I-16-PM - 3 Edição Bol G PM 101 - 21
I-16-PM - 3 Edição Bol G PM 101 - 21
I-16-PM - 3 Edição Bol G PM 101 - 21
DA
POLÍCIA MILITAR
2013
I-16-PM
DA
POLÍCIA MILITAR
3ª edição
Publicada anexo ao Bol G PM 149, de 09AGO13
(NR dada pela Portaria PM1-011/02/15, publicada no Bol G PM 05/16, Portaria CMT G PM1-18/02/17, de
29JUN17, publicada no Bol G PM 125/17, Portaria CMT G PM1-3/02/18, de 13MAR18, publicada no Bol
G PM 064/18, Porta CMT G CORREGPM-1/360/18, de 21MAI18, publicada no Bol G PM 98/18, Portaria
CMT G CORREGPM-3/360/18, de 26JUN18, publicada no Bol G PM 118/18, Portaria PM1-13/02/18,
publicada no Bol G PM 217/18, Bol G PM 041/19 e Portaria do Cmt G PM1- 2/02/21, de 24MAI21,
publicada no Bol G PM 101/21)
-2-
ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMANDO GERAL
PORTARIA Nº PM1-000/04/13
1. O Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, nos termos do Artigo 19, I, do
Regulamento Geral da Polícia Militar, aprovado pelo Decreto nº 7.290, de 15 de dezembro de 1975,
aprova as I-16-PM – Instruções para o Processo Administrativo da Polícia Militar – 3ª edição, autoriza
sua publicação anexo ao Boletim Geral PM e sua divulgação pela intranet da Instituição.
2. Estas Instruções entram em vigor 30 (trinta) dias a contar da data de sua publicação, revogando-se
as disposições em contrário.
“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa Humana”
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
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INSTRUÇÕES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DA POLÍCIA MILITAR
TÍTULO I
PARTE GERAL
CAPÍTULO I
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E DA SUA APLICAÇÃO
Ato normativo interno
Artigo 3º - As normas destas Instruções e as utilizadas por analogia deverão ser interpretadas,
segundo:
I – os princípios do direito administrativo;
II – a desigualdade jurídica entre a administração e o administrado;
III – a necessidade de poderes discricionários para a administração atender ao interesse público;
IV – a presunção de legitimidade dos atos da administração.
Os casos omissos
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CAPÍTULO II
DA RESPONSABILIDADE
Tríplice responsabilidade
Artigo 5º - O militar do Estado que pratica ato irregular responde administrativa, penal ou civilmente,
isolada ou cumulativamente.
Dever de representar
Artigo 6º - É dever de todo policial militar comunicar formalmente aos seus superiores e às
autoridades competentes os atos ou fatos irregulares que tenha conhecimento.
Parágrafo único – A comunicação de transgressão disciplinar ou a representação devem observar
os preceitos da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM).
CAPÍTULO III
DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS
Seção I -
Artigo 7º - São autoridades com competência disciplinar as relacionadas no Artigo 31, observados os
limites de competência previstos no Artigo 32, ambos da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM).
Decisão do processo
Artigo 8º - A autoridade responsável pelo processo motivará a decisão, que deverá decorrer
logicamente das provas constantes dos autos, dos preceitos legais e dos valores e deveres éticos
estipulados na Lei Complementar n° 893/01 (RDPM).
Autoridade instauradora
Presidente do processo
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§ 3º - Não se admite a nomeação ad hoc de membro do conselho de disciplina ou do presidente do
processo administrativo disciplinar para a realização de qualquer ato do processo regular, exceto para o
escrivão.
§ 4º - Os conselhos de disciplina somente realizarão audiências se estiver presente a totalidade de
seus membros.
§ 5º- Fundado em motivos relevantes poderá a autoridade instauradora substituir, por despacho, que
deverá constar dos autos, os membros do conselho de disciplina, bem como o presidente do processo
administrativo disciplinar.
§ 6º - A autoridade instauradora deverá nomear na Portaria, um Oficial suplente do mesmo posto que
o presidente do Conselho de Disciplina ou do Processo Administrativo Disciplinar.
Seção II -
-9-
Alteração da competência
§ 7º - A competência se firma no momento da instauração do processo regular, sendo irrelevante
qualquer alteração de fato que possa modificar a subordinação hierárquica-funcional entre a autoridade
instauradora e o policial militar acusado.
Seção III -
Artigo 13 – O processo regular contra Oficial, previsto nos Artigos 73 a 75 da Lei Complementar nº
893/01 (RDPM), é instaurado e decidido pelo Secretário da Segurança Pública.
CAPÍTULO IV
DOS AUXILIARES E PARTES DO PROCESSO
Seção I
Dos Auxiliares do presidente
Auxiliares
Escrivão
§ 1º - O escrivão, ao assumir essa função, deverá prestar o compromisso de bem e fielmente cumprir
as normas relativas ao processo e de manter o seu sigilo.
§ 2º - Havendo motivo relevante, o presidente do processo administrativo poderá substituir o escrivão
nomeado na forma deste Artigo, por simples despacho nos autos.
Investigadores
Seção II -
Dos Peritos
Perícia por médico da Polícia Militar
- 10 -
§ 1º - Os laudos de sanidade mental e demais perícias médicas serão realizadas por médico que atue
em órgão de saúde da Polícia Militar, sendo desnecessária sua específica nomeação pelo presidente do
processo regular.
§ 2º - Todas as declarações sobre a sanidade física e mental são de atribuição de médico que atue
na Polícia Militar.
§ 3º - Para o perito são aplicadas, subsidiariamente, as disposições contidas nos Artigos 47 a 53 do
CPPM.
Seção III -
Do Acusador
Artigo 18 – O acusador é a autoridade administrativa definida no procedimento específico, cabendo-
lhe configurar o ato censurável cometido e a correspondente norma legal infringida.
Seção IV -
Do Acusado e defensor
Defensor
Artigo 19 – O acusado poderá constituir defensor no processo regular e, na falta deste, o presidente
do processo nomeará militar do Estado bacharel em direito para exercer essa função.
Artigo 19 – O acusado poderá constituir defensor no processo regular e, na falta deste, o presidente
do processo nomeará Oficial, Praça Especial, Subtenente ou Sargento, desde que bacharel em direito,
observadas as regras de hierarquia em relação ao acusado. (NR dada pela Portaria CMT G PM1-
18/02/17, de 29JUN17, publicada no Bol G PM 125/17)
Artigo 19 – O acusado poderá constituir defensor no processo regular e, na falta deste, o presidente
do processo nomeará Oficial, Praça Especial, Subtenente ou Sargento, observadas as regras de
hierarquia em relação ao acusado. (NR dada pela Portaria CMT G PM1-3/02/18, de 13MAR18, publicada
no Bol G PM 064/18)
Ausência de Procuração
§ 1º - A constituição de defensor independe de instrumento de mandado se o acusado o indicar em
qualquer das audiências, devendo tal situação ser registrada na ata da audiência.
Defesa Obrigatória
§ 2º - Nenhum acusado será processado ou julgado sem defensor.
Substituição do dativo
§ 3º - A nomeação de defensor dativo não impede que o acusado, a qualquer tempo, apresente seu
defensor constituído, sem prejuízo dos atos processuais já praticados.
Substituição por recusa
§ 4º - O presidente realizará a substituição do defensor nomeado que tenha sido recusado pelo
acusado, somente se configurado motivo relevante ou qualquer das hipóteses do Artigo 29 destas
Instruções.
Presença do defensor
Artigo 20 – O defensor, caso tenha sido constituído pelo acusado, deverá estar presente em todas
as sessões do processo.
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Não comparecimento
Artigo 21 – A audiência será adiada uma única vez se, por motivo justificado, o defensor não puder
comparecer.
§ 1º - Incumbe ao defensor justificar a ausência até 3 (três) dias antes da realização da audiência,
salvo por motivo de força maior, quando poderá fazê-lo até a abertura da audiência e, não o fazendo, o
presidente determinará o prosseguimento do processo, devendo nomear defensor ad hoc.
§ 2º - Caso se repita a falta, o presidente nomeará um defensor ad hoc, para efeito do ato.
Artigo 22 – As vistas dos autos pelo defensor será em cartório, sempre que necessária sua
manifestação, podendo ser concedida a carga dos autos nos termos da Lei nº 8.906, de 4 de julho de
1994 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil).
Devolução de documentos
Artigo 23 – Os documentos apresentados pelo defensor devem ser juntados aos autos, salvo se
impertinentes para o processo, situação em que eles serão restituídos, acompanhados de despacho
motivado do presidente.
§ 1º - No caso de devolução de documentos, cópia do despacho deve ser juntada aos autos.
§ 2º - O fornecimento de cópia dos autos ocorrerá por conta da parte interessada, observada a
legislação tributária.
Seção V -
- 12 -
Casos de suspeição do presidente
Presidente da Sindicância
Impedimentos do defensor
- 13 -
II – ser ou ter sido, nos seis meses anteriores à instauração do processo, Oficial do Setor/Seção de
Polícia Judiciária Militar e Disciplina ou Correcional de Polícia Judiciária Militar e Disciplina da unidade da
autoridade instauradora. (NR dada pela Portaria PM1-13/02/18, publicada no Bol G PM 217/18)
III – ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, até o terceiro grau da autoridade instauradora ou
de quem subscreveu o documento que deu origem ao processo.
CAPÍTULO V
DOS INCIDENTES
Conceito de incidente
Exceção
Parágrafo único – Os incidentes não suspendem o processo regular e correrão em autos apartados,
que serão apensos ao processo principal após a decisão do incidente.
Seção I
Do Incidente impeditivo de instauração do processo
Instauração e prosseguimento do processo regular
Artigo 31 – O processo terá seu prosseguimento normal ainda que o acusado se encontre afastado
do serviço por motivo de licença ou agregação.
Prosseguimento normal
Parágrafo único – O comparecimento do acusado nos atos processuais é uma faculdade, devendo,
contudo, ser intimado para todos eles.
Seção II -
Declaração espontânea
Motivação da declaração
§ 1º - O policial militar que se declarar impedido ou suspeito motivará as razões de tal ato, a não ser
que alegue razão de foro íntimo.
Questão de ordem íntima
- 14 -
§ 2º - Se a suspeição for de natureza íntima, comunicará os motivos ao presidente, ou em se tratando
deste, à autoridade instauradora, podendo fazê-lo sigilosamente.
Artigo 35 – Quando o acusado pretender recusar integrante do processo fá-lo-á em petição assinada
por ele e por seu defensor, aduzindo as razões, acompanhadas de prova documental ou do rol de
testemunhas, que não poderá exceder a duas.
Aceitação da exceção
Improcedência da arguição
Seção III -
Do Incidente de insanidade
Adoção de medidas
- 15 -
§ 1º - Instaurado o incidente, o presidente do processo, de ofício ou a requerimento do defensor,
providenciará a apresentação do acusado a órgão de saúde da Polícia Militar para a realização de
perícia médica, indicando os quesitos necessários à realização do exame.
§ 2º - Caso a perícia seja determinada de ofício pelo presidente do processo, deverá ser intimado o
defensor para que, no prazo de até 3 (três) dias, ofereça os quesitos que entenda necessários à
avaliação da imputabilidade do acusado.
§ 3º - Quando o defensor requerer a realização de perícia deverá, no ato do requerimento, apresentar
os quesitos.
§ 4° - Nos processos regulares o requerimento para realização da perícia deverá ser apresentado até
a realização do interrogatório.
Requerimento
§ 5º - O requerimento será apreciado pelo Conselho que deliberará, devendo o presidente fazer
constar a decisão em ata.
Artigo 41 – O órgão de saúde da Polícia Militar deverá realizar a perícia e expedir o laudo dentro do
prazo de 15 (quinze) dias, podendo ser prorrogado pelo presidente pelo mesmo prazo, mediante
solicitação do perito responsável, devidamente justificada.
Artigo 42 – Recebido o laudo, o presidente do processo convocará sessão para análise do laudo e
das respostas aos quesitos, a qual deverão comparecer todos os integrantes, o acusado e o seu
defensor.
- 16 -
Instauração de incidente de sanidade
Extinção da Punibilidade
Imputabilidade diminuída
Artigo 47 – Ainda que o militar do Estado acusado seja considerado de imputabilidade diminuída, de
acordo com o contido no laudo, o processo prosseguirá normalmente.
