Regimento Interno Do TJRS
Regimento Interno Do TJRS
Regimento Interno Do TJRS
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça
Regimento
Interno
do
Tribunal de Justiça
do Estado do Rio Grande do Sul
* O inteiro teor de todas as alterações incluídas no texto (Tipo de publicação: Emendas Regimentais,
Atos Regimentais, Assentos Regimentais e Resoluções) pode ser acessado no Link “Publicações
Administrativas”, do site do TJRS na Internet,
http://www.tjrs.jus.br/site/publicacoes/administrativa/, bastando inserir o tipo de publicação,
número e ano.
2
Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado
do Rio Grande do Sul
SUMÁRIO
Das disposições iniciais.......................................................................arts. 1º e 2º
PARTE I
TÍTULO I
TÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA................................................arts. 5º a 79
3
Jurisdicional de Verão ...................................................arts. 41 a 53
Subseção I – Do Plantão Jurisdicional Regular ........................arts. 41 a 48
Subseção I I – Do Plantão Jurisdicional de Verão ....................arts. 49 a 53
Seção III – Das Demais Disposições............................................arts. 54 e 55
Capítulo VIII – Da Presidência do Tribunal.........................................art. 56
Capítulo IX – Das 1ª, 2ª e 3ª Vice-Presidências do Tribunal................arts. 57 a 61
Capítulo X – Do Conselho da Magistratura.........................................arts. 62 e 63
Capítulo XI – Da Corregedoria-Geral da Justiça.................................arts. 64 a 66
Capítulo XII – Das Comissões.............................................................arts. 67 a 73
Seção I – Parte Geral....................................................................arts. 67 a 69
Seção II – Da Comissão de Concurso..........................................art. 70
Seção III – Da Comissão de Organização Judiciária, Regimento,
Assuntos Administrativos e Legislativos ................................art. 71
Seção IV – Da Comissão de Biblioteca, de Jurisprudência e de
Apoio à Pesquisa...................................................................art. 72
Seção V – Da Comissão de Segurança........................................art. 73
Capítulo XIII – Dos Serviços Auxiliares do Tribunal............................arts. 74 a 78
Capítulo XIV – Do Centro de Estudos.................................................art. 79
TÍTULO III
DAS ELEIÇÕES...................................................................................arts. 80 a 89
TÍTULO IV
TÍTULO V
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DOS JUÍZES EM GERAL.....................................................................arts. 117 a 167
Capítulo I – Da Aposentadoria por Incapacidade................................arts. 117 a 126
Capítulo II – Da Aposentadoria por Limite de Idade...........................arts. 127 e 128
Capítulo III – Das Penalidades aplicáveis aos Magistrados................arts. 129 a 155
Seção I – Da Prescrição das faltas funcionais..............................art. 136
Seção II – Da Investigação preliminar sumária ou Sindicância .....arts. 137 a 140
Seção III – Do Processo Administrativo Disciplinar.......................arts. 141 a 155
Capítulo IV – Do Aproveitamento do Magistrado em Disponibilidade.arts. 156 a 160
Capítulo V – Da Demissão por Sentença Condenatória.....................arts. 161 e 162
Capítulo VI – Das penalidades aplicáveis ao Juiz não Vitalício............arts. 163 a 165
Capítulo VII – Da Exoneração.............................................................art. 166
Capítulo VIII – Dos Pretores................................................................art. 167
PARTE II
TÍTULO I
TÍTULO II
DOS JUÍZES CERTOS
TÍTULO III
PARTE III
TÍTULO I
TÍTULO II
TÍTULO III
TÍTULO IV
6
DO CONFLITO DE JURISDIÇÃO, DE COMPETÊNCIA E DE ATRI-
BUIÇÕES.............................................................................................arts. 277 a 281
TÍTULO V
TÍTULO VI
TÍTULO VII
TÍTULO VIII
TÍTULO IX
TÍTULO X
TÍTULO XI
7
DOS PROCESSOS CRIMINAIS DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA
DO TRIBUNAL.....................................................................................arts. 320 a 363
Capítulo I – Do “Habeas Corpus”........................................................arts. 320 a 329
Capítulo II – Das Ações Penais...........................................................arts. 330 a 357
Seção I – Da Instrução..................................................................arts. 330 a 347
Seção II – Do Julgamento.............................................................arts. 348 a 357
Capítulo III – Da Revisão....................................................................arts. 358 a 363
TÍTULO XII
TÍTULO XIII
TÍTULO XIV
TÍTULO XV
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DA HABILITAÇÃO INCIDENTE...........................................................arts. 392 a 398
TÍTULO XVI
PARTE IV
TÍTULO I
DA REFORMA.....................................................................................arts. 407 a 413
TÍTULO II
DA INTERPRETAÇÃO.........................................................................arts. 414 e 415
TÍTULO III
DA DISPOSIÇÃO FINAL......................................................................art. 416
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REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PARTE I
TÍTULO I
DO TRIBUNAL E SEU FUNCIONAMENTO
TÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA
CAPÍTULO I
DO TRIBUNAL PLENO
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Art. 5° O Tribunal Pleno, funcionando em sessão plenária, é constituído
pela totalidade dos Desembargadores, sendo presidido pelo Presidente do Tribunal
e, nos seus impedimentos, sucessivamente, pelos Vice-Presidentes ou pelo
Desembargador mais antigo, competindo-lhe
eleger o Presidente,
os Vice-Presidentes e
o Corregedor-Geral da Justiça, em votação secreta, dentre os
integrantes mais antigos do colegiado, bem como
eleger a metade dos membros do Órgão Especial.
