Apostila Instrumentação Cirúrgica 1.1
Apostila Instrumentação Cirúrgica 1.1
Apostila Instrumentação Cirúrgica 1.1
SUMÁRIO
—História da Instrumentação Cirúrgica
HISTÓRIA
evolução cirúrgica, isto é, tempos cirúrgicos, materiais para cada especialidade entre
outras atividades cirúrgicas. Na Batalha de Solferino, onde podemos destacar Jean
POSICIONAMENTO E ÉTICA
DO INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO
O profissional em Instrumentação Cirúrgica tem a função de extrema importância para
o bom desempenho do ato cirúrgico. É de responsabilidade do Instrumentador:
arrumar, controlar, organizar, fornecer os instrumentais e materiais auxiliando todo o
trabalho da equipe, beneficiando o paciente ao reduzir o tempo cirúrgico, diminuindo
os índices de contaminação e de infecções. Deve ter a disposição do instrumental e
não perder de vista instrumentos que foram entregues à equipe. Isto contribuirá para
evitar erros graves.
INTRODUÇÃO
Não constitui novidade para os organizadores e administradores de hospitais o fato
de ser o Centro Cirúrgico uma das unidades de planejamento mais difícil e que mais
discussões suscitam quando se procura organizar ou remodelar esse setor. Costuma-
se referir a essa dependência tão importante do conjunto hospitalar como a “sala de
visita” do hospital. Infelizmente o planejamento inicial do Centro Cirúrgico nem sempre
tem merecido a atenção. Como consequência, a maioria dos Centros Cirúrgicos de
nossos hospitais precisam de remodelação para seu bom funcionamento, até mesmo
os de construção recente. Diariamente temos presenciado a demolição e substituição
de paredes, ou a construção de compartimentos adaptados para suprir falhas não
previstas no estudo original. Todos nós sabemos as dificuldades encontradas nas
adaptações e as implicações derivadas das mesmas, que nunca trazem o resultado
esperado.
LIMPEZA CONCORRENTE
É realizada diariamente, em todas as unidades dos estabelecimentos de saúde,
inclusive na presença de pacientes. Tem como objetivo remoção de sujidade, coleta
de resíduos, reposição de material e desinfecção do ambiente quando indicado.
LIMPEZA TERMINAL
Realizada no fim do dia. Limpeza geral em todas as dependências do Centro
cirúrgico, através de ficção mecânica (material, moveis, aparelhos, pisos, paredes etc)
CIRURGIAS CONTAMINADAS
Realizadas em tecidos traumatizados abertos, colonizados por floras bacterianas
abundantes. Presença de inflamação aguda. Grande contaminação a partir do tudo
digestivo ou urinário.
CIRURGIAS INFECTADAS
Realizadas em tecidos ou órgãos com processos infecciosos, em tecidos necrosados,
com corpos estranhos e em feridas de origem sujas.
ESTERILIZAÇÃO
A RDC 17 ressalta que a esterilização pode ser feita mediante a aplicação de calor
seco ou úmido, por irradiação com radiação ionizante.
A RDC 15 dispõe sobre requisitos de boas práticas para processamento de produtos
para a saúde
OBJETIVOS
– Fornecer o material esterilizado a todo hospital
– Padronizar técnicas de limpeza, preparo, acondicionamento e esterilização,
assegurando dimensionamento de recursos humanos, material e tempo
– Planejar e implementar programas de treinamento e reciclagens que atendem às
necessidades junto a educação continuada
– Promover a interação entre as áreas: expurgo, preparo, esterilização e arsenal
– Promover o compromisso e envolvimento de toda equipe com o objetivo e
finalidade de toda equipe
– Facilitar o controle de consumo, da qualidade de estoque dos artigos, das técnicas
de esterilização aumentando a segurança do uso
– Prover manutenção diária ou de acordo com as necessidades de equipamentos,
instrumentais, materiais e estrutura física da CME
ARTIGOS SEMICRÍTICOS:
São materiais que entram em contato com a pele não íntegra, ou aqueles que entram
em contato com mucosas íntegras
ARTIGOS NÃO CRÍTICAS:
São materiais destinados ao contato com a pele íntegra e também aqueles que não
entram em contato direto com o paciente.
ASSEPSIA E ANTISSEPSIA:
Ambos os termos costumam ser confundidos e, embora estejam relacionados, cada
um possui um significado distinto.
