenase)
mantendo seus níveis baixos na circulação, visto que ela é
→ amônia
tóxica para o SNC.
A partir da glutamina Essa remoção de amônia do sangue para o fígado é feita
• Rins pela alanina e glutamina em muitos tecidos (em especial o
músculo), que carregam o N dos aminoácidos em vez de
Os rins produzem amônia a partir da glutamina, pela liberá-lo como amônia livre.
glutaminase renal e glutamato-desidrogenase
Ureia
A formação de ureia no fígado é a via mais importante de
eliminação de NH3.
Fígado → ureia → sangue → rins → filtração glomerular
Glutamina
Essa amida do ácido glutâmico fornece uma forma de
armazenamento e transporte não tóxicos para a amônia.
A formação da glutamina a partir de glutamato e de NH3
requer ATP pela glutamina-sintetase. E essa formação
A maior parte da amônia → excretada na urina como NH4+, acontece no fígado e no músculo.
fornecendo um balanço acidobásico do organismo, pela
excreção de prótons.
• Intesino
A amônia também é obtida pela hidrólise da glutamina
pela glutaminase intestinal.
As células da mucosa intestinal obtêm a glutamina pelo
sangue ou da digestão de proteínas da dieta.
Obs: o metabolismo da glutamina no intestino produz
citrulina → sangue → rins → ciclo da ureia na síntese da
arginina
Pela ação bacteriana do intestino Essa reação também acontece no encéfalo, sendo o
principal mecanismo de remoção da amônia do SNC, visto
A amônia é produzida a partir da ureia, pela ação da urease que ela é tóxica.
bacteriana no lúmen intestinal.
Metabolismo da amonia
• Remoção da glutamina No entanto, quando a função hepática está comprometida
por defeitos genéticos no ciclo da ureia ou por doença
A glutamina circulante é removida pelo fígado e pelos rins e hepática → níveis de NH3 aumentados
desaminada pela glutaminase.
Essa hiperamonemia é uma emergência médica, pois a
No fígadp → NH3 destoxificada em ureia amônia tem efeito neurotóxico direto no SNC, causando
No rim → usada para excreção de prótons sintomas tais como
• Deficiência de ornitina-transcarbamoilase
o Ligada ao X e afeta mais od homens
• Deficiência por arginase
o É menos grave pois a arginina contem 2 N a
serem eliminados e pode ser excretada na
urina
Metabolismo da amonia
• Tratamento
o Inclui limitação de proteínas na dieta
• Medicamentos
o O fenilbutirano administrado oralmente é se
ligam aos AA produzindo moléculas com N
excretadas na urina.
o Fenilbutirato → convertido em fenilacetato
→ Se condensa com a glutamina →
fecilacetil-glutamina → excretada na urina
Ciclo
CICLO da
DA ureia
UREIA
REAÇÃO 01 – FORMAÇÃO DO CARBAMOIL-FOSFATO
A ureia é a principal forma de eliminação dos grupo amino Enzima: carbamoil-fosfato-sintetase I encontrada
oriundos dos AA. principalmente nas mitocôndrias do fígado e intestino
A ureia é produzida no fígado, outros tecidos também
possuem as enzimas do ciclo, mas apenas o fígado tem
aquela que produz a ureia.
Regulação no geral
As duas primeiras ocorrem na mitocôndria e as demais
enzimas estão no citosol. No geral, o ciclo da ureia é regulado pela disponibilidade de
substrato: quanto maior a velocidade de produção de
amônia, maior a velocidade do ciclo da ureia.
Por N-acetil-glutamato
O N-acetil-glutamato é um ativador essencial da
carbamoil-fosfato-sintetase I, que é o passo limitante para
o ciclo da ureia.
Esse composto é sintetizado a partir da CoA + glutamato
pela N-acetil-glutamato-sintase em uma reação ativada
pela arginina.
Ciclo
CICLO da
DA ureia
UREIA
ou seja, após uma refeição rica em proteína, há um aumento
do ciclo da ureia.
Ciclo
CICLO da
DA ureia
UREIA
O fumarato então é hidratado para formar malato • Amônia é reabsorvida pelo sangue
Fumarato + H2O → malato
PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL
• Malato → entra na mitocôndria → oxidado a OAA →
ciclo de Krebs Em pacientes com isso, os níveis de ureia no plasma
o O OAA pode ser convertido em aspartato por aumentam, promovendo maior transferência de ureia →
transaminação e entrar no ciclo da ureia de novo intestino
• Malato → gliconeogênese A ação da urease intestinal sobre essa ureia torna-se uma
fonte clinicamente importante de amônia contribuindo
para a hiperamoneia observada nesses pacientes (pois a
urease cliva a ureia em CO2 e NH3)
Obs: a administração oral de neomicina reduz o numero de
bactérias intestinais responsáveis pela produção de ureia
Outra parte → ornitina que volta pro ciclo da ureia Pois, no catabolismo desses AA
Essa reação ocorre quase exclusivamente no fígado. • Alfa-cetoácidos → esqueletos carbonos → convertidos
Dessa forma, enquanto outros tecidos (tipo o rim) podem em glicose por entrarem nas vias centrais
sintetizar arginina por meio de todas essas reações, apenas o O principal aminoácido que serve como substrato
o fígado pode clivar a arginina produzindo ureia. para a gliconeogênese é a alanina a qual é
sintetizada nos tecidos periféricos para ser usado
como transportador de nitrogênio.
o A liberação de glucagon (no jejum) estimula o
Uma parte vai pra urina
transporte de alanina para o fígado pela
Ciclo da ureia → ureia → sai por difusão no fígado → sangue ativação da transcrição do sistema de transporte
→ rins → filtrada e excretada na urina da alanina
o 2 moléculas de alanina → glicose
Outra parte vai para o intestino o Nitrogênio da alanina → vai pro ciclo da ureia
Parte da ureia formada → fígado → sangue → intestino →
clivada em CO2 + NH3 pela urease bacteriana, microbiota
intestinal.
Ciclo
CICLO da
DA ureia
UREIA
Suplementos proteicos
as proteínas são essenciais no reparo de microlesões Foi proposto que a suplementação destes aminoácidos
decorrentes da prática esportiva → objetivo de recuperação promove o aumento da resistência ao esforço físico
muscular prolongado através de 2 mecanismos:
Porém, os atletas devem ser conscientizados de que o Manutenção das concentrações de glicogênio muscular
aumento do consumo proteico além do recomendado não e hepático
leva aumento adicional de massa magra. Há um limite para
o acúmulo de protepina nos diversos tecidos. Eles retardam a depleção de glicogênio, uma das causas de
fadiga em atividades físicas prolongadas.
• Nos atletas → maximizar o desempenho nos treinos,
pois permite uma rápida recuperação e diminuição dos ➢ Sem os suplementos na atividade física prolongada
danos muculares O glicogênio muscular, durante a atividade física, é precursor
• Melhora a massa, força e função dos músculos do OAA → substrato necessário para o ciclo de Krebs (TCA)
• Positivo no envelhecimento saudável → combate à e produção de energia pelos ácidos graxos livres (AGLs).
sarcopenia nos idosos Lembrando que a condensação OAA + Acetil-coa → inicio
• Controle do peso e a regulação do apetite → uma vez do ciclo de Krebs
que o alto teor de proteína aumenta o metabolismo pós-
prandial, potenciando a sensação de saciedade Porém, com a depleção do glicogênio → menor
concentração de OAA e citrato → prejudica a produção de
Ingestão após o exercício energia pelos mecanismos oxidativos. O OAA, se torna,
assim, o fator limitante da metabolização de AGLs
Após o exercício físico de hipertrofia, a ingestão proteica
favorece o aumento de massa muscular quando • Assim, esses suplementos iriam manter a concentração
combinado com a ingestão de carboidratos, reduzindo a de glicogênio muscular e hepático, evitando a fadiga
degradação proteica. muscular e ajudando na produção de energia
Suplementos proteicos
Efeito sobre o volume de treinamento
Como já visto, os BCAA são substratos para a produção de A creatina possibilita que o sujeito desempenha mais
glicose através do ciclo alanina-glicose. repetições com a mesma carga → maiores ganhos de
Enquanto a asparagina + aspartato são precursores de OAA massa magra num programa de treinamento a longo prazo
no ciclo de Krebs. Efeito sobre a expressão gênica e ativação das vias de
Esses dois mecanismos permitem: trofismo muscular
• Permitem que o metabolismo oxidativo se mantenha Existem evidencias recentes que a creatina influencia a
ativo, pois fornecem substratos para iniciar o TCA (OAA transcrição genica de diversos genes envolvidos na
e acetil-coa) • Regulação osmótica
• Retarda a conversão excessiva de piruvato → lactato • Síntese e degradação de glicogênio
(pois os BCAA reagem com o piruvato formando alanina
• Remodelagem do citoesqueleto
→ glicose)
• Proliferação e diferenciação de células satélites
• Liberam precursores gliconeogênicos (alanina vira
• Reparo e replicação de DNA
glicose) para a síntese hepática de glicose
• Controle da transcrição de RNA e morte celular
Um estudo concluiu que a creatina pode atuar no crescimento
Na produção de força muscular muscular, exercendo o anabolismo no músculo, via IGF-I
Existem indícios que mesmo na ausência de treinamento de Obs: o IGF-1 (fator de crescimento similar à insulina 1) é um
força, a suplementação de creatina poderia ter um efeito hormônio que leva hipertrofia das células musculares
benéfico na força muscular, mediado por diversos
IGF-1 → regula a ativação e diferenciação de células
mecanismos, tais como
satélites (CS) → se diferenciam em fibras adultas → doam
• Aumento intramuscular de fosforilcreatina seus mionúcleos à fibra muscular → possibilita o processo
• Aumento da velocidade da regeneração de hipertrófico → mais massa muscular
fosforilcreatina no exercício
• Diminuição no tempo de relaxamento no processo
contração-relaxamento da musculatura esquelética (em
decorrência da melhora na atividade da bomba de cálcio)
• Aumento da concentração de glicogênio muscular
Efeito na hipertrofia
suplementação + treinamento de força → aumento de
hipertrofia
porem, os mecanismos fisiológicos ainda não foram
esclarecidos
Suplementos proteicos
Consequências para o rim
Metabolismo da glutamina Certos suplementos são associados a
• Cálculos renais
• Doenças renais
• Nefrotoxicidade a proteinúria
Metabolismo do Álcool
• Oxidação do ácido graxo é inibida (pois n B-oxidação
precisa de NAD+) → desvia o acetil-coa para a síntese de
O etanol é uma fonte de energia dietética metabolizada a
corpos cetônicos
acetato principalmente no fígado, com a regeneração de
• Pode causar acidose lática
NADH.