CAPÍTULO II
DO ÓRGÃO ESPECIAL
13
§ 11. A eleição dos membros oriundos de ambas as classes da
representação prevista no artigo 94, da Constituição Federal, ainda deverá
obedecer às seguintes regras:
a) na data prevista para a realização das eleições prescritas no § 4º deste
artigo, o Presidente do Tribunal determinará a apuração do número de
Desembargadores que, oriundos das classes do Ministério Público e da advocacia,
respectivamente, integrem o Órgão Especial na seção da antiguidade, a fim de que
seja destacada, para votação em separado pelo Tribunal Pleno, no corpo da cédula
digital única relativa à seção da sua metade eleita, a nominata dos candidatos que
concorrerão, em cada uma destas classes, às vagas eletivas residuais que
eventualmente lhes competirem, e correspondente número de suplências;
b) o exercício do mandato pelos membros eleitos, titulares e suplentes,
nas vagas residuais que tocarem, respectivamente, a cada uma dessas classes no
Órgão Especial, ficará condicionado à limitação do § 8º deste artigo e, quando
couber, ao cumprimento da regra de alternância sucessiva prescrita no artigo 100, §
2º, da Lei Complementar nº 35/79;
c) na hipótese dos 5 membros representantes das classes previstas no §
3º, "b" e "c", deste artigo, integrarem o Órgão Especial na seção da antiguidade,
poderão não ser realizadas as eleições em separado previstas na alínea "a" deste
parágrafo, aplicando-se, no curso dos mandatos, aos futuros casos de vacância, ou
de substituição, em vaga de qualquer destas classes, o disposto no § 9º, inciso I, "b"
ou "c", vedada a recusa;
d) na hipótese de desequilíbrio numérico na correlação alternativa
máxima (três a dois) entre os membros representativos das classes do Ministério
Público e da advocacia no Órgão Especial como um todo, o provimento das vagas
que se abrirem, sucessivamente, na seção da antiguidade de qualquer das classes
do quinto constitucional, deverá privilegiar a classe numericamente inferiorizada, até
que seja restabelecida a regra de alternância sucessiva prescrita no artigo 100, § 2º,
da Lei Complementar nº 35/79.
Como são 5 membros para MP e advocacia sempre um ficará com menos. Então, o próximo
que vir será da outra instituição:
14
ensejando redistribuição, procedendo-se ao julgamento na forma prescrita no §
12 deste artigo;
Desembargador que for Relator de feito no Órgão Especial continua vinculado ao feito quando
termina o mandato de 2 anos no OE, devendo julgar os feitos mais antigos. O OE irá regulamentar
como funcionará, pois o Relator precisará julgar no colegiado mesmo não integrando mais o OE (§15).
c) em caso de término do mandato dos membros na seção dos eleitos,
ocorrendo ao Relator qualquer das hipóteses previstas no § 6º, "b" a "e", deste
artigo, os feitos por ele ainda não julgados serão redistribuídos, entre os membros
empossados, preferencialmente na respectiva classe da metade eleita do Órgão
Especial.
§6º - B – não pode concorrer à eleição por já ter exercido 2 mandatos sucessivos; E – inelegível.
