CQ238 - Pe 2021 - Video 02

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CQ238 – PE

Marcio Vidotti
mvidotti@ufpr.br
Química

Monitoria

Vanessa Klobukoski
vanessa.klobukoski@ufpr.br

Tatiana Lima Valério


tatianalvalerio@ufpr.br

Vídeo 02 Aula de Entrega da Correção da

02/02

09/02

23/02
15/02
dúvidas. L2, via L2
LISTA 2 (maior TEAMS até Vídeo 03
tempo) 21:00 hs
PARTE 02 - 01 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
mvidotti@ufpr.br
Química

Gases
Energia Trabalho Calor
ideais
PARTE 02 - 02 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
Conceitos iniciais mvidotti@ufpr.br
Química
universo

vizinhanças

sistema aberto
(troca calor e matéria)

fronteira
sistema sistema fechado sistema isolado/adiabático
(troca somente calor) (não há trocas)
PARTE 02 - 03 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
Trocas de Calor (q) mvidotti@ufpr.br
Química
sistema isolado
(não há trocas)

Energia Calor
sistema fechado
(troca somente calor)
PARTE 02 - 04 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
O trabalho de expansão mvidotti@ufpr.br
𝑑𝑤 = −𝐹𝑑𝑧 Química
Para o
sistema de
pistão

𝑑𝑤 = −𝐹𝑑𝑧
𝐹
𝑃= ↔𝐹 =𝑃𝑥𝐴
𝐴
𝑑𝑤 = −𝑃 𝑥 𝐴𝑑𝑧
𝑑𝑤 = −𝑝𝑒𝑥𝑡 𝑑𝑉
𝑣𝑓
𝑊𝑖𝑟𝑟 = − න 𝑝𝑒𝑥𝑡 𝑑𝑉
𝑣𝑖

Energia Trabalho
𝑾𝒊𝒓𝒓 = −𝒑𝒆𝒙𝒕 𝜟𝑽
PARTE 02 - 05 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
ENERGIA INTERNA (U) mvidotti@ufpr.br
Química

Desta forma, a ENERGIA INTERNA (U) do gás pode


ser alterada mediante TROCAS DE CALOR (q) ou
devido ao TRABALHO (W)

∆𝑈 = 𝑞 + 𝑊
Primeira Lei de Termodinâmica
PARTE 02 - 06 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
FUNÇÕES DE ESTADO mvidotti@ufpr.br
A energia interna é uma função de estado, uma vez que seu valor depende
Química
somente dos estados do sistema, e não da forma nos quais esses estados foram
alcançados. Qualquer tipo de mudança em qualquer variável, como pressão,
temperatura, volume, etc, resulta em uma alteração (D) na energia interna.

∆𝑈 = 𝑞 + 𝑊 = 𝑈𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑈𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Curvas Estado
cinéticas final: Termodinâmico

Energia
Uf = 50J
∆𝑈 = 𝑈𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑈𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Estado ∆𝑈 = 50𝐽 − 10𝐽 = 40𝐽
inicial:
Ui = 10J
Avanço da reação
PARTE 02 - 07 Exercícios de fixação CQ238 – PE
Marcio Vidotti
mvidotti@ufpr.br
a) Calcule o trabalho necessário para um pássaro de 0,2 kg voar a uma altura de 50 Química
metros da superfície terrestre.
b) Uma reação química se desenvolve em um cilindro se área de 50,0 cm2, como
resultado da uma reação, o pistão é levantado por 15 cm contra uma pressão
externa de 121 kPa. Calcule o trabalho realizado pelo sistema.
c) Uma amostra consistindo de 1,0 mol de CaCO3(s) foi aquecida a 800 oC, até sua
decomposição. O aquecimento foi realizado em um recipiente contendo um
pistão móvel, que estava inicialmente sobre o sólido. (i) Calcule o trabalho
realizado pelo sistema durante a decomposição, sabendo que sobre o pistão era
exercida uma pressão de 1,0 atm. (ii) Qual seria o valor do trabalho realizado
pelo sistema, se não houvesse nenhuma pressão sobre o pistão? Explique o que
é expansão livre. 𝑣𝑓
d) Um motor elétrico produz 15 kJ de energia na forma de trabalho mecânico e 𝑊𝑖𝑟𝑟 = − න 𝑝𝑒𝑥𝑡 𝑑𝑉
𝑣𝑖
perde 2 kJ para as vizinhanças na forma de calor. Calcule a variação de energia
interna do motor.
∆𝑈 = 𝑞 + 𝑊
PARTE 02 - 08 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
REVERSIBILIDADE mvidotti@ufpr.br
Uma mudança reversível em termodinâmica representa um processo que pode Química
ser revertido infinitesimalmente pela alteração de uma variável (dX). Um sistema
está em um estado de equilíbrio com suas vizinhanças se uma mudança
infinitesimal nas condições é realizado e resulta em uma um alteração na direção
𝑣𝑓
oposta (também infinitesimal).
𝑊𝑖𝑟𝑟 = − න 𝑝𝑒𝑥𝑡 𝑑𝑉
pext pext 𝑣𝑖