ASSEPSIA:
》pele, mucosa
HIGIENE E PROFILAXIA
A sua prática é feita por todos, que através do uso do conhecimento promovem
a saúde, evitam doenças ou incapacidades. E também, claro, prolongam a vida
pessoal ou alheia.
DEGERMAÇÃO
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Tem como finalidade a formação de uma barreira microbiológica contra
penetração de microrganismos no sítio cirúrgico do paciente, oriundos dele
mesmo, dos profissionais, materiais, equipamentos e ar ambiente.
A composição da paramentação cirúrgica é: avental cirúrgico, campos
cirúrgicos (preferencialmente impermeáveis), oleados, fronha de mayo , luvas,
gorro, propés que podem ser substituídos por calçados próprios para o centro
cirúrgico e/ou calçados impermeáveis, máscara e óculos de proteção.
– Aventais cirúrgicos são usados para evitar a transferência, por contato direto, de agentes
infecciosos da equipe cirúrgica para incisão e vice-versa.
– Campos são usados para fornecer uma área de trabalho micróbio logicamente limpa em torno
da incisão cirúrgica. Se eles delimitarem a ferida e forem rigidamente fixados à pele, também
reduzem a transferência da flora da pele do paciente para dentro da incisão cirúrgica. Campos
são também utilizados para controlar a propagação de fluídos corporais, potencialmente
contaminados, a partir da área da incisão cirúrgica.
Cirurgia.
-Imediato: Corresponde as 24
TRANSOPERATÓRIO
INTRAOPERATÓRIO
região.
Pode ser mecânica (tesouras e bisturi) ou física
visualização do mesmo.
objetivo da cirurgia.
PÓS -OPERATÓRIO
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
PREFIXOS E SUFIXOS
Seguem algumas raízes:
Oto – ouvido
Oftalmo – olho
Rino – nariz
Bléfaro – pálpebra
Adeno – glândula
Tráqueo – traquélia
Cárdia – esfíncter esôfago gástrico
Gastro – estômago
Êndero – intestino delgado
Cólon – intestino grosso
Hepato – fígado
Cole – vias biliares
Procto – reto e ânus
Espleno – baço
Láparo – parede abdominal
Nefro – rim
Pielo – pelve renal
Cisto – bexiga
Histero – útero
Salpingo – tuba uterina
Colpo – vagina
Oóforo – ovário
Orquio – testículo
Ósteo – osso
Angio – vasos sanguíneos
Flebo – veia
Otomia – Abertura de um órgão com ou sem dreno.
Stomia – Fazer cirurgicamente uma nova boca.
Ectomia – Remover um órgão.
Ráfia – Suturar ou reparar.
Pexia – Fixação de um órgão.
Scopia – Olhar o interior.
Litíase – Cálculo.
Terminologias diversas:
Enxerto – Transplante de órgãos ou tecidos.
Amputação – Operação para eliminar membro ou segmento de corpo necrosado.
Anastomose – Formação de comunicação entre órgãos ou entre vasos.
Artrodese – Fixação cirúrgica de articulação para fundir as superfícies.
“O posicionamento cirúrgico é uma arte, uma ciência e também um fator chave no desempenho do
procedimento seguro e eficiente, por meio da aplicação de conhecimentos relacionados à anatomia,
fisiologia e patologia.”
OBJETIVOS:
Oferecer exposição e acesso ótimo do local operatório
Não deve haver contato direto do paciente com partes metálicas da mesa
Uso de coxins
Equipamentos acessórios como suporte de perna, suporte de braços e suporte de pé são desenhados
para estabilizar o paciente na posição desejada e para oferecer flexibilidade no posicionamento
Treinamento da equipe
RECURSOS DE PROTEÇÃO
1. Colchonetes
1. Braçadeiras
1. Travesseiros
1. Perneiras
1. Protetores de calcâneo
POSIÇÕES CIRÚRGICAS
a) Posição supina ou decúbito dorsal
Indicada para indução anestésica geral e acesso as cavidades maiores do corpo. O paciente fica
deitado sobre o dorso, braços em posição anatômica e pernas levemente afastadas. As palmas das
mãos voltadas para o corpo. A posição da cabeça deve manter as vértebras cervicais, torácicas e
lombares numa linha reta. Os quadris paralelos. As pernas ficam paralelas e descruzadas para prevenir
traumas os nervos peroneal, tibial, atrito e comprometimento circulatório.