• Inibe a gliconeogênese → hipoglicemia
• as calorias do etanol são consideradas ‘’vazias’’ no sentido
de serem pobre em vitaminas, aminoácidos essenciais e Alterações no fígado
outros nutrientes, porém, elas possuem calorias que O metabolismo do etanol pode resultar em doenças hepáticas
geram energia induzidas pelo álcool, incluindo
• o NADH produzido é utilizado par a geração de ATP por
meio de fosforilação oxidativa • Esteatose hepática (fígado gordo)
• Fibrose hepática
a principal rota (80%) do metabolismo do etanol é através da
• Hepatite induzida por álcool
alcool-desidrogenase hepáitica (ALDH) = etanol oxidado em
• Cirrose
→ acetaldeído no citosol (composto tóxico e pode entrar na
corrente sanguínea) O principal produto tóxico do metabolismo do etanol é o
acetaldeído e radicais livres
acetaldeído (pela acetaldeído-desidrogenase ALDH) →
acetato na mitocôndria principalmente. • Acetaldeído → forma aductos com proteínas e outros
compostos
• A maior parte do acetato → capturada pelo musculo
• Radical hidroxietila produzido por MEOS e outros radicais
esquelético e outros tecidos
durante a inflamação → causam alterações irreversíveis
o Lá, o acetato é clivado (pela acetil-coa-sintetase
no fígado
ACS) → acetil-coa → entra no ciclo do TCA
• 0 a 5% de etanol
Entra na mucosa gástrica de células do trato GI alto → língua,
boca, esôfago e estômago) → metabolizado → sangue
Efeitos agudos
Surgem principalmente pela geração de NADH, o qual
aumenta a relação NADH/NAD+ no fígado e afeta diversas
rotas
Metabolismo do Álcool
ADH – álcool desidrogenase
A principal rota do metabolismo do etanol no fígado é através
da ADH, uma enzima citosólica, que catalisa a reação
Etanol → acetaldeído + NADH
Ela é uma família de isoenzimas com variações específicas no O metabolismo do acetato requer ativação de Acetil-CoA pela
comprimento da cadeia do substrato do álcool. acetil-CoA-sintetase (ACS), em uma reação similar à acetil-
coa-sintetase graxa
Metabolismo do Álcool
Aqui, o etanol também é oxidado a acetaldeído. O consumo crônico de álcool aumenta os níveis hepáticos
de CYP2E1 cerca de 2 a 10x.
Etanol e NADPH doam elétrons nessa reação, que reduz O2 e
H2O • Aumento na CYP2E1 com o consumo de etanol ocorre por
meio de regulação de transcrição, pós-transcrição e pós-
translação
O retículo endoplasmático → se prolifera → aumentando as
enzimas microssomais no geral (incluindo aquelas que não
metabolizam o álcool)
• Consequências
Embora a indução de CYP2E1 aumente a depuração do etanol
no sangue, também vai acontecer que o acetaldeído pode ser
Todas as enzimas do citocromo P450 têm 2 componentes de produzido mais rapidamente do que pode ser metabolizado
proteína catalítica principais pela ALDH → aumentando o risco de danos hepáticos
• Um sistema doador de elétrons que os transfere a partir do As enzimas do citocromo P450 são capazes de formar
NADPH (citocromo P450-redutase) e o citocromo P450 radicais livres, que também podem levar ao aumento de
danos hepáticos e cirrose
• A proteína do citocromo P450 contém sítios de ligação
para O2 e o substrato (como o etanol) e realiza a reação
Metabolismo do Álcool
Sexo Saldo → 10 (TCA e cadeia) – 2 (ativação do acetil-coa) – 2,5
(gastos como NADPH) = no máximo 8 ATP formado
Após o consumo crônico de álcool, o ADH gástrico diminui tanto
nas mulheres quanto nos homens
• Mulheres
Possuem baixos níveis de ADH gástrica → níveis sanguíneos
de álcool pós consumo são maiores
As mulheres são menores → o álcool é distribuído em um
espaço 12% menor de água, pois as mulheres apresentam
mais gordura e menos água do que homens → maiores níveis
sanguíneos de álcool
Quantidade
A quantidade consumida determina a rota metabólica
• ADH e ALDH
Pequenas quantidades de etanol → metabolização mais
eficiente através de rotas de baixo Km de classe I ADH e
classe II ALDH, e uma pequena acumulação de NADH ocorre
para inibir o metabolismo do etanol via essas desidrogenases.
Pode causar: fígado gordo, hepatite induzida por álcool e
• MEOS cirrose.
Quando grandes quantidades consumidas em um curto período Também inibe a oxidação de ácidos graxos e estimula a síntese
→ etanol é mais metabolizado por MEOS (possuem um Km de TAGs, levando a um fígado gorduroso.
muito maior, funcionando com altas concentrações da
substancia) Também pode gerar cetoacidoseou acidose lática e causar
hipo ou hiperglicemia, dependendo do estado dietético.
Uma maior atividade de MEOS → pode correlacionar com a
tendencia do individuo desenvolver doenças hepáticas Efeitos agudos do etanol causado por aumento
induzidas por álcool, porque acetaldeído + radicais livres NADH/NAD+
podem ser aumentados.
• Ingestão de baixas concentrações de etanol
A proporção de oxidação do etanol é regulada pelo seu
O ATP produzido na oxidação do etanol a acetato varia suplemento (normalmente determinada pela quantidade de
conforme a rota de metabolismo do etanol. álcool consumida) e pela taxa em que NADH é reoxidado em
cadeias transportadoras de elétrons
Rotas citosólica ADH e mitocondrial ALDH
• NADH
1NADH citosólico + 1NADH mitocondrial são formados →
produzem no máximo 5ATP Não é um produto efetivo para inibir ADH ou ALDH e não existe
regulação por ATP/ADP/AMP, permitindo com que o NADH no
A oxidação de acetil-coa (que veio do acetato) no TCA e na citosol e na mitocôndria se acumule, aumentando a razão
cadeia transportadora de elétrons → +10ATP NADH/NAD+
Porém, -2ATP que foram gastos na ativação de acetato →
Modificações no metabolismo de ácidos graxos
acetil-coa pela acetil-coa sintetase
O consumo de álcool pode resultar na síntese de triacilgliceróis
Saldo → 10 + 5 -2 = 13 mols de ATP/mol de etanol
pois
Pela CYP2E1 • Oxidação de ácido graxo precisa de NAD+ e o
De forma oposta, a oxidação do etanol a acetaldeído pela metabolismo do álcool aumenta muito o NADH e não o
CYP2E1 consome energia na forma de NADPH (-2,5ATP)
Metabolismo do Álcool
NAD+ (queda na razão NAD+/NADH) → inibição da beta-
oxidação
• Aumento na lipogênese
o tem mais ácidos graxos (como não tem a beta-
oxidação, eles se acumulam no fígado/ ou vieram
da alimentação / ou vieram da lipólise dos estoques
dos tecidos adiposos por conta da liberação de
epinefrina após o álcool)
o tem mais gliceraldeído-3-fosfato disponível (pois a
desidrogenase que transforma glicerol-3-fosfato em
2,3 bifosfoglicerato da glicólise é inibida pela baixa Acidose lática
razão NAD+/NADH) Como dito anteriormente, o aumento de NADH vai favorecer o
o ácido graxo + glicerol → TAGs (AGL deslocamento da lactato-desidrogenase para a formação de
reesterificados por acil-coa-transferase no RE que lactato (desvio do piruvato → lactato)
fica acentuada)
O acumulo de lactato promove a acidose lática
os TAG formados são incorporados em VLDL que acumulam-
se no fígado e vão pro sangue → hiperlipidemia induzida por
etanol
esteatose hepática → transferases microssomais são
induzidas pelo consumo de etanol no momento em que o
MEOS é induzido, ou seja, o consumo crônico acentua
bastante o desenvolvimento de um fígado gorduroso
Hiperuricemia
A elevação de lactato no sangue pode diminuir a excreção de
ácido úrico pelos rins (menos ácido úrico na urina)
Cetoacidose induzida por álcool Consequentemente, pacientes com gota (cristais de ácido úrico
A abundancia de NADH favorece precipitados nas articulações) são orientados a não beber
quantidades excessivas de álcool.