Pressão ext.
Irreversível
(Wirr, cte)
Dh dh
pgas pgas

Irreversível Reversível Volume


As variações são feitas de Reversível (Wrev, Pext = Pgás)
Até o equilíbrio
forma infinitesimal, assim,
mecânico
por toda a expansão
pgas > pext
pgas = pext
PARTE 02 - 09 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
REVERSIBILIDADE mvidotti@ufpr.br
Química

Reversível
As variações são feitas de
forma infinitesimal, assim,
por toda a expansão
W
pgas = pext
Wrev
𝑑𝑤 = −𝒑𝒆𝒙𝒕 𝑑𝑉 Wirr
𝑛𝑅𝑇 𝑛𝑅𝑇
𝒑𝒈á𝒔 = 𝑑𝑤 = − 𝑑𝑉
𝑉 𝑉
𝑓
1 1
𝑑𝑤 = −𝑛𝑅𝑇 𝑑𝑉 = −𝑛𝑅𝑇 න 𝑑𝑉
𝑉 𝑖 𝑉
𝑾𝒊𝒓𝒓 = −𝒑𝒆𝒙𝒕 𝜟𝑽
Irreversível
𝑽𝒇
𝑾𝒓𝒆𝒗 = −𝒏𝑹𝑻 𝒍𝒏
“mensurável” 𝑽𝒊 Wrev > Wirr
PARTE 02 - 10 LISTA DE EXERCÍCIOS CQ238 – PE
Número X: GRR20195447; X = 2+0+1+9+5+4+4+7=32
Marcio Vidotti
mvidotti@ufpr.br
1. Uma amostra de (X/15) mol de H2 se expande isotermicamente, a 0oC, de 22.4 L até 44.8 L (a)
reversivelmente, (b) contra uma pressão externa constante de igual à pressão final do gás e (c) Química
livremente contra uma pressão externa nula. Em cada processo, (a), (b) e (c), calcule q, W e DU.

2. Quando um sistema passa do estado A para o B, ao longo do C B


pressão, p
processo ACB, figura abaixo, recebe 80 J de calor e efetua 30 J de
trabalho. (a) Que quantidades de calor recebe o sistema ao longo do
processo ADB, sabendo-se que o trabalho efetuado pelo sistema é 10 J?
(b) Quando o sistema retorna de B para A, ao longo do processo da
curva interna, o trabalho feito sobre o sistema é 20 J. O sistema, nesse
processo, absorve ou libera calor? Quanto? (c) Se UD – UA = + 40 J, A D
calcular o calor absorvido nos processos AD e DB.
Volume, V

3. Um mol de um gás ideal é armazenado em um pistão com êmbolo móvel (inicialmente preso), onde sobre este é encontrada
uma massa que exerce uma pressão de 1,95 x (X/10) atm (desconsidere qualquer efeito da pressão atmosférica). Inicialmente o
gás se encontra a 300,15 K, ocupando um volume de 0,012 m3. Para atingir o equilíbrio mecânico, o gás altera seu volume
isotermicamente até V2. Com base nessas informações, responda as questões propostas:

