UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL

Fichamento do Texto: Relações entre conteúdos de ensino e nos

processos de pensamentos

Curso: Ciências Biológicas

Disciplina: Metodologia do Ensino de Ciências e Biologia

Professor Responsável: Profa. Dra. Rosemary Rodrigues de Oliveira

Discentes: Daniel Pereira MarquesDPM

2021

Jaboticabal

Daniel, o fichamento sempre se inicia com a referência do texto de acordo

com a norma da ABNT.

No livro (que é a referência que vc usou) a primeira autora é a Lígia Márcia

Martins e o segundo autor é o Angelo Antonio Abrantes. É necessário colocar o
nome dos dois na referência. Como é um capítulo de livro se faz necessário além de
citar o nome da Organizadora, que é a Sheila Zambelo Pinho, colocar em negrito o
título do livro (antes dos dois pontos). Veja abaixo o modo correto de fazer essa
citação de capítulo de livro de acordo com as normas da ABNT:

Autor, título da parte, subtítulo (se houver), seguidos da expressão “In:” e da

referência completa da publicação, número de páginas ou volume.

Ou seja, o modo correto de fazer a citação é:

MARTINS, L. M.; ABRANTES, A. A. Relações entre conteúdos de ensino e

processos de pensamento. In: PINHO, S. Z. (Org.). Oficinas de estudos
pedagógicos: reflexões sobre a prática do ensino superior. São Paulo: Cultura
Acadêmica, 2008. p. 87-103.

Fichamento do Capítulo 5 - Relações entre conteúdos de ensino e nos

processos de pensamentos

Daniel, penso que seria produtivo você apresentar nessa breve introdução
sobre que o exatamente fala o texto... e, na sequencia, seguir a organização dos
tópicos do texto em seu fichamento. Digo isso porque esse texto, em espacial, não é
simples. Ele possui muitos conceitos abstratos e quanto Mais vc o organizar no
fichamento, menor a possibilidade de vc se perder.

Você poderia ter escrito uma breve introdução da seguinte maneira:

O texto inicia com uma apresentação (um panorama) sobre o assunto que
será tratado na obra. A primeira reflexão que é proposta pelos autores diz respeito
ao papel da escola na vida dos alunos. Para essa reflexão, os autores apontam que
a educação teria por objetivo transferir o conhecimento, que os autores definem
como as conquistas científicas e culturais, aos sujeitos. E dessa forma, à medida
que o aluno se apropria desse saber historicamente acumulado, isso lhe possibilita,
como explicitado pelos autores, o desenvolvimento máximo das capacidades
intelectuais (faculdades psíquicas humanas superiores). Esse desenvolvimento só
acontece, segundo Martins e Abrantes, quando há passagem do pensamento
empírico para o pensamento crítico (teórico). Porém, a passagem de um estilo de
pensamento para o outro não ocorre de forma arbitrária pelos alunos, mais sim de
uma maneira planejada pelo docente, possibilitando a apropriação do conhecimento
historicamente acumulado. Os autores se ancoram na teoria histórico-cultural de
Vigotski para desenvolver seus argumentos a esse respeito, e tecem críticas
contundentes às teorias ditas “construtivistas” e comportamentais.

O texto inicia comentando sobre o papel da educação escolar que por sua vez
afirmando que deve ser aquela de apresentar todo os aspectos científicos e culturais
para àas novas gerações, no intuito de que esses indivíduos tenham o
desenvolvimento desenvolvam dos processos mentais de apropriação dos
conteúdos, bem como das habilidades operacionais contidas em cada habilidade
psíquica.

A partir deste papel que da escola tende a fazer, o educador terá um papel
fundamental para com o objetivo educacional, uma vez que o mesmo, em conjunto
com o aluno, promoverá o desenvolvimento intelectual do educando bem como a
apropriação dos conteúdos, auxiliando os estudantes a tornando-os rem-seem seres
autônomos e críticos com a realidade da atual sociedade.

Em conjunto com esses aspectos, a forma educativa utilizada se torna como

crucial pois a partir dela, em adição com os indivíduos, ocorrerá o desenvolvimento
das capacidades educacionais. Tendo visto que essas capacidades são
desenvolvidas através de um processo evolutivo por meio da realização de
atividades, prática ou teoria.