Artigo 48 – Se o acusado for acometido de doença mental superveniente aos fatos em apuração que
o impossibilite de acompanhar os atos instrutórios, apurada mediante Incidente de Sanidade Mental, o
presidente do processo nomeará curador, somente para o fim específico do processo regular,
prosseguindo normalmente com a instrução e demais atos decisórios.
Parágrafo único – O acusado, nesse caso, poderá ficar à disposição do órgão de saúde da Polícia
Militar, para o necessário tratamento.
Seção IV -
Do Incidente de extravio
Extravio do acusado
- 17 -
Artigo 49 – Ocorrendo o extravio do acusado, o presidente fará certificar o fato nos autos e solicitará
o sobrestamento do processo à autoridade instauradora, fundamentando-o numa das seguintes
hipóteses:
Hipóteses de sobrestamento
I – No desaparecimento em curso de efetiva ação policial, de salvamento, de combate a incêndio, de
socorro de vítimas de calamidade ou em ação militar de exercício ou de campanha;
II – Que a efetiva presença do acusado na ação, no momento do evento causador do
desaparecimento, tenha sido testemunhado por pelo menos uma pessoa, contra a qual não se possa
opor qualquer motivo legal de impedimento ou suspeição.
Publicação de sobrestamento
§ 1º - O sobrestamento deverá ser publicado em boletim da autoridade instauradora, que dará ciência
à Corregedoria PM para fins de controle.
§ 2º - Apresentando-se o extraviado, a autoridade instauradora determinará o prosseguimento do
processo, publicando em boletim sua decisão e fazendo comunicação à Corregedoria PM.
Caso de prosseguimento
Artigo 50 – No caso de extravio não enquadrável nas situações dos itens I ou II do Artigo anterior, o
processo terá seu prosseguimento normal, observando o previsto no § 2º do Artigo 19 destas Instruções.
Seção V
Da Falsidade de documento
Artigo 51 – Arguida a falsidade de documento constante dos autos do processo, o presidente
procederá conforme o previsto nos Artigos 163 a 169 do CPPM, no que for aplicável.
CAPÍTULO VI
MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS
Seção Única
Das Medidas cautelares
Rol de medidas que recaem sobre o acusado
Artigo 52 – As medidas cautelares contra o acusado poderão ser tomadas, presentes os seguintes
requisitos:
I – prova de infração administrativa ou falta-crime;
II – indícios suficientes de autoria.
Parágrafo único – Tais medidas objetivam uma ou mais das seguintes situações:
1 – impedir que o servidor não venha influir na apuração da irregularidade;
2 – necessidade de proceder a averiguações;
3 – segurança da aplicação das normas administrativas;
4 – exigência da manutenção das normas e princípios de hierarquia e disciplina.
Afastamento preventivo
I – o afastamento preventivo do acusado do exercício de suas funções normais até a conclusão do
feito.
- 18 -
Prisão cautelar
II – a prisão administrativa cautelar, de acordo com o previsto na Lei Complementar nº 893/01
(RDPM).
Local de permanência
Parágrafo único – O presidente do processo representará à autoridade competente para a adoção
das medidas cautelares previstas em lei.
CAPÍTULO VII -
DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
Seção I
Da Citação
Conceito
Conteúdo
§ 1º - A citação conterá:
1 – o nome do presidente do processo;
2 – o nome do policial militar acusado e sua qualificação;
3 – a indicação do tipo de processo regular;
4 – cópia da portaria que instaurou o processo regular;
5 – a informação de que o acusado tem o prazo de 5 (cinco) dias para constituir defensor e
apresentar defesa preliminar, por escrito, nos termos do Artigo 134 destas Instruções;
6 – a indicação de que o não atendimento do contido no item anterior acarretará o prosseguimento à
revelia e a nomeação de defensor dativo;
7 – assinatura do presidente.
Citação Pessoal
§ 2º - O policial militar será citado pessoalmente, onde possa ser encontrado, sendo-lhe entregue o
documento citatório, mediante recibo aposto na contrafé.
Citação por edital
§ 3º - Se não for possível encontrar o acusado, em razão de deserção, ausência ilegal,
desconhecimento de seu paradeiro ou por esquivar-se à citação, deverá o presidente determinar a sua
citação por edital.
§ 4º - A citação por edital consiste na publicação, por única vez, de um extrato da citação em diário
oficial, estabelecendo o prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação, para responder à acusação.
Revelia
§ 5º - O não atendimento da citação acarretará o prosseguimento do processo à revelia, sendo que
nos atos posteriores somente deverá ser intimado o defensor do acusado, salvo se houver o seu
comparecimento no curso do processo.
§ 6º - O revel que comparecer após o início do processo poderá companha-lo nos termos em que
este estiver, não tendo direito à repetição de qualquer ato.
Seção II
Das Intimações
Conceito
- 19 -
Artigo 55 – A intimação para a prática de ato ou para a ciência de decisão no processo será
expedida pelo seu presidente e conterá:
I – o nome e assinatura do presidente do processo;
II – a indicação do tipo de processo administrativo;
III – a especificação do objetivo da intimação;
IV – o lugar, dia e hora de comparecimento, se for o caso.
Formas de intimação
CAPÍTULO VIII
DOS ATOS PROBATÓRIOS
Seção Única
Da admissão das provas
Artigo 57 – São admitidas no processo administrativo todas as espécies de provas, observados os
preceitos dos Artigos 294 a 383 do CPPM, no que forem aplicáveis.
Nulidade
§ 1º - Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da
verdade substancial ou diretamente na decisão final do processo regular.
Carta precatória
§ 2º - Os atos probatórios poderão ser delegados, por meio de carta precatória, a outras autoridades
administrativas.
Registro de audiência
§ 3° - Os atos processuais devem ser registrados formalmente por escrito, podendo, também, serem
registrados por meio magnético, eletrônico, digital ou processo similar, não sendo dispensado o registro
por escrito.
Audiência por videoconferência
§ 4º - O Presidente de Processo Regular (Conselho de Disciplina e Processo Administrativo
Disciplinar) e Sindicância, por decisão fundamentada nos autos, poderá realizar a produção de prova
oral por sistema de videoconferência, desde que a medida seja necessária em face de uma das
seguintes circunstâncias:
- 20 -
I - nos casos em que a pessoa cujo depoimento seja necessário colher não resida no município onde
será realizada a audiência de instrução;
II - nos casos em que a pessoa cujo depoimento seja necessário colher esteja presa, à disposição da
Justiça, em estabelecimento prisional temporário ou definitivo. (Redação acrescentada pela Portaria
CMT G PM1-2/02/21, de 24MAI21, publicada no Bol G PM 101/21)
§ 5º - Os princípios básicos para realização de audiências por videoconferência serão disciplinados
por meio de Portaria baixada pelo Comando-Geral. (Redação acrescentada pela Portaria CMT G PM1-
2/02/21, de 24MAI21, publicada no Bol G PM 101/21).
CAPÍTULO IX
DA ORGANIZAÇÃO DOS AUTOS
Seção Única
Da organização
Forma
Artigo 58 - Todas as peças do processo serão, por ordem cronológica, reunidas num só processado,
com as folhas numeradas e rubricadas pelo escrivão.
- 21 -
Artigo 59 – Se o acusado ou seu defensor alegar que cópia reprográfica juntada aos autos pela
autoridade instauradora ou pelo presidente apresenta divergência do documento original, deverá ser
providenciada a substituição da cópia por outra autenticada.
Petição
§ 1º - Ao requerer as providências do caput, o defensor e o acusado devem indicar os elementos nos
quais se baseiam, sendo a petição assinada por ambos.
Substituição
§ 2º - A substituição da cópia divergente não exime a necessidade de apuração do ocorrido, devendo,
para tanto, o presidente comunicar o fato à autoridade instauradora para esse fim.
Numerador de processo
Artigo 62 – Os autos do processo e da Sindicância serão elaborados em uma via, devendo uma
cópia digitalizada permanecer nos arquivos da Unidade da autoridade instauradora
Parágrafo único – Nos casos de processo regular, os autos deverão ser encaminhados para decisão
juntamente com uma cópia digitalizada. (Redação acrescentada pela Portaria CMT G PM1-18/02/17, de
29JUN17, publicada no Bol G PM 125/17)
Artigo 63 – O processo regular findo será encaminhado à autoridade competente para a adoção das
medidas pertinentes e, posteriormente, arquivado no Órgão Corregedor.
Parágrafo único – A Sindicância será arquivada na Unidade da autoridade que decidir.
- 22 -
Parágrafo único – É garantido ao militar do Estado acusado e ao seu defensor vistas dos autos em
cartório para ciência do inteiro teor da decisão.
TÍTULO II -
DA SINDICÂNCIA
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Seção Única
Do Objeto
Objetos de investigação
CAPÍTULO II
DO RITO DA SINDICÂNCIA
Seção I
Da Instauração
Instauração da Sindicância
Fontes de conhecimento
§ 1º - A instauração será feita após conhecimento das autoridades competentes indicadas no Artigo
7° destas Instruções ou por meio de documentos que noticiem os fatos.
§ 2º - Considerar-se-á pública a instauração, após publicação da portaria em boletim ou afixação, por
três dias consecutivos, no quadro principal de avisos da Unidade.
§ 3º - A Sindicância será instaurada através de portaria, e será presidida por Oficial quando a própria
autoridade não desejar presidi-la.
Designação de escrivão
- 23 -
§ 4º - A designação de escrivão para Sindicância caberá ao respectivo presidente, se não tiver sido
feita pela autoridade que instaurou, recaindo em Oficial Subalterno, se o sindicado for Oficial, e em
Sargento, Subtenente ou Aspirante a Oficial nos demais casos.
Seção II
Do Conhecimento e registro dos fatos
Conhecimento do fato
Investigação Preliminar
§ 1º - A investigação preliminar é um meio sumaríssimo destinado à imediata colheita de subsídios
necessários para fundamentar a instauração ou não de Sindicância ou outro procedimento administrativo
ou processo disciplinar aplicável, quando a notícia de fato ou de ato irregular não reúna, de pronto,
elementos suficientes de convicção.
Da competência
§ 2º - A investigação preliminar será instaurada mediante despacho da autoridade competente, dentre
as relacionadas no Artigo 31 da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM), podendo ser designado
subordinado para conduzi-la, observando-se as regras de hierarquia.
Prazo
§ 3º - A investigação preliminar será encerrada no prazo improrrogável de 10 (dez) dias, contados
ininterruptamente a partir do despacho de sua instauração.
Indícios de crime militar
§ 4º - Nos casos em que existirem indícios claros de crime militar, não será instaurada a investigação
preliminar, devendo ser observado os procedimentos insculpidos no Artigo 12 do CPPM.
Investigação preliminar
§ 5º - O encarregado da investigação preliminar deverá:
1 – dirigir-se ao local dos fatos, deles inteirando-se;
2 – entrevistar as pessoas que saibam do ocorrido, anotando os dados qualificadores e as principais
informações sobre a autoria e materialidade, sendo vedada a adoção de meios formais de apuração
(Termo de Declaração, Inquirição Sumária, Auto de Qualificação e Interrogatório, pedido de Exames
Periciais etc.);
3 – juntar os documentos e provas disponíveis que tenham relação com os fatos;
4 – encerrar a investigação elaborando o relatório em peça única nos termos da I-7-PM, propondo ao
final a medida adequada.
§ 6º - A autoridade que instaurou a investigação preliminar, após análise do relatório, emitirá parecer
acerca do apurado, decidindo ou opinando, pela instauração de procedimento administrativo ou processo
disciplinar ou ainda, pelo arquivamento.
Apreciação do registro
- 24 -
Artigo 68 – A autoridade que receber os documentos elaborados pelo Comandante de Companhia,
Oficial ou Aspirante a Oficial, em serviço, analisará os autos, manifestando-se no prazo de 5 (cinco) dias,
sobre sua legalidade, mérito e aspectos formais, por meio de despacho:
Proibição de arquivamento
Artigo 69 – Toda Sindicância instaurada deverá ter curso normal, não podendo ser sua portaria
revogada ou invalidada, a não ser que apresente vício insanável ou que os fatos nela citados estejam
sendo apurados em outro procedimento.
§ 1º - O ato de revogação ou invalidação deverá ser motivado, indicando as razões de fato e de
direito e publicado em boletim.