(a) Encontre os valores de V2, DU, q e W para esta transformação. Estes estão de acordo com o problema apresentado? Explique.
(b) Levando em consideração o mesmo valor de trabalho encontrado no item anterior, qual seria o valor do volume final do gás,
levando em consideração uma situação reversível? O resultado encontrado é coerente? Responda com o maior detalhamento
possível.
PARTE 02 - 11 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
CALORIMETRIA mvidotti@ufpr.br
Química

A mudança de temperatura
(DT) é proporcional ao calor
que a reação absorve / libera.
O calorímetro necessita ser
Energia Calor antes calibrado com um padrão,
encontrando uma constante C
(constante do calorímetro)
bomba calorimétrica
𝑞 [𝐽]
𝐶= ↔
∆𝑇 [𝐾]
PARTE 02 - 12 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
CALORIMETRIA mvidotti@ufpr.br
Química

Energia Interna
E para o sistema de pistão?
Como se altera a Energia Interna?

𝜕𝑈 Δ𝑈 = 𝐶𝑉 Δ𝑇
êmbolo fixo (sem W) 𝐶𝑉 =
𝜕𝑇 𝑉 𝑞𝑉 = 𝐶𝑉 Δ𝑇
Capacidade
∆𝑈 = 𝑞 + 𝑊 Temperatura Calorífica

Se o volume é constante, W = 0

∆𝑈 = 𝑞𝑉 Uma amostra de 1 mol de gás ideal,


q confinada em um pistão com o
êmbolo preso recebe 560 kJ de calor e
altera sua temperatura em 24 K.
Calcule sua capacidade calorífica
molar.
PARTE 02 - 13 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
CALORIMETRIA A DUm da conversão da calcita para aragonita é
0,21 kJ mol-1. Calcule a diferença entre DHm e DUm a
mvidotti@ufpr.br
E se o volume se alterar, durante
1 bar, sabendo que as densidades dos polimorfos Química
são 2,71 g cm-3(cal) e 2,93 g cm-3(ara). Discuta o
a transferência de calor? valor encontrado. MM CaCO3 = 100 g mol-1.
Pext
Entalpia (H): Capacidade
êmbolo móvel (W≠0) A entalpia é definida como: Calorífica
𝜕𝐻
𝑯 = 𝑼 + 𝒑𝑽 𝐶𝑃 =
𝜕𝑇 𝑃
Desta forma, a mudança de
entalpia é igual ao calor
fornecido, a uma pressão externa
constante (sem considerar
nenhum W adicional), podemos
escrever:
q
𝒅𝑯 = 𝒅𝒒𝑷
E para uma alteração Δ𝐻 = 𝐶𝑃 Δ𝑇
mensurável:
𝑞𝑃 = 𝐶𝑃 Δ𝑇
∆𝑯 = 𝒒𝑷
PARTE 02 - 14 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
A igualdade DH = qP é uma das ferramentas mais
Marcio Vidotti
CALORIMETRIA importantes da termodinâmica e sua comprovação mvidotti@ufpr.br
matemática, a partir do conceito de H = U + pV é
relativamente simples. Faça esta dedução.
Química
∆𝑯 = 𝒒𝑷
PARTE 02 - 15 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
CALORIMETRIA mvidotti@ufpr.br
𝑑𝐻 𝑑𝑈
Qual a relação entre CP e CV? 𝐶𝑃 − 𝐶𝑉 = − Química
𝑑𝑇 𝑑𝑇
𝜕𝑈
𝐶𝑉 = 𝐻 = 𝑈 + 𝑝𝑉 = 𝑈 + 𝑛𝑅𝑇
𝜕𝑇 𝑉
𝑑 𝑈+𝑛𝑅𝑇 𝑑𝑈 𝑑𝑈 𝑑𝑛𝑅𝑇 𝑑𝑈
- = + −
𝑑𝑇 𝑑𝑇 𝑑𝑇 𝑑𝑇 𝑑𝑇

