Dana - Manual de Mineralogia
Dana - Manual de Mineralogia
Dana - Manual de Mineralogia
MINERALOGIA
I
M A N U A L DE M I N E R A L O G I A
VOLUME 1
OUTRAS OBRAS DO NOSSO FUNDO EDITORIAL
.. -.
'
MANUAL
MINERALOGIA
VOLUME 1
REVISTO POR
CORNELIUS S. HURLBUT, JR
PROFESSOR DE MINERAL001A DA
UNIVERSIDADE DE HkRVARU
TRADUÇÃO
RUI RIBEIRO FRANCO
CHEFE DA DIV. DE ENSINO E F O R M A Ç ~ ODO I. E. A T ~ M I C A
DE S. PAULO. EX-CATEDR~TICO DE PETROLWIA E LIVRE
DOCENTE DE MINEPALOGIA E PETROLOGIA DA FACULDADE
DE FILOSOFIA. CIÊNCIAS E LETRAS DA V. S . P
Atilhorired translation from English languaee edition piiblished h" John Wiley
& Sons, Inc., New York. Copyright @) 1959 by l o h n Wiley & Sons, Inc. All
Rights Reserved.
IMPRESSO NO BRhSU
PRINTED IN BI(AIV
CAPA
WAONER C. BARROSO
A O LIVRO TÉCNICO S. A.
Av. Rio Branco, 81/12.0 and. Z.C. 21 - C.P. 3.655
RIO D E JANEIRO - GB
Copyrignt (c, iyb9 by John Wiley & Sons, Inc. All Rights Resewed.
Direitos Reservados, 1969, por AO LIVRO TECNICO S.A. - Rio de Janeiro -
Brasil.
Direitos Reservado$ 1974, por LIVROS TECNICOS E CIENTIFICOS EDITORA
S.A. - Rio de Janeiro - Brasil.
Authorizcd translation from English language edition published by John Wiley &
Sons, Inc.. New York. Copyright @ 1959 by lohn Wiley & Sons. Inc. All RightS
Reserved.
Traduçáo autorizada da ediçáo em língua inglesa, publicada por John Wiley &
Sons, Inc., New York, sob o titulo "DANA'S MANUAL OF MINERALOGY. Di-
reitos Reservados. 1959, por John Wiley & Sons, Inc.
IMPRESSO NO BRASIL
PRIMED IN BRASIL
la Edição - 1969
Reimpressáo - 1970 e 1974
CAPA
WAGNERC. BARROSO
Dans. Jmmea D
D175m Manual de mlncr~iogli; revisto por Corneliul S . Aiirl.
bnt. Jr., tr&du(io do Rui Ribeiro Franco. Rio de Jsnoro.
Livros Tknicos s Cientlficos, 197.1.
2 ~ . uulit. za,sm.
fndice do. minerala.
Bibliografis.
-
1,Xineralogi. &Iaouaia. 2 . Crlrtaioqrafis
n u i i i . I . Hurlbut. Coineliu<i S . 11. Tltulo.
- Un-
CDD - 549.0202
548.0202
CDU - 5.19l075.8)
74.0185 548(075.8)
A. Introdução 4
B. Simetria 18
C. Notação Cristalográfica 23
D. Projeções dos Cristais 35
E. Medida dos Ângulos dos Cristais 45
F. As Trinta e Duas Classes de Cristais 47
G. Cristais Geminados e Agregados Cristalinos 109
H. Regras para a Orientaçào dos Cristais 118
I. Relacões Axiais - Cálculos 122
J. A Cristalografia por meio dos Kaios X 133
A. Introdução 181
B. Cristaloquimica 182
C. Dedução de uma Fórmula Química a partir da Análise
de um Mineral 219
D. Instrumentos e Métodos de Ensaio 120
5. . . MINERALOGIA DESCRITI\'A
A. Introdução 234
B. Elementos Nativos 236
C. Ss:Eetos 261
D. Sulfossais 794
E. Oxidos 303
. Halóides 342
INDICI? ALFABETICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
INDICE D<% MINERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.O VOLUME
G. Carbonatos 355
H. Nitratos 379
I. Boratos 382
J. Sulfatos e Cromatos 387
L. Fosfatos, Arseniatos e Vanadatos 402
M. Tungstatos e Molibdatos 419
N. Silicatos 423
A. INTRODUÇÃO
Os minerais, com poucas exceções, possuem o arranjo interno,
ordenado, característico d o estado sólido. Quando as condições são
favoráveis, podem ser limitados por superfícies planas, lisas, e as-
sumem as formas geométricas regulares conhecidas como crisiais. A
maioria dos cristalógrafos usa hoje o têrmo cristal referindo-se a
qualquer sólido com estrutura interna ordenada, possua êle ou não
faces externas. As faces limitantes lisas são em larga escala um aci-
dente do crescimento e, desde que sua destmição não altere de forma
alguma as propriedades fundamentais de um cristal, êste uso é ra-
zoável. Podemos, assim, idealizar uma definição mais ampla de um
cristal como um sólido homogêneo possuindo ordem inferna tridimen-
sional que, sob condições favoráveis, pode manifestar-se externa-
! mente por superfícies limitantes, planas, lisas. O estudo dêstes corpos
sólidos e das leis que governam seu crescimento, forma externa, es-
trutura interna, chama-se cristalografia. Embora a cristalografia tenha
sido desenvolvida como ramo da mineralogia, ela tornou-se hoje uma
ciência separada que lida não sòmente com minerais mas também
com tôda substância cristalina. Assim, a cristalografia tornou-se ins-
I ttumento poderoso na química, física, metalurgia e cerâmica e tem
Isométrico
Tipo de
Simetria Reticulo Fig. Pontos
Ângulos N.O e Pontos do Retículo* por
Arestas Símbolo Cela
Isométrica
a=p=?=900 (1)P Pontos sòmente nos vértices 1
(a = b = e ) ( 2 )1 Pontos nos vénicer mais ponta
o, = a, = <I. no centro da cela 2
(3)F Pontos nos vértices mais pontos
nos centros de todas as faces 4
Hexagonal
a = p = 90° P Pontos sòmente nos vértices I
7 = 120° (4) OU OU
(a = b f c ) C Cela hexagonal com pontos nas
a, = a, = o, f c vértices mais pontos nos cen-
tros das extremidades 3
Romboédnca
a = D = r f 90° P
o = b = e ( 5 ) ou Pontos sòmente nos vértices I
R
Tetragonal
a=p=7=90° (6)P Pontos sòmente nos vértices I
( a = b f c) (7) 1 Pontos nos v6rtices mais pontc
a, = a. # c no centro da cela 2
Ortorrômbica
a=p=7=900 ( 8 ) ~ Pontos sòrnente nos vértices I
o # b # c ( 9 )C Pontos nos vértices mais pontos
nos centros de dilas f a c ~ s020s~
tas 2
Embora exirtam pontos nos oito vérticcr de uma cela unitária de um rctíciilo ptimi-
mitiva, O quadro mortra apenas um ponto por cela. Isto C, parque cada ponto é paniihado
~ J oito
T celui adjacentes e sbmente iim oitavo dele pertence a qualquer cela individual.
U m wnto no centro de iima face é partilhado por duas celai, pertencendo metade a cada
"ma delas.
Bp
tribuição das faces em um cristal, preocupamo-nos sòmente com o
arranjo das unidades de estrutura que podem ser representadas, sob
a forma de diagramas, por pontos reticnlares, ou nós. A posição das
faces do cristal é determinada por aquelas direções, através da estru-
tura, que possuem um pêso específico
C alto dêsses nós. A frequência com que
uma dada face é observada em um
, I ' \
que representa uma camada de nós
em um retículo de cristal cúbico. Os
nós estão espaçados igualmente um do
A outro e têm um arranjo retilíneo. Po-
Fig. 4. Plano de Nós em um de-se notar que existem várias linhas
Reticulo Cristalino. possíveis através dêste retículo, as
quais incluem um número maior ou
menor de nós. Estas linhas representariam o traço, nesta seção, dos
planos possíveis do cristal e achar-se-ia que, dêstes planos possíveis,
aquêles que incluem o maior número de pontos do retículo, ou seja,
aquêles que cortam ao longo de AB e AC, seriam os mais comuns.
A regra acima, conhecida como Lei de Bravais, é geralmente
confirmada pelas observações. Embora haja exceções à lei, como
acentuaram Donnay e Harker,' é possível usualmente escolher o
retículo de tal modo que a regra permanece verdadeira.
' 1. O. H. Oonnay e Darid Harkcr, "A New Law of Cnrtal Morpholagy Extending
the Law of Rravais", Am. Min., Vol. 22, 1937.
Desde que a estrutura intema de qualquer substância cristalina
é constante e as faces do cristal têm relação definida com aquela
estrutura, segue-se que as faces devem ter também uma relação defi-
nida entre si. Este fato foi observado há muito tempo atrás (1669)
por Nicolaus Steno, que acentuou que os ângulos entre as faces cor-
respondentes nos cristais de quartzo eram sempre os mesmos. Gene-
ralizamos hoje esta observação, designando-a Lei de Steno da cons-
tância dos ângulos interfaciais, a qual afirma que os ângulos entre
faces equivalenfes de cristais da mesma substância, medidos à mesma
temiperatura, süo constantes. Por esta razão, a morfologia cristalina
é frequentemente instrumento valioso na identificação mineral. Um
mineral pode ser achado em cristais de tamanhos e formas largamente
variados, mas os ângulos entre pares de faces correspondentes são
sempre os mesmos.
Clivagem. Muitos cristais possuem clivagem, o que evidencia
a ordem intema. Aclivagem é a propriedade de um~cristalsegundo
a qual êle se fratura ao longo de superfícies~planas,lisas, paralelas
entre si através d o corpo do cristal.
No final do século XVIII, o abade R. J. Hauy observou que
os cristais de calcita, qualquer que fosse sua forma externa, rom-
piam-se sempre produzindo fragmentos romboédricos. limitados pelas
três direções da clivagem. Com base nessa o h s e ~ a ~ ã Hauy
o, propôs
a idéia que todos os cristais são formados por unidades estruturais
minúsculas, semelhantes na forma aos fragmentos de cilvagem. aos
quais aplicou o nome "moléculas integrantes". Este conceito da "mo-
lécula integrante" foi o precursor direto de nossa imagem moderna
da cela unitária. Vimos que a cela unitária é a unidade fundamental
que, repetindo-se sempre, de acordo com o desenho geométrico de
um dos retículos de Bravais, forma o cristal Se a estrutura interna
dos cristais fosse heterogênea, a clivagem seria inexplicável. Sòmente
podemos explicá-la, admitindo a existência de uma estrutura interna
definida que permite e controla uma tal propriedade.
Propriedades ópticas. Ainda uma outra linha de evidência que
indica a regularidade da estrutura interna dos cristais. &cha:scna
comportainto~a-l~uuznos~sris@is.
L. -- Se os cristais carecessem de regu-
laridade no arranjo interno e fossem compostos de átomos misturados
ao acaso e de maneira caótica, deveríamos esperar segundo as regras
gerais da probabilidade que a luz, ao mover-se através dos cristais,
acharia, na média, a mesma distribuição atômica ao longo de qual-
quer caminho. Seria, assim, retardada uma quantidade igual em
qualquer caminho independentemente da direqão. Isto é verdadeiro
em relação aos vidros e inferimos desta uniformidade do comporta-
mento da luz nos vidros que êles possuem estrutura interna caótica
e desordenada. Na maioria dos cristais, entretanto, a velocidade a
que a luz se move é uma função da direção na qual ela está vibrando. '
Na calcita, a diferença na velocidade entre a luz que vibra nos dois
planos que formam ângulos retos entre si é tão grande que se vê
uma imagem dupla, quando se examina um objeto através de um
bloco transparente dêsse mineral. (Ver Fig. 369.) A separação das
duas imagens é proporcional à espessura do bloco de calcita e pode
ser estabelecido que cada imagem é formada pela luz que está com-
pletamente polarizada, isto é, que tem um plano de vibração definido
relacionado com direções cristalográficas definidas. Tal fenômeno não
poderia ser explicado senão mediante a influência decisiva do cristal.
'A luz vibra formando Inpulos rctoí com a dirsgão de propagagáo c . em todos
01Cristais. CICCIO OS do sistema isom&friu>, d a 6 dividida em dois raios que vibram não $6
pemendieulamcntc A diregãa do movimento mas tamb6m formando ãaeulor ratos entre ai.
outras direçóes. Algumas das propriedades vectoriais dos cristais são
dureza, condutibilidade do calor e da eleticidade, expansão térmica,
a velocidade da luz, a velocidade de crescimento, a velocidade de
dissolução; a difração dos raios X, elétrons e muitas outras.
B. SIMETRIA
Todos os minerais mostram pelo arranjo de suas faces uma sime-
tria definida, o que permite agrupá-los em diferentes classes. As várias
operações, que podem ser efetuadas com um cristal, que resultam
em fazê-lo coincidir com a posição inicial são conhecidas como
operações de simefria. As operações fundamentais de simetria são:
(1) rotação em torno de um eixo, ( 2 ) reflexão sobre um plano,
( 3 ) rotação em torno de um eixo combinada com inversão (inversáo
rotatória). A inversão em torno de um só centro é considerada por
alpuns como uma operação de simetria distinta. Desde que ela é
equivalente a um eixo unitário de inversão rotatória. não é conside-
rada fundamental aqui, embora o têrmo centro seja usado por con-
veniência.
Plano de simetria. Um plano de simetria é um plano imaginário
que divide um cristal em duas metades, cada um das quais, sob a
forma de um cristal perfeitamente desenvolvido, é a imagem num
espelho da outra. A porção sombreada da Fig. 6 ilustra a natureza
e a posição dêste plano de simetria. Para cada face, aresta, ponto de
um lado do plano existem uma face, aresta ou ponto correspondentes
em posição semelhante do outro lado do plano.
I 22 CRISTALOGRAFIA
I
Símbolos de
Sistema
cristalino
I Classe cristalina
Hexaoetaédrica 4/m
Hermann-
-Mallguin
? Z/m
Simetria
NOTAÇÁO CRISTALOGRAFICA
+
C.
Eixos cristalográficos. Ao descrever os cristais, achou-se conve-
niente tomar, segundo os métodos da geometria anaiítica. certas
linhas que passam pelo centro do cristal ideal como eixos de referência
Estas linhas imaginárias chamam-se eixos crisia-
lográficos e se tomam paralelamente às arestas
de interseçáo das faces principais do cristal.
Ademais, as posições dos eixos cristalográficos
são mais ou menos fixada pela simetria dos
cristais, pois na maior parte dos cristais elas são -b
eixos de simetria, ou perpendiculares aos planos
de simetria.
Todos os cristais, com excqão dos que per-
tencem ao sistema hexagonal (ver página 6 5 ) .
são referidos aos três eixos cristalográficos. No
caso geral (sistema triclínico), todos os eixos -c
são de comprimentos diferentes e formam ângii- Eixos de
10s oblíquos uns com os outros; mas, para sim- Crista1 Ortorrôrnbico.
plicidade na descrição de sua orientação con-
vencional, consideremos aquêles ilustrados na Fig. 10. Aqui, os três
eixos são miltuamente perpendiculares e quando colocados na posição
conveniente para descrição estão orientados da seguinte maneira:
um eixo. chamado a, é horizontal e está em posição ântero-posterior;
outro. denominado b, é horizontal e está em posição orientada da
Paul Groth. Phy8ikolirchr Krislullogrophie, Verlag von Wilhclm Engelmann. Leipris.
IR91.
24 CRISTALOGRAFIA
,'Wz+.-
--
Existe aaui o oroblema. como em
'v-
--y= -..--- m u i t a cristai;, de ~scolher&ai bipiri-
'\ xi , mide deve ser selecionada como forma
fundamental, isto é, qual delas deve ser
considerada a que corta todos os três
\ \ I I eixos cristalográficos a distâncias unitá-
+ '\(I,'
I
rias. Na ausência de outra evidência, é
costume selecionar como fundamental a
Fig. 13. Emôfre forma com as faces maiores. Isto, na Fig.
13, é a bipirâmide inferior e os parâme-
tros da face desta forma, a qual corta as extremidades positivas dos
três eixos, seriam lu, lb, lc. A bipirâmide superior cortaria os dois
eixos horizontais, como mostram as linhas pontilhadas, também a
distâncias que, embora maiores d o que na bipirâmide inferior, são
ainda proporcionais aos comprimentos unitários. EJa corta o eixo ver-
tical, todavia, a uma distância que, quando considerada em relaçáo
a suas interseções com os eixos horizontais, é proporcional a 1/3 d o
comprimento unitário de c. Os parâmetros de uma face desta forma
NOTAÇÁO CRISTALOGRAFICA 27
seriam, portanto, lu, Ib, 1/3c. D o que ficou dito, vê-se que os parâ-
metros Ia, l b não representam nos dois exemplos as mesmas distân-
cias reais de corte, mas exprimem sòmente valores relativos. Os pa-
r3metros de uma face não determinam de modo algum seu tamanho.
porque uma face pode ser movida paralelamente a si própria em
uma distância qualquer sem mudar os valores relativos de suas inter-
seçóes com os eixos cristalográficos.
Indices. Vários métodos de notasão foram imaginados para ex-
primir as interceptaçóes d e qualquer face d o cristal sobre seus eixos
e diversos dêsses métodos foram usados. O sistema de índices de
Miller é o mais empregado.
Os índices de Miller de uma face consistem em uma série de
números inteiros derivados dos parâmetros por sua inversão e, quando
necessário, pela redução subsequente das fraçóes. Os indices de uma
face são sempre dados de modo que os três números (quatro no sis-
tema hexagonal) se referem aos eixos a, b e c, respectivamente, e por
conseguinte as letras que indicam os diferentes eixos são omitidas.
Tal como os parâmetros, os índices exprimem uma relação, mas para
ser breve omite-se tambkm o sinal da relação. A face da bipirâmide
ilustrada na Fig. 13, que tem lu, lb, l c por parâmetros, teria ( 11 1)
(ler: um, um, um) por índices. A face, Fig. 14, que tem por parâ-
metros Ia, Ib, m c e na inversão 1/1, 1/1, l / m , teria (1 10) por
I
Fie. 21. Erfenóide. Fie. 22. Fig. 23. Prisma
Biesfenóide. Trigonal.
Fip. 24. Prisma Te- Fig. 25. Prisma He- Fig. 26. Prisma Di.
traeonal. xagonal. hexagonal.
Fig. 33. Fxale- Flg. 34. Esca- Fig. 35. Trape- Fig. 36. Trapezoedro
, noedro Tetrapo- lenoedro Hexa- zoedro Trigo- Tetragonal.
nal. gonal. nal.
<.., : , . ._: c
Fig. 40. Bipirâi ide
Hexagonal.
Fig. 41. Bipirâmide
Ditetragonal.
Fiz. 42. Bipirâmide
Dihexagonal. ..
as letras a, b e c (Fig. 4 3 ) . A letra m dá-se usualmente a { 110)
e p a { l l l } (Fig. 4 4 ) .
Fig. 55. Seção através da Esfera de Projegáo mostrando a RelacZo dos Pólos
Esféricos para com os Estereográficos.
Circulo menor
SISTEMA ISOMÉTRICO
Eixos cristalográiicos. As formas dos cristais de tôdas as classes
do sistema isométrico são referidas a três euos de igual comprimento
formando ângulos retos entre, si. Como os eixos são idênticos, são
todos permutáveis e todos designados pela letra a. Quando orientado
convenientemente, um eixo, a,, é horizontal e orientado no sentido
-+'i-
lo de qualquer face de uma forma de cristal
possa ser usado como símbolo da forma, con-
vencionou-se empregar, quando possível, uma -S
em que h, k , 1 são todos positivos. Nas formas
com duas ou mais faces com h, k e 1 positivos, Fia. 67. Eixos de
a afirmação anterior é ambígua. Nestes casos, a IsomCtrico.
regra seguida é tomar c símbolo da forma com
h < k < I . Por exemF o, a forma com um símbolo de face (123) tam-
bém tem faces com ,.imbolos (132), (213), (231), (312) e (321).
Seguindo a regra, 123) seria tomado como o símbolo da forma, pois
aqui h < k < 1.
Ao dar as coordenadas angulares de uma forma, é costume dá-las
sòmente para uma face; as outras podem ser determinadas conhecendo-
se a simetria. A face para a qual são dadas estas coordenadas é aquela
com os valores mínimos de + e p. Esta é a facé da forma em que
h<k<l.
Esta classe tem nove planos de simetria: três dêles são conhecidos
por planos axiais, porque cada um inclui dois eixos cristalográficos
(Fig. 71) e seis chamam-se planos diagonais, porque cada um divide
o ângulo em dois iguais, entre dois dos planos axiais (Fig. 72).
dente quio elegantemente a simetria pode ser dada por seu uso, pois
em um diagrama se mostra a mesma simetria que nos cinco diagramas
das Figs. 68-72.
Formas. 1. Cubo ou Hexaedro (001). O cubo é uma forma
composta de seis faces quadradas que fazem entre si ângulos de 90°.'
Cada face corta um dos eixos cristalográficos e é paralela aos outros
dois. A Fig. 75 representa um cubo simples.
Cubo e Octaedro.
\$,O *,o\>
\ I / ,
'.-&0
\ /
I0I
Fip. 97. Giroedro. Fig. 98. Estereograma do Giroedro
@ ,-A
I *
L.
.."
a 3' ' o
i,-
Fig. 113. Dodecaedro, Cuba Fig. 114. Tetraedro e Trite-
Tetraedro. traedro.
planos axiais sio planos de simetria (Figs. 115 e 116). A Fig. 117
ilustra um diploedro positivo e a Fig. 118, um estereograma mostrando
sua simetria.
SISTEMA ISOMÉTRICO 61
Fig. 119. Piritoedro Fig. 120. Piritoedro Fig. 121. Rc1a~;io entre
Positivo. Negativo. Piritoedro e Tetraexaedro.
SISTEMA HEXAGONAL
I.
I-c
Fig. 131. Fig. 132.
Eixos do Cristal Hexagonal.
DIVISA0 HEXAGONAL
Prismas Hexagonais,
Classe Piramidal-Dihexagonal - 6 m m
Fig. 148. Pirâmide Di, Fig. 149. Estereograma da Fig. 150. Zincita.
hexagonal. Pirâmide Dihexagonal.
Classe Bipiramidal-Ditrigonal - 6m 2
Classe Ripiramidal-Hexagonal - 6 / m
Classe Bipiramidal-Trigonal - 6
Classe Escalenokdrica-Hexagonal - 5 2 / m
Simetria - C , IA,, 3A2, 3P. O eixo cristalográfiw vertical é de
simetria ternária e os trés eixos cristalográficos horizontais são eixos
Fig. 164. Relasão entre a Fig. 165. Romboe- Fig. 166. Romboe-
Bipirâmide Hexagonal de dro Positivo. dro Negativo.
Primeira Ordem e o Rom-
boedro.
dos ângulos mais ou menos obtusos, cujas arestas se encontram nos vér-
tices da forma. O escalenoedro está na posição.positiva quando uma
aresta com o ângulo maior está voltada para o observador e, na po-
sição negativa, quando uma aresta com o ângulo menor é que está
voltada para o observador (ver Figs. 177 e 178).
Fig. 176. Relação entre Fig. 177. Escalenoedro Fig. 178. Escalenoedro
a Bipirâmide Dihexn- Positivo. Negativo.
gonal e o Escalenoedro.
Fig. 179. Escale- Fig. 180. Esca- Fi. 181. Pris- Fig. 182. Pris-
noedro Positivo lenoedro Po- ma, Escalenoe- ma Escalenot-
e Romboedro sitivo, Prisma dro Positivo e dro Positivo,
Positivo. de Primeira Dois Romboe- Romboedro Po.
Ordem. dros Positivos. sitivo, Romboe.
dro Negativo.
Classe Trapez;oédrica-TrigonaZ - 32
Simetria -
IAp, 3P. O eixo vertical é um eixo.de simetria ter-
nário e existem três planos de simetria que se cortam neste eixo. A
Fig. 187 representa a pirâmide ditrigonal e a Fig. 188 é seu estereo-
grama.
Formas. As formas são semelhantes àquelas da classe escale-
noédrica-hexaçonal, mas sòinente com a metade do número de faces.
Por causa da falta de eixos binários de simetria, as faces na parte
superior dos cristais pertencem a formas diferentes das daquelas si-
tuadas na parte inferior. Existem quatro pifimides ditrigonais. Cada
uma destas formas corresponde à metade das faces seja d o escalenoe-
dro positivo, seja do negativo, com índices: J,hk;l), {khTl}, {l~kTi}.
{khTq. Outras formas que podem estar presentes sáo pfdios, prismas
e pirâmides hexagonais de segunda ordem, pirâmides trigonais, pris-
mas trigonais e prismas ditrigonais. Existem quatro pirâmides tri-
gonais; duas delas estio na parte superior do cristal, uma correspon-
dendo às três faces superiores d o romboedro positivo e a outra cor-
respondendo às três faces superiores d o romboedro negativo. Seus
índices respectivos são {hOhl) e {Ohhl). As duas pirâmides trigonais
na parte inferior do cristal correspondem às faces inferiores d o rom-
.,. .
Cristair de Turmalina.
Classe Romboédrica -3
Simetria - C, IAs. Existe um eixo de inversão ternário. Este é
equivalente a um eixo de rotação ternário e um centro, como p&e
ser visto no estereograma, Fig. 194, do romboedro, Fig. 193.';. .
Classe Piramidal-Trigonal -3
Simetria - 1Aa. A única simetria é um eixo de rotação terná-
rio. A pirâmide trigonal pode ser vista na Fig. 195 e seu estereogiama
r.a Fig. 196.
A pirâmide trigonal, { hkil}, é a forma geral. Em combinaçáo com
o pédio, ela parece ter a simetria da classe piramidal-ditrigonal ( 3 m )
com três planos 'verticais de simetria (Fig. 187). Sòmente quando
certas pirâmides trigonais estão em combinação entre si é que se revela
a verdadeira simetria. Além das pirâmides trigonais, podem estar pre-
sentes as formas pédio e prismas trigonais.
O mineral gratonita, PbsAs,S,,, possivelmente pertence a esta
classe; não existem outros minerais representativos.
82 CRISTALOGRAFIA
SISTEMA TETRAGONAL
Classe Bipiramidal-Ditetragonal - 4 / m 2 / m 2 / m
8e
*
I"'
e
Fia. Y 3 . Idocrásio com Fig. 214. Idocrásio com FQ. 215. Rutílio com
Prisma de Primeira Prismas de Primeira Prismas de Primeira
Ordem, Ripirâmide e Segunda Ordens, e Segunda Ordens e
de Primeira Ordem e Ripirâmide de Pri- Bipirâmides de Pri-
Pinacóide Basal. meira Ordem e Pi- meira e Segunda Or-
nacóide Rasal. dens.
Fie. 216. Cassiterita Fig. 217. Apofilita com Fie. 218. Apofilita com
com Bipirâmides de Bipuâmide de Pri- Bipirâmide de Pri-
Primeira e Segunda meira Ordem e Pris- meira Ordem, Pris-
Ordens. ma de Segunda Or- ma de Segunda Or-
dem. dem, Prisma Ditetra-
gonal e Pinacóide Ba-
sal.
lal
Fig. 219. Trapzoedro Fig. 220. Estereograma do
Tetragnnal. Trapezoedro Tetragonal.
1
Fig. 221. Pirâmide Fig. 222. Estereograma da Pirâmide
Ditetragonal. DiWragonal.
Classe Piramidal-Tetragonal -. 4
que acaba de ser dito, mas pode ser reconhecido fàcilmeínte por seus
cristais biesfenoidais e por suas propriedades físicas.
SISTEMA ORTORRBMBICO
Eixos cristalográficos. As formas das classes cristalinas d o sis-
tema ortorrômbico são referidas a três eixos cristalográficos de com-
primento desigual, que fazem ângulos retos entre si. Os comprimYntos
relativos dos eixos ou as relações axiais devem ser determinados para
cada mineral ortorrômbico. Na orientação de um cristal ortorrômbico
foi adotada pelos cristalógrafos a convenção de colocar o cristal de
modo que c < a < b. No passado, todavia, esta convenção não foi
necessàriamente observada, sendo costume conformar-se com a orien-
tação dada na literatura. Acha-se, portanto, que qualquer dos três
eixos pode ter sido escolhido como o eixo vertical, ou eixo c. O mais
longo dos outros dois é então tomado como eixo b e o mais curto co-
mo eixo a.
A decisão no passado sôbre qual dos eixos devia ser escolhido
como o eixo vertical, ou eixo c, baseou-se amplamente no hábito do
cristal d o mineral considerado. Se os cristais dêle mostravam comu-
mente um alongamento em uma direção, esta direção era escolhida
convencionalmente como o eixo c (ver Figs. 251-253, página 9 6 ) .
Se, por outro lado, os cristais mostravam um pinacóide principal e
eram, portanto, tabulares no hábito, êste pinacóide era tomado usual-
mente como o pinacóide horizontal (basal) com o eixo c perpendicular
a êle (ver Figs. 256-258, página 9 6 ) . A clivagem também ajudou
na orientação dos cristais ortorrômbicos. Se, como no topázio, havia
uma clivagem pinacoidal, ela era tomada como a clivagem basal. Se,
como na barita, havia duas direçóes equivalentes de clivagem, elas eram
colocadas verticalmente e suas arestas de interseçáo determinavam o
eixo c. Depois que a orientasão havia sido determinada, o compri-
mento do eixo escolhido para b era tomado como unidade e os com-
primentos relativos dos eixos e e c eram dados em têrmos dêle, eixo
b. A Fig. 238 representa os eixos cristalográficos d o mineral ortor-
rômbico, enxofre, d o qual as relações axiais são: a: b : c = 0,813: 1:
1,903.
Fig. 261. Piiii- Fig. 262. Estereograma da Pirâniide Fig. 263. Hemi-
niiile Il6iiibic;i. Rôrnliica. rnorfita.
SISTEMA MONOCLÍNICO
Eixos cristaiográficos. No sistema monoclínico, as formas cris-
talinas são referidas a três eixos cristalográficos de comprimentos desi-
guais. Os eixos a e b e b e c formam ângulos de 90° uns com os ou-
tros, mas a e c formam ângulo oblíquo entre si. Os comprimentos
relativos dos eixos e o ângulo entre os eixos a e c variam para cada
mineral monoclínico e devem ser determinados através de medições
apropriadas.
Quando orientado adequadamente, o eixo b é horizontal e colo-
cado em posição indo da esquerda para a direita; o eixo a está
inclinado para baixo e para a frente e o eixo c é vertical. O com-
primento do eixo b é tomado como unidade e os comprimentos dos
eixos a e c em função dêle. O maior dos dois ângulos suplementares
que a e c fazem entre si designa-se por B. A Fig. 264 representa os
eixos cristalográficos do mineral monoclínico, o ortoclásio, do qual as
constantes axiais se exprimem por a:h:c = 0,658: 1:0,555; p =
= 116O 03'.
Fiz. 264. Eixos de Cristal Fig. 265. Eixo de Fig. 266. Plano de
Monoclínico. Simetria. Simetria.
Simetria d o Sistema Monoclinico.
Classe Esfeno6drica - 2
Simetria - I A 2 O eixo cristalográfico b é um eixo binário de
simetria. A Fig. 286 é ilustração do esfenoedro e seu estereograma
pode ser visto na Fig. 287.
Classe Domática - m
Simetria - 1P. Existe um plano vertical de simetria (010) que
i n c l ~ ios eixos 'cristalográficos a e c. A Fig. 289 é o estereograma do
domo visto na Fig. 288.
SISTEMA TRICLÍNICO
Eixos cristalográficos. No sistema triclínico, as formas cristali-
nas são referidas a três eixos cristalográficos de comprimentos desi-
guais que fazem ângulos oblíquos uns com os outros (Fig. 291).
As três regras que o estudante deve seguir na orientação de um
cristal triclínico e, portanto, na determinaçáo da posicâo dos eixos
cristalográficos, são: (1) A zona mais pronunciada deve ser colo-
cada verticalmente. O eixo desta zona torna-se então o eixo c.
( 2 ) O pinacóide basal deve inclinar-se para a frente e para a direita.
( 3 ) Na zona vertical, selecionar-se-ão duas formas: uma, como o
pinacóide frontal, a outra, como o pinacóide lateral. As direções dos
eixos a e b são determinadas, respectivamente, pelas intersecões dos
pinacóides lateral e frontal com o pinacóide basal. O eixo b deve
Classe Pinacoiíial - i
Simetria - C. A simetria consiste em um eixo unitário de in-
versão rotatória, equivalente a um centro de simetria. A forma geral,
um pinacóide, pode ser vista na Fig. 292, sendo a Fig. 293 seu este-
reograma.
Fonnas. Tódas as forma? da classe pinacoidal são pinacóides,
consistindo, portanto, em duas faces semelhantes c paralelas. Uma
vez que o cristal seja orientado, os índices de Miller de uma face d o
cristal estabelecem sua posição. Contudo, dão-se nomes aos vários
pinacóides que, de modo geral, indicam sua relação para com os
eixos cristalográficos. Além dos pinacóides frontal, lateral e basal,
existem pinacóides de primeira, segunda, terceira e quarta ordens.
1 . Pinacóides fronta!, lateral e basal. Cada um dêstes pinacói-
des corta um eixo cristalográfico e é paralelo aos outros dois. O pina-
cóide frontal, ou pinacóide a {IOO}, corta o eixo a e é paralelo aos
outros dois; o pinacóide lateral ou pinacóide b (0101 corta o eixo b;
o pinacóide basal ou pinacóide c 1001) corta o eixo c. Estes três
pinacóides são vistos em combinação na Fig. 294.
Classe Pedia1 - I
Cristais Geminados
Geminaçjio Ciclica.
Eis. 323. Aragoniia. Fig. 324 SeCáo Trany- Fig. 325. Ceriir~ita
versal do Ceniinado Ci-
clico da Araganita.
na1 das Figs. 324 e 325 resulta d o fato que os ângulos do prisma
estão próximos de 60°. Dois tipos de geminaçáo são comuns no
mineral estaurolita, como pode ser visto na Fig. 326, onde o plano
do geminado é um plano paralelo a uma face d o prisma de primeira
ordem {032}, e na Fig. 327, onde o plano d o geminado é um plano
paralelo a uma face da bipirâmide {232}.
Sistema monoclinico. No sistema monoclínico, a geminação se-
gundo os pinacóides { 1 0 0 ) ou {O01 } é a mais comum. A Fig. 328
do gipso ilustra a geminação, com o pinacóide frontal { 1 0 0 ) sendo
o plano do geminado. A Fig. 330 é de um seminado de Manehach
do ortoclásio em que o pinacóide basal {O01 } é o plano d o geminado.
O ortoclásio forma também geminados de penetração segundo a lei
de Carlshad, em que o eixo cristalográfico c é um eixo d o geminado
e os indivíduos estão unidos sobre uma superfície mais ou menos
paralela a ( 0 1 0 ) (Fig. 329). O geminado de Raveno acha-se também
no ortoclásio. Aqui, o plano d o geminado é um plano paralelo a uma
face d o prisma de primeira ordem 1 0 2 1 ) (Fig. 331).
Sistema triclínico. Os feldspatos ilustram da melhor maneira a
geminação do sistema triclínico. Estão quase sempre geminados de
acordo com a lei da albita, sendo o pinacóide lateral {OIO} o plano
do geminado (Fig. 332). Outro tipo importante no feldspato é a
geminação segundo a lei do periclínlo com o eixo cristalográfico b
sendo o eixo do geminado.
nico e triclínico, estas três zonas principais são definidas pelos pina-
cóides { 1001, {010} e 1001 } e têm como seus eixos de zona os três
eixos cri~talo~ráficos a, b e c. Podemos designar estas zonas pelos
seguintes números romanos:
Zona Determinada'pelos Eixo de zona
I pinacóides basal (001) e lateral (010) a
I1 pinacóidrs basal (001) e frontal (100) h
111 pinacóides frontal (100) e lateral (010) C
(4 (4 (4
Fig. 334. Estereogramas ( a ) Ortorrômbico, i b ) Monoclinico, ( c ) Tricli-
nico mostrando ar relafóer entre as três zonas principais.
(a) fb)
Fig. 335. Uma Siiperfície Inclinada Resultante d o Empilhamenlo Regular de
Unidades Refangulares.
