Turismo Manual 3452
Turismo Manual 3452
Turismo Manual 3452
50 H
UFCD:
3452 – Turismo em meio rural - enquadramento e
caracterização
Conteúdo
Introdução............................................................................................................................3
TURISMO..............................................................................................................................6
Turismo- aparecimento e evolução......................................................................................6
O Que é o Turismo?..............................................................................................................7
Turismo em Portugal............................................................................................................8
As Modalidades de Turismo no Espaço Rural.......................................................................9
Turismo Rural.......................................................................................................................9
Agro – turismo....................................................................................................................10
Turismo de aldeia...............................................................................................................10
Casas de campo..................................................................................................................10
Outras Modalidades:..........................................................................................................10
INFORMAÇÕES A DISPONIBILIZAR NA CASA DE TURISMO DE HABITAÇÃO........................10
TURISMO RURAL................................................................................................................12
Agro - turismo....................................................................................................................13
Diversificação da oferta de Turismo Rural em Portugal.....................................................13
Turismo de Habitação........................................................................................................13
Turismo Rural:....................................................................................................................14
Agro – turismo....................................................................................................................14
Turismo de aldeia...............................................................................................................14
Casas de campo.................................................................................................................15
Hotéis rurais.......................................................................................................................15
Parques de Campismo Rurais.............................................................................................16
O Interesse pelo Turismo no Espaço Rural.........................................................................16
Fator de Desenvolvimento Rural........................................................................................17
Condições Determinantes de Sucesso................................................................................17
O papel da animação turística nos territórios rurais..........................................................18
A construção e desenvolvimento do turismo rural em Portugal........................................21
As Primeiras leis e a instituição legal do turismo rural em Portugal...................................21
Ações de MARKETING........................................................................................................22
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Classificação de trilhos.......................................................................................................23
Os profissionais de Turismo Equestre................................................................................25
Conceito e Classificação de Serviços...................................................................................27
As Necessidades dos Clientes em Hotelaria.......................................................................29
A Qualidade do Serviço......................................................................................................29
Primeiros socorros: como agir em situações de emergência.............................................30
Posição Lateral de Segurança.............................................................................................31
Como utilizar o número de Emergência 112......................................................................32
Afogamento........................................................................................................................33
Desmaio / Perda súbita de consciência..............................................................................33
Golpe de Calor/Insolação...................................................................................................34
Estado de Choque..............................................................................................................34
Feridas................................................................................................................................35
Fraturas..............................................................................................................................36
Prevenção de acidentes.....................................................................................................37
Riscos e atividades de turismo...........................................................................................38
Referências bibliográficas...................................................................................................40
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Âmbito do manual
Objetivos
Contextualizar o Turismo em Meio rural em Portugal (TMR) e interpretar a legislação inerente ao setor.
Conteúdos programáticos
Turismo – aparecimento e evolução
A legislação em vigor
Diversificação da oferta
Sinalização de casas
Competitividade
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Criação de circuitos
Formação profissional
Desenvolvimento económico
Associações TMR
Os agentes/operadores turísticos
Actividades publicitárias
Acções de marketing
Principais mercados
Novos mercados
Conceito
Modalidades
Classificação de trilhos
o Postura do turista
o O percurso
o Sinalética
o Marcação
o Função
o Competências
o Responsabilidades
o Modo de atuação
o Cavaleiro
o Vestuário
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Carga horária
50 horas
Introdução
O turismo é um dos sectores que mais cresceu nas últimas décadas e que melhor
recuperou das várias crises, no plano mundial e em Portugal, segundo revelam os
relatórios da Organização Mundial de Turismo (OMT).
No entanto, os desafios são redobrados, perante a incerteza e a mudança rápida, uma
concorrência feroz e um consumidor experiente e exigente. Uma realidade cujo
acompanhamento exige um conhecimento profundo e permanente do mercado, do
perfil do consumidor e da concorrência, tendo boa noção das próprias capacidades.