§ 2º - A autoridade competente para instauração da Sindicância é a responsável pela remessa
imediata de cópia da portaria ao Órgão Corregedor.
Seção III
Da Instrução
Termo de recebimento
Instrução
Artigo 71 – A instrução da Sindicância consiste na busca da verdade real dos fatos, através da coleta
ou complementação das provas testemunhais, documentais, periciais e indiciárias, observados os
preceitos gerais do direito processual administrativo, penal e civil.
Prova emprestada
Artigo 72 – A prova emprestada de outros procedimentos poderá ser utilizada para a instrução da
Sindicância.
Prosseguimento normal
Parágrafo único – A Sindicância prosseguirá normalmente para a apuração da responsabilidade civil
e/ou disciplinar referente ao ilícito penal.
Seção IV -
Do Relatório
Conteúdo
- 26 -
Artigo 75 – A Sindicância será encerrada com minucioso relatório, o qual deverá descrever, fundado
exclusivamente nos autos:
I – indicação do dia, hora e local da ocorrência do fato passível de apuração pela administração;
II – descrição das provas testemunhais, materiais e periciais obtidas, bem como os indícios
existentes;
III – avaliação e comparação das provas entre si;
IV – manifestação fundamentada, com a respectiva classificação legal, sobre a autoria e
materialidade do fato gerador e da responsabilidade civil, disciplinar, acidente do trabalho ou do direito
pleiteado;
V – sugestão da instauração, se for o caso, de outros procedimentos administrativos, bem como de
remessa de cópias à autoridades interessadas.
Remissão das folhas
§ 1º - Deve ser feita remissão das folhas em que se encontram os elementos probatórios descritos e
medidas adotadas.
Caso de indenização
§ 2º - Concluindo pela responsabilidade civil do servidor ou do particular, o sindicante deverá
observar o previsto nos Artigos referentes à indenização.
Responsabilidade Disciplinar
§ 3° - Concluindo pela existência de indícios de transgressão disciplinar cometida pelo militar do
Estado, o presidente da Sindicância deverá descrever a conduta passível de sanção e encaminhar os
autos à autoridade competente.
Seção V -
- 27 -
Seção VI
Da Solução
Autoridade instauradora
- 28 -
2 – remeter cópia do relatório e decisão a Corregedoria para controle;
3 – publicar a decisão em boletim, no prazo de 10 (dez) dias;
4 – arquivar os processos findos na sede da Unidade.
§ 3º - A autoridade imediatamente superior à autoridade instauradora, após emitir sua decisão, nos
termos do inciso VIII deste Artigo, remeterá cópia do ato a Corregedoria, para arquivo e controle.
§ 4º - Nos casos em que houver indícios de improbidade administrativa os autos originais deverão ser
remetidos ao Ministério Público, via Gabinete do Comandante Geral.
§ 4º - Nos casos em que houver indícios de improbidade administrativa os autos originais deverão ser
remetidos ao Ministério Público, via Coordenadoria de Assuntos Jurídicos. (NR)
Seção VII -
Da Revisão
Representação
Artigo 80 – O Órgão Corregedor poderá requisitar, a qualquer tempo, Sindicância, decidida ou não,
para apreciação dos atos praticados, propondo ao Comandante Geral a adoção de medidas para sanear
o feito, se for o caso.
CAPÍTULO III
DAS INDENIZAÇÕES
Seção I -
Da Indenização pecuniária
Cálculo da indenização
Artigo 81 – A indenização será calculada pelo valor real do bem, segundo seu estado de
servibilidade e conservação, competindo ao órgão provedor descentralizado, apurar e determinar o valor
do ressarcimento, através de exames e avaliações e expedição de laudo.
Avaliação do dano
§ 1º - Na localidade que o órgão provedor descentralizado não possuir condições de apurar o valor
diretamente, o sindicante deverá recorrer a entidades civis e, se necessário, ao órgão provedor
centralizado.
Conversão em UFESP
§ 2º - Obtido o laudo ou termo de avaliação do bem ou do dano, o sindicante deverá converter o valor
apresentado na quantidade de UFESP correspondente, aplicando o índice do primeiro dia útil do mês do
laudo ou termo de avaliação.
Substituição da UFESP
§ 3º - Sendo extinto o índice UFESP, a atualização deverá ser feita pelo índice que o substituir.
Interesse de ressarcir
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Artigo 82 – Imputada a responsabilidade civil pelo dano causado e havendo interesse de efetuar o
ressarcimento, a Administração, deverá:
I – se militar do Estado autorizar, por escrito, adotar medidas para o desconto em folha de
pagamento, exceto nos casos de material bélico, os quais terão desconto nos termos da Legislação
Institucional específica;
Termo de reconhecimento de culpa
II – se particular ou servidor público, ser elaborado o Termo de Reconhecimento de Culpa por Danos,
devidamente assinado por ele e por duas testemunhas, juntando-se aos autos.
Artigo 83 – Definida a forma de pagamento em relação ao civil, os valores deverão ser recolhidos
aos cofres do Estado, através de guia de recolhimento própria, a qual será anexada aos autos.
Artigo 84 – O policial militar, julgado responsável por prejuízos ao patrimônio público, não sofrerá
nenhum desconto nos seus vencimentos, sem autorização escrita por ele firmada na presença de duas
testemunhas.
Parágrafo único – As disposições do presente Artigo não se aplicam aos casos que envolvam roubo,
furto ou extravio de armas de fogo pertencentes ao patrimônio da Polícia Militar, carga pessoal do militar,
nos termos da Portaria específica.
Artigo 85 – Os descontos em folha de pagamento serão efetuados até sua restituição integral, em
número de UFESP do primeiro dia útil do mês de desconto da parcela, observando os seguintes
parâmetros:
I – em parcelas mensais não excedentes à quinta parte do seu padrão numérico, nem tampouco
inferiores à décima parte desse padrão.
II – em uma única parcela, quando a importância a ser indenizada for inferior à quinta parte do seu
padrão numérico.
Artigo 86 – Na hipótese prevista no inciso I do Artigo 82 destas Instruções, a autoridade que decidiu
a Sindicância deverá enviar ofício ao Centro Integrado de Apoio Financeiro (CIAF) comunicando a
indenização devida e a forma combinada de desconto, juntamente com cópia da decisão, para as
providências necessárias e canalização da quantia correspondente ao Tesouro do Estado.
Atualização monetária
Artigo 87 – Os cálculos de atualização monetária serão realizados conforme o previsto no Artigo 81,
sobre o valor a ser ressarcido.
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Especificação do ressarcimento
Interrupção do pagamento
Recusa de ressarcimento
Artigo 90 – Em caso de recusa, o responsável deverá ser alertado das medidas judiciais que podem
ser adotadas, para a cobrança do valor apurado.
Artigo 91 – Caso o responsável pelo dano experimentado pelo Estado, militar ou particular, não
aceite efetuar o ressarcimento, a via original da Sindicância deverá ser encaminhada, pela autoridade
que decidiu ao Gabinete do Comandante Geral, com proposta de ajuizamento de ação de cobrança do
valor estipulado, ressalvadas as disposições do parágrafo único do Artigo 84 destas Instruções.
Artigo 91 – Caso o responsável pelo dano experimentado pelo Estado, policial militar ou particular,
não aceite efetuar o ressarcimento, a via original da sindicância deverá ser encaminhada pela autoridade
que a decidiu diretamente, na Capital, à Procuradoria Judicial e, na Grande São Paulo e Interior, ao
órgão regional da Procuradoria Geral do Estado atuante na circunscrição da respectiva OPM, com
proposta de ajuizamento de ação de cobrança do valor estipulado, ressalvadas as disposições do
parágrafo único do artigo 84 destas Instruções, inserindo no SisJD, em campo próprio, os dados
necessários. (NR)
- 31 -
Seção II -
Da Indenização em espécie
Artigo 92 – Os danos causados em materiais perecíveis, materiais de escritório, veículos ou
instalações poderão ser ressarcidos em espécie, observando-se os seguintes requisitos:
Memorial descritível
I – expedição de memorial descritivo do material, e suas especificações, a ser substituído ou reparo a
ser executado, pelo órgão provedor respectivo;
Laudo de vistoria e recebimento
II – elaboração de laudo de vistoria e recebimento do material ou aprovação do reparo, por dois
peritos, devidamente designados e compromissados.
Armas e munições
Parágrafo único – Exceto as armas, os demais materiais classificados como bélicos, desde que
preenchidos os requisitos técnicos específicos, atestados pelo órgão provedor descentralizado, poderão
ser indenizados mediante reposição em espécie.
CAPÍTULO IV
DOS TIPOS DE SINDICÂNCIA
Seção I
Do Dano em geral
Medidas de recuperação ou indenização
Artigo 93 – O responsável por qualquer bem pertencente ao patrimônio público deve envidar
esforços visando recuperar o material, reintegrando-o ao uso, ou providenciando a indenização
correspondente.
Parágrafo único – Aplicam-se, no que couber, a legislação sobre Administração Logística e
Patrimonial da Polícia Militar.
Avaliação do dano
Artigo 94 – Todo dano ao patrimônio deve ser avaliado por peritos devidamente nomeados e
compromissados.
Seção II
Do Dano, extravio, furto ou roubo de material bélico
Consulta à DPC
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Artigo 95 – Em se tratando de extravio, furto ou roubo de armas, deverá ser consultada,
formalmente, a Divisão de Produtos Controlados do Departamento Estadual de Polícia Administrativa
(DEPAD), mesmo que a Unidade interessada esteja sediada no interior.
§ 1º - Tal providência e os resultados obtidos deverão constar do relatório e decisão.
§ 2º - O parâmetro a ser adotado pelo Órgão Técnico da Polícia Militar quando do cálculo do
ressarcimento de material bélico é o valor de mercado, atualizado de acordo com os preços praticados
no comércio especializado.
Artigo 96 – Toda arma e munição, objeto de Sindicância, deverá ser movimentada ao Órgão
Provedor Central, acompanhada de cópia da respectiva decisão.
Seção III -
Artigo 98 – Nos casos de remoção dos veículos, de que trata a legislação processual pena, deverá
ser juntado aos autos, o laudo de vistoria dos veículos e o respectivo boletim de ocorrência da Polícia
Militar ou boletim especial de ocorrência.
Artigo 100 – Nos casos em que os danos forem decorrentes de possível defeito mecânico, e não
tendo havido o concurso do Instituto de Criminalística, deverá ser feito exame pericial por peritos não
oficiais, devidamente designados e compromissados.
Documentos obrigatórios
- 33 -
II – certidão do órgão responsável que aponte o fato do motorista estar ou não habilitado para
conduzir veículo oficial da Polícia Militar, ou cópia do boletim que publicou a autorização;
III – croqui do local do acidente;
IV – fotografia do local e dos veículos envolvidos;
V – certificado de propriedade expedido pelo DETRAN dos veículos envolvidos;
VI – Boletim de Ocorrência da Delegacia de Polícia, se houver, com o respectivo desfecho do
inquérito policial, bem como eventual notícia da existência de ação penal derivada (se houver);
VII – depoimentos colhidos, constando RG, CPF, endereço residencial e comercial das partes
envolvidas e testemunhas;
VIII – perícia técnica especializada no veículo oficial para fins de afastar o defeito mecânico como
causa do evento, sempre que o sindicado e ou testemunhas se referirem como sendo o defeito mecânico
a causa direta ou indireta do sinistro;
IX – no que se refere à reparação do dano:
a) se o veículo foi reparado pelo Setor de Manutenção do próprio órgão de origem: basta o orçamento
interno declinando e discriminando o valor das peças trocadas e o custo total da reparação;
b) se houver a inclusão de mão de obra no orçamento interno da Administração, o valor desta deverá
estar embasado em documentos idôneos, por meio de orçamentos, preferencialmente 3 (três), e
representar a opção, pela Administração, da cobrança do menor valor;
c) se efetivado o procedimento licitatório para o reparo do veículo, a juntada das principais peças do
procedimento licitatório e a respectiva nota fiscal de pagamento dos serviços à empresa escolhida,
vencedora do certame;
d) se o reparo for realizado por empresa privada devem ser juntados 3 (três) orçamentos idôneos,
datados e assinados pelo responsável, colhidos à época do fato.
X – se o veículo oficial for segurado:
a) cópia da apólice de seguro;
b) cópia do orçamento efetivado que assinale e discrimine os danos efetivos sofridos pelo veículo
oficial em decorrência do sinistro; e
c) cópia da nota fiscal do pagamento da franquia.