Forma + P
021 0000' 55O14'
2 6n
tg OAB = tg =- ou cotg 4 = -
60 2
3c 3c
- = 2cos4 tgp = --
tg P 2~ +
O S
Substituindo-se os valores para a aragonita, tg = 1,225 3 e
, = 50°4R'. Por conseguinte, a face (132) da aragonita tem as
coordenadas angulares + = 2R01 l', p = 50'48'.
(C)
Tabela de rinpiilnn *
Forma
---
@ P Forma + P
C =-
l t z p cos +
a=
h cotg +
k k
a = cotg = 0,622 4
Substituindo:
cotg #. = -
ka
k
tg ,>=- kc
I cos #.
Substituindo:
cotg +122 = 2 X 0,622 4 = 1,244 8 4 = 38046%'
130 CRISTALOGRAFIA
tg p hhl =
Substituindo-se:
0,707 I 3
RELACÕES AXIAIS - CáLCULOS 131
4 = 60' $=O'
Fig. 337. Distribuisão das Formas Ramboédricas.
Se se usa uma forma de primeira ordem, & = 3O000', cos & = 0,866 O
e a equação torna-se
Forma d P Forma d P
c 0001 ... 0° 00' p 1133 O0 00' 4Z0 18%
Uma boa concordância indica que os índices escolhidos para estas faces
são miituamente consistentes. Podemos testar a relação axial por meio
de uma bipirâmide de segunda ordem ( 1 1 2 3 ) .
--
30.00 30 3x10-~ 3 ~ 1 O - ~ 3 x 1 0 ~ ~3 ~ 1 0 " '
I I I I I I
Infra- Ultm- Raios Raios
Ondas de rádio verm. violeta goma cósmicos
Luz Raios X
visível
Fig. 339. O Especlro Eleclromagn6tico.
.
W. H. Brapg c W. L. Bragg. Thr Cryrroliine Srotr, me MacMiilan Company, N o v a
.... ..-, ,.-,, A*-.
,"."..O
W. H. Braep, An Iniroducrion 10 Clyrlal Anolysis. G . Bell and Sons.. Londres. 1928.
W. L. Brapp, Aromic Soucfurr of Minrrais, Cornell University Freis. Ithaca, Nova
lorqlie. 1937.
136 CRISTALOGRAFIA
Ia) (b)
Fig. 340. ( a ) Distribuiçáo d a intensidade c o m o comprimento de o n d a n o
espectro continiio d e rziios X d o tungsiênio ii várias voltagens. ( h ) Curva
da inlensida<le mostrando o cornpriniento d e onda car:icteríslico siipcr-
posto s0bre o espectro continuo d e raios X do molihdeno. (Sesurido
Ulrey. Kci,.. 11. 4 0 1 . )
MÉTODO DE LAUE
No método de Laue, usa-se um cristal único que permanece fixo.
Coloca-se umz chapa fotográfica ou u m película plana, metida dentro
de um envelopz à prova de luz, a uma determinada distância d o cris-
tal, geralmente 5 centímetros. Passa-se através do cristal um feixe
de radiação-X branca formando ângulos retos com a chapa foto-
gráfica. O feixe direto provoca um escurecimento no centro d a fotogra-
fia, de modo que, para interceptá-lo e absorvê-lo, coloca-se ordinà-
riamente diante da chapa um pequeno disco de chumbo. O ângulo de
incidência, O, entre o feixe de raios X e os vários planos atômicos com
140 CRISTALOGRAFIA
METODO DE ROTAÇÃO
No método de rotação e em todos os seus aperfeiqoamentos,
usa-se um cristal único. O cristal deve ser orientado de tal maneira
que possa ser girado em tôrno de um dos eixos cristalográficos prin-
cipais. Se estão presentes as faces d o cristal, a orientaçáo pode ser efe-
tuada mais fàcilmente por meio de um goniómetro óptico; sem as fa-
ces, a orientação é possível, mas laboriosa. A câmara é um cilindro de
Fig. 346. Condições para a Difraçso dos Raios X a Partir de lima Fila de
Atomm.
Fig. 347.
.
Cones de Difração a Partir de uma Fila de Átomos.
Fie. 348.
.
Cones de Difração a Partir de Três Filas de Atamos Difratantes.
Os Cones Cortam-se em Linha Comum.
de 3.' ordem
de 2.' ordem
de 1 .a ordem
de ordem zero
Nivel de
.'
1 ardem
Nível de
ordem zero
Roio do cdmoro
(a) fb)
Fig. 350. Geometria para o Cálculo do Período de Identidade, I.
I
A raridade relativa de cristais bem formados e a dificuldade de
efetuar a orientação precisa, exigida pelos métodos de Laue e da
rotação do cristal, levaram à descoberta do método do pó na investi-
gação por meio dos raios X. Para êste método, o espécime é reduzido
a pó tão fino quanto possível e grudado por um material amorfo, como
o colódio flexível, a uma haste acicular de 0,2 a 0,3 milímetro de
diâmetro. Esta haste, a montagem do pó, consiste idealmente em par-
tículas cristalinas cuja orientação é completamente fortuita. Para asse-
gurar-se que a orientação destas partículas é inteiramente fortuita com
respeito ao feixe de raios X incidente, gira-se geralmente a montagem
d o pó no percurso d o feixe durante a exposição.
A câmara d o p ó é uma caixa plana, em forma de disco, como
uma lata de biscoitos redonda, com um pino ajustável no centro
para prender a montagem. A parede cilíndrica da câmara é perfu-
rada simètricamente por um sistema de colimadores desmontáveis,
opostos diametralmente. A tampa, à prova de luz, pode ser removida
para permitir a inserção e a remoção da película que, para o tipo de
câmara mais corrente, é uma tira estreita cujo comprimento é d e 14
polegadas aproximadamente e a largura de 1 polegada. Fazem-se na
película dois orifícios, localizados de tal modo que, quando ela se
ajusta à curva interna da câmara, os colimadores passam através dêles.
Este tipo de montagem denomina-se método de Straumanis (Fig. 351).
Feixe de mios X
Fig. 354. Ficha ASTM para 0 Quartzo. Na Parte Superior da Ficha, Estão
Dadas as Três Linhas mais Fortes e siins Intensidades Relativas. O Quarto d
é do EspaFarnento Máximo.
DIFRATÔMETRO DE RAIOS X
Nos últimos anos, a utilidade d o método d o pó aumentou con-
sideràvelmente e seu campo de açáo ampliou-se pela introdução do
difrafômefrode raios X . Este poderoso instrumento de pesquisa usa a
radiação->< monocromática e uma amostra finamente pulverizada, co-
mo se faz no método d o p ó fotográfico, mas registra a informação
quanto às reflexões em um papel apropriado. A Fig. 355 mostra o
equipamento fornecido por um fabricante.
Prepara-se a amostra para a análise no difratômetio reduzindo-a
a um p ó fino que é depois espalhado uniformemente sôbre a super-
fície de um porta-objeto de vidro, usando-se pequena quantidade de
adesivo. O instmmento é constmído de tal forma que êste porta-objeto,
quando prêso no lugar apropriado, gira no percurso d e um feixe de
raios X para a frente e para trás enquanto um tubo de Geiger,
montado sôbre um braço, gira em tomo dêle para colhêr os feixes
de raios X refletidos.
DIFRATBMETRO DE RAIOS X 153
Crirlalografia Geométrica
Escala de Dureza
1. Talco 6. Ortoclásio
2. Gipso 7. Quartzo
3. Calcita R . TopBrio
4 . Fluorita 9 . Corindon
5 . Apatita 10. Diamante
por um mineral muito mais mole d o que êle próprio. E sempre acon-
selhável, quando se faz o ensaio da dureza, confirn~á-10,invertendo-se
a ordem do processo; isto é, não tentar sempre riscar o mineral A com
o mineral B, mas também tentar riscar B com A.
Os seguintes materiais podem servir juntamente com a escala aci-
ma: a dureza da unha d o dedo é pouco mais do que 2; uma moeda
de cobre é aproximadamente 3; o aço de um canivete um pouco
acima de 5; o vidro da vidra&a 5% e o aço de uma lima 6%.Com um
pouco de prática, a d u r a a dos minerais abaixo de 5 pode ser deter-
ra,r minada ràpidamente pela facili-
Ebonodo,,
I
dade com que podem ser risca-
Di~manle dos com um canivete.
844 A dureza, vimos, depende
da estrutura do mineral. Como
a intensidade das forças unindo
os átomos difere em diferentes
direções, a dureza é uma pro-
priedade vectorial. Nestas condi-
ções, os cristais podem mostrar
graus variados de dureza depen-
dentes das direçóes em que são
Corbtto sulcados. As diferenças de du-
dr
BO~O
i
"J' reza direcional nos minerais
mais comuns são tio pequenas
c~rhtto que, quando podem ser desco-
&
siiicio P , ~ , o ' 1410 bertas, só se consegue isto me-
diante o uso de instrumentos
delicados. Duas exceções são a
cianita e a calcita. Na cianita,
D = 5, paralelamente ao com-
primento, mas D = 7, a 90° do
comprimento. A dureza da cal-
cita é 3 sobre todas as superfí-
1,o
Fig. 361. Dureza Relativa dos Mine- cies, exceto {O001 }. Nesta for-
rair na Escala de Dureza (segundo ma, todavia, pode ser riscada
Woodell). com a unha do dedo, tendo du-
reza 2. Pode-se ver que a de-
tenninaçáo quantitativa da dureza é possível sòmente dentro de limi-
tes relativamente amplos. Além disto, varia o intervalo da dureza
entre os diferentes pares de minerais na escala. Por exeniplo, a dife-
rença de dureza entre o coríndon e o diamante é muitas vêzes maior
do que entre o topázio e o coríndon. A Fig. 361 baseia-se em dados
DENSIDADE RELATIVA 163
C. TENACIDADE
Conhece-se como tenacidade, a resistência que um mineral ofe-
rece ao ser rompido, esmagado, curvado ou rasgado - em resumo,
sua coesão. Os têrmos seguintes usam-se para descrever as várias es-
.C
pécies de tenacidade nos minerais:
1 . Que-brodico. Um mineral que se rompe ou pulveriza facilmente.
2 . Maledvel. Um mineral que pode ser transformado e m lâminas del.
gadas por percussão.
3. S k r i l . Um mineral que pode ser cortadu em aparas delgadas com
um canivete.
4 . Dúril. Um mineral que pode ser estirado para formar fios.
5. Fkxivel. Um mineral que se encurva, mas não retoma sua forma
primitiva quando a pressáo cessou.
6 . Eldsrico. U m mineral que depois de ter sido encurvado retoma sua
p o s i f h original, a o cessar a pressão.
D. DENSIDADE RELATIVA
A densidade relativa (d)' de um mineral é um número que ex-
prime a relação entre seu pêso e o de um volume igual de água a
4OC. Se um mineral tem 2 por densidade relativa, isto significa que
um espécime dado dêste mineral pesa duas vêzes tanto quanto o
mesmo volume de água. A densidade relativa de um mineral de com-
posição fixa é frequentemente importante auxílio em sua identificação,
particularmente quando se trabalha com cristais raros ou pedras pre-
ciosas, casos em que outros ensaios danificariam os espécimes.
A densidade relativa de uma substância cristalina depende de
dois fatores: (1) a espécie de átomos de que é composto e ( 2 ) a ma-
neira pela qual os átomos estão arranjados entre si. Nos compostos
isoestruturais (ver página 209) em que o arranjo é constante, os áto-
mos com pesos atômicos mais altos terão usualmente a densidade re-
lativa mais elevada. Os carbonatos ortorrômbicos relacionados a se-
guir, em que a diferença principal reside nos catíons, mostra isto
muito bem.
escala graduada e sua posição pode ser indicada agora por L. Esta é, òbvia-
mente, a d i m i n u i ~ ã on o alongamento da mola provocada pela imersáo do frag-
mento na água. As leituras em W e L são todos os dados necessários para
o cálculo da densidade relativa.
Pêso no a r L
Densidade relativa = -- -.
Perda de pêra na água W
e tambhm óbvio que estas leituras sejam registradas, para que possam ser
verificadas, se necessário, depois de completados a operação e o cálculo.
r
Fie. 364. Balança de Berman.
quatro pesos da fórmula por cela, ou 4Ca, 4C, 120. O pêso molecular
P,,,, do C a c o n é 100,09; o pêso molecular d o conteúdo da cela uni-
tária ( Z = 4 ) é 4 X 100,09 = 400,36.
O volume da cela unitária, V, nos sistemas cristalinos ortogo-
nais, acha-se multiplicando as dimensões da cela, por exemplo, ao X
x h, X c,, = V . A o obter o volume, nos sistemas inclinados, devem
também considerar-se os ângulos entre as arestas da cela. A aragonita
é ortorrômbica com as seguintes dimensões da cela: ao = 4,95A, bo =
= 7,96, c,, = 5,73. Por conseguinie, V = 225,76 A?.
Convertendo A:' em cm" dividimos por (lOR)" = 102' ou V =
= 225,76 X cm3. Conhecendo-se os valores de P, e V, a den-
sidade, P,, pode-se calcular empregando a fórmiila:
por um feixe de luz que forma ângulos retos com a direçáo dac
inclusões. Esta propriedade, conhecida por acatassolamento (cha-
toyancy), é exibida pelo Clho-de-@o, uma variedade gemológica d o
crisoberilo.
Asterismo. Alguns cristais, especialmente os do sistema hexago-
gonal, quando vistos na direção do eixo vertical, mostram raios de
luz como uma estrêla. Este fenômeno origina-se de peculiaridades de
estrutura ao longo das direções axiais ou de inclusões dispostas em
ângulos retos quanto a estas direções. O exemplo notável t. a safira
astérica ou estrelada.
Pleocroísmo. Alguns minerais possuem uma absorsão seletiv;~da
luz nas diferentes direções cristalográficas, podendo, assim. aparecer
com várias cores, quando vistos em diferentes direções na luz transmi-
tida. Conhece-se esta propriedade como pleocroi.imo. A propriedad;
chama-se dicroísmo se o mineral tem sòmente duas destas dircções
de absorção. As variedades transparentes da turmalina. a cordierita s
o espodumênio apresentam esta propriedade.
Luminescência. Denomina-se lrrminrscência qualquer emissáo
de luz por um mineral que não seja o resultado direto da incan-
descência. O fenômeno pode ser produzido de várias maneiras. na
aparência inteiramente independentes entre si. Na maioria dos casos,
a luminescência é tênue, podendo ser observada sòmente no escuro.
A triholuminescência é a propriedade possuída por alcuns mine-
rais pela qual se tornam luminosos ao serem esmagados. riscados ou
esfregados. A maioria dos minerais que possui esta propriedade são
não-metálicos e anidros, mostrando boa clivagem. A fluorita, a esfa-
lerita e a Iepidolita podem ser triboluminescente e, mesmo coniumen-
te, a pectolita, a ambligonita, o feldspato e a calcita.
A /ernioluminesc?ncia é a propriedade possuída por alguns mi-
nerais de emitirem luz visível quando aquecidos a uma temperatura
abaixo do vermelho. Como a triboluminescéncia os minsrais nio-me-
tálicos. anidros, exibem melhor êste fenomeno. Quando se aquece um
mineral termoluminescente, a luz visível inicial geralmente tênue sur-
ge a uma temperatura entre 50° e 100°C, cessaiido usualmente de
ser emitida a temperaturas superiores a 475OC. Desde há muito se
soube que a fluorita possui esta propriedade; a sua variedade clorofana
recebeu esta denominação por causa da luz verde emitida. Outros
minerais comumente termoluminescentes são a calcita. a apatita, a es-
capolita, a lepidolita e o feldspato.
Flirorescência e fosforescência. Os minerais que se tornam lu-
minescentes durante a exposição a luz ultravioleta, aos raios X, ou aos
raios catódicos são fluorescentes. Diz-se que o mineral é fosforescente
se a luminescência perdura após a interrupção dos raios excitantes.
174 MINERALOGIA FISICA
. dade:
mesmo desenho que o da Fig. 367. mas aqui se admite que o mineral
em causa é o diamante. Como o índice de refração do diamante
( n = 2,421 é muito maior d o que o da fluorita, a luz caminhará nêle
com velocidade ainda mais baixa. Conseqüentemente, no diamante a
r e f r a ~ ã oserá maior. As duas figuras mostram isto, sendo o mesmo,
em amhas, o ângulo de incidência.
O poder de refraqão em relação à luz que um mineral pos-
sui tem muitas vêzes um efeito distinto sobre a aparência do mineral.
Por exemplo. a massa de criolita pode ser identificada quase sempre a
olho nu devido a sua aparência peculiar algo semelhante à da neve
úmida e inteiramente diferente daquela das substincias brancas co-
muns; isto se deve ao fato que, o índice de refraçáo da criolita é,
de maneira fora d o comum, baixo para um mineral. Uma experiência
instrutiva pode ser tentada, pulverizando-se um pouco de criolita bran-
PROPRIEDADES DEPENDENTES D A LUZ 177
Fi%. 370. Calcita Não Exibindo Dupla Refraçso Alguma. Vista paralela-
mente rn eixo c.
PROPRIEDADES ELLTRICAS E W N C T I C A S
-
B. CRISTALOQUÍMICA
Reconheceu-se no século XVIII que existe uma rela~ão_entre
-
a composição química e a morfologia-d9~:istais
.~ A possibilidade
de determinar a estrutura dos cristais pelos métodos de difração dos
raios X acrescentou nova dimensão a esta relacão e despertou inte-
rêsse entre os químicos e cristalógrafos. Nestes últimos anos, formou-
se uma nova ciência, a cri.~taloquímicu. A meta desta ciência é a
elucidaçáo das relações entre a composição quimsica, a estrutura inter-
na e as propriedades físicas da matéria cristalina, e a meta corolária,
a síntese de materiais cristalinos tendo qualquer combinacão desejada
de propriedades.
Muitos dos conceitos da cristaloquímica aplicam-se diretamente
i mineralogia e sua introdução resultou em simplificação e clarifica-
ção consideráveis d o modo de pensar mineralágiw. A função da
cristaloquímica na mineralogia é a de servir como fio unificador de
fatos da mineralogia descritiva que, aparentemente, muitas vêzes, não
estão relacionados.
V 01015 Zr 0;012
v 0,012
Iack Grccn, Geachemieal Tablc of the Elementr for 1953, Bi<llerin Geoloxicol Soeirly
o1 Americo, 64, 1953.
FORCAS DE LIúAQiO NOS CRISTAIS 193
A Ligaçáo Iónica
Comparando-se a atividade química dos elementos com a confi-
guração de suas camadas exteriores de eléctrons, ou ralência, chega-se
à conclusão que todos os átomos têm forte tendência de completar
uma configuração estável da camada exterior, na qual estejam cheios
todos os lugares possíveis de eléctrons. Esta condição está satisfeita
nos gases nobres: hélio, neônio, argônio, criptônio e xenanio, que
são quase completamente inertes. Vimos que o sódio, por exemplo,
tem valentia de um único eléctron na camada 3-s que êle perde fàcil-
mente, deixando o átomo com uma carga positiva não equilibrada.
Chama-se íon êste átomo carregado. Chama-se catíons os átomos
carregados positivamente e um átomo tendo uma carga positiva única,
como o sódio, é um catíon monovalente, representado pelo símbolo
Na'. De maneira semelhante, diremos catíons bivalentes, trivalentes,
tetravalentes, pentavalentes (Ca", Fe"', Ti+4 e P5). De outro lado,
o cloro e outros elementos do sétimo grupo da tabela periódica atin-
gem mais fàcilmente a configuração estável aprisionando um eléctron
para encher a única vaga em suas camadas de valência exteriores.
Isto produz aníons monovalentes (CI-, B r , F- , I- ) com uma carga
negativa, líquida, não equilibrada. O oxigênio, o enxofre e os elemen-
tos do sexto grupo formam aníons bivalentes (O=, S=, Se=, Te=).
F6RCAS DE LIGA-O NOS CRISTAIS 195
A Ligação Coiialente
Vimos que os íons d o cloro podem entrar em cristais ligados
Cinicamente como unidades de estrutura estáveis porque, ao tomarem
FdRÇAS DE LIGAÇAO NOS CRISTAIS 199
,~
Diferença em eletronegatividode-
(X.4 -X,)
Fig. 372. Curva Relacionando a Quantidade de Caráter lanico de uma liga-
$50 AB para com a diferenfa em Elefronegatividade X A - X e d o s Atomos.
(Segundo Linus Pauling, Tlie Narure of rlie Chemical Bond, Cornell Uni-
venity Press. Ithaca, 1948.)
Ligação metálica
O metal sódio elementar t macio, brilhante, opaco, suscetível
de ser cortado, e conduz bem o calor e a corrente elétrica. A análise
da difraçso dos raios X revela que as unidades estruturais estão dis-
postas, como as do cloreto de sódio ou d o cloro sólido, segundo o
padrão regular, periódico, de um verdadeiro sólido cristalino. As pro-
priedades do metal diferem de tal forma das de seus sais e das dos
gases solidificados que somos levados a suspeitar um mecanismo de
ligação diferente. O sódio, como todos os verdadeiros metais, conduz
eletricidade o que significa que os eléctrons podem mover-se livre-
mente, com grande rapidez, através da estrutura. O sódio e seus se-
melhantes próximos, césio, mbídio e potássio são de tal forma liberais
com seus eléctrons que o impacto da energia radiante da luz libera.
da estrutura, um considerável número dêles. Este efeito fotelétrico,
do qual dependem instrumentos como os medidores de exposição,
mostra que os eléctrons estão ligados muito fracamente na estrutura
do metal. Podemos assim admitir que as unidades de estrutura dos
metais verdadeiros são realmente os núcleos atômicos unidos pela
carga elétrica agregada de uma nuvem de eléctrons que os rodeia.
Um eléctron não pertence a qualquer núcleo em particular, sendo livre
para mover-se através da estrutura ou mesmo inteiramente fora dela
sem romper o mecanismo de ligação. Chama-se êste tipo de ligação.
muito adequadamente, ligação metálica. A ela, devem os metais suas
plasticidade, tenacidade, ductilidade e condutibilidade elevadas, bem
como sua dureza, pontos de fusão e de ebulição geralmente baixos.
Entre os minerais, sòmente os metais nativos apresentam ligação me-
tálica pura.
O PRINCIPIO DA COORDENAWO 203
~- -
Cristais com mais do que um tipo de ligação
Entre as substâncias que ocorrem naturalmente, com sua enorme
diversidade e complexidade, é rara a presença de um tipo de ligação
único, co-existindo na maioria dos minerais dois ou mais tipos de
ligação. Quando isto acontece, o cristal participa das propriedades
dos diferentes tipos de ligação representadas, resultando muitas vêzes
propriedades fortemente direcionais. Assim, no mineral grafita, a coe-
são das camadas delgadas, em que o mineral ocorre geralmente, é o
resultado da ligação covalente forte no plano das camadas, ao passo
que a clivagem excelente, uma das melhores entre os minerais, reflete
a ligação fraca de van der Waals unindo as camadas umas as outras.
As micas que consistem em camadas de tetraedros de sílica ligados
fortemente (ver página 500), com a'ligação i8nica relativamente fraca
unindo as camadas por meio dos catíons, refletem semelhantemente,
em sua clivagem digna de nota, a diferença na intensidade dos dois
tipos de ligação. O hábito prismático e a clivagem dos piroxênios e
anfibólios, e o hábito maciço, em blocos, e a clivagem dos feldspatos,
como veremos, podem ser atribuídos semelhantemente h influência
das ligações relativamente fracas unindo unidades de estrutura mais
fortemente ligadas que têm a configuração de cadeias, faixas ou blocos.
O PRINCÍPIO DA COORDENAÇÃO
Quando íons de cargas opostas se unem para formar uma estru-
tura cristalina na qual as fôrças de ligação são predominantemente
eletrostáticas, cada íon tende a apanhar para si, ou coordenar, tantos
íons de sinal oposto quantos lhe permite seu tamanho. Quando os
átomos estão unidos por ligaçóes eletrostáticas simples, podem con-
siderar-se como esferas em contato, sendo simples a geometria. Os
íons coordenados agrupam-se sempre em torno de um íon coordena-
dor central, de tal modo que seus centros ficam nos vtrtices de um
poliedro regular. Assim, em uma estrutura estável de cristal, cada
catíon está no centro de um poliedro de cmrdenação de aníons.
O número de aníons no poliedro é o número de coordenação (N.C.)
do catíon relativamente ao aníon dado, sendo determinado por seus
tamanhos relativos. Assim, no NaC1, cada Na tem seis vizinhos C1
muito próximos e dizemos que está em coordenação 6 com o
C1 (N.C. 6). Na fluorita, CaF2, cada íon de cálcio está no centro
de um poliedro de coordenação consistindo em oito íons de flúor
e, por conseguinte, está em coordenação 8 relativamente ao flúor
(N.C. 8).
204 MINERALDGIA QUIMICA
- -- --
.i --
A~f?
+
( l1+ +x =~ )d~1=+ (2 1=) 1,732
~
x = 0,732
1 I
I I
r--*-
Fip. 374. Condição Limitante da Coordena~ãoCúbica.
Para os valores de relações dos raios menores d o que 0,732, a
coordenação 8 não é tão estável quanto a 6, em que os centros dos
íons coordenados estão nos vértices de um octaedro regular. De acôr-
d o com esta disposição, a coordenação 6
chama-se coordenação octaédrica (Fig.
375). Podemos, como antes, calcular o
valor-limite da relação dos raios para a
condição em que os seis aníons coorde-
nados tocam-se entre si e no catíon cen-
tral. Acha-se que o limite mais baixo da
relação dos raios para a coordenação 6
é 0,414 (Fig. 376). Por conseguinte, po-
demos esperar que seis seja o número de
coordenação comum, quando a relação
dos raios está entre 0,732 e 0,414. O Na Fig. J7S. Coordenação Oc.
e o CI, na halita, o Ca e o CO:,, na calcita, taédric, 6 de fons x
os cátions d o tipo B no espinélio e os íons em tomo de um lon A.
do tipo Y nos silicatos são exemplos de RA: Rx = 0,732-0,414.
coordenação 6.
A Fig. 377 ilustra a mudança de coordenação 6 para a coorde-
nação 8 nos cloretos alcalinos, com o raio iônico crescente d o catíon.
I? interessante notar que o rubídio pode estar na coordenação 6 ou
na 8 e, assim sendo, o cloreto de rubídio é polimorfo.
(l+xP = + (1)2
l+x = T
, /2= 1,414
x = 0,414
TIPO ESTRUTURAL
Embora pareça haver pouco em comum entre a uraninita, UOI e
a fluorita, CaF,, seus padrões de pó, aos raios X, mostram linhas
análogas, embora diferentes no espaçamento e na intensidade. A aná-
210 MINERALOGIA QUIMICA
Grupo Aragonita
VALENCIA ELETROSTÁTICA
Um princípio fundamental da organização dos cristais ligados
iônicamente é que a soma da intensidade de todas as ligações que
VALENCIA ELETROSTATICA 21 1
- - ---
alcançam um íon deve ser igual à valência dêsse íon. Podemos, por-
tanto, calcular a intensidade relativa de qualquer IigaçTio em uma
estrutura cristalina dividindo a carga total existente no ion coorde-
nador pelo número de vizinhos mais próximos a que êle esteja ligado.
O número resultante, chamado valência elefrosrática (v.e.), é a me-
dida da intensidade de quaisquer das ligações que alcançam o íon
coordenador, vindas de seus vizinhos mais próximos. Por exemplo,
no clorcto de sódio, cada íon sódio tem uma única carga positiva e
tem seis vizinhos mais próximos; por conseguinte, a valência eletros-
tática é igual a 1/6. Este número é a medida da fôrça d a ligação al-
cançando qualquer íon de sódio, vinda de qualquer íon de cloro vizi-
nho. Os íons de cloro têm também uma carga única e estão em
coordenação 6 em relação ao sódio; portanto, a v.e. para o cloro é
também 1/6. Chamam-se isodésmicos os cristais, em que tódas as
I i g a ~ k ssão de força igual. Esta generalização é tão simples que
parece banal, mas em alguns casos surgem resultados inesperados do
cálculo das valências eletrostáticas. Por exemplo, os minerais d o
grupo dos espinélios têm fórmulas d o tipo AB204,nas quais A é um
catíon bivalente como o magnésio ou o ferro ferros0 e B, um catíon
trivalente como o alumínio ou o ferro férrico. Muitas vezes, êstes
compostos denominaram-se aluminatos e ferratos. anàlogamente a
compostos como os boratos e os oxalatos. Esta nomenclatura sugere
que estejam presentes na estrutura grupos ou radicais iônicos. Os
dados dos raios X revelam que os íons A estão em coordenação 4,
ao passo que os íons B estão em coordenação 6. Donde, para os
íons A, v.e. = 2/4 = 1/2, e para as ions B, v.e. = 3 / 6 = 1/2.
A despeito da aparência das fórmulas, t&as as ligações são da mesma
intensidade. Estes cristais são isodésmicos e são óxidos múltiplos, náo
oxissais.
Quando os catíons pequenos, altamente carregados, coordenam
aníons maiores e carregados menos fortemente, resultam grupos com-
pactos, ligados firmemente, como os carbonatos e nitratos. Quando
se calcula a intensidade das ligaçíies dentro dêstes agrupamentos, o
valor numérico da v.e. é sempre maior d o que a metade da carga total
do aníon. Isto significa que, nesses grupos, os aníons estão mais forte-
mente ligados ao catíon central coordenador do que possam estar,
eventualmente, a qualquer outro íon. Por exemplo, no grupo carbo-
nato, o carbono tetravalente (raio iônico 0,16 A ) coordena o oxigênio
bivalente (raio iônico 1,32 A ) . A relação dos raios igual. a 0,121
indica que a coordenação 3 será estável e, por conseguinte, podemos
calcular a v.e. = 4 / 3 = 1. 1/3. Esta é maior d o que a metade da carga
no íon oxigênio e, portanto, existe um grupo funcional. ou radical.
212 MINERALOGIA QUIMICA
2 YP -
?.m
.o
NO
1w
0' 10 20 M 40 50 60 70 84 UI 90W
ZnS Mo1 por cerito de FcS- FcS
FIg. 382. SiibstiiuiçBo 30 Zn pelo Fe" na Esfalerita (segiindo Kulleriid).
EXSOLUC~O(DESMISTURAÇÃO)
Outro aspecto do crescimento dos cristais ao qual a relação dos
raios e a geometria d o empacotamento fornecem uma abordagem cla-
ra é o dos cristais desordenados, não em equilíbrio. Que acontece a
um cristal halóide alcalino, crescido ràpidamente a partir de uma so-
lução que contém todos os metais alcalinos e todos os halogêneos?
Se a cristalização se processa e m uma temperatura suficientemente ele-
vada e o crescimento é bastante rápido, há uma boa parte de "jôgo" na
estrutura, a organização fica frouxa e podem incorporar-se na estru-
tura íons, cujos tamanhos não satisfazem às exigências de equilíbrio da
relação dos raios, como, por exemplo, Rb' e Cs' na estrutura do NaCI.
Quando um cristal nestas condições se resfria, existem, como resul-
tado da má adaptação dos íons de tamanho anômalo, grandes tensões
que tendem a eliminá-los da estrutura. Se há tempo suficiente, êstes
íons mal-ajustados migram através d o retículo e tendem a agrupar-se
localmente. Essas concentrações de íons estranhos arranjam-se, então,
em coordenações melhor adaptadas a seus tamanhos e formam nú-
cleos de estrutura diferente que crescem no corpo sólido do cristal
hospedeiro.
Denomina-se ex~olução(desmisruração) a êste processo de sepre-
gação e crescimento d e íons rejeitados dentro dos domínios de um
cristal no estado sólido, a partir de um cristal desordenado. Ela é
importante na interpretacão de muitos intercrescimentos naturais.
Assim, as lamelas delgadas de feldspato de sódio no feldspato potássi-
co interpretam-se como o resultado da exsolução d o excesso de só-
dio existente no feldspato ytássico, depois da cristalização. Estes in-
tercrescimentos, chamados perrirnr, são muito comuns em rochas e esta
explicação química de sua formação auxilia materialmente na inter-
preta~ãoda história da rocha. D e maneira semelhante, interpretam-se
como cristais desmisturados as massas lenticulares de ilmenita na mag-
netita.
PSEUDOMORFOS 217
PSEUDOMORFOS
Se um cristal de um mineral está alterado de modo que se mudou
a estrutura interna, ficando preservada no entanto a forma externa,
chamam-no um ps~udomorfo,ou forma falsa. A composição química
e a estrutura de um pseudomorfo pertencem a uma espécie mineral, ao
passo que o contorno d o cristal corresponde a outra. Por exemplo, a
pirita pode mudar-se em limonita, mas preservar todos os aspectos
externos da pirita. Descreve-se um cristal assim como um pseudomorfo
da limonila sôbre a pirita. De acordo com a maneira pela qual foram
formados, os pseudomorfos definem-se, além disto, em geral, como
pseudomorfos por:
MINERALÓIDES
Existe um certo número de suòstâncias minerais, cujas análises
não dão fórmulas químicas definidas que, ademais, não mostram si-
nais de que sejam de natureza cristalina. Foram chamadas minerais
coloidais ou mineralóides. Um mineral pode existir em fase cristalina
com estrutura de cristal e composição definida, ou, formada sob con-
d i $ & ~diferentes, a mesma substância pode ocorrer pràticamente como
um mineralóide. Os mineralóides formam-se sob condições de pressão
e temperatura baixas e, comumentz, são substancias que se originam
durante processos de alteração dos materiais da crosta da Terra. Ocor-
rem, caracterkticamente, sob a forma de massas mamilares, botrioidais,
estalactíticas e configuradas semelhantemente. A capacidade que têm
êstes minerais de absorver outras substâncias em escala considerável
explica suas variações de composiçáo química, muitas vêzes amplas. A
limonita e a opala são exemplos comuns de minerais coloidais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1 2 3 4
Proporçóes
Percentagens Pesos Atômicos Atòmicas Relacão Atômica
Pesos Proporçócs
Percentagens Moleculares Moleculares Relacáo Molecular
--
CaO = 32.44 56.1 = 0,578
SO. = 46,61 80,06 = 0,582
H:O = 20.74 18.0 = 1,152
--
99.79
220
- MINERALOGIA
.- ~-
~ QUIMICA
1
ordinàriamente, consiste em essência em um tu-
bo pontiagudo terminando em uma pequena
abertura através da qual se pode forçar o ar,
I
de modo que este saia sob a forma de um jato 'a
fino, sob alta pressão. Quando se dirige esta cor-
rente de ar para dentro de uma chama luminosa,
ocorre a combustão mais rápida e completamen- ?
te, produzindo chama muito quente. 1
A Fig. 384 representa um tipo comum de Fig, 384,
maçarico. O bocal, seja c ou c', é adaptado na cnmum.
extremidade superior d o tubo e o ar, procedente
dos pulmões, forçado para dentro dêle, sai pela pequena abertura no
outro lado. A ponta do m a ~ a n c o ,b, coloca-se justamente dentro de
uma chama rica em carbono, estreita. pontiaguda e clara. Pode usar-se
uma vela, caso não se disponha de gás de iluminação.
Escala de Fusihilidade
Número
1
blineral
E~tibnita
I
i
Po*to
Aproximado
de Fur.i«
525°C
1
I
'1
Obqerva~õer
~
4 Artinolita i 1 200° Um estilhafo de pontas agudas fun-
de-se com pouca dificuldade na cha.
I ma d o maçarico
5
~ Ortoclásio
I
I 300° As arertas dos frapmentos arredon-
, dam-se com dificuldade na chama
d o mafarico
6 Ríonzita
I 4000 I Não se funde pràticamente na cha-
ma d o mafarico. Sbmente se m e -
dondam as extremidades finas d<ir
/ estilhaço^
-
7 Quartzo 1 710° NXo se funde na chama do ma(arico
I
224 MINERALOGIA QUíMICA
Ouro Amarelo, mole, não se O ouro metálico pode ser reduzido, ficil-
Aii altera, permanece bri- mente, a partir dos teluretos de ouro s-m
lhante fliixo ou fundente.
Prata Branca. mole. n5o se Usualmente necessário usar uma mistura
AS altera, permanece bri. redutora. Para distingui-lo de outros g16-
Ihante biilos, dissolvè-lo em ácido nitrico, juntar
ácido cloridrico para obter um precipitado
branco de cloreto de prata
I
Estanho Branco, mole, torna-se Os glóbulos formam-se com dificuldade
Sn fôsco a o resfriar-se. mesmo com mistura redutora. O glóbulo
Revestimento branco de metálico oxida-se no ácido nitrico e passa
pelicula de óxido a um hidróxido branco.
