Perturbações de Sentimentos

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Ruben de Laura Tiorenço João de Araújo

Sandra Chaha Ossifo


Severiano Aleixo Valeriano
Sulamita de Pompílio Vintuar

Perturbações dos sentimentos, das emoções e da vontade

(Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações)

Universidade Rovuma

Nampula

2021
1i

Ruben de Laura Tiorenço João de Araújo


Sandra Chaha Ossifo
Severiano Aleixo Valeriano
Sulamita de Pompílio Vintuar

Perturbações dos sentimentos, das emoções e da vontade

5º Grupo

Trabalho de carácter avaliativo leccionado


pelo docente: MA. Juvenal Maricane
Inruma, na Faculdade de Educação e
Psicologia, na Cadeira de “Introdução à
Psicologia”, Curso de Psicologia Social e
das Organizações, Turma 2, 1.º ano, 1.º
Semestre, Laboral

Nampula

Agosto de 2021
2ii

Índice
Introdução...............................................................................................................................3

ESFERA EMOCIONAL, SENTIMENTAL E VOLITIVA DA PERSONALIDADE..........4

Sentimento..............................................................................................................................4

Conceito de sentimento...........................................................................................................4

Perturbações de sentimentos...................................................................................................4

Emoções..................................................................................................................................5

Conceito de emoções..............................................................................................................5

Perturbações de emoções........................................................................................................6

Vontade...................................................................................................................................7

Conceito de vontade................................................................................................................7

Perturbações de vontade.........................................................................................................7

Diferenças entre as emoções humanas e animais...................................................................8

Conclusão................................................................................................................................9

Referencias Bibliograficas....................................................................................................10
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Introdução
O presente trabalho aborda sobre a esfera emocional, sentimental e evolutiva da
personalidade.
As emoções e os sentimentos são aspectos das interacções aos quais não tem sido dada
suficiente ênfase na pesquisa em Ensino de Ciências, apesar de tacitamente todos
reconhecerem a importância das emoções na interacção social.

Segundo António Damásio as emoções têm função social e papel decisivo no processo da
interacção. As emoções são adaptações singulares que integram o mecanismo com o qual os
organismos regulam sua sobrevivência orgânica e social.
No trabalho, focamo-nos mais naquelas que são as perturbações dos sentimentos, das
emoções e da vontade.
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ESFERA EMOCIONAL, SENTIMENTAL E VOLITIVA DA PERSONALIDADE


1. Sentimento
1.2. Conceito de sentimento
De forma genérica, são informações que seres biológicos são capazes de sentir nas situações
que vivenciam, ou seja, são estados afectivos duráveis, moderados intensivamente pelos quais
os factos psíquicos têm um papel predominante. Por Exemplo; amizade, saúde, medo.

O medo por exemplo, é uma informação de que há risco, ameaça ou perigo directo para o
próprio ser ou para interesses correlatos.

1.3. Perturbações de sentimentos


As perturbações de sentimento causam diversas irregularidades tais como:

1.3.1. Perturbações do sono


A narcolepsia é uma alteração pouco frequente do sono, que se caracteriza por crises
recidivantes de sono durante as horas normais de vigília e também de acataplexia,
paralisia do sono e alucinações.

1.3.2. Doenças convulsivas


A epilepsia é uma perturbação caracterizada pela tendência a sofrer convulsões
recidivantes. Em algum momento, 2 % da população adulta tem uma convulsão. Um
terço desse grupo tem convulsões.
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1.3.3. Ansiedade
O stress agudo é semelhante ao stress pós-traumático excepto que começa dentro das
quatro semanas depois do acontecimento traumático, e dura somente entre duas a
quatro semanas.

1.3.4. Depressão e mania


A depressão e a mania representam os dois pólos opostos das perturbações do humor.
As perturbações do humor são doenças psiquiátricas nas quais as alterações
emocionais consistem em períodos.

1.3.5. Comportamento suicida


O comportamento suicida abrange os gestos suicidas, as tentativas de suicídio e o
suicídio consumado. Os planos de suicídio e as acções que têm poucas possibilidades
de levar à morte são chamados gestos.

1.3.6. Alterações do apetite


A bulimia nervosa é uma perturbação caracterizada por episódios recidivantes de
apetite voraz seguidos por uma purga (vómitos auto-induzidos ou utilização de
laxantes ou diuréticos ou de ambos).

1.3.7. Perturbações sexuais e psicosexuais


Uma perturbação de identidade de género é o desejo de ter o sexo oposto ou a
sensação de estar preso num corpo do outro sexo.