Apresentado estaApós breve introdução, o textotextos autores afirmam que o

texto está sua estruturadoção será apresentada da seguinte formaem quatro pontos
principais:

A) apresentação crítica der 2 enfoques explicativos para a relação entre

aprendizagem e desenvolvimento, com enfoque especial para seus posicionamentos
teóricos e práticos.
 B) retormnadar com de conceitos fundamentais da Psicologia histórico-
cultural, com a intenção de para demonstrar a contradição que se constitui entre os
processos de aprendizagem e desenvolvimento, afirmando a importância do ensino
para determinar o desenvolvimento individual.

C) desenvolvimentoer de reflexões sobre os processos de pensamento, bem

como eles os mesmos se relacionam com a realidade, seja esse pensamento
empírico ou teórico, destacando. Tendo o pensamento empírico com algo aquele
que deve a ser superado pelo mais elaborado, o teórico, pois este possui uma
relação com a realidade mais aprofundada através das abstrações/reflexões.

D) finalizaçãor do texto retomando ostrazendo aqueles objetivos

apresentados inicialmente, a saber, a função que da escola e os educadores têm
como função, destacando o processo de superação de uma base conteudista
afastada da realidade, para aquela em que se tem uma real assimilação e
dominação das habilidades compreendidas por meio do pensamento
teóricoapresentadas para uma real utilização em sua realidade. Obs: Tenho
uma sensação de que pedirá para eu reescrever essa última parte

A) Desenvolvimento e aprendizagem: posicionamentos teóricos no campo

educacional

A história da psicologia e da pedagogia demandaram muito esforço no que

tange àsapresentando diversas visões sobre como o desenvolvimento psíquico e
educação escolar se relacionam. Martins; Abrantes (2008) Tendo assim uma
sintetizamção dessas visões em três principais orientações de pensamento.

1- O desenvolvimento ocorre independentemente dos processos de ensino-

aprendizagem,. tendo o desenvolvimento como algo de ocorrência natural das
etapas mentais, e a aprendizagem é dependente dessa maturação do
desenvolvimento individual.

Os autores referem que Tendo esta visão tem uma influência grande na
estruturação serial escolar e campo pedagógico atual, de acordo com os autores.
“Nesta perspectiva, o desenvolvimento psíquico se realiza atendendo a leis próprias,
influenciando-se apenas secundariamente pela educação” (MARTINS; &
ABRANTES, 2008, p.), em outras palavras, nessa orientação de pensamento o
indivíduo tem atribuição de suas faculdades mentais através do seu
desenvolvimento biológico e a educação escolar é só para deixar claro o que o aluno
é capaz de dominar.

Em conjunto com estaNesta perspectiva, dá-se a função de o professor tende

a se sentir como algo impotente, pois para os alunos que não dominaram o
conteúdo nada pode ser-se feito,azer tornando frases como “a minha parte que era
apresentar o conteúdo, eu fiz. Agora vocês aprenderem aí é com vocês”, cada vez
mais comunsm.

E assim, como nos traz um autorAlessandra (Arce, (2000), nessa orientação

de pensamento que o processo de aprendizagem é uma construção individual
ocorrido pelo do próprio indivíduo por meio de suas “representações internas
próprias”,. E assim atribuindo-se o fracasso, ou sucesso escolar, aos alunos a pelos
partir dos seus contextos sociais aos quais estão inseridos.

Saviani (2000) citado por Martins; Abrantes (2008) destaca que,E com esses
ideais presentes, ndentro do planejamento educacional, se dá a preferência à forma
secundarizando-se ao conteúdo frente e a forma como é apresentado. Tendo oO
foco educacional e centra naquilo que é imediatamente apresentado e experienciado
pelo aluno,. o que compromete aquilo que Saviani denomina comoà “cultura
pedagógica” (SAVIANI, 2000). Para o autor, pois esta cultura só ocorre a partir da
ação em conjunto dos saberes científicos, conteúdo e forma pelo qual o processo
ensino-aprendizagem ocorre.

2-A aprendizagem e desenvolvimento são sinonímias. Tendo o

desenvolvimento ocorrendo em paralelo com a aprendizagem, sendo ambas
indissociáveis.

A aprendizagem nesta ideia tem uma ação de organização das ações e

reações, apropriação de comportamentos para sua complexificação ou substituição
de processos inatos. Levando assim ao principal objetivo do ensino que é a
obtenção de atitudes, hábitos e habilidades.

(Com processos inatos ele se refere às atitudes imprudentes ou

irracionais?)