Cobre Vermelho, mole, super- Os minerais de cobre devem ser calcinados
Cii ficie negra quando frio. para se Ihes retirar o enxofre. o arsênico e
dificilmente fusível o antimônio antes de misturá-los com a
mistura redutora.
Chumbo Cinzento, mole, fusivel. O carváo vegetal incandescente reduzirá o
Pb Brilhante na chama re- chumbo. Para distingui-lo de outros gló-
dutora, iridescente na bulos. dissolvê-la em ácida nitrico e, da
chama oxidante solução clara, precipitar o sulfato branca
de chumbo pela a d i ~ ã ode ácido sulfúrico.
NOTI: Obtêm-se muitas vêzer perotar mct6licar. fAcilmcnte luríveir. pelo aquecimento
de ~ o m ? o s t o l mclálicos contendo ~ n i ó f r c . antimónio ou rrsênico. Eitar ~ C r o l a rsão sempre
muito fráeeir e. muitas vêzer, maentticar. Obtçm-se as massas maeneficas ou gl6buion.
quando $e aquecem sóbre o carvão vegetal compostos de frrro, níquel c cobalfo.
Elemento / Composição
da Auréola I Cor e Caráter da Auréola
Sõbre
^ o Carvão Vegetal I Observaq5es
As
I
I
Oxido
arsenioso
As20.
Branca e volátil, deposi-
tando-se a alguma distân-
cia da amostra
Us~ialmente acompanha.
d o por odor de alho
I
Branca. volátil, tingida de Acompanhado por odor
selênio vermelho na parte exterior; peculiar. Tocada com a
cinzenta priiximo da amos- chama rediltora. a au-
tra I réola produz chama azul
Te Oxido de Branca, densa: volátil. Na Na chama redutora, a
telúrio p a n e exterior, de cinzenta aiirbola produz chama
TeO, a acastanhada de cor verde-azulada
Zn Oxido de Se misturada com carbo. 4 auréola, umedecida
zinco nato de sódia sabre o czir- com nitrato de cobalto e
ZnO vão vegetal. produz subli- aquecida, muda-se para
mado qiie não se volatili- verde
za; amarela. a quente,
branca, a frio. próximo da
amostra
Sn
I Oxido de
estanho
SnOi
Amarela desmaiada
quente, branca. a frio.
a
N á o se volatiliza na cha-
m a oxidante
A ailrbola, umedecida
com nitrato de cobalto e
aquecida. muda-se para
verde-azulada
Mo Óxido de Amareia pálida. a quente, A auréola. tocada por
molibdeno branca, a frio. Pode ser um momento por uma
Moos cristalina. Volátil na cha- chama redutora, muda-
ma oxidante M o o 2 verme. se para azul-escura
- Oxido de
lho sob ;i amostra
P r o d ~ ~ ? ea reaçãn
quando os minerais de
chumbo sáo aqriecidr>r
com iluxo de iodeto
~
Oxido de Amarela perto d o mineral Deve ser distinguida da
bismuto e branca mais lonee. Vo- auréola d a Gxida
- :Ri látil chiimho por meio do en-
aio dn iodeto
Ri
Iodeto de Verme!ha brilhante com Prodiiz-se esta reaçãci
bismuto anel amarelo próximo da quando os minerais de
Ril. amostra hismuto sáo aquecido?
com fluxb de iodeto
7
INSTRUMENTOS E MÉTOWS DE ENSAIO 227
-- ~
Composição d a
Côr e Cariter d a 1
Elemento auréola 1 Auréola Sobre o
Tablete de Fissa 1 Observóçóes
i
antimônio
Sbl, iodeto
1
Alaranjada para v-r- Desaparec? quando sub-
rnelha com fluxo dc metjda a vapores de
amonia
I_ Anidrido
sulfuroso
O SOn C gás inco-
lar, saindo pela ex-
tremidade superior
do tubo
O gás tem odor acre e irritante.
Se se coloca uma tira úmida de
papel de tornassol azul na extre-
midade superior d a tubo, ela tor-
na-se vermelha, pela reação áci-
da do ácido sulfuroso
As Oxido Branco, altamente O sublimado condensa-se, a uma
arsenioso volátil e cristalino distância considerável acima da
As,O$ porção aquecida, em pequenos
cristais octabdricos
óxido anti- Branco, volátil e O sublimado forma um anel
monioso cristalino branco mais próximo da porção
Sb,O, aquecida do tubo do que o Óxi-
do arsenioso. Obtêm-se dos com-
postas de antimônio isentos de
Sb enxofre
Tetróxido de Amarelo-pálido, a Sb,O, obtida da sulfêto de anti-
antimônia quente, branco, a mônio e das sulfantimonitas. As-
Sb,O, frio. Denso, amorfo, senta-se principalmente na parte
não se volatiliza inferior do tubo, sendo acompa-
nhado usualmente pelo SblO.
Mo Trióxido de De amarelo-pálido Tocados com a chama redutora,
malibdeno para branco; seus os crktais tornam-se azuis
I
cristais f <ri rn a m
uma trama perta da ,
parte aquecida
1
Reacóes de cores com os fluxos. Alguns elementos, quando dis-
solvidos em certos fluxos, emprestam uma côr característica à massa
fundida. Os fluxos usados mais comumente são o bó-
rax, Na,B,O7~10H2O, o carbonato de sódio, Na,CO,
e o sal de fósforo HNaNH4P0,,4H,O. Realiza-se a
operaçáo mais satisfatòriamente, fundindo primeira-
mente o fluxo em uma pequena alça de platina sob a
forma de uma pérola configurada em uma lente. Para
resultados melhores a alca de platina deve ter a forma
e o tamanho vistos na Fig. 388. Depois de ter sido I
fundido o fluxo numa pérola, no fio, introduz-se nêle
o pó d o mineral que é dissolvido mediante o aqueci- !,
mento ulterior'. A côr da pérola resultante pode de-
pender de haver sido ela aquecida na chama oxidante
ou redutora. Fip. 388. Alta
no Fio de Pla-
Além disso, quando o carbonato de sódio com rina.
óxido de manganês é aquecido com um grão de nitro,
na chama oxidante, produz uma pérola que não é transparente, verde,
a quente, verde-azulada, a frio. Quando aquecido na chama redutora,
produz uma pérola incolor.
Todos OS minerais metzlican dcvsm ser calcinados antes de serem introdiizidnr na
pérola. pois SEU bxido e
e o que desejado. +e<pecialmenie <ie.eiivel eliminar-se a mineral
de arrenico, pois mesmo peqcicnar qitnnlidadci deste elemento tornam a platina que-
hradi(a c fazem com que re rompa a cxlrcmidadc dii fio.
232 MINERALOGIA QUIMICA
Titânio Incolor a
branca 1-
Violeta-
acastanhada
Incolor Violeta
Molibdeno
Cromo
branca
Incolor ou
branca
Verde-
castanha-
-amarelada
Castanha
Verde
1/ Incolor
Verde
II verde
Verde
-amarelada
I
Vanádio Verde- Verde Amarela Verde
-amarelada
quase incolor
Urânio Amarela Amarela- Amarela- Verde
-pálida a -esverdeada-
quase incolor -uálida
Amarela Verde- Amarela a Quase incolor
-garrafa- quase incolor
&lida
Cobre Verde-azulada Vermelha- Azul Vermelha-
-opaca com -opaca
muito óxido
Cobalto Azul Azul Azul Anil
Níquel Castanha- Cinzenta- Amarela a Amarela a
-avermelhada -opaca amarela- amarela-
-avermelhada -avemelhada
Manganês Violeta- Incolor Violeta Incolor
-avermelhada
Cristalografia Alteraçáo
Propriedades físicas Ocorrência
CO~~OSIF~O USO
Ensaios _ Nome
Aspectos diagnósticos EipCcie~ semelhantes
B. ELEMENTOS NATIVOS
Excetuando-se os gases livres da atmosfera, encontram-se no
estado nativo sòmente cêrca de vinte elementos, que podem ser di-
vididos em (1) metais; ( 2 ) semimetais; ( 3 ) não-metais. Os metais
nativos mais comuns constituem três grupos isoestruturais: a c u p o 0
-doourc: ouro, prata, cobre e chumbo; o grupo-da platina: platina,
paládio, irídio e ósmio e o grupo d o ferro: ferro e fer:qnjquel,Adi-
-
ELEMENTOS NATIVOS
Metais Nativos
E adequado que a mineralosia descritiva comece com uma dis-
cussão d o grupo do ouro, porque o conhecimento humano das pro-
priedades e utilidade dos metais se originou da descoberta casual de
pepitas e massas dêsses minerais. Muitas culturas primitivas, relativa-
mente avançadas, como a amerindia, restringiram-se, em seu uso de
metal, ao que acharam no estado nativo.
OURO - Au
Cristalografia. Isométrico; hexaoctaidrica. Comumente, os cris-
tais são octaédricos (Fig. 390), raramente mostrando as faces do do-
decaedro, d o cubo e do trapezoedro { I1 3 ) . Muitas vêzes, em grupos
de cristais arhorescentes, alongados na direção de um eixo de simetria
ternário, ou achatados paralelamente a uma face do octaedro. Cristais
formados irregularmente, adquirindo configurações filiformes. reticula-
das e dendriticas (Fig. 391). Raramente, mostra formas de cristal;
usualmente, em placas, escamas ou massas irregulares.
Propriedades físicas. D 2!i-3. d 19,3, quando puro. A presença
de outros metais diminui a densidade relativa que pode baixar até 15.
Muito maleável e dúctil. Opaco. Vários matizes do amarelo dependcn-
do da pureza, tornando-se cada vez mais pálido com o aumento da
percentagem de prata presente.
PRATA - Ag
Cristalografia. Isométrico; hexaoctaLdrica. Cristais ordinària-
mente malformados e em grupos ramificados, arborescentes ou reti-
culados. Encontrada usualmente em escamas, placas e massas irre-
gulares; em certos lugares, como fio fino ou grosso.
Propriedades físrcas. D 2%-3. d 10,5 quando pura, 10-12 quan-
do impura. Fratura serrilhada. Maleável e dúctil. Brilho metálico. CÔr
e trafo: branco da prata, manchado muitas vêzes de castanho ou de
prêto-acinzentado.
Composiçüo. Prata, contendo frequentemente mercúrio, cobre e
ouro ligados, mais raramente traços de platina, antimônio e bismuto.
Amálgama é uma solução sólida de prata e mercúrio.
Ensaios. Corresponde ao número 2 (960,S°C) na escala de fu-
sibilidade, produzindo um glóbulo brilhante. Solúvel no ácido nítrico,
dando pela adição de ácido clorídrico um precipitado branco, coa-
lhado, de cloreto de prata.
Aspectos diagnósticos. A prata pode ser distinguida dos mine-
rais de aparência semelhante por sua natureza maleável, sua cor em
superfície e sua densidade relativa alta.
Ocorrência. A prata nativa está distribuída amplamente em pe-
quenas quantidades, principalmente na zona oxidada dos depósitos do
minério. Os grandes depósitos de prata nativa são provàvelmente o
resultado da deposição primitiva da prata proveniente das soluções
hidrotermais. Existem três dbses tipos: prata nativa com sulfetos e
outros minerais de prata, com minerais de cobalto e níquel e com a
nraninita.
As minas de Kongsberg, Nomega, trabalhadas há várias centenas
de anos, produziram espécimes magníficos de fios de prata cristali-
ELEMENTOS NATIVOS 243
COBRE - Cu
Cristalografia. Isométrico; hexaoctaédrica. Comumrnte com fa-
ces tetraexaédricas (Fig. 392), também o cubo, o dodecaedro e o
octaedro. Cristais usualmente malformados e em grupos ramificados e
arborescentes (Figs. 393 e 394). Usualmente em escamas, placas e
massas irregulares. Em formas torcidas e semelhantes a fios.
Propriedades físicas. D 2%-3. d 8.9. Altamente dúctil e maleável.
Fratura serrilhada. Côr: vermelho do cobre sôbre superfície recente,
usualmente escuro, com brilho apagado, por causa do embacia-
mento.
PLATIXA - pt
Ferro - Fe
Cristalografia. Isométrico; hexaoctaédrica. Os cristais são raros.
Terrestre: em massas grandes e em vesículas; meteórico: em placas
e em massas Iamelares, mostra frequentemente um padrão octaédrico
na corrosão em superfície polida; artificial: em cristais octaédricos,
raramente cúbicos e crescimentos dentríticos.
Propriedades físicas. Clivagem {OIO) má. D 45. d 7,3-7,9. Fra-
tura serrilhada. Maleável. Opaco. Brilho metálico. Côr: do cinzento d o
aço ao negro. Fortemente magnético.
Composição. Ferro, sempre com algum níquel e frequentemente
com pequenas quantidades de cobalto, cobre, manganês, enxofre e car-
vão. O mineral ferro-níquel contém aproximadamente 76 por cento de
níquel.
Ensaios. Infusível. Solúvel no ácido clorídrico. O hidróxido de
amônio precipita-o, da solução ácida, sob a forma de hidróxido férrico
vermelho, em flocos.
Aspec1a.s diagnóstico.^. Pode-se reconhecer o ferro por seu mag-
netismo forte, sua maleabilidade e pelo revestimento de óxido, usual-
mente, sôbre sua superfície.
Ocorrência. Ocorre, escassamente, como ferro terrestre e nos
meteoritos. O ferro terrestre é considerado como um constituinte mag-
mático primário, ou um produto secundário, formado pela redução dos
compostos de ferro pelo carbono assimilado. A localidade mais impor-
tante está na costa ocidental da Groenlândia, onde estão incluídos, nos
basaltos, fragmentos oscilando entre pequenos grãos e massas de mui-
tas toneladas. Sabia-se, em 1819, que os nativos o usavam, mas só em
1870 foi que a fonte se tornou conhecida. Encontrou-se o ferro ter-
restre em algumas outras localidades, em associa~ãosemelhante.
O ferro meteorítico, com um conteúdo de níquel variando entre
5 e 15 por cento, forma quase toda a massa dos meteoritos de ferro
e mostra um padrão hexagonal sôbre uma superfície.polida e corroída.
O ferro acha-se disseminado em meteoritos silicatados, em grânulos pe-
quenos. Reconhecem-se usualmente os meteoritos por sua superfície
fundida, cheia de cavidades e por um revestimento de óxido férrico.
Semimetais Nativos
Os semimetais nativos formam um grupo isoestrutural com pro-
priedades semelhantes, Pertencem à classe escalenoédrica-hexagonal e
têm boa clivagem basal..São comparativamente frágeis e piores condu-
tores de calor e de eletricidade do que os meiais nativos. Estas pro-
priedades refletem um tipo de ligação intermediária entre a metálica
MINERALOGIA DESCRITIVA
-
Seminzetais Nntioox
A r ~ ê n t c o As Btmuto Bi
Risniuto - Bi
Cristalojirnfia. Hexagonal-R; escalenoédrica. Os cristais bem for-
mados s5o raros. Usualmente, Iaminados e granulosos; podem ser re-
titulados ou arborescentcs. Os cristais artificiais sao pseudocúbicos
{0112).
Propriedades física.r. Clivagem perfeita {O001 1. D 2.2%.d 9,8.
Séctil. Frágil. Brilho metálico. Côr: branco da prata com um tom
marcado avermelhado. Traço branco d a prata. brilhante.
Composição. Bismuto. Podem estar presentes pequenas quan-
tidades de arsênico, enxófre. telúrio e antimônio.
Ensaios. Corresponde ao número I (271°C) d a escala de fusibi-
lidade. Diante d o maçarico, sobre o carváo vegetal, produz glóbulo me-
tálico e auréola, indo do amarelo para o branco, de óxido de bismu-
to. O glóbulo é algo maleável, mas não pode ser batido até conver-
ter-se em folha táo fina quanto o chumbo. Misturado com iodeto de
potássio e enxofre e aquecido sobre o carvão vegetal, produz uma
auréola indo d o amarelo brilhante para o vermelho.
250 MINERALOGIA DESCRITIVA
.- .-. - - --
Não-Metais Nativos
Enxofre S Diamante C Grafita C
ENXOFRE - S
Cristalografia. Ortorrômbico; bipiramidal. De hábito piramidal
(Fig. 396), muitas vêzes, com duas bipirâmides, prisma de primeira
ordem e base em combinação (Fig. 397). Comumente, em massas irre-
Fig. 397.
Cristais de Enxôfre.
DIAMANTE E GRAFITA
O diamante e a grafita, ambos carbono elementar, fornecem o
exemplo mais espetacular de polimorfismo. Em temperaturas suficien-
temente elevadas. ambos podem ser calcinados completamente produ-
zindo dióxido de carbono. A despeito desta identidade química, o dia-
mante difere da grafita em quase todos os outros aspectos, sendo as
diferenças imputáveis diretamente às estruturas. O diamante tem uma
estrutura excepcionalmente unida e com ligações fortes, na qual cada
átomo de carbono está unido por ligações covalentes poderosas e alta-
.I I I
Temperoturo eni O C
. I I
Zem Temp Ferra Arco 5up~rlic~e
ob~oluto ambiente em furdo voltaico da Sol
DIAMANTE - C
GRAFITA - C
C. SULFETOS
Os sulfetos formam importante classe de minerais que incluem a
maioria dos minérios. Estão classificados com êles os selenietos, telure-
tos, arsenietos e antimonietos, semelhantes mas mais raros.
A fórmula geral dos sulfetos dá-se como A,X. em que A repre-
senta os elementos metálicos e X o elemento náo-metálico. A ordem
de enumeração dos vários minerais é a de uma relação decrescente de
A : X.
CALCOCITA - CuiS
Clurüo r i ~Cohrr
C r i ~ t a i *de C a l c i ~ i l a
BORNITA - CusFeS4
Minério de Cobre Purpúreo. Minério Pavão
GALENA - PbS
-
ESFALERITA - ZnS
Blenda de Zinco
Cristais de Esfalerita.
Estanita - CuzFeSnS,
~
! Composição. Um sulfèto de cobre. estanho e ferro. S 29,9-
-Cu 29,s-Sn 27.5-Fe 13,l por cento.
Ensaios. Situa-se a meio caminho entre os números 1 e 2 da
escala de fusibilidade. Ligeiramente magnética depois de aquecimento
na chama redutora. Após calcinqão e umedecimento com ácido
cloridrico, dá, quando aquecida, a chama azul do cloreto de cobre.
Aspectos diagnósticos. Caracterizada por sua baixa fusibilidade
e pelos ensaios para o cobre, estanho e ferro.
SULFETOS 273
Greeiiorkita - Cds
PIRROTITA
- -
- 'F~,-~s
. ~
Piritas Magnéticas
--
NICOLITA
. --
- NiAs .. -
Níquel-Cobre
_ Millerita - NiS
Piritas Capilares
Cristalografia. Hexagonal-R; escalenoédrica. Usualmente em
hifos semelhantes a cabelos e em gmpos radiados de cristais entre
delgados e capilares. E m incrustações aveludadas.
Propriedades físicas. Boa clivagem { 1011 }. D 3-3:;. d 5,5&0,2.
Brilho metálico. Cõr: amarelo d o latão, pálido, com um matiz esver-
deado quando em massas finas semelhantes a cabelos. Traço negro,
algo esverdeado.
Composiç~o. Sulfêto de níquel, NiS. Ni 64,7 - S 35,3 por cento.
Ensaios. Situa-se a meio caminho entre os números 1 e 2 da
escala de fusibilidade, produzindo um glóbulo magnético. Desprende
odor de anidrido sulfuroso quando aquecida sobre o carvão vegetal,
ou tubo aberto. O mineral calcinado empresta colorido castanho-aver-
melhado à pérola de bórax, na chama oxidante. D á a reação d o ní-
quel com a dimetilglioxima.
Aspectos diagnósticos. Caracterizada por seus cristais capilares;
distinguindo-se dos minerais de cor semelhante pelas reações do níquel.
Ocorrência. A millerita forma-se como um mineral de tempe-
ratura baixa. encontrand+se muitas vêzes em cavidades, e como uma
alteração de outros minerais de níquel. ou como inclusões de cristal
em outros minerais.
Ocorre em várias localidades na Saxõnia. Westfália e Hessen-
-Nassau, e na Boémia. Nos Estados Unidos, encontra-se com a he-
matita e a ankerita em Antuérpia, no Estado de Nova lorque; com a
pirrotita na mina de Gap, em Lancaster County, nn Pensilvânia; em
geodos n o calcário, em São Luiz. no Estado de Missouri; em Keokuk,
no de Iowa, e em Milwaukee, no de Wisconsin.
Uso. Um mineral secundário de níquel.
Nome. Em honra d o mineralogista, W. H. Miller (1801-1880).
o primeiro a estudar os cristais.
Pentlandita - ( F ~ . N ~ ) I S H
Cristalografia. Isométrico; hexaoctaédrica. Maciça, usualmente
em agregados granulares.
Propriedades físicos. Partição octaédrica { 1 11 ). D 3%-4.d 4.6-
-5,O. Quebradiqa. Brilho metálico. Cõr: bronze-amarelado. Traço
castanho d o bronze, claro. Opaca, não-magnética.
Composição. Um sulfêto de ferro e níquel (Fe,Ni),S,. A rela-
ção Fe:Ni está usualmente próxima de 1 : 1. Em geral, contém peque-
nas quantidades d e cobalto.
Ensaios. Situa-se a meio caminho dos números 1 e 2 da escala
de fusibilidade. Desprende odor de anidrido sulfuroso no tubo aberto;
ao ser aquecida, torna-se magnética. O mineral calcinado empresta
colorido castanho-avermelhado a pérola de bórax, na chama oxidante.
Dá a reasão d o níquel com a dimetilglioxima.
Aspectos diagnósticos. A pentlandita assemelha-se muito à pir-
rotita, na aparência; pode distinguir-se dela, no entanto, por sua par-
tição octaedrica e pela falta de magnetismo.
OcorrCncia. A pentlandita está quase sempre associada a pir-
rotita e, usualmente, ocorre nas rochas básicas tais como os noritos,
sendo talvez derivada dêles por segregaçáo magmática. Encontrada
também com a calcopirita e outros minerais de ferro e níquel.
Encontrada em localidades amplamente separadas, em pequenas
quantidades. mas suas ocorrências principais estão no Canadá, onde,
associada à pirrotita, é a fonte principal do níquel em Sudhury, no
Ontário, e na área do Lago Lynn, em Manitoba. E também minério
importante, em depósitos semelhantes. no distrito de Petsamo, na
Rússia.
Uso. O principal minério de níquel. Usa-se o níqucl principal-
mente no aqo. O asa-níquel contém de 2%-3%por cento de níquel,
o que aumenta muito a resistência e a tenacidade da liga, de modo
que se podem construir máquinas mais leves sem perda de resistência.
A fabrica~ãodo metal Monel (68 por cento de níquel e 32 por cento
de cobre) e do Nicromo (38-85 por cento de níquel) consome grande
quantidade do níquel produzido. Outras ligas são a prata alemã (ní-
quel, zinco e cobre); o metal para a cunhagem - a moeda de cinco
centavos dos Estados Unidos contém 25 por cento de níquel e 75
por cento de cobre -; os metais de baixa expansão para molas de
relógios e outros instrumentos. Usa-se o níquel na galvanoplastia;
embora o cromo o substitua agora. grandemente, na camada superfi-
cial, usa-se o níquel para uma camada subjacente mais espessa.
Nome. Origina-se de J. B. Pentland, o primeiro a notar o mi-
neral.
Covellita - CuS
Cristalografia. Hexagonal; bipiramidal-dihexagonal. Raramente
em cristais hexagonais, tabulares. Usualmente, maciqa, como revesti-
mentos ou disseminaçóes através de outros minerais de cobre.
Propriedades física.^. Clivagem perfeita {O001 }, dando placas
flexíveis. D 1%-2. d 4,6-4,76. Brilho metálico. Côr: azul-anil ou mais
escura. Traso cinza-chumbo a prêto. Muitas vêzes, iridescente. Opaca.
278 MINERALOGIA DESCRITIVA
CINABRIO - Hgs
Cristalo~rafia. Hexagonal-R; trapemédrica-trigonal. Os cristais
são usualmente romboédricos, muitas vezes geminados de penetração.
As faces trapezoédricas são raras. Usualmente. maciço, finamente
granular; também terroso, como incrustaç0es e disseminaçóes através
da rocha.
Propriedades físicas. Clivagem perfeita {IOTO}. D 2%.d 8,10.
Brilho adamantino quando puro; quando impuro chega a ser terroso,
'fosco. Quando puro a cor é vermelhão-vermelha, quando impuro,
vermelha-pardacenta. Traço escarlate. Transparente a translúcido.
O cinábrio hepático é uma variedade inflamável, da cor parda d o fíga-
do e, em alguns casos, traqo acastanhado, usualmente granular ou
compacto.
Composiçúo. Suliêto de mercúrio, HgS. H g 86,2 - S 13,8 por
SULFETOS 279
REALGAR - AsS
OURO-PIGMENTO --
ESTIRNITA
.- - Sb& .
/-
Cristalografia. Ortorrõmbico; bipiramidal. Hábito prismático.
delgado, zona d o prisma estriada verticalmente. Cristais terminados.
muitas v'zcs, em ponta (Fig. 419). Cristais curvos, algumas vêzes
(Figs. 420 e 421 ) . Muitas vêzes, em grupos de cristais radiados, ou
em formas Iamelares com clivagem nítida. Maciça, granulaçáo grossa
a fina.
Propriedades físicas. Clivagem perfeita ( 0 1 0 ) . D 2. d 4,52-4.62.
Brilho metálico, reluzente nas superfícies de clivagem. Côr e traço:
cinza d o chumbo a prêto. Opaca.
Composiçãn. Trissulfêto de antimônio, Sb,S,. Sb 7 1.4 - S 28,6
por cento. Pode conter pequenas quantidades de ouro, prata, ferro,
chumbo e cobre.
282 MINERALüGlA DESCRITIVA
-
cI
i no tubo aberto, d á sublimado branco que náo se vola-
tiliza, perto da parte inferior d o tubo, e outro branco,
volátil. como anel, em redor do tubo.
I I
Fig. 419. Aspectos diagnósticos. Caracterizada por sua fu.
~ ~ ~ , b ~ i ~ ~ fácil,
sibilidade . hábito lamelar, clivagem perfeita em
uma direção, cor cinza d o chumbo e traço prêto, mole.
Ocorrência. A estibnita é depositada pelas águas alcalinas, usual-
mente associada com o quartzo. Encontrada em veios ou camadas de
quartzo no granito e gnaisse, com poucos outros minerais, presentes.
Pode ocorrer como substituição nos calcários e piçarras, provàvelmente
em conseqüência de sua origem relacionada com depósitos termais.
Associada muitas vêzes com rochas intrusivas. Associada com outros
minerais de antimônio que se formaram como produto de sua decom-
posição c com a galena, cinábrio, esfalerita, barita, realgar, ouro-
-pigmento e ouro.
Encontrada em vários distritos mineiros na Saxônia, Rumânia,
Boêmia, Toscana e França Central. Ocorre em cristais magníficos na
província de Iyo, na ilha de Shikoku, no Japão. O distrito produtor
mais importante d o mundo está na província de Hunan. na China.
Ocorre também em Bornéu. Bolívia,. Peru e México. Nos Estado;
Unidos, encontra-se em quantidade, sòmente em poucas localidades,
estando os depósitos principais na Califórnia, em Nevada e no Idaho.
Uso. O principal minério de antimônio. Usa-se o nietal em vá-
rias ligas. como chumbo antimonial nas baterias de acumuladores,
metal tipográfico, metais peltre, babbitt, britânia e nietal contra a
fricção. Emprega-se o sulfêto na fabricaçóo de fogos artificiais, fós-
foros e cápsulas detonantes. Empregado na vulcanização da borracha.
Usado na medicina como tártaro emético e outros compostos. Empre-
ga-se o trióxido de antimônio como pigmento e para a fabricação de
vidro.
Nome. O nome estibnita provém de uma antiga palavra grega
que foi aplicada ao mineral.
i: . . . . .~ ~~ ~
-PIRITA
- - FeS2
Piritas de Ferro
Pirira
Fig. 428. Pirita, FeSs. blodèlo de F.mpi<cr~lamrnio. i-ç prCli?, 5 branca. Notar
que o s pares de enxbfre estão alinhados ao longo dos eixos ternários de
simetria.
MARCASSITA - FeS,
Piritas de Ferro Brancas
ARSENOPIRITA - FeAsS
Mi.vpique1
Arsenopirita
MOLIBDENITA - Mos2
Cristalografia. Hexagonal; bipiramidaldihexagonal. Cristais em
placas configuradas de maneira hexagonal ou em prismas curtos, ligei-
ramente cônicos. Comumente, laminada, maciça ou em escamas.
Propriedades físicas. Clivagem basal perfeita (0001 1. Lâminas
flexíveis, mas não-elásticas. Séctil. D 1-1%. d 4,62-4,73. Ao tato, sen-
sação de gordura. Brilho metálico. Côr: cinza do chumbo. Traço prêto-
-acinzentado. Opaca.
Composição. Sulfêto de molibdênio, MOS,. Mo 59,9 - S 40,l por
cento.
Ensaios. Não é fusível. Aquecida com o maçarico, produz cha-
ma verde-amarelada. Calcinada no tubo aberto, produz odor de ani-
drido sulfuroso e depósito de placas delgadas de óxido molíbdico que
cruzam o tubo acima do mineral. Quando aquecida com iodeto de
potássio e enxôfre sobre um tablete de gêsso, produz um sublimado
azul intenso.
Aspectos diagnósticos. Assemelha-se à grafita, mas distingue-se
dela por sua densidade relativa mais alta, por uma tonalidade azul
de sua cor, ao passo que a grafita tem um matiz castanho. e pelas suas
reações 'para o enxôfre e o molibdeno. Na porcelana, a molibdenita
produz um traço esverdeado, a grafita, um prêto.
Ocorrência. A molibdenita forma-se como um mineral acessório
em certos granitos, pegmatitos e aplitos. Comumente em depósitos de
filóes, associada com a cassiterita, scheelita, wolframita e fluorita.
Também em depósitos metamórficos de contato, com silicatos de cál-
cio, scheelita e calcopirita.
Ocorre com minérios de estanho na Boêmia; em vários lugares
na Nomega e na Suécia; em Nova Gales d o Sul, na Inglaterra, na
China e no México. Nos Estados Unidos, encontra-se a molibdenita
292 MINERALOGIA DESCRITIVA
-
Calaverita
-. ~
- AuTep
. ~~~
SKUTTERUDITA . - (Co.Ni,Fe)As,
Cristnlo~rafia. Tsométrico; diploédrica. As formas comuns dos
cristais são o cubo e o octaedro, mais raramente o dodecaedro e o
piritoedro. Usualmente maciça, densa a granular.
Propriedades físicas. D 5%-6. d 6,5 2 0,4. Quebradiça. Brilho
metálico. Côr: branco d o estanho a cinza da prata. Traço prêto. Opaca.
294 MINERALOGIA DESCRITIVA
Sulfossais
Polibasita A&SbzSii Tetraedrita (Cu,Fe.Zn,Ag),,Sb,S,.
Estefanita A&SbS< Enargita Cu,AsS,
Pirargirita Ag$bSa Bournonita PbCuSb8
Proustita AgAsSa Jamesonita Pb,FeSbS,,
Polibasita - Ag~sSbxS,,
Cristalografia. Monoclínico; priamática. Na simetria, os cristais
são pseudorromboédricos, ocorrendo em prismas hexagonais curtos,
muitas vêzes tabulares, delgados. Os planos basais mostram marcas
triangulares. Também granular.
Propriedades físicas. D 2-3. d 6,O-6,2. Brilho metálico. Côr:
cinza do aço ou prêto d o ferro. Traço negro. Opaca.
Composição. Essencialmente um sulfêto de antimônio e prata,
Ag,,Sb2S,,. Ag 74.3 - Sb 10,5- S 15,2 por cento. O cobre pode subs-
tituir a prata em cêrca de 30 por cento. O arsênico pode substituir
o antimônio em cêrca de 60 por cento, formando uma série parcial
até a pearceíta, ( A ~ , C U ) ~ ~ A S ~ S ~ ~ .
Ensaios. Corresponde ao número 1 na escala de fusibilidade.
Sôbre o carvão vegetal, funde-se formando um glóbulo e produz au-
réola de côr branca, densa, de trióxido de antimônio, com odor de
auidrido sulfuroso.
Aspectos diagnósticos. Distingue-se das espécies semelhantes
principalmente por seus cristais.
Ocorrência. A polibasita é um mineral de prata comparativa-
mente raro, associado com outros sulfantimonietos de prata e com
minérios de prata em geral.
Encontrado nas minas de prata do México, Chile, Saxônia e
Boêmia. Nos Estados Unidos, encontra-se em Comstock Lode e
Tonopah, no Estado de Nevada; Ouray e Leadville, no Colorado
e em Silver City e Delamar, em Idaho.
Uso. Um minério de prata.
Norne. O nome 6 uma alusão às muitas bases metálicas contidas
no mineral.
296 MINERALOGIA DESCRITIVA
Estefanita - AgsSbS,
PIRARGIRITA - Ag3SbSs
Prata Vermelha-escura
Cristalografia. Hexagonal-R; piramidal-ditrigonal. Cristais pris-
máticos com desenvolvimento hemimórfico, muitas vêzes com termi-
nações piramidais. Usualmente, apresentando distorçóes e com desen-
volvimento complexo. Frequentemente, geminada. Também maciça,
compacta, em gráos disseminados.
SULFOSSAIS 2W
PROUSTITA - AgaAsS,
Prata Vermelha-clara
TETRAEDRITA - (Cu,Fe.Zn,Ag),,Sb,S,,
Cobre Cinzento
Cristalo~rafia. Isométrico; hexatetraédrica. Hábito tetraédrico
(Figs. 434 e 435); pode estar em grupos de cristais paralelos. As
1 ENARGITA - Cu3AsS4
Cristalografia. Ortorrômhico; piramidal. Cristais alongados pa-
ralelamente ao eixo c e estriados verticalmente; tambéi.1 tabulares,
paralelamente a { 001}. Colunar, laminada, maciça.
Propriedades físicas. Clivagem prismática perfeita {110}. D 3.
d 4,43-4.45. Brilho metálico. Côr e traço: entre o prèto-acinzentado
I e o prèto do ferro. Opaca.
Composição. Sulfêto de arsènico e cobre, Cu, - AsS,. Cu 48,3 -
- As 19,l - S 32,6 por cento. O antimônio pode substituir o arsènico
até 6 por cento, em pèso. Estão presentes usualmente algum ferro
e zinco.
Ensaios. Corresponde ao número 1 na escala de fusibilidade.
Sobre o carvão vegetal, produz sublimado de Óxido arsenioso branco,
volátil, desprendendo odor de alho característico. Calcinada sôbre o
carvão vegetal, depois umedecida com ácido clorídrico e, de novo,
posta em ignição, produz a chama azul-celeste do cloreto de cobre.
Aspectos diagnósticos. Caracterizada por sua côr e sua cliva-
gem. Distingue-se da estibnita pela reação do cobre.
Ocorrência. A enargita é um mineral comparativamente raro,
encontrado em filões e em depósitos de substituição, associado com
a pirita, esfalerita, bornita, galena, tetraedrita, covellita e calcocita.
Localidades dignas de nota: Bor, perto de Zajecar, na Iugos-
lávia. Encontrada abundantemente em Morococha e Cerro de Pasco,
no Peru; também no Chile e na Argentina; ilha de Luzon, nas Fili-
pinas. Nos Estados Unidos, é um mineral importante em Butte, no
Estado de Montana e, em menor escala, em Bingham Canyon, no
Estado de Utah. Ocorre nas minas de prata das Montanhas de San
Juan, no Colorado.
Uso. Um minério de cobre. Em Butte, também se obtém dela
o óxido de arsènico.
Nome. Provém da palavra grega significando distinto, em alu-
são à clivagem.
Espécies semelhantes. A famatinita, Cu3SbS4, é o análogo de
antimônio da enargita, mas os dois minerais não são isoestruturais.
Bournonita - PbcuSbS:,
Minério em Roda Denteada
Cristalografia. Ortorrômbico; bipiramidal. Cristais usualmente
prismáticos, curtos, a tabulares. Podem ser complexos, com muitas
faces de prisma vertical e de pirâmide. Fre-
quentemente geminados, dando cristais tabu-
@
lares com ângulos reentrantes recorrentes na
zona [O011 (Fig. 436), donde o nome co-
c4
mum de minério em roda denteada. Tambim
macisa, granular a compacta. c.
