Acionamento Hidráulico para Máquinas Ferramentas

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*

ACIONAMENTO HIDRAULICO
PARA
... .

MAQUINAS FERRAMENTAS

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VJ ~c:

::! ~ PROF. ENG. JOSÉ R. GAMBARINI


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1976

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•·
2. EQUIPAMENTO HIDRÁULICO ~~PREGADO NAS MÂQUINAS FERRA~ENTAS

Alguns problemas de solução difícil mecânicamente


podem ser resolvidos fàcilmente através de mecanismos hidráulicos.
Além disso os mecanismos hidráulicos permitem obter movimentos reg~
lares e suáves e uma regulação contínua de velocidades.
Através de pressões elevadas consegue-se transmitir
esforços bastante elevados não obstante pequenas dimensões do m.eca
nismo.
Empregando-se comandos eletro-hidráulicos pode-se
comandar à distância muito fàcilroente os movimentos através de sim
ples condutores elétricos em substituição de condutores hidráulicos
sob pressão.
Como vantagens do emprego de mecanismos hidráulicos
podemos citar:
a - regulação contínua de velocidade permitindo ob
ter a melhor velocidade de corte.
b - possibilidade de realização de ciclos automáti
cos de trabalho (aproximação e retrocesso rápidos, avanços discre
tos e diferentes regimes de trabalho) .
c - movimentos suáves e livres de vibrações, fazen
do coro que a precisão do trabalho, a qualidade de acabamento supe~
ficial e a vida da ferramenta resultem melhoradas.
d - facilidade de inversão de marcha, urna vez que
nao existem massas girando a altas velocidades, facilitando inclu
sive as inversões frequentes.
e - transmissões de grandes fôrças e potências, por
meio de orgaos hidráulicos de pequenas dimensões.
f - preservação da máquina contra avarias e sôbre
cargas.
g facilidade de comando do sistema.
h - contrôle fácil das pressões de trabalho na tubu
lação através de manômetros.
i - facilidade da locação do sistema hidráulico urna
vez que êste independe dos demais Órgãos da máquina.
j - facilidade de padronização dos elementos do cir
cuito hidráulico.
Há, porem, algumas desvantagens que precisam ser
citadas:
a - perdas de carga nas tubulações,estranguladores,
curvas, etc, que diminuem o rendimento do sistema e limitam a velo
cidade admissivel do fluido na tubulação.
b - perdas através das jugas do fluido nos diversos
orgaos que também reduzem a velocidade e o rendimento do sistema.
c - variações de temperatura no sistema, alteram a
viscosidade do fluido e com isso ocorre a variação da quantidade de
fluido admitido nos Órgãos de comando o que repercute nas jugas.
nas jugas.
d - a compressibilidade do fluido ocasionar uma
irregularidade de movimento durante as variações da fôrça de corte.
e - possibilidade da penetração de ar no circuito,
provocando irregularidades no movimento.
f - deformação elástica dos tubos condutores de
fluido durante o trabalho.
Com a escÔlha adequada do fluido 1 para o comando hi
dráulico, pode-se reduzir e até mesmo eliminar algumas destas des
vantagens.
O circuito hidráulico, está constituído geralmente
por:
a - Bomba;- que gera a vazao e a pressao do fluido
transformando a energia recebida de um acionamento externo.
b - Motor hidráulico:- e o orgao receptor que rece
be a energia do fluido e a transforma em energia mecânica provoca~
do um movimento de rotação ou translação.
c - Crgãos auxiliares:- tais como válvulas de seg~
rança, de fim de curso, de inversão de marcha, etc, qeu vao unidas
entre si pelas tubulações que transportam o fluido.
Os circuitos hidráulicos usados nas máquinas ferra
mentas podem ser de dois tipos:
a -- circuito de comando de movimento retilíneo, co~
pôsto essencialmente de uma bomba e de um cilindro hidráulico cujo
pistão faz um movimento retilíneo. (Fig. 2.1)
MESA

