Cartilha Incontinencia Urinaria
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ISBN: 978.65.87059-26-6
CDU: 610
APRESENTAÇÃO
Essa cartilha foi desenvolvida para você, mulher que deseja preservar ou melhorar a sua
saúde e qualidade de vida.
Nós mulheres temos uma grande chance de desenvolver Incontinência Urinária, que é
aquele escape de urina que acontece sem querer, quando a pessoa faz alguma força, quando
está indo para o banheiro com muita vontade de fazer xixi, ou levantando da cama de manhã.
A notícia boa é que existem diversas medidas simples que ajudam a evitar esse problema e
podem resolver a incontinência para quem já a apresenta. É sobre isso que conversaremos nas
próximas páginas.
Aqui você encontrará informações a respeito dos tipos de incontinência urinária, causas,
dicas para prevenir e para resolver esse problema.
A cartilha foi desenvolvida por enfermeiras especialistas do Instituto Fluir em parceria com
a SOBEST.
SUMÁRIO
de Urgência? .................................................................................................................... 13
Urinária? .......................................................................................................................... 16
Referências ...................................................................................................................... 26
Prevenindo e tratando a incontinência urinária feminina
O sangue que circula no corpo é filtrado rins para a bexiga, existem dois tubos finos
nos rins, o resultado disso é o que conhece- chamados de ureteres. A bexiga urinária é
mos por urina. Portanto, os rins têm a função ligada ao meio externo por um tubo chamado
de produzir urina. Para transportar a urina dos de uretra, por onde a urina é eliminada.
Rins
Ureteres
Bexiga
urinária
Uretra
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Ânus
Vagina
Assoalho
pélvico Uretra
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1. Enchimento vesical
Músculo
Detrusor
relaxado.
Contração
es ncter uretral. 2. Primeira
sensação
4. Micção Contração
assoalho
para urinar
Contração do pélvico.
Detrusor.
Relaxamento do
es ncter uretral
e do assoalho
pélvico.
3. Desejo
miccional
normal
Metade da
bexiga cheia.
Inibição
voluntária até
um momento
adequado.
Qualquer alteração nesse processo de trabalho coordenado entre bexiga e assoalho pél-
vico, leva a problemas de incontinência urinária ou retenção de urina.
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Baixa ingestão de água: quando a pessoa sensível, levando a vontade forte de urinar
ingere pouca água a urina fica concentrada, mesmo com quantidades pequenas de urina
essa condição irrita a bexiga e a deixa mais armazenada.
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Prevenindo e tratando a incontinência urinária feminina
Estresse: você já deve ter percebido emoções. Além disso, o estresse causa tensão
que se ficar muito nervosa vai ao banheiro muscular. Aquela rigidez que acontece no
mais vezes. Isso acontece porque o sistema ombro e pescoço, acontece também com o
urinário tem relação com o sistema lím- assoalho pélvico e isso aumenta a vontade
bico, que fica no cérebro e controla nossas de urinar.
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Constipação intestinal: você já viu que tensão da musculatura pélvica e pode desen-
a constipação é um fator de risco para Incon- cadear contrações da bexiga fora de hora
tinência Urinária de Esforço certo? Ela é pela presença de fezes paradas na ampola
fator de risco para Incontinência Urinária de retal (final do intestino, onde as fezes se
Urgência também. Ela pode ser causada por acumulam antes da evacuação).
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A resposta é:
SIM!!!!!
Tem como resolver e na maioria dos Vamos começar falando das mudanças
casos de um jeito simples, mudando alguns de hábitos:
hábitos e treinando a musculatura do asso-
alho pélvico.
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Como já vimos, a baixa ingestão de água cardíaca ou renal devem seguir orientações
favorece infecção urinária e intensifica a ação específicas de ingestão de volume que podem
de bebidas e alimentos irritantes. Assim, a pri- ser restritas pela sua condição de saúde.
meira forma de melhorar a saúde da bexiga é
bebendo água. A quantidade de água neces-
Um aviso: a quan dade de água necessária
sária é de 30 ml por Kg (peso) por dia. Por para o dia deverá ser consumida até duas horas
exemplo, uma pessoa com 60 Kg deverá mul- antes de dormir. Depois desse horário, deve-se
tiplicar esse valor por 30, ou seja, deveria evitar qualquer consumo, evitando assim que
tomar 1800 ml de água por dia. Podendo a bexiga encha durante a noite e te acorde com
ser necessário um volume maior se a pessoa vontade de ir ao banheiro.