Desembargador que for Relator de feito no Órgão Especial que não puder se reeleger, terá os feitos
redistribuídos a outro integrante do OE da metade de eleição.
§ 14. As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão objeto de decisão
pelo Presidente do Tribunal.
§ 15. Nos casos previstos no § 13, "b" e "c", deste artigo, o Órgão
Especial regulamentará a sua própria composição e funcionamento, mediante
proposta de Ato Regimental do Presidente do Tribunal.
16
s) os incidentes de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo
do poder público.
Quórum de abertura = 20
VI – julgar:
a) a exceção da verdade nos processos por crime contra a honra,
em que figurem como ofendidas as pessoas enumeradas nas alíneas "a" e "b"
do inciso IV desse artigo, após admitida e processada a exceção no juízo de
origem;
b) os recursos previstos em lei contra as decisões proferidas em
processos da competência privativa do Tribunal e os opostos na execução de
seus acórdãos;
c) os recursos das decisões do Presidente do Tribunal, salvo
quando o conhecimento do feito couber a outro órgão;
d) os recursos das decisões do Conselho da Magistratura, quando
expressamente previsto;
e) o agravo interno contra ato do Presidente e do Relator nos
processos de sua competência;
f) os recursos das penas impostas pelos órgãos do Tribunal,
ressalvada a competência do Conselho da Magistratura.
g) os incidentes de resolução de demandas repetitivas de sua
competência, consoante previsto nos artigos 976 e seguintes do Código de
Processo Civil;
h) a reclamação prevista no artigo 988 do Código de Processo Civil,
dos seus julgados, a ser distribuída ao Relator do processo principal, sempre
que possível.
VII – impor penas disciplinares;
VIII – representar, quando for o caso, ao Conselho Superior do Ministério
Público, ao Conselho Seccional da Ordem dos Advogados e à Procuradoria-Geral
do Estado;
IX – deliberar sobre:
a) a perda do cargo, pela maioria absoluta de seus membros, na
hipótese prevista no inciso I do artigo 95 da Constituição Federal;
b) a aplicação das sanções de advertência e censura, bem como
remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse
público, em decisão por voto da maioria absoluta de seus membros;
c) a demissão de Pretor.
Quórum de abertura = 20
X – propor à Assembleia Legislativa:
a) projeto de lei referente à organização e divisão judiciária, bem
como a criação e extinção de cargos dos serviços auxiliares da Justiça
Estadual;
b) a alteração do número de membros do Tribunal de Justiça e do
Tribunal Militar do Estado;
c) projeto de lei complementar dispondo sobre o Estatuto da
Magistratura ou sua alteração;
d) normas de processo e procedimento, civil e penal, de
competência legislativa do Estado;
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e) a fixação de subsídios de seus membros e demais Juízes;
f) a criação e a extinção de Tribunais inferiores;
g) a fixação dos vencimentos dos servidores dos serviços auxiliares
da Justiça Estadual.
XI – definir os processos de competência das Câmaras Especiais,
mediante prévia consulta aos Desembargadores do respectivo Grupo Cível ou dos
Grupos Cíveis a quem a matéria compete ;
XI-B – aprovar a recusa ou a desistência do exercício da Presidência de
Câmaras ou Grupos Cíveis ou Criminais;
XII – indicar Juízes de Direito à promoção por antiguidade e
merecimento, neste caso mediante eleição em lista tríplice, e os Juízes que por
antiguidade deverão ter acesso ao Tribunal de Justiça;
XIII – indicar Juízes de Direito considerados não-aptos para promoção
por antiguidade, oferecidas suficientes razões à recusa, obedecendo-se ao disposto
no § 2º deste artigo;
XIV – mandar riscar expressões desrespeitosas constantes de
requerimentos, razões ou pareceres submetidos ao Tribunal;
XV – representar à autoridade competente quando, em autos ou
documentos de que conhecer, houver indícios de crime de ação pública;
XVI – votar o Regimento Interno e as suas emendas, dar-lhe
interpretação autêntica, mediante assentos ou resoluções;
XVII – exercer as demais atividades conferidas em lei ou neste
Regimento Interno;
XVIII – deliberar sobre a outorga e perda do uso da Medalha da Ordem
do Mérito Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul, por voto de 3/4 dos membros
presentes.