Cilindro hidráulico

-
--~~-~==~====~==~=*
--
Bomba de paletas
--

t
b - Circuito de comando de movimento rotativo com
pôsto essencialmente de uma bomba e de um motor hidrã.ulico rotativo
cujo rotor aciona os elementos giratórios da máquina. (Fig 2.2)

Bomba Motor hidráulico

2.1. BOMBAS HIDRÂULICAS

As bombas hidráulicas mais usadas em máquinas ferra


mentas sao as bombas de engrenagem, bombas de palhetas, bombas de
pistões, bombas de parafuso.
2.1.1. BOMBAS DE ENGRENAGEM

As bombas de engrenagem possuem dois pinhÕes de den


tes retos ou helicoidais que giram engrenados dentro de uma carcaça
(Fig 2.3). Do lado esquerdo dos pinhÕes é feita a aspiração do flui
do e do lado direito a impulsão. Cada vao ·"'
entre os dentes dos
pinhÕes e a carcaça, carrega um certo volume de fluido que é compr!
mido quando os dentes dos pinhões começam a se engrenar do lado da
saida.
As bombas de engrenagens sao geralmente 'bombas de
vazao constante uma vêz que a vazão só pode ser variada com a varia
ção da rotação da bomba. Como as bombas de engrenagens são geralme~
~

te acionadas por motores elétricos de rotação constante, então e


impossivel variar sua vazão.
Graças a possibilidade que possuem de girar em aro
bos os sentidos, elas podem também funcionar como motor hidráulico.
A vazao fornecida por uma bomba de engrenagem é da
da por:
Q = 2 ·n z m2 b n '
tem 3 ,I m1n
. )

onde:
Z =·n9 de dentes das engrenagens
m = módulo das engrenagens (em)
b = largura dos dentes das engrenagens (em)
n = rotação do pinhão motor (rpm)
A potência necessária ao motor de acionamento da
bomba, para uma vazao 2 e uma pressao E vale:
Nm = Qp ( cv)
100x60x751(t
onde:
3
Q = vazao efetiva (cm /min)
p = pressao (Kgf/cm 2 }
~
tt = rendimento total mecânico

As bombas de engrenagens são construidas para va


- 2 - -
zoes de 6 a 400 1/min, com pressoes de 2 a 150 kgf/cm . As rotaçoes
utilizadas variam de 700 a 1.450 rpm podendo chegar em cases esp~

ciais a 2.800 rpm. Geralmente a potência do motor se adota 10 a 20%


maior que a calculada pela expressão dada acima.
O rendimento mecânico para bombas de engrenagem va
ria entre 0,85 e 0,90. f':le decresce com o aumento do número de rota
ç~es da engrenagem, e cresce com o aumento da pressão de salda do
fluido. -Esse rendimento (Nm) não deve ser confundido com o rendimen
to volumétrico da bomba (Nv) , que e a relação entre a vazão efetiva
(Q) e a vazão teórica (Qt) e que varia de 0,75 a 0,90.

As bombas de engrenagens quando trabalhfu~ como moto


res hidráulicos têm um rendimento mecânico que varia de 0,65 a 0,70
?
para pressoes máximas de 70 kgf/cm- e :~:otações que variam entre 100
e 1.500 rpm.
A vazao nas bombas de engrenagens nao e absolutamen
te constante, mas sim pulsante como mostra a Fig 2.4.

f\ry--~

o
---r--~- -f-,-
I I 1

-~
<.>
c
I I I o o
l I -~
c
360° I
z. I I E
o

Ángulo de rotación en grados

Essas pulsações sao indesejáveis uma vez que podem


originar vibrações.
As pulsações podem ser reduzidas aumentando-se o nu
mero de dentes das engrenagens da bomba, porém, isso acarreta numa
redução da vazão. Outra solução é usar um grau de recobrimento (E)
maior, o que faz, contudo, que o rendimento volumétrico Nv fique r~

duzido. A melhor solução é usar bombas com dois pares de engren~


gens montadas um ao lado do outro e defasados de meio dente. Nessas
circunstâncias, a curva de pulsações é a figura 2.5.