XI – certidão, se ocorrer a perda total ou descarregamento em razão do sinistro, que apontem a
diferença de preço entre o valor de mercado do veículo e do valor da sucata, apurados na mesma data;
XII – se necessária a comprovação do valor de mercado do veículo:
a) fixação por perícia direta, no órgão de manutenção da frota do setor; ou perícia indireta, assinada e
datada por profissional especializado; ou
b) avaliação com base em revistas e jornais especializados que fixem o valor do veículo (com seus
dados específicos) na data do sinistro ou do descarregamento.
XIII – orçamentos por empresas idôneas para comprovação do valor da sucata.
Identificação do veículo
Artigo 102 – A portaria de Sindicância, bem como o relatório e decisão devem conter, além do
número do cadastro do veículo acidentado, o respectivo número de patrimônio e das placas.
- 34 -
Arquivo dos autos
Artigo 103 – Os autos originais da Sindicância que verse sobre danos em veículos oficiais,
arquivados na Unidade da autoridade instauradora, não devem e não podem ser destruídos antes do
lapso temporal de 20 (vinte) anos ou até que se tenham ultimado todas as providências judiciais para
ressarcimento do erário.
Seção IV -
Artigo 105 – Cópia da portaria, relatório e decisão da Sindicância serão encaminhadas pela
autoridade competente, diretamente ao órgão conveniado, juntamente com o prontuário (se houver) do
veículo.
Seção V
Do Dano em patrimônio de terceiros ocasionado por servidor público ou semovente da
Corporação
Artigo 106 – Os casos de danos, em bens de terceiros, ocasionados por integrantes ou semoventes
da Corporação, em razão do serviço, serão apurados através de Sindicância, para determinação de
responsabilidade civil do Estado e a responsabilidade civil e disciplinar do servidor.
Teor da instrução
Artigo 107 – Os autos deverão ser instruídos com os mesmos documentos citados nas seções
anteriores, quando pertinentes, além de outros que se fizerem necessários.
Artigo 108 – Mesmo nos casos em que terceiros possuam seguro contra acidentes, e optarem por
este para se verem ressarcidos, também deverá ser procedida Sindicância, registrando-se no relatório tal
circunstância.
Seção VI -
Artigo 110 – A Sindicância de investigação de ocorrência de ato de bravura deverá, após decisão,
ser remetida ao Comando Geral, via órgão responsável pela promoção de Oficiais ou de Praças, para
apreciação e medidas cabíveis.
Seção VII -
TÍTULO III
DO PROCESSO REGULAR
CAPÍTULO I
NOÇÕES DE DIREITO DISCIPLINAR
Seção I
Das Medidas Cautelares
Medidas que recaem sobre o militar do Estado acusado
Artigo 112 – O Comandante, Chefe ou Diretor do militar do Estado acusado em processo regular
deverá determinar que ele fique:
I – Se Oficial:
a) vinculado à Unidade do presidente do processo regular ou a outra Unidade, na condição de adido,
se necessário, desde a representação ao Secretário da Segurança Pública pela perda do posto e da
patente, até a data da remessa dos autos conclusos;
b) afastado das atividades operacionais, inclusive de supervisão, devendo ser empregado
exclusivamente em serviços internos, em horário de expediente administrativo, e suspensa a concessão
de carga pessoal de arma de fogo da Instituição;
c) impedido de ser designado para função de Comandante, Chefe ou Diretor, exceto nos casos em
que a assunção de Comando, Chefia ou Direção for obrigatória por previsão legal;
- 36 -
d) impedido de assumir funções diretamente ligadas ao ensino e instrução, planejamento operacional,
justiça e disciplina, inteligência policial, finanças e atendimento ao público em geral;
d) impedido de assumir funções diretamente ligadas ao ensino e instrução, planejamento operacional,
Polícia Judiciária Militar e Disciplina ou Correcional de Polícia Judiciária Militar e Disciplina, inteligência
policial, finanças e atendimento ao público em geral. (NR dada pela Portaria PM1-13/02/18, publicada no
Bol G PM 217/18)
e) impedido de ser designado para compor Conselho de Justiça Militar, Conselho de Justificação ou
Conselho de Disciplina, nem presidirá Processo Administrativo Disciplinar e Procedimento Administrativo
Exoneratório (PAE);
II – Se Aspirante a Oficial:
a) vinculado à Unidade do Presidente do processo regular, como adido se necessário, desde a
instauração do Conselho de Disciplina ou do Processo Administrativo Disciplinar, até a publicação da
decisão definitiva;
b) afastado de atividades operacionais, inclusive de supervisão, devendo ser empregado
exclusivamente em serviços internos, em horário de expediente administrativo, e suspensa a concessão
de carga pessoal de arma de fogo da Instituição;
c) impedido de assumir funções diretamente ligadas ao ensino ou instrução, justiça e disciplina,
inteligência policial, finanças e atendimento ao público em geral;
c) impedido de assumir funções diretamente ligadas ao ensino e instrução, planejamento operacional,
Polícia Judiciária Militar e Disciplina ou Correcional de Polícia Judiciária Militar e Disciplina, inteligência
policial, finanças e atendimento ao público em geral. (NR dada pela Portaria PM1-13/02/18, publicada no
Bol G PM 217/18)
III – Se Aluno Oficial, vinculado à APMBB, participando das atividades escolares compatíveis com
seu grau hierárquico, suspensa a concessão de carga pessoal de arma de fogo da Instituição, além das
restrições que, fundamentadamente, ser-lhe-ão impostas pelo Comandante da APMBB, até a publicação
da decisão final do Conselho de Disciplina ou do Processo Administrativo Disciplinar;
IV – Se Praça:
a) vinculado à Unidade do presidente do Processo Administrativo Disciplinar, como adido se
necessário, desde a instauração do Conselho de Disciplina ou do Processo Administrativo Disciplinar,
até a publicação da decisão definitiva;
b) prestando serviços internos, impedido de assumir às funções de ensino ou instrução, justiça e
disciplina, inteligência policial, finanças e atendimento ao público em geral;
b) prestando serviços internos, impedido de assumir as funções de ensino ou instrução, Polícia
Judiciária Militar e Disciplina ou Correcional de Polícia Judiciária Militar e Disciplina, inteligência policial,
finanças e atendimento ao público em geral. (NR dada pela Portaria PM1-13/02/18, publicada no Bol G
PM 217/18)
c) afastado de atividades operacionais, inclusive de supervisão, devendo ser empregado em serviços
internos, em horário de expediente administrativo, ou no Serviço de Dia de Subunidade e Guarda do
Quartel da Unidade, em regime de horário peculiar a essas funções, no entanto, exclusivamente no
período diurno, e suspensa a concessão de carga pessoal de arma de fogo.
§ 1º - As medidas determinadas neste Artigo alcançam, também, o militar do Estado nas seguintes
condições:
- 37 -
1 – reintegrado por força de ordem liminar, até o julgamento definitivo da ação correspondente;
2 – reintegrado judicialmente, desde que seja permitida à Administração a instauração de novo
processo regular, pelos mesmos fundamentos, observando-se o prazo de prescrição quinquenal da Lei
Complementar nº 893/01 (RDPM).
§ 2º - Em nenhuma hipótese, o militar do Estado que se encontrar nas situações previstas neste
Artigo deverá ser escalado para representar a Instituição ou a Unidade em ato público, interno ou
externo.
Artigo 113 – A autoridade instauradora do processo regular poderá requerer a decretação de medida
cautelar, que consistirá em:
I – movimentação de unidade por conveniência da disciplina e do processo;
II – proibição de uso de uniforme.
Parágrafo único – As medidas cautelares devem ser fundadas em uma ou mais das seguintes razões:
1 – na repercussão social da conduta em apuração;
2 – na conveniência da instrução processual;
3 – na exigência da manutenção das normas e princípios da hierarquia e disciplina, quando ficarem
ameaçados ou atingidos em razão da conduta em apuração;
4 – outro motivo relevante.
Seção II -
Artigo 114 – São exemplos de atos ou fatos censuráveis, passíveis da perda do posto e da patente
do Oficial, prevista nos itens e letras do Artigo 2º da Lei Federal nº 5.836/72 e no Artigo 2º da Lei
Estadual nº 186/73:
I – procedimento incorreto no desempenho do cargo;
II – conduta irregular;
III – ato que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da classe;
IV – ter sido considerado não habilitado para o acesso, em caráter provisório, no momento em que
venha a ser objeto de apreciação para ingresso em Quadro de Acesso;
V – ter sido afastado do cargo por se tornar incompatível com o mesmo ou demonstrar incapacidade
no exercício das funções a ele inerentes;
VI – praticar crime de natureza dolosa;
VII – for condenado a pena restritiva de liberdade superior a dois anos;
VIII – for condenado por crimes, para os quais o COM comina essas penas acessórias e por crime
previsto na Lei de Segurança Nacional;
IX – perder a nacionalidade brasileira.
Seção III -
Artigo 115 – A sanção disciplinar de expulsão de Praças será aplicada nos termos dos Artigos 24 e
48 da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM).
- 38 -
Casos de demissão
Artigo 116 – A sanção disciplinar de demissão de Praças será aplicada, mediante processo regular,
nos casos das alíneas “c” e “d” do inciso II do Artigo 23 da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM).
Parágrafo único – Nos demais casos arrolados no inciso II do Artigo 23 da Lei Complementar nº
893/01 (RDPM), a sanção de demissão de Praças será aplicada sem a necessidade de processo
regular.
Seção IV
Da Competência
Processo contra Oficial
Decisão do TJM
Artigo 118 – A decisão final sobre a declaração de indignidade para o Oficialato e a perda do posto e
da patente de Oficial é competência do Tribunal de Justiça Militar.
Processo Regular de praça com dez ou mais anos de serviço policial militar
Artigo 119 – A instauração de Conselho de Disciplina para as Praças com 10 (dez) ou mais anos de
serviço policial militar observará o disposto nos Artigos 76 a 83 e Artigo 87, todos da Lei Complementar
nº 893/01 (RDPM).
Decisão do Cmt G
Parágrafo único – A decisão final do Conselho de Disciplina é de competência do Comandante
Geral, conforme o Artigo 83 da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM).
Processo Regular de praça com menos de dez anos de serviço policial militar
Artigo 120 – A instauração de Processo Administrativo Disciplinar para apurar a incapacidade moral
de Praça com menos de dez anos de serviço policial militar observará o disposto nos Artigos 76, 79, 80,
82 e 84, todos da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM), e nas presentes Instruções.
Decisão do Cmt G
Parágrafo único – A decisão final do Processo Administrativo Disciplinar é competência do
Comandante Geral, nos termos do parágrafo único do Artigo 84 da Lei Complementar nº 893/01
(RDPM).
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CAPÍTULO II
DO PROCESSO REGULAR
Seção I
Das Disposições iniciais
Fundamentação do processo
Artigo 121 – O processo disciplinar está fundado nas normas reguladoras da verificação das
infrações aos deveres policiais militares e no direito do servidor defender-se da acusação que lhe foi
imposta.
Amplitude do julgamento
Artigo 123 – Na aplicação das sanções disciplinares será sempre considerada a natureza, a
gravidade, os motivos determinantes, os danos causados, a personalidade e os antecedentes do agente,
a intensidade do dolo ou o grau de culpa, nos termos do Artigo 33 da Lei Complementar nº 893/01
(RDPM).
Fundamentos da portaria
Artigo 124 – A portaria constitui a peça inicial do processo regular e deve conter:
Identificação
I – a nomeação do presidente e, se colegiado, dos demais membros do conselho;
Qualificação
II – a qualificação do acusado, contendo o posto ou graduação, registro estatístico, nome completo e
unidade a que pertence;
Definição da infração disciplinar
III – a exposição clara, precisa e concisa do fato censurável de natureza grave, suas circunstâncias e
antecedentes, objetivamente definidos no tempo e no espaço;
A norma legal
IV – a tipificação legal da conduta, ainda não punida, classificada como transgressão disciplinar grave
nos termos da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM);
Testemunhas
- 40 -
V – a indicação de até 5 (cinco) testemunhas;
Funcionamento
VI – a indicação do local de funcionamento do processo.
Suporte fático
§ 1º - Devem ser anexados à portaria os documentos que noticiam a autoria e materialidade da
transgressão disciplinar e cópia atualizada do assentamento individual do acusado.