§ 1º QUÓRUM DE ABERTURA ÓRGÃO ESPECIAL - É indispensável a
presença de, no mínimo, 17 membros para o funcionamento do Órgão Especial,
sendo que para o julgamento dos feitos constantes dos incs. III, IV, alíneas "a" e "b",
V, alíneas “j”, “k” e "s", IX, alíneas "a", "b" e "c", o "quorum" mínimo será de 20
Desembargadores, substituídos, na forma regimental, os que faltarem ou estiverem
impedidos.
§ 2º Na promoção por antiguidade, havendo indicação justificada por
parte do Conselho da Magistratura do Juiz considerado não-apto para promoção, o
Presidente do Tribunal, em expediente próprio, dará ciência, desde logo, ao Juiz
preterido à indicação, facultando-lhe apresentação de defesa escrita no prazo de 15
dias. O Juiz poderá requerer a produção de novas provas, desde que indique a
relevância e pertinência. Finda a fase probatória ou não apresentada a defesa no
prazo, os autos serão incluídos em pauta para votação no Órgão Especial.
§ 3º Na apuração por antiguidade, com prévia ciência do expediente de
recusa à indicação de Juiz à promoção por antiguidade, o Órgão Especial do
Tribunal somente poderá recusar, mediante suficiente fundamentação, o Juiz mais
antigo por voto de 2/3 da totalidade de seus membros. A motivação dos votos
deverá ser juntada ao expediente próprio para ciência do Juiz interessado. A
votação referente à recusa poderá ocorrer em sessão reservada.
CAPÍTULO III
18
DA SEÇÃO CÍVEL
SEÇÃO I
DAS TURMAS
19
Art. 12. A Seção de Direito Público é constituída de 2 Turmas de
Julgamento, e a seção de Direito Privado, de 3 Turmas de Julgamento,
competindo:
I – à Primeira Turma a matéria atinente ao 1º e ao 11º Grupos Cíveis;
II – à Segunda Turma a matéria atinente ao 1º, 2º e 11º Grupos Cíveis
referente ao Direito Público não especificada nos incisos I e II do artigo 19 deste
Regimento;
III – à Terceira Turma, com duas composições distintas, matéria de
responsabilidade civil extracontratual do 3º e 5º Grupos Cíveis e matéria atinente ao
9º e 10º Grupos Cíveis, exceto negócios jurídicos bancários;
IV – à Quarta Turma a matéria atinente ao 6º, 8º, 9º e 10º Grupos Cíveis
referente a negócios jurídicos bancários;
V – à Quinta Turma a matéria atinente ao 6º, 8º, 9º, e 10º Grupos Cíveis
referente a Direito Privado não especificada nos incisos IV a X do artigo 19 deste
Regimento.
§ 1º Quando determinada matéria tiver sido confiada à competência de
um único Grupo, a este caberá exercer, cumulativamente, as funções atribuídas no
Regimento Interno às Turmas de Julgamento.
§ 2º As 23ª e 24ª Câmaras Cíveis participarão das sessões de
julgamento das 4ª e 5ª Turmas, e a 25ª Câmara Cível participará das sessões de
julgamento das 1ª e 2ª Turmas, somente quando a matéria dos julgamentos estiver
dentre aquelas de suas competências.
SEÇÃO II
DOS GRUPOS CÍVEIS
Art. 15. Os Grupos Cíveis são formados cada um por 2 Câmaras Cíveis:
a 1ª e a 2ª compõem o 1º Grupo; a 3ª e a 4ª, o 2º Grupo; a 5ª e a 6ª, o 3º Grupo; a
7ª e a 8ª, o 4º Grupo; a 9ª e a 10ª, o 5º Grupo; a 11ª e a 12ª, o 6º Grupo; a 13ª e a
14ª, o 7º Grupo; a 15ª e a 16ª, o 8º Grupo; a 17ª e a 18ª, o 9º Grupo; a 19ª e a 20ª,
o 10º Grupo, e a 21ª e a 22ª, o 11º Grupo.
21
– do Conselho da Magistratura ou de seu Presidente e das Comissões de
Concursos e do Conselho de Recursos Administrativos e de seus Presidentes;
– do Corregedor-Geral da Justiça;
– dos Secretários de Estado;
– do Procurador-Geral da Justiça, do Colégio de Procuradores e de seu
Órgão Especial, do Conselho Superior do Ministério Público, do Corregedor-Geral
do Ministério Público e da Comissão de Concurso para o cargo de Promotor de
Justiça;
– do Procurador-Geral do Estado e da Comissão de Concurso para o
cargo de Procurador do Estado;
– do Tribunal de Contas e de seu Presidente e da Comissão de Concurso
para o cargo de Auditor;
– das Comissões da Assembleia Legislativa e respectivos Presidentes;
– das Câmaras Separadas.
c) a restauração de autos extraviados ou destruídos em feitos de sua
competência;
d) a execução das sentenças proferidas nas ações rescisórias de sua
competência;
e) as habilitações nas causas sujeitas ao seu julgamento;
f) as ações rescisórias com decisão não unânime quando o resultado for
a rescisão da sentença.