Estas são algumas vertentes de um sector onde só os mais qualificados e hábeis
conseguem vencer. Para isso, apresentamos o marketing e a comercialização como
modelo de planeamento e gestão das atividades económicas que permitem às
organizações responder com maior sucesso aos desafios colocados no sector. Mas só
se vende aquilo que temos; a nossa oferta e os nossos destinos são compostos por um
rico e diversificado património cultural, natural e ambiental, entre outros recursos,
combinados com serviços qualificados de hotelaria, de transportes, de animação e
restauração, administrativos e organizativos, entre outros. Estes são atributos de sobra
para, com base nos conceitos e metodologias abordados, desenvolvermos experiências
turísticas únicas e inesquecíveis, respondendo às necessidades e aos desejos de um
turista que pretende sair do processo de consumo transformado. Ele vai aprender,
evoluir e disso mesmo quererá dar conta aos seus amigos e familiares, aos grupos
sociais em que se insere, num processo de reconhecimento e de auto-realização face à
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sofisticação das suas motivações. É este produto turístico que temos de saber
comercializar ao melhor preço, recorrendo a métodos e técnicas que proporcionarão à
empresa os melhores resultados, atingindo os objectivos definidos. Vamos descobrir o
porquê do sucesso recente de empresas como as companhias aéreas low cost, os
hotéis design, boutique e fashion, os parques temáticos, e os campos de golfe e spa,
entre outros exemplos. Depois, vamos conhecer as melhores opções na distribuição
dos produtos ou, se preferirmos, as formas de trazer o cliente ao produto. Isto é,
vamos saber como lidar com as tendências, relativamente às quais as plataformas
tecnológicas desempenham um papel decisivo, permitindo um acesso mais fácil ao
mercado por parte de todas as tipologias de empresa, seja qual for a sua localização.
Vamos dar resposta às opções de desenvolvimento de canais de distribuição direta,
face às tendências evolutivas do perfil do turista no comportamento de compra. E ver
como os operadores turísticos tradicionais reagiram a esta ameaça através de
estratégias de integração vertical e horizontal, do recurso à mul- 6 Marketing e
Comercialização de Produtos e Destinos tipicidade de canais combinando os
tradicionais com os on-line, da disponibilização de um serviço mais qualificado e
flexível aos clientes e da flexibilização da contratação com companhias aéreas e com a
hotelaria, entre outras formas.
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redes comerciais, ou ao balcão das cadeias de hotéis, mas que tende para o recurso às
plataformas eletrónicas, na forma de sites, redes sociais, centros de atendimento
(contact centers), telefones móveis e outras tecnologias que ganham cada vez mais e
mais expressão. Trata-se de um processo iniciado pelas companhias aéreas, mas que
rapidamente se expandiu para os diferentes atores presentes na cadeia de valor do
produto, gerando uma verdadeira revolução em todas as vertentes do negócio. Mas
esta mudança gera maior rigor competitivo, sendo obrigatório atuar em parceria,
numa lógica que parte do destino Portugal, passa pelos destinos regionais e integra
depois os produtos e serviços oferecidos pelas empresas. E, por fim, teremos de saber
comunicar ao mercado a existência da organização, dos seus valores e dos seus
produtos. Isto através da variável promoção, uma das mais apreciadas do marketing
mix, pelas suas visibilidades, criatividade e inovação. Em traços gerais, são estes os
principais desafios a que os profissionais de marketing e da área comercial têm de
saber responder. Uma intervenção que, como o próprio nome indica, obriga a um
conhecimento profundo do mercado e dos métodos de abordagem, como se adivinha
pela palavra marketing, cuja tradução para português não existe, mas significa
qualquer coisa como «trabalhar o mercado». Pretendemos tratar alguns dos
fundamentos teórico-práticos fundamentais para quem, no seu dia-a-dia, é desafiado
pela missão de contribuir para a satisfação das necessidades e dos desejos dos turistas,
proporcionando às organizações a que pertence a contrapartida dos resultados
inicialmente definidos. Esta é uma missão partilhada por profissionais das entidades
públicas e privadas classificadas como actividade turística, mas também pelo universo
alargado de quem se dedica a atividades relacionadas em sectores tão dispersos como
o ambiente, o desporto, a cultura, os espectáculos, os transportes, as autarquias e
tantos outros. A todos eles, endereçamos os votos de que consigam as melhores
práticas de marketing e comercialização
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TURISMO
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poderia criar as suas regras. A pesar disso, surgiram nessa época as peregrinações
religiosas que, mesmo já existindo na Grécia antiga o Cristianismo assim como o Islã,
tinha um número maior de peregrinos e um deslocamento maior como as famosas
expedições a Veneza e a Terra Santa.