Propriedades fisicas. D 25:-3. d 5,8- Fig. 436.
5,9. Brilho metálico. Côr e traso: entre Bournonita.
o cinza d o aço r o prêto. Opaca.
Composiçüo. Um sulfêto de chumbo, cobre, antimonio,
PbCuSbS,. Pb 42,4 - Cu 13,O - Sb 24,9 - S 19,7 por cento. O ar-
sênico pode substituir o antimonio na proporçáo aproximada de
Sb: As=4 : 1.
Ensaios. Corresponde ao número 1 na escala de fusibilidade.
Sob a açáo d o masarico sôbre o carvão vegetal, dá uma auréola em
que se combinam os óxidos de chumbo e de antimônio. Calcinada
no tubo aberto, produz sublimados de óxidos de antimônio. Aquecida
sôbre o carvão vegetal com uma mistura de iodeto de posássio e
enxofre, dá uma auréola de cor amarela do cromo, de iodeto de
chumbo.
Aspectos diagnósticos. Reconhecida por seus cristais caracte-
rísticos, alta densidade relativa e pelos ensaios antes referidos.
Ocorrência, A bournonita, um dos sulfossais mais comuns,
ocorre, tipicamente, nos filões hidrotermais formados em temperatura
moderada. Está associada com a galena, tetraedrita, calcopirita, es-
falerita e pirita. Notada, frequentemente, com inclusões microscó-
picas na galena.
As localizações dignas de nota são: as Montanhas do Harz;
Kapnik e alhures na Rumânia; Liskeard, em Cornwall; encontrada
também na Austrália, no México e na Bolívia. Nos Estados Unidos,
tem sido encontrada em vários lugares no Arizona, Utah, Nevzda.
Colorado e Califórnia, em qualidade e quantidade pouco notáveis,
porém.
Uso. Um minério de cobre. chumbo e antimônio.
Nome. Em honra ao conde J. L. de Bournon (1751-1825).
mineralogista e cristalógrafo francés.
302 MINER4LOGIA DESCRITIVA
i
Jamesonita - Pb,FeSb,S,,
I Minério Plúmeo Quebradiço
Cristalografia. Monoclínico; prismática. Usualmente, em cris-
I
i tais aciculares, ou em formas capilares com aparência de uma pena.
Também entre fibrosa e maciça compacta. "Minério em pena" é a
denominação dada, muitas vêzes, a vários compostos diferentes.
Propriedades físicas. Clivagem (001 ). Quebradiça. D 2-3.
d 5,5-6. Brilho metálico. CÔr e traço: entre o cinza do aço e o
prêto-acinzentado. Opaca.
Composiçáo. Sulfêto de antimônio, ferro e chumbo, provàvel-
mente Pb,FeSb,S,,. O cobre e o zinco podem estar presentes em
pequenas quantidades.
Ensaios. Corresponde a o número 1 na escala de fusibilidade.
Sôbre o carvão vegetal, produz uma auréola combinada de óxidos de
chumbo e antimônio. Calcinada no tubo aberto, produz sublimados
de óxidos de antimônio. Aqnecida sobre o carvão vegetal com fluxo
de iodeto, produz uma auréola de iodeto de chumbo de colorido
amarelo do cromo.
Aspectos diagnósticos. Reconhecida por sua aparência fibrosa
característica (em forma de pena), distinguindo-se da estibnita pela
falta de boa clivagem no sentido do comprimento. Difícil de distin-
guir-se das espécies semelhantes (ver mais adiante).
Ocorrência. A jamesonita 'encontra-se nos filões de minério
formados em temperaturas baixas a moderadas. Associada com ou-
tros sulfossais de chumbo, com galena, estibnita, tetraedrita e esfa-
lerita.
Encontrada em Cornwall, na Inglaterra, e em várias outras loca-
lidades na Checoslováquia, Rumânia e Saxônia, na Tasmânia e na
Bolívia. Nos Estados Unidos, provém d o Sevier County, Arkansas. e
de Silver City, no Estado de Dakota do Sul.
Uso. Um minério de chumbo de importância reduzida.
Nome. Em honra ao mineralogista Robert Jameson (1774-
-1854), de Edinburgo.
Espécies semelhantes. Incluem-se sob a denominação minérios
em pena alguns minerais semelhantes à jamesonita na composição e
nas características físicas gerais. Esses minerais são: a zinkenita,
PbaSblaS2,; a boulangerita, PbsSb4S,,; a meneghinita, Pb13SblS~3.OU-
tros minerais de composição semelhante, mas de hábito diferente, são:
a plagionita, PbSSbRS17; a semeyíta, PbBSb,S,; a geocronita,
Pba(Sb,As)pSs.
Os óxidos classificam-se em óxidos simples, óxidos múltiplos,
óxidos contendo hidroxila e hidróxidos, mas, tendo em vista o pe-
queno número de minerais descritos aqui, estão agrupados simples-
mente em óxidos e hidróxidos. Dentro da estrutura da classificação,
existem grupos minerais importantes, notadamente, os grupos da he-
matita, d o espinélio e d o rutilio. Cada um dêstes grupos contém um
ou mais minerais de importância económica. Dentro da classe dos
óxidos estão os principais minérios de ferro (hematita e magnetita),
de cromo (cromita), de manganês (pirolusita, manganita e psilome-
lana), de estanho (cassiterita) e de alumínio (bauxita).
Tipo A,O.' O óxido sólido de hidrogênio, o gêlo, é um mineral
verdadeiro, e uma substância geológica de grande importância. Dife-
rentemente da maioria dos minerais, é molecular, formado por mo-
léculas de água bipolares, mantidas juntas, de modo que cada uma
tem quatro vizinhas muito próximas, localizadas nos vértices de um
tetraedro quase regular. As ligações que unem estas moléculas são
relativamente fracas d o que resulta pouca dureza, ponto de fusão
baixo e deformação fácil por geminação e deslizamento. O arranjo
ordenado das moléculas de água característico d o gêlo persiste, em
parte, no estado líquido, até 4°C acima do ponto de fusão. Nesta
temperatura, a estrutura relativamente aberta d o gêlo torna-se instá-
vel e contrai-se em um arranjo mais compacto e desordenado. A o
resfriar-se a água, ocorre o processo inverso, e a ordenafão das
moléculas de água explica a expansáo anômala, na temperatura de
4*C.
Tipo AO,. Nos bióxidos, aparecem em geral dois tipos de es-
trutura. Um tem a estrutura da fluorita (ver Fig. 467) na qual cada
oxigênio tem quatro catíons vizinhos, dispostos em tôrno dêle nos
vértices de um tetraedro mais ou menos regular, ao passo que cada
catíon tem oito oxigênios em redor dêle, nos vértices de um cubo.
Possuem esta estrutura os óxidos dos elementos tetravalentes: urânio,
tório e cério, atualmente de interêsse considerável por causa de sua
conexão com a química nuclear. Pode esperar-se que tenham esta
estrutura e sejam isométncos, hexaoctaédricos, todos os bióxidos nos
quais a relação dos raios d o catíon e do oxigênio ( R :R ) se situe
A O
dentro dos limites da coordenação 8 (0,732-1).
Hidróxidos
Brucita MgfOH)z Limonita FeOfOH).»H,O
Mangdnita MnOfOH) Bauxita Hidratos de alumínio
Psilomelana BnMn"Mn~.O,,,(OH).
CUPRITA - CuzO
Cuprita.
ZINCITA - ZnO
Cristalografia. Hexagonal; piramidal-dihexagonal. Os cristais
são raros, terminados em uma extremidade pelas faces de uma pirâ-
mide aguda e, na outra, por um pédio (ver Fig. 150). Usualmente
maciça, com aparência achatada ou granular.
Propriedades físicas. Clivagem nítida { 10i0); partição i 0 0 0 1 ).
D 4-4;;. d 5,6. Brilho subadamantino. Cor: vermelho intenso a
amarelo-alaranjado, Pode estar revestida com uma película de cor
negra-azulada. Traço amarelo-alaranjado. Translúcída.
Composiçüo. Óxido d r zinco, ZnO. Zn 80,3 - O 19.7 por
cento. O manganês bivalente (Mn") está presente muitas vêzes e,
provàvelmente, empresta colorido ao mineral; o ZnO quimicamente
puro é branco.
Ensaios. Não é fusível. Solúvel no ácido clorídrico. Quando
o mineral finamente pulverizado é misturado com a mistura redutora
e aquecido intensamente sobre o carvão vegetal, produz uma auréola,
que não se volatiliza, de óxido de zinco, amarela a quente, branca a
frio. Usualmente. dá cór violeta-avermelhada na chama oxidante só-
bre a pérola de bórax (manganês).
Aspectos diapnósticos. Distingue-se principalmente por sua cor
vermelha, traço amarelo-alaranjado e a associação com a franklinita
e a willemita.
Ocorrência. A zincita está confinada quase exclusivam~nte nos
depósitos em Franklin, em Nova Jersey, onde está associada com a
franklinita e a willemita, muitas vêzes em mistura íntima (ver fron-
tispício). Incluída também na calcita rósea. De outras localidades,
há referência apenas de pequenas quantidades.
Uso. Um minério de zinco. usado particularmente para a pro-
dução do branco de zinco (óxido de zinco).
HEMATITA - Feros
Criiralografia. Hexagonal-R; escalenoédrica-hexagonal. Cristais
usualmente tabulares entre espessos e delgados. Planos hasais acen-
tuados, mostrando muitas vêzes marcas triangulares (Figs. 444 e 445).
As arestas das placas podem ser biseladas com formas romhoédricas
(Fig. 446). Placas delgadas podem estar agmpadas em forma de
rosetas (rosas de ferro) (Fig. 447). Mais raramente, os cristais sáo
nitidamente romboédricos, com ângulos quase cúbicos, muitas vêzes.
Usualmente terrosa. Também em configurações botrioidais a renifor-
mes com estrutura radiada, minério em forma de rim (ver Fig. 333,
página 117). Também pode ser micácea e laminada, especular.
Chama-se martita quando em pseudomorfos octaédricos sóbre a mag-
netita.
ILMENITA - FeTiO:$
Minério de Ferro Titanífero. Menacanita
Cristalografia. Hexagonal-R; romboédrica. Cristais usualmente
tabulares, espessos, com planos basais acentuados e pequenas trun-
caturas romboédricas. As constantes dos cristais estão próximas das
da hematita. Muitas vêzes, em placas delgadas. Usualmente, maciça,
compacta; também em grãos ou como areia.
Propriedades físicas. D 34-6. d 4,7. Brilho metilico a subme-
tálico. Côr: prêto do ferro. Traço a vermelho-acastanhado.
Pode ser magnética sem aquecimento. Opaca.
Composiçãoáo. Oxido de ferro e titânio, FeTiO?. Fe 36,8 - Ti
31,b - O 31,b por cento. Pela introduçáo d o óxido férrico, a rela-
ção entre o titânio e o ferro varia amplamente. O óxido férrico em
excesso pode ser devido largamente a inclusões minúsculas de hema-
tita. O magnésio e o manganês podem substituir o ferro ferroso.
316 MINERALOGIA DESCRITIVA
PIROLUSITA - MnO2
Cristalografia. Tetragonal; bipiramidal-ditetrapnal. Raramente
em cristais bem desenvolvidos, polianita. Muitos cristais pseudomorfos
sôbre a manganita. Usualmente, em fibras ou colunas radiadas. Tam-
bém maciça, granular; muitas vêzes em películas reniformes e confi-
gurações dendríticas (Fig. 45 1 ) .
Propriedades físicas. Clivagem perfeita { I 10). D 1-2, (sujando
os dedos muitas vêzes). A dureza da polianita cristalina é 6-6%.
d 4,75. Brilho metálico. Côr e traço: prêto do ferro. Fratura esti-
Ihaçada. Opaca.
Composição Bióxido de manganês, MnOi. Mn 63,2 - 0 36,R
por cento. Comumente, contém um pouco de água.
Ensaios. Não é fusivel. Uma pequena quantidade do mineral
pulverizado dá, com o carbonato de s6di0, uma pérola opaca, verde-
-azulada. No tubo fechado, produz oxigênio que fará com que um
fragmento de carváo vegetal se incendeie, quando colocado no tubo
acima d o mineral e aquecido.
CASSITERITA - SnO2
Pedra de estanho
Crisfalografia. Tetragonal; bipiramidal-ditetragonal. As formas
comuns são os prismas e as bipirâmides de primeira e de segunda
ordens (Fig. 452). Frequentemente em geminados configurados em
cotovêlo com entalhe característico, dando origem à expressão d o mi-
neiro viseira de estanho (Fig. 453); o plano d o geminado é a bipirâ-
mide de segunda ordem, ( 0 1 1). Usualmente granular, maciça; mui-
tas vêzes em configurações reniformes, com aparência fibrosa radiada,
estanho lenhoso.
Propriedades físicas. D 6-7.d 63-7,1 (pouco comum para um
mineral com brilho não-metálico). Brilho adamantino a submetálico
e fôsco. Côr: usualmente castanho ou prêto; raramente, amarelo ou
branco. Traço branco. Translúcido, raramente transparente.
Composição. Bióxido de estanho, SnO,. Sn 78,6-021,4 por
cento. Podem estar presentes pequenas quantidades de ferro.
Cassiterita.
..
Ensaios. Não é fusível. Produz glóbulo de estanho com auréola '
..J
de óxido de estanho branco, quando o mineral finamentz pulverizado
c fundido sobre o carvão vegetal com a mistura redutora. Insolúvel.
Quando se colocam fragmentos de cassiterita em ácido clorídrico di-
luído, juntamente com um pouco de zinco metálico. a supzrfície da .. ..
cassiterita se reduz, e o espécime fica revestido por um depósito cin-
zento-fosco de estanho metálico que se torna brilhante, ao ser es-
fregado.
Aspectoi diagnrlsticos. Reconhecida por sua densidade relativa
elevada, brilho adamantino e traço claro.
Ocorrência. A cassiterita está distribuída amplamente, em pe-
quenas quantidades, mas é produzida, em escala comercial, apenas em
poucas localidades. Constituinte originário das rochas ígneas e peg-
matitos, encontra-se mais comumente em veios. associados com o
quartzo, nas rochas graniticas ou próximo delas. Os veios coui cassi-
terita têm, usualmente. minerais que contêm flúor ou boro. tais como
a turmalina. o topázio, a fluorita e a apatita. e os minerais das paredes
das rochas estio, comumente, muito alterados. Associada, conioinen-
te, com a wolframita. Encontra-se tambzm a sassiterita sob a forma
de scixos rolados nos pláceres. e.stanho de rio.
A maior parte do suprimento mundial de estanho provim dos
Estados Malaios, da Bolívia. Indonésia. Congo Belga e NigCria. No
passado, Coriiwall, na Inglaterra, produziu grandzs quantidades de
minério de cstanho. Nos Estados Unidos, a cassiterita náo se encontra
em quantidades suficientes para assegurar a niineração, m2s está sem-
pre presente em pcquenas quantidades. em numerosos pegmatitos.
322 MINERALOGIA DESCRITIVA
- -- -- --
Uraninita - UOi
Goethita - HFeO,
Minério de Ferro do Pântano
Crisfalografia. Ortorrômbico; bipiramidal. Raramente em cris-
tais prismáticos distintos e estriados verticalmente. Muitas vêzes acha-
tada paralelamente ao pinacóide lateral. Cristais aciculares. Também
maciça, reniforme, estalactítica em agregados fibrosos radiais. Lami-
nado. O minério, a que se dá o nome de minério do pântano é geral-
mente de pouca consistência e de textura porosa.
Propriedades físicas. Clivagem {OIO} perfeita. D 5-5%. d 4,37;
pode ser tão baixa quanto 3,3 para material impuro. Brilho adaman-
tino a opaco; sedoso em certas variedades finamente escamosas ou
326 MINERALOGIA DESCRITIVA
ESPINELIO - MgAlDn
Gahnita - ZnALOl
Espinélio de zinco
MAGNETITA - Fe@+
CRISORERILO - BeAlz04
Cr;~ialojirafin. Ortorrômbico; Sipiramidal. Usualmente em
cristais ~cliatsi!os parnleianente a 1001, cujas faces são estrisdas
ucrticai!iicnte. Comuiiiente geniinado. adquirindo a aparência hexa-
5:onal (Fig. 461 ) .
Pela sua f61.muia. BeAi,O,. poderia parecer que o crisoberilo
é um mcinbro do grupo do espin&!io. Contudo por causa do peque-
no tamanho do ion do berílio (Raio iônico 0.35 A ) . o crisoberilo tem
uma estrutura contraída. de siriictria mais baixa do que os espinélios.
Pr»prirrla<lcs firic'rs. Clivaccm { 110). in fi:; (extraordinària-
niente al!a). d 3.65-3,8. Rrilho vítreo. Várias tonaiidades de verde.
castanho e amarelo; pode ser vermelho por limztransniirida.
A al~xondrira6 um;i variedade de côr verde-esniera:da; a luz
transmitida confere-lhe. entretanto. a c6r ver:neiha. Geralmente cxi-
Se esta última cor em Iiiz artificial. O Ulho-de-,varo. ou cinlofnnci.
: uma variedade que, quando policl:~. exibe brilho opalesccntc e na
L
k;;::.:?f-g
9 3 estreita c lonea que miida a san posiçâo a cada
I P i, - ,,,, o moviinento que se 6ã à genia. Esic efeito,
conhecido pel;! desipnacão de acatassolamento
(clintoyancy) é obtido em seu máximo de in-
v=-
tensidade quando o crisobrriio é iapidado eni
c a b ~ c h ã ooval ou redondo. Tudo iridica que
esta propriedade decorra da presenqa de nurnc-
Fie. 461. rosas cavidades tubiilares ficíssiinas, arranjadas
Crisoherilo. eni lima posição paralela. 0 crisoberilo é o
vel.dadeiro ólho-dc-_rato c não deve ser confun-
dido com virios outros minerais que possaem propíiedaiies semelhan-
tes (p. ex., qiiartzo)
Composiçáo. Óxido de beríiio e alumínio, BeA120r. BeO 19,8-
-AI20:T80,2 por cinto. Be 7 , : por cento.
Ensaios. Infusível. insolúvel. O mineral transformado em
pó fino é inteiramente solúvel na pérola d o sal de fósforo (ausência
de sílica). O mineral, umedecido com nitrato de cobalto e aquecido,
torna-se azul (aluminio) .
Aspectos diagnósticos. Caracterizado por sua dureza extrema;
sua cór verde-esmeralda e seus cristais geminados.
Ocorrência. O crisoberilo é cm mineral raro. Ocorre em ro-
chas graníticas, nos pegmatitos e em mica xistos. Frequentemente nas
areias de rios e cascalhos. Encontram-se no Brasil e no Ceilão os
mais notáveis depósitos aluviais de gemas; a variedade alexandrita
provém dos Montes Urais. O crisoberilo de qualidade para gema
raramente é encontrado nos Estados Unidos. Enconira-se em On-
ford County, no Maine; em Haddam, no Estado de Connicticut e
em Greenfield, no de Nova Iorque. Achadz no Colorado recente-
mente.
Uso. Serve como uma pedra preciosa. As pedras comuns,
verde-amareladas são relativamente baratas; as variedades alexan-
drita e ÔIho-de-gato são de alio valor.
Nome. Crisoberilo significa b ~ r i l odoirrado. O nome cimo-
fana deriva de duas palavras zregas, signicicando onda e parocer,
em alusão ao efcito do acatassolamento (chatoyancy) exibido por
algumas pedras. O nome o1ernndri:a foi dado em homenagem a
Alexandre 11, da Rússia.
- Columbita.
.. -
.->O
O 7
O
,
t
a
-
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Calumbita Tontalito
(Fe.Mn) Nb20, (Fe,Mn)Tap06
lho é nacarado sôbre a base, vítreo a ceroso nas demais faces. Cór:
branco, cinza e verde-claro. Transparente a translúcida.
Composição. Hidróxido de magnésio, Mg(OH),. MgO 69,O-
- H 2 0 31,O por cento. Podem estar presentes o ferro e o manganês.
Ensaios. Infusível. Reluz diante do masarico. Produz água
em tubo fechado. Solubiliza-se tàcilmente no ácido clorídrico e,
depois que se fêz a solução tornar-se amoniacal, a adição de fosfato
de sódio dá um precipitado granular, branco, de fosfato de amónio
e magnesio (ensaio para o magnésio).
Aspectos diagnósficos. Reconhece-se a brucita por sua natu-
reza foliácea, cór clara e brilho nacarado sôbre a face de clivagem.
Distingue-se do talco por sua dureza mais alta e ausência d o tato oleo-
so; da mica por não ser elástica.
Ocorréncia. A brucita encontra-se associada à serpentina, a
dolomita, a magnesita e à cromita, como produto de decomposição
de silicatos magnesianos, especialmente a serpentina. Encontra-se
também em calcários cristalinos.
Localidades dignas de menção por suas ocorréncias são: Unst,
uma das ilhas Shetland, e Aosta, na Itália. Encontra-se nos Estados
Unidos, em Tilly Forster Iron Mine, Brewster, Estado de Nova lor-
que em Wood's Mine. no Texas; Pensilvânia; e Gabbs, no Estado de
Nevada.
Uso. A brucita encontra emprêgo como matéria-prima para
refratários de magnésia.
N o m ~ . Em honra a um dos mais antigos mineralogistas norte-
-americanos, Archibald Bruce.
MANGANITA - M n O ( 0 H )
Cristalografia. Ortorrómbico; bipiramidal. Os cristais são usu-
almente prismáticos, longos, com terminações obtusas; acentuadamen-
te estriados. verticalmente. Muitas vêzes, os cristais são geminados.
Os cristais agrupam-se, muitas vezes. em feixes ou massas radiadas;
também colunar.
Propriedades físinis. Clivagem i0101 perfeita. D 4. d 4.3.
Brilho metálico. C o r : do cinza do aço ao prêto d o ferro. Traço cas-
tanho-escuro. Opaca.
Composição. M n O ( 0 H ) . Mn 62,4 - O 27,3 - HxO 10.3 por
cento.
Ensaios. Infusível. O niineral reduzido a pó confere uma cór
verde-azulada a pérola. com carbonato de sódio. Aquecida a man-
ganita em tubo fechado. e;a produz muita água.
Aspectos diagnórticos. Caracteriza-se por sua côr preta, cris-
tais prismáticos, dureza (4) e traço castanho. Os dois últimos ser-
vem para distingui-la da pirolusita.
Ocorrência. A manganita acha-se associada a outros óxidos
de manganês e tem origem semelhante. Frequentemente, altera-se em
pirolusita. Acha-se, muitas vêzes, em veios associados a rochas
ígneas graníticas, preenchendo cavidades, ou como material de subs-
tituição das rochas circunvizinhas. A barita e a calcita sáo associados
frequentes. Ocorre em Ilfeld, nas Montanhas do Harz, sob a forma
de belos cristais; também em Ilmenau, na Turíngia, e Cornwall, na
Inglaterra. Encontra-se, nos Estados Unidos, em Ncgaunee, no Es-
tado de Michigan. Encontra-se também na Nova Escócia.
Uso. Um minério secundário de manganês.
PSILOMELANA - BAMn"Mn"80,,:(OH)4
Cristalografia. Ortorrômbico. Maciça, botrioidal, estalactítica.
Aparece amoria, às vêzes.
Propriedades físicas. D 5-6. d 3,7-4,7. Brilho submetálico.
Côr: prêto. Traço pr'to-acastanhado. Opaca.
Composiçüo. BaMn"Mn4,0in(OH),. Pode ocorrer substitui-
ção considerável do bário e do manganès bivalente por magnésio,
cálcio, níquel, cobalto e cobre.
Ensaios. Infusível. Fundida com o carbonato de sódio produz
uma pérola opaca, verde-aziilada. Aquecida em tubo fechado, for-
nece muita água.
Aspectos diag~tó.rrico.s. Distingue-se dc~soutros óxidos de man-
ganês pela sua dureza maior e falta aparente de estrutura cristalina;
da limonita por seu traço prêto.
Ocorrênci<r. A psilomelana ocorrc usualmente coni a pirolusi-
ta; sua origem e associaçZo sáo semelhantes i s dtstc ílltiiiio mineral.
Uso um minério de manfanês (ver pirolusita. pipina 320).
Nonie. Derivado de duas palrvras frc:as. significanclo liso c
prpto, em alusão 5 sua aparéncia.
' A baiixita náo tem sido congidcrada como uma especic mineral, mas a nome foi
mantido, aqui. porque CIc se tornou a denominacão d t uma rubst&ncia comercial de im-
port&cia.
MINERALOGIA DESCRITIVA
F. - HALÓIDES
A classe químicn dos halóides caracteriza-se pela predominância
dos íons halogênicos eletronegativos, CI-, B r , F- e I-. Esses íons
são grandes, carregados fracamente e de fácil polarização., Quando
Halóides
HALITA - NaCI
Sal-gema. Sal Comum
Cristalopzfia . Isométrico; hexaoctaédrica. Hábito cúbico
(Fig. 468). Alguns cristais possuem forma de tremonha (Fig. 469).
São raras outras formas. Encontra-se como cristais ou massas cris-
talinas granulares; exibe clivagem cúbica e é conhecida como saí-gema.
Também maciça, granular a compacta.
SILVITA - KCI
CERARGIRITA - AgCI
Prafa Córnea
Cri~talografia.Isométrico; hexaoctaédrica. Hábito cúbico, mas
os cristais são raros. Usualmente maciça, lembrando a cêra; muitas
vêzes, em placas e crostas.
Propriedades físicas. D 2-3. d 53'. Séctil, pode-se cortar
com um canivete, como se fosse chifre. Transparente a translúcida.
Cor: cinza-pérola a incolor. Escurece rapidamente na cor parda-
-violeta quando exposta à luz.
Composição. Cloreto de prata, AgCI. Ag 73,3 - Cl 24,7 por
cento. Existe uma série completa de solução sólida entre a cerargi-
rita (AgCI) e a bromirita, AgBr. Quantidades pequenas de iodo po-
dem estar presentes em substituição ao cloro ou bromo. Algumas
espécies contêm mercúrio.
Ensaios. Corresponde ao número 1 da escala de fusibilidade.
Sob a ação do maçarico, no carváo vegetal, produz um glóbulo de
prata. Com o óxido de cobre, na pérola d o sal de fósforo, produz
chama azul-celeste do cloreto de cobre.
Aspectos diagnósticos. Distingue-se, principalmente, por s .
aparência córnea ou cérea e por sua sectilidade.
Ocorrência. A cerargirita é um minério de prata supérgeno
importante. Encontra-se sòmente na parte alta da zona enriquecida
dos filões de prata, onde as águas descendentes, contendo pequenas
quantidades de cloro, agiram sobre os produtos oxidados dos miné-
rios de prata primitivos d o filão. A cerargirita encontra-se associada
a outros minerais de prata, à prata nativa, à cerussita e a minerais
secundários, em geral.
Encontra-se, em quantidades notáveis, na Nova Gales do Sul,
no Peru, no Chile, na Bolívia e no México. Nos Estados Unidos, a
ceragirita foi um mineral importante nas minas de Leadville e alhu-
res no Colorado e em Comstock Lode, no Estado de Nevada. Em
Poorman's Lode, no Estado de Idaho, ela encontra-se sob a forma de
cristais.
U s o . E um minério de prata.
Nome. O têrmo cerargirita deriva de duas palavras gregas sig-
nificando, chifre e prata, em alusão à sua aparéncia e características
assemelhando-se a um chifre.
Espécies semelhantes. Os minerais: embolita, Ag(C1,Br);
bromirita, AgBr; iodobromira, Ag(CI,Br,I) e iodirita, AgI relacio-
nam-se intimamente com a cerargirita, são menos comuns do que
ela, formando-se, no entanto, sob condições semelhantes.
CRIOLITA - Na3AlF6
Cristalografia. Monoclínico; prismática. As formas principais
são ( 0 0 1 ) e { 110). Cristais raros, usualmente de aspecto cúbico e
em agrupamentos paralelos que crescem d o material maciço. Usual-
mente, maciça.
Propriedades físicas. Partição em três d i r e ~ k squase em ân-
gulos retos. D 2%.d 2,95-3,O. Brilho vítreo a oleoso. Cór: incolor
a branco-de-neve. Transparente a translúcida. O índice de refraçáo
baixo dá ao mineral a aparéncia de neve aguada ou de parafina. O
índice de refração é próximo ao da água e, por ésse motivo, o p6
do mineral quase desaparece quando imerso em água.
Composição. A criolita é um fluoreto de sódio e alumínio,
Na,AIF,. Na 32,8 - AI 12,8 - F 54,4 por cento.
Ensaio.7. Situa-se a meio caminho entre os números I e 2 da
escala de fusibilidade, com a produção de uma chama de sódio forte-
350 MINERALOGIA DESCRITIVA
FLUORITA - CaF,
Carnallita - KMgCI3.6H,O
Cristalografia. Ortorròmbico; bipiramidal. Cristais raros. Ge-
ralmente maciça, granular.
Propriedades físicas. D 1. d 1,6. Brilho não-metálico, brilhan-
te, gorduroso. O mineral é branco-leitoso; muitas vêzes, avermelha-
do por causa das inclusóes de hematita. Transparente a translúcida.
Sabor amargo. Deliquescente.
Composição. Um cloreto de potássio e magnésio, hidratado,
KMgC1,.6H,O. KC1 2 6 3 1 - MgC1, 34,19 - H 2 0 39,O. O bromo
pode substituir o cloro em pequenas quantidades.
Ensaios. Situa-se entre os números 1 e 1% na escala de fusi-
bilidade, com chama violeta. Depois da calcinação, dá reaçáo alca-
lima no papel de ensaio umedecido. Aquecida em tubo fechado, for-
nece muita água. Solubiliza-se em água, fácil e completamente; com
a adição de ácido nítrico e do nitrato de prata, dá um precipitado
branco de cloreto de prata.
Aspectos diagnósficos. A carnallita distingue-se dos sais as-
sociados pela auséncia de clivagem e por sua natureza deliquescente.
Ocorrêncirr. Encontra-se associada à halita, à silvita etc., nos
depósitos de sal de Stassfurt, na Alemanha. Em menor escala, en-
contra-se nos depósitos potássicos do oeste do Texas e do leste do
Nôvo .México.
Uso. Uma fonte de compostos de potássio, e magnésio.
Nome. Em homenagem a Rudolph von Carna!l (1804-1874).
engenheiro de minas prussiano.
(CONTINUAÇÃO)
G. CARBONATOS
Quando o carbono se une com o oxigênio, tem tendência forte
a ligar-se com dois átomos de oxigênio compartilhando dois de seus
quatro elétrons de valência com cada um para formar uma unidade
química estável, a saber, uma molécula de dióxido de carbono. Na
natureza, o carbono junta-se também com o oxigênio para formar o
íon carbonato, CO:,=. A relação dos raios d o carbono e do oxigê-
nio (0,121) exige que três íons de oxigênio sejam coordenados pelo
mesmo íon carbono. Como o oxigênio tem uma carga de (-2) e o
carbono de (+4), a ligação carbono-oxigênio tem uma f ô r ~ aigual
a 1 1/3 unidades de carga. Esta é maior do que a metade da carga
total do ion oxigênio e, nestas condi~ões,cada oxigênio deve estar
ligado a seu carbono coordenador mais fortemente do que poderia,
possivelmente, estar ligado a qualquer outro ion, na estrutura. Alem
disso, os oxigênios não sZo compartilhados entre os grupos carbona-
to e os triângulos carbono-oxigênio devem ser considerados como
unidades separadas da estrutura. Estes gmpos achatados, confisu-
rados em trevo, d o radical carbonato, são as unidades de construqio
básicas dos minerais descritos neste capitulo, sendo amplamente res-
ponsi!,eis pelas propriedades a êles peculiares.
Embora a ligação entre o carbono central e seus oxigênios coor-
denados seja forte no radical carbonato, não o é, entretanto, tanto
quanto a ligaçáo covalente no dióxido de carbono. Em presença do
íon hidrogênio, o radical carbonato torna-se instável e decompõe-se
para produzir dióxido de carbono e água. Esta instabilidade é a
causa dos ensaios comuns d e efervescência com ácidos, o ensaio
usado amplamente para os carbonatos.
356 MINERALOGIA DESCRITIVA
CALCITA - C a c o 3
Crisfalosrofio. Hexagonal-R; escalenoédrica-hexagonal. Os cris-
tais são extremamente variados no hábito, muitas vêzes altamente
complexos. Foram descritas mais de 300 formas diferentes. Três
Cnlcita
Calcita
DOLOMITA - CaMg(CO,),
Cristalografia. Hexagonal-R; romboédrica. Usualmente, os
cristais são o romboedro fundamental (Fig. 495), mais raramente
um romboedro agudo e base (Fig. 497). Frequentemente, as faces
são curvas, algumas de tal forma que formam cristais configurados
em sela de montar (Fig. 496). Outras formas são raras. Em massas
suscetíveis de clivagem, e de granulaqão grossa. Também em massas
de granulação fina, e compactas.
Propriedades físicas. Clivagem perfeita { 1 0 i 1 } (ângulo de cli-
vagem = 73O45'). D 3:;-4. d 2,85. Brilho vítreo; nacarado em al-
gumas variedades, espaio nacarado. Côr: usualmente alguma tona-
lidade do róseo, côr da carne; pode ser incolor, branco, cinzento,
verde, castanho ou prêto. Transparente a translúcida.
Composiçáo. Carbonato de cálcio e magnésio, CaMg(COa)z.
-
CaO 30,4 - MgO 21.7 COZ 47,9 por cento. Na dolomita comum, a
propor~ãodo C a c o 3 para o MgC03 é 1:l. Todavia, o magnésio
pode substituir o cálcio até aproximadamente Ca:Mg = 1 :5, nas posi-
çóes do magnésio, e o cálcio pode substituir o magnésio até apro-
ximadamente Mg:Ca = 1 :20, nas posições do cálcio. Assim, na do-
lomita, a relação do cálcio para o magnésio oscila entre 58:42 e 47% :
:52#. O magnésio pode ser substituído pelo ferro ferroso e, quando
a quantidade de ferro ferroso excede a do magnésio, o mineral cha-
ma-se ankerita. O magnésio pode ser substituído por pequenas quan-
tidades de manganês bivalente e zinco, e o cálcio, por pequenas quan-
tidades de chumbo.
MAGNESITA - MgCO,
Cristalografia. Hexagonal-R; escalenoédrica-hexagonal. Rara-
mente em cristais. Usualmente, criptocristalina, em massas brancas,
terrosas, compactas; menos frequentemente, em massas granulares,
suscetíveis de clivagem, de granulação grossa a fina.
Propriedades físicas. Clivagem perfeita { 10T1) (ângulo de cli-
vagem = 72O36'). D 3%-5. d 3,O-3,2. Brilho vítreo. Cor: branco,
cinzento, amarelo, castanho. Transparente a translúcida.
CARBONATOS 367
SIDERITA - FeCO:t
Ferro Erpútico - Clialibira
Cristalografio. Hexagonal-R; escalenofdrica-hexagonal. O s cris-
tais, usualmente, sáo romboedros fundamcntais (os mesmos da for-
ma de clivagem), frequentemente com faces curvas. Em concreçóes.
Em concreçóes globulares. Usualmente granular, suscetível de cliva-
gem. Pode ser botriodal, compacta e tcrrosa.
Propried~i<le.~fisicas. Clivagem rombkdrica perfeita { 1Õ11 )
(ingulo de clivagem = 73O0'). D 3%-4.d 3,Y6 para o FeC03 puro,
diminuindo, entretanto, com a presença do manganês bivalente e d o
magnésio. Brilho vítreo. Usualmente, cór entre o castanho-claro e
o escuro. Transparente a translúcida.
Cornposiçüo. Carbonato ferroso, FcCO:,. FcO 62.1 - C 0 2 37,Y
por cento. Fc 4 8 2 por cento. O ferro ferroso pode ser substituído
pelo manganês bivalente c pelo magnésio, estendendo-se uma s6ric
completa, isomorfa, até a rodocrosita e a magnesita. O chlcio podc
estar presente em quequenas quantidades.
Ensaios. Dificilmente fusivel, situando-se entre os números 4
e 5 da escala de fusibilidade. Pelo aquecimento, torna-se fortemente
magnética. Aquecida n o tubo fechado, decompõe-se, e dá resíduo
magnético prêto. Solúvel, com efervescência, no ácido clorídrico
quente.
Aspectos dia,qnósticos. Distingue-se dos outros carbonatos por
sua cór e densidade relativa alta, e da esfalerita por sua clivagem
rombo?drica.