• redução de piruvato → lactato
• redução de OAA → malato Álcool → aumento na degradação de purinas → formação de
ácido úrico → hiperuricemia
assim, a reduzida disponibilidade de OAA para se juntar com
acetil-coa e a cintrato-sintase formar citrato, vai impedir que o
ciclo de Krebs continue.
Então, o TCA vai ficar travado e vai haver um desvio do acetil-
coa → corpos cetônicos → cetoacidose , em vez de ir pro
TCA com o OAA.
Metabolismo do Álcool
Hipoglicemia As manifestações clinicas da fibrose hepática (que pode
evoluir para cirrose hepática) caracterizam-se por
• em jejum pode causar hipoglicemia transtornos gerais inespecíficos e hepatomegalia.
Aumento de NADH/NAD+ → desloca o equilíbrio de lactato-
desidrogenase para a formação do lactato → então o
piruvato formado a partir da alanina (veio dos aminoácidos)
é convertido em lactato e não pode entrar na gliconeogênese
Além disso,a abundancia de NADH favorece a redução de
OAA em malato → OAA não entra pra via glicolítica → sem
glicose → hipoglicemia
Metabolismo do Álcool
Acetaldeído e danos por radicais livres Processo até chegar na cirrose
A formação de aductos de acetaldeídos realça os danos por • inicialmente, o fígado está aumentado, preenchido de
radicais livres, isso porque gordura
• depois, vem a hepatite alcoolica, que é a morte de
• acetaldeído → se liga à glutationa → diminui dua
hepatócitos e a inflamação do órgão
habilidade em proteger contra H2O2 e prevenir a
• por fim, têm-se a cirrose hepática: produção de tecidos
peroxidação lipídica → aumenta a possibilidade de dano
cicatriciais (fibras de colágeno) ao redor das células
oxidativo
mortas → o fígado se torna enrugado
• acetaldeído se liga a enzimas de defesa de radicais livres
→ impede defesa contra agentes oxidantes
com o consumo crônico → acetaldeídos + radicais livres →
danos mitocondriais → taxa de transporte de elétrons é
inibida → fosforilação oxidativa tende a se tornar desacoplada
oxidação de ácidos graxos (que acontece dentro da
mitocôndria) → diminuída → acumulo de lipídeos
danos por radicais livres → morte dos hepatócitos →
liberação das enzimas hepáticas analina-aminotransferase
(ALT) e aspartato-aminotrasferase (AST) → resultado
alterado de aminotransferase
Metabolismo do Álcool
Etilismo
Os sintomas do alcoolismo de acordo com a Classificação • Polimorfismo no gene GABA
Internacional das Doenças (CID-10) estabelecem os seguintes
critérios para diagnosticar a dependência: Implica menor sensibilidade ao álcool nesses receptoes e/ou
um maior ou mais rápido desenvolvimento de tolerância da
1. Desejo intenso ou compulsão para ingerir bebidas adaptação do receptor ao consumo de álcool. Ou seja,
alcoólicas necessita de doses maiores para causar o mesmo efeito
2. Tolerância: necessidades de doses maiores para atingir o anteriormente obtidos com doses menores
mesmo efeito ou efeito cada vez menor com a mesma dose
3. Abstinência: síndrome temporária que ocorre quando o • Polimorfismo ao alelo L transportador de serotonina
álcool é interrompido/reduzido drasticamente O álcool aumenta os níveis de serotonina no cérebro →
4. Gasta muito tempo para obter, utilizar ou se recuperar dos contribui para a sensação de alegria.
efeitos do álcool
5. Abandono ou redução de atividades sociais, ocupacionais O polimorfismo do seu transportador L refere-se a um aumento
ou recreativas por causa do álcool da recaptação deste neurotransmissor (serotonina) vai
6. Desejo de reduzir ou controlar o consumo, mas sem acarretar uma diminuição dos seus níveis na fenda sináptica →
sucesso associado a consumo mais frequentes e as maiores
7. Persistência no consumo de álcool mesmo em situações quantidades de álcool ingeridas por cada consumo.
contraindicadas e provas de danos (lesões hepáticas,
humor deprimido, perturbação das funções cognitivas) Fatores ambientais
Genética
O alcoolismo é uma doença da família, não só por conta da
Risco para o alcoolismo (hereditariedade) → próximo a 50% carga genética, mas também por esse problema afetar todos
os elementos da família, chamada de ‘’família alcoolica’’ (pelo
Familiares de alcoólicos de 1º grau → 2 a 7 vezes superior para
menor um é dependente)
o desenvolvimento de dependência do álcool
Os transtornos decorrentes do álcool penalizam enormemente
os membros da família, contribuindo para
Etilismo
Os elevados níveis de conflito e agressividade, falta de suporte Essa dificuldade de se estabelecer no emprego muitas vezes
familiar, isolamento social, dificuldades econômicas, abuso culmina na demissão do colaborador dependente.
infantil e problemas depressivos no doente alcoólico pode
contribuir para problemas psicológicos nos filhos: Exclusão social e moradores de rua
Também pode gerar problemas que refletem comportamentos O trabalho é pesado e exaustivo, mas é necessário para
de exteriorização, tais como aqueles que precisam sustentar suas famílias e até mesmo
sobreviver. Essa questão envolve muitas vezes exploração
• Impulsividade e agressividade praticada pelos donos de depósitos de lixo → oferecem como
• Hiperatividade e diminuição da timidez pagamento de um dia inteiro de trabalho um valor irrisório ou
• Comportamentos inadequados uma bebida alcoolica, incentivando o consumo de álcool por
essas pessoas.
Formas de encarar o alcoolismo num elemento da família
Prejuízo ambiental → o comércio de compra e venda de
• Otimistas → atitude construtiva ativa resíduos sólidos também produzem insalubridade e acaba por
Encoraja o doente a recuperar-se fomentar a presença de viciados nas regiões centrais das
grandes cidades, gerando a decadência desses lugares.
• Otimistas → atitude construtiva passiva
Há uma certa desistência de recuperar o problema de base,
havendo, porém, uma tentativa de reogarnizar a família e tentar É a complicação neurológica mais conhecida da deficiência de
minimizar as consequências do alcoolismo, principalmente nos tiamina → vitamina B1
filhos Doença de Wernicke → caracterizada por nistagmo, marcha
• Pessimistas → atitude destrutiva ativa atáxica, parilisia do olhar conjugado e confusão mental.
Associada com deficiência nutricional, ocorrendo
Participando e intensificando o problema de base (ex: a esposa especialmente em alcoolatras
começa a beber com o marido)
Psicose de Korsakoff → desordem mental na qual a memória
• Pessimistas → atitude destrutiva passiva de retenção é seriamente comprometida e também está
associada a à deficiência nutricional e ao alcoolismo
Apesar de haver critica para o alcoolismo, há um
comportamento de superproteção ou negligência para com os A dependência do álcool é uma doença crônica, associada à
filhos desnutrição, trauma e ampla variedade de distúrbios do SNC.
Etiopatogenia
Desemprego Alcoolismo crônico (causa mais comum), má nutrição, etc são
algumas das etiopatogenias da síndrome.
Trabalhadores que possuem problemas de abuso do álcool
costumam faltar mais ao trabalho e estão mais sujeitos a O alcoolismo causa deficiência de tiamina B1 muito grande,
atrasos. gerando sinais e sintomas neuropsiquiátricos. Essa vitamina é
encontrada principalmente no músculo esquelético, fígado,
Essa ligação trabalho-alcoolismo gera danos tanto para o
rins, coração e cérebro.
empregado quanto para o empregador, pois dificulta as
relações organizacionais, causa acidentes de trabalho e traz Fisiopatologia
prejuízos econômicos devido a faltas injustificadas e queda
produtiva consequente do trabalho. As lesões da síndrome são em suas maiorias simétricas e se
localizam próximas ao plano mediano.
Etilismo
• Lesão em corpos mamilres (estão no cérebro)
Causa a interrupção do circuito de Papez, responsável por
formas novas memórias. Assim, é causada a amnésia
anterógrada e um estado confusional
Etilismo
O tratamento deve-se iniciar reconhecendo o indivíduo, suas Resultados esperados
características e necessidades, buscando estratégias de
vínculo e contato com o indivíduo e seus familiares para que se • Diminuir os impactos do álcool, acidentes de trânsito,
possam implantar programas de prevenção, educação e violência doméstica, abandono escolar
tratamento. • Ajudar as pessoas alcoólatras a controlar o vício e
recuperar a autoestima com acompanhamento médico e
Centros de Atenção Psicossocial – CAPSad familiar
São instituições assistenciais de alta resolubilidade, com o
objetivo de reduzir os danos sociais e a saúde.