A rápida expansão do turismo (conhecido como “boom” do turismo) se deu entre 1950
e 1973, tendo o turismo internacional um crescimento acelerado.
Hoje em dia, o turismo é uma das principais indústrias a nível global. Pode-se
estabelecer uma diferença entre o turismo de massa (um grupo de pessoas agrupado
por um operador turístico) e o turismo individual (viajantes que decidem as suas
atividades e itinerários sem intervenção de operadores).
Por outro lado, existem quase tantos tipos de turismo como interesses humanos. Dito
isto, podemos mencionar o turismo cultural (pessoas que se deslocam para conhecer
marcos artísticos ou históricos), turismo de consumo (excursões organizadas com o
objetivo principal de adquirir produtos), turismo de formação (relacionado com os
estudos), turismo gastronômico (para desfrutar da comida tradicional de um
determinado local), turismo ecológico (baseado no contacto não invasivo com a
natureza), turismo de aventura (para praticar desportos de risco/de aventura de
caráter recreativo), turismo religioso (relacionado com acontecimentos de caráter
religioso) e inclusive o turismo espacial (negócio recente que organiza viagens para o
espaço).
O turismo é uma atividade de tamanha importância para a economia de um país, de
uma região ou de uma cidade. Já que a chegada de turistas aumenta a economia,
devido ao consumo dos produtos locais e dos serviços também. E a chamada indústria
do turismo, como já mencionado, não é de agora, mas tal prática existe há muitos
anos.
O Que é o Turismo?
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Diz a Organização Mundial de Turismo – OMT (2000) que se entende por turismo «as
atividades das pessoas durante as suas viagens e estadas fora do seu meio envolvente
habitual, num período consecutivo que não ultrapassa um ano, por motivo de lazer,
negócios ou outros. Ficam de fora as viagens com o objetivo de exercer uma profissão
fora do seu meio envolvente habitual». O turismo do ponto de vista económico, como
refere Licínio Cunha (1997), abrange todas as deslocações de pessoas, quaisquer que
sejam as motivações que as obriguem ao pagamento de prestações e serviços durante
as suas deslocações, pagamento esse superior ao rendimento que, eventualmente,
aufiram nos locais visitados e a uma permanência temporária fora da sua residência
habitual. Trata-se assim da transferência espacial de poder de compra originada pela
deslocação de pessoas: os rendimentos obtidos nas áreas de residência são
transferidos pelas pessoas que se deslocam para outros locais onde procedem à
aquisição de bens e serviços. Esta noção, subjacente ao conceito da OMT, mede
essencialmente os impactos economicistas do fenómeno, deixando de fora questões
imateriais referidas por alguns autores como sociais e culturais. Licínio Cunha (1997)
diz ainda, quanto à definição de turista da OMT, que ela comporta como elementos
principais a deslocação, a residência, a duração da permanência e a remuneração – a
deslocação de uma pessoa de um país para outro diferente daquele em que tem a sua
residência habitual; um motivo ou uma razão de viagem que não implique o exercício
de uma profissão remunerada; a adopção do conceito de residência por contraposição
Conceitos de Turismo 9 ao da nacionalidade (exemplo: um português a residir em
França é um turista francês quando sai desse país). Na verdade, o conceito da OMT é o
mais comum, sendo no entanto frequente a troca do elemento residência pelo de
nacionalidade, para a qual alertamos
Turismo em Portugal
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O turismo no espaço rural têm vindo nos últimos anos a desenvolver um conjunto
muito diverso de atividades específicas, sendo elas apoiadas por diversos incentivos
financeiros, quer governamentais e quer comunitárias. Distinguem-se as seguintes
modalidades em Portugal:
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Turismo de Habitação
O serviço de hospedagem de natureza familiar, prestado a turistas em casas antigas
particulares que, pelo seu valor arquitetónico, histórico ou artístico, sejam
representativas de uma determinada época, nomeadamente, os solares e casa
apalaçadas.