Al~erriçüo. São comuns os pseudomorfos de limonita sobre a
siderita.
OcorrGncia. Encontra-se a siderita com frequència sob a forma
de riiin<rio </eferro ar,siloso, impura por estar misturada com materiais
argilosos. em concreções com camadas concêntricas. Encontra-se
como min6rio em camadas negras, contaminado por material carbo-
noso, em formações estratificadas extensas, situadas em folhelhos e
associada comumente com camadas de carvão. Exploraram-se êstes
minérios, extensamente. no passado, na Grá-Bretanha, como princi-
pal fonte de ferro, mas presentemente a mineração dêles se faz sò-
mente em North Staffordshire e na Escócia. O minério de ferro argi-
CARBONATOS 369
RODOCROSITA - MnCO:,
SMITHSONITA - ZnCO:,
Minério Osso Sêco
ARAGONITA - C a c o ,
Cri.~talo~ralia.Ortorr6mbico; bipiramidal. Sáo comuns três há-
bitos de cristalização. ( 1 ) Piramidal acicular, consistindo em um pris-
ma vertical terminado por uma combinaçáo de uma bipirâmidc muito
aguda e um prisma de primeira ordem (Fig. 498). Usualmente em
grupos radiados de cristais cujo tamanho diminui sradativamente.
( 2 ) Tabular, consistindo em faces de pinacóide lateral, modificadas
por { I 1 0 1 e um prisma obtuso, k (Fig. 499). Geminada, ;I miúdo,
com { llO} como plano de geminação (Fie. 500). ( 3 ) Geminados
pscudo-hexagonais (Fig. 501). Este tipo mostra um prisma de apa-
rência hexagonal, terminado por uni plano baial, sendo formado por
372 MINERALOGIA DESCRITIVA
Aragonita
WITHERITA - BaCO,,
@ ~~ %
-:L-:: . -r-1 -~ 1 :
-
:
mente
de ângulos
?, na direçáo
reentrantes,
horizontal
têm e,a por
aparência
uma série
uma pirâmide coroando a outra (Fig. 502).
-
de
.~.>
~
-
~
.
-~
5 :? i L T $ ~
~
--
_.A.
-~
-
-~
. granular.
Clivagem má
~ ~~
Propriedades físicas.
.:~.
.... - = R *
- --. ,
~
ESTRONCIANITA - SrCOs
CERUSSITA - PbC03
MALAQUITA - CU:CO:,(OH 1,
Carbonrrro de Cobre Verde
AZURITA - CU,(CO:,)?(OH),
Chessylita. Carbonato de Cobre Azul
H. NITRATOS
Nitratos
Nilro de sódio NaNO, Nitro KNO,
NITRO - KNOz
I. BORATOS
Os boratos sáo de grande interêsse para o mineralogista porque,
da mesma maneira que os fluoretos de alumínio e os silicatos, sáo
capazes de formar grupos aniônicos polimerizados, tendo a forma de
cadeias, camadas ou grupos múltiplos isolados. Origina-se êste fato
da circunstância que o íon de boro trivalente, muito pequeno, coor-
dena três oxigênios em sua configuração mais estável. Como a carga
no catíon central é 3 e existem três vizinhos oxigênio muito próximos,
a força da ligação B-O deve ser uma unidadc, igual exatamente a
uma metade da energia de ligação d o íon oxigênio. Isto permite que
um único oxigênio seja compartilhado por dois íons boro, ligando,
assim, os triângulos boro em uma unidade maior.
Conhecem-se substâncias em que a estrutura fundamental d o cris-
tal é a cadeia BOz, de comprimento ilimitado, formada pela existin-
cia de oxigênios compartilhados e m cada triàngulo de boro, na qual
cada um dos oxigênios compartilhados une dois triângulos adjacentes.
A maior parte d o s boratos comuns parece ser construída em
torno de fÔlhns.interrompidas de triàngulos BO:r nos quais todos os
três oxigênios sáo compartilhados. As folhas são separadas por ca-
madas de moléculas de água e unidas pelos íons s a i o ou cálcio.
Embora seja possível preparar uma estrutura tridimensional cons-
tituída de triingulos BOs sOmcnte, e tendo a composiçáo B20:,, essa
configuração tem uma estabilidade muito baixa e se desintegra pron-
tamente, produzindo um vidro. Dada a tendéncia de formar rêdes de
triângulos B o a , algo desordenadas, o boro é considerado na fabrica-
çáo d o vidro como um "formador de rêdes", sendo usado na prepa-
raçáo de vidros especiais de pêso leve c alta transparência à radia-
çáo energética.
Boracita - M~,B,o,,,cI
BÓRAX - Na2B40,.IOH,O
Crisfcrlograjia. Monoclinico; prismática. Cristais prismáticos,
alguns grandes (Fig. 510). Também como material celular maciço
ou incrustaç6es.
Propriedades físicas. Clivagem perfeita {IOO}. D 2-2,5.
d 1,7% Brilho vítreo. Cor: incolor ou branco. Translúcido. Sabor
384 MINERALOGIA DESCRITIVA
-- --
@
m
2
O
ropa em seu estado bruto, sob o nome de titical.
Este foi o primeiro bórax a alcançar a civiliza-
ç?io ocidental. Obtido das salmouras e fontes
quentes no norte da Itália. Nos Estados Unidos.
foi encontrado pcla primeira vez em Lake Coun-
ty, na Califórnia; mais tarde em Death Vallcy,
Inyo County c cm San Bernardino C'ounty. na
Fig. 510. Bhrax. rcsião deserta do siidcste da Califórnia. Associa-
d o com a kcrnita, i. cxplorndo nos dcp6sitos si-
tiiados perto de Kramer, na Califórnia, sendo obtido comercialmente
das salmouras de Scarles Lake. em Trona. na Califórnia. Ocorre
1amhi.m nas partes adjacciltes d o Estado dc Nevada. O bórax está
associado com outros minerais depositados de maneira semelhante.
tais como a ulexita. hanksita, halita, gipso, colemanita e vários outros
horatos raros.
Uso. O bórax i. usado para lavagem c limpeza; como antisscp-
tico e-preservativo; na medicina; como um solvente de óxidos mctá-
licos nas soldas e ligas e. conio um fluxo, em várias operaçi~esde
fusiio c dc laboratdrio. O bórax c os outros minerais boratados s5o
n lontc do horo que parece ter usos sempre crescentes. O boro ele-
iiie:itar emprega-se conio desoxidante e eni liga coni metais nZo-fer-
1 0 ~ s nos
: retificndores e válvulas de contriile; e como absorvente de
BARATOS 385
KERNITA - Na,B,074H20
ULEXITA - NaCaB,0,.8H20
Bolas de Algodão
COLEMANITA - Ca-B,O,,.SH,O
J. SULFATOS E CROMATOS
Glauherita - NaoCa(S04)*
Cristalografia. Monoclínico; prismática. Cristais delgados, ta-
bulares paralelamente à base.
Propriedades físicas. Clivagem {OOl}. D 2%-3. d 2,75-2,85.
Brilho vítreo. Côr: amarelo-pálido ou cinzento. Gosto levemente sa-
lino. Transparente a translúcida.
Composição. Um sulfato de sódio e cálcio, N ~ , C ~ ( S O I ) ~ .
- -
Na,O 22,3 CaO 20,l Soa 57,6 por cento.
Ensaios. Situa-se na escala de fusibilidade entre os números 1):
e 2, dando chama amarela (sódio). Depois de calcinaçáo, dá reaçáo
alcalina sôbre o papel de ensaio umedecido. Depois de longa expo-
sição ao ar, entra em deliquescência e desintegra-se.
Aspectos diagnósticos. Caracteriza-se por seus cristais delgados,
tabulares, boa clivagem e associação.
Ocorrência. A glauberita é um constituinte muito espalhado nos
depósitos salinos, formados pela evaporação dos lagos salgados, es-
SULFATOS E CROMATOS
tando por isto associada com outros sais, como a thenardita, halita
e polialita.
Encontrada em Salzburgo, na Austria, e perto de Stassfurt, na
Alenianha. Encontrada nos Estados Unidos em Yavapai County, no
Arizona, e em Borax Lake, San Bernardino County, na Califórnia.
Nome. O nome de glauberita provfm do fato de conter o sal
de C;lirubrr (Na2SOI).
GRUPO DA BARITA
RARITA - BaS04
Baritai. Espato P<,sado
CELESTITA - SrSO,
ANGLESITA - PbSO,
I
ANIDRITA - Caso1
Cri.~tnlqrrifio. Ortorr6mbico; bipiraniidal. Os cristais sáo ra-
ros; qii;indo observados, súo tabulares, cspcssos; tambim prismiticos,
paralelamente ao eixo h. Usiialmente maciça, ou em massas cristali-
nas, assemelhando-se a um mincral isomCtrico, com clivageni cúbica.
Tambkm fibrosa, granular, maciça.
Propriedades físicas. A clivaçem nítida, paralelamcntc aos trcs
pinacóides { 100). { 010 1, {O01 ), produz blocos retançulares.
-
39- MINERALOGIA DESCRITIVA
-- -- -- -
Crocoita - PbCrO,
Cristalo,?rafia. Monoclínico; prismática. Comumente em cris-
tais prismáticos, delgados, estriados verticalmente, e em agregados
colunares. Também granular.
SULFATOS E CROMATOS 395
Aiitlerita - CU~(OH),SO,
Epsoniita - MgSO17H,O
Sal de Epsom
Alunita - KAII(OH),(SO,),
Alume. Pedra-ume
Monazita - (Ce,La.Y,Th)PO,
GRUPO DA APATITA
Piromorfita - P~:,CI(POI):I
Cristalografia. Hexagonal; bipiramidal. Cristais prismáticos
com plano basal (Fig. 526). Raramente, mostra truncaturas pira-
midais. Muitas vêzes, em formas arredondadas, em barril. Algumas
vêzes, cavernosos, exibindo os cristais a forma d e
11:
prismas &os. Também em grupos paralelos. Fre-
quentemente, globular, reniforme, fibrosa e granu-
lar.
Pro/>riedadesfisicas. D 3%-4.d 6,5-7,l. Bri-
lho resinoso a diamantino. Côr: usualmente, vários
matizes do verde, castanho, amarelo; raramente,
apresenta-se com coloração amarela-alaranjada, cin-
zenta e branca. Subtransparente a translúcida.
Composiçüo. Clorofosfato de chumbo, Pb,,
-
CI(PO,)a. Pb 82,2 C1 2,6 - PIO;, 15,7 por cento.
Fig. 526. O AsO, substitui o PO,, estendendo-se uma série
piromonita. completa até a mimetita. O cálcio pode substituir
parcialmente o chumbo.
Ensaios. Corresponde ao número 2 na escala de fusibilidade.
Com o carbonato de sódio, produz um glóbulo de chumbo. Quando
fundida sòzinha sobre o carvão vegetal, dá um glóbulo que, a o res-
friar-se, aparenta mostrar formas cristalinas. A a d i ~ ã ode algumas
gotas da solução em ácido nítrico à soluçãio de molibdato de amo-
nio produz um precipitado amarelo de fosfomolibdato de amônio.
Aspectos diagnósticos. Caracterizada por sua forma cristalina,
seu brilho intenso e sua densidade relativa elevada.
Ocorrência. A piromorfita é um mineral supérgeno, encontra-
d o nas porções oxidadas dos veios de chumbo, associado com outros
minerais de chumbo.
FOSFATOS, ARSENIATOS E VANADATOS 409
Vaiiadinita - Pb:CI(VO,):,
AMBLIGONITA - LiAIFP04
Cristalografia. Triclínico; pinacoidal. Usualmente, em mas-
sas grossas, suscetíveis de clivagem. O s cristais são raros, quase equi-
dimensionais e, comumente malformados, quando grandes.
Propriedades fisicas. Clivagem { 100) perfeita, { 110) boa. D
6. d 3,O-3,l. Brilho vítreo; nacarado sobre a superfície de clivagem
{ 1001. Cor: branco a verde ou azul, pálidos. Translúcida.
Composiçüo. Fluofosfato de lítio e alumínio, LiAIFPO,. Li,O
- -
10,l Al,Os 34,4 - F 12.9 PzOj 47,9 por cento. A hidroxila ( O H )
substitui o flúor, e o sódio, o Iítio. Quando O H > F, o mineral é a
montebrasita.
Ensaios. Corresponde ao número 2 na escala de fusibilidade,
fundindo-se com intumescência e dando uma chama vermelha (Iítio).
Insolúvel nos ácidos. Depois de fusão com o carbonato de sódio e
dissolução no ácido nítrico, a solução misturada a outra de molib-
dato de amônio, em excesso, d á precipitado amarelo (ensaio do
fosfato).
Aspectos diagnósticos. Os fragmentos da clivagem podem ser
confundidos com o feldspato, mas são fusíveis com muito maior fa-
cilidade e produzem uma chama vermelha.
Ocorrência. A ambligonita é um mineral raro, encontrado no
pegmatito granítico com o espodumênio, a turmalina, a lepidolita e
a apatita. Encontrada em Montebras, na França. Nos Estados Uni-
dos, ocorre em Hebron, Paris, Auburn e Peru, no Estado do Maine;
em Pala, na Califórnia e em Black Hills, no Estado de Dakota do
Sul.
Uso. Uma fonte de litio.
Nome. Provém de duas palavras gregas significando obtuso e
ângulo, em alusão ao ângulo entre as clivagens.
LAZULLTA - M~AI,(OH),(POI),
Escorodita - FeAs04.2H?0
Cristalografia. Ortorrômbico; bipiramidal. Usualmente em
cristais piramidais, assemelhando-se a octaedros; também prismáti-
cos. Cristais em grupos e agregados irregulares. Também terrosa e
compacta.
Propriedades físicas. Clivagem ( 2 0 1 ) imperfeita. D 3 x 4 . d
3,l-3,3. Brilho vítreo a diamantino. Côr: verde-pdlido ao castanho
do fígado. Translúcida.
Composição. Um arseniato férrico hidratado, FeAs0,.2H20.
- -
Fe20:r 34,6 AsiOa 49,8 H 2 0 15,6 por cento. O ferro férrico pode
FOSFATOS, ARSENIATOS E VANADATOS 41 3
Turquesa - CuAlc.(PO+)~(OH)82H-O
Vivianita - Fe:,(P04)2.8Hs0
Cristalografia. Monoclínico; prismática. Cristais prismáticos,
estriados verticalmente; muitas vêzes, em grupos radiados. Também
nodular e terrosa.
Propriedades físicas. Clivagem {010) perfeita. D 1:;-2. d 2.58-
-2,68. Brilho vítreo; nacarado sôbre a superfície de clivagem. Inco-
lor quando inalterada; azul a verde quando alterada. Transparente,
tornando-se translúcida quando exposta ao ar.
Composição. Fosfato de ferro hidratado, Fe:,(P0,)~.8H20.
-
FeO 43,O P206 28,3 - HzO 28,7 por cento.
Ensaios. Corresponde ao número 2 da escala de fusibilidade,
dando um glóbulo magnético. A solução em ácido nítrico, adiciona-
da a uma solução de molibdato de amônio, em excesso, dá um preci-
pitado amarelo (ensaio do fosfato). Agua no tubo fechado.
Aspectos diagnósticos. Usualmente, alterada, sendo caracteriza-
da neste estado pela côr azul a verde. As lâminas de clivagem s i o
flexíveis.
Ocorrência. A vivianita é um mineral raro de origem secun-
dária, associado com a pirrotita e pirita nos filóes de cobre e estanho,
e forma-se, como produto de intemperismo, a partir dos fosfatos pri-
mários de manganês e ferro, nos pegmatitos. Encontrada também nas
camadas de argila; pode estar associada com a limonita; muitas vêzes,
em cavidades de fósseis.
Nome. Em honra do mineralogista inglês, do séc. XVIII, J .
G . Vivian, descobridor do mineral.
Espécies semelhantes. A variscira, AI(P04).2H20, é um mi-
neral maciço, verde-azulado, assemelhando-se em algo à turquesa.
FOSFATOS, ARSENIATOS E VANADATOS 417
Eritrita - Co,(AsOds.gHsO
Flôres do Cobalio
Carnotita - K?(UOo)2(V0,)?.3H20
Cristalografia. Ortorrômbico. S6 raramente, em cristais mi-
croscópicos, imperfeitos, achatados segundo (001). Usualmente, en-
41 8 MINERALOGIA DESCRITIVA
M. TUNGSTATOS E MOLIBDATOS
Wolframita (Fe,Mn)WO.
Schcelita CaWO.
Wulfenita PbMaO.
420 MINERALOGIA DESCRITIVA
0
Propriedades físicas. Clivagem {010} perfeita. D 4 - 4 . d 7,0-
-7!4 tanto mais alta quanto mais elevado o conteúdo em ferro. Brilho
metálico a resinoso. Côr: prêto na ferverita
a castanho na huebnerita. Traço indo do qua-
se-prêto ao castanho.
ComposiçZo. Um tungstato ferroso e
manganoso (Fe,Mn)WOa. O ferro ferroso e
o manganês bivalente substituem-se mùtua-
mente em tôdas as proporções, existindo uma
série completa de solução sólida entre a fer-
Fig. 527. Wolframita. berita, FeWO,, e a huebnerita, MnWO*. A
percentagem de W 0 3 é de 76,3, na ferberita,
e 76,6, na huebnerita.
Ensaios. Situada entre os números 3 e 4 da escala de fusibi-
lidade, produzindo um glóbulo magnético. Insolúvel nos ácidos.
Fundida com o carbonato de sódio, dissolve-se no ácido clorídrico;
juntando-se estanho e fervendo-se a solução, dá uma côr azul (tungs-
tênio). Na chama oxidante, com carbonato de sódio, produz uma
pérola verde-azulada (manganês).
Aspectos diagnósticos. A côr escura, uma direção de clivagem
perfeita e a densidade relativa elevada servem para distinguir a wol-
framita dos outros minerais.
Ocorrência. A wolframita é um mineral comparativamente raro,
encontrado usualmente em diques pegmatíticos e filóes de quartzo
de alta temperatura, associado com granitos. Mais raramente, em
veios de sulfetos. Os minerais comumentes associados incluem a cas-
siterita, scheelita, bismuto, quartzo, pirita, galena, esfalerita e arse-
nopirita. Em alguns filóes, a wolframita pode ser o único mineral
metálico presente.
Encontrada em bonitos cristais em Schlaggenwald e Zinnwald,
na Boêmia, e nos vários distritos de estanho da Saxônia e Cornwall.
Ocorrem depósitos importantes na China, Birmânia, Nova Gales do
Sul e Bolívia. Quase metade d o suprimento mundial de tungstênio
procede, como wolframita, da China. Nos Estados Unidos, a wolfra-
TUNGSTATOS E MOLIBDATOS 42 1
SCHEELITA - c a W 0 1
@
relo, verde, castanho. Translúcida; alguns espé-
cimes são transparentes. A maior parte das sche-
elitas fluorescem.
Composi~ão. Tungstato de cálcio, CaW04.
CaO 19,4 - W 0 3 80,6 por cento. Usualmente, o
molibdeno está presente, substituindo parcial-
mente o tungstênio. Fiz. 552. Scheelitn.
Ensaios. Fusível dificilmente ( 5 ) . Decom-
posta mediante fervura no ácido clorídrico, deixando um resíduo
amarelo de óxido tungstênico que, quando se junta estanho à s o l u ~ á c
422 MINERALOGIA DESCRITIVA
WULFENITA - PbMoOl
Cristalografia. Tetragonal; piramidal. Os cristais são, usual-
mente, quadrados, de hábitos tabular, com base bem desenvolvida
(Fig. 529). Alguns cristais, muito delgados. As arestas das bases
Wulfenita.
N. SILICATOS
A classe mineral dos silicatos é de maior importância do que
qualquer outra, pois cêrca de 25 por cento dos minerais conhecidos
e quase 40 por cento dos comuns são silicatos. Com algumas exce-
ções de menor significação, todos os minerais que formam as rochas
ígneas sáo silicatos, constituindo, assim, bem mais de 90 por cento
da crosta terrestre.
De cada 100 átomos na crosta terrestre, mais de 60 são de oxi-
gênio, acima de 20, de silício, e de 6 a 7, de alumínio. Uns dois
átomos mais correspondem a cada um dos elementos: ferro, cálcio,
424 MINERALOGIA DESCRITIVA
Y 6 AI'"
6 Fe"'
6 Mg"
6 Tif4
6 Fe"
6 Mn"
X R Na'
8 Ca"
X 8-12 K'
8-12 Ba"
8-12 Rb'
1 Harry Beman, Conrtirurion and clur~ilicoiion o1 <h. natural riiiror~r. Am. Min. 22.
DP. 342-408, 1937.
. H U R O Strunz. Min.rologirrhr Tahrilen. Akadcmircre Vcrlaarpcrrcllrchafl. Lcipzig. 1971.
430 MINERALOGIA DESCRITIVA
Cla%üicaçiio d a Slücntos*
Os nomes das classes de silicator r50 or propostos por H . Stnmq nas Mlnrralopirche
Tabellrn. 1941 c 1957. Os prefixos sio do grcgq: nem. Ilha: mm. piupo; cyclo. mel;
Imo, cadeia ou fio; phyllo. fblbi; iecro, crtmturs tridimendonnl.
Nesossilicatos
Nos nesossilicatos, os tetraedros SiO,, comuns a todas as estru-
turas dos silicatos, estão isolados (Fig. 531) e unidos entre si sò-
mente por ligações iônicas, através dos catíons intersticiais. Suas es-
truturas dependem principalmente do tamanho e da carga dêstes ca-
tions intersticiais. Encontram-se as estruturas mais simples nos mi-
nerais em que existe sòmente um tipo de posição do catíon. Se o
catíon é bivalente, resulta um composto da fórmula tipo A2Si04, re-
presentado pela fenacita e pela olivina. Quando o catíon A é sufici-
entemente pequeno, tal como Be+ (0,35 A), sòmente é permitida
a coordenação 4 com o oxigênio. A dificuldade de arranjar tetrae-
dros SiO,, de tal modo que cada catíon A coordene sòmente quatro
oxigênios, enquanto mantendo a neutralidade elétrica, conduz estru- .+
tura bastante complexa da fenacita (romboédrica-hexagonal). A wil-
lemita, Zn2Si04, também possui esta estrutura.
O magnésio e o ferro bivalente têm, caracteristicamente, a coor-
denação 6 com o oxigênio. Quando êstes íons entram em um com-
posto do tipo ASSO4, resulta uma estrutura de simetria bastante ele-
vada, consistindo em tetraedros SiO,, dispostos em redor das posições
do tipo A, de modo que cada íon A coordena 6 oxigênios. Esta
estrutura, que 6 a da olivina, pode ser idealizada com um empilha-
mento regular de tetraedros e octaedros, alternando-se com os vérti-
ces dos tetraedros apontando alternadamente para cima e para baixo.
As posições octaédricas podem estar ocupadas seja pelo magnésio,
seja pelo ferro ferroso, em arranjo arbitrário, dando origem a uma
série completa de solução sólida entre Mg,SiOk e Fe,SiO,. O man-
ganês pode entrar também nas posições octaédricas da estrutura da
olivina, originando solução sólida entre Fe,SiOk e Mn2Si0,, a tefroíta.
Os íons maiores, como o cálcio e o chumbo, não substituem fà-
cilmente o magnésio e o ferro ferroso na estrutura da olivina e os
dlicatos de cálcio e chumbo possuem estrutura diferente, com coor-
denação mais alta dos catíons relativamente ao oxigênio. Fazendo-se
com que se cristalize um silicato A2Si0,, contendo grandes quanti-
dades seja de cálcio, seja de chumbo, além do magnésio, do ferro fer-
roso ou do manganês bivalente, formar-se-á um sal duplo ordenado,
estratificado, semelhante à dolimita, com os catíons maiores e meno-
res separados em camadas. Conhecem-se vários minerais dêste tipo,
como a monticellita e a larsenita.
Os minerais d o grupo da olivina são, geològicamente, muito im-
portantes. Sabe-se que compreendem vários por cento das rochas su-
perficiais da crosta e pensa-se que predominam nas rochas mais pesa-
das e mais profundamente situadas da zona abaixo da crosta. São
minerais de alta temperatura, formando-se, em geral, precocemente,
a partir das fusões de silicatos, sendo frequentemente substituídos
pelos minerais mais tardios. São comuns nos meteoritos líticos extra-
terrestres e, portanto, são provàvelmente importantes em todos os
planètas com um manto ou crosta pétreos.
O mineral condrodita é típico de um grupo de silicatos afins,
constituídos de camadas da estrutura da olivina alternando-se com
folhas da brucita, Mg(0H)-, estruturalmente homólo$as. O flúor
pode substituir a hidroxila, nas camadas de brucita coordenadas octa-
èdricamente. Os minerais desta classe diferenciam-se entre si pelas
proporções relativas das camadas de brucita e olivina, tendo a fór-
mula geral Mg?,+, (Si0,)n ( P , 0 H ) 2 na qual n = 1, 2 , 3 e 4, igual
ao número de camadas de olivina para cada camada de brucita.
Os silicatos de zirconio, tório e urânio têm a fórmula ASiO,.
Estes catíons bem grandes entram i m coordena~ão8, estável, com o
oxigénio, e a estrutura resultante pode ser idealizada como uma
alternância de tetraedros e cubos deformados, dando origem 2 sime-
tria tetragonal. Este é o tipo da estrutura do zirczo, partilhada pela
432 MINERALOGIA DESCRITIVA
20
Cionito
0'10
'3
* .-.<.
- ..--
? .-a- ,.-*
0-
Quartzo
ALSiOa. Clark. Robertson e Birch.
(Am. Jour. Sci.. 255, 1957).
o 500 1000
Temperoturo em OC
GRUPODA FENACITA
Fenacita
Wiemita
GRUPODA OLMNA
Fonterita
Fayalita
GRUPODAS GRANADAS A~BZ(S~O~)~
Piropo Espessartita Andradita
Almandina Grossulária Uvarovita
GRUPODO ZIRCÃO
Zircão
GRUPOAlzSiOaf
Andaluzita
Sillirnanita
Cianita
Topázio
Estaurolita
GRUPO DA CONDRODITA
Condrodita Mg,(SiO.)z(OH,F)~
Datolita CaB(Si0r) (OH)
Titanita CaTiO(Si0,)
Dumortienta (AI,Fe),Os(BOd (Si04)a
Cristalografia. Hexagonal-R; romboédrica. Os cristais são,
usualmente, de forma romboédrica. Podem estar presentes prismas
curtos. Muitas vêzes, com desenvolvimento complexo.
Propriedades físicas. Clivagem { 1150) imperfeita. D 7#8.
d 2,97-3.00. Briiho vítreo. Incolor, branco. Transparente a trans-
lúcida.
Composição. Sicato de beríiio, Bez(Si04). BeO 45,6 - Si02
54,4 por cento.
Ensaios. Não é fusível, nem solúvel. Fundida com carbonato
de sódio, produz um esmalte branco.
Aspectos diagnósticos. Caracterizada por sua forma cristalina e
grande dureza.
Ocorrência. A fenacita é um mineral raro, encontrado em di-
ques de pegmatito, associado com o topázio, crisoberilo, berilo e
apatita. Encontram-se belos cristais nas minas de esmeralda, nos
Montes Urais, na Rússia, e em Minas Gerais, no Brasil. Encontrada,
nos Estados Unidos, em Mount Autero, no Colorado.
Uso. Lapidada, ocasionalmente, como pedra preciosa.
Nome. Prov6m de palavra grega significando impostor, por
confundir-se com o quartzo.
WILLEMITA - Znz(SiO4)
Cristalografia. Hexagonal-R; romboédrica. Em prismas hexa-
gonais, com terminações romboédricas. Usualmente maciça a granu-
lar. Raramente em cristais.
Propriedades físicas. Clivagem (0001). D 5!4. d 3,9-4,2. Bri-
lho vítreo a resinoso. Côr: verde-amarelo; vermelho da carne e cas-
tanho; branca, quando pura. Transparente a translúcida. A maior
parte da wiilemita, procedente de Franklin, no Estado de Nova Jer-
sey, fluoresce (ver frontispício.)
Composição. Silicato de zinco, Zn2(Si04).ZnO 73,O - SiOz 27.0
por cento. Muitas vêzes, o manganês substitui parte considerável do
zinco (variedade manganífera chamada troostita); o ferro pode estar
presente também em pequena quantidade.
Ensaios. A wiilemita pura não é fusível; a troostita é fusível
com dificuldade, situando-se entre os números 4% e 5, na escala de
436 MINERALOGIA DESCRITIVA
OLIVINA - (Mg,Fe)dSi04)
Crisólita. Peridofo
ZIRCÃO - Zr(SiOl)
Crisíalografia. Tetragonal; bipiramidal-ditetragonal. Usualmen-
te, os cristais mostram uma combinação simples de prisma e bipirâ-
ANDALUZITA - AIAIO(Si0,)
Cri.<rolo,qrafia. Ortorrômhico; hipiramidal. Usualmente, em prir-
mas quasc quadrados, terminados por um pinachidc basal.
Propriedades físicar. D 72. d 3,16-3,20. Brilho vítreo. Côr:
vermelho da carne, castanho-avcrmclhado, vcrde da oliva. A varie-
dade quiastolita contém inclusões carbonosas escuras, dispostas de
maneira regular, configurando um dcscnho em forma dc cuz (Fis.
542). Trancparente a translúcida. Em alguns casos, fortcmcntc di-
cróica, aparecendo. na luz transmitida. vcrdc em uma dircção e vcr-
niclhn cni outra.
SILLIMANITA - AIAlO(Si01)
CIANITA - AIA10(SiO,
Cristalogra/iu. Triclínico; pinacoidal. Usualmente, em cristais
compridos, tabulares, raramente completos. Em agregados Iaminares.
Propriedades físicas. Clivagem pinacoidal { 1001 perfeita. D 5,
paralelamente a o comprimento dos cristais, 7, em ângulos retos a esta
direção. d 3,55-3,66.Brilho vítreo a nacarado. Côr: usualmente,
azul, muitas vêzes, de tonalidade mais escura em direção ao centro
d o cristal. Também, em alguns casos, branca, cinzenta ou verde.
A coloraqão pode ser em traços ou manchas irregulares.
Silicato de alumínio, igual à andaluzita e a sil-
Cornl~o,siçü<~.
limanita, AIAIO(Si0,). ALOs 63,2 - SiO? 363 por cento.
E n w i o ~ . Infusível, insolúvel. Um fragmento, umedecido com
\oluqão de nitrato de cobalto e calcinado, fica azul.
aspecto.^ diagnósticos. Caracterizada por seus cristais lamina-
dos, boa clicagem, côr azul, e pelo fato de ser mais mole d o que a
lâmina de .um canivete na direção paralela ao comprimento, mas
mais dura na direção que forma ângulos retos com o comprimento.
Ocorrência. A cianita i. um mineral acessório no gnaisse e no
niica xisto, associado, muitas vêzes, com a granada, estaurolita e co-
ríndon. As localidades notáveis por sua ocorrência são: São Gotardo,
na Suíça; Tirol Austríaco; e Pontivy e Morbihan, na França. Encon-
trada, nos Estados Unidos, em Chesterfield, no Estado de Massa-
chusetts; em Litchfield, no de Connecticut; em Gaston, Lincoln e
Yancey Counties. no da Carolina do Norte e na parte norte d o Estado
de Geórgia.
Uso. Prócessa-se a mineração da cianita nos Estados da Caro-
lina d o Norte e da Geórgia, para emprêgo em velas d e motores c
outras porcelanas altamente refratárias.
Nome. Derivado de uma palavra .grega significando azul.
Esplcies semelhantes. A mullifa, A l ~ S i , 0 , ~é, rara como um
mineral, mas comum nas fusóes artificiais; forma-se quando a cianita,
a andaluzita e a sillimanita são aquecidas em temperaturas elevadas.
446 MINERALOGIA DESCRITIVA
Estaiirolita.
Condrodita - Mg5(Si0,)2(F,0H)
DATOLITA - CaB(Si04) ( O H )
Cristalografia. Monoclínico; prismá-
@
tica. O s cristais são, usualmente, quase
equidimensionais nas três direções axiais
e, muitas vêzes, complexos no desenvol-
vimento (Fig. 550). Usualmente, em m,
cristais. Também granular, com grânu-
los grossos a finos. Compacta e maciqa.
assemelhando-se à porcelana. 0 Y
ESFÊNIO - CaTiO(Si0,)
Titanita
Sorossilieatos
Clinozoisila Ca AI
Epidoto Ca A1,Fe"'.
Piemontita Ca AI,Fe"',Mn"'
Allanita Ca,Ce,La,Na AI,Fe"',Be,Mg,Mn'"
Cristalografia. Ortorrômbico; p i r a m i d a 1.
Cristais, usualmente, tabulares paralelamente a
{OlO). Mostram faces do prisma e terminam na
parte superior, de ordinário, por uma combinação
de domos e pédio, e na inferior por uma pirâmide
(Fig. 554). Usualmente, em grupos de cristais,
com os indivíduos ligados por suas extremidades
inferiores (piramidais) e jazendo com suas faces
{OIO} em comum. Cristais, muitas vêzes, divergen-
Fig. 554.
tes, formando grupos arredondados com chanfra-
Hemimorfita. duras ligeiras, reentrantes, entre os cristais in-
dividuais, configurando massas nodulares e em cris-
ta de galo. Também mamilar, estalactítica, maciça, e granular.
Propriedades físicas. Clivagem (110). D 4%-5. d 3,4-3,5. Bri-
lho vítreo. C6r: branco, em alguns casos com matiz tênue esverdeado
ou azulado; tambcm, amarelo a castanho. Transparente a translúcida.
Fortemente pirelétrica.
Composiçüo. Silicato hidratado de zinco, Znr(Sia07)(OH)n
-
H,O. ZnO 67,s - Si02 25,O H 2 0 7,5 por cento. Podem estar presen-
tes pequenas quantidades de alumínio e ferro.
Ensaios. Corresponde ao número 5 da escala de fusibilidade,
mas, nessa temperatura, funde com dificuldade. Fundida sôbre o
carvão vegetal, com carbonato de sódio, produz uma auréola, que
não se volatiliza, de óxido de zinco (amarela, a quente, branca, a
frio). Fica azul, quando fundida sôbre o carvão vegetal juntamente
com nitrato de cobalto. Produz água no tubo fechado.
Aspectos diagnósticos. Caracterizada pelo agrupamento dos
cristais. Assemelha-se à prehnita, sendo, no entanto, de densidade
relativa mais alta. Distingue-se da smithsonita por seus agregados de
cristais.
Ocorrência. A hemimorfita é um mineral de origem secundária,
encontrado na porção oxidada dos depósitos de zinco, associado com
a smithsonita, esfalerita, cemssita, anglesita e galena.
As localidades dignas de nota por sua ocorrência são: Moresnet,
na Bélgica; Aix-Ia-Chapelle, na Alemanha; Caríntia; Rumânia; Sar-
denha; Cumberland e Derbyshire, na Inglaterra; Argélia; e Chihuahua,
no México. Encontrada, nos Estados Unidos, em Sterling Hill, Og-
densburg, no Estado de Nova Jersey; em Friedensville, no de Pensil-
vânia; em Wythe County, no da Virgínia; no sudoeste do de Missouri,
com os depósitos de zinco; em Leadville, no do Colorado; em Organ
Mountains, no do Nôvo México, e em Elkhorn Mountains, no de
Montana.
Uso. Um minério de zinco.
Nome. Provém do cariiter hemimórfico dos cristais.
GRUPO DO EPfDOTO
Allanita
Orlita
IDOCRÁSIO - C~TO(M&,F~),A~,(S~O~)~(S~~O~)~(OH),
Vesuvianita
Idocrásio.
PREHNITA - Ca2AI?(Si3010)(0H)z
Cristalografia. Ortorrômbico. São raros os cristais distintos;
comumente, tabulares, paralelamente à base (001 }. De ordinário,
reniforme, estalactítica, e em grupos arredondados de cristais tabu-
lares.
Propriedades físicas. D 6-6%. d 2,8-2,95. Brilho vítreo. Côi:
habitualmente verde-claro, passando a branco. Translúcida.
Cornposiçõo. Silicato de alumínio e cálcio hidratado, Ca,AI2
- - -
(Si3010)(OH)2.CaO 27,l A i 2 0 3 2 4 3 SiOz 43,7 H20 4,4 por
cento. O alumínio pode ser substituído, parcialmente, pelo ferro.