for constipada. Pessoas com insuficiência
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Se você tem vontade de ir ao banheiro com Por exemplo, tire tudo o que tiver cafeína da
muita frequência ou perde urina quando está sua dieta (chá mate, chá preto, café, refrige-
com vontade, vale a pena prestar atenção se rantes de cola...), observe se melhora. Se sim,
algo que você come ou bebe em excesso está o problema era esse, você precisará controlar
sendo um problema. Uma forma de testar é a ingestão. Se não, repita com outras bebidas
parar com um possível irritante de cada vez. ou alimentos até identificar.
É considerado normal ir ao banheiro para 60, e assim até chegar no intervalo desejado,
urinar de 4 a 7 vezes ao dia, claro que se a de preferência maior de duas horas.
ingestão de líquidos for maior, essa fre-
quência pode aumentar sem que seja um Uma dica para reduzir a vontade súbita de
problema. urinar é relaxar o corpo, respirar com tranqui-
Mas se você vai ao banheiro muitas vezes lidade e fazer algumas contrações do assoalho
ao dia, com intervalos curtos e sem ter muita pélvico (puxar o ânus para dentro e relaxar).
urina a ser eliminada, você pode treinar a sua
bexiga para armazenar melhor. O planejamento urinário pode ser neces-
Anote os horários que você vai ao sário também quando acontece o contrário.
banheiro para urinar, perceba qual é o menor Pode acontecer de você se esquecer de ir
intervalo, tente aumentar aos pouquinhos, ao banheiro ou ficar postergando até não
por exemplo, se seus menores intervalos são aguentar mais. Isso não é saudável para a
de 15 minutos, tente aumentar para 30, bexiga. Então, tente não passar de três horas
quando 30 estiver fácil, aumente para 45 ou sem ir ao banheiro.
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Apesar de haver diversas medidas simples para infecção urinária e tem um tratamento
para prevenir e tratar a incontinência urinária, bem específico. Então, além das dicas que
o ideal é passar pela avaliação de um demos aqui, precisamos dizer que se você
profissional especialista na área, que fará tem infecção urinária com frequência, você
uma avaliação mais aprofundada e condu- deve procurar um profissional. Se você
zirá um tratamento individualizado. precisa fazer força para o xixi sair, se o seu
Esse profissional poderá ser um enfer- jato de urina é fraco ou se fica com a sensa-
meiro estomaterapeuta, especialista em reabi- ção de que não esvaziou a bexiga quando
litação, uroginecologia ou saúde da mulher, termina de urinar, fique atento. Você pode
um médico urologista ou ginecologista, um estar fazendo retenção urinária!
fisioterapeuta pélvico ou outras especiali- Algumas doenças aumentam o risco de
dades com conhecimento e experiência na incontinência por interferirem em alguma
área. fase do processo miccional, alguns exemplos
Além da incontinência, alterações na são Diabetes Mellitus, problemas cerebrais
bexiga ou no assoalho pélvico podem causar como acidente vascular encefálico (derrame)
retenção urinária, a retenção é um risco alto ou doenças como Parkinson ou Alzheimer.
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REFERÊNCIAS
CACCIARIA, L. P., DUMOULINA, C., HAY-SMITHC, E. J. Pelvic floor muscle training versus no
treatment, or inactive control treatments, for urinary incontinence in women: a cochrane systematic review
abridged republication. Brazilian Journal of Physical Therapy. 2019; 23(2):93-107.
MILLER, J. M., HAWTHORNE, K. M., PARK, L, TOLBERT, M., BIES, K., GARCIA, C.,
MISIUNAS, R., NEWHOUSE, W., SMITH, A. R. Self-Perceived Improvement in Bladder Health
After Viewing a Novel Tutorial on Knack Use: A Randomized Controlled Trial Pilot Study. Journal
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SCHIMPF, M. O., SMITH, A. R., MILLER, J. M. Fluids affecting bladder urgency and lower urinary
symptoms (FABULUS): methods and protocol for a randomized controlled trial. International
Urogynecology Journal. 2020; 31:1033-40.
WANA, X., WUC, C., XUA, D., HUANGA, L., WNAGA, K. Toileting behaviours and lower
urinary tract symptoms among female nurses: A cross-sectional questionnaire survey. International
Journal of Nursing Studies. 2017; 65: 1-7.
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