Duarte, Rosalia Reflexões Sobre o Trabalho de Campo
Duarte, Rosalia Reflexões Sobre o Trabalho de Campo
Duarte, Rosalia Reflexões Sobre o Trabalho de Campo
ROSÁLIA DUARTE
Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
rosalia@edu.puc-rio.br
RESUMO
Este trabalho discute algumas das dificuldades mais freqüentemente enfrentadas por pesqui-
sadores em trabalhos de campo, no que diz respeito ao uso de metodologias de base qua-
litativa. Procura-se apresentar, no decorrer do texto, problemas que envolvem, por exem-
plo, a delimitação do universo de pesquisa, a definição de critérios para a seleção dos sujeitos
a serem entrevistados, elaboração de roteiros de entrevistas e sua realização, organização e
análise de dados qualitativos, entre outros, visando contribuir com as discussões relativas à
adoção desse tipo de metodologia no campo educacional.
PESQUISA QUALITATIVA – TRABALHO DE CAMPO – PESQUISA ETNOGRÁFICA –
METODOLOGIA DE PESQUISA
ABSTRACT
1. Essa pesquisa não foi publicada até o presente momento em razão de divergências surgidas
entre os financiadores ao final de sua elaboração. O acesso a cópias somente é permitido na
Biblioteca do Centro Nacional de Cinematografia da França e foi lá que obtive, do diretor
geral da biblioteca, o exemplar de que disponho. Em muitos momentos da pesquisa busquei
referências nos resultados obtidos naquela investigação, com os quais procurei estabelecer
algum nível de diálogo.
2. De acordo com Bott (1976), o conceito de rede tem sido usado com tantos fins que se
tornou difícil adotar universalmente qualquer conjunto de definições ou mesmo alcançar o
sentido para o qual demonstra maior utilidade. Portanto, adverte o autor, é preciso esclare-
cer, em cada estudo empírico, de que maneira e em que perspectiva pretende-se adotá-lo.
Nessa pesquisa, o conceito de rede tem como referência a concepção adotada por Bott: “a
rede é definida como todas ou algumas unidades sociais (indivíduos ou grupos) com as quais
um indivíduo particular ou um grupo está em contato” (p. 299). Trata-se, aqui, de uma “rede
pessoal” na qual existe um ego focal que está em contato direto ou indireto (através de seus
inter-relacionamentos) com qualquer outra pessoa situada dentro da rede (p. 300-302).
SITUAÇÃO DE CONTATO
4. Vale lembrar que, em se tratando de entrevistas de uma hora e meia a duas horas de dura-
ção, deve-se esperar um certo nível de ansiedade por parte do entrevistado no que diz
respeito ao tempo.
A REALIZAÇÃO DE ENTREVISTAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMARGO, A. Os Usos da história oral e da história de vida: trabalhando com elites políti-
cas. Revista de Ciências Sociais, v. 27, n. 1, p. 5-28, 1984.
CIPRIANI, R. Biografia e cultura: da religião à política. In: VON SIMSON, O. M. (org. e intr.).
In: Experimentos com histórias de vida (Itália-Brasil). São Paulo: Vértice, Editora Revista dos
Tribunais, Enciclopédia Aberta de Ciências Sociais; v. 5, 1988. p. 106-42.