Concurso ou continuidade de infrações
§ 2º - Existindo conexão, concurso ou continuidade infracional, deverão todas as condutas constar da
portaria.
Emenda da portaria
§ 3º - Surgindo, após a elaboração da portaria, elementos de autoria e materialidade de infração
disciplinar conexa, em continuidade ou concurso, não descritos na peça inicial, poderá esta ser aditada,
abrindo-se novo prazo para a manifestação da defesa.
Seção II -
Artigo 125 – O Conselho de Justificação é processo regular que visa apurar a incapacidade do
Oficial de permanecer no serviço ativo ou de permanecer na condição de Oficial na inatividade, para
posterior decisão do Tribunal de Justiça Militar (TJM), conforme legislação específica.
Desnecessidade da instauração do CJ
§ 1º - A representação ao TJM de condenação de Oficial, com trânsito em julgado, na Justiça militar
ou comum, a pena privativa de liberdade superior a dois anos, é documento suficiente à instauração do
processo de declaração de indignidade para o Oficialato, caso não tenha sido realizado o Conselho.
Remessa da sentença
§ 2º - A sentença condenatória que se refere o parágrafo anterior deverá ser remetida à Corregedoria
PM, que instruirá o expediente do Comandante Geral dirigido ao TJM.
Previsão legal do CJ
§ 3º - O rito do Conselho de Justificação são as constantes da Lei Federal nº 5.836, de 05DEZ72,
observadas as diretrizes da Lei Estadual nº 186, de 14DEZ73.
Conselho de Disciplina
Artigo 126 – O Conselho de Disciplina é o processo regular que visa apurar a incapacidade moral da
Praça com 10 (dez) ou mais anos de serviço policial militar para permanecer no serviço ativo, fornecendo
subsídios para decisão final do Comandante Geral.
Artigo 127 – O Processo Administrativo Disciplinar é o processo regular que visa apurar a
incapacidade moral da Praça com menos de 10 (dez) anos de serviço policial militar para permanecer no
serviço ativo, fornecendo os fundamentos para decisão final do Comandante Geral.
- 41 -
CAPÍTULO III
DO CONSELHO DE DISCIPLINA
Seção I
Das Disposições gerais
Legislação fundamental
Artigo 128 – As normas do rito do Conselho de Disciplina estão previstas nos Artigos 76 a 83 e 87 da
Lei Complementar nº 893/01 (RDPM) e nestas Instruções.
Composição do Conselho
Artigo 129 – A composição do Conselho de Disciplina dar-se-á nos termos do Artigo 78 da Lei
Complementar nº 893/01 (RDPM).
Designação de Escrivão
Parágrafo único – O presidente do Conselho poderá designar um subtenente ou sargento para
funcionar como escrivão no processo.
Seção II
Da instauração
Portaria vocação
Artigo 130 – O Conselho é instaurado por portaria das autoridades previstas nos incisos I e II do
Artigo 76 da Lei Complementar n° 893/01 (RDPM).
Concurso de agentes
§ 1º - Será instaurado apenas um Conselho de Disciplina, quando o ato ou atos motivadores tenham
sido praticados em concurso de agentes, desde que ao menos um dos acusados tenha 10 (dez) ou mais
anos de serviço policial militar nos termos do Artigo 80 da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM).
Agentes de OPM diversas
§ 2º - Havendo 2 (dois) ou mais militares do Estado acusados pertencentes a Unidades diversas, o
processo será instaurado pela autoridade policial militar imediatamente superior, comum aos
Comandantes das Unidades dos acusados, nos termos do § 1º do Artigo 80 da Lei Complementar nº
893/01 (RDPM).
Medida de controle
§ 3º - A autoridade instauradora é responsável pela remessa imediata de cópia da portaria ao Órgão
Corregedor, por meio de correio eletrônico. (Revogado pela Nota nº CorregPM-54/353/19, publicada no
item 1 do Bol G PM 041/19)
§ 4º - Nas situações em que forem constatados concurso, conexão ou continuidade infracional,
deverão ser observados os §§ 2º e 3º do Artigo 80 da Lei Complementar nº 893/01 (RDPM).
- 42 -
§ 5º - O Conselho de Disciplina não será instaurado com base em transgressão disciplinar da qual o
militar do Estado já tenha cumprido a sanção, nos termos do inciso III do Artigo 41 da Lei Complementar
nº 893/01 (RDPM).
§ 6º - Quando o ato ou atos motivadores tenham sido praticados na atividade, a eventual
superveniência de sanção disciplinar de expulsão ou demissão; da inatividade ou de exoneração a
pedido do militar do Estado, não impede o prosseguimento do processo regular para as praças.
(Redação acrescentada pela Portaria CMT G CORREGPM-1/360/18, de 21MAI18, publicada no Bol G
PM 98/18).
§ 7º - Nas hipóteses do parágrafo anterior, se a autoridade competente reconhecer que o ato ou atos
motivadores ensejariam na incapacidade moral da praça para permanecer no serviço ativo, deverá
constar expressamente tal circunstância na decisão, aplicando a respectiva sanção exclusória, no
entanto, suspendendo a eficácia do ato punitivo em face da causa superveniente impedida. (Redação
acrescentada pela Portaria CMT G CORREGPM-1/360/18, de 21MAI18, publicada no Bol G PM 98/18).
§ 8º - Aplica-se, no que couber, aos Oficiais submetidos a Conselho de Justificação as regras dos §§
6º e 7º. (Redação acrescentada pela Portaria CMT G CORREGPM-1/360/18, de 21MAI18, publicada no
Bol G PM 98/18)
Requisitos da portaria
Artigo 131 - A portaria deverá conter a acusação que fundamenta a instauração do processo regular
e deve ser formulada nos termos do Artigo 124 destas Instruções, contendo ainda:
I - a citação dos documentos anexos que comprovam a apuração de autoria e materialidade da
transgressão disciplinar;
II - a anexação de cópia autenticada e atualizada dos assentamentos individuais do acusado;
III - o rol de testemunhas de acusação, em número de até 5 (cinco); e
IV - a indicação do local de funcionamento
Parágrafo único - A oitiva das testemunhas deverá observar o previsto no Artigo 417 do CPPM.
Seção III
Da instrução
Do recebimento dos autos
Artigo 132 - O presidente do Conselho, ao receber os autos, poderá restituí-los à autoridade
instauradora se constatar que:
I - a portaria não contém os requisitos previstos no Artigo 131 destas Instruções;
II - se o fato narrado não tiver sido convenientemente apurado;
III - se estiver extinta a punibilidade da transgressão;
IV - for manifesta a incompetência da autoridade instauradora.
Termo de Recebimento
Parágrafo único - Recebida a portaria, o presidente lavrará termo de recebimento, no prazo de 3
(três) dias, a contar da instauração, certificando a data.
- 43 -
Prazo para citar
Artigo 133 - Recebidos os autos, o presidente do processo deverá, no prazo máximo de 5 (cinco)
dias, realizar a citação do acusado para responder à acusação e apresentar sua defesa preliminar, por
escrito, no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único - No caso de citação por edital, o prazo para a defesa obedecerá ao previsto no § 4º
do Artigo 54 destas Instruções.
Defesa preliminar
Artigo 134 - Na defesa preliminar, o acusado poderá alegar tudo o que interesse à sua defesa,
oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar até 5 (cinco)
testemunhas.
§ 1º - As exceções e incidentes devem ser arguidos, em peças apartadas, no mesmo prazo da defesa
preliminar, exceto para o incidente de insanidade mental nos termos do Artigo 39 próprio, e o
processamento também deve ser em autos apartados.
§ 2º - O requerimento de exames e perícias de qualquer tipo deve ser acompanhado da apresentação
dos quesitos a serem respondidos pelo perito.
§ 3º - Não apresentada a defesa preliminar no prazo estabelecido no Artigo 133 destas Instruções, o
presidente nomeará defensor para oferecê-la no mesmo prazo. O processo terá seu regular
prosseguimento.
Início da instrução
Testemunha de defesa
Artigo 136 - As testemunhas arroladas pela defesa devem ser intimadas pela Administração,
cabendo a defesa apresentar o rol com os dados necessários para localização, exceto quando se tratar
de agente público.
Parágrafo único - Se a testemunha não for localizada, o Presidente notificará a defesa, dando a a
oportunidade de substituí-la, se quiser, levando na mesma data designada para a audiência outra
testemunha ou apresentando seus dados para futura intimação.
- 44 -
Artigo 137 - Na audiência de instrução proceder-se-á à inquirição das testemunhas arroladas na
portaria e daquelas indicadas pela defesa, nesta ordem, passando-se em seguida ao interrogatório do
acusado.
Parágrafo único - As provas serão produzidas na audiência de instrução, observando-se o disposto
no Artigo 145 e seguintes destas Instruções.
Do interrogatório do acusado
Artigo 138 - O acusado será qualificado e interrogado após a inquirição da última testemunha
arrolada pela defesa.
Interrogatório em separado
§ 1º - Se houver mais de um acusado, será cada um deles interrogado separadamente.
Limitação objetiva do interrogatório
§ 2º - O interrogatório deve versar exclusivamente sobre os fatos, as faltas e circunstâncias contidas
na acusação.
Publicação de questões subjetivas
§ 3º - Não devem ser formuladas perguntas de cunho subjetivo, geradoras de respostas que
impliquem na formulação de juízos de valor.
Interrogatório
§ 4º - O interrogatório será procedido pelo Oficial interrogante.
Questões dos outros membros do Conselho
§ 5º - Esgotando suas perguntas, o Interrogante solicitará aos demais integrantes do Conselho que
elaborem questões julgadas convenientes ao esclarecimento da verdade, as quais serão repassadas ao
militar do Estado acusado para que as responda, fazendo-as constar dos autos, bem como suas
respostas.
Proibição de pergunta única
§ 6º - É proibida a formulação de apenas uma pergunta genérica, que contenha toda a acusação.
Proibição de interferência do defensor
§ 7º - O defensor constituído pelo militar do Estado acusado, o dativo ou o ad hoc, não interferirá no
interrogatório ou nas respostas do militar do Estado acusado.
§ 7º - O defensor constituído pelo militar do Estado acusado, o dativo ou o ad hoc, durante o
interrogatório, não interferirá nas perguntas feitas pelo colegiado/presidente do PAD, bem como nas
respostas do acusado, sendo-lhe facultado, contudo, o direito de efetuar perguntas por último. (NR dada
pela Portaria CMT G CORREGPM-3/360/18, de 26JUN18, publicada no Bol G PM 118/18)
Direito do silêncio
Artigo 139 - Antes de iniciar o interrogatório, o Interrogante informará ao militar do Estado acusado
que não está obrigado a responder às perguntas que lhe forem formuladas, respeitando o direito
constitucional de permanecer em silêncio.
Artigo 140 - O interrogatório deve ser completo e minucioso, devendo o Oficial interrogante realizar
todas as perguntas necessárias ao esclarecimento das infrações e circunstâncias contidas na portaria,
buscando-se a verdade real.
A confissão
Artigo 141 - Se o acusado confessar a prática do ato ou atos que lhe foram imputados, será
especialmente interrogado sobre:
I - quais os motivos e circunstâncias determinantes;
II - a participação de outras pessoas nos fatos, quem são e de que modo agiram.
Indicação de provas
Artigo 142 - Se o acusado negar a imputação, no todo ou em parte, será perguntado se pode indicar
provas que sustentem suas alegações.
Artigo 143 - As respostas do militar do Estado acusado serão ditadas na forma como foram
proferidas pelo interrogante ao Escrivão, que as reduzirá a termo.
Testemunhas de acusação
Artigo 144 - As testemunhas da acusação são aquelas que efetivamente têm conhecimento dos fatos
geradores da instauração do Conselho.
Prova emprestada
Artigo 146 - A prova emprestada de outros procedimentos poderá ser utilizada para a instrução do
processo.
- 46 -
Artigo 147 - O Conselho, quando julgar necessário, poderá inquirir outras testemunhas, além das
referidas em depoimentos prestados no processo ou em documentos juntados aos autos, observando-se
o disposto no Artigo 417 do CPPM.
Substituição de testemunha
Artigo 148 - Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber dos fatos constantes
da peça inicial, podendo então ser indicada outra que a substitua.