São medicamentos disponíveis no tratamento da dependência
Segundo o Ministério de Saúde, os CAPsad deverão oferecer de álcool.
atendimento diário, nas modalidades intensivas, semi-intensiva
e não-intensiva, com planejamentos terapêuticos e específicos Dissulfiram (DSF)
e oferecimento de tratamento contínuo e precore para a
Foi a 1ª intervenção farmacológica aprovada pelo FDA. Para o
redução de danos.
êxito do tratamento, é importante que os pacientes já estejam
Desafio: continuidade ao tratamento. O percurso é difícil de engajados em algum programa de tratamento, sendo eficaz
atingir pois muitos dos que começam acabam tendo quando incorporado a uma abordagem de reforço comunitário
dificuldades em abandonar a bebida e recaídas. → aconselhamento, atividades de ressocialização e
recreacionais que estimulem a abstinência.
Também podem ser necessários cuidados de maior
complexidade, como nos casos de emergências médicas • Mecanismo de ação
relacionadas ao alcoolismo, como nos casos de
O DSF é um inibidor irreversível da acetaldeído-
• Intoxicação aguda desidrogenase (ADH) , ocasionando um acúmulo de
• Abstinência alcoolica acetalteído no organismo de 5 a 10 vezes acima do nível.
• E outros transtornos psiquiátricos
Necessitando assim de hospitais gerais e psiquiátricos.
Equipe
Agentes comunitários, médicos, enfermeiros, auxiliares de
enfermagem, assistentes sociais (secretaria de ação social) e
professores (secretaria de educação) Naltrexona
Etilismo
• Mecanismo de ação
Inibe a atividade excitatória glutamatérgica, agindo,
provavelmente, em uma subclasse dos receptores de
glutamato (NMDA).
Observação
Os mamíferos expressam a enzima urato-oxidase, que cliva o
anel púrico, gerando alantoína.
Assim, o uso da orato-oxidase recombinante é uma estratégia
terapêutica promissora para diminuir os níveis de urato
Síntese de oligonucleotídeos
Reação [01]
As ribonucleases e as desoxirribonucleases, secretadas
pelo pâncreas → hidrolisam o RNA e o DNA da dieta → Enzima: AMP-desaminase ou adenosina-desaminase
oligonucleotídedos
Grupo amino é removido do AMP para produzir IMP, ou o grupo
3’ e 5’-mononucleotídeos amino é removido da adenosina para produzir inosina.
Reação [04]
Enzima: guanase • Formação de pedras de ácido úrico nos rins (urolitíase)
também podem ocorrer
A guanina é desaminada, formando xantina
A hiperuricemia é assintomática e não leva à gota
Reação [05] necessariamente, mas a gota é precedida pela hiperuricemia
Enzima: xantina-oxidase Baixa excreção de ácido úrico
A hipoxantina é oxidada → xantina → oxidada novamente – Na maioria dos pacientes, a hiperuricemia que leva à gota é
produzindo ácido úrico, que é o produto final da degradação causada pela baixa excreção de ácido úrico
de purinas em humanos
• Primária
O ácido púrico é principalmente excretado na urina
Resultando de problemas excretórios hereditários ainda não
identificados
A gota caracteriza-se por altos níveis de ácido úrico no
• Secundaria
sangue (hiperuricemia) como resultado de sua superprodução
ou de sua baixa excreção. Processos patológicos afetam a maneira como os rins
processam o urato
hiperuricemia
• Acidose láctica → causada pelo alcoolismo (lactato e
Pode resultar na deposição de cristais de urato monossódico urato competem pelo menos transportador renal)
nas articulações e em uma resposta inflamatória dos cristais →
• Degradação acelerada do ATP (como por abuso do
causa um quadro agudo e posteriormente → artrite gotosa
etanol, doenças de armazenamento do glicogênio,
crônica
ingestão de frutose e exercício muscular intensivo) →
hiperprodução de ácido úrico
• Dieta → ingestão excessiva de purinas na dieta
• Fatores ambientais
o Uso de fármacos como os diuréticos tiazídicos
o Exposição ao chumbo (gota saturnina)
• Primária
Mutações no gene da PRPP-sintase resultando em
• Produção
Formado a partir da xantina pela ação da xantina-oxidase, no
fígado, medula óssea e músculos. O ácido úrico é produzido
pelo metabolismo das purinas exógenas e endógenas
As purinas na forma exógena → obtidas pela dieta →
alimentos ricos em proteínas e ácidos nucleicos, como também
elevado consumo de álcool induzem a maior produção de
Produzida no fígado como consequência da degradação de
ácido úrico.
proteínas. Além disso, uma certa quantidade é formada no
Purinas na fonte endógena → sintetizadas a partir de cólon por ação de bactérias. A NH3 também é produzida nos
pequenos fragmentos (NH3, CO2 e glicina) e usadas túbulos renais por desaminação do ácido glutâmico nas células
anabolicamente para a produção de ácidos nucleicos. tubulares e é secretada para a urina.
A determinação de faz por métodos químicos que induzem a É feito a partir da coleta de sangue, sendo o teste enzimático o
oxidação do ácido úrico e produzem o composto alantoina. mais sensível.
Cirrose hepática
Nos casos de cirrose grave, o fígado torna-se incapaz de
converter amônia em ureia. Dessa forma, a concentração de
ureia no sangue diminui e ocorre elevação de amônia devido
ao desequilíbrio da homeostase do nitrogênio
Anemias nutricionais
As vitaminas são compostos orgânicos que o corpo humano Anemia → condição na qual o sangue apresenta baixa
não consegue sintetizar em quantidades adequadas, por isso, hemoglobina, reduzindo a capacidade de transportar oxigênio.
devem ser supridos pela dieta.
As anemias nutricionais podem ser classificadas de acordo
Existem proteínas hidrossolúveis e lipossolúveis com o tamanho dos eritrócitos ou com o volume corpuscular
médio.
• Hidrossolúveis
• Anemia microcítica
Complexo B + vitamina C
Causada por falta de ferro, é a forma mais comum de anemia
• Lipossolúveis
nutricional.
São liberadas, absorvidas e transportadas com gordura da
• Anemia macrocítica (ou megaloblástica)
dieta. Elas não são facilmente excretadas na urina, e certas
quantidades são armazenadas no fígado e no tecido Resulta da deficiência em ácido fólico ou B12. A deficiências
adiposo. dessas vitaminas causa o acúmulo de precursores grandes e
imaturos no eritrócito, conhecido como megaloblastos, na
Vitaminas A, D, E e K
medula óssea e no sangue.
Obs: excesso de vitamina A e D acima das recomendações
dietéticas pode levar ao acumulo de quantidades tóxicas
Importância
Muitas das hidro são precursoras de coenzimas para as
enzimas do metabolismo intermediário. Somente a vitamina K
(lipossolúvel) tem função de coenzima também.
Folato e anemia
Níveis séricos inadequados de folato podem ser causado por
• Serina
• Glicina O principal resultado da falta de ácido fólico é a ameia
• Histidina megaloblástica, causada pela diminuição na síntese de
purinas e TMP, o que leva a uma incapacidade da célula
E os transfere para intermediários da síntese de aminoácidos, (incluindo precursores de eritrócitos) de produdir DNA, o que a
purinas e TMP (monofosfato de timidina), uma pirimidina impede de se dividir.
encontrada no DNA.
• Consequências da deficiência
Muitos dos sintomas podem ser explicados pela deficiência de
Paciente frequentementes anêmicos e com o desenvolver da adicionar -OH no colágeno, resultando em um tecido conjuntivo
doença começam a aparecer sintomas neuropsiquiátricos. Os defeituoso.
efeitos sobre o SNC são irreversíveis.
Prevenção de doença crônica
• Tratamento
A vitamina C é um nutriente do grupo que inclui a vitamina E e
Tratada pela administração oral de altas doses de B12 ou o B-caroteno, conhecidos por sua função antioxidante.
injeção intramuscular (IM) de cianocobalamina (uma das
O consumo de dietas ricas em vitaminas C e E → diminui
formas)
incidência de doenças crônicas, como a doença cardíaca
• Diagnóstico coronariana e o câncer.
PIRIDOXINA - VITAMINA B6
Vitamina B6/ piridoxina / piridozal / piridoxamina → derivados
da piridina.
• Piridoxina → plantas
• Piridoxal e piridoxamina → origem animal
Todos os 3 compostos servem como precursores da coenzima
piridoxal-fosfato → catalisa reações envolvendo
aminoácidos.
• Pelagra
A deficiência de niacina causa pelagra → envolve pele, TGI e
SNC
‘’doença dos 3Ds → dermatite, diarreia e demência (e morte se
não tratar)
• Ovos
• Fígado
• Leveduras
• Beta-caroteno
Contido em alimentos de origem vegetal, pode ser clivado
oxidativamente em 2 retinal, porém em humano a conversão é
ineficiente e o retinol tem mais atividade do que o beta-
caroteno.