Ensaios. Situada a meio caminho entre os números 2 e 3. na
escala de fusibilidade. Funde-se com intumescência, dando um es-
malte branco. No tubo fechado, produz água.
Aspectos diagnósticos. Caracteriza-se por sua côr verde e agre-
gados cristalinos, formando superfícies reniformes. Assemelha-se à
hemimorfita, mas tem bensidade relativa mais baixa e funde-se fà-
cilmente. A facilidade de fusão também a distingue do quartzo e do
berilo.
Ocorrência. A prehnita ocorre como mineral de origem secun-
dária, revestindo cavidades no basalto e rochas afins. Associada com
zeúlitas, datolita, pectolita e calcita. Ocorre, nos Estados Unidos,
em Farmington, no Estado de Connecticut; Paterson e Bergen Hill,
no de Nova Jerscy; Westfield, no de Massachusetts, e no distrito de
cobre do Lago Superior. Encontrada em bonitos cristais, em Coopers-
hurg, no Estado de Pensilvânia.
Non~e. Em homenagem ao coronel Prchn, que trouxe o mineral
do Cabo da Boa Esperanqa.
Ciclossilicafos
Os ciclossilicatos estão construídos em redor de anéis de tetrae-
dros SiO,, ligados, tendo uma relação de Si:0=1:3. Nas Figs. 559-
-561, estão mostradas as três confiçura~óesfechadas, cíclicas, desta
cspfcie, que podem existir. O anel Si:,09 é o mais simples; represen-
tado entre os minerais sòmente pelo titanossilicato raro, a beniroíta,
BaTiSi:,O,. O anel Si,Ol, ocorre juntamente com os triângulos BOs
e os grupos (OH), na estrutura complexa do mineral triclínico, a
axinita. O anel Si,O,", todavia, é o retículo básico das estmturas dos
minerais comuns e importantes: bcrilo c turmalina.
462 MINERALOGIA DESCRITIVA
nianeira que não são 'polares; isto é, um plano de simetria pode ser
imaginado passando atrav6s dos tetraedros no plano d o anel (Fig.
561 ). As ligaçóes, que se estendem dos oxigênios aos íons d o berílio
e do aluminio, têm a mesma força total qualquer que seja a diregão
em que sejam vistas a o longo d o eixo c. Os anéis estão dispostos uns
sobre os outros, nas folhas basais, de tal modo que os orifícios cen-
trais se correspondem, formando canais nítidos, paralelamente a o
eixo c. Nestes canais, pode estar presa uma variedade ampla de íons,
átomos neutros e moliculas. Desta maneira, alojam-se, no berilo. a
hidroxila, o flúor, o hélio atômico, a água, e os ions de Iitio, rubidio.
cfsio e s6dio. Os átomos e íons, assim presos nos canais paralelos ao
cixo c, têm pouco efeito sobre as dimensões da cela, ou outras pro-
priedades d o mineral. A cordierita tem uma estrutura scnielhantc ti
do berilo, mas forma cristais ortorr6mbicos pseudo-hexaronais em
que parte d o aluminio ocupa as posições d o silicio, coordenadas tctra-
èdricamente, nos anéis. e parte fica cm coordena~ão6.
A turmalina, cuja cstrutura permaneceu um iiiistfrio, por muito
tempo. por causa de sua complexidade, está forniada eni ti~rnode
anfis Si,;Olhr como se mostrou, agora. Na turmalina. contudo, os
anéis são polares; isto f , a fôrça líquida das ligações eni rcl;içáo a
uma face d o anel não é a mesma que a força das ligações que se
cstcndem à outra, olhando, primeiro, cm uma direção ao longo do
eixo c e, depois, na outra (Fig. 5 6 2 ) .
Esta polaridade da unidade de cstrutura
fundamental conduz ao caráter polar beni
conhecido d o cristal da turmalina. Na
estrutura da turmalina, al6m dos ancis
existem tri2ngulos BO.: indcpcn-
dentes c grupos (OH). Todas cstas uni-
dades estruturais est5o unidas por liga-
çõcs iônicas atravts de catíons dos tipos
X e Y . Os íons d o tipo X podcm scr Fig. 562.
0 siidio OU 0 cileio, C os íons do tipo Y , Anel Si.O,, na Turmniina.
o magnesio. o ferro ferroso, o aluminio.
o ferro ffrrico, o manganis bivalcnte e o Iítio. do niesmo iiiodo qiic eni
outros silicatos considerados anteriormente. As variedade5 são dc-
terminadas pelas propor~õesrelativas dos difercntes íons X e Y. e a
substituição iônica segue o padróo usual. com substituiç~~o niuiiia.
ampla, nas posiçóes Y, do ma_rnCsio. fcrro fcrroso e manganEc bici-
lente e, nas posições X, d o sódio e do cílcio, acompanhada por subs-
tituição concomitante, acoplada, para manter a neutralidade elctrica.
464 MINERALOGIA DESCRITIVA
Axinita
Berilo
Cordierita
Turmalina
Crisocola
Axinita - Cap(Fe,Mn)Al,(BO:,)(Si,0,3(OH)
Crisfalo.qrafia. Triclinico; pedial. A axinita é o único mineral
comum a cristalizar-se nesta classe. Cristais, usualmente, delgados
com arestas cortantes, mas variados no hábito (Fiç. 563). Frequen-
temente, em cristais e agregados cristalinos; também, maciça, lamelar
I a granular.
i Propriedades físicas. D 6%-7.d 3,27-3,35. Brilho vítreo. Côr:
i
castanho d o cravo da lndia; violeta, cinza, verde, amarelo. Transpa-
rente a translúcida.
!
i
Composiçüo. Um borossilicato dc alumínio, hidratado, com
quantidades variáveis de cálcio, mançanês e ferro ferroso, Ca?(Fc,Mn)
A12(B0,)(Si401,) (OH).
Ensaios. Situa-se na escala de fusibilidade en-
@--- :-i I
a
trc os números 2:; e 3. Funde-se com intumescên-
cia. Misturada com fluxo de boro, a mistura aque-
cida cm alça dc platina dá chama verde (boro).
,,a'#,*-
. ,'
I
Produz água no tubo fechado.
Fig. 563. Axinita.
Aç/~ectos <liagn4.siicor. Caracterizada pelos
cristais triclinicos com ângulos muito agudos.
Ocorrência. A axinita ocorre em cavidades no granito, e nas
zonas de contato que rodeiam as intrusões graníticas. As localidades
dignas de nota por sua ocorrência são: Bourg d'oisans, Isère, na
França; vários pontos na Suíça; St. Just, em Cornwall, e Obira, no
Japão. Encontrada, nos Estados Unidos, em Luning, no Estado de
Nevada, e uma variedade amarela, de manganês, em Franklin, no de
Nova Jersey.
Nonie. Derivado de uma palavra grega significando machado,
em alusão à forma dos cristais, assemelhando-se a uma cunha.
SILICATOS 465
BERILO - Be,A1dSi&d
Cristalografia. Hexagonal; bipiramidaldiiexagonal. Hábito
fortemente prismático. Frequentemente, estriado e entalhado veni-
calmente. O berilo de césio, achatado, com frequência, segundo
(0001 }. As - f o m s presentes, usualmente, consistem sòmente em
(10i0} e base {0001} (Fig. 564). As formas dihexagonais são raras
(Fig. 565). Cristais, frequentemente, de tamanho considerável com
faces corroídas. Em Albany, no Estado do Maine, um cristal afilado
de 9 metros de comprimento, aproximadamente, pesou mais de 25
toneladas.
Cordierita - Mg?AI3(AISi5Ois)
lolita. Dicroíra.
CRISOCOLA - CuSiOo.nH20
Cristalografia. Criptocristalina. Tem sido observada em cris-
tais aciculares pequenos mas, comumente, é criptocristalina ou amorfa.
Maciqa compacta. Em alguns casos, terrosa.
Propriedades físicas. Fratura concóide. D 2-4.d 2,O-2,4. Bri-
lho vítreo a terroso. Côr: verde a azul-esverdeado; pardo a prêto,
quando impura.
Composi~üo. Silicato de cobre hidratado, cuja fórmula se apro-
-
xima de CuSi03.nH20.CuO 45,2 Si02 34,3 - H,O 20,s por cento,
quando n = 2. Varia consideràvelmente na composi~ão,sendo, mui-
tas vezes, impura.
Ensaios. Não é fusível. Quando fundida com carbonato de só-
dio sôbre o camáo vegetal, produz um glóbulo de cobre. No tubo
fechado, escurece e dá água.
Aspectos diagnósticos. Caracterizada por sua cor verde ou azul
e fratura concóide. Distingue-se da turquesa por ser de dureza menor.
Ocorrência. A crisocola é um mineral de origem secundária,
ocorrendo nas zonas oxidadas dos filões de cobre. Associada com a
malaquita, azurita, cobre nativo etc. Encontrada nos distritos de cobre
do Arizona e Nôvo México. Em cristais microscópicos, em Mackay,
no Estado de Idaho.
Uso. Um minério de menor importância de cobre.
Nome. A palavra crisocola deriva de duas outras, gregas, signi-
ficando ouro e cola, nome dado a um material de aparência seme-
lhante, usado para soldar o ouro.
Espécies semelhantes. O dioptásio, Cua(SiaOis).6H20, é um
silicato. de cobre hidratado, ocorrendo em cristais romboédricos ver-
des. bem definidos.
Inossilicatos
Os tetraedros SiO, podem estar unidos em cadeias, compartilhan-
do oxigênios com os tetraedros adjacentes (Fig. 570). Essas cadeias
simples podem então, unir-se lado a lado, mediante participação ul-
terior de oxigênios em alguns dos tetraedros, para form- faixas ou
cadeias duplas (Fig. 571). Estas configurações caracterizam os inossi-
licatos. Na estrutura de cadeia simples, dois dos quatro oxigênios em
cada tetraedro Si04 compartilham com os tetraedros vizinhos, ao
passo que, na estrutura em cadeia dupla, metade dos tetraedros com-
partilham três oxigênios e a outra metade sòmente dois. Estas con-
figurações produzem relações de silício para oxigênio de 1:3, nas
cadeias simples, e de 4: 11 nas duplas ou faixas.
A estrutura d e cadeia simples está representada da melhor ma-
neira pelos piroxênios, para os quais a fórmula geral é XY (Si200).
A estrutura pode ser imaginada como se fosse constituída de cadeias
paralelas de silício-oxigênio, estendendo-se indefinidamente na dire-
çtio do eixo c, unidas por ligações iônicas através dos catíons X e Y.
Os catíons X são grandes e estão carregados fracamente, send8 geral-
mente o sódio ou o cálcio; estão ligados a oito vizinhos oxiçênio. Os
cations Y são menores, em coordenação 6 com o oxigênio, podendo
ser o magnésio, o ferro ferros0 ou o férrico, o a l u m í ~ o ,o manganês
bi- ou trivalente, ou mesmo o Iítio ou o titanio tetravalente. A intro-
duçáo de um íon de carga maior ou menor pode ser compensada me-
diante uma substituiqáo simultânea, como do silício pelo aluniínio,'
nas posições tetraédncas.
Os piroxênios são, em geral, monoclínicos quando as posições
X e Y são ocupadas por íons grandes e pequenos, respectivamente.
Se, contudo, tanto as posições X como as Y são ocupadas por íons
pequenos, resulta uma simetria ortorrômbica. Esta simetria se pro-
duz por uma reflexão semelhante a um geminabo, sôbce (100), acom-
panhada por uma duplicação da dimensão a, da cela. A ocupação
tanto das posicóes X como das Y, por íons maiores, pode resultar
472 MINERALOGIA DESCRITIVA
(h) (b)
Fig. 570. SiO,. (a) Cadeia; Fig. 571. Si.0,~. (a) Cadeia;
(b) Segáo Transversal. (b) Segáo Transversal.
X Y Piroxênio Anfibólio
Enstatifa Antofilita
Clinocnstatita Kupfferita
Bronzita, hiperstènio Antofilita
ClinohiperstCnio Cummingtonita
M% Diopsídio Tremolita
Fe Hedenbergita Actinolita
Mn lohnnns5enifa
AI 1:ideita Glaucofana
Fe"' Egirina Riebeckita
Arfvedsonita
Espodriniênio
Augita Hornblenda
w s PIROXÉNIOS
FAM~LIA
Série da Enstatita
Enstatita
Hiperstênio
Série do Diopsidio
Diopsidio
Hedenbergita
Série do Erpodurnênio
Erpodurnênio
ladeíta
Epirita
Série da Augita
Augita
Rodonitn
Wollartonita
Pectolila
ENSTATITA - Mg?(Si,O,)
Crisfalo~rafia. Ortorròmbico; bipiramidal. Hábito pnsmáti-
co, cristais raros. Usualmente, maciça, fibrosa ou lamelar.
Propricdudcs fisicas. Clivagem, { 1 10 } boa, formando ângulos
de 8 7 O e 9 3 O . Frequentemente, boa partição, segundo { 1001, menos
comum, segundo {OOl). D 5%. d 3,2-3,s.Brilho vítreo a nacarado
na superfície de clivagem; dá-se o nome de bronzifa a uma variedade
c o m um brilho submetálico, semelhante ao do bronze. Cor: acinzen-
tado, amarelado, ou brancwsverdeado ao verde da oliva, e pardo.
Translúcida.
Composição. Silicato de magnésio, Mg,(Si20s). MgO 40,O -
- Si02 60,O por cento. Raramente pura, podendo conter atb 5 por
cento de ferro ferroso. O magnésio pode ser substituído pelo ferro
ferroso em todas as proporcóes, até a relação de Mg:Fe=l:l. Se a
478 MINERALOGIA DESCRITIVA
DIOPSÍDIO - CaMg(Si,O,;)
Crista10,qrafia. Monoclínico; prismática. Em cristais prismá-
ticos, mostrando seção transversal com oito lados, ou quadrada. Tam-
btm, maciça granular, colunar e lamelar. Frequentemente, gemina-
do polissintèticamente segundo 1001 1; menos comumente, geminado
segundo { IOO}.
Propriedades físicas. Clivagem prismática, { 110}, imperfeita.
Com frequência, partição paralela ao pinacóide basal 1001 ) e, me-
nos comumente, paralela a { 100). A partição segundo o pinacóide
frontal é característica da variedade dialdgio. D 5-6. d 3,2-3,3. Côr:
SILICATOS 479
ESPODUMÊNIO - LiAI(SilOii)
Crisfulogrufiu. Monoclínico; prismática. Cristais prismáticos,
achatados, com frequência, paralelamente a {100}. Estriados pro-
fundamente no sentido vertical. Usualmente, cristais grossos e com
as faces corroídas; alguns muito grandes. Ocorre, também, em mas-
sas suscetíveis de clivagem. E comum a geminação segundo { 1001.
Propriedudes físicos. Clivagem { 1101, perfeita, formando ân-
gulos de 87O e 9 3 O . Usualmente, uma partiçáo bem desenvolvida,
480 MINERALOGIA DESCRITIVA
Jadeits - NaA1(Si206)
Egirina - NaFe,"'(Si20B)
($& a m',\
pelo
treo. Côr: vermelho da rosa, róseo, castanho;
frequentemente, com exterior prêto produzido
lúcida.óxido de manganês. Transparente a trans-
Broken Hill, na Nova Gales do Sul. Nos Estados Unidos, uma varie-
dade contendo zinco, conGecida como fowlerita, ocorre em cristais de
bom tamanho no calcário cristalino, juntamente com a franklinita,
willemita, zincita etc., em Franklin, no Estado de Nova Jersey.
Uso. Usa-se a rodonita polida como pedra de ornamentação.
Obtém-se o material para êsse fp, principalmente dos Montes Urais.
Nome. Derivada da palavra grega significando rosa, em alu-
são à cor do mineral.
Espécies semelhanfes. A tefroíta, Mn2Si04, é um mineral ver-
melho a cinzento, associado com a rodonita.
WOLLASTOMTA - Ca(Si0,)
lersey.
Nome. Provém d a palavra grega significando compoctu, em
I alusão a seu hábito.
Tremolita.
Arfvedsonita - Na3MgiAl(Si,022)(0H,F)2
HORIiYBLENDA
Cristalografio. Monoclínico; prismático. Os cristais sáo pris-
máticos, terminados, usualmente, por ( 0 1 1 }. A zona do prisma ver-
tical mostra, além das faces d o prisma, usualmente ( 0 1 0 ) e mais
raramente { 100}. Pode ser colunar ou fibrosa; granulada, com grâ-
nulos grossos a finos.
Propriedadc,~fisicas. Clivagem, { 1]O)-, perfeita formando ân-
gulos de Só0 e 124O. D 5-6. d 3 2 . Brilho vítreo; as variedades fi-
brosas exibem. militas vezes, brilho sedoso. Cor: vários niatizcs do
verde-escuro ao negro. Translúcida; transmitirá a luz nas bordar
delgadas.
C o n ~ p o s i ~ ü o .Com a denominacão d e hornblenda existe, na
realidade, uma série complexa que varia quanto às relaçóes dc C J :
Na. Mg:Fe", AI:Fe8", AI:Si, e 0 H : F . Para a hornhlendn comuni.
a fórmula í. a seguinte: CaoNa(Mg,Fe"), (AI.Fe"',Ti) (AI, Si).O??
(O,OH)?. A presença d o alumínio na hornblenda é a principal ili-
fcrença química entre ela e a tremolita.
E~r.çaio. Corresponde ao número 4 na escala de fusibili<la<lc.
Produz água no tubo fechado.
As/>i,ctos difiognósticos. A forma cristalina e o ângulo dc cli-
vagem servem para distinguir a hornblenda, dos piroxênioi escuros.
Distingue-se. dc ordinirio, dos outros anfibólios por sua cOr escur;i.
OcorrPiici~r. A hornblenda é um mineral formador de rocha,
importante e aniplamente distribuído, ocorrendo tanto nas rochas
igneas como nas nietaniórficas; é particularmente caractcristica das
rochas metamórficas. Deriva por alteraçiio do piroxênio. tiinto dii-
rante os Últimos estádios magmiticos da cristalizaçáo das rochas -:i
neas, como durante o metamorfismo. Dá-se, frequentemente. a &te
último tipo o nome de horirhkiida i~roliticaou rrralito. A hornblenda C
o constituinte principal da rocha anfiholito.
Nottrr. Provém de uma palavra d o alemão antigo usada para
indicar qualquer mineral prismático escuro, ocorrendo em minirios.
nias náo contendo metal suscetível de recuperação.
Evp6cies .srnielhantc.s. Dada a variaçio na série da hornblcn-
a propuseram-se muitos nomes para seus membros, baseados n:i
composicáo química e nas propriedades físicas e ópticas. Os maiç
comuns, tendo em conta a composição química, são: rdenitir, I I ~ I ~ , T ( I -
492 MINERALOGIA DESCRITIVA
Filossilicatos
:
'
h
ia) (a)
Oe9 r Hidroxilar Alurninios, magnésios etc.
Fig. 586. F6lha rln Cibbsita. E~ferar grsnder: hidroxiln. esfera3 peqiienzis:
alumínio. Noi;tr qiie o aliiminio ocupa dois terGor das posiq0es poriívcis.
Trioctaédrica
h l d O H ) o - (OH), + Si,Or+ M&(Si.Oi)(OH), Antigorita
I SILICATOS 497
,,
-'
%> Av*,., r.. , ,L
, ., .. '
<,. . i
, ..,
.i,
" . .,.,,. , .
alumínio pelo ferro férrico, d o sódio pelo cálcio, nas posições apro-
priadas. Em escala limitada, o bário pode substituir o potássio, o
cromo ao aliiniinio, o flúor a oxidrila. O manganês, o titanio e o
cgsio s5o constituintes mais raros de algumas micas. As micas con-
tendo litio siio estruturalmente distintas da moscovita c da biotita.
por causa do menor tamanho d o íon Iítio.
O I Oxig8nio
.
O
l
= Hidroxila
= Silicio
iAlumínio
o r Mallntrio
Apofilita
Caolinita
Serpentina
Garnierifa
Pirofilita
Talco
Moscovita
Flogopila
Biotita
Lepidolita
Margarita
Clorita
Sepiolita
Apofilita - KCa,(Si,O,,),F.8H,O
MINERAIS ARGILOSOS'
' Para urna dircurr5o dar minerais areiloros, rua mineralogia. qulmica. ocorrencia e
oriecm. ver Clay Minerology. de Ralph E. Crim, McCraw-Hill Book Co.. Ncv York. 1953.
SILICATOS
Gamierita - (Ni,Mg)Si03.nH20
Cristalografia. Aparentemente amorfa. Encontrada sob a for-
ma de incrustações e dc massas terrosas.
Propriedades físicas. D 2-3. d 2,2-2,8. Brilho terroso e opa-
co. Côr: verde da maça a branco.
Composiçüo. Um silicato de magnésio e níquel hidratado, (Ni,
Mg)Si03.nH20.
Ençaios. Não é fusível, tornando-se magnética, entretanto,
pelo aquecimento. O ácido clorídrico a decompõe com dificuldadc,
dando sílica separada. Na chama oxidante, confere à pérola de bórax
a c6r parda. No tubo fechado, fica preta e produz água.
Aspectos diagnó.~ticos. Caracteriza-se por sua côr verde da maçã,
scii brilho terroso e pela falta dc estrutura cristalina.
SILICATOS 51 1
Pirofilita - Alz(Si,O,o)(OH),
seguir). Todavia, náo tem preço tão elevado quanto os melhores ti-
pos de talco. Uma parte considerável d o que se conveio chamar agal-
iiiurolira, na qual os chineses esculpem pequenas imagens, é esta es-
pécie.
Nome. Provém do grego, significando fogo e uma fi>lha, porque
ela se esfolia quando aquecida.
2i:,
~Por conseguinte,~ os cristais,
~~~~~~~a~~~~~
de$ regra, pa- oio@o,o
~ ~ d
BIOTITA - K(Mg,Fe)3(AISi30,,)(OH),
GRUPO DA CLORITA
Estão incluídos no gmpo da clorita um certo número de minerais
tendo todos êles propriedades químicas, cristalográficas e físicas se-
melhantes. Sem análises químicas quantitativas ou estudo cuidadoso
das propriedades ópticas é extremamente difícil distinguir entre os
membros do gmpo. Dá-se a seguir uma descrição composta dos mem-
bros principais do gmpo, a saber, clinocloro, peninita e proclorita.
Tectossilicaros
Em quase seus três quartos a crosta rochosa da Terra é consti-
tuída de minerais formados em torno de uma estrutura tridimensional
GRUPO DA SfLICA
Em sua forma mais simples a estrutura SiOz é neutra elètrica-
mente e não contém outras unidades estruturais. Existem, contudo,
pelo menos oito modos diferentes segundo os quais os tetraedros li-'
gados podem compartilhar todos os oxigênios e, do mesmo passo,
constmir uma estrutura tridimensional contínua, elètricamente neutra.
Estes oito modos de arranjo geométrico correspondem aos oito poli-
morfos conhecidos de SiO?, dos quais dois se conhecem sòmente como
substâncias sintéticas. Cada um destes polimorfos tem sua morfolo-
524 MINERALOGIA DESCRITIVA
Polimorfos de Si02
Nome Simetria Dimcnsócr da ccla V/Z Z
QUARTZO - SiO,
Cristalografia. Quartzo a, hexagonal-R; trigonal, trapezkdrica.
Quartzo j3, hexagonal-trapezoédrica. Cristais comumente prismáticos,
com as faces do prisma estriadas horizontalmente. Terminados, usual-
mente, por uma combiiação de romboedros positivo e negativo que,
muitas vêzes, são desenvolvidos de maneira tão igual a ponto de
darem a impressão de uma bipirâmide hexagonal (Fig. 604). Em
SILICATOS 527
Quartw.
(Fig. 609). Alguns cristais são torcidos e curvos. São raros os cris-
tais mostrando a simetria mais elevada do quartzo.
De ordinário, os cristais são geminados (ver página 114). Os
geminados estão, usualmente, intercrescidos de maneira tão íntima que
sua determinação só pode ser feita pela situacão irregular das faces
trapezoédricas, pela corrosão do cristal ou observando-os paralela-
mente ao eixo c na luz polarizada. O tamanho dos cristais varia entre
exemplares pesando uma tonelada e revestimentos cristalinos finíssi-
mos, constituindo superfícies em forma de drusas.
Variedades criptocristalinas
b. VARIEDADES
GRANULARES
1 . Sílex. Semelhante à calcedônia, na aparência, mas opaco,
muitas vêzes, de côr escura. Ocorre, usualmente, em nódulos, n o cal-
cário; quando se rompe, apresenta fratura concôide nítida, com arestas
cortantes. Foi usado pelo homem primitivo para a fabrica~ãode
vários utensílios.
2 . Cherf. Uma rocha maciça, compacta, semelhante ao sí-
lex na maior parte de suas propriedades, mas usualmente de côr clara.
3. Jaspe. Um quartzo criptocristalino granular, usualmente
colorido em vermelho pela presença de inclusões de hematita.
4. Prásio. De côr verde opaca; no mais, semelhante ao jaspe,
ocorrendo com êle.
Ocorréncia. O quartzo ocorre como.um constituinte importante
das rochas ígneas que possuem um excesso de sílica, tais como o
granito, o riólito e o pegmatito. f. extremamente resistente tanto ao
ataque químico como ao físico e, assim, a desintegração das rochas
ígneas que o contêm produz grãos de quartzo que se podem acumu-
lar e formar a rocha sedimentar, arenito. Ocorre também, nas rochas
metamórficas, como os gnaisses e xistos, formando pràticamente o
único mineral dos quartzitos. Deposita-se muitas vêzes a partir de
uma soluçáo e é o mineral mais comum de veio e de ganga. Formas
como o silex depositam-se com a greda no fundo do mar, em massas
nodularcs. As soluções contendo sílica podem substituir as camadas
de calcário por um quartzo criptocristalino, granular, conhecido por
chrrf, ou camadas descontínuas de "chert" podem formar-se, con-
temporâneamente, com o calcário. Nas rochas, o quartzo está asso-
ciado principalmente com o feldspato e a moscovita; nos filóes, com
quase toda a série de minerais de veios. O quartzo ocorre em grandes
quantidades, como areia, nos leitos dos rios e sôbre as praias, e como
um constituinte dos solos.
O cristal de rocha encontra-se amplamente distribuído. Algu-
mas das localidades mais notáveis por sua ocorrência sáo: os Alpes;
Minas Gerais, no Brasil; a ilha de Madagascar e o Japão. Encon-
tram-se em Hot Springs, no Estado de Arkansas, e em Little Falls e
EUenville, no de Nova Iorque, os melhores cristais de quartzo oriundos
dos Estadh Unidos. Existem ocorrências importantes de ametistas
nos Montes Urais; Checoslováquia; Tirol e Brasil. Encontrada em
Thunder Bay, na margem norte d o Lago Superior. Encontrada em
Delaware e Chester Counties, no Estado de Pensilvânia; em Black
SILICATOS 533
Tridimita - SiO?
Cristobalita - Si02
Cristalografia. Tetragonal (?), pseudo-isométrica. A cristoba-
lita de alta temperatura é isométrica e apresenta-se, frequentemente,
em pequenos cristais octaédricos. A aparência externa é conservada
quando ocorre a inversão para a forma de baixa temperatura.
Propriedades físicas. D 7. d 2,30. Brilho vítreo. Incolor. Trans-
.
lúcida. Estável sòmente acima de 1 470°C.
Composiçáo. SiOa, como o quartzo.
Ensaios. Não é fusível, mas quando aquecida a 200°C ocorre
a inversão para a fofma isométrica de alta temperatura e fica quase
SILICATOS 535
ORTOCLASIO - K(AISi,O,)
Cristalografia. Monoclínico; prismática. Os cristais são, de or-
dinário, de hábito prismático e alongados paralelamente ao eixo a
ou ao eixo c, e achatados paralelamente ao pinacóide lateral, tendo,
como formas distintas, {OlO}, {001} e {llO}, muitas vêzes com
prismas menores de segunda e quarta ordens (Figs. 614-616). Fre-
quentemente geminados, de acordo com as seguintes leis: Carlsbad,
geminado de penetraião com o eixo c como eixo do geminado (Fig.
618); Baveno, com {021} como plano do geminado e da composi-
ção (Fig. 620); Manebach com {OOI} como plano do geminado c
da composição (Fig. 619). Comumente em cristais ou em massas
suscetíveis de clivagem a granulares; mais raramente, de granulação
fina, maciça e criptocristalina. Mais abundantemente nas rochas co-
mo grãos desprovidos de forma.
Propriedades físicas. Duas clivagens distintas fazendo um ân-
gulo de 90° entre si; uma, {OOl}, perfeita; outra, {OlO}, boa. Cli-
vagem prismática, {llO}, 0 b ~ e ~ a acom a frequência. D 6. d 2.57.
Brilho vítreo. Incolor, branco, cinza, vermelho da carne. Traco bran-
co. A adulária é uma variedade incolor, translúcida a transparente.
Está presente, habitualmente, em cristais pseudc-ortorrômbicos (Fig.
617). Algumas adulárias mostram um jogo de cores opalescente, sen-
do denominada pedrada-lua. A sanidina é uma variedade vidrada;
muitas vêzes, transparente, encontrada como fenocristais em algumas
rochas ígneas.
Composi~üo. Silicato de potássio e alumínio K(AISi30R).K,O
16,9 - AI2OJ 18,4 - Si02 64,7 por cento. O ortoclásio e o microclínio
(página 544) são conhecidos conjuntamente por feldspato potarsico.
O sódio pode substituir o potássio e, na variedade sanidina, esta subs-
tituição vai até 50 por cento. Na hialofana, (K,Ba)(AI,Si),Si,O,, o
bário substitui parcialmente o potássio. A celsiana, Ba(AlnSi20a) é
um feldspato raro de bário.
Eruaios. Dificilmente fusível (5). Insolúvel nos ácidos. Quan-
do misturado com gipso pulverizado e aquecido sôbre a alça de pla-
tina, dá a chama violeta do potássio.
Aspectos diagnósticos. Reconhecido, usualmente, por sua cor,
sua dureza e sua clivagem. Distingue-se dos outros feldspatos por
sua clivagem em ângulo reto e pela falta das estriaçks do geminado
sôbre a melhor superfície de clivagem.
Alterap?~. Submetido à ação de águas contendo anidrido car-
bônico, o ortoclásio sofre alteração, formando um carbonato de po-
tássio solúvel e deixando, como resíduo, uma mistura de um mineral
argiloso e sílica ou de rnoscovita e sílica.
542 MINERALOGIA DESCRITIVA
Fig. 612. Granito Gráfico, Hybla. Onlário. Quartzo Escuro, Feldspato Claro.
MICROCLÍNIO - K(AISi:!Oh)
Cristalografia. Triclínico; pinacoidal. Os comprimentos axiais
e os ângulos só levemente diferentes dos do ortoclásio. Os cristais d o
microclínio podem ser geminados de acordo com as mesmas leis ob-
servadas no ortoclásio; os geminados segundo a Ici de Carlsbad são
comuns, mas segundo as de Baveno e Manebach sáo raros. Geminam-
se também segundo a lei da albita, com o pinacóide lateral formando
o plano do geminado, e segundo a lei do periclínio, com o eixo cris-
talográfico 6 sendo o eixo d o geminado. Estes dois tipos dc gemina-
ção s i o característicos dos feldspatos triclinicos. Uma lâmina delgada
do microclínio, examinada ao microscópio na luz polarizada, mostra
usualmente uma estrutura reticular característica causada pelo cruza-
mento em ângulos quase retos das lamelas d o geminado, formado de
acordo com as leis da albita e d o periclínio. O ortoclásio, sendo
monoclínico, não pode mostrar essa geminaçáo. O microclínio é en-
contrado em massas suscetíveis de clivagem, em cristais e em grãos
irregulares como constituinte de rochas. O microclínio forma. provà-
velmente, os cristais conhecidos de tamanho máximo. Na Karelia,
.na Rússia, massas que pesavam acima de 2 . 0 0 0 toneladas mostra-
ram a continuidade de um único cristal.
Nos pegmatitos, o microclíniu pode estar intercrescido intima-
mente com o quartzo, formando o ~ r a n i t ogrúfico (Fig. 6 1 2 ) . Nos
Estados da Carolina do Norte, Dakota do Sul, Colorado, Virgínia,
Wyoming, Maine e Connecticut, ocorrem grandes diques de pegma-
tito dêste caráter dos quais se extrai o feldspato em quantidades con-
sideráveis.
Frequentemente, o microclínio apresenta faixas irregulares e des-
contínuas cruzando os pinacóides basal e lateral. Estas faixas são
compostas de albita, e o intercrescimento, como um todo, denomi-
na-se pertitu ou, se muito fino, microl>ertita. (Ver página 540.)
Propriedades físicas. Clivagem { 001 } e { 010 }, com ângulo de
89'30' (o ortoclásio tem um ângulo de 90°). Clivagem {110), má.
D 6. d 2,54-2,57. Brilho vítreo. Côr: branco a amarelo-pálido, mais
raramente, vermelho. O microciínio verde é conhecido como amazo-
nita. Translúcido a transparente.
Composição. Como o ortoclásio, K(AISi,O,). O sódio pode
substituir o potássio, dando origem ao microclínio sódico, e se o sódio
excede o potássio dá-se ao minêral o nome de anortoclúsio.
Ensaios. Os mesmos empregados para o ortoclásio.
SILICATOS 545
ALBITA - ANORTITA
Cristalografia. Triclínico; pinacoidal. Os cristais são, de ordi-
nário, tabulares paralelamente a ( 0 1 0 ) (Fig. 621); algumas vêzes,
alongados em direção paralela ao eixo b do cristal (Fig. 622). Na
anortita, os cristais podem ser prismáticos, alongados paralelamente ao
eixo c d o cristal.
Albiia.
Plrrs>i,ogri>i dr .norr,rn
0 ~ 1 c o c ~ A s i oEncontrado
. em várias localidades na Noruega,
notadamente em Tvedestrand, onde contém inclusões de hematita
que lhe dão cintilação e brilho dourados. Esse feldspato tem o nome
de oligoclásio aventurina, ou pedra-do-sol. O nome deriva de duas
palavras gregas significando pequeno e fratura, porque se acreditava
que o oligoclásio tinha clivagem menos perfeita do que a albita.
ANDESINA.Encontrada raramente, exceto como grãos nas ro-
chas ígneas. O nome provém da Cordilheira dos Andes, onde é o
principal feldspato nas lavas de andesito.
LABRADORITA. 6 mineral de rocha amplamente espalhado, sen-
do o único constituinte importante em grandes massas de rochas co-
550 MINERALOGIA DESCRITIVA
LEUCITA - K(AISi20,)
Cristalo,qrufio. Pseudo-isométrico. Hábito trapezo6drico (Eiç.
627). Outras formas, raras. Estritamente isomftrica, sòmente em
temperaturas acima de 500°C. Ao resfriar-se ahaixo desta tcnipera-
tura, sofre um rearranjo atômico interno de al-
@
gum outro sistema cristalino, provàvelmente te- .-"--$-.
tragonal, mas a forma externa náo muda. A
-2--?-L
leucita forma-se em lavas de alta tenipcratura;
nessas condi~ões,f isomctrica tanto na estrutura
interna como na forma externa. Usualmente em
, -
, n / --I
0
NEFELINA - (Na3K)(AISiO,)
Cristalografia. Hexagonal; piramidal. Raramente em pequenos
cristais prismáticos com o plano basal; em alguns casos mostra pla-
nos piramidais. Quase invariAvelmente maciqa, compacta e em grâ-
nulos disseminados. A variedade maciça é muitas vêzes denominada
eleoliia, por causa de seu brilho graxo.
Propriedades jíxicas. Clivagem distinta paralela a {10?0}.
D 5!i-6. d 2,55-2,65. Brilho vítreo nos cristais claros a brilho graxo
na variedade macisa. Incolor, branca a amarelada. Na variedade
maciça, cinzenta, esverdeada e avennelhada. Transparente a translú-
cida.
SILICATOS 553
Lápis-Lazúli
Petalita - Li(AISi,Olo)
Grupo da Escapolita
ESCAPOLITA
Wernerita
ANALCIMA - Na(AISi,O,)H,O
Analcita
Q
-2,15. Brilho vítreo. Cor: branco, ama-
relo, rosa, vermelho. Transparente a
translúcida.
Composiçáo . E, essencialmente,
um silicato hidratado de alumínio, sódio
e cálcio, (Ca,Na)2(A12Si401~).6H,0. O
potássio está presente usualmente.
Fig. 632. Cabazita.