b) Posição prona ou decúbito ventral
Obs.:
1. necessidade de expansão pulmonar – liberação das mamas no sexo feminino – uso de coxins e
travesseiros
2. cabeça lateralizada e braços no suporte
c) Posição decúbito lateral ou de Sims
Nessa posição o paciente fica deitado sobre um dos lados, para obter seu equilíbrio pela flexão da
perna inferiormente colocada a extensão da superior, fixando-o transversalmente pelo quadril a mesa
operatória
O paciente fica deitado sobre o lado não afetado, oferecendo acesso a parte superior do tórax, na
região dos rins, na seção superior do ureter. O posicionamento das extremidades e do tronco facilita a
exposição desejada
Essa posição também permite visualizar a região dos rins, a ponte da mesa de operação é levantada
e a mesa é flexionada, de modo que as áreas entre a 12°costela e a crista ilíaca seja elevada.
d) Posição de Trendelemburg
Ocorre oferece melhor visualização dos órgãos pélvicos durante a abertura ou cirurgia laparoscópica
no abdome inferior ou pelve. Nessa posição o paciente ficará em posição dorsal com elevação da pelve
e membros inferiores, por inclinação da mesa cirúrgica, a cabeça fica mais baixa que os pés. Pode ser
utilizada também para melhorar a circulação no córtex cerebral e gânglio basal quando a PA cai
repentinamente e aumenta o fluxo sanguínea arterial para o crânio
Usada freqüentemente para oferecer acesso a cabeça e pescoço para facilitar que a força de gravidade
desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos pés. Indicada para manter as alças
intestinais na parte inferior do abdome e reduzir a pressão sanguínea. Nessa posição o paciente estará
em decúbito dorsal com elevação da cabeça e tórax e abaixamento dos MMII. Quando a modificação
desta posição é usada para cirurgia da tireóide, o pescoço pode ser hiperestendido pela elevação dos
ombros do paciente.
Indicada para exames urinários, endoscópicos , cirurgias ginecológicas por via baixa e anuretais. Essa
posição é derivada do decúbito dorsal, na qual se elevam os MMII, que ficam elevados em suportes
especiais, denominados perneiras e fixados com correias
g) Posição de Fowler Modificada
Indicada para exames urinários, endoscópicos , cirurgias ginecológicas por via baixa e anuretais.
Essa posição é derivada do decúbito dorsal, na qual se elevam os MMII, que ficam elevados em
suportes especiais, denominados perneiras e fixados com correias
TEMPOS CIRÚRGICOS
São procedimentos realizados pelo cirurgião desde o início da cirurgia ate o término.
Existem 4 tempos:
HEMOSTASIA:
É o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o sangramento, pode ser feito simultâneo
ou individualmente por meio de pinçamento ( Kelly, Halstead ou mosquito, ligadura de vasos,
eletrocoagulação ou compressão.
EXÉRESE:
SÍNTESE:
União, junção, dos tecidos, Finalidade de promover a continuidade dos tecidos para
facilitar a cicatrização. O fechamento deve ser o mais anatômico possível.(Fios,
porta-agulhas, tesoura reta)
PLANOS CIRÚRGICOS ABDOMINAIS
—Pele
—Tecido subcutâneo
—Músculo
—Peritônio parietal
—Peritônio visceral
—Órgãos
OBS: A hemostasia está presente em todos os tempos .Pode ser feita com o bisturi
elétrico ou com fio de ligadura.
SINALIZAÇÃO
Monofilamentado
Multifilamentado
Sintético
Orgânico
Mineral
Absorvível
Não Absorvível
FIOS
Exemplos :
Absorvíveis Naturais:
Catgut Simples
Catgut Cromado
Absorvíveis Sintéticos:
Vicryl (poliglactina )
Vicryl Rapid
Monocryl
PDS ( polodioxanona)
Inabsorvíveis Naturais :
Seda
Algodão
Linho
Inabsorvíveis Sintéticos :
Prolene ( polipropileno )
Mononylon
Mersilene ( polyerter)
Ethibond
CUUDADIS COM SONDAS E DRENOS NO CENTRO CIRÚRGICO
DRENOS :
Dreno de penrose
Dreno de tórax
SONDAS :
As sondas são usadas tanto em clínica médica como em centro cirúrgico com o
objetivo de : lavagem, esvaziar a cavidade , hemostasia , alimentação (clinica
médica).
CURATIVOS :
Guanabara koogan,1994.
Século XXI,2002.
de Janeiro.2ªed.EPU.1997.