Estrutura da vitamina A
O termo retinoides inclui as formas naturais e sintéticas da
vitamina A, as quais podem ou não ter atividade de vitamina A.
• Retinol
Encontrado em tecidos animais
• Crescimento
Deficiência de vitamina A → menor taxa de crescimento nas
crianças pois o desenvolvimento ósseo é mais lento
• Reprodução
Retinol e retinal são essenciais para a reprodução normal,
mantendo a espermatogênese e prevenindo a reabsorção fetal
nas fêmeas.
Indicações clínicas
Retinol e precursores → usados como suplementos dietéticos
Formas de ácido retinóico → usados na dermatologia
• Deficiência dietética
Retinol é oxidado → ácido retinóico → liga-se a proteínas
A vitamina A é usada em pacientes com cegueira noturna
receptoras específicas no núcleo de células alvo (como as
(primeiro sinal), pois o limiar visual aumenta, dificultando a
epiteliais)
visão em ambientes com pouca luz. A deficiência prolongada
Complexo receptor ativado → interage com a cromatina pode levar à perda irreversível do número de células visuais.
nuclear → regula a síntese de RNA retinoide-específico →
A deficiência grave leva à xeroftalmia, ressecamento da
controlando a produção de proteínas que medeiam diversas
conjuntiva e da córnea e se não for tratada, leva à ulceração da
funções fisiológicas, como o controle da expressão do gene da
córnea → cegueira (devido à formação de tecido de
queratina
cicatrização opaco)
Funções da vitamina A • Acne e psoríase
• Ciclo visual Problemas dermatológicos, como acne e psioriase são tratados
A vitamina A é componente dos pigmentos visuais das células com ácido retinóico ou seus derivados e também no
cones e bastonetes. A rodopsina, pigmento visual dos tratamento de leucemia promielocítica.
bastonetes da retina, consiste em 11-cis-retinal ligado à opsina.
• Vitamina A
Ingestão excessiva de mais de 7,5 mg/dia → Hipervitaminose • Precursor endógeno da vitamina
A (síndrome tóxica). Dentre os sinais, a pele se torna seca e
prurítica (por causa de uma menor síntese de queratina), o O 7-desidrocolesterol (intermediário da síntese de colesterol)
fígado apresenta aumento e pode torna-se cirrótico. No sistema → convertido em colecalsiferol na derme e epiderme quando
nervoso pode surgir um aumento na pressão intracraniana, há luz solar.
podendo mimetizar sintomas de tumor encefálico.
Metabolismo da vitamina D
Gestantes não podem ingerir quantidades excessivas de
vitamina A pois pode causar má formações no feto
• Isotretinoína
Conhecido como roacutan, é absolutamente contraindicado a
gestantes por ser um teratógeno potente.
O tratamento prolongado com isotretinoína leva à
hiperlipidemia e um aumento da relação LDL/HDL → risco
aumentado de doença cardiovascular
VITAMINA D
Grupo de esteroides que apresentam funções similares às dos
hormônios.
Molécula ativa → 1,25-diOH-D3 que se liga a proteínas
receptores intracelulares e interage com DNA de células-alvo
→ estimula a expressão gênica ou reprime a transcrição.
A ação mais proeminente da molécula ativa da vitamina D é a
regulação dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo.
Distribuição da vitamina D
• Dieta
Fontes de vitamina D pré formada (é uma necessidade dietética
apenas em indivíduos com exposição limitada à luz do sol)
- ergocalciferol (vitamina D2) em plantas
Funções da vitamina D
A função geral do 1,25-diOH-D3 é a manutenção de níveis
plasmáticos de Ca, feita com as seguintes estratégias:
1) Aumento na captação de cálcio no intestino
2) Minimização da perda de cálcio pelo rim
• Osteodistrofia renal
Diminuição na capacidade de produzir a forma ativa da
vitamina D → falência renal crônica.
A suplementação com calcitriol é uma terapia eficiente, essa é
acompanhada pela terapia de redução do fosfato para prevenir
a hiperfosfatemia (devido à falência renal) e a precipitação de
cristais de fosfato de cálcio.
• Hipoparatireoidismo
A ausência do hormônio paratireóideo causa hipocalcemia e
hiperfosfatemia. Esses pacientes podem ser tratados com
calcitriol e cálcio (suplementação)
Toxicidade da vitamina D
Como as demais lipossolúveis, ela pode ser armazenada no
organismo, sendo vagarosamente metabolizada. • Interação da protrombina com plaquetas
Doses altas → perda do apetite, náusea, sede e estupor. Os resíduos de Gla da protrombina são bons quelantes de íons
O aumento na absorção e reabsorção de cálcio pode gerar cálcio → se ligam → complezo protrombina-calcio → liga-se a
hipercalcemia, que pode levar à deposição de cálcio nas fosfolipídeos na superfície das plaquetas → aumento da taxa
artérias e nos rins. de conversão proteolítica de protrombina em trombina →
cascata de coagulação
VITAMINA K
O principal papel dela é a modificação pós-traducional de vários
fatores de coagulação sanguínea, em que ela serve de
coenzima na carboxilação de certos resíduos de ácido
glutâmico presente nessas proteínas.
Ela existe de várias formas → filoquinona nas plantas (vitamina
K1) ou menaquinona nas bactérias da flora intestinal
(vitamina K2). • Papel dos resíduos de Gla em outras proteínas
Para terapia, usa-se um derivado sintético, a menadiona. O Gla está presente na osteocalcina dos ossos e na proteína
C, envolvida em limitar a formação de coágulos sanguíneos
Alimentos
Indicações clínicas
Encontrada no repolho, couve-flor, espinafrem gema de ovo e
fígado. Também há síntese dela pelas bactérias intestinais • Deficiência de vitamina K
Toxicidade da vitamina K
A administração prolongada de doses de VK sintéticas
(menadiona) → pode produzir anemia hemolítica e icterícia
no bebê devido a efeitos tóxicos na membrana dos eritrócitos.
VITAMINA E
Consiste em 8 tocoferóis de ocorrência natural, em que o alfa-
tocoferol é o mais ativo. Sua função é como antioxidante na
prevenção da oxidação não-enzimática de componentes
celulares (como ácidos graxos poli-insaturados) pelo O2 e
radicais livres.
Alimentos
Óleos vegetais são ricos, ovos e fígado possuem quantidades
moderadas. As necessidades aumentam na medida em que
aumenta a ingestão de AG poli-insaturados
Deficiência de vitamina E
Está quase inteiramente restrita a bebês prematuros.
Adultos → associada a defeitos no transporte e absorção de
lipídeos.
Os sinais de deficiência em humanos → sensibilidade dos
eritrócitos a peróxidos e o aparecimento de membranas
celulares anormais
Indicações clínicas
Não é recomendada para a prevenção de doenças crônicas,
como doença cardíaca coronariana e câncer. Testes em
clínicos não obtiveram benefícios cardiovasculares como
também apresentaram aumento na incidência de acidente
vascular cerebral.
Toxicidade da vitamina E
É a menos tóxica das vitaminas lipossolúveis e não tem sido
observada qualquer toxicidade em doses de 300 mg/dia.
Desnutrição
• Emagrecimento: peso inferior a 60% ou mais do ideal
• Desaceleração, interrupção ou até involução do
A desnutrição é o estado nutricional do indivíduo caracterizado
crescimento
pela ingestão insuficiente de energia e nutrientes, que resulta
da complexa interação entre alimentação, condições • Alterações psíquicas e psicológicas: pessoa retraída,
socioeconômicas e estado de saúde. apática, triste e estática
• Cabelo perde a cor, pele descasca e enruga
• Anemia
• Alterações ósseas, como a má formação
• Alterações no SN: estímulos nervosos prejudicados,
número de neurônios diminuídos, depressão, apatia
• Alterações nos órgãos e sistemas: respiratório,
imunológico, renal, cardíaco, hepático etc
A pessoa desnutrida fica sujeita a infecções por causa da perda
muscular e queda nas defesas corporais.
Desnutrição
• lesões de pele
• Despigmentação de cabelo
As alterações metabólicas observadas na desnutrição, incitada
• Anorexia por fatores externos, têm como consequência aumento das
• Fígado gorduroso necessidades energéticas e proteicas, ocorrendo a má
• Diminuição da concentração plasmática de albumina absorção dos nutrientes. Resulta também:
Marasmo • Diminuição na atividade enzimática responsável pelo
metabolismo proteico e oxidativo → diminuição da
• Vista em crianças com menos de 1 ano quando o leite
massa muscular e da força do músculo esquelético →
materno é suplementado com cereais e água (geralmente
afeta o bom funcionamento do organismo
deficiente em proteínas e calorias)
• Diminuição da massa magra → diminuição do
Ocorre quando a privação de calorias é maior do que a metabolismo basal
redução de proteínas.