𝐶𝑃 − 𝐶𝑉 = 𝑛𝑅
𝑪𝑷,𝒎 > 𝑪𝑽,𝒎
𝐶𝑃,𝑚 − 𝐶𝑉,𝑚 = 𝑅

𝜕𝐻 Imagine os dois sistemas de pistão mostrados ao lado,


𝐶𝑃 = um com a pressão e outro com o volume constante.
𝜕𝑇 𝑃 Ambos possuem a mesma quantidade de gases n, e a
mesma temperatura inicial de 27 oC. Para ambos, são
fornecidos a mesma quantidade de calor, 300 kJ.
Calcule a temperatura final dos dois sistemas, sabendo
que CP,m = 16,5 J K-1 mol-1. Explique a diferença
encontrada.
PARTE 02 - 16 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
TRANSFORMAÇÃO mvidotti@ufpr.br
ADIABÁTICA (Reversível) Aquecimento
à volume
Pext Química
Pext constante:
𝜕𝑈
𝐶𝑉 =
êmbolo móvel (W≠0) 𝜕𝑇 𝑉
TI I
Δ𝑈 = 𝐶𝑉 Δ𝑇

Temperatura, T
Fronteira Pext
adiabática

q 𝑑𝑈 = 𝑑𝑞 + 𝑑𝑊 TF F

𝑑𝑈 = 𝑑𝑊𝑎𝑑
VI VF Volume, V
∆𝑈 = 𝑊𝑎𝑑 Expansão à temperatura constante: dW = -pext dV
PARTE 02 - 17 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
TRANSFORMAÇÃO mvidotti@ufpr.br
ADIABÁTICA (Reversível) Química

Considere uma expansão adiabática reversível


de 0,02 mol de Argônio, inicialmente a 25oC, de
0,50 dm3 para 1,0 dm3. A capacidade calorífica
molar do Ar é 12,48 J K-1 mol-1. Qual a
temperatura final da amostra após a expansão?
PARTE 02 - 18 LISTA
TERMODINÂMICA
DE EXERCÍCIOS CQ238 – PE
Marcio Vidotti
Número X: GRR20195447; X = 2+0+1+9+5+4+4+7=32
mvidotti@ufpr.br
4. Calcule a temperatura final, o trabalho realizado e a mudança de energia interna quando a Química
amônia é expandida reversível e adiabaticamente de 0,4 dm3 para (X/10) dm3. (b) Considere
as mesmos valores, porém agora para uma transformação isotérmica. Calcule TF, W e DU. CV,m
= 35,06 J K-1 mol-1.
5. Uma amostra contendo (X/10 + 0,7) mols de metanol na forma líquida está confinada em um pistão de êmbolo
móvel em contato com a atmosfera (P = 0,98 atm). Ao receber determinada quantidade de calor, o metanol se
transforma em gás (considere o gás com comportamento ideal), deslocando o êmbolo até o mesmo ficar em
equilíbrio. Responda os itens a seguir:
Dados: DH (condensação MetOH) = -35,3 kJ mol-1, R = 8,31 J K-1 mol-1, temperatura de ebulição do metanol:
64,7 oC.

(a) Qual quantidade de calor recebe o sistema para a mudança de fase? Em especial, qual situação apresentada que
é fundamental para este cálculo do calor trocado?
(b) Neste deslocamento, o sistema efetua ou recebe trabalho? Quanto?
(c) Após o equilíbrio, o sistema tem seu êmbolo travado e recebe (3 X) J de calor, resultando em uma variação de
temperatura de 5,3 oC. Encontre os valores de CP,m e CV,m. Explique a relação entre esses dois parâmetros
termodinâmicos.
PARTE 02 - 19 ESPONTANEIDADE (2ª LEI) CQ238 – PE
Marcio Vidotti
ENTROPIA (S) mvidotti@ufpr.br
Química