Ensaios. Corresponde ao nfimero
3 na escala de fusibilidade. Funde-se
na forma de um vidro vesiculoso, com intumescimento. Decompóe-
se pelo ácido clorídrico, com a separação de sílica, mas sem a for-
mação de uma geléia. A solução, depois de filtrada para a separação
da sílica, dá um precipitado de hidróxido de alumínio com a amô-
nia, e no filtrado, o carbonato de amônio dá um precipitado branco
de carbonato de cálcio. No tubo fechado fornece muita água.
Aspectos diagnósticos. Usualmente reconhecida por seus cris-
tais romboédricos; distingue-se da calcita por exibir clivagem menos
nítida e por não dar efervescência no ácido clorídrico.
Ocorréncia. A cahazita é um mineral de origem secundária e
encontra-se, usualmente, com outras zeólitas, atapetando cavidades
no basalto. Ocorre, notadamente, nas seguintes localidades: Ilhas
Faeroe; a Calçada do Gigante, Islândia; Aussig, Boêmia; Alpes Sei-
ser, Trentino, Itália; Oberstein, Alemanha. Encontra-se, nos Estados
Unidos, em West Paterson, Nova Jersey e Goble Station, Ôregon. En-
contra-se, também, na Nova Scotia, onde é conhecida pelo nome de
acadialita.
Nome. O nome cabazita deriva de uma palavra grega, nome
antigo para uma pedra.
Espécies semelhantes. A gmelinita é um mineral que está re-
lacionado quimicamente com a cabazita mas é de ocorrência mais
rara.
SILICATOS 563
HEULANDITA - Ca(A12Si,0,,).6H,0
ESTILBITA - Ca(A12Si,0is) . 7 H 2 0
Cristalografia. Monoclínico; prismática. Geminados unifor-
memente em cmz (pseudo-ortorrômbico). Comumente tabular para-
lelamente ao pinacóide lateral. Usualmente em cristais individuais
distintos ou em agregados semelhantes a feixes (Fig. 634).
Propriedades físicas. Clivagem perfeita paralela a (010). D
3 x 4 . d 2,l-2,2. Brilho vítreo; nacarado sobre o pinacóide lateral.
Cor branca, mais raramente amarela, castanha e vermelha. Trans-
lúcida.
Composiçüo. Essencialmente u m silicato hidratado de alumí-
nio e cálcio, Ca(AI2Si,Ol8).7H,O. Estão usualmente presentes, em
pequenas quantidades, o sbdio e o potássio.
Ensaios. Corrcspondc ao número 3 na escala de fusibilidade.
Funde com intumescência produzindo um esmalte branco. Decom-
põe-se pelo ácido clorídrico com a separação de sflica mas sem a
formação de uma gelkia. Fornece água n o tubo fechado.
Aspectos diagnódicos. Caracterizada, principalmente, pela cli-
vagem, brilho nacarado sobre a face d e clivagem e os grupos comuns
de cristais com a forma de feixes.
Ocorrência. A estilbita é um mineral de origem secundária e
encontra-se em cavidades nos basaltos e rochas relacionadas. Asso-
ciada com outras zeólitas e calcita. Localidades dignas de mençáo
pelas ocorrências são: Poonah, lndia; ilha de Skye; Ilhas Faeroe;
Kilpatrick, Escócia; Islàndia. Encontrada, ainda, em Nova Scotia.
Nome. Derivado da palavra grega significando brilho, em alu-
são ao brilho nacarado.
Espécies semelhantes. As zeólitas monoclínicas, phillipsita e
harmotomo, pertencem ao grupo da estilbita e possuem composição
variável e complexa.
OCORRÊNCIA E
ASSOCIAÇAO
DE MINERAIS
Embora os minerais tenham muitas modalidades de ocorrência
e uma variedade de associaqóes quase infinita, existem, não obstante,
certas maneiras em que suas ocorrências são comuns e características.
E d o maior valor, na identificação dos minerais, uma compreensão
das condições sob as quais um dado mineral usualmente se forma,
assim como, um conhecimento.dos outros minerais que com êle estão
associados, de forma característica. Nas páginas que seguem, dá-se,
pelas razóes expostas, uma breve discussão dos modos mais impor-
tantes de ocorrência dos minerais e das associações mais comuns.
I. ROCHAS f GNEAS
As rochas ígneas ou magmáticas, como o nome indica, são as
que se formaram pelo resfriamento e conseqüente solidificaçáo de
massa anteriormente fluida e quente de material rochoso, conhecida
por magma. Um magma é uma solução contendo os constituintes
químicos que, quando suficientemente resfriados, cristalizam para
dar origem aos vários minerais que formam a rocha resultante. Os
elementos formadores dos constituintes principais dos magmas das
rochas ígneas, enumerados na ordem de sua abundância, Sá0: o oxi-
gênio, o silício, o alumínio, o ferro, o cálcio, o magnésio, o sódio e
o potássio. Quando um magma se resfria, cada mineral cristaliza, à
medida que alcança o seu ponto de supersaturasáo. Alguns mine-
rais, existentes na massa fluida, cristalizam mais precocemente d o
que os outros e, assim, na niaioria das rochas ígneas, pode ser de-
terminada uma ordem mais ou menos definida d e cristalização dos
vários constituintes minerais. E m geral, os minerais .escuros e os
que contêm as menores quantidades de sílica são os que cristalizam
em primeiro lugar; os minerais ricos em sílica sáo os últimos. Entre
os minerais formadores das rochas mais comuns, a ordem usual de
cristalização é a seguinte: os minerais acessórios, como o zircáo, o
rutílio, a hematita, a ilmenita e a magnetita; depois, os minerais ferro-
magnesianos, p. ex., piroxênios e anfibólios; em seguida, os feldspa-
tos plagioclásios; e, finalmente, o ortoclásio e o quartzo.
A associação mineral encontrada em qualquer rocha ígnea de-
pende, principalmente, da composição química d o magma original.
Se o magma tinha uma percentagem alta de sílica, a rocha resultante
conterá minerais ricos em sílica e quartzo. Usualmente, ela será de
cor clara. Se, por outro lado, o magma tinha uma percentagem
baixa de sílica, a rocha resultante conterá minerais :pobres em sílica
e nenhum quartzo. Será, em geral, de cor escura.
Além da ampla variasão na composição química e mineralógica,
mostrada pelas rochas ígneas, há, também, outra, no tamanho dos
cristais que as constituem. Isto é determinado, principalmente, pela
velocidade com que o magma se resfria. Se uma rocha se formou
a partir de um magma situado a uma profundidade considerável na
ROCHAS íGNEAS 567
Rochas Plutônicas
Dão-se. a seguir, descrições sucintas dos tipos de rochas mais
importantes, relacionados na tabela antes referida.
Crc~nito-,qrcrnodiori/o. O granito é uma rocha granular, de côr
clara c textura uniforme, consistindo. principalmente, em feldspato e
quartzo. Usualmente, est.:io presentes tanto o feldspato potássico como
o oligoclásio; o feldspato potássico pode ser da cor da carne, ou ver-
melho. enquanto o oli~oclásioé comumente branco, sendo possível
seu reconhecimento pcla presença das estriações decorrentes da €e-
minação da albita. Reconhece-sc o quartzo por seu brilho vítreo e
ausência de clivagcni. Os granitos, usualmente, contêm uma peque-
na quantidade (cêrca de 10 por cento) de mica ou hornblenda. A
mica 6 . comumente. a biotita. mas pode estar pretente também a
moscovita. Os minerais accssórios de menor importância são o zir-
cão. a titanita. a apatita. a magnetita e a ilmenita.
Existc uma série completa de rochas que apresentam tipos que
váo desde um granito, cujo feldspato é constituído, quase inteiramen-
te, de varicdadcs potássicas, até ao granodiorito, no qual o feldspato
é, principalmente, o plagioclásio, com pouco mais de 5 por cento,
Feldspato
Quartzo
> 5 Por cento
i' Nenhiim Feldspa- Nefelina ou Leuci-
ta >5 por cento
I tóide
Grossa / Fina Grossa ' Fina ' Grossa Fina
Rochas Vulcánicru
Zona Minerais
Clorita Moscovita, clorita, quartw
Biotita Biotita, moscovita, clorita, quartzo
Granada Granada (almandiua), moscovita, biotita, quamn
Estaurolita Estaurolita, granada, biotita, moscovita, quartzo
Cianita Cianita, granada, biotita, moscovita, quartw
Sillimanita Sillimanita, quartzo, granada, moscovita, biotit. oligcclásio,
ortoclásio
584 OCORRLNCIA E ASSOCIACIO DE MINERAIS
Metarnorfisrno d e Contato
Quando um magrna se introduz na crosta da Terra, provoca,
através d o calor presente e das soluções que o acompanham, uma
alteração maior ou menor na rocha encaixante. Esta alteração das
rochas que se encontram próximo de uma intrusão ígnea é conhecida
como metamorfismo de contato, e consiste, usualmente, no desenvol-
586 OCORRENCIA E ASSOCIAÇAO DE MINERAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Rochas
L. V. Pirsson e A. Knopf, Rocks and rocks rninerols, 3.= edição. John Wiley
and Sons, Nova Iorque, 1947. Descrisão das rochas comuns a partir de espé-
cimes que se podem ter em mãos, com a discussão da origem, ocorrência
e uso.
H . Williams, F. J . Turner e C. M . Gilhert, Peirogrophy. W . H. Freeman.
São Francisco, 1950. Descrição das rochas com base no estudo de seçóes
delgadas.
Minérios
A.M. Bateman, The formoiion of mineral deposits. Jobn Wiley and Sons,
1951. Uma discussão da origem dos depósitos minerais.
Pegmstitos
R . H . Jahns, The study of pegmatiles, Economic Geology, 50.O Volume
Anual, pp. 1025.1130. 1952.
USOS DOS
MINERAIS
Os minerais são extremamente importantes, do ponto de vista
econômico, porque todos os materiais inorgânicos d o comércio ou
são minerais ou substâncias derivadas dêles. Neste capítulo, estão
relacionados alguns dos minerais econômicamente mais importantes,
de acordo com seus vários usos. Para os pormenores, o leitor deve
utilizar o parágrafo "Uso", existente na descrição individual de cada
espécie mineral. Os usos dos minerais estão agrupados sob os títulos
seguintes:
Minerais de inlerêsse gemológico Cerâmica, Vidro, Esmalte
Minerais ornamentais Fertilizantes
Abrasivos Aparelhos Ópticos e Científicos
Fluxos Minérios dos Metais
Refratários
B. MINERAIS ORNAMENTAIS
Usam-se, minerais, para fins ornamentais, mas um número con-
siderável dêles são empregados só localmente. Os minerais ornamen-
tais de uso mais generalizado sáo:
Calcita, página 359 Rodonita, pagina 484
Mármore Gipso, página 397
Mármore Ônix Espato cetim
Travenino Alabastro
Serpentina. página 508 Jade.
Mármore verde antigo Jadcíta, página 481
Malaquita, página 377 Nefrita, página 489
Lazurita, página 555 Quartzo, página 526
Feldspato, página 536 Agata
Labradorita Quartzo rosa
Larvikita
594 USOS DOS MINERAIS
C. ABRASIVOS
Diamante, página 255 Quartzo, página 5 2 6
Corindon, página 309 Rochas silicosas
Esmeril Novaculito
Opala, página 535 Sílex
Diatomito Granada, página 4 3 8
D. FLUXOS
Fluxos são minerais usados em operacão de fusão para tornar
a escória mais fluida. Os principais minerais usados com esta finali-
dade são: a calcita (página 359). a fluorita (página 350) e o quartzo
(página 526).
E. CERÂMICA,VIDRO, ESMALTE
Argila (caolinita), página 506. Tijolo, telha, manilha para esgôsto, por-
celana, cerâmica.
Quartzo, página 526. Base da manufatura do vidro.
Feldspato, página 536. Manufatura d o vidro. Vitrificaçáo sobre a cerâ-
mica, porcelana, telha etc.
Nefelina, página 552. Manufatura do vidro.
Fluorita, página 350. Manufatura do vidro e revestimentos de esmalte.
F. FERTILIZANTES
I. MINÉRIOS DE METAIS
As listas que seguem podem incluir diversos minerais como mi-
nérios de um elemento dado. Os minérios principais são dados em
tipo negrito e a referência de página é dada para o mineral em
relação ao qual estio sendo considerados os usos do metal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Minerais Yearbook. Publicado anualmente pelo United States Bureau o € Mines,
Washington, D. C . Um sumário da produção mundial de metais c minerais
de valor econômico.
R. 9. Ladoo e W. M. Myers, Nonrnefaliic rninerois. McCraw-Hill Book Co.,
Nova Iorque. 1951. Uma apreciação sobre a ocorrência, a origem e o bene-
ficiamento doa minerais náo-metálicos de intcrêssc económico.
Alan M . Bateman. The formorion o f mineral deposits. John Wiley and Sons,
1951. Uma discussão sóbre a origem dos minerais úteis.
E . H . Kraus e C . 9. Slawson, Gems and gem rnaterials. McGraw-Hill
Book Co., Nova Iorque, 1947.
ESPLCIMES PARA UMA COLECIO DE MINERAIS 597
se-á que nem sempre se pode predizer a côr d o traço tendo em conta
a do próprio mineral. Um mineral de côr escura dá, frequentemente,
um traço de côr clara.
As tabelas subdividem-se, em seguida, de acordo com a dureza.
Para os minerais metálicos: ( 1 ) minerais de dureza inferior a 2%
(mole bastante para deixar marca sobre o papel); maior do que 2% e
inferior a 5% (pode ser riscado por um canivete mas não deixará mar-
ca sôbre o papel); ( 3 ) superior a 5% (não pode ser riscado por um
canivete). Para os minerais não-metálicos: (1) inferior a 2# (pode
ser riscado pela unha do dedo); (2) 25-3 (não pode ser riscado pela
unha do dedo mas sim, por uma moeda de cobre); ( 3 ) 3-34 (não
pode ser riscado por uma moeda de cobre mas sim, por um canivete);
( 4 ) 5%-7 (não pode ser riscado por um canivete mas sim, pelo quart-
zo); ( 5 ) superior a 7 (não pode ser riscado pelo quartzo). Na reali-
zação dos ensaios de dureza hão-de ser observadas certas precauções.
Antes de decidir sôbre a dureza relativa de um mineral é conveniente
experimentá-la, se possível, de duas maneiras. Por exemplo, se um
mineral é riscado aparentemente por um canivete, certifique-se, por
outro lado, se o canivete não pode ser riscado pelo mineral. A moeda
de cobre e a lâmina d o canivete empregadas nos ensaios devem estar
limpas e brilhantes; porque, do contrário, uma camada de sujeira
ou de material de oxidação pode ser tomada, por engano, por um
risco. O uso das tabelas seria facilitado, frequentemente, no caso de
se possuírem os espécimes dos minerais da escala de Mohs, o que per-
mitiria determinar, com grande aproximação, a dureza do mineral
sob exame., Finalmente, é conveniente lembrar que a condição física
de um mineral pode, aparentemente, mudar sua dureza. Por exemplo,
os minerais que ocorrem sob as formas pulverulenta ou fibrosa mos-
trar-se-ão, nestas condições, muito mais moles do que nas mais com-
pactas.
Os minerais com brilho não-metálico são, em geral, subdivididos
ulteriormente, de acôrdo com a presença ou ausência de uma clivagem
dominante. E frequentemente difícil tomar uma decisão a êsse res-
peito. Antes que se possa fazer a determinação, de forma rápida c
acurada é necessário que se tenha alguma prática e experiência.
Obse'war que os minerais são divididos de acôrdo com a presença ou
ausência de uma clivagem dominante. Os minerais em que a clivagem
é imperfeita ou, ordinàriamente, obscura, estão incluídos entre os
que não a possuem. E sempre conveniente, se possível, tentar pro-
duzir uma clivagem do espécime, de preferência a julgá-lo apenas
INTRODUCAO 60 1
---
I. Dureza: < 2%. (Deixará uma marca sobre o papel). Página ,603.
11. Dureza: > 2%, < 5%. (Pode ser riscado pelo canivete: náo deixará.
prontamente, uma marca sobre o papel). Página 604.
111. Dureza: > 5%. (Não pode ser riscado pelo canivete). Página 610.
BnirHo - Nbo-MmÁ~lco
I. Traço ddinidamente colorido. Página 612.
11. Traço incolor.
A. Dureza: < 21: (Pode ser riscado pelii unha do dedo). Página 615.
R. Dureza: > 2%, < 3 (Náo pode ser riscado pela tinha do dedo; pode
ser riscado por uma moeda de cobre).
C. Dureza: > 3, < 5%. (Náo pode ser riscado por uma moeda de cobre;
pode ser riscado pelo canivete).
D. Dureza: > 5%, < 7. (Náo pode ser riscado pelo canivete; pode ser
riscado pelo mineral quartzo).
BRILHO: M E T h I C O OU SUBMETALICO
11. Dureza: > 2%. 5% <
(Pode ser riscado por um canivete: não deixará, prontamente, uma marca
sobre o papel).
1
o: :
Cinza
irregular.
, 7.5
I
2% Clivagem ciihica ( 100; Galena
perfcita. Em crislai* PhS
cúbicos e maqsas gr:i- I~iimétrico
nulares. Se um frng-
mentn C n&to na chn-
ma da vela, éle n:ic se
fiinde mas se rcdiiz. va-
garosamente,
mam-se na siia super-
for- j
ficir pequenos pli,hillu%
de chitmbo metilico.
Branco
do esta-
nho.
Emba~a em massas fihroias ho-
para trioidair. Aqiierido na
cinza- chania da vela produz
-CsCLIrO fumafa branca e <Ia i i m
- -- ~
606 MINERALCGIA DETERMINATIVA
acasta-
nhado
Prêto ,m ,,. palmente calcocita e
períície cillcopirita.
recente:
embaça
para
purpitra
r
TABELAS PARA A DETERMINAÇ&O DE MINERAIS
Trngi i Cor / I D
I
j Observo~ões Nome,
SistemaContposição,
cristalino
-
Vemc- Clivagem romboédrica, Pirargirita
lho in- {O I . Fiinde fàcil- A&SbS,
Verme- tenso a mente na chama da Rombddrico
Iho-cas- p"t0 vela. "Prata mbi" escu-
lanho ra, mostrando cor ver-'
verme- melha do mbi, escura,
Iho-ín- em estilhaços delgados.
dio Associado com outros
minerais de prata.
Verme- Verme-
Iho-bri- lho do
Ihante n~bi
te. C o r da prata ver-
melha-clara. Associado
com a pirargirita.
Casta- Cartn-
nho- nho-
-ama=- escuro a
lo a prêto 10 a goethita ccntém
ocra 10%.
TABELAS PARA A DETERMINAÇAO DE MINERAIS JW
Tmco I , , d l D 1 Obrrria~<í~s
/ ivorne. Cornposi~no,
Sirrerna cristalino
Ihante
~
/ cie' I I .-
DO de cristais arbores-
~ ~~~ ~ ~
1
fresca:
embaça 1 isométricos malforma-
dos.
B ~ ~ ~ Branco
C O 9,8 2.2:; t,
C l i v a ~ c mbx.?l. iOOD1 B ~ S ~ U ~ O
da da prata pcrfzitn e romboédrica, ~i
prata, com { 101 1 /. Séctil. Fitndc- RomboCdnw
bri- tons se na chama d a vela,
lhante avcr- fàcilmente. Quando
melhx- martelado, a principio
maleável, mas logo se
I quebra e m pcqilcnos
cedacas.
11 i
6.0
6,2
6.1
5x4
5%-6
Usualmente
rómbicos.
Usualmente
maciço.
Cristais pseudo-ortor.
Alsenopirita
FeAsS
Monoclínico
maciço. Skuttemdita
a Cristais piritoédricos. Níquel skuttemdita
prata ou 63 Pode e5tar revestido (Co,Ni,Fe) Asr
com flor de níquel, (N j,Co,Fe) As,
estanho rosa. Isometrico
-
6 3 3 5%
!
;
Comumente em cristais Cobaltita-
piritoédricos com tom Gersdorffila
rosado. Também maci- CoAsS-NiAsS
$0. Isoméirico
Amarc-
toedros ou cubas es-
triados. Maciço granu-
pilido lar. O mais comum
dos rulfetos.
Amare- Marca'sita
lo-p6lido crist:iis agriipados tipo FeS,
qitaic "cribta de galo" e mas- Ortorrónibico
branco sas fibrosas radiadar.
Casta-
nho Pr&to
9.7 1 ! Brilho d o piche. M a c i -
*o gr;,nular, crlstali
botrioidais.
tlmenita
4.7 5:;-6
escuro magnético. Muitas vê. FeTiO,
a prêto zes associado com a Romboédrico
magnetita. Maciço gra-
niilar; cristais achata-
i
da$; na forma de areia.
TABELAS PARA A DETERMINAÇÁO DE MINERAIS
BRILHO : NÃO-METALICO
I. Traço definidamente colorido.
Troco j Ci>r
1
Ob<eri.aciiej
I
Nome,
SistemaCornposipio,
crislolrno
-
mmboédricos de cor
negra do aGo. Algumas
variedades mais moles.
Cliv3gem romboédrica Pirargirita
{ 1011 ). Funde na cha- AgSbS,
,,ho ín. t2nJO ma da vela fàcilmente. Romboedrico
dio Cbr "prata-ruhi" escura
e côr vermelha do mbi
escuraem esquínilasdel-
gadac. Associado a ou-
I iras minerais de prata. I
Verme- Verme- 5,551 2-2# Clivagem romboédrica Proustita
lho-bri- lho do 4 1 0 i l ). Fiinde na cha- A 5 4 s S i
I
Ihante nibi ma d i vela fàcilmente. Romboédrico
Côr da "prata verme-
/ lha"
' clara. Arrociado à
pirargirita.
Rosa Verme-
lho a
rosa
pulvcmlento ou crostas
terrosas. Encontra-se co-
/ m o revestimento sôbrc /
minerais de cobalto.
Casta- Casta- 5 Usualmente duro. com LIMONíTA
-ama- curo a brilho vítreo. Usual- FeO(OH).nH.O
mente con1i.m cerca de Amorfa
15% de água, enquan-
to a goethita contém
amaela I
10%.
TABELAS PARA A DETERMINAÇÃO DE MINERAIS
ranja
I
Amare- Verme-
lo-la- lho in-
tenso
a ama-
5,68 4.4% Clivagem basal {O001 } ZINCITA
Encontrado sòmente em ZnO
Fraddin, Nova Jersey, Hexagonal
associado A franklinita
e 3 wiliemita.
614 MINERALOGIA DETERMINATIVA
.
BRILHO: NÁO-METALICO
I. Trato definidamente colorido. (Confinuação)
+-
uma vela.
ranja
Verme. 3,48 1%-2 Frequentemente terro- Realgsr
lho in- so. Associado ao ouro- AFS
tenso -pigmento. Funde n a ~ ~ ~ ~ ~ l
chama da vela.
Amare- 3,49 1#2 Clivagem pinacoidal, OURO-PIGMENT'
lo-limão ( 0 1 0 ) . Brilho re9inoro.
Associado ao realgar. ~ o ~ o c l i n i c o
Funde na chama da
Ama- Amarc- 2.05 15-25 Queima com chama Eoxôfre
"lo- a a n i l e dá odor d e SO..
-pilido lo-palido
2,09 A massa colocada pró- Onorrômbico
xima ao ouvido emite
som como se estivesse
quebrando. Cristaliza-
do, granular e terroso. --
BRILHO : NÁO-METhLICO
U. Traço incolor.
A. Dureza: < 2%. (Pode ser riscado pela unha d o dedo).
de-escuro
rO, Ver-
a quase
1 I
'
los ensaios físicos.
prêto
cinza,
verde
çóes. Séctil. Comumen-
te m a c i ~ oIaminado, po-
de ocorrer em cestais
tabulares largos. As lâ-
minas delgadas são fle-
xíveis mas náo elásticas.
616 MINERALOGIA DETERMINATIVA
BRILHO: NÃO-METALICO
U. Tmqo incolor.
A. Dureza: < 2!4. (Pode ser riscado pela unha do dedo). (Coiriiriuoqão)
e m cristais. Distingue-
se das outros halóides
de -ata somente pelos
ensatos quimlcos.
TABELAS PARA A DETERMINACIO DE MINERAIS 617
c Frarrtro
-
l i t ~ m ]
p -
I D ( ,jes INome, ~ O ~ W ~ ~ C C O ,
Sistema cristalino
BRILHO : NÃO-METALICO
11. Tmgo incolor.
B. Durem: > 2:;. 3. ( N i o pode ser riscado pela unha d o dedo: pode ser
riscado por uma moeda de cobre).
1. Clivagem distinta.
L
x ( 0 0 1 ) Lilás, Cristais prismáticos de LEPIDOI.ITA
E branco 6 lados. Usualmente em KLiAI.íAIS&O,"),
-2 acin- pequenas folhas e Iâmi- (0,OH.F).
zentado nas irregulares. U m mi- hianoclínico
g neral de pegmatito, as-
U
sociado com turmalinas
% coloridas.
*
N
-~~~-~~~~~~~
za.-*;L 8
v$ (010) Incolor
ou
branco
Usualmente maciço,
com hábito radiado.
Efervesce em ácido
Witherita
RaCO.
Ortorrômbico
e C."m
L_ --
frio.
~
!E E { I O O Verme-
~ Ocorre em massas com- Polialita
õ lho pactas granulares ou fi- K2CalMg(S0.)<.
E brosas. Ocorre com ou- ZH,O
.u
.o tros-~
-~ sais solúveis. Triclínico
-5,.. ( 0 0 1 ) Amare-
Iwpáli-
Cristais tabulares. En-
contrado em associação
Glauberita
Na,Ca(SO,).
s d o ou
cinza
com outros sais e m de-
póritos de lagos salga-
Monoclínico
IlXJIJI cinza
de clivagem. Monoclinico
BRILHO : NÃO-METÁLICO
11. T n ~ oincolor.
H. Dureza: > 2!;, < 3. Não pode ser rbcado pela unha do dedo; pode ser
rlsrado por uma moeda de cobre).
2. Clivsgem indistinh.
a. Um pequeno fragmento anguloso é fusível na chama de uma vela.
Incolor
3.0
a
'
I
c
M a c i ~ o . Caracterizado
pela aparência translú-
i a r . O
no é insolúvel mas tor.
nase aproximadamen-
te invisível quando cu-
i
CRIOLITA
Na,AIF.
Monwlínico
i
ou hranco locado na água. A Úni-
ca localidade impor-
I /
tante C Ivigtut, na
Grwnlândia. Parti~áo
pseudocúbica.
!
6.55 1
1
3 3 Brilho adamanlino. E m
massas granulares e
Cerussita
P~CO~
cristais placóides. u- OrtorrOnihic<,
sualmente associados
com a galena. Eferves-
ce em 6cido nitrico
frio. Reduz-se na cha-
ma da vela. produzindo
pequenos glóbulos de
chiimbo.
Nu>nr.Compo.ri~Co,
Cor d D Obrtri~o~~~s
Sirlentn crislalino
1 2d
lado água. Incerto
castanho.
amarelo harril.
i
Amarelo, 35-4 Caracteristicamente em agrega- Wavellita
verde. dos globosos, hemisféricos. ra- AI,(OH),(PO,),.
hranco. diador. Raramente se vê a cli- -SH,O
castanho vagtni. OrtorrOmbico
BRILHO : NÃO-METALICO
n. T m ~ oincolor.
C. Dureza: > 3, <S1/l. (Náo pode ser riscado por uma moeda de cobre:
pode ser riscado pelo canivete).
1. Clivagem distinía.
amarelo,
casta-
Pode ser em crista's ta-
vkrme- bulares achatados. Bri-
lho nacarndo sôbre a
face de clivaeem.
- - -
Nome, Com~oricZo.
Sislemo crislalino
5
1 i 1 I
(110) Incolor,
o
2,25 5.5% I E m cristais prismáticos Nahhlita
delgadas, as faces de ~~~~~~~~~~~~.2H,O
prisma estriadas veni- Monoclínico
1 I i I 1
( 110; Incolor, 3.7 3X4 Ocorrg: , em cristais Estroncianita
prismat~cos c gemina- SrCO.
dos oscudo-hexaeonais. Ortorrômbico
1 1 1i1
Também fibrosoe ma-
i
ciço. Efervesce em áci-
do frio.
BRILHO : NÃO-METhICO
B. DOR=: > 2% < 3. (Não pode ser &mio pela onhi do dedo; pode ser
rkado por u m moeda de cobre.)
~/ii,ogern,I
Fraritra
.
Cor
I I D b, 3erv ac5e, Nome, Comporirão.
Sisrenia crisrolirto
'2
Branco
amare-
lo.
cinzen- finas a grossas susce-
to, cas- tíveis de clivagem.
tanho Efervesce em ácido
clorídriw quente.
romboédricos. Carac-
casta- terizado por sua cór.
nho
BRILHO : NÃO-METkICO
n. ~ r a wincolor.
C. Dureu: > 3. 5%. m ã o pode ser riscado por uma moeda de mbn:
ser G ç a d o pelo eani*ete).
1. Clivagern dlFlint& (Conlinuaçáo)
Nome, Compo.
Clivatem Côr d D Observoçõcs sição. Sist~»,a
cristalino
Casta- 4,35 5 Usualmente em agre- Smlthsonitn
-
ô
nho.
verde,
a
4,40
gados botrioidais ar- ZnCO.
redondados e em R o m b d d k o
massas alveoladas. E-
. oo
.a
azul,
róseo, fervesce em ácido
E 2s branco clorídrico frio. Cliva-
9.0 ., gem vista raramente.
Branco,
amarelo,
veme-
lho da
carne tos. Uma zeólita, en-
contrada forrando ca-
vidades em rochas ig-
-
,s
.- I
0
k
/
cinzento,
verme-
1 lho
Incolor,
I
4,5
I
3.3%
gem: pode ser distin-
Iguido sùmente por1
Icnsaios quimicos.
Frequentemente
I
em Barita
-
branco. agregados de cristais BaSO.
anil. placóides ou tabula- Ortorrômbico
amarelo, res. Brilho nacarado
verrne- sôbre a clivagem ba-
lho sal. Caracterizado por
íoolt rua densidade relati-
for-
manda va alta para um mi-
ângu- neral não-metálico e.
gulos assim distingue-se da
XlOE
celestita.
com Incolor, 3.95 3.3;: Milito semelhante 3 Celertita
l110) branco, a barita mar de densi- SrSO,
azul. 3.97 dade relativa menor. Onarrômbico
verme- Pode ser necessário
lho obter-se a chama car-
mesim do cstròncio
vara distinmii-10.
3.18 4 Em cristais cúbicos. Fluarft;
muitas vêzcs em gc- CaF.
verde, minados por penetra. IromCtrico
amarelo, qáo. Caracterizado
róseo. pela clivagem.
Usual-
mente de
bela côr
TABELAS PARA A DETERMINACÁO DE MINERAIS 627
Nome, Coinpo-
I Clivagem Côr d D Obsen,açóes sicáo, Sistema
I I I ! I cristalino
I 1
( 100) Branco, 2.65 15-6 / IEm cristais prismáti-/ ESCAPOLITA
( 110 ) róseo, cos, pranular ou ma- Essencialmente
cinzento, ciço. Comumente al- silicato de
verde, terado. Clivagem pris. alumínio.
castanho mática obscura. cálcio e sódio
Amarelo,
castanho,
branco
castanho 1 1 I I
alumínio, cál;io
sódio
e
I Tetragonal I
2,95 3%-4 Efervewe em ácido frio. Pulveri- Arsgonitn
za na chania da vela. Frequente- CaCO,
mente em grupos de cristais aci- Ortorrôrnbico
culares, radiados; em geminados
pseudo-hexagonais, Clivagem in-
Incolor. distinta.
branco
2.27 5-5!4 Usualmente e m trapezoedros com ANALCIMA
brilho vítreo. Uma zeólta. encon- NaAISi.Oo.H.O
rrada forrando cavidades em ro- Isométrico
chas ígneas.
1 628 MINERALOGIA DETERMINATIVA
BRILHO: NÃO-METALICO
U T n p incolor.
C. huen: > 3, < 5%. (Não pode ser risada por uma moeda de cobre;
pode srr risada pelo canivete).
2. Cllvigem lndlrtiata. (Coniinuação)
Cdr I I
d D ( Observo~Oes
Nome, Composiçõo,
Sislemo cristalino
BRILHO: NÃO-METALICO
ii. Traso incolor.
C. Dureza: > 3, < 5!6.(Não pode ser riscado por uma moeda de cobre;
pode ser riscado pelo canivete).
2. Clivagern indiitinta. (Co>tririuoyão)
Vcrde da Serpenlina
oliva a ver- ashertifome, crisotila. Mg.(Si.O,,)(OH).
d-cscuro, Frequentemente com manchas Monoclinico
verde-ama- verdes na variedade maciça.
relo, branco
-
BRILHO: NAO-METfiICO
D. Durem: > SK, < 7 (Não pode ser risiado pelo canivete;
pode ser r i x a d o pelo mioenl quarlzn).
1. Clivagem distinta.
BRILHO: NÃO-METALICO
D. Dureza: > 5%. < 7 (Não pode r r riscado pelo nnlvtte;
pode ser riscado p l o mineral quartzo).
I. Clivagem distinta. (Conrinuriçüo)
1
001 1 Branco- 3.25 6-6:i E m cristais s t r i a d o s Clinowisita
100) acinzen- a intensamente. Forma CaALO(SiO.>
tado, 3.37 prismática. TambCm (Si,O,) (OH)
g verde, maciço, colunar e com- Monoclínico
-.m
.-0 roreu pacto. Brilho nacarado
sóbre a clivagem; vítreo
o nas outras f a m .
D
{ 110) Incolor, 2,25 5-5?! Em cristais prismáti- NATROLITA
'% branco cor, as faces de prisma Na,(AISi,Ot0).
a , estriadas verticalmente.
.- .2H,O
D Muitas vêzes em gru- Monoclínico
*
.m pos radiados. Uma zeó-
lita. encontrada forran-
E do cavidades de rochas
igncas.
I
'O
001 ) Incolor. 2,62 6 Em massas surcetiveis PligioelBsio
8 0 1 0 ) branco, (al- de clivagem ou em grâ- Várias combinqões
3
ea cinzento, bi- nulos irregulares como de albita,
C azulado. ta) um constituinte de ra- Na (AISiaOs)
6
O
Exibe, a cha. Sôbre a melhor e anortita.
clivagem, ve-se uma Ca(AlSi.Os)
D muitas 2.76
2 vezes, (a- série de estrias parale- Triclinico
E um bo- las finas decorrentes da
,.
8
:g de
nor-
nito id- tita) geminação albita; estas
permitem distingui-lo
E
M
01
cores d o ortocl6sio.
-
>
5 ( 110) Branco, 3,15 6)1-7 Em cristais prismáticos, ESPODUMENIO
o cinzenfo, a achatados, estriados ver- LiAI(Si.Oa)
'O róseo. ticalmente. Também Monoclínico
3,20
S verde maciço, suscetível de
'E clivagem. Variedade
.-L
'O
rósea, kunzita; varieda-
de verde, hiddenita. En-
n contrado em pegmsti-
9 tos. Exibe, frequente-
mente partição { 100)
TABELAS
.-~~- PARA-A
~
~ -D-E T E R M I N A C I O DE MINERAIS
~ ~~
~~
-
633
Nome. Cont~ori(.Cii.
Clii.np<ni Ctir <I D Ol>rcrincUPs
Sisrenlo rririalii!~
%
h
{ II 0 ::Branco. 3.1
a
5-6 E m p r i m a s grossos Gmpo dos P i r o r i -
de req:iii irin*versal nios
verde.
6,
il prCio 3.5 retangiilar. M t i i t a i Essencialmente sili-
$!
vi,zes. em m a s a s calos de magnk-
E I i n g r n a - sio e c i l c i o
rcr. L>iopsidio (in- Monoclinico
s colar, branco. ver-
de), egirina (casta-
%
G.
nho, verde), augi!a
6,
(verde-esctiri, n pre-
-c1 to) súo mineriiis for-
ti madorev dc roch:is.
5 Caracieri7;idos pela
<O
C seçáo tr;in~versal re-
J
E
tnngiilar e pela cli-
vagem.
E
...
ô
-
-.-5
0
{ 110) C : i ~ l a - 3.2 5;; Crist;iis u ~ l l n l m e n t e E N S T A T I T A
u nh* a prism;iticof. n i a i ra- Mg2(Si?0,,)
.D
-:icin- 3.5 r o 3 . Comilmenie Orlorri>nihico
ú. mntndo. maciqo. fibr<so. la-
2
.- verde. melar. O ferro pode
J
.,. ci*ta-
n h o do
siibsiituir <i M g c
o minerol torn:i-se
C hronzr. mais e\ci~ro.