Formas de obtenção de energia pro corpo
Quando a diminuição do gasto energético não é suficiente para
compensar a diminuição da ingestão energética, é utilizadas
algumas fontes de energia:
Energia
Ocorre uma diminuição de ATP e um aumento de ADP e
diminuição da creatina fosfato
Diminuição de NADH no TCA → Diminuição da atividade
enzimática da cadeia respiratória (citocromo c oxidase) →
Desnutrição
redução da fosforilação oxidativa → altera o consumo de
oxigênio na mitocôndria
Proteínas
As proteínas exercem funções estruturais e agem como
catalisadores enzimáticos, regulando o desenvolvimento
celular. Além disso, participam na função imunológica e no
transporte de substância
Desnutrição → massa proteica se torna principal fonte de
energia → proteínas deixam de exercer seu papel estrutural e
enzimático → desequilíbrio metabólito → originando a
desnutrição-proteico-energética
Aumento da degradação proteica → modificação das fibras
musculares → diminuem as fibras musculares do tipo 2, assim
como a diminuição de seu diâmetro
Corpos Cetônicos
A mitocôndria do fígado (hepática) consegue converter acetil-
coa da B-oxidação em corpos cetônicos. Eles são
importantes fontes de energia para os tecidos periféricos pois:
1) São solúveis e não precisam de lipoproteínas ou albumina
para serem transportados
2) São produzidos no fígado, quando a quantidade de
acetil-coa excede a capacidade oxidativa (TCA) do fígado
3) São usados pelos tecidos extra-hepáticos (músculo
esquelético e cardíaco, córtex renal e encéfalo,
permitindo a economia de glicose pois está em um
estado de jejum)
Eles são importantes durante o jejum prolongado, pois o
corpo necessita manter a glicemia sanguínea e os corpos • O acetil-coa ativa a piruvato-carboxilase
cetônicos podem ajudar na economia de glicose. Essa enzima participa do 1º desvio da gliconeogênese:
Os compostos classificados como corpos cetônicos são: conversão de piruvato → PEP. Ela catalisa a reação dentro da
mitocôndria, em que o piruvato → OAA
• Acetoacetato
• 3-hidroxibutirato
• Acetona (produto colateral não metabolizável)
O acetatoacetato e o 3-hidroxibutirato → sangue → tecidos
periféricos (extra-hepáticos) → convertidos novamente em
acetil-coa, e6ste pode ser oxidado no TCA
DISTÚRBIOS NA B-OXIDAÇÃO DE AG
Esses distúrbios causam um quadro de
Corpos Cetônicos
Pode ser reduzido para formar 3-hidroxibutirato, utilizando
NADH como doador de hidrogênio.
Ou pode sofrer descarboxilação espontânea no sangue →
acetona (não é metabolizada, é liberada na respiração).
1) Enzima: 3-hidroxibutirato-desidrogenase
Essa enzima oxida o 2-hidroxibutirato em acetoacetato,
produzindo NADH.
2) Enzima: tioforase
Acetoacetato + CoA (doada pela succinil-coa) → acetoacetil-
coa.
(na B-oxidação)
Acetoacetil-coa → 2 acetil-coa
Essa é a primeira etapa da síntese, formando aceto-acetil-CoA,
que ocorre pela reversão da reação da tiolase. Essa reação é reversível, mas o produto acetoacetil-coa é
ativamente removido por sua conversão em 2 moléculas de
Obs: a formação de CoA livre na cetogênese permite que a acetil-coa
oxidação de ácidos graxos continue
• Uso pelos tecidos
2) Enzima: HMG-CoA-sintase mitocondrial
Desse modo, os tecidos extra-hepáticos, incluindo o encéfalo,
Etapa limitante na síntese de corpos cetônicos e ela ocorre em
mas excluindo as células sem mitocôndria (eritrócitos),
quantidades significantes somente no fígado
oxidam o acetoacetato e o 3-hidroxibutirato, usando-os como
Combina acetil-coa + acetoacetil-coa → HMG-CoA. combustível energético (pois o acetil-coa pode ir pro TCA e
gerar energia)
Obs: o HMG-CoA também é precursor do colesterol
Obs: o fígado, embora produza corpos cetônicos, não possui
Síntese de corpos cetônicos tioforase e, portanto, não é capaz de usar corpos cetônicos
como combustível.
Enzima: HMG-CoA-liase
Ou seja = fígado só produz corpos cetônicos, mas não usa.
O HMG-coa é clivado → acetoacetato + acetil-coa
• Destino do acetoacetato
DIABETES MELLITUS
Causa
Não é uma doença única, mas sim um grupo heterogêneo de Causada por ataque autoimune às células B do pâncreas.
síndromes multifatoriais e poligênicas, caracterizadas por Nesse tipo, as ilhotas de Langerhans tornam-se infiltradas com
elevação da glicemia em jejum. linfócitos T ativados, levando a insulite.
Causa → deficiência relativa ou absoluta de insulina. Aos longos dos anos, esse ataque autoimune leva à depleção
É a principal causa de cegueira e amputação no adulto, e gradual da população de células B.
importante causa de: Porém, os sintomas só aparecem quando 80 a 90% das células
B foram destruídas → pâncreas falha em responder
• Falha renal
adequadamente à glicose ingerida na alimentação.
• Dano neural
• Ataques cardíacos
• Acidente vascular cerebral (AVC)
Os casos podem ser divididos em 2
• DM tipo 1 ou insulinodependentes
• DM tipo 2 ou independente de insulina
DIABETES MELLITUS
Essas duas condições são mais frequentes em casos não
controlados de DM-1
DIABETES MELLITUS
VLDL e quilomicros da dieta → não podem sofrer ação da
lipase lipoproteica (LPL) no músculo e tec. Adiposo, pois ela é
É a diminuição na capacidade dos tecidos-alvo como o
sintetizada com estímulo da insulina → excesso de VLDL e
fígado, músculo e adiposo, responder às concentrações
quilomicra
circulantes (normais ou elevadas) de insulina.
• Hipertriacilglicerolemia
Por exemplo, acontece:
• Hiperquilomicronemia
• Produção não controlada de glicose hepática
.
• Captação diminuída de glicose por músculo e tecido
Causa → resistência à insulina + disfunção das células B (não adiposo (GLUT4)
envolve viroses ou anticorpos autoimunes)
Resistência à insulina e obesidade
A obesidade é a causa mais comum de resistência à insulina,
contudo, a maioria das pessoas obesas resistentes à insulina
não se tornam diabéticas. Pois, na ausência de disfunção das
células B, eles conseguem compensar a resistência com os
níveis da insulina.
DIABETES MELLITUS
A deteriorização da função das células B pode ser acelerada
pelos efeitos tóxicos de hiperglicemia persistente e pelo
aumento de AGL
DIABETES MELLITUS
Cetoacidose Disfunção das células B → diminuição na secreção de insulina
+ hiperglicemia pós prandial = quadro clinico de tolerância
Não costuma manifestar-se, pois há uma produção suficiente diminuída à glicose (IGT)
de insulina para prevenir a liberação descontrolada de AG a
partir dos adipócitos. Persistência de IGT → provoca exaustão das células B →
diabetes mellitus
Mesmo que pouca, a insulina diminui a cetogênese hepática
Dislipidemia
Resumo dos elementos clíncios que levantam suspeita de
• Hipertriacilglicerolemia → característica da doença diabetes:
• Hiperquilomicronemia → não costuma se desenvolver
No fígado, os ácidos graxos → TAGs → VLDL
Alimentação → intestino → quilomicrons
Como a degradação das lipoproteínas, catalisada pela LPL é
baixa (no tecido adiposo e no músculo) → pois LPL é
estimulada por insulina → acumulo de VLDL e quilomicra
DIABETES MELLITUS
• Glicemia casual • Prevenir o desenvolvimento de complicações a longo
• Glicemia de jejum prazo
• Teste de tolerancia à glicose com sobrecarga de 75g em 2
Então, recomenda-se
horas (TTG)
• Em alguns casos, hemoglobina glicada (HbA1c) • Redução de peso e exercício + restrição alimentar (terapia
nutricional médica)
A utilização de cada um desses exames depende do contexto
diagnóstico A contração muscular que ocorre durante o exercício físico →
adrenalina → provoca um aumento de AMP → ativa Lipase
sensível ao hormônio → degradação de TAGs → B-oxidação
+ inibição da síntese de gordura
Glicemia casual
Quando a pessoa requer um diagnóstico imediato e o serviço
dispõe de um laboratório com determinação glicêmica imediata
ou de glicosímetro e tiras reagentes, a glicemia casual é
solicitada, pois fornece o resultado na propria consulta.
Diabetes: maior igual 200 mg/dL na presença de sintomas de
hiperglicemia.
Adrenalina aumenta AMP → ativa AMPK → acetil-coa-
Glicemia de jejum carboxilase inativa (sintese de TAGs)
Quando não há urgência, é preferivel uma glicemia de jejum O risco para diabetes tipo 2 pode ser significativamente
medida no plasma por laboratório. diminuído por um regime combinado de terapia nutricional
médica, perda de peso, exercício e controle rigoroso da
TTG-75g hipertensão e da dislipidemia.
Hemoglobina glicada
Indica o percentual de hemoglobina ligada à glicose. Como ele
reflete os níveis médios de glicemia ocorridos nos ultimos 2 a 3
meses, é recomendado que seja utilizado como um exame
de acompanhamento e de estratificação do controle
metabólico.