JY'fYYY'(ff_==-
Q rc'iultante é i
E
::J
o "'~ ~~

o =
-
::J

2t
o

-
Ant:ulü de rotadón en c;rJ...!c,
- :-
2.1.2. BOMBAS DE PALHETA

As bombas de palheta se caracterizam pela possibili


dade de variar a vazao.
As bombas de palheta podem ser divididas em dois
grupos:
a - Bombas em que a entrada e a saída do fluido se
fazem por meio de dois canais que ligam a câmara formada pelas P5:
lhetas ao exterior.
b - Bombas em que a entrada e a saída do fluido se
faz pelo interior do rotor.
Nas bombas do 19 grupo (Fig 2.6), um rotor (2) cha
vetado ao eixo tem ranhuras radiais nas quais deslizam as palhetas
(3). As palhetas são dirigidas no seu deslizamento pela superfície
interior cilíndrica (1) da caixa da bomba. O fluido aspirado é re
tido entre o espaço compreendido entre duas palhetas e dirigido da
zona de baixa para a zona de alta pressão. A variação da pressão,ou
melhor, da vazão se faz aumentando ou diminuindo a excentrecidadedo
rotor, pelo deslocamento do estator da bomba através de um paraf~
so (5) •

L i
r:
b

Fig 2.6: Bomba de P5:


lheta com entrada
e saída de fluido
.....,.-+----Excentricidad regulable pela câmara das
por desplazamiento del estátor palhetas.

O volume da camara de aspiração da bomba e dado por:


3
V = 2 1[ X e X b X D ( em )
onde:
e = excentricidade de rotor (em)
b = largura da palheta (em)
d diâmetro externo das palhetas (em)
A vazao da bomba se obtem de:

Q =v x n (em 3;mln)
I •

onde:
V = volume da camara de aspiração (cm 3 )
n = rotação do rotor (rpm)

~sse tipo de bomba se emprega para pressoes até


2
15 kgf/cm e as excentricidades chegam a e = Smm.
As bombas do 29 grupo (Fig 2.7) têm um rotor com
ranhuras radiais nas quais deslizam as palhetas. O roto~ gira em
tôrno de um eixo fixo, no qual existe a câmara de aspiração (A) e a
câmara de compressão (R) . Furos radiais no rotor ligam as camaras
(A) e (R) com as câmaras correspondentes de aspiração e compressao
formadas entre a caixa da bomba e o rotor. ~sse tipo de bomba apr~

senta um rendimento mais baixo que as bombas do 19 grupo, uma vez


que o fluxo de fluido muda muito de direção. A vazão varia quando
se altera a excentricidade e . A vazao é calculada corno na bombas
do 19

Fig 2.7: Bomba de p~

lheta com entrada


e saída de fluido
pelo eixo do reter.

2.1.3. BOMBAS DE PISTÕES

são bombas usadas quando se necessita de pressoes


elevadas.
Podem ser: a - bombas de pistões radiais
b bombas de pistões axiais
Nas bombas do 19 grupo (Fig 2.8) os pistões (b) es
tão constantemente em contato com a carcaça (d) devido à fôrça das
molas. Durante a rotação do rotor, os pistões executam um movimen
to de vai e vem, dentro dos respectivos cilindros {a) . Assim pelo
centro do rotor ora aspiram o fluido pela câmara (A) e ora compr~

roem o fluido pela câmara (B). A vazão é alterada pela variação da


excentricidade e.
Graças ao elevado numero de pistões, a pulsação na
vazão dessas bombas ~ desprezivel.
(" .!nl;;r:-J cJc
;; .... ~ifi!..:l~}n ··A··

Fig 2.8~ Bomba de pistões radiais.