Origina-se assim a pedagogia tecnicista que, para Saviani (1984), utiliza

teorias psicológicas e engenharia comportamental, ergonomia e cibernética, que têm
em comum a inspiração filosófica neopositivista e funcionalista neles presentes.
Esses aspectos são retomados através da pedagogia das competências, quem
vemndo a educação como um ambiente para a construção de qualidades ou
competências que serão desenvolvidas pelo indivíduo através do que ele faz. Tendo
essa construção realizada através de resoluções e vivêencia de situações
problemas.

(Essa inspiração neopositivista seria a utilização da metodologia

científica para se ensinar? – No caso levantamento de hipótese e realização
de experimentos ou é no sentido de criar-se uma única linguagem científica
que seria somente a lógica e a utilização de tudo aquilo que não seria
científico ou lógico seria ilegitimado? - como a imaginação, surrealismo) – me
lembra bastante como a educação ocorre na faculdade. Sim, também pode
ser compreendido dessa forma.  A principal crítica contida nessas duas
orientações de pensamento é que ambas são alienantes. Como para os a
Lígia e o Ângelo elas são marcadamente de origem liberal, positivista, elas
não possuem a função de libertar o sujeito, de ensiná-lo a pensar e a
questionar. A função da educação nessa orientação de pensamento é
meramente instrumental.

Na primeira orientação de pensamento o teórico criticado foi Piaget, nessa

segunda orientação de pensamento o teórico criticado é Skinner.
Para Skinner, o ensino é um processo de comportamento através do uso de
reforçamento das respostas que se quer obter. O bom ensino para essa
corrente de pensamento depende da organização e das condições
estimuladoras de modo que o aluno saia da aprendizagem diferente de como
entrou.

O objetivo é o estudo científico do comportamento (página 90 terceiro

parágrafo, segunda linha); descobrir as leis naturais que presidem as relações
físicas do organismo que aprende a fim de aumentar o controle das variáveis
que o afetam.
Na Pedagogia Liberal a escola tem como função, preparar os indivíduos para
o desempenho de seus papéis sociais e sempre de acordo com as aptidões
de cada um. Foi introduzida no Brasil, entre 1960 e 70. O homem é
considerado o produto do meio, a sua consciência é formada pelas suas
relações com os outros.

Na escola o objetivo era adequar o sistema educacional as propostas

econômicas e políticas, que na época (décadas de 1960 e 70) era o regime
militar, preparando-os para a mão-de-obra, para o mercado de trabalho.
Adequando as exigências da sociedade industrial e tecnológica, preparando o
indivíduo para o mercado, onde é valorizada a tecnologia e não o professor.
O professor é somente um elo entre os ensinamentos e o aluno.

E por fim a terceira tese, (página 91 segundo parágrafo, quarta linha em

 diante). Daí para a frente os autos irão explicar Vigotski. O que é
aprendizagem para ele. A aprendizagem não é, em si mesma,
desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem da criança
conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de
desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem a
aprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente
necessário e universal, para que se desenvolvam na criança essas
características humanas não naturais, mas formadas historicamente. Para
Vigotski: “De fato, aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados
desde o primeiro dia de vida da criança”

Alguns autores chamaram atenção para uma dupla face deste modelo
educacional, que por um lado tem a construção de conhecimentos através da prática
social e por outro, tem a base destes conhecimentos nas práticas de valores do
mercado, em outras palavras reforça os valores neoliberalistas e meritocrático,
incentivando a competição e mascarando as desigualdades sociais. Tendo assim
esses mesmos autores afirmam que o modelo, caso não negue essas práticas
valorativas do mercado contemporâneo, se torna incoerente com o ideal
humanizador da educação.

Ambos os modelos acreditam no desenvolvimento como sendo algo natural

que é condicionado diretamente pelo sistema nervoso, sendo assim a aprendizagem
se torna algo inato à individualidade do aluno e suas características inatas agem em
conjunto com os estímulos do meio. Sendo assim o sucesso ou fracasso escolar
será determinado pelo organismo ou ao psiquismo do indivíduo, livrando assim o
professor de análises mais profundadas sobre o desenvolvimento de ensino-
aprendizagem e ao psiquismo.

Os autores referem que Sendo assim é importante procurar uma

compreensão sobre os aspectos do psiquismo e do substrato orgânico no intuito de
compreendêe-los em sua singularidade e seu dinamismo,. levando-nos ao terceiro
modo explicativo para entender a relação entre aprendizagem e o desenvolvimento
em si representado pela psicologia histórico-cultural e baseando-se principalmente
nas reflexões desta representação.