Tem a vantagem de não necessitar de periodos em jejum para
sua realização.
O objetivo é
Além disso, agente hipoglicemiantes ou terapia com insulina
• Manter as concentrações de glicose dentro dos limites podem ser necessárias para atingir níveis satisfatórios de
glicose plasmática
DIABETES MELLITUS
O aumento intracelular de sorbitol contribui para a formação
de catarata em diabéticos
As terapias disponiveis restrigem a hiperglicemia, mas não são
capazes de normatizar o metabolismo. Com isso, há a
persistente elevação da glicemia, que pode ser associada a
complicações crônicas do diabetes:
• Aterosclerose prematura
• Doença cardiovascular
• AVC
• Retinopatia
• Nefropatia
• Neuropatia
Catarata diabética
Em células que a entrada de glicose não é dependente de
insulina, níveis elevados de glicose levam ao aumento da
glicose intracelular e de seus metabólitos.
Problema metabólico mais comum e tem prevalência de 3 a
A principal via de energia do cristalino (ou lente) é a glicose
25% das gestações, dependendo do grupo étnico, da
anaeróbica e, nível elevado de glicose dentro da lente
população e do critério diagnóstico
desvia a glicose para a via dos polióis.
DMG é uma classe clínica que inclui as pacientes grávidas, nas
• Via dos polióis
quais o início e o diagnóstico de diabetes ou da intolerância à
Nessa via, glicose é convertida em sorbitol pela enzima glicose ocorre durante o período gestacional e desaparece
aldose redutase (oxidando NADPH em NADP) após o parto.
Sorbitol → frutose pela poliol desidrogenase (mediante Ocorre com maior incidência em pacientes geneticamente
redução de NADPH em NADP). predispostos, submetidos aos mecanismos hiperglicêmicos na
gravidez.
O sorbitol não possui a capacidade de se difundir das
membranas celulares, mas a frutose sim. A instalação desse tipo de diabetes interfere muito no ambiente
em que se desenvolve o concepto, aumentando em 3x as
Assim, o sorbitol → acumula → quadro de hiperosmolaridade chances de malformações congênitas e aumento de 10x
→ gradiente osmótico para dentro da lente → aumento de H2O nos partos pré-termos
na lente → inchaço das fibras → opacificação das fibras da
lente (catarata)
DIABETES MELLITUS
Diabetes mellitus diagnosticado na gestação (overt 2ª = fase catabólica → diminuição da glicemia por maior
diabetes) consumo fetal
DIABETES MELLITUS
• Faz o teste em jejum, depois: Diagnóstico em situação de viabilidade financeira e
• A pessoa toma um xarope bem doce contendo 75g de disponibilidade técnica parcial
glicose
• Repetir em 1h e 2h depois de tomar, conforme valores Todas as gestantes devem realizar glicemia de jejum no inicio
descritos pela OMS do pré-natal para diagnóstico de DMG e de DM diagnosticado
na gestação (diabetes prévio)
Estima-se que sejam detectados 86% dos casos
Avaliações
Os pacientes também passarão pelas seguintes avaliações
definidas pela Guia da Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Gerais, na qual é enfatizada a abordagem multidisciplinar dos
diabéticos
Hormônios regulatórios
EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA
Seus efeitos metabólicos são anabólicos favorecendo:
• Síntese de glicogênio
• Síntese de TAG
• Síntese de proteínas
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE INSULINA
Hormônios regulatórios
Também aumenta a atividade da LPL, fornecendo AG para muscular, pois músculo não possui receptor pra glucagon) e de
esterificação um aumento na GNEO
No fígado, a insulina promove a conversão de glicose em TAG Metabolismo de lipídeos
Efeitos sobre a síntese proteica A glucagon (e as catecolaminas adrenalina e noradrenalina)
ativa a lipólise (LSH) no tecido adiposo. Os ácidos graxos
A insulina estimula entrada de aminoácidos nas células e
liberados são captados pelo fígado e sofrem B-oxidação
também a síntese de proteínas por meio da ativação de
produzindo acetil-coa, a qual é usada para a síntese de
fatores necessários para a tradução
corpos cetônicos
o glicerol fornecido durante a lipólise também vai pro fígado
Secretado pelas células alfa das ilhotas pancreáticas. contribuir para a produção de glicose
• Glicemia baixa
• Aminoácidos
• Adrenalina e noradrenalina (estresse, trauma ou exercício
intenso)
Secreção inibida por
• Aumento de glicose
• Aumento de insulina
EFEITOS METABÓLICOS DO GLUCAGON
Hormônios regulatórios
EFEITOS DO GH NO METABOLISMO
Afeta a captação e a oxidação de substratos energéticos no
tecido adiposo, músculo e fígado. Em resumo aumenta a
disponibilidade de ácidos graxos que serão oxidados para a
produção de energia.
GH economiza glicose e proteínas, assim, indiretamente, ele
diminui a oxidação de glicose e de aminoácidos
Hormônios regulatórios
GH → inibe a glicólise, agindo em diversas etapas da via Estimula a liberação de corticotrofina CRH → estimula a
liberação de ACTH (células secretoras de hormônio
• Liberação de IGF adenocorticotrofico) da pituitária anterior → estimula a
O maior efeito dele é estimular a produção e liberação de IGF liberação de cortisol do córtex da adrenal → cortisol inibe
(somatomedinas) → IGF-1 (fator de crescimento tipo insulina - CRH e ACTH
1) → estimula a captação de timidina → crescimento e
proliferação celular → fosforilação da tirosina-quinase → inicia
o processo de replicação e crescimento celulares
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA ADRENALINA E
NORADRENALINA
As catecolaminas são hormônios contrarregulatórios,
apresentando efeito metabólico sobre a mobilização de
substratos energéticos para a oxidação pelas células →
satisfaz o aumento da demanda energética
Ao mesmo tempo, suprimem a secreção de insulina,
assegurando que os substratos energéticos sejam utilizados
para produzir energia.
Estado alimentar
1. efeitos alostéricos
• Duração → 2 a 4 horas após refeição normal envolvem mais as reações limitantes da velocidade de uma
via. Por exemplo:
Esse período é considerado um período anabólico,
caracterizado pelo aumento na síntese de TAG e glicogênio • a glicólise no fígado é estimulada após refeição por um
(repor os estoques de combustíveis) + síntese proteica aumento da frutose-2,6-bifosfato, um ativador alostérico
Ocorre o aumento de: da fosfofrutocinase-1
• Fígado
• Tecido adiposo
• Músculo
• Encéfalo
• em contraste, a gliconeogênese é inibida pela frutose-
2,6-bifosfato que inibe alostericamente a frutose-1,6-
O fluxo de intermediário das rotas metabólicas é controlado bifosfatase
por 4 mecanismos, cada um deles irão operar em uma escala
diferente de tempo.
No estado alimentado, eles permitem que os substratos
disponíveis sejam capturados, formando glicogênio, TAG e
proteínas.
Estado alimentar
passa pelo sistema porta-hepático antes da circulação
sistêmica.
Estado alimentado → fígado banhado com
• Insulina do pâncreas
• Carboidratos, lipídeos e maioria dos aminoácidos
Os nutrientes serão metabolizados no fígado, armazenados
ou encaminhados para outros tecidos.
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
Depois de uma refeição com carboidratos → fígado consome
glicose (retendo 60g de cada 100g trazidos pelo sistema
porta).
O uso de glicose é aumentado por vários mecanismos, e não
sofre influencia da insulina porque contem GLUT2.