A vazao efetiva dessas bombas pode ser calculada por:


1' d2 3
Q = ·~
4
X 2 X e X Z X n X Ylv ( cm /min)
onde:
e =excentricidade (em)
d = diâmetro dos pistões (CID)

~v= rendimento vol~~étrico


Z = n9 de pistões
n = rotação do rotor (rpm)

O rendimento volumétrico para essas bombas varia en


tre 0,85 e 0,95.
As bombas de pistão radial sao construídas para pres
, 2 -
soes ate 100 kgf/cm .
Nas bombas de pistões axiais (Fig 2.9) o eixo motor
(2) transmite movimento de rotação ao volante (4) através do eixo
articulado (3), o qual pode girar livremente na carcaça inclinãvel.
No volante (4) existem cilindros dentro dos quais se deslocam pi~

tões (5) quando o volante gira. O fluido é aspirado através do con


duto (8) e das aberturas (9) da carcaça (1) para os cilindros do vo
lante (4). Ao retroceder o pistão, o fluido e impelido para fora p~
la abertura (10) e o conduto(ll).
A vazão é variada através da variação do ãngulo de
inclinação oc que pode atingir o valer máximo o<. ~ 2509
A vazão dessa bomba pode ser calculada por:
- x d 2 x r x sen (x
!( x n
Q =
2
onde:
d == diâmetro do pistão (Cill)
r == raio do suporte (7) (em)

o:. = ângulo de inclinação (o)


n = rotação do eixo de acionamento (rpm)

A const:ução normal dessas bombas atinge press6es


2
de até 80 kgf/c:m • Cons·truções especiais a>cingem as pressoes de 250
2
kgf/cm para.rotações que variam de 500 a 1.500 rpm.
O rendimento volumétrico varia de 0,85 a 0,90.

Fig 2.9: Bomba de pistões axiais.

Vts!a de la suco:hct~
ce mJJ:do

ht

2.1.4. BOMBAS DE PARPEUSO

são usadas para rotações e pressoes elevadas, apr~


sentando um bom rendimento.
~sse tipo de bomba (Fig 2.10) r tem um parafuso cen
tral helicoidal que aciona dois outros laterais alojados em uma car
caça. O parafuso central tem rôsca à direita e o laterais a esquerda.
Os parafusos laterais dividem a h2lice do parafuso
central em vários compartimentos por onde o fluido aspirado é con
duzido até a saida como se fôsse o deslocamento de uma porca girató
ria sôbre um parafuso que gira.

Fig 2.10: Bomba de


Parafuso.
- nas bombas de parafuso pode ser calculada
A vazao
por:
3. ~/C .P.n (D 2 - dl 2 )
Q = 16
onde:
P =passo do parafuso (em)
n = rotação do parafuso motor (rpm)
D =diâmetro externo do parafuso central (em)
dl= diâmetro do núcleo do parafuso central (em)

Essas bombas trabalham suavemente sem pulsações, de


vido a variação da pressão.

2.2 - ~OTORES HIDR~ULICOS

Os motores hidráulicos têm por objetivo transformar


a pressao do fluxo de fluido em energia mecânica.
Os motores hidráulicos podem produzir movimentos cir
cular ou retilineo. Para a produção de movimento circular, algumas
das bombas de que tratamos anteriormente podem ser usadas. Se o
motor deve produzir movimento retilineo, então, devem ser usados ci
lindros hidráulicos, dos quais trataremos agora.
O conjunto hidráulico cilindro-pistão pode ser di
vidido de um modo geral em . a - simples efeito
b - duplo efeito
Os conjuntos de simples efeito (Fig 2.11) têm o
acionamento hidráulico do pistão em um só sentido, sendo o retôrno
efetuado mecânica~ente (com a ajuda de uma mola por exemplo) . São
raramente empregados em máquinas ferramentas.
Os conjuntos de duplo efeito (Fig 2.12), têm o pi~

tão acionado hidráulicamente nos dois sentidos, e sao frequenteme~


te usados nos acionamentos de avanço de máquinas ferramentas.