B) Desenvolvimento e Aprendizagem como unidade contraditória: psicologia

histórico-cultural e gênese do psiquismo
tendo como principal representante Vigotski, houve um desenvolvimento na
psicologia mais especificamente na área do materialismo histórico- dialético e
compreensão do psiquismo em seu desenvolvimento, do qual essa teoria acredita
que os determinantes para o desenvolvimento psíquico de um indivíduo dependem
da cultura histórica constituída.

Esta dependência fundamenta essa teoria vigotskiana, sendo assim a partir

das atividades do indivíduo com o meio externo, denominando como processo
interpsíquico, e o meio interno, como processo intrapsíquico, e a interação entre
esses 2 processos, ou seja, quando o processo interpsíquico se torna intrapsíquico
ocorrendo assim a internalização. Esta por sua vez ocorre quando o indivíduo tem a
apropriação dos signos que transparecem a cultura humana da qual o mesmo está
inserido, deixando-o com a possibilidade de recriar mentalmente aspectos de sua
realidade, levando em consideração as exigências sócio-histórica da sociedade e
também com subjetividade do indivíduo para assim se desenvolver.

A dialética desta teoria vem por meio da compreensão histórica social das
propriedades do ser humano, ou seja, a dialética se fundamenta através das
relações do indivíduo com sua própria subjetiva em conjunto aos seus quereres bem
como a relação do indivíduo com o meio social e suas exigências. E a partir da
experimentação dessas inter-relações que o indivíduo adquire uma melhor
compreensão do mundo, através de processos mentais mais complexos, ao
conseguir essa complexidade o indivíduo adquire, o que Vigotski chama como,
funções psicológicas superiores ou processos mentais superiores.

Os processos mentais superiores são frutos, através da complexidade, dos

processos intrapsíquico e interespecífico e, como o 1° acontece através da
internalização do 2°, não podemos considerar esses processos superiores como
algo inato, estático, subjetivista ou a-histórico, uma vez que depende da relação do
indivíduo com o ambiente externo levando em consideração o aspecto político-
econômico, não somente do indivíduo isoladamente. Sendo assim as funções
psicológicas superiores só ocorrem a partir do momento que o indivíduo consegue
se apropriar dos conhecimentos, atitudes e ações elaborado historicamente pela
raça humana.

A compreensão do processo de desenvolvimento, para Vigotsky, se dá

através de 2 esferas: experiência que o indivíduo carrega através de outros
momentos em sua vida (denominado como desenvolvimento eafetivo ou real) e pelo
que ele está a experimentar e ainda não foi apropriado pelo indivíduo (denominado
como desenvolvimento potencial).

Através dessas informações, percebe-se a estreita relação entre o

desenvolvimento psíquico e os sistemas de ensino, uma vez que é lá será o principal
lugar onde ele procurará condições de se apropriar do conhecimento humano
sintetizado e suas relações interpessoais.

C) A educação torna-se parte do desenvolvimento, para que projete os

indivíduos àa serem criativos e com processos mentais superiores complexoas,
atuando, através de suas ações de ensino, construir um modo dos indivíduos se
relacionar com o mundo exterior.

O conhecimento resultante da atividade do conhecimento, no qual a ideia

desempenha um papel importante, deve coincidir em conteúdo com a realidade
objetiva que se encontra fora dele e, depois de concretizado na prática, deve levar
ao surgimento de um novo mundo de objetos e relacionamentos. Portanto, é
necessário considerar o movimento de transformação de um conjunto de princípios
historicamente sistematizados, das leis de movimento da realidade, em processos
psicológicos de orientação do pensamento. Para desenvolver uma reflexão sobre o
processo de desenvolvimento do pensamento, nós voltamos para a diferença entre o
que chamou de pensamento empírico e teórico, afirmando que este último permite
uma maior aproximação da verdade da realidade objetiva.

As representações criadas por meio da atividade prática criam as condições

para realizar o que chamamos de pensamento, uma função psicológica que usa as
palavras do denominador para generalizar na forma de julgamentos que são usados
no raciocínio. O pensamento empírico consiste nesse processo, que transforma as
imagens captadas pelos sentidos em expressão verbal. A ideia dessa qualidade é
derivada diretamente da atividade sensorial das pessoas em relação aos objetos da
realidade e, como forma primária de pensamento, tem um caráter empírico direto,
embora seja necessariamente realizada por meio da expressão verbal. O
pensamento empírico leva ao conhecimento do imediato na realidade, revelando
aspectos que se expressam pela categoria da existência contemporânea.