• Estado de jejum
Os níveis hepáticos de glicose estão baixos, logo a
glicocinase vai estar inativa devido a sua baixa afinidade pela
3. indução e repressão da síntese de enzimas glicose
leva a uma alteração na população total de sítios ativos. As
Aumento na síntese de glicogênio (2)
enzimas que sofrem isso são aquelas necessárias em um
único estagio do desenvolvimento ou em condições A glicose-6-fosfato é convertida em glicogênio pela
fisiológicas especiais. glicogênio sintase
• Estado alimentado → insulina → aumento na síntese de • Ativada por desfosforilação
enzimas chaves → acetil-coa-carboxilase (ACC) e • Ativada pelo seu efetor alostérico glicose-6-fosfato
HMG-CoA-redutase
Aumento da via das pentoses-fosfato (3)
Muita glicose-6-P (via glicolítica) + muito NADPH na
Está em uma posição especial para processar e distribuir os lipogênese hepática → estimula via das pentoses
nutrientes da dieta pois a drenagem venosa e pancreática
Estado alimentar
Essa rote é responsável por 5 a 10% da glicose metabolizada
no fígado
METABOLISMO DE LIPÍDEOS
Aumento da glicólise (4)
O fígado faz glicólise apenas no período absortivo com uma
refeição rica em carbo. Ocorre a conversão de glicose em
acetil-coa estimulada pela alta de insulina e baixa de
glucagon → aumenta a atividade e a quantidade de enzimas
da via glicolítica como a piruvato-cinase (PEP → Piruvato)
• Acetil-coa (glicólise)
• NADPH (via das pentoses e oxidação do malato)
Também acontece a ativação da acetil-coa-carboxilase
ACC que catalisa a formação de malonil-coa por acetil-coa
(lembrando que malonil-coa inibe a oxidação dos AG)
A ACC é ativada por
Além disso a PHD (piruvato-desidrogenase) que converte
piruvato → acetil coa está ativa (sem o P) porque o • Desfosforilação (insulina estimula fosfatase)
piruvato inibe a PDH-cinase • Citrato → ativador alostérico
Elevada razão insulina/glucagon → inativa enzimas Hidrólise dos TAG dos remanescentes de quilomicra
exclusivas da gliconeogênese, como a frutose-1,6- removidos da circulação pelos hepatócitos
bifosfatase
Estado alimentar
• Origem do glicerol-3-fosfato METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
Estado alimentar
A glicose é fosforilada pela hexocinase produzindo glicerol-6-
P → via glicolítica, TCA, cadeia → combustíveis para o
músculo em repouso
• Estado alimentar
Normalmente, a glicose serve como principal combustível
• Hipoglicemia
Se a concentração de glicose cai abaixo de 40mg/100mL a
função cerebral é prejudicada, podendo ocorrer um dano
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS cerebral grave e irreversível
Células musculares possuem GLUT4 dependente de Corpos cetônicos exercem um papel importante como
insulina para a captação da glicose, que acontece durante o combustível de energia, reduzindo a dependência do encéfalo
estado alimentar. por glicose
Estado alimentar
Estado alimentar
ESTADO DE JEJUM
1) Disponibilidade de substratos
2) Ativação e inibição alostérica de enzimas
Inicia quando não há alimento, é um período catabólico
3) Modificação covalente de enzimas
caracterizado por degradação dos estoques de glicogênio, TAG
4) Indução e repressão da síntese de enzimas
e proteínas
As mudanças metabólicas no jejum geralmente são opostas
• Incapacidade de obter alimento àquelas do estado alimentar.
• Desejo de perder peso rapidamente
• Situação clinica que o indivíduo não pode comer → • No jejum
trauma, cirurgia, tumores ou queimaduras
Enzimas fosforiladas → inativas
Na ausência de alimentos, ocorrem algumas alterações
• Estado alimentar
• Menos níveis plasmáticos de glicose
Enzimas desfosforiladas → ativas
• Menos AA e TAG
• Redução de insulina • Exceções que são inativas na forma sem P
• Aumento de glucagon o Glicogênio-fosforilase (degradação de glicogênio)
o Glicogênio-fosforilase-cinase (degradação de
Por ser um período de privação de nutrientes, coloca em glicogênio)
movimento uma intensa troca de substratos entre o fígado, o LSH do tecido adiposo
tecido adiposo, músculo e encéfalo, orientada por 2
prioridades: No jejum os substratos não vêm da dieta, mas sim da
degradação nos tecidos
1) Necessidade de manter a glicemia para suprir o
encéfalo, eritrócitos e outros tecidos dependentes • Lipólise dos TAG do tecido adiposo → ácidos graxos +
2) Necessidade de mobilizar ácidos graxos do tecido glicerol
adiposo, bem como liberar corpos cetônicos do fígado, • Proteólise do músculo → aminoácidos
para suprir energeticamente todos os tecidos
ESTADO DE JEJUM
Aumento da degradação de glicogênio (1) A GNEO é favorecida pela ativação de frutose-1,6-
bifosfatase (devido à queda do seu inibidor, a frutose-2,6-
A glicemia cai no jejum, causando o aumento da secreção de bifosfato)
glucagon e decréscimo na de insulina.
Menor relação insulina/glucagon → ativação (fosforilação) da
glicogênio-fosforilase → rápida mobilização dos estoques de
glicogênio hepático (glicogenólise)
Observação
Embora o acetil-coa não possa ser usado como substrato para
a gliconeogênese, aquela produzida na B-oxidação do fígado
serve como ativador alostérico da piruvato-carboxilase (e
inibidor alostérico da piruvato-desidrogenase) e assim
Aumento da gliconeogênese (2) encaminha o piruvato para a gliconeogênese e o acetil-coa vai
Inicio → 4 a 6 horas depois da última refeição apara a síntese de corpos cetônicos
• Aminoácidos glicogênicos
• Lactato (do músculo)
• Glicerol (hidrólise de TAG no tecido adiposo)
ESTADO DE JEJUM
Aumento da B-oxidação de ácidos graxos (3) • Importância
Hidrólise de TAG do tecido adiposo → fornece ácidos graxos + Importante porque os corpos cetônicos vão para outros tecidos,
glicerol sofrem cetólise, liberando acetil-coa que entra no TCA e
fornece energia, principalmente para o encéfalo, desde que
Ácidos graxos → fígado → B-oxidação → acetil-coa → maior sua concentração no sangue seja suficiente.
fonte energética para o fígado no estado de jejum
Reduz a necessidade de GNEO a partir dos esqueletos
além disso, a queda de Malonil-coa, devido a fosforilação carbonados de aminoácidos, tornando mais lenta a perda de
(inativação) da ACC pela proteína-cinase ativada por AMP proteínas essenciais (importantes para as funções vitais)
(AMPK) → rompe a inibição que o malonil-coa causava na
CPT-1 → permite a B-oxidação
obs: a oxidação de ácidos graxos fornece NADH e ATP
exigidos pela gliconeogênese hepática
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
Adipócitos possuem GLUT4 dependente de insulina para
Aumento na síntese de corpos cetônicos (4) poderem captar glicose. No jejum há glucagon e não insulina
→ menos glicose → menos síntese de ácidos graxos e TAG
Só o fígado consegue sintetizar os corpos cetônicos (mas não
consegue usar eles como combustível pois não possui a METABOLISMO DOS LIPÍDEOS
tioforase) → predominantemente o 3-hidroxibutirato
Aumento na degradação de TAG (1)
A ativação da lipase sensível ao hormônio (LSH) + hidrólise
dos estoques de TAG → aumentadas pelos níveis elevados
das catecolaminas
Terminais nervosos simpáticos → liberam adrenalina e
noradrenalina → ativa LSH e glucagon também ativa
ESTADO DE JEJUM
Aumento na liberação de ácidos graxos (2) METABOLISMO DE LIPÍDEOS (1 e 2)
Hidrólise da gordura pela LSH → ácidos graxos + glicerol • Durante as 2 primeiras semanas de jejum
Ácidos graxos → + albumina → transportados para os tecidos Músculos usam AGL do tecido adiposo + corpos cetônicos →
→ combustível energético energia
Obs: os AG são também oxidados a acetil-coa, que pode entrar Encéfalo começa usar mais corpos cetônicos → ME reduz
no TCA e produzir energia para o adipócito. Eles também consumo de corpos cetônicos e oxidam quase que
podem ser reesterificados junto ao glicerol-3-P proveniente da exclusivamente os AGL
gliceroneogênese gerando TAG novamente
METABOLISMO DE PROTEÍNAS (3)
Decréscimo na captação de ácidos graxos • Primeiros dias de jejum
Jejum → não tem insulina que ativa a LPL → TAG e Há uma rápida quebra de proteína muscular (proteólise) →
lipoproteínas circulantes não estão disponíveis para o tecido aminoácidos (alanina e glutamina principais, produzidos pelo
adiposo → diminui captação de ácidos graxos catabolismo de AA de cadeia ramificada) → fígado → GNEO
A proteólise é desencadeada pela redução de insulina e
• ME no repouso durante estado alimentar mantida pelo aumento de glicocorticoides (principalmente o
cortisol), pois o músculo não possui receptor de glucagon
Usa a glicose como combustível
• Várias semanas de jejum
• ME durante exercício normal
a proteólise muscular decresce, porque há um declínio de
Usa o glicogênio estocado como fonte de energia necessidade de glicose pelo encéfalo, que começa a usar
corpos cetônicos como fonte de energia para prevenir a
• ME durante o exercício intenso
proteólise de aminoácidos essenciais
A glicose-6-fosfato derivada do glicogênio (reservas) → lactato
pela glicólise anaeróbica
• ME em repouso no jejum
A mexida que a reserva de glicogênio de esgota, os AGL
(fornecidos pela mobilização de TAG do tecido adiposo) →
principal fonte de energia
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
As células musculares dependem de GLUT4 que depende de
insulina para a glicose entrar, assim, durante o jejum tem pouca
insulina → metabolismo da glicose reduzido
• Primeiros dias
O SNC continua a usar exclusivamente glicose como fonte
energética. A glicemia no momento está sendo mantida pela
GNEO hepática, a partir de precursores como aminoácidos
(proteólise muscular) e glicerol (lipólise)
ESTADO DE JEJUM
Os corpos cetônicos atingem níveis elevados plasmáticos e
juntamente com a glicose → energia
Eles poupam a glicose e, assim, proteína muscular.
As mudanças metabólicas ocorridas no jejum asseguram que
todos os tecidos tenham suprimento adequado de moléculas
combustíveis.
• Enterócitos
Quando a concentração de corpos cetônicos aumenta, os
enterócitos, que comumente consomem glutamina, passam a
consumir corpos cetonicos. Isso disponibiliza mais glutamina
para os rins
ESTADO DE JEJUM