Turismo Rural
Agro – turismo
Turismo de aldeia
Casas de campo
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Outras Modalidades:
Consideram-se ainda no âmbito do T.E.R.:
Para que a estadia de cada hóspede seja o mais simples possível, há alguns passos que
quem deseja aventurar-se no mercado do turismo de habitação deve considerar,
nomeadamente no que às informações a disponibilizar diz respeito:
Nota de boas vindas, preferencialmente personalizada pelo anfitrião da casa
Descrição/História da casa
Preços máximos e serviços incluídos no alojamento
Horários e locais de serviço do pequeno-almoço
Horário, local de serviço, custo e condições das refeições (almoços e jantares),
caso a casa disponibilize o serviço
Transportes públicos, contactos e formas de acesso (táxis, autocarros, comboio,
etc.)
Localização e contactos de serviços médicos (hospital, centro de saúde,
farmácias, etc.)
Localização e contactos dos meios de emergência (bombeiros, proteção civil,
etc.)
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TURISMO RURAL
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Agro - turismo
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Turismo de Habitação
O turismo de habitação pode ser praticado na Casa das Obras que é um Solar
setecentista, mandado construir pelo Desembargador da Relação do Porto e Capitão –
mor de Manteigas, Dr. João Teodoro Saraiva Fragoso de Vasconcelos e sua mulher
Dona Ana Gertrudes Portugal da Silveira Valis de Verona da casa dos Marqueses de
Minas. A única filha do casal, Dona Ana de Portugal, deu origem a uma numerosa
família da qual são os últimos descendentes, os actuais proprietários do solar.
Turismo Rural:
As casas localizam-se na Costa Norte da ilha. Casa rural em pedra regional, situada na
pequena localidade de S. Vicente, está decorada com elementos do quotidiano rural
do Pico tendo uma soberba vista para o mar e para a ilha de S. Jorge. A Atafona é um
edifício anexo à casa principal onde se moíam e guardavam os cereais, mas tem agora
um piso superior convertido em sala com uma ampla janela sobre o mar.
Agro – turismo
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Turismo de aldeia
Casas de campo
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Localizada em plena região duriense, mesmo à beira do Rio Douro, a Quinta da Boa
Passagem situa-se no lugar de Porto de Rei, freguesia de Barqueiros, dista cerca de 8
km de Mesão Frio, a cujo concelho pertence. O nome de Quinta da Boa Passagem
deve-se ao facto de, para além de ser local de boa passagem do rio Douro, existir nela
a capelinha do "Senhor da Boa Passagem". É acessível por caminho-de-ferro, estrada e
rio.
Aqui fizeram os realizadores Manuel de Oliveira e Paulo Rocha, algumas filmagens de:
"Douro, Faina Fluvial" e "O Rio do Ouro", respectivamente. A Casa da Taverna foi
durante largas dezenas de anos o ponto de paragem e convívio para os barqueiros e
tripulantes dos "rabelos" que transitavam no Rio Douro.
Hotéis rurais
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O turismo rural não é algo acidental ou temporário, mas resultado sim da evolução do
modelo de sociedade em que vivemos. Em termos gerais, os indicadores apontam para
um crescimento regular da procura desta atividade, por parte de uma clientela culta,
com poder económico superior à média, exigente de qualidade, de genuinidade e em
busca das diferenças que o tornam atraente face às restantes modalidades de turismo.
No entanto, não é só esta clientela de alta gama que procura este tipo de turismo.
Atividades como a caça, pesca, feiras e romarias, cultos religiosos, festivais de folclore
e gastronómicos, etc., atraem turistas, essencialmente nacionais, oriundos de todo o
tipo de estratos sócio - económicos.
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Importa, pois, que a oferta deste segmento de turismo seja capaz de fornecer
respostas que se adequam aos diferentes tipos de necessidades, bem como às
solicitações provenientes dos diferentes estratos etários que, por razões distintas, são
atraídas ou suscetíveis de vir a ser aliciadas, para esta forma de turismo.