1.3.8. Perturbações da função sexual


A ejaculação precoce é uma ejaculação que ocorre demasiado cedo, geralmente antes,
durante ou pouco depois da penetração. O problema é frequente entre adolescentes.

1.3.9. Alterações da personalidade


As alterações da personalidade caracterizam-se por padrões de percepção, de reacção
e de relação que são relativamente fixos, inflexíveis e socialmente desadaptados,
incluindo uma variedade.

A perturbação de identidade dissociativa, antes chamada perturbação de


personalidade múltipla, é uma situação na qual alternam no controlo do
comportamento da pessoa duas ou mais identidades ou personalidades e na qual se ver.
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2. Emoções

2.1. Conceito de emoções


São estados internos primitivos do existir do indivíduo, tanto que aparecem quase logo após
nascimento de forma brusca e repentina, como é o caso da alegria e da tristeza – O bebé chora
diante de necessidades como fome e sono, ou por a outra, emoção é uma experiência afectiva
que aparece de maneira brusca e que é desencadeada por um objecto ou situação excitante,
que provoca muitas reacções motoras e glandulares, além de alterar o estado afectivo.

Nossa existência está contextualizada no mundo e como tal, vivemos cercados de objectos,
situações e de outras pessoas com quem interagimos. Tudo o que nos cerca provoca um
desejo de afastamento ou de aproximação e estes desejos, mesmo que não sejam realizados,
constituem a experiência afectiva de cada um. Para muitos teóricos, a diferença existente entre
emoção e sentimento diz respeito apenas ao grau de intensidade e, neste caso, um estado
afectivo mais suave, relacionado com as características do objecto em questão, constituiria um
sentimento, enquanto que a emoção seria um sentimento mais intenso.  

2.2. Perturbações de emoções


Descrevem-se sumariamente a seguir apenas algumas perturbações de foro emocional que são
já problemas de natureza psiquiátrica.

2.2.1. Alexitimia
As pessoas que sofrem deste problema têm muita dificuldade em discernir sobre as
suas próprias emoções e descrever os sentimentos. Pode ser induzida por abuso de
drogas, stress pós-traumático, problemas vasculares estando presente no autismo e na
esquizofrenia.

2.2.2. Anedonia
É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer no dia-a-dia, geralmente
associada à Apatia. Presente nos estados depressivos.

2.2.3. Apagamento emocional: não há expressão das emoções; a pessoa não transmite
qualquer estado emocional visível no rosto, no olhar, na boca (ausência de expressão).
2.2.4. Apatia
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Geralmente é uma situação decorrente da depressão. O humor está muito diminuído e


há falta de interesse, motivação e desejo. Incapacidade de sentir afectos. Certas
doenças mentais podem provocar esta situação.

2.2.5. Embotamento Emocional


Neste caso significa que a pessoa não sente normalmente as emoções; estas parecem
apagadas no que se refere à intensidade e, por isso, quase não se percebe o que ela
realmente sente. Aparece na demência, em certas lesões cerebrais e nos doentes
psicóticos.

2.2.6 Disforia: diferente da ansiedade, a disforia é um estado de humor desagradável e


negativo que inclui desconforto emocional e intranquilidade.

2.2.7. Euforia: humor de sinal positivo, elevado, contentamento que pode ser extremo. Pode
ser uma "alegria patológica", já com carácter preocupante e a necessitar de ajuda
psiquiátrica.
2.2.8. Humor Ansioso: sensação de apreensão, tensão interior, que pode exprimir-se através
de palpitações, náuseas, sudação e outras alterações fisiológicas.
2.2.9. Humor Deprimido: equivale a um estado de tristeza e disforia.
2.2.10. Neotimia: problema decorrente de psicose que envolve sentimentos e estados
afectivos inteiramente novos, estranhos e até bizarros para o doente.
2.2.11. Puerilidade: vida afectiva superficial, nenhum afecto profundo, a pessoa ri ou chora
por motivos banais.
2.2.12. Restrição Emocional: sucede nos casos da pessoa com dificuldade em sentir certas
emoções. Pode ser temporário ou indicar alguma perturbação afectiva.
3. Vontade

3.1. Conceito de vontade


Segundo Schopenhauer, a vontade é o elemento fundamental a fim de trazer o sentido das
coisas e do mundo. É essa união entre o corpo e o sentimento, segundo o filósofo, que
proporciona a essência metafísica elementar: a vontade da vida.