-preto
& Verme-
I
3 . 3 5!4-6 D i a g n o ~ i i c a d o pela Rodomlti
(110)
o Iho-ro- n c6r. Usiinlmente ma- \fn(SiOl)
0 0
il Di sndo. 3.70 c i ~ o : massas s~isce- Triclinico
84 r6cco. tíveis de clivagcni a
rn\t:i- compacto: c m gra.
$:=
,m
nho nulos incliiidos: em
grandes crist;iis mal-
E m formado< c o m ares-
E_" $2 ia$ ~ i r r e c l o n d ~ t d : ~ ~ .
-.-" .
.>
U
il { 110) urnnco, 3.0 5-6 Cristsiis upilalmente Gmpo dm Anfibó-
m .? vcrde. a f i h r a i i i ~ . arhestifor- lios
u mes. delgados. T l e - Esrencialmenie sili-
40L
. 2 prho 3.3
molitn hranco. cin- ratos de mapné-
.-
-C1
6,
zento. viulera) e ac- sio e c i l c i o
O
.4 t i n o l i t : ~ (verde) são Monoclinico
z .?
ComiinF em rochas
6 +! metamúrficas. H o r n -
blenda e nrfvcdso-
õ niia (verde-escurci a
3
M
E
prEto) s.50 comuns
<m em rochas ígnean. O
E grupo é caracieriza-
0, d o pelo ângulo de
clivagem amplo.
BRILHO: NÃO-METALICO
b. Durem: > 5)í. < 7 (Não pode ser riscado pelo canivete;
pode ser riscado pelo mineral quartzo).
1. Clivngem dislinta. (Continu<lp7o)
Clii.agenz I
I
Cor
I 1 I
I
d
I
D
I
ObservacdPs
I
Nome. ComposirEii,
Sisrerna crisrnlirin
f .%- -"
2 % { 110) Cinzen- 2,85 55-6 Um anfibólio. Cris- Antofilita
to. casta- a tais distintos são ra- (Mg,Feh(SiaOn)
2 E U nho d o 3.2 ros. Comumente em (OH),
4 1
U
- 2-
- $
4
'm
9-1
( é Gi I I
I cravo- /
-da-india,/
verde
I
I
Iagregados e maciço~OrtorrÓmbico
Ifibroso.
U
Y j '
u7
i0 { 110) Casta- 3,4 5.5% Brilho adamantino Tltnnlta
E nho, cin- a e resinoso. Em cris- (Espênio)
-
3
?"
111
zento,
verde,
amarelo
335 tais conformados em CaTiO(Si0.)
cunha fina e arestas Monoclínico
nítidas. Clivagem
prismática vista ra-
ramente.
talactíticar e reniformes.
..... .ERALOGIA
---- DETERMINATIVA
BRILHO : NÃO-METhLICO
D. Dureza: > 5%. < 7 (Nào pode ser riscado pelo canivete;
pode ser rlseado pelo mineral quartw).
2. Clivagern indistinta.
P, C O I I Z ~ < D ~ Ç ~ O .
I 1 .xalema ciisloliiio
5% I Macico e em erânulos disse- i WII.I.EMITA
violeta,
r6seo
feita paralela ao comprimento.
das fibras. Lembra a titrmali-
na. Clivacem 4 100 1 nii.
65-7 Usii;ilmentc soh 8 forma de Olivina
gránulos disseminadoc em ro- (hlg,Fe),(SiO,)
char ignear hjsicas. Pode ser Ortorròmbico
castanho m a c i ~ ogranular.
7-75 Em cri\taiç prismáticos. delgn- Turmalina
---dop.
- com F C C ~ O trnnsversal Romboédrico
triangiilar. Os cristais rodem
azul, ver- ocorrer em gnlpcx radi~dos.
melho, Encontrado, de ordinário, em
r6seo. pegmafitos. O de cor preta é
branco o mais comum. os de outras
côres associam-se a minerais
I I
-- ....-.
de lifio
I
Verde. 335 6% Em cristais prismáticos qua- IDOCRASIO
castanho, a drados. ertriados verticalmen- (Vesuvianita)
amarelo. 4.45 te. Muitas vezes colunar e ma- Tetragonal
crço granular. Encontrado em
vermelho calcários cristalinos.
Castanho d o 3.27 6%-7 Em cristaii conformado? em AXINITA
cravo-da-in- a cunha. com a r e ~ t a s nítidas. Ca.(Fe.Mn)AI,(BO,)
dia. cinzen- 3,35 Também lamelar. -fSi,O,,)(OH)
to. verde, Triclínico
amarelo
Em cristais prismáticos: co- ESTAUROLITA
-vermelho a mumente em geminados por Fe:AI.(SiO,b(OH).
nenetrac5o. cri~ciformes.Fre- Ortorrômbico
lanhado qüentemenfe alterado na su-
nerfície tomando-se mais mo-
le. Encontrado em xistos.
Cristais prismáticos com se- Andaluzita
-avermelha- cão tranrvcrsnl quase quadra- AI,SiO.
da. SecOec transversais podem OrtorrGmbico
da carne, exihir uma cruz preta (quias-
verde-oliva tolita). Pode alterar-se em mi-
ca tornando-se mais mole. En-
contrado em xistos.
TABELAS
.-. ~ ~
PARA A DETERMINACÁO DE MINERAIS
p p p ~ p~
637
C6r I d l D I Obscrvoções
Nunie, Composição,
Sisrenio crirralino
' intenso.
deado ?-
5.5% Usualmente m a c i ~ o . Associa-
do com feldrpatóides e pirita.
Clivagem dodecaédrica má.
LAZUKITA
íNa.Ca),(AISiO,l,
SO,,S.CI)
Isométrico
branco,
1
5.5%
-
Usualmente em crirtais ~ i r a - I-AZULITA
midais, que permilem distin- MBAI:IOH)~(PO.)~
giii-lo d;i lazurita maciça. Um Monoclinico
mineral raro.
BRILHO: NAO-METhLICO
IL Trayo incolor.
E. D u r e m > 7. (Não pode ser riscado pelo mineral quartzo).
1. Clivagem distinta.
2. Clivagern indistinta.
BRILHO : NÁO-METALICO
11. Traço incolor.
E. Dureza: > 7. (Náo pode ser riscado pelo mineral quartzo).
2. Clivueern indirlii,ta.
i7
seminados nas rochas ipneaa (Mp.Fel,(Si06)
básicas. Pode ocorrer soh a Ortorrirmhico
castanho forma maciça granular.
Verde, 3,35 6:: Em cristais prismiticos. qua- IDOCRÁSIO
castanho, a dradus, estriados verticalmen- (Vesuvianita)
amarelo, 3,45 te. Militas vézes colunar e Tctragonal
azul. maciço granular. Encontrado
Verde-escuro 4.55
vermelho 7;;-8 em calcários cristalino^.
Usualmente
cravoda-ín-
dia. verde.
amarelo.
I :, /
Castanho d o 3,27
I-'.. I
6%-7 Em cristais configuradns em AXINITA
I
cunhas finas e areqta3 nítidas. CaJ(Fe.Mn)A,I(BO,)-
Também lamelar. íSi.O,,iíOHl
I Triclínico
cinzento
---T-
~~
i
Cordierita
' . ' '.
!Vividnita
3.0-3.3
3.09
3,l-3.2
Tremolita
I.;iwionita
Aiitilnit:i
2.65 Oligoiláslo 3.1-3.2 Condrodita
2.0.2.19 ?,h5 Quartzo 3.15-3,20 Apatita
2.69 Andcrina 3.15-3,20 Espodumênio
2,0-2.55 Banxito 2.6-2.8 Alilnita 3.16-3.20 Andaluzita
2.0-2,4 Crisocola 2.6-2.8 Tiirqiiesn 3.18 Fluorita
2.0 Sepiolita Labr~dorila
/
2.05-2.09 Enrufre 2.65-2.74 Ewapollta 3.2-339
2,i)5-2.15 Cabazita 2.72 Calcita
1.9-2.2 Opala 2.6-2.9 Clorita 3.1-3.3 Escorodita
2'71 3.2 Hornblenda
2.09.2.14 Nitro
2.1-2.2 Estilbiln 2.62-2.76 Plagiorlêsio 3.23 Sillimanitn
2.16 Halila 2.6-2.9 Colofana 3.2-3,3 Il>iopsidio
2.12-2.30 Calcantita 2.74 Rytownita 3.2-3.4 Augita
2.18.2.20 Heulandita 2.7-2.8 Pectolita 3.25-3.37 Clin<izoisita
2.7-2.8 Talco 3.26-3.36 Diarnorticrita
2.2-2.39 1.70-2.85 Glniiherita 3.27-3.35 Axinita
2.76 Anoriita 3.27-4.37 Olivina
2.12-2.30 Cnlcantita 2.75-2.8 Rerilo 3.2-3.5 Endatiln
2.0-2.4 Crisocola 2.78 P<iii:iiita
2.2-2.65 Serpentin~ 3.4.3.59
2.25 Nstr6lita 2,s-2.99
2.26 ' Tridiniii;! 3.27- 4.27 Olivina
2.27 Analrimn 2.6-2.9 \Colofana 3.3-3.5 Jadeíta
2.29 Nitro de sódio 2.8-2.9 Pirnfilita 3.35-3.45 Diásporn
2.30 Crirtohnlita 2.8-2.9 Wollastonitn 3.35-3.45 Fpidoto
2.30 Sodnlita 2.85 Dolomita 3.35-3.45 Idoirário
2.3 Grafita 2.86 Flo~onita 3.4-3.5 Hcmimoriita
2.32 Gipso 2.76-3.1 lfmrovita 3.45 Arfvedwnita
2.33 i Wovellita 2.8-2.95 Prehnita 3.40-3.55 Egiritn
2.3-2.4 !
Apnfilita ?.R-3.0
2.8-3.0
Dntolit~ 3.4.3.55
3.4%
Titrnita
Realgar
2.39 : Rnirita 1,epidolila
2.89-2.98 Anidrita 3.42-3.56 Trifilitn
2.4-2.59 2.9-3.0 Rorncita 3.49 Diiro-pigmento
2.95 Araeonita 3.4-3.6 Topázio
2,0-2.55 1 Rauxito 2.95 Eritritn 3.5 Diamante
2.2-2.65 i Semcntina 2.8-3.2 Riotita 3.45-3.60 Rodorro~ita
2.42 I Colemanlta 2.95-3.0 Criolita 3.5-4.3 Ci~inadn
2.42 Pctalitn 2.97-3.00 Fenncita
2.4-2.45 1 1,amrita 3.6-3,79
2.45-2.50 I I x u r i t a 3,O-3,19
2.2-2.8 Gnrnierita 3.27-4.37 Olivina
2.54.2.57 Mirrorlinio 2.97-3.02 Danhurita 3.51,? Allanita
2,57 0rtoil:ísio 2.85-3,2 Antofilita 3.54.3 Gmnada
3.0-3.1 Amhll~onlta 3.6-4.0 Espinblio
642 MINERALOGIA DETERMINATIVA
I Mon. 3.0-3,2 1
.5-6 anfib6lio
I . . . . . . . . #Ver ortoclisio
Adulária, 541
Aegirita. 482 ''MO".' 3,40-3.53 6-6); U m piroxcnio
A 1 3 1 _!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..Ver qiianro
Api1:i-marinha. 465 . . . . . . . . . I . . . . . Ver hcrilo
Al:ihandita, 268
Alnhastro, 398
MnS o m 4," . . iX4 Preto
. . . . . . . . I . . . . . . . . . . . . . Vcr pip50
Na(AISi,O.)- !
Alhitn. 546
-Ab,An,, Tric. 2,62 6 Um fcldcp;ito
Alexandrita. 334 I. . . . . . . . .
Crisoherilo,gem:i
Allanitn, 458 X,Y,O(SiO.)-
-íSi,O,)(OH) Preto ca~tnnho
Allemoniita, 249 AsSh Uma cliv';igcm
.4lniandina. 439 Fe,AI,(SiO.), Uma granada
Alt;iíte, 268. 292 PbTe Rranco CIO esta-
nho
KAI,(oH)~SO,): ' ~ o m b . ' 2 , 6 - 2 , s 14 I ~ : ~ ~ ~ r nma-
entc
I I
I. _I. .
Aniilg:inin, 242
:I:::: 1.
.
I
Amnronita, 544 . . . . . . . . . Microclínio ver-
Andrndita, 440
Anfibólio, 487 ..
, Annlesita, 392 PbSO,
Anidritn, 393 CaSO.
Annabergita, 417
verde
Annrtita, 546
-CaAI,Si,Ol
A 10 MINERALOGIA DETERMINATIVA
6 U m feldspato
Antigorita, 508 Ver serpentina
AntiniSnio, 248
ApdBta, 405
{-(PO,)? Hex. 3,15-3,20 5 CI. (0001) m á
Apofilita, 505 !Cn,K(Si,OioX-
~-F.~H,o Tet. 2.3-2,4 CI. j 0 0 ? /
Araganita, 371
Arfvedsonita, 490
CacoI
Na,M&AI-
Ortor. 2,95 3g; Ci. 01G (110)
A~besto,510
289
A5trr>filit;i, 451
As
FeAsS
. . . . . . . . . . .
(Na,Ca);(F,AI,-
-Ti),;,íSi20;)~-
1.
Romb. 5,7
Zlon. 6,0710.15
. . . .i.
3%
5):-6
...
Ci. {OOOI }
Pseudo-onor-
rombico
. Ver anfibóiio e
serpentina
qiiartm
. Axiiiila, 464
C r i ~ t a lcom i n -
I g i ~ l oagudos
~
.Att~riCa, 378 Cii,(CO,).(OH), i\lon. 3.77 3#-4 Scrnpre azul
i i m n rocha ter-
rosa
Heidcllit;,, 508
I!: Ver caoiinita
Henit<iÍln. 451 Artil
Ilent<>nii;i,508 I. . . . . . . . hlontmorillonita
Herilo, 466 Rc,AlL~Si,0,3 1 Usi~nlmenfe
verde
Riotilr. 517 K(Mc.Fe).,-
(AISi,O,,.)(OH),'\lon. I?.R-3.2 3!;-3 Mica preta
-/Hi\rniiliiiitn, 282 ;Ri& Ortor. 16,7820,03i2 Ci. (010)
INDICE WS MINERAIS A 11
págLta
I Com~osi~~o 1 1 d 1 i D 0bserv&6es
Bismuto, 249 Bi
I.
Romb. 9,8 2.2% Ci. (0001 }
,I
Blenda de zinco, 268 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver esfalerita
Boehrnita, 325, 341 AIO(0H) Ortor. 3,01-3,06 . . . . No bauxito
Bolas de algodão,
386 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I Ver ulenita
Borarita, 382 M&B;O,,CI Orlor. 2,9-3,O 7 Pseudo-isomé-
trico
,
'
Bórax, 383 Na~B.O,.lOH~O Mon. 1,71 2-2:: CI. { 1001
Bomita, 265 CujFeC. Isom. 5,06-5,08 3 Quando ,mosto
torna-se anil
purpúreo
Boulangerita, 302 PbiSbiSn Ortor. 6,Oc 2%-3 CI. {Opl} (010)
Boumonita, 301 PbCuSbS. Ortor. 5,s-5,9 2%-3 Número I da es-
cala de fusibi-
lidade
;Bravoita, 285 íNi,Fe)S. Isom. 4.66 5%-6 Cinzento do aço
;Brochantita, 396 Cus(OH)eSO< Mon. 3,9 3%-4 CI. (010). Verde
Bromirita, 348 . AgBr lsom. 5,9 I Séctil
Bronzita, 477 (Mg,Fe)dSilOo) Ortor. 3,3* 52 Ver enstatita
"Brookita, 318' Tio= Ortor. 3,9-4,l 5#-6 Brilho adamanli-
no
Bmcita, 337 Mg(0HIZ Romb. 2.39 2% CI. (0001)
Bytownita, 349 AbdnmAb~~-
Aom Tric. 2,74 6 Feldspalo plagio-
clásio
I
Cabazita, 562 (Ca.Na),
(AloSi.O,l)uHoO Romb. 2,05-2,15 4-5 Cristais seme-
lhantes a cubos
Cainita, 348 MgSO,.KCI. -
3Ha0 Mon. 2,l 3 ........
. . . . Ver
Calamina, 454 .....:............. hemirnorfita
Calaverita, 292 AuTe, Moc. 9,35 2%
I
! ~ ú r n e r o1 da en-
cala de fusibili-
' ' Calrantita, 400
Calcedônia, 526
I
CUSO~.SH~~ Tric. 2,12-2.30 2%
dade
Solúvel em água
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Quartzo cripto-
cristalino
i
' Calcita, 359 CaCO. ~ o m b 2.72
. 3 CI. { l o i l }
Calcocita, 263 CL~S Ortor. 5.5-5,8 2%-3 Séctil, imperfei-
tame,ntc
Calcoplrita, 271 CuFeS, Tet. 4,l-4,3 311-4 Quebradiço.
Amarelo
Calcotriquita. 307 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I&. ptitafibrosa
Californita, 460 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ; v e r idocrásio
Cancrinita, 554 (Na,KhAISi,
O0,fCO,),.,--
2-3H,O Hex. 2,45 5-6 Um feldspntóide
Caolim, 507 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Minerais argilo.
sos
Caolinita, 506 AIi(Si,Oio)(OHh Mon. 2.6-2,65 2.2% Terroro
Carbonato de cobre
azul, 378 ................ . . . . . Ver ariarita
Carbonato de cobre
verde, 377 1
. . . . . . . . . . . . .; . . . . . . . . . Ver malaquita
A12 MINERALOGIA DETERMINATIVA
~ ~-
pú~ina
i ComposigZo i 1 d 1 1 D Ob~e~voc6es
Chalibita, 367
."Chert", 532
1. . . . . . . . . . . . . . . . . .
d o nitrico
Ver siderita
Quartzo cripto-
cristalino
.... .................. . Ver azurita
Chessylita, 378
Chumbo negro,
Ciaoita, 445
Cimoiana, 334
...
AI,SiO;
. . . .
................
T i . 3,56-3,66 15-7
. . . . .,. . . . . . . . .
: Ver grafita
Azul. Larninado
Ver crisoberilo
Vermelho
:. Cinábrio, 278 1Romb. 8,10 12%
Citrino, 530 ' . ' ' ' ' . . . . . . . . . . . . Ver quartzo
Clar5o de cobre,
263 . . . . . . . . . . . ..
Clnr.50 de prata. i
262 . .
,
. . . . . . . . . . . . . . . . . Ver argenlita
cleavelanditn, 549 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Albita branca
em placas
Cliachita, 341 ;AI(OH):,
i
IAmor. 2 . 5 2 1-3 Ver bauxito
clinocloro, 521 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver clorita
,'Clin<ienstatita, 478 jM~o(Si:On) Mon. CI. pri~mática
''Clint>fcrrossilita,
4711
Ciinohumita, 449
Clinozoisita, 456
I
1 Fe,lSi,Os)
'Mga(SiOJ4-
fF,OH),
CaoAla(Si04)-
Mo".
,Mon. 3,~-3,2 6
~:1 Um piroxênio
;Ver condrodita
Partição romboé-
drica
Cornalina, 530 . CalcedBnia ver-
1~ ; ;
melha
Covellita, 277 Hex. 4,6-4,76 15-2 Azul
;Criolita, 349 Branco
Crisoberilo, 334 IMon.
Ortor. 12,95-3,O 8%
3,65-3.8 12% Cristais tabula-
r?<
CNocola, 470 de-amlado
Crisblita, 436 , Ver olivina
Crisoprásio. 530 . iCalced6ni.a verde
Crisotila, 508 Asbesto serpen-
! tina
Cristal de rocha,
529 . Ver quartzo
Cristobaütn, 534 Em rochas vul-
cânicas
Crocidolita, 490
Asbesto azul
' Crocoíb, 394 Vermelho-ala-
ranjado
Cromíla, 333 Brilho submetá-
lico
Cummingtonita,
488 Um anfibólio
Cuprita, 307 Em cristais ver-
melhos
/ j I
Edenita. 491 Ic~?N~M~;(AIs~,-
I O,?)fOH.F), Mon. 3.0 6 Ver hornblendo
' Egirina, 482 'N~F~"'(s~,o.) Mon. 3,40-3.55 6.6% Um piroxènio
Eleolita, 553 1. . . . . . . .8 . . . . . . . . . ., . . . . Ver nefclina
A 14 MINERALOGIA DETERMINATIVA
I
ÍNDICE DOS MINERAIS
1 ,( 1 1
'
página
CrnpmiçZo d D Ob~ervaçacs
Nme
Eletro, 239 . . . . . . . . ... .I. . . . . . . . . Ver ouro
Embolita, 349 Ag(CI,Br) Isom. /5,3-5,4 1.1% séctil
: E n q i t a , 300 Cu.AsS, Ortor. 4,43-4,45 3 C[.{ 110)
I
Endlichita, 410 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver vanadinita
'Enigmatita, 451 (Na,Ca),(Fe".-
Fe"',Mn,-
Tric. 3,75
Ti, AI),I(S~,O~)~ 5 CI.{ilO)
Enstatita, 477 tvls(Si,O.) Ortor. 3,2-3,5 5j; U m piroxênio
Enxofre, 250 S Ortor. 2,05-2,09 1$;-2:: Queima com cha-
ma azul
Epídolo, 457 Ca,(AI,Fe)AI:O-
(Si04)(Sin0,)-
-(OH) Mon. 3,35-3,45 6.7 CI. (001 )
Espromita, 399 MgSO4.7H,O Ortor. 1,75 2.2% Sabor amargo
Eritrita, 417 CO,(ASO.)~.-
8H10 Mon. 2,95 1%-2:; Róseo. Flor de
cabalto
Escapolita, 557 Varias Tet. 2,65-2,74 5 - 6 C1.(010} { I I O )
6 direções
Escolccita, 56 1 Ca(AIaSi20,,). -
3H,O Mon. 2,2* 5.5% Uma zeólita
Escorodita, 412 FeAs0,.2Hs0 Ortor. 3,l-3,3 3%-4 Verde a casta-
nho
Esfalerita, 268 ZnS 1som. !3,9-4,l 3:$-4 CI. { 110 )
Esfénio, 450 . . . . .I. . . . . . . . . Ver titanifa
E\rn;iltita, 294 . . . . . . . . .I. . . . . / v e r skuttenidita
Esmeralda, 465
Esmeralda brasilei-I.
ra, 470
Esmeralda
na, 442
uralia- I
1. ' .
'
. . . . : .
' '
.i.
. . .I.
. . . . . - 1 . . . . . . . . . Ver herilo
. . . . . . . . v e r turmalina
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver andradita
Esmeril, 310 .! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Coríndon com
! magnetita
Erpato cetinado, 3 9 8 , . . . . . . . . . . . . . . . .Gripso fibroso
Espato da Islândia. 1
362 . . . . . . .
I
:~ .
: .I.
. . . Ver calcita
- Erpnto pcsado. 389 . . . . . . .
Espessartita, 440
Espinélio, 328
Mn,AI,fSiO,),
MpAloO,
..... . . . .
Isom. 4,18
Isom. 3,6-4.0
7
8
Ver harita
Uma granada
Em octaedros
Espinélio de zinco,
339 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Ver gahnita
Espodum6nio, 479 LiAlfSi,Oo) Mon. 3,15-3,20 6%-7 CI. ( 110). Parti-
Espiima do mar.
521
E~svnita, 440
. . . . . . . '!' ' .I
. . . . . . Ver sepiolita
" '
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Ver grossulária
ç50{ 100)
(
te
Eslaurolita, 447 FelAlnO;(SiO,),-
<OU) Em geminados
cruciformes
I
INDICE W S MINERAIS A 15
pigina
I p i 1 ; ,1 d 1 1 D Obser~,oc6e-s
I
Grsfita. 259
/Granada, 438 A",B"'2(SiOi)i Isom. 3.5-4,3 62-7:J !Em cristais
Grecnoikita, 273 CdS Hex. 4,9 3-3;; Laranja-ama-
relo
Grossulária, 440 C a ~ A l ~ ( S i 0 . ) , Tsom. 3.53 6% Uma granada
I
Halita, 344 NaCI Tsom. 2.16 2 Clivagem cúbica.
Sabor salgado
Halloysita, 508 AIL(S~J~O)-
(OH), Amor. 2.0-2,? 1-2 Um mineral ar-
giloso
Harmotomo, 564 Bn(AlSi00~o)-
6H90 Mon. 2,45 4j; Uma zeólila
Hastingsita, 491 CapNaMg.AlrSiG-
-0dOH.F). Mon. 3.2 6 Ver hornhlenda
Hauyna, 554 (Na,Cn)es-
AI,Si,OI,-
(SOL)I-: Isom. 2,4-2,5 53-6 Um feld5patúide
Hectorita, 508 (M.,Li)rSi,On-
(OH). Mon. 2.5 Montrnorillonita
1.1:
de litio
Hedcnbergita, 479 CaFe(Si,O.) Mon. 3.55 5.6 Um piroxènio
Heliotrópio. 532 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 'Cnlcedônia ver-
de e vermelha
Hematita, 312 Fe,O, Romh. 5,26 Y:-6: Traço vermelho
INDICE WS MINERAIS
........
5 6
dto
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver magoetita
. Ver tiirmalina
Iodirila, 349 Her. 5.5.5.7 ' / i - i i iéctil
lodobroniita, 349
I<~lita.467
IAF1A:(CI.Br,l)
........
Isom. 5.71
........
I Séctil
. . . Ver cordierila
/r
Irídio, 246 Isom. 22,7 6-7 Um metal do
grupo da pln.
tina
Iridosmina, 246 1r.O~ Romb. 19.3-21.1 ;6-7 Vcr platina
I
I.icinto. 442 i1 . .I.6 . . . Ver zircso
'-J:icob4ta, 332 MnFe-O, I.lin espinélio
1
A 18 MINERALOGIA DETERMINATIVA
púgina
CampsicZo I 1
crisr. d I 1 D Ohairrydu
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Ver nefrita e
jadeita
Jadeita, 481 NaAl(SirOa) Mon. 3,3-3,s 6%-7 Verde. Com-
pacto
Jantesanita, 302 Pb,FeSb&, Mon. 5.5-6.0 2-3 Minério plúmeo
IargCio, 442 ................. . . . .Ver zircão
larosita, 402 KFe.(OH).-
(SO.), Romb. 3.2-c 3 . Castanho-ama-
relo
laspe, 532 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver quartzo
Kaliofilita, 553
Kemita, 385
Krennerita, 292
K(AISi0.)
Na,B.0,.4H20
AuTe*
Hex. 2.61
Mon. 1,95
Onor. 8,62 I.I. I
..
Ver nefelina
C!. {OOI} { I W }
Clivaaem sesun-
do i base -
Espodumênio
Feldspafo plagio-
clásio
Lamprofilita, 451
L6pis-laníli, 555
I. . . . . . . . 1. . . .I . . .
CaNa;TiSi.O,.-
(0H.F)
PbZnSiO,
Mon.? 3,45 4
. . .Ver
Em placas
lazurita
Larsenita, 438 Ortor. 5,9 Grupo da olivina
; Laumontita, 561 (Ca,Na),Aly
(AI,Si)SiA..-
25Hs0 Mon. 2,28
CaAI,(Si.O.)-
(OH),. H=O Ortor. 3,09 8 Em gnaisses e
xistos
Lamlita. 411 M~AIs(OH)~
(PO.). Mon. 3,O-3.1 53% ANI
L d t a , 555 (Na,Ca).-
(AISiO,)..
' Lcchatclierita,534
\ Lepidocrocita, 327
(SO,,S,CI) Isom. 2.4-2.45
Amor. 2.2
Onor. 4,09
I53% Associado 3
Ipirita
Silica fundida
Vermelho
Lepidolita, 519
Magnesiocromita,
334 MFCr.0. Irom. 4,2 5% Um espinelio
Magnesioferrita, 332 MsFei04 Isom. 4,5 5&6# Um espinélio
M a p a i t a , 366 M&Os Romb. 3,O-3,2 3 Comumenie
maciço
INDICE DOS MINERAIS
~imrva~fies
~p
pigir~a
I m i ç 1, I ~~xrvoç~es
Minério de ferro
e titânio, 315 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver ilmenita
Minério em cama-
das negras, 369 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Ver sidenta
Minério osso-sêco,
370 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver smithsonita
Minério pavão, 264 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver bornita
Minério plúmeo,
302 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver jamesonita
Minério roda den-
teada, 301 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver houmonita
Mispiquel, 289 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver arsenopirita
Molibdeoita, 291 Mos Hex. 4,62-4,73 1.1% Prêto. Em placas
Monazita, 403 (Ce,La,Y,Th)-
PO. Mon. 5,0.5,3 5.5: Parti~ão{001}
Monticellita, 438 C ~ M ~ S ~ O . Onm. 3,2 5 Ver olivina
Montmorillonita,
508 (AI,Mg)a-
(Si3OL0),.
(OH),o.l2H*O Mon. 2,5 I - Um mineral
argiloso
Morganita, 465 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver berilo
,-Mosrovita, 514 KAlz(AISi.Oio)-
(OH). Mon. 2,76-3,l 2.2% CI. 1001 } per-
feita
? Mullita, 445 AlaSisOi8 Ortor. 3,23 6.7 CI. { 100)
Nacnta, 507 Al.(Si,O,o)-
(OHh Mon. 2,6 2-2% Ver caolinita
Nagyagita, 292 Pb.Au(Te,Sb).-
Sa-8 Mai.? 7.4 1.1% . . . . . . . .
Natroalunita, 401 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Alunita sódica
Nairólits, 561 Na,(AI$bO,,).-
2H-O Mon. 2.25 5.5% Cl. { I10 } per-
feita
Nefelina, 552 (Na,K) (AISiO,) Hex. 2,55-2,65 5X6 Brilho graxo
Nefrita, 489 ............ . . . . . . . . . Ver tremolita
> Neptunita, 451 íNa,K)-
(Fe",Mn,Ti)-
Si,Oa Mon. 3;23 5-6 Prêto
Nicolita, 275 NiAs Hex. 7,78 5-5% Vermelho do
cobre
Níquel-cobre, 275 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver nicolita
Níquel-ferro, 247 Ni,Fe Isom. 7.8-8,2 5 Em mefeoritos
Níquel-skuttenidita,
294 (Ni,Co,Fe)As Isom. 6,5-c0,4 5%-6 Braeco do esta-
nho
" Nitrn, 381 KNOi Ottw. 2,09-2,14 2 Salitre
Nitro de sódio, 380 NaNOa Romb. 2,29 1-2 Sabor refrescante
Nontronita, 508 Fe(AISi).Oa-
(OHh Mon. 2,s 1.1% Um mineral
argiloso
Norbergita, 449 Mg.(SiO,),-
(F-OH), Ottor. 3,1 3.2 6 Ver condrodita
Noseana, 554 N&AI,SiaO.,SO. Isom. 1 2 , 3 ~ 6 Um feldspatóide
(NDICE DOS MINERAIS A 21
Ili -2
Si,O,,. H 2 0 Mon. 3.5 6-7 Uma mira que-
Ibradiça
Ouro, 239 Isom. 15.0-192 253 Amarelo. Mole
ouro-pigmento, 280 AS& J ~ o 13.49
n Cl. {OIO}. Anin-
Pedra cinamomo,
440 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Ver grossulária
Pedrsda-lua, 541 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver albitn e
ortoclásio
Pedra-de-Cnirngarm.
529 ....................
Pedra de estanho,
320 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver casriterita
Pedra de sangue,
531 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Calcedônia verde
e vermelha
Pedra-do-sol, 549 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver oligoclásio
Pedra-sahao, 5 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver talco
Pedra-(!me. 401 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver aliinita
Peninita. 520 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver clorita
.'Pentlandila. 276 (Fe,Ni).& Isom. 4.6-5,O 3X.4 Em pirrotita
Peridota. 437 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Olivina gema
Perovckita, 318 CaTiOa Isom. 4.03 5% Amarelo
A 22 MINERALOGIA DETERMINATIVA
página
I1 ~mposiccío 1 I 1 1 ~ b x r w h
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver clorita
;\&Assi Romb. 5,55 2-2% Prata vermelha.
-clara
Pseudoleucita. 552 ..................... .Ver leucita
Pseudowollasto-
nita, 485 . . . . . . . / .. . . . . . . . . . . . Ver wollastonita
Psilomelana. 339 Ba~n"~n:0~~
(OHh Ortor. 3,7-4,7 5.6 Botrioidal
Sericita, 515
Serpentina, 508
'Siderita, 367
Siicx, 532
Sillimanita, 444
Mg.4Si,0i.)(OHh Mon. 2.2
....2,65
lortor. 13.235
2-5
Romb. 3.83-3.88 3;;-4
6-7
I17 I1 granulação fina
Verde <amarelo
CI. {1011}
Ouartzo crivto-
cristalino .
Ci. !010\ 1x1-
Silvaoita, 293
feita
Cliv;irem cúbica
perfeita
Branco d o esta-
, Smlthsonits, 370
Soda alunita, 402 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver aliinita
Sodalita. 554 N~,(AIS~O.),CI I w m . 2.15-2.3 5;:-6 Uriialmente azul
Sperrylita, 246 PtA% I~om. 10.50 6-7 Ver platina
Stolzita, 419 PbWO< Tct. 7.9-8.3 3-3 C1. ( 0 0 1 / (O11 }
Stromeyerita, 265 Ortor. 6.2-6.3 i2::-3 . . . . . . . .
i(Ag.Cu)zS i
Talco. 512
Tantnlita. 335
/M&(S~.O,~)(OH)~
I
Mon.
' ( ~ e . ~ n ) ~ a , Ortor.
~s 6.52
I 2.7-2.8 Ao tato, sensa-
$.?o de graxa
Ver columbita
-Tefr<iitn,438. 485 Wni(SiO.) Ortor. 4.1 /Ver olivina
Tennmitita, 299 (Cu,Fe,Zn,Ag),=-
As<%. Em tetraedros
Tenoritn. 308 Tric. 6.5 Prêto
Terra diatom&
ce:i. 536 . . . _ _ ._! _ . / v e r opala
'Telraednta, 298
Em tetraedros
Thenardita. 389 Em lagos sal-
gados
Uma zeólita
. Zoisita vermelha-
-rosada
Titanita. 450 Cristais configu-
rados em cunha
AI:(SiO.)(F.OH), Ortor. 3.4-3.6 CI. ( 0 0 1 ) per-
, ' I feita
I
Trrmolita. 488 Ca:2lg,(SirO*,)- 3fon. 3.0-3,3 5-6 I. { 110) pcr-
I (OH), feita
Tridimita. 534 SiO, Ortor. 2.26 7 Em rochas
vulcânicas
Ortor. 3,4?-3,56 4%-5 CI. (001 } ( 0 1 0 1
Ver pirrotita
INDICE WS MINERAIS A 25
- Vaaadinita, 410
Variscita, 416
Verdantique, 510
PbiCI(VO.).
AI(PO.).2H,O
Hex. 6,7-7,1
Ortor. 2,57
3 Brilho resinoso
3%-4% Maciço, verde
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver serpentina
Vermiculita, 518 . . . . . . . . Mon. 2,4 1% Biotita alterada
Vesuvianita, 459 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .;Ver idocririo
Vitridlo anil. 400 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ver calcnntita
Vivianila, 416 F~~(Po.),.~H,o Mon. 2.58-2,68 114-2 CI. (010) per-
feita
Wad, 320 ..................... Minerio de man-
ganes
'Wavelllta, 413 AI~(oH).(PO.)~.-
5H10 Orlor. 2.33 3::-4 Agregados ra-
diados
Wernerita, 557
Willernita, 435
................. Vcr escapolita
in&io, Romb. 3 , 9 4 2 5% Provém de
Franklin, N. J.
Witherita, 373 BaCO. Ortor. 4,3 3% Eferverce em
HCI
Wolfnimita. 420 (Fe,Mn)WO, Mon. 7,O-7,5 5.5% CI. {010) per-
feita
' Wollastonlta, 485 ca(sio,) Tric. 2.8-2,9 5 CI. (001 } { 100)
Wulfeolta, 422 p b ~ ~ o . Tel. 632 3 Vermelho-ala-
ranjado
'Wurtrita, 268 ZnS Hex. 3,98 4 Ver esfalerita