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Importa salientar que nem todas as zonas rurais reúnem condições para atrair e fixar
clientes. Com efeito, é necessário que determinados factores existam ou coexistam, a
fim de assegurar o sucesso dos investimentos a realizar. São eles:
Interesse da paisagem;
Especificidade da fauna e flora autóctones;
Respeito e harmonia da rusticidade do conjunto das construções, bem como
dos materiais utilizado;
Interesses culturais, tais como monumentos e locais históricos, festas e
romarias, património étnico, etc.;
Proximidade de agregados populacionais e de polos de comércio local;
Condições para práticas desportivas ou de lazer (caça, pesca, passeios, etc.);
Intervenção ativa dos poderes públicos locais, bem como das associações de
desenvolvimento local, no sentido de assegurar as necessárias benfeitorias
coletivas;
Competência e eficácia na promoção da região e na comercialização das
unidades existentes;
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Desde cedo que o papel do setor público tem sido preponderante na difusão do
turismo rural em Portugal. As primeiras leis oficiais acerca do turismo rural remontam
aos finais dos anos setenta. A pretexto da recuperação e adaptação de solares de
algumas regiões do país (Minho e Alentejo) incentivaram-se os proprietários de tais
imóveis a disponibilizá-los para alojamento turístico em troca de um apoio financeiro
(Ribeiro, 2003). Em resposta a esta iniciativa foram lançados no mercado turístico no
final da década referida, quartos em moradias particulares, sob a designação de
turismo de habitação (TH) - Dec-Lei (DL) nº.14/78 de 12 maio - um produto novo com
vista a ampliar a capacidade de alojamento onde não existiam estabelecimentos
hoteleiros ou estes eram insuficientes (Ribeiro, 2003). A expressão “turismo de
habitação” ganhou novo impulso passados apenas cinco anos através da possibilidade
de atribuição de utilidade turística às respetivas casas (DL nº. 423/83, de 5 de
dezembro). Um ano depois, são publicadas as normas de acesso a esta modalidade. De
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acordo com a nova legislação (DL nº. 251/84, de 25 julho), o TH designava uma
fórmula de atividade turística ainda experimental no país e que compreendia como
elemento essencial a exploração de interesse turístico de uma casa de habitação pelo
proprietário 2 Em consonância com a boa conservação do ambiente, autenticidade
humana e cultural. 7 ou seu representante. Citando a mesma legislação, na altura
“pareceu também razoável dar-se prioridade à recuperação de casas antigas e de
reconhecido valor arquitetónico…” De acordo com a legislação supracitada o TH podia
ser desenvolvido em dois tipos de casas, especificamente: - edificação do tipo solar,
casa apalaçada ou moradia unifamiliar, com valor arquitetónico, amplas dimensões,
mobiliário e decoração de qualidade e instalações sanitárias condizentes (tipo A); -
edificação localizada em meio rural de natureza rústica ou de características regionais
evidentes e com mobiliário e decoração adequados (tipo B). A preocupação na defesa
do património de valor arquitetónico é, de resto, integralmente partilhada e acolhida
pelos promotores da primeira associação do setor de turismo rural em Portugal, a
TURIHAB. Com efeito, num texto desta associação (TURIHAB, 2015), pode ler-se que a
associação tem como “principal objetivo fomentar a preservação dos magníficos
Solares da região, bem como a sua tradição e cultura”. O ano da entrada de Portugal
na então chamada Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986, assinala um
marco histórico do TER em Portugal, não só pela instituição legal do produto turístico
no âmbito do Plano Nacional do Turismo (PNT), mas também pela possibilidade de
ajudas financeiras, muitas delas a fundo perdido que a organização internacional
possibilitava. O produto turístico foi então definido como “a atividade de interesse
para o turismo, com natureza familiar, que consiste na prestação de hospedagem em
casas que sirvam simultaneamente de residência aos seus donos” ou representantes
(DL nº. 256/86, de 27 agosto), podendo revestir a forma de TH, Turismo rural (TR) ou
Agroturismo (AG) (cf. tabela 1).