Artigo 149 - Nenhuma testemunha será inquirida sem que sejam intimados o militar do Estado
acusado e seu defensor, com pelo menos 3 (três) dias de antecedência.
Parágrafo único - Se o acusado estiver afastado de suas atividades funcionais, ainda que de forma
irregular, a intimação de seu defensor supre a necessidade de sua intimação para a realização de atos
do processo.
Artigo 150 - As testemunhas de defesa deverão comparecer no dia e hora designados para a
inquirição, salvo se agente público, cujo comparecimento será requisitado regularmente.
Contradita da testemunha
Decisão da contradita
Artigo 152 - O presidente fará consignar a contradita ou arguição e a resposta da testemunha, mas
só não lhe deferirá o compromisso ou a excluirá ocorrendo as circunstâncias definidas nos Artigos 352,
parágrafo 2º, 354 e 355, todos do CPPM.
Artigo 153 - Após a testemunha ser devidamente qualificada, o relator ou o escrivão, lhe fará a leitura
da portaria, antes de iniciada a inquirição.
Leitura conjunta
§ 1º - Se presentes várias testemunhas, a leitura será única, finda a qual se retirarão do recinto da
sessão, permanecendo somente a que vai ser inquirida.
Incomunicabilidade das testemunhas
§ 2º - As testemunhas serão inquiridas individualmente, de modo que uma não possa ouvir o
depoimento da outra, nem se comunicar com as demais que estejam presentes, antes que o depoimento
destas seja tomado.
- 47 -
Forma e requisitos do depoimento
Artigo 155 - O presidente não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais,
salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.
Artigo 156 - Se o presidente verificar que a presença do acusado, pela sua atitude poderá influir no
ânimo da testemunha, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará retirá-lo, prosseguindo na
inquirição, com a presença de seu defensor, fazendo constar do próprio termo de inquirição tal
circunstância.
Reperguntas
Indeferimento de perguntas
Artigo 158 - Não poderão ser recusadas as perguntas do defensor, salvo se ofensivas ou
impertinentes ou sem relação com o fato descrito na portaria, ou importarem na repetição de outra
pergunta já respondida.
Retificação de termo
Artigo 159 - A testemunha poderá, após a leitura do seu depoimento pelo relator ou pelo escrivão,
pedir a retificação do tópico que não tenha, em seu entender, traduzido fielmente sua declaração.
Período de inquirição
Artigo 160 - As testemunhas serão ouvidas durante o dia, das sete às dezoito horas, salvo
prorrogação autorizada pelo presidente do Conselho, por motivo relevante, fazendo-se constar a
justificativa no encerramento do termo de inquirição.
- 48 -
Testemunha analfabeta
Artigo 161 - Se a testemunha não souber ou não puder assinar, o respectivo termo será assinado, a
rogo, por duas outras que ouviram a leitura do depoimento na presença do declarante.
Artigo 162 - Encerrado o depoimento e reconhecendo-se que a testemunha fez afirmação falsa,
calou ou negou a verdade, o presidente mandará extrair cópias das peças que demonstrem o falso
testemunho, remetendo-as à autoridade competente.
Acareação
Artigo 163 - A acareação poderá ser determinada pelo presidente, por indicação de algum membro
do Conselho ou a requerimento da defesa.
Diligências
Artigo 164 - Produzidas as provas, o defensor poderá requerer diligências cuja necessidade se
origine de circunstâncias ou fatos até então desconhecidos e que foram apresentados na audiência.
Deliberação
§ 1º - O presidente do processo regular deliberará sobre o requerimento da defesa, observando o
previsto no § 2º do Artigo 135 destas Instruções.
Realização de diligências e alegações finais
§ 2º - Ordenada a realização de diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da
defesa, a audiência será concluída sem as alegações finais orais.
Diligências externas
§ 3º - O Conselho, incorporado e acompanhado pelo defensor e o militar do Estado acusado, poderá
proceder a toda e qualquer diligência, mesmo fora do local onde funcionar, sempre que tal procedimento
seja julgado indispensável à busca da verdade real.
Documentos estranhos à Polícia Militar
§ 4º - Os documentos apresentados pela defesa, estranhos à Polícia Militar, deverão ser devidamente
autenticados.
Carta precatória
§ 5º - A produção de prova poderá ser requisitada através de carta precatória, expedida diretamente
ao Comandante da Unidade local, pelo presidente, o qual deverá cientificar a defesa sobre tal ato para
acompanhamento.
Certidão nas provas materiais e periciais
- 49 -
§ 6º - Os documentos de provas materiais e periciais deverão conter certidão, exarada por despacho
no próprio documento probatório e assinada pelo presidente, indicando a validade para o caso
concreto.
§ 7º - Realizada a diligência determinada, deve a defesa ser intimada para oferecer memoriais no
prazo de 3 (três) dias, observando-se, em seguida, o disposto no § 3º do Artigo 165 destas Instruções.
§ 7º - Realizada a diligência determinada, deve a defesa ser intimada para oferecer memoriais no
prazo de 5 (cinco) dias, observando-se, em seguida, o disposto no § 3º do artigo 165 destas Instruções.
(NR dada pela Portaria CMT G PM1-18/02/17, de 29JUN17, publicada no Bol G PM 125/17)
Seção IV -
Da defesa
Defesa oral
Artigo 165 - Caso não haja requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos pelo defensor ou apresentadas em memoriais no prazo de 3
(três) dias.
Artigo 165 - Caso não haja requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos pelo defensor ou apresentadas em memoriais no prazo de 5
(cinco) dias. (NR dada pela Portaria CMT G PM1-18/02/17, de 29JUN17, publicada no Bol G PM 125/17)
Parecer do presidente
§ 1º - Oferecidas as alegações finais orais, o presidente do processo regular decidirá se o parecer
será proferido naquela mesma sessão ou se constará do relatório que será apresentado em 3 (três) dias.
Multiplicidade de acusados
§ 2º - Quando houver 3 (três) ou mais acusados, as alegações finais orais serão substituídas por
memoriais, a serem apresentados em até 3 (três) dias.
§ 2º - Quando houver 3 (três) ou mais acusados, as alegações finais orais serão substituídas por
memoriais, a serem apresentados em até 5 (cinco) dias. (NR dada pela Portaria CMT G PM1-18/02/17,
de 29JUN17, publicada no Bol G PM 125/17)
Relatório
§ 3º - Recebidos os memoriais, o relatório será apresentado no prazo de 3 (três) dias.
§ 3º - Recebidos os memoriais, o relatório será apresentado no prazo de 5 (cinco) dias. (NR dada
pela Portaria CMT G PM1-18/02/17, de 29JUN17, publicada no Bol G PM 125/17)
Ata de audiência
§ 4º - Do ocorrido em audiência será lavrado termo contendo breve relato dos fatos relevantes nela
ocorridos, assinado pelo presidente do processo administrativo disciplinar ou pelos membros do
conselho, pelo defensor e pelo acusado, quando presente.
Preclusão de direito
Artigo 166 - Não é admitida suspensão ou interrupção do prazo para a defesa, devendo, ao final, os
autos irem conclusos aos membros do Conselho, para elaboração do relatório.
As alegações
- 50 -
Artigo 167 - O texto de defesa, como qualquer outro escrito do processo, deve ser redigido em
termos respeitosos ao decoro do Conselho, sem ofensa à autoridade pública ou a qualquer pessoa ou
Instituição referida no processo.
Artigo 168 - Se, após a apresentação das alegações de defesa, o Conselho julgar necessária
qualquer diligência para sanar nulidade ou suprir falta prejudicial ao esclarecimento da verdade, deverá
providenciar a realização, observadas as normas gerais de produção de prova no processo.
Seção V
Do Relatório
Parecer dos membros do colegiado
Conteúdo do relatório
Artigo 170 - Inicialmente o Conselho se manifestará sobre qualquer nulidade que possa ter ocorrido,
arguida ou não pela defesa e que não tenha conseguido saná-la, fazendo as considerações julgadas
necessárias.
Questões de mérito
§ 1º - A seguir, o Conselho examinando toda prova produzida e as razões de defesa, passará a
deliberar sobre as questões de mérito, objetivando, afinal, uma conclusão fundada na lei e nos princípios
morais e éticos da profissão policial militar.
Fatos alheios
§ 2º - O Conselho não deve abordar questões alheias ao processo, as quais possam beneficiar ou
prejudicar o acusado.
Da conclusão do relatório
Artigo 171 - As deliberações para a elaboração do relatório do Conselho serão tomadas por maioria
de votos, computado o do presidente.
Parágrafo único - As deliberações do Conselho de Disciplina serão realizadas por votação na
seguinte ordem: relator, interrogante e o presidente.
Propositura da medida
Artigo 174 - Apresentado o relatório, os autos serão remetidos para decisão da autoridade
instauradora.
Parágrafo único - Cópia do relatório será mantida na Unidade do presidente do processo regular
para eventuais vistas do defensor do acusado.
Seção VI -
Artigo 176 - A decisão da autoridade instauradora, devidamente fundamentada, será aposta nos
autos, após a apreciação do processo e de toda prova produzida, das razões de defesa e do relatório do
Conselho, no prazo de 15 (quinze) dias da data do relatório.
Decisão
§ 1º - A autoridade instauradora, após minuciosa análise, apreciando o proposto no relatório, as
provas produzidas e as argumentações aduzidas pela defesa, emitirá sua decisão, não podendo limitar-
se a declarar a concordância ou não com o relatório do presidente.
Fatos alheios
§ 2º - A autoridade instauradora não deverá abordar fatos ou circunstâncias que, embora do seu
conhecimento, não constem dos autos.
Conteúdo da decisão
Publicidade da decisão
Artigo 179 - A decisão da autoridade instauradora deverá ser enviada no prazo de 3 (três) dias, para
publicação em boletim.
Artigo 180 - Após a decisão, os autos serão remetidos para decisão final.
- 53 -
§ 1º - A autoridade instauradora, antes de realizar a remessa dos autos do Conselho de Disciplina,
deverá apensar à contracapa do último volume cópia da nota de corretivo atualizada do militar do Estado
acusado e certidão de objeto e pé relativa a eventual processo - crime instaurado para apuração dos
mesmos fatos que estão sendo objeto do processo regular.
§ 2º - A remessa dos autos ao Comandante Geral, via Corregedoria PM, deverá ser precedida de
saneamento realizado pela autoridade administrativa nas funções privativas do posto de Coronel PM, no
prazo de 30 (trinta) dias. Constatada alguma irregularidade que possa causar prejuízos para a decisão
final, a autoridade administrativa nas funções privativas do posto de Coronel PM deverá adotar as
medidas necessárias para a regularização do processo, restituindo os autos e prorrogando, se for o
caso, o prazo de instrução por até 30 (trinta) dias, cientificando a Corregedoria.
§ 3º - Quando a autoridade administrativa nas funções privativas do posto de Coronel PM for a
autoridade instauradora do processo regular, deverá adotar as medidas mencionadas no parágrafo
anterior, antes da elaboração da decisão, nos termos do Artigo 176 destas Instruções.
Seção IV
Da Decisão final
Análise do processo
Artigo 181 - Recebidos os autos, a Corregedoria PM analisará o processo quanto aos aspectos
legais e formais, preparando a minuta do ato decisório.
Prazo
§ 1º - O prazo para decisão final do Comandante Geral é o estabelecido no Artigo 83 da Lei
Complementar nº 893/01 (RDPM), contado do recebimento dos autos pela Corregedoria PM.
Saneamento e diligências necessárias
§ 2º - Existindo vícios a serem sanados ou diligências necessárias no tocante à decisão final, o
Comandante Geral, por intermédio da Corregedoria PM, poderá determinar a restituição dos autos à
autoridade instauradora, para investigações complementares, fixando prazo de até 30 (trinta) dias, a
contar do recebimento dos autos.
§ 3º - Atendendo convocação do Corregedor PM, os membros do Conselho de Disciplina e o Oficial
de Justiça e Disciplina da Unidade que instaurou o processo regular deverão comparecer à Corregedoria
PM para receber orientações, ou qualquer outro documento relacionado à apuração.