~ 1\..1fSA

Fig 2.11: cilindro


fixo com pistão
de simples efei
to.
Ji
h
Fig 2.12: Cilindro fixo com
pistao de duplo efeito.
Na prática se enccntram distintas disposições de
conjunto cilindro-pistão de duplo efeito. A mais comum delas é a
da figura 2.12 em que o pistão está equipado com eixo de um só lado.
Isso faz com que a fôrça exercida pelo fluido sôbre o pistão seja
maior num dos lados do pistão (o que tem maior área) . A velocidade
do pistão num sentido e no outro, tillnbém será diferente.
A figura 2.13 representa uma disposição de duplo
efeito cujo pistão tem dois eixos, nesse caso as fôrças e velocida
des não diferem, qualquer que :3eja o lado do pistão que está em
açao. O defeito d~sse sist~na está no grande espaço que ocupa, cer
ca de tr~s vezes o curso Gtil da mªsa.

Fig 2.13: Cilindro fixo com pistao móvel de duplo efeito e


dois eixos.

A Figura 2.14 representa uma disposição com cilin


dro móvel (fixado à mesa) e com pistão fixo que possui eixo de um
só lado. Essa disposição, como a êa Figura 2.12 tem fôrças e avan
ços diferentes em ambos os sentidos.

MESA
r-----r-----------------------~-------1
_ _ _ _ _!

Fig 2.14: Cilindro móvel com pistão fixo de duplo efeito e


um só eixo.

A Figura 2.15 representa ~~ modêlo com cilindro mo


vel e pistão fixo de dois eixos. Esse modêlo exige um espaço menor
que a construção da Figura 2.13 (cêrca de 2 vêzes o curso Útil da
Máquina, ou melhor, m~sa). O fluido entra pelo próprio eixo do pi~

tao que é ôco.


Fig 2.15: Cilindro móvel com pistão fixo de duplo efeito e
dois eixos.

Para evitar a flwubagem do eixo, devido ao seu gra~


de comprimento em cursos mui to extensos,. pode ser usada a constru
çao da figura 2.16r que tem duplo cilindro e duplo pistão. O pistão
(a) permite o deslocamento do duplo cilindro, e da mêsa (d) com re
lação à estrutura {c) , até que o pistão (b) comece atuar e deslo
que a mêsa em relação ao cilindro. A figura representa a mêsa no
inÍcio do curso. O fluido entra por (e2), passa por (g2) para o ci
lindro, e aciona o pistão (a) até o fim. Em seguida o fluido passa
para o outro cilindro e aciona o pistão (b). Esse sistema e muito
pesado e complexo.

Fig 2.16: Sistema Waldrich de acionamento.

A vedação dos cili~dros hidráulicos deve ser feita


cuidadosamenter a fim de evitar fuga de fluido durante o trabalho.
As guarnições de amianto grafj_ tado, mui to empregadas, têm o defei
to de riscar o eixo do pistão. Pode ainda ser usado vedações metáli
cas de metal patente ou chlliubo, couro prensado, borracha.
A fôrça de atrito que o eixo deve vencer ao passar
pela vedação e proporcional à superfície de contato do eixo com a
guarnição. No caso em que a guarnição só é comprimida pelo apêrto
dado pelos parafusos da tampa de vedação, a fôrça de atrito vale:
R1 = ~ X d X 1 X K ( kgf)
onde:
d =diâmetro do eixo do pistão (Cm)
l =comprimento ativo da guarnição (em
K = fôrça de atrito por unidade de superfície
atritante (K= 0,4 a 1,3) {kgf/cm2}

Fig 2.17: Vedação em cilindros hidráulicos


(a) - metálica com ah~a de borracha
(b) - de couro
(c) - de couro embutida

Quando as guarnições sao de couro, é conveniente


que a pressao fluido dentro do cilindro, colabore na vedação. Nessa
situação a fôrça de atrito é calculada por:

R
2
= f X ít: X d X 1 X p ( kgf )
onde:
f = coeficiente de atrito entre couro e aço
(f = 0,006 a 0,01)
d =diâmetro do eixo do pistão (em)
l =comprimento efetivo da guarnição (em)
p = pressao do fluido sôbre a guarnição
...,
(p = 25 a 50 kgf/cm~)

As dimensões das caixas de vedação podem ser deter


minadas aproximadamente pelas relações abaixo:
Diâmetro externo:
d ext = d + 2 . (O, 4 5 a O, 9) d em
Comprimento:
1 = (0,2 a 2) • d em
onde d é o diâmetro do eixo.
Deve ainda ser vencida a fôrça de atrito do anel
de vedação do pistão em contato com a superfície do cilindro.