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Ações de MARKETING
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Classificação de trilhos
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A indústria dos serviços apresenta uma crescente relevância para a economia dos
países. De facto, o sector abrange uma grande variedade de áreas de entre as quais: a
governamental (tribunais, hospitais, escolas, etc.); organizações não-governamentais
(museus, instituições de solidariedade, universidades, etc.); área empresarial
(companhias aéreas, bancos, hotéis, etc.) (Kotler & Keller, 2006). Os serviços são assim
a base de qualquer organização e por isso os consumidores têm vido a atribuir uma
grande importância à indústria. Face à forte concorrência nos mercados atuais é cada
vez mais difícil encontrar fatores de diferenciação que contribuam para o sucesso das
empresas. Os produtos, fruto da evolução das novas tecnologias e do fácil acesso que
as empresas têm às mesmas, tornaram-se mais semelhantes entre si e por isso, a
componente do serviço assume uma importância crescente na conquista da satisfação
do cliente e consequente rentabilidade do negócio (Gama, 2011-2012; Pinto, S.A.).
Quando se pensa na diversidade e complexidade que o conceito de serviço acarreta
nota-se a dificuldade que existe em defini-lo. Assim, facilmente é possível encontrar
definições por parte de diferentes autores. De acordo com Murta (2000), os processos
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Nos dias de hoje, os consumidores possuem uma maior sofisticação e educação o que
proporcionou uma movimentação nas suas necessidades habituais. A questão sobre as
necessidades dos clientes tem já vindo a ser analisada há algum tempo. Este ponto irá
assim focar alguns dos estudos mais relevantes neste âmbito. No consumo e respetiva
experiência, a satisfação, pode ser medida de acordo com a função de qualidade
percebida do serviço prestado, ou seja, através da medida dos desvios entre as
expectativas e perceções dos clientes (Parasuraman et al. (1988). Deste modo, alguns
investigadores desta questão olharam para os produtos e serviços ao consumidor
como um conjunto de atributos, características e benefícios que influenciam
diretamente a escolha do consumidor. Os autores Wuest et al. (1996, cit. Por Oliveira,
2008), nas necessidades dos consumidores hoteleiros, referem as perceções dos
atributos do hotel como o grau de importância que os visitantes atribuem aos vários
serviços e instalações, na promoção da sua satisfação com a estadia no hotel. Neste
sentido, ao longo dos anos têm aparecido estudos com o objetivo de definir quais os
atributos essenciais na escolha de um hotel. A maioria deles sugere então que um
maior número de viajantes consideraria no momento da sua decisão os seguintes:
Limpeza; Localização; Preço; Quarto; Segurança; Qualidade do serviço; Reputação do
hotel ou cadeia.
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A Qualidade do Serviço
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integração destas duas qualidades. Para o cliente o aspeto mais relevante é que as
entidades se esforcem em exceder as suas expetativas (Brito & Lencastre, 2000).
São, por isso, a primeira ajuda a prestar a uma pessoa para impedir o agravamento do
seu estado de saúde, antes de poder receber cuidados especializados. Saber o que
fazer e (especialmente) o que não fazer pode significar a diferença nestes casos.
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Ajoelhe-se e alinhe o corpo da vítima, que deve ficar com os braços estendidos
ao longo do corpo. Retire-lhe óculos e objetos volumosos dos bolsos.
Coloque o braço da vítima que está junto a si dobrado, com a palma da mão
virada para cima e ao nível da cabeça.
Permaneça onde está e pegue na outra mão da vítima. Dobre-lhe o braço por
forma a cruzar o peito e a colocar as costas da mão na face da vítima do seu
lado. Após este movimento, segure do lado oposto ao seu a perna da vítima na
zona do joelho, levante-a e dobre-a.
Utilize a perna dobrada para ajudar a rolar a vítima para o seu lado. Durante
este movimento mantenha uma mão a apoiar a cabeça da vítima enquanto a
faz rolar.
Certifique-se que a vítima está a respirar.
Ligue 112 e fique atento a alterações do estado da vítima enquanto aguarda
pelo socorro.
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Afogamento
O que fazer?