§ 3º - Atendendo convocação do Corregedor PM, os membros do Conselho de Disciplina e o Oficial
do Setor/Seção de Polícia Judiciária Militar e Disciplina ou Correcional de Polícia Judiciária Militar e
Disciplina que instaurou o processo regular deverão comparecer à Corregedoria PM para receber
orientações, ou qualquer outro documento relacionado à apuração. (NR dada pela Portaria PM1-
13/02/18, publicada no Bol G PM 217/18)
Da decisão
Artigo 182 - O Comandante Geral, em ato motivado, decidirá, em instância administrativa final,
mantendo ou reformando a decisão anterior, podendo:
I - arquivar o processo, caso não reste provado a incapacidade moral do acusado por inexistência da
transgressão ou existência de causa de justificação;
- 54 -
II- impor diretamente ou determinar a aplicação de pena disciplinar, quando julgar que a conduta não
é passível de demissão ou expulsão;
III - decidir pela reforma administrativa disciplinar, pela demissão ou pela expulsão, do acusado;
Artigo 183 - Ementa da decisão final será publicada em Diário Oficial do Estado e seu inteiro teor em
Boletim Geral, devendo ser transcrita no Assentamento Individual do militar do Estado acusado.
CAPÍTULO V
DO CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO
Seção I
Das Disposições iniciais
Legislação fundamental
Artigo 185 - O ato de demissão ou de reforma ex officio do Oficial por motivos disciplinares, previstos
no Decreto Lei nº 260/70, será precedido do julgamento pelo Tribunal de Justiça Militar sobre a perda do
posto e da patente.
Independência da convocação
Artigo 186- O Conselho de Justificação poderá ser nomeado a despeito da instauração de inquérito
policial comum ou militar, de processo criminal ou de sentença criminal não transitada em julgado.
Seção II -
Da Instauração
A nomeação do Conselho
Da representação
§ 1º - A representação contra o Oficial a ser submetido a Conselho de Justificação, bem como a
indicação dos Oficiais integrantes do Conselho é da competência do Comandante Geral, conforme o § 2º
da Lei Estadual nº 186/73.
Proposta do interessado
§ 2º - O Oficial poderá propor sua submissão a Conselho de Justificação ao Comandante Geral,
conforme o previsto no Artigo 2º da Lei Federal nº 5.836/72.
- 55 -
Do saneamento e elaboração
§ 3º - A Corregedoria PM é o órgão responsável pelo saneamento dos autos que contém a acusação
e provas contra o Oficial, e elaboração da representação dirigida ao Secretário da Segurança Pública.
Concursos de agentes
§ 4º - Será nomeado apenas um Conselho de Justificação, quando o ato ou atos motivadores tenham
sido praticados em concurso de agentes.
Devido processo legal
§ 5º - Estando envolvidos Oficial PM e Praça PM, serão efetuados processos distintos, de acordo com
as respectivas legislações.
Requisitos da representação
Artigo 188- A representação conterá os requisitos definidos no Artigo 124 destas Instruções, e ainda:
Requisitos obrigatórios
I - a anexação dos autos de Sindicância ou documentos que comprovem a apuração de autoria e
materialidade do ato incompatível com o Oficialato, ainda não punido, observado o previsto no Artigo 114
destas Instruções;
II - a anexação de cópia autenticada da folha 09 (nove) dos assentamentos do justificante;
III - o rol de testemunhas de acusação;
IV - a indicação do local de funcionamento do processo.
Indeferimento da indicação
Artigo 189 - O Secretário da Segurança Pública pode, com base nos antecedentes do Oficial a ser
julgado e na natureza ou falta de consistência dos fatos arguidos, considerar desde logo improcedente a
representação, determinando seu arquivamento ou devolvendo para novas diligências.
Parágrafo único - O indeferimento definitivo da representação será transcrito, após publicação, nos
assentamentos do Oficial.
Publicidade da instauração
Seção III
Da Instrução
Rito do Conselho de Justificação
- 56 -
II - se o fato narrado não tiver sido convenientemente apurado;
III - se estiver extinta a punibilidade da transgressão.
Termo de recebimento
§ 1º - Recebido o documento de nomeação, o presidente lavrará termo de recebimento, certificando a
data e remeterá cópia à Corregedoria PM.
Prazo do termo de recebimento
§ 2º - O termo de recebimento deverá ser lavrado no prazo de 02 (dois) dias, a contar da entrada dos
autos no protocolo da Unidade do presidente.
Ciência da acusação
Artigo 193 - Ao receber os autos, o presidente citará o justificante, conforme o previsto no Código de
Processo Penal Militar.
Da instalação do Conselho
Artigo 194- A primeira sessão do Conselho destina-se ao compromisso dos seus membros, leitura e
autuação dos documentos e interrogatório do justificante, devendo ser realizada no prazo 7 (sete) dias
nos termos do Artigo 402 do CPPM a contar do recebimento dos autos.
Termo de compromisso
§ 1º - Presentes o justificante e/ou defensor, o presidente e os membros do Conselho prestarão o
compromisso legal, sendo lavrado o respectivo termo.
Leitura da acusação
§ 2º - A seguir, o presidente determinará ao escrivão que proceda à leitura da peça de nomeação e
demais documentos que a acompanham.
Incidentes
§ 3º - Verificada pelos membros ou apontada pela defesa a existência de algum incidente definido na
Lei Federal nº 5.836 de 05DEZ72 e daqueles definidos no Título I destas Instruções, procederá conforme
ali disposto, registrando a situação na ata da sessão.
Direito do silêncio
Artigo 195- Antes de iniciar o interrogatório, o presidente observará ao justificante que não está
obrigado a responder às perguntas que lhe forem formuladas.
Do interrogatório do justificante
Artigo 196 - O justificante será qualificado e interrogado pelo relator, o qual determina a redução a
termo, observado o contido nos Artigos 302 a 306 do CPPM.
Limitação objetiva do interrogatório
- 57 -
§ 1º - O interrogatório deve versar exclusivamente sobre os fatos, as faltas e circunstâncias contidas
na acusação.
Proibição de questões subjetivas
§ 2º- Não devem ser formuladas perguntas de cunho subjetivo, geradoras de respostas que
impliquem na formulação de juízos de valor.
Questões dos outros membros do Conselho
§ 3º- Após as perguntas do relator, os demais membros do Conselho poderão formular as suas,
sempre através daquele, devendo tudo ser consignado nos autos.
Proibição de pergunta única
§ 4º- É proibida a formulação de apenas uma pergunta genérica, que contenha toda a acusação.
Proibição de interferência do defensor
§ 6º - O defensor, próprio ou dativo, não interferirá no interrogatório ou nas respostas do justificante.
A confissão
Artigo 197- A confissão do justificante terá valor como prova observado o disposto no Artigo 307 do
CPPM.
Indicação de provas
Artigo 198 - Se o justificante negar a imputação, no todo ou em parte, será perguntado se pode
indicar provas que sustentem suas alegações.
Artigo 199- As respostas do justificante serão fielmente reproduzidas pelo relator ao escrivão, que as
reduzirá a termo.
Artigo 200- Ao final do interrogatório, o presidente deverá fornecer ao defensor o libelo acusatório, e
neste momento, a defesa poderá indicar testemunhas e apresentar documentos do seu interesse para
juntada nos autos.
Testemunhas de acusação
Artigo 201- As testemunhas de acusação, em número máximo de 05 (cinco), são aquelas que
efetivamente têm conhecimento dos fatos geradores da nomeação do Conselho.
Artigo 202- Nenhuma testemunha de acusação será inquirida sem que sejam intimados o acusado e
seu defensor, com pelo menos 3 (três) dias de antecedência, nos termos do CPPM.
- 58 -
Proibição da prova testemunhal emprestada
Artigo 203- A prova pessoal de acusação, obtida no procedimento inquisitório, deve ser repetida
perante o Conselho, não se admitindo a prova pessoal emprestada.
Testemunhas suplementares
Artigo 205- Quando necessário poderão ser ouvidas outras testemunhas, além das referidas ou
informantes para busca da verdade real.
Contradita da testemunha
Artigo 206- Antes de iniciado o depoimento, o relator, o acusado ou o seu defensor poderão
contraditar a testemunha ou arguir circunstâncias ou defeitos que a tornem suspeita de parcialidade ou
indigna de fé, nos termos do CPPM.
Decisão da contradita
Artigo 207- Após a testemunha ser devidamente qualificada, o escrivão lhe fará a leitura da
acusação, antes de iniciada a inquirição.
Leitura conjunta
§ 1º - Se presentes várias testemunhas, a leitura será única, finda a qual se retirarão do recinto da
sessão, permanecendo somente a que vai ser inquirida.
Incomunicabilidade das testemunhas
§ 2º - As testemunhas serão inquiridas individualmente, de modo que uma não possa ouvir o
depoimento da outra, nem se comunicar com as demais que estejam presentes, antes que o depoimento
destas seja tomado, nos termos do Artigo 353 do CPPM.
- 59 -
Limitação subjetiva do depoimento
Artigo 209- O presidente não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais,
salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.
Artigo 210- Se o presidente verificar que a presença do justificante, pela sua atitude poderá influir no
ânimo da testemunha, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará retirá-lo, prosseguindo na
inquirição, com a presença de seu defensor, fazendo constar do próprio termo de inquirição tal
circunstância.]
Reperguntas
Indeferimentos de perguntas
Artigo 212- Não poderão ser recusadas as perguntas do defensor, salvo se ofensivas ou
impertinentes ou sem relação com o fato descrito na peça de nomeação, ou se importarem repetição de
outra pergunta já respondida.
Retificação de termo
Artigo 213- A testemunha poderá, após a leitura do seu depoimento pelo escrivão, pedir a retificação
do tópico que não tenha, em seu entender, traduzido fielmente declaração sua.
Período de inquirição
Artigo 214- As testemunhas serão ouvidas durante o dia, das sete às dezoito horas, salvo
prorrogação autorizada pelo presidente do Conselho, por motivo relevante, fazendo-se constar a
justificativa no encerramento do termo de inquirição.
Testemunha analfabeta
Artigo 215 - Se a testemunha não souber ou não puder assinar, o respectivo termo será assinado, a
rogo, por duas outras que ouviram a leitura do depoimento na presença do declarante.
- 60 -
Artigo 216- Encerrado o depoimento e reconhecendo-se que a testemunha fez afirmação falsa, calou
ou negou a verdade, o presidente mandará extrair cópias das peças que demonstrem o falso
testemunho, remetendo-as à autoridade competente.
Acareação
Artigo 217- A acareação poderá ser determinada pelo presidente, por indicação de algum membro
do Conselho ou a requerimento da defesa.
Diligências externas
Artigo 218- O Conselho, incorporado e acompanhado pelo defensor e o acusado, poderá proceder a
toda e qualquer diligência, mesmo fora do local onde funcionar, sempre que tal procedimento seja
julgado indispensável à busca da verdade.
Seção IV-
Da Defesa
Apresentação das alegações
Artigo 219 - Após ouvida a última testemunha o presidente abrirá vistas para a defesa ofertar
diligências nos termos do Artigo 427 do CPPM.
- 61 -
Supressão
§ 1º - O texto de defesa, como qualquer outro escrito do processo, deve ser redigido em termos
respeitosos ao decoro do Conselho, sem ofensa à autoridade pública ou a qualquer pessoa ou
Instituição referida no processo.
Indeferimento de diligências
§ 2º - O presidente do Conselho, ouvindo os demais membros, indeferirá, fundamentadamente, as
medidas impertinentes, protelatórias e tumultuárias.
Seção V -
Do julgamento
Formulação das questões para julgamento
Das preliminares
§ 1º - Inicialmente o Conselho se manifestará sobre qualquer nulidade que possa ter ocorrido, arguida
ou não pela defesa e que não tenha conseguido saná-la, fazendo as considerações julgadas
necessárias.
Questões de mérito
§ 2º - A seguir, o Conselho examinando toda prova produzida e as razões de defesa, passará a
deliberar sobre as questões de mérito, objetivando, afinal, uma conclusão fundada na lei e nos princípios
morais e éticos da profissão policial militar.
Fatos alheios
§ 3º - O Conselho não deve abordar questões alheias ao processo, as quais possam beneficiar ou
prejudicar o justificante.
Da votação
Artigo 222- As deliberações para a elaboração do relatório do Conselho serão tomadas por maioria
de votos, computado o do presidente.
Ordenamento
Parágrafo Único - A votação de cada quesito será iniciada pelo membro mais moderno ou de menor
posto.
Conteúdo do relatório
- 62 -
VII - o parecer de procedência, procedência em parte ou improcedência da acusação e a proposta da
medida aplicável ao caso concreto.