A segunda lei da termodinâmica


pode ser expressa em termos da
ENTROPIA (S):
A entropia de um sistema isolado
aumenta de acordo com a direção de
espontaneidade
Ou

SF > SI ou DS > 0

A entropia (S), assim como U e H,


também é uma função de estado
PARTE 02 - 20 ESPONTANEIDADE (2ª LEI) CQ238 – PE
Marcio Vidotti
ENTROPIA (S) mvidotti@ufpr.br
Química
A definição termodinâmica de entropia foca na sua alteração, dS, que é acompanhada por
alguma mudança química ou física (ou um processo). A definição é motivada pela ideia da que
a energia dispersa depende de quanto é transferida como calor, umas vez que este estimula o
movimento randômico das redondezas. Ao contrário de trabalho (W), que estimula o
movimento organizado em uma direção.
𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 1
𝑑𝑆 = 𝑑𝑤𝑟𝑒𝑣 = −𝑛𝑅𝑇 𝑑𝑉
𝑇 𝑑𝑈 = 0 𝑉
Para uma 𝑛𝑅𝑇 1 1
Ou para uma mudança expansão/compressão d𝑊𝑟𝑒𝑣 = −𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑑𝑆 = 𝑑𝑉 = 𝑛𝑅 𝑑𝑉
mensurável (entre dois isotérmica reversível (Tcte) 𝑇 𝑉 𝑉
𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣
estados): 𝑑𝑆 = 𝑽𝒇
𝑇 ∆𝑺 = 𝒏𝑹 𝐥𝐧
𝒇 𝑽𝒊
𝒅𝒒𝒓𝒆𝒗
∆𝑺 = න
𝒊 𝑻
𝑑𝐻 = 𝑑𝑞𝑃 𝑑𝐻 = 𝐶𝑃 𝑑𝑇
Para uma alteração de 𝜕𝐻 Δ𝐻 = 𝐶𝑃 Δ𝑇
temperatura (Pcte) 𝐶𝑃 =
𝜕𝑇 𝑃 𝑻𝑭
𝑪𝑷 𝒅𝑻 𝑻𝑭
𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 ∆𝑺 = න = 𝑪𝑷 𝐥𝐧
𝑑𝑆 = 𝑻 𝑻 𝑻𝑰
𝑇 𝑰
PARTE 02 - 21 ESPONTANEIDADE (2ª LEI) CQ238 – PE
Marcio Vidotti
ENTROPIA (S) mvidotti@ufpr.br
Durante uma transição de fase, T é constante e se estamos admitindo Química
𝒅𝒒𝒓𝒆𝒗 um aquecimento a pressão constante, podemos dizer que qtrs = DtrsH ,
𝒅𝑺 =
𝑻 assim:
∆𝒕𝒓𝒔𝑯
∆𝑺𝒕𝒓𝒔 =
𝑻𝒕𝒓𝒔 transição de fase
PARTE 02 - 22 ESPONTANEIDADE (2ª LEI) CQ238 – PE
Marcio Vidotti
ENTROPIA (S) mvidotti@ufpr.br
A entropia como função de estado: Química
Para provar que a entropia é uma função de estado, devemos mostrar que a integral dS não
depende do processo. Para isto, basta provar que a integral abaixo mostrada, em um ciclo
arbitrário é nula, desta forma, os estados final e inicial serão os mesmos, independentemente do
processo.
𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣
ර =0
𝑇
Estude o ciclo de Carnot e deduza que a
Para realizar este cálculo, entropia é de fato, uma função de estado,
estudaremos o ciclo de todas as “ferramentas” para este exercício já
Carnot: foram mostradas. 𝑞ℎ 𝑞𝑐
ර 𝑑𝑆 = +
𝑇ℎ 𝑇𝑐
PARTE 02 - 23 LISTA DE EXERCÍCIOS CQ238 – PE
Marcio Vidotti
Número Y: GRR20195447; Y = 2+0+1+9+5+4+4-7=18
mvidotti@ufpr.br
6. Uma amostra de um mol de gás ideal está confinada em um pistão móvel, inicialmente ocupando um
determinado volume (VA) a uma temperatura de (15 Y) K (TA). Alguns processos são realizados no sistema
Química
consecutivamente: (i) Seu volume é adiabaticamente alterado para 2,17 VA, atingindo VB. (ii) Novamente,
seu volume é alterado para 1,15 de VB, atingindo VC, sendo esta etapa isotérmica. (iii) Ocorre uma
compressão adiabática, atingindo 0,67 VC, em VD, na temperatura TD. (iv) O sistema retorna ao seu estado
original. Sabendo-se que: CV = 16,62 J K-1; R = 8,31 Pa m3 mol-1 K-1; todas as etapas podem ser
consideradas termodinamicamente reversíveis. Preencha a tabela a seguir com as informações requeridas
para cada processo.
(i) TB = W= DS =
(ii) DU = W= DS =
(iii) TD = DU = q=
(iv) DU = DT = DS =

