Mercado
Mercado
Mercado
Preços
($)
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
2 4 6 8 10 12 14
Quantidades demandadas (mil
unidades/ano)
• ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA
• Percebemos que a quantidade demandada é sensível ao preço. Se totalizarmos as reações
de todos os consumidores a variações nos preços, perceberemos que de maneira geral a
quantidade demandada cai quando os preços aumentam. Contudo, nada nos autoriza
supor que o grau de sensibilidade da demanda ao preço é igual para qualquer produto.
• Há produtos que uma variação no preço pode ter um grande impacto na sua demanda.
Outros produtos podem ter uma sensibilidade menor ao preço, ou seja, uma variação no
preço pode ter uma impacto pequeno na demanda total.
• A essa sensibilidade da demanda ao preço de um produto, damos o nome de elaticidade-
preço da demanda.
• є = Variação percentual da quantidade demandada / Variação percentual do preço
• Suponhamos, por exemplo, que o preço de determinado bem sofra uma redução de 30%.
Caso as quantidades demandadas aumentem 30%, esse produto terá uma elaticidade-
preço unitária, ou seja, є = 1.
• Imaginemos agora uma segunda possibilidade, onde uma redução de 30% no preço de um
bem gerou um aumento de apenas 15% na demanda. Nesse caso, є = |0,5|, ou seja,
teremos o caso de uma demanda inelástica.
• Imaginemos agora uma terceira possibilidade, onde uma redução de 30% no preço de um
bem gerou um aumento de 45% na quantidade demandada. Nesse caso, є = |1,5|, ou seja,
estaríamos diante de uma demanda elástica em relação ao preço.
• Essas três possibilidades estão ilustradas nos gráficos abaixo.
Preço Preço
Quantidade Quantidade
• Cabe observar que uma mesma curva de demanda pode apresentar diferentes coeficientes
de elasticidade-preço ao longo de seu percurso.
• TIPOS DE BENS
• Bens normais → A quantidade demandada aumenta proporcionalmente a um aumento na
renda.
• Bens inferiores → A quantidade demandada diminui quando há um aumento na renda.
• Bens superiores → A quantidade demandada aumenta mais que proporcionalmente a um
aumento na renda.
• Bens necessários → A quantidade demandada aumenta em proporção menor do que o
aumento da renda.
• Substitutos perfeitos → Um aumento de preço em um bem A levará a um aumento da
demanda do bem B.
• Complementares perfeitos → Um aumento de preço em um bem A levará a uma queda na
demanda de um bem B.
• Preferência quase-lineares → Um aumento da renda não alterará em nada a demanda por
um determinado bem X.
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
2 4 6 8 10 12 14
Quantidades demandadas (mil unidades/ano)
• Dessa forma, verificamos que, assim como a demanda, a oferta se dá em função do preço,
ou seja: QO = f (P)
• ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA
• Também no caso da oferta, há diferentes graus possíveis de sensibilidade dos produtores
aos preços, sensibilidade essa chamada de elasticidade-preço da oferta. Dessa forma,
teremos que:
• η = variação percentual da quantidade ofertada / variação percentual do preço
• Suponhamos, por exemplo, que o preço de determinado bem sofra um aumento real de
30%. Caso as quantidades ofertadas também aumentem em 30%, dizemos que esse
produto tem uma elaticidade-preço da oferta unitária, ou seja, η = 1.
• Em outros casos, não sendo possível aos produtores aumentar as quantidades ofertadas na
rigorosa proporção do aumento do preço, diz-se que a oferta é inelástica. Nesse caso, 0<
η<1.
• Imaginemos agora uma terceira possibilidade, onde um aumento de 30% no preço de um
bem gerou um aumento de 45% na quantidade ofertada. Nesse caso, η = 1,5, ou seja,
estaríamos diante de uma oferta elástica em relação ao preço.
• O sinal da elasticidade-preço da oferta, contrariamente ao que ocorre no caso da
demanda, é positivo. Isso ocorre porque, em curvas típicas de oferta, os preços e as
quantidades ofertadas caminham em igual direção.
• Essas três possibilidades estão ilustradas nos gráficos abaixo.
Oferta elástica Oferta inelástica
Elasticidade-preço unitária
Preço ($)
6,50
6,00 O Preço e quantidade de
Quantidade
5,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00 2
D
4 6 equilíbrio
8 10 12 14 16 18(Mil unidades/ano)
• Os deslocamentos das curvas de demanda e oferta, a não ser que sejam simultâneos no
tempo e rigorosamente proporcionais, modificam os preços de equilíbrio, jogando-os para
mais ou para menos.
A B C D
D’ O’
P D P D P D O P D
O O O’ O
D’
Q Q Q Q
• A primeira hipótese A registra o que ocorre com o preço de equilíbrio quando a demanda
se expande e a oferta permanece inalterada: ocorrerá um aumento do preço e da
quantidade de equilíbrio. Exemplos clássicos são os movimentos dos preços dos peixes
durante a semana santa ou de flores no dia de finados. Os preços dos peixes e das flores
nessas situações só não se elevam para níveis ainda maiores porque os produtores
antecipam-se aos movimentos esperados e se preparam para abastecer os mercados.
• A segunda hipótese, B, mostra que uma retração da demanda, permanecendo a oferta
inalterada, levará a uma queda do preço e da quantidade de equilíbrio do mercado. Por
exemplo, nos estádios de futebol, bandeiras, bonés e camisetas com as cores e o logotipo
do time perdedor são vendidas por preços mais baixos após os jogos.
• A terceira hipótese, C, mostra que, mantendo-se inalterada a demanda, uma expansão da
oferta levará a um aumento da quantidade de equilibro e a uma queda nos preços de
equilíbrio do mercado. O exemplo clássico dessa situação é o da expansão da oferta de
produtos agrícolas perecíveis em época de safra.
• A quarta hipótese, D, mostra que, mantendo-se inalterada a demanda, uma retração na
oferta levará a uma diminuição da quantidade de equilíbrio e um aumento do preço de
equilíbrio no mercado.Um exemplo seria o caso de períodos prolongados de seca que
inevitavelmente afeta as pastagens. Nesse caso, a oferta de boi gordo diminui, elevando a
cotação do produto.
• A Elasticidade e a Intensidade dos Movimentos
• Como regra admite-se que quanto menos elásticas forem as curvas tanto mais intensas
serão as flutuações dos preços resultantes de aumentos ou reduções da oferta e da
demanda. D
A B C
D O
O O O
P O’ P D O’ P D O’ P O’
D
Q Q Q Q
• Em A, com uma curva de demanda perfeitamente elástica, não se registram modificações
nos preços em decorrência de aumentos ou reduções da oferta. Nesse caso, o consumidor
está disposto a pagar um único preço, qualquer que seja a quantidade ofertada.
• Em D, contrariamente, teremos uma curva de demanda perfeitamente inelástica. Nesse
caso, quaisquer alterações na oferta provocam bruscas modificações nos preços, dado que
a quantidade demandada será a mesma, independentemente do preço. Nesse caso,
portanto, a quantidade ofertada será determinante para a determinação do preço.
• Nos dois outros casos, veremos que a intensidade de variação nos preços em virtude de
uma variação na oferta é relativamente menor em B do que em C. Isso se deve ao fato de,
no caso B, a demanda ser mais elástica (e portanto mais sensível a variações no preço)
que no caso C.
A B C D
D’ D’ D’ D’
P D P D P D P D
Q Q Q Q
• Idênticas observações são também validas quando consideramos os graus da elasticidade-
preço da oferta.