Propositura da medida
Fundamentação de voto
Artigo 225- O membro do Conselho que for vencido deverá fundamentar o seu voto.
Artigo 226- Elaborado pelo escrivão e assinado por todos os membros, o relatório, juntamente com
os autos, será remetido à autoridade nomeante.
Prazo de conclusão
Artigo 227- Não tendo ocorrido interrupções legais no andamento do processo, o processo deve
estar concluído no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua nomeação, podendo ser prorrogado
por até 20 (vinte) dias, conforme o previsto no parágrafo único do Artigo 11 da Lei Federal nº 5.836/72.
Seção VI -
Artigo 228- A decisão, devidamente fundamentada, será aposta nos autos, após a apreciação do
processo e de toda prova produzida, das razões de defesa e do parecer do Conselho, e no prazo de 20
(vinte) dias a contar do seu recebimento, conforme o previsto no Artigo 13 da Lei Federal nº 5.836/72.
Publicação do ato
Artigo 229- A decisão será publicada em Diário Oficial do Estado, gerando os efeitos a contar desta
data.
O arquivamento
- 63 -
§ 1º - O processo, cuja decisão concluir pelo arquivamento do feito, deverá ser remetido ao
Comandante Geral, via Corregedoria PM para controle e arquivamento dos autos.
A submissão a julgamento pelo TJM
§ 2º - O processo, cuja decisão concluir por julgamento do Oficial pelo Tribunal de Justiça Militar,
deverá, após o acórdão, ser remetido ao Comandante Geral, via Corregedoria PM, para as providências
cabíveis.
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ÍNDICE REMISSIVO
A
A norma legal 39
Acareação 47
Acareação 58
Aceitação da exceção 14
Afastamento dos membros do Conselho de Disciplina 50
Afastamento preventivo 18
Agentes de OPM diversas 41
Agregação disciplinar 60
Alegações 48
Alteração da competência 10
Amplitude do julgamento 38
Análise do laudo 16
Análise do processo 51
Apreciação 50, 61
Apreciação do registro 24
Apresentação das alegações 59
Apresentação das testemunhas de defesa 56
Apresentação de laudo pelo Centro Médico 16
Apresentação dos documentos 56
Arguição contra o presidente 14
Armas e munições 30
Arquivamento 61
Arquivo dos autos 33
Assinatura das peças dos autos 21
Assinatura dos membros 21
Ata audiência 48
Ato de bravura 34
Ato normativo interno 7
Atualização monetária 29
Ausência de procuração 11
Autenticação de cópias juntadas 20
Autoridade instauradora 8, 27
Autoridades competentes 8
Auxiliares 10
Avaliação do dano 28, 31
Avocação por autoridade superior 9
C
Cálculo da indenização 28
Carta precatória 20, 25, 47, 58
Caso de indenização 26
Caso de prosseguimento 17
Casos de demissão 37
Casos de expulsão 37
Casos de suspeição do presidente 12
Casos omissos 7
Certidão nas provas materiais e periciais 25, 47, 59
Ciência da acusação 54
Citação 18
Citação pessoal 19
Citação por edital 19
Comparecimento das testemunhas de defesa 45
Competência do Comandante Geral 10
Competência do Secretário da Segurança Pública 10
Competência para requisitar e auditar 28
Complementação de prova emprestada 25
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Complemento da prova testemunhal 44
Composição do Conselho 40
Comprovante de adoção de providências 21
Conceito de incidente 13
Concurso de agentes 40, 53
Concurso ou continuidade de infrações 39
Confissão 44, 55
Conflito aparente de normas 7
Conhecimento do fato 23
Conselho de Disciplina 40
Conselho de Justificação 39
Consignação das perguntas não respondidas 43, 55
Consulta à DPC 31
Conteúdo 26
Conteúdo da citação 18
Conteúdo da decisão 51
Conteúdo da Intimação 19
Conteúdo do relatório 49, 60
Conteúdo do relatório. Parecer 49
Contradita da testemunha 45, 56
Conversão em UFESP 28
Cópias ao órgão central 33
Cópias para arquivo 21
D
Da Competência 23
Da conclusão do relatório 49
Dados complementares em caso de recusa 30
Decisão 50, 52
Decisão da autoridade instauradora 16
Decisão da contradita 45, 56
Decisão do Comandante Geral 38
Decisão do processo 8
Decisão do TJM 37
Declaração espontânea 14
Defensor 11
Defesa oral 47
Defesa preliminar 42
Defesa técnica obrigatória 11
Definições técnicas do acidente 32
Delegação das atribuições 9
Deliberação 47
Dependência do ato administrativo 52
Designação de escrivão 23
Designação de Escrivão 40
Desnecessidade da instauração do CJ 39
Desnecessidade do termo de juntada 20
Determinação da competência 9
Dever de representar 8
Devido processo legal 53
Devolução de documentos 12
Diligências 47
Diligências externas 47
Diligências externas 58
Diligências finais 48
Direito do silêncio 43, 55
Divergência de cópia e original 21
Do interrogatório do acusado 43
Documentos estranhos à Polícia Militar 47, 58
Documentos obrigatórios 32
Doença superveniente ao processo 17
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E
Emenda da portaria 39
Escrivão 10
Especificação do ressarcimento 29
Extinção da punibilidade 16
Extravio do acusado 17
F
Fatos alheios 49, 50, 59
Fatos conexos 22
Finalidade 22
Fontes de conhecimento 22
Forma 20
Forma de pagamento 29
Forma e requisitos do depoimento 45
Formas de intimação 19
Formulação das questões para julgamento 59
Função investigatória do sindicante 25
Funcionamento 39
Fundamentação do processo 38
Fundamentação do voto 60
Fundamentos da portaria 38
H
Hipótese de sobrestamento 17
I
Identificação 39
Identificação do veículo 33
Impedimento ou suspeição do presidente 24
Impedimentos do defensor dativo ou ad hoc 13
Impedimentos dos peritos 13
Impedimentos e suspeição do escrivão 13
Impossibilidade de Prorrogações 50
Impossibilidade de qualquer medida punitiva 51
Improcedência da arguição 15
Imputabilidade diminuída 17
Incidente de falso testemunho 46, 58
Incidentes 55
Incomunicabilidade das testemunhas 45, 57
Indeferimento da indicação 53
Indeferimento de diligências 59
Indeferimento de perguntas 46, 57
Independência da convocação 52
Independência de apuração de responsabilidade 38
Independência de esferas julgadoras 38
Indicação da exclusão de armas e munição 32
Indicação de provas 44, 55
Indícios de crime ao término da Sindicância 25
Indícios de crime militar 23
Indícios de crime no curso da sindicância 25
Indícios de crime no curso do processo 47, 53, 58
Infração fora do território estadual 9
Início da instrução 42
Inquirição das testemunhas 42
Instalação do Conselho 54
Instauração de Sindicância 22
Instauração e prosseguimento do processo 13
Instrução 24
Interesse de ressarcir 28
Interpretação das normas 7
Interrogatório 43
- 67 -
Interrogatório do justificante 55
Interrogatório em separado 43
Interrupção do pagamento 30
Intimação do acusado ou defensor 56
Intimação do militar do Estado acusado e do defensor 45
Investigação preliminar 23
Investigadores 10
J
Juntada do atestado de Origem ou do Inquérito Sanitário de Origem 34
L
Laudo de vistoria e recebimento 30
Legislação fundamental 40, 52
Legislação médica 34
Leitura conjunta 45, 57
Leitura da acusação 54
Limitação das atribuições 9
Limitação objetiva do interrogatório 43, 55
Limitação subjetiva do depoimento 46, 57
Limites de desconto em folha de pagamento 29
Local de permanência 18
Local do arquivo dos autos originais 21
Localização do bem após a sindicância 31
Localização do bem durante a sindicância 31
M
Manifestação nos autos 12
Medida de controle 41
Medidas de recuperação ou indenização 31
Medidas que recaem sobre o militar do Estado acusado 35
Memorial descritivo 30
Motivação da declaração 14
Movimentação documental de armas e munições 31
Movimentação documental e física de armas e munições 31
Multiplicidade de acusados 48
N
Não aceitação da exceção 14
Não comparecimento do defensor 11
Nomeação do Conselho 53
Normas subsidiárias 7
Nulidade 20
Nulidade dos atos praticados 15
Numeração e Rubrica 20
Numerador de processo 21
Numerador de Sindicância 21
O
Objetos de investigação 22
Obrigatoriedade de autorização para desconto 29
Ordenamento 60
Outras medidas complementares 51
P
Parecer do presidente 48
Parecer dos Membros do Colegiado 48
Perícia por médico da PMESP 10
Período de inquirição 46, 58
Petição 21
Pluralidade dos envolvidos 9
Portaria vocação 40
Possibilidade de defeito mecânico 32
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Prazo 23, 52
Prazo de conclusão 50, 61
Prazo do termo de recebimento 24, 54
Prazo para citar 41
Prazos de encerramento 26
Precedência de arguição de impedimento ou suspeição 14
Preclusão de direito 48
Preliminares 59
Presença do defensor 11
Presidente de sindicância 13
Presidente do processo 8
Previsão legal do CJ 39
Princípios informadores do Processo Administrativo 7
Prisão cautelar 18
Processo Administrativo Disciplinar 40
Processo contra Oficial 37
Processo regular de Praça com dez ou mais anos de serviço policial-militar 37
Processo regular de Praça com menos de dez anos de serviço policial-militar 38
Proibição da prova testemunhal emprestada 56
Proibição de arquivamento 24
Proibição de interferência do defensor 43, 55
Proibição de pergunta única 43, 55
Proibição de questões subjetivas 43
Proibição em caso de crime militar 22
Proibições de questões subjetivas 55
Propositura da medida 49, 60
Proposta do interessado 53
Prosseguimento do processo 59
Prosseguimento normal 25
Prova emprestada 25, 44, 59
Provas 20
Providências do encarregado da investigação preliminar 23
Providências junto ao CIAF 29
Publicação do sobrestamento 17
Publicação e teor da decisão 22
Publicidade da decisão 51
Publicidade da decisão final 52
Publicidade da instauração 54
Publicidade do ato 61
Q
Qualidade dos documentos 20
Qualificação 39
Qualificação e leitura da acusação 45, 57
Quesitos obrigatórios da perícia 15
Questão de ordem íntima 14
Questionamento pelo presidente 14
Questões de mérito 49, 59
Questões dos outros membros do Conselho 43, 55
R
Ratificação do conteúdo e complementação 44
Realização diligências e alegações finais 47
Recebimento da exceção 15
Recebimento dos autos 41
Recusa de integrante pelo acusado 14
Recusa de ressarcimento 30
Relatório 48
Remessa à autoridade competente 27
Remessa ao Gabinete do Comandante Geral 30
Remessa ao órgão de recursos humanos 34
Remessa da sentença 39
Remessa de cópia dos autos ao órgão conveniados 34
- 69 -
Remessa dos autos 51, 60
Remissão das folhas 26
Remoção dos veículos 32
Reperguntas 46, 57
Representação 28, 53
Requerimento 15
Requisitos da portaria 41
Requisitos da representação 53
Requisitos obrigatórios 53
Responsabilidade disciplinar 26
Retificação de termo 46, 58
Retirada do acusado do local do depoimento 57
Revelia 19
Rito do Conselho de Justificação 54
Rito do Processo Administrativo Disciplinar 40
Rol de atividades instrutórias 24
Rol de casos de perda do posto e da patente 36
Rol de medidas que recaem sobre o acusado 18
S
Saneamento e diligências necessárias 52
Saneamento e elaboração 53
Seguro do particular por danos 34
Submissão a julgamento pelo TJM 61
Substituição da UFESP 28
Substituição de testemunha 44
Substituição do dativo 11
Substituição do impedido ou suspeito 15
Substituição do presidente 24
Substituição por recusa 11
Suporte fático 39
Supressão 59
T
Teor da instrução 34
Termo de compromisso 54
Termo de recebimento 24, 54
Testemunha analfabeta 46, 58
Testemunhas 39
Testemunhas da defesa 42
Testemunhas de acusação 56
Testemunhas referidas ou informantes 44
Transcrição literal das respostas 44, 55
Tríplice responsabilidade 8
V
Verdade real 43
Verificação ao encaminhar 21
Vistas dos autos 12
Votação 60
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