II – julgar:
a) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos;
b) os recursos das decisões de seu Presidente ou do Presidente do
Tribunal, nos feitos da competência do órgão;
c) os recursos das decisões do Relator nos casos previstos em lei ou
neste Regimento;
d) a reclamação prevista no artigo 988, incisos III e IV, do Código de
Processo Civil, dos seus julgados, a ser distribuída ao Relator do processo principal,
sempre que possível.
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal
Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;
III – impor penas disciplinares;
IV – representar, quando for o caso, os Conselhos da Magistratura,
Superior do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e a
Procuradoria-Geral do Estado;
V – uniformizar a jurisprudência cível, em matéria sujeita à especialização
por Grupos ou por Câmaras, aprovando as respectivas Súmulas, inclusive por via
administrativa.
§ 1º As ações rescisórias serão distribuídas ao Grupo de que faça parte a
Câmara prolatora do acórdão.
§ 2° A escolha do Relator recairá, quando possível, em magistrado que
não haja participado do julgamento rescindendo.
§ 3º Ao Quarto Grupo compete julgar os incidentes de assunção de
competência, os incidentes de resolução de demandas repetitivas e a uniformização
de jurisprudência no âmbito de sua competência.
22
SEÇÃO III
DAS CÂMARAS CÍVEIS SEPARADAS
CAPÍTULO IV
DA SEÇÃO CRIMINAL
SEÇÃO I
DAS TURMAS
26
IV – a Quarta compõe-se de todos os Grupos Criminais nas matérias
relativas aos Agravos em Execução Penal e à matéria processual penal.
§ 1º A Quarta Turma é limitada, em sua constituição, a 24 (vinte e quatro)
Desembargadores recrutados dentre os mais antigos de cada órgão fracionário.
§ 2º O 2º Vice-Presidente proferirá voto apenas para efeito de desempate
ou quando o cômputo do seu voto for passível de formação da maioria absoluta de
que trata o artigo 291, “caput”, deste Regimento.
§ 3º Quando a Presidência for desempenhada pelo Desembargador mais
antigo presente, este prolatará voto em todos os casos.
SEÇÃO II
DOS GRUPOS CRIMINAIS
Art. 25. Os 4 Grupos Criminais são formados, cada um, por 2 Câmaras:
a 1ª e 2ª compõem o 1º Grupo; a 3ª e 4ª, o 2º Grupo; a 5ª e 6ª, o 3º Grupo; e a 7ª e
8ª, o 4º Grupo, exigindo-se, para seu funcionamento, a presença de, no mínimo, 5
julgadores, incluindo o Presidente.
27
§ 2º Ocorrendo empate na votação, serão observadas as seguintes
regras:
I – na hipótese da letra “a”, do parágrafo 1º, prevalecerá a decisão mais
favorável ao réu (CPP, arts. 615, § 1º, e 664, par. ún.);
II – na hipótese da letra “b”, observar-se-á o disposto na parte final do
parágrafo único do artigo 16.
SEÇÃO III
DAS CÂMARAS CRIMINAIS SEPARADAS
29
a) o exame para verificação da cessação da periculosidade antes de
expirado o prazo mínimo de duração da medida de segurança;
b) o confisco dos instrumentos e produtos do crime.
IV – impor penas disciplinares;
V – representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura,
Superior do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à
Procuradoria-Geral do Estado;
VI – exercer outras atribuições que lhes forem conferidas em lei ou neste
Regimento.
Parágrafo único. Compete à Quarta Câmara Criminal, preferencialmente,
o processo e julgamento dos Prefeitos Municipais, podendo o Relator delegar
atribuições referentes a inquirições e outras diligências.
30
Parágrafo único. Sendo as infrações da mesma gravidade, prevalecerá a
competência das Câmaras integrantes dos 1º e 2º Grupos Criminais.