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Palidez, suores frios, falta de força e pulso fraco são alguns dos sintomas.
O que fazer?
1. Sentá-la
2. Colocar-lhe a cabeça entre as pernas
3. Molhar-lhe a testa com água fria
4. Dar-lhe de beber chá ou café açucarados
Golpe de Calor/Insolação
Dores de cabeça, tonturas, vómitos, excitação e inconsciência são alguns dos sintomas.
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O que fazer?
Estado de Choque
O que fazer?
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Feridas
Uma ferida tem quase sempre origem traumática, que além da pele (ferida superficial)
pode atingir o tecido celular subcutâneo e muscular (ferida profunda).
O que fazer?
Se a ferida for mais extensa ou profunda, com tecidos esmagados ou infetados (ou se
contiver corpos estranhos), deverá proteger apenas com uma compressa esterilizada e
encaminhar para tratamento por profissionais de saúde. É uma situação grave que
necessita transporte urgente para o Hospital.
Se houver hemorragia:
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Aplicar o garrote entre a ferida e o coração, mas o mais perto possível da ferida
e sempre acima do joelho ou do cotovelo, de acordo com a localização da
ferida que sangra.
Aplicar o garrote por cima da roupa ou sobre um pano limpo bem alisado
colocado entre a pele e o garrote;
Colocar o garrote à volta do membro ferido; se o garrote for improvisado com
uma tira de pano ou gravata, dar dois nós, entre os quais se coloca um pau, que
poderá ser rodado até a hemorragia estancar.
Fraturas
Sinais e Sintomas
Dor intensa no local, edema (inchaço) e perda total ou parcial dos movimentos.
O que fazer?
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Note bem:
Prevenção de acidentes
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busca de experiências marcantes. “ Em 2011 o turismo ativo gerou 730 bilhões de dólares nos
Estados Unidos e criou uma percentagem de aumento de 5% ao ano desde 2005” (Agència
Valenciana del Turisme, 2012, p 4). Portanto, o aumento do fluxo do segmento acima
mencionada, trás consigo grandes exigências na componente de segurança, de tal forma que
cria imposição aos grandes centros turísticos que oferecem esta tipologia de turismo. A
imposição reflete-se ao nível de adoção de estratégias de oferta turística onde deve ser
incluídos fatores de segurança, qualidade e inovação, cada vez mais eficaz e eficiente com
visto a dar a resposta aos riscos aliados a própria atividade. É neste sentido que a Gestão do
risco é visto como uma componente intrínseca e indispensável para oferta do turismo ativo
seguro, sustentado pela política preventiva, aliado ao planeamento e gestão, descrevendo de
forma suscita as situações que envolvem maior risco e as necessidades de melhoria, de forma
a antecipar, sempre que possível, a ocorrência de eventos indesejados, possibilitando o
controlo do risco e minimização das perdas materiais, ambientais e humanas. O controlo de
risco facultará às empresas que oferecem atividades de turismo ativo, mais confiança do
negócio aos clientes, colaboradores, e fornecedores.
Grande parte do atracão das modalidades ligadas ao turismo ativo ou de aventura está
exatamente no facto de a sua prática envolver um certo grau de risco. Apesar de se
tratar de um risco calculado e, quase sempre, gerido por profissionais, é a esse risco
que se vai buscar a adrenalina que motiva e incita à prática. Para se entender o grau de
importância que tem a gestão de riscos aplicada à segurança do turista no turismo de
aventura, é importante analisar o registo histórico dos acidentes relacionados com a
sua prática. Para se ter uma noção da situação da segurança oferecida no turismo de
aventura, é necessária uma análise com particular incidência nos seguintes elementos
de qualificação:
• Tipo de público que contabiliza maior número de acidentes (sexo, idade,
nacionalidade);
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Referências bibliográficas
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line], Edición 25, Disponível em: www.iigov.org/ss/article. GRUNEWALD, L. 2001, Seguridad:
RAMOS, Ricardo Jorge, 2001, Actividades Físicas de Aventura na Natureza. Legislação numa
Óptica não Profi ssional, FCDEF, Coimbra, 2001
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