Fig 2.18: Cilindro hidráulico com


pistão de duplo efeito.

l- tampas
2- pistão
3- orificios para retirada de ar
do cilindro.
s 4- eixo
5- acoplamento com rosca para - o
eixo
6- tampa de vedação
7- guarnição
8- mancal do eixo
9- cilindro
10- anel de vedação do pistão

Essa fôrça é dada por:

R3 -- 1(. X de X C X i X ps X f kgf
onde:
de= diâmetro do cilindro em
C = altura do segmento de vedação
i = número de segmentos
ps= pressão unitária do segmento contra a parêde de
cilindro (ps= 0,6 a 0,9 kgf/cm 2 )
f =coeficiente de atrito (f= 0,8 a 0,12)

A espessura da parêde do cilindro é dada por:


e = p x de em
2 vadm
onde:
p = pressao máxima kgf/crn 2
de = diâmetro do cilindro em
vadm = tensão de tração admissivel do material
G adm = 400 a 600 kgf;'cm 2 para aço
vadm = 150 kgf/cm2 para ferro fundidc
Quando os cilindros são obtidos por fundição, a es
pessura da parêde não deve ser inferior a 10 mro, para evitar difi
culdades.
O eixo dos pistões hidráulicos são calculados à tra
ção e compressão e verificados à flamagem quando:

lJ > 40
onde:
1 =comprimento do eixo (em)
J =Raio de giração da secção transversal do eixo(cm)
Alim disso ~ necessário evitar que a flecha do eixo
sob seu próprio pêso seja superior a 0,0001 do seu comp::cinento l p~
ra evitar problemas de vedação.
2.3 - Válvulas Hidráulicas, Conexões, Tribulação
A válvula ~ o Órgão do sistema hidr~ulico que peE
mite:
a - controlar a pressão no circuito (válvulas de
descarga, segurança, redução de pressão 1 contrapressão).
b - iniciar ou parar o movimento (válvula de marcha
-parada) •
c - controlar a direção do fluxo de Óleo (válvula-
de inversão de marcha) .
d - regular o fluxo de fluido (estranguladores) .
2.3.1 -VÁLVuLAS DE DESCARGA E DE SEGURANÇA
A válvula de segurança tem o objetivo de preservar
o circuito de um aumento exagerado de pressão. Ela permanece fecha
da, e só se abre para dar passagem ao fluido em retôrno ao depósi
to, quando a pressão ultrapassa um valor admissível. Alguns tipos
de válvula de segurança aparecem na figura 2.18. ·

Retorno
al dcpó.,ito
_...:_.

(a) ( b)

(c)
Fig 2.18: Válvulas de segurança
(a) com clapet
(b) com esfera
(c) tipo"Oilgear"

As válvulas de descarga têm por objetivo, limitar


a pressao no circuito. Ela difere da válvula de segurança, porque
permanece aberta durante o fucionamento do sistema hidráulico, man
tendo constante a pressão no circuito, e permitindo o retôrno do
excesso de fluido para o depósito. A figura 2.19 mostra alguns ti
po~ de válvulas de descarga.

(b)

(c)

(a)

Fig 2.19: Válvulas de descarga


(a) tipo "Oilgear"
(b) válvula para grandes vazões
(c) válvula diferencial
2.3.2 - VÂLVULAS DE REDUÇÃO DE PRESSÃO

As válvulas de redução de pressão, têm por objetivo


reduzir a pressao do fluido e mantê-la sensivelmente constante. são
usadas geralmente diante de estranguladores para assegurar uma va
zao constante no estrangulamento ou para reduzir a pressao em cer
tos órgãos do sistema hidráulico.
A figura 2.20 mostra uma válvula dêsse tipo. O flui
do chega a alta pressão em (A) e sai a baixa pressão em (A ) .A pre~
1
são reduzida atua pelo orifício (B) sôbre a superfície (C) do pi~
tão. Quando a pressão reduzida ultrapassa um valor admissível, o
pistão se desloca para a direita e corta a passagem do fluido. O
opôsto, ocorre se a pressao em A é muito menor que a admissivel.
1

Fig 2.20: Válvula de redução de pressao.