7. Considere uma amostra de (Y/10) mols de H2O, inicialmente a uma temperatura de (-Y) oC, e submetida a uma pressão constante.
Calcule a variação de entropia desta amostra, quando a mesma é gradualmente aquecida até uma temperatura de (100 + 2Y) oC.
Para este exercício, serão necessários alguns dados termodinâmicos que você terá que procurar em literatura. Para facilitar o
desenvolvimento, esquematize um gráfico de S vs T (similar ao encontrado no slide 21), e para cada etapa do aquecimento, explique
se o valor encontrado de DS é coerente com a situação apresentada.
PARTE 02 - 24 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
TERMOQUÍMICA mvidotti@ufpr.br
A Termoquímica é o estudo do calor produzido ou consumido nas reações químicas onde usamos Química
os conceitos de calorimetria para medir a energia consumida / liberada em uma reação química e
associar q à DU (quando V for constante) ou DH (quando p for constante). O contrário também
ocorre, onde se conhecermos DU ou DH, podemos estimar a quantidade de calor que será trocada
entre o sistema e as suas vizinhanças.

Para tanto, devemos inicialmente definir um estado de referência, ou estado padrãoѳ:

O estado padrão de uma substância, numa certa temperatura, é o da


substância pura sob pressão de 1 bar
Normalmente os dados fornecidos do estado padrão se encontram à temperatura de
298,15 K (ou 25o C), a menos se dito o contrário Entalpias (ou q)
• Transição de fase
• Transformações Químicas
Em situações onde a pressão for constante, podemos admitir que qp = DH
H = U + pV
• Padrão de Formação
H + dH = U + dU + (p +dp) (V + dV) • Energia de Ligação
H + dH = U + dU + pV + pdV + Vdp + dpdV
Admitindo que: (i) dW = -pdV; (ii) dU = dq + dW; (iii) H = U + pV; (iv) dp=0; (v) dpdV = 0
Chegamos a:
dH = dq (se a pressão for constante)
DH = qP
PARTE 02 - 25 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
TERMOQUÍMICA mvidotti@ufpr.br
Entalpias de transições de fase Química
A variação de entalpia padrão que acompanha uma mudança de estado físico é a entalpia padrão da
transição, representado por DtrsHϴ.

A entalpia é uma função de estado, desta


forma a variação depende apenas dos
estados inicial e final
PARTE 02 - 26 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
TERMOQUÍMICA mvidotti@ufpr.br
Entalpias de transformações químicas Química
De maneira geral, a entalpia padrão de reação DRHϴ, é a variação de entalpia na conversão dos reagentes
nos respectivos estados padrões, nos produtos, também nos estados padrões, como na reação abaixo:

CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(l) DRHϴ = -890 kJ mol-1

Este valor padrão corresponde a uma reação em que 1 mol de metano gasoso, a 1 bar, reage
completamente com 2 mols de oxigênio, produzindo 2 mols de água no estado líquido e 1 mol de gás
carbônico, todos a 1 bar na temperatura de 298,15 K.