Embora existam muitas possibilidades de pensamento empírico, não basta

compreender a realidade em suas múltiplas definições, para isso é necessário
considerar as características do pensamento teórico, que não se distinguem dos
momentos da realidade. Analisar e distinguir a realidade, mas não se limita a eles.
Sentido e razão não são dois processos separados na construção do conhecimento
da realidade, eles são momentos do mesmo processo e estão permanentemente
envolvidos no processo de perceber a realidade. Os conceitos são criações
históricas da sociedade que existem objetivamente na forma da atividade humana e
nos resultados obtidos a partir dessa atividade. «O conceito como norma de trabalho
dos comportamentos individuais no ensino básico em relação às suas várias
manifestações concretas.

Os indivíduos apreendem conceitos antes de aprender como agir em

realidades empíricas. Por um lado, é dado ao indivíduo como um teste, o resultado
da experiência humana de cristalização, por outro lado é o resultado, aparece em
segundo lugar se considerarmos a atividade produtiva de toda a humanidade.

Inicialmente, o conhecimento baseado na atividade do conhecimento separa e

fixa os aspectos da realidade em suas relações externas, como as relações
consideradas isoladas, independentemente de participar de um sistema maior que
se baseia em outras coisas para gerar outras simultaneamente. No pensamento
teórico, uma coisa aparece como manifestação de outra em um determinado todo, e
não como realidade autônoma. A passagem de uma coisa à outra, superando a
especificidade de uma coisa em sua transformação em outra, é o conteúdo do
pensamento teórico. Em outras palavras, podemos afirmar que a ideia teórica busca
penetrar nas relações internas do material, que toma por objeto, incluindo aspectos
que não podem ser observados na existência observável.

O pensamento teórico, ao representar o concreto como algo em formação,

pode atingir a complexidade das manifestações do todo, reproduzir o processo de
desenvolvimento e formação do sistema que integra o objeto de pensamento,
expressando as cadeias, as leis e as necessidades das coisas singulares em
relação ao universal. Tendo em vista as necessidades práticas do ser humano
diante de uma realidade que merece ser transformada, consideramos a educação do
pensamento um aspecto importante do desenvolvimento do psiquismo, a ser tomado
como objeto de reflexão.

D) A questão inicial que foi colocada a desenvolver as capacidades

intelectuais dos alunos durante o processo de aquisição de conhecimentos para que
os conhecimentos adquiridos possam ser utilizados com sucesso e funcionem como
mediadores da relação entre os indivíduos e a realidade. Já foi considerado que
essa tarefa não pode se basear na perspectiva de que é necessário primeiro
desenvolver habilidades para desprovidas de conteúdo, para que depois, com uma
ideia desenvolvida até determinado nível, possa ocorrer a aprendizagem. É claro
que a superação desejada não pode ocorrer de forma espontânea, mas apenas por
meio da organização planejada do ensino, que permite aos indivíduos adaptarem o
conteúdo histórico expresso em termos.

Esse planejamento deve levar em consideração os diferentes níveis de

desenvolvimento propostos por Vigotski, pois se os alunos são obrigados a se
relacionar com o conteúdo do ensino apenas uma interpretação superficial do objeto
de pensamento, ou se a educação é vazia de conteúdo conceitual e limitada à
prática empírica, esses indivíduos podem desenvolver apenas o pensamento
empírico.

Esse nível de desenvolvimento não será alcançado por meio de

aprendizagens adquiridas isoladamente, mas por meio de um conjunto de
aprendizagens que se acumulam. No processo em que conhecimentos mais
complexos vão sendo construídos sobre os fundamentos mais simples, até o ponto
em que ocorre uma transformação qualitativa na relação do aluno com a realidade,
que é mediada pelo pensamento teórico.

Neste sentido podemos afirmar que a prática é superior ao conhecimento

teórico, não apenas porque possui a vantagem da realidade imediata, mas porque
nela o conhecimento empírico e teórico se relacionam organicamente, constituem-se
como unidade entre o conhecimento e a realidade imediata.
 Referências Bibliográficas

PINHO, S. Z. et al. Oficinas de estudos pedagógicos : reflexão sobre a prática

do Ensino Superior . – São Paulo : Cultura Acadêmica : Universidade Estadual
Paulista, Pró- Reitoria de Graduação, 2008.