Outro tipo de válvula de redução de pressao e mos


trado na figura 2.21.

Fig 2.21: Válvula de redução de pressao


"STANKOKONSTROUKTIA"
2. 3. 3 - Vti.LVULAS DE CONTRA-PRESSÃO

As válvulas de contra-pressão são empregadas para


manter sob certa pressão o fluido ce escape do cilindro hidráulico,
de tal forma que o pistão está sempre com uma certa fôrça agindo em
sentido contrário ao seu movimento. Isso faz com que sua velocidade
de deslocamento não varie bruscamente no caso da mudança brusca do
esfôrço de trabalho. Elas têm Qm funcionamento análogo às válvulas
de descargq..

2. 3. 4 - VÂLVULAS DE li.1ARCHA-PARADP..

são montadas geralmente na tubulação principal e


sua principal função é permitir a parada do sistema acionado em
uma posição determinada, para fixar, posicionar ou retirar a peça
que está sendo trabalhada. Ela pode ser acionada reecànica ou elétri
camente.

r·--
Fig 2.22: Válvula de Mar
cha-Parada 1 com coman
do mecânico

2.3.5 -VÁLVULA DE INVERSÃO DE MARCHA

As válvulas de inversão de marcha dirigem o fluido


a um ou outro lado do cilindro hidráulico. Elas podem ser de centro
aberto, quando em posição neutra pÕe e:m comunicação todos os orifí
cios da válvula; de centro fechado quando em posição neutra fecha
todos os orifÍcios da válvula. A fi<Jura 2.23 mostra os dois tipos -
de válvula ..
2. 3. 6 - ESTRANGULADORES OU REGULADORES DE VAZÃO

Para obter diferentes valores dos avanços nos sis


temas hidráulicos com bomba de vazão constante, é necessário admi
tir no motor hidráulico um volume de fluido inferior àquele lançado
pela bomba no circuito. Assim,é colocado na tubulação principal, se

I /•
depósito Retorno ai <.kpósito Retornv ;1! depú:;ito

(a)

Retorno ai <.kpÚ\Íto Retorno ai depósito Rct<.~rno ;.t\ dep0>ito

(b)

Fig 2.23: Válvulas de inversão de marcha


(a) de centro aberto
(b) de centro fechado

ja na admissão ou no escape do fluido, uma válvula cujo orifÍcio


por onde passa o fluido, é variável. Essa válvula deve sempre ser
colocada após uma válvula de retôrno. Alguns tipos de estrangulado
res são mostrados na figura 2.24.

2.3.7- TUBULAÇÃO E CONEXÕES

Geralmente se emprega nas instalações hidráulicas ,


tubos de aço sem costura. :t: importante que as parêdes internas se
jam as mais lisas pcssível,para reduzir perdas de carga. Podem ain
da, ser usadas tubulações flexíveis.
A velocidade nos condutores nuo deve ultrapassar d~

terminadosvalores para evitar a queda do rendimento da instalação.


(a)

(b)

SECCfóN l

(c)

(d)

Fig 2.24: O. e vazao . .


-
;b) par~ pequenas vazoes
' ,-, ·- ""':"
2S kqt::I 2 e da ordem de
O valor limite para pressoes a 1 cm 3 m/seg.
o~ya.
c...
J. ~~ro~c~Je~c ~~e· ~o ~' ·rrt~rr2
i--' \_..._}.._)._ ·-'=' O\....
....J 1~ _. _ L~1t r E~, da ordem de de
salda e nao deve ultrapassar 2 m/seg na tubulaçao c1e entrada.
-
As cone~oes -
sao construlqd as para pressoes
- r~
a~e 250
2
kgf/cm e devem evitar qua.lquer vazamento. Na figura 2.25 estão a
presentados os tipos mais comuns de conex6es.

Fig. 2.25 - Conexões para hidráulico.

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