Segundo Filho, diz que a vontade é conceituada como sendo a capacidade de associar o "livre
arbítrio e o determinismo". O próprio indivíduo tem a opção de escolher se faz ou não faz
determinado ato, julgando, avaliando sugerindo e opinando sobre suas próprias acções; a
resolução depende só da vontade própria.
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Os impulsos são actos sem conteúdo e sem direcção, aparecem subitamente e geralmente com
consequências danosas. O indivíduo se entrega de maneira passiva e cega, ignorando o
objectivo. São exemplos de impulsos patológicos: pirómana, toxicofilia e cleptomania.

3.2. Perturbações de vontade


3.2.1 Hiperbulia: é o aumento dos desejos. Segundo Jaspers: é um sentimento gigantesco

de força; o pensamento possui força e clareza extraordinárias.

3.2.2. Hipobulia: é a diminuição dos desejos; há um sentimento de passividade e abandono;


falta a transformação do impulso volitivo em acção. O indivíduo não tem vontade nem
de pensar.

3.2.3. Negativismo
O indivíduo tem uma resistência, sem motivo, contra qualquer tipo de impulso, ideia
ou ato motor. Existem 2 tipos de negativismo: o passivo, onde o indivíduo se abstém
de realizar qualquer acto, e o activo, onde o indivíduo realiza sempre o oposto do que
lhe é pedido.

3.2.4. Fenómenos em eco


Nesse caso a vontade encontra dificuldade em estabelecer limites e critérios. Há uma
espécie de círculo vicioso onde, a partir do momento em que a vontade leva a uma
acção, essa acção se torna repetitiva, sem motivo de assim o ser. São exemplos de
fenómenos em eco: ecopraxia (repetição de actos complexos), ecomimia (repetição
dos próprios actos) e ecolalia (repetição de sons ou falas).

3.2.5. Obediência Automática


O paciente realiza de forma passiva e imediata as ordens que lhe são comunicadas, e
nesse caso a vontade carece de independência e autonomia, e a vontade do paciente é
dependente da vontade alheia.

Diferenças entre as emoções humanas e animais


No animal – seja ele de organização superior ou inferior – cada acção, cada reacção, por ele
efectuada, inclusive a “inteligente”, dimana de uma disposição fisiológica do seu sistema
nervoso, à qual estão ligados, no plano psíquico, instintos, impulsos motores e percepções
sensíveis. O que para os instintos e para os impulsos não é interessante também não é dado, e
o que é dado só é dado ao animal como centro de resistência relativamente ao desejo ou à
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aversão, isto é, como centro biológico. O primeiro acto do drama de um comportamento


animal frente ao seu meio tem, pois, sempre o ponto de partida num estado psicofisiológico.
A estrutura do meio ambiente é aí, de modo exacto e pleno, “consistentemente” conforme à
peculiaridade fisiológica e, indirectamente, à natureza morfológica do animal, e ainda à
estrutura impulsiva e sensorial, pois elas constituem uma rigorosa unidade funcional.

Conclusão
O presente trabalho de pesquisa em grupo de (4) quatro elementos, foi bastante útil para a
nossa aprendizagem, na medida em que por meio dele constatou-se que “O sentimento se
distingue basicamente da emoção, por estar revestido de um número maior de elementos
intelectuais e racionais. No sentimento já existe alguma elaboração no sentido do
entendimento e da compreensão. No sentimento já acontece uma reflexão e aproximação do
livre-arbítrio, da espiritualidade e da racionalidade ou evolução humana”.

Também, constatamos que as emoções são estados internos primitivos do existir do indivíduo,
tanto que aparecem quase logo após nascimento de forma brusca e repentina, como é o caso
da alegria e da tristeza – O bebé chora diante de necessidades como fome e sono, ou por a
outra, emoção é uma experiência afectiva que aparece de maneira brusca e que é
desencadeada por um objecto ou situação excitante, que provoca muitas reacções motoras e
glandulares, além de alterar o estado afectivo.
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Referencias Bibliograficas
http://www.politicaexterna.com/16661/explicando-funes-mbti-sentimento-introvertido-fi-o
que-so-extroverso-e-introverso

DAMÁSIO, A. O Erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo:


Companhia da Letras, 1996.

DAMÁSIO, A. (2000) O Mistério da Consciência: do corpo e das emoções do conhecimento


de si. São Paulo: Companhia das Letras.

RAZERA, Graça; Hiperatividade Eficaz: Uma escolha Consciente; 258 p.; Instituto
Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC); Rio de Janeiro, RJ; 2001.

SANTO, Flávia Maria Teixeira dos. As emoções nas interacções e a aprendizagem


significativa – revisado. 28/03/2007

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