Por se tratar de uma equação de estado, podemos também calcular a entalpia padrão da reação da
seguinte forma:

∆𝑅𝐻ϴ = ෍ 𝜈𝐻𝑚ϴ − ෍ 𝜈𝐻𝑚ϴ


𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠

𝜃 𝐶𝑂 (𝑔) + 2𝐻 𝜃 𝐻 𝑂(𝑙) − 𝐻 𝜃 𝐶𝐻 (𝑔) + 2𝐻 𝜃 𝑂 (𝑔)


∆𝑅 𝐻ϴ = 𝐻𝑚 2 𝑚 2 𝑚 4 𝑚 2
PARTE 02 - 27 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
TERMOQUÍMICA mvidotti@ufpr.br
Entalpias padrão de formação Química
A entalpia padrão de formação, DfHϴ, de uma substância é a entalpia padrão da reação de formação do
composto a partir dos respectivos elementos, cada qual no seu estado de referência, ou seja, sua forma
mais estável em determinada temperatura e a pressão de 1 bar.

∆𝑅𝐻ϴ = ෍ 𝜈∆𝑓𝐻ϴ − ෍ 𝜈∆𝑓𝐻ϴ


𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
PARTE 02 - 28 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
TERMOQUÍMICA mvidotti@ufpr.br
Lei de Hess Química
A lei de Hess diz que: “a mudança de entalpia de uma reação é a mesma, independente dela ocorrer em
uma ou mais etapas”.... Ou seja, entalpia é uma função de estado.

Considere a seguinte reação:

O DRH desta reação não pode ser medido diretamente, porém indiretamente podemos obter a
variação da entalpia através das seguintes reações:

Rearranjando-as de maneira adequada:


PARTE 02 - 29 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
TERMOQUÍMICA mvidotti@ufpr.br
Energia de ligação Química
Em qualquer reação química, ligações são rompidas e formadas. Podemos utilizar esses conceitos básicos
no estudo da termoquímica, onde a energia de ligação (EL) é a quantidade de energia necessária para
quebrar um mol de ligações em uma substância covalente gasosa para formar os produtos, considerando
p e T constantes. Quanto maior for a EL, mais difícil será quebrá-la.
PARTE 02 - 30 TERMODINÂMICA CQ238 – PE
Marcio Vidotti
TERMOQUÍMICA mvidotti@ufpr.br
Energia de ligação Química

(a) Utilizando a tabela de energias de


ligação mostradas no slide anterior,
calcule o DH da reação, a 298 K.
(b) Esta reação libera ou absorve calor?

∆𝑅𝐻ϴ = ෍ 𝜈𝐸𝐿 − ෍ 𝜈𝐸𝐿


𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠 somente para gases
PARTE 02 - 31 LISTA
TERMODINÂMICA
DE EXERCÍCIOS CQ238 – PE
Marcio Vidotti
8 .Considere a reação de queima do pentano (C5H12), realizada a pressão de 1 bar e a 298 K. Os
dados termodinâmicos correspondentes se encontram na tabela a seguir. mvidotti@ufpr.br
Química
Composto, a 298 K DfH0 / kJ mol-1 Sm0 / J K-1 mol-1
Pentano, C5H12 (l) -146,44 348,40
O2 (g) 0 205.14
H2O (g) -241.82 188.83

CO2 (g) -393.51 213.74

(a) Calcule os valores de DH e DS, desta reação. Explique para esses dois parâmetros a espontaneidade (ou não) desta
reação.
(b) Com o auxílio das tabelas de energias de ligação (slide 29) calcule o calor trocado na reação, se o pentano se
encontrasse na sua forma gasosa.
(c) Compare e explique os valores encontrados nos itens anteriores, referentes ao calor trocado nas duas situações.
(d) Faça uma pesquisa em literatura e para a mesma reação de interesse, encontre outras intermediárias e aplique a
lei de Hess para calcular os valores de DH.

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