CAPÍTULO V
DAS CÂMARAS ESPECIAIS
Art. 31. As Câmaras Especiais poderão ser criadas por ato regimental do
Tribunal Pleno, que disporá a respeito de sua competência, composição e
funcionamento.
CAPÍTULO VI
DA CÂMARA DA FUNÇÃO DELEGADA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
CAPÍTULO VII
DO PLANTÃO JURISDICIONAL
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES E GERAIS
31
71/2009 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com redação dada pela Resolução
nº 152/2012.
32
Art. 40. Compete ao secretário ou assessor plantonista executar,
diariamente, todos os atos necessários para o cumprimento da medida, devendo,
ainda, seguir as seguintes determinações:
I – tão logo tenha conhecimento da decisão proferida pelo magistrado
plantonista, deverá dar ciência ao advogado, via telefone, fac-símile ou meio
eletrônico; e
II – entregar, na Direção Judiciária, as medidas com a decisão exarada
pelo magistrado, as respectivas informações, bem como os ofícios originais,
mandados, alvarás e demais documentos pertinentes para o cumprimento da
medida, se for o caso. Caso seja entregue qualquer documento ao advogado, fazer
constar por escrito informação a respeito.
SEÇÃO II
DO PLANTÃO JURISDICIONAL REGULAR E DO PLANTÃO JURISDICIONAL DE
VERÃO
SUBSEÇÃO I
DO PLANTÃO JURISDICIONAL REGULAR
SUBSEÇÃO II
DO PLANTÃO JURISDICIONAL DE VERÃO
SEÇÃO III
DAS DEMAIS DISPOSIÇÕES
CAPÍTULO VIII
DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL
36
XIV – promover, a requerimento ou de ofício, processo para verificação
de idade limite ou de invalidez de magistrado e servidor;
XV – elaborar, anualmente, com a colaboração dos Vice-Presidentes e
do Corregedor-Geral, a proposta orçamentária do Poder Judiciário e as leis
financeiras especiais, atendido o que dispuser este Regimento;
XVI – abrir concurso para o provimento de vagas nos Serviços Auxiliares
deste Tribunal;
XVII – apreciar os expedientes relativos aos servidores do Poder
Judiciário, inclusive os relativos às remoções, permutas, transferências e
readaptações;
XVIII – exercer a direção superior da administração do Poder Judiciário e
expedir os atos de provimento e vacância dos cargos da magistratura e dos
servidores de primeiro e segundo graus, e outros atos da vida funcional dos
magistrados e servidores;
XIX – proceder à escolha de Juiz para promoção por merecimento,
quando inocorrente a hipótese de promoção obrigatória;
XX – proceder correição do Tribunal de Justiça, inclusive com relação à
atividade jurisdicional;
XXI – fazer publicar os dados estatísticos sobre a atividade jurisdicional
do Tribunal;
XXII – propor ao Órgão Especial:
a) abertura de concurso para ingresso na judicatura;
b) a reestruturação dos Serviços Auxiliares;
c) a criação e extinção de órgãos de assessoramento da presidência.
XXIII – apresentar ao Tribunal Pleno na primeira reunião de fevereiro, o
relatório dos trabalhos do ano anterior;
XXIV – atestar a efetividade dos Desembargadores, abonar-lhes as faltas
ou levá-las ao conhecimento do Órgão Especial;
XXV – delegar, quando conveniente, atribuições aos servidores do
Tribunal;
XXVI – votar, no Órgão Especial, em matéria administrativa e nas
questões de inconstitucionalidade, tendo voto de desempate nos outros
julgamentos;
XXVII – despachar petição de recurso interposto de decisão originária do
Conselho da Magistratura para o Órgão Especial;
XXVIII – julgar o recurso da decisão que incluir o jurado na lista geral ou
dela o excluir;
XXIX – executar:
a) as decisões do Conselho da Magistratura, quando não competir a
outra autoridade;
b) as sentenças de Tribunais estrangeiros.
XXX – encaminhar ao Juiz competente para cumprimento as cartas
rogatórias;
XXXI – suspender as medidas liminares e a execução das sentenças dos
Juízes de primeiro grau, nos casos previstos em lei;
XXXII – suspender a execução de liminar concedida pelos Juízes de
primeiro grau em ação civil pública;
37
XXXIII – justificar as faltas dos Juízes de Direito e Pretores e do Diretor-
Geral do Tribunal;
XXXIV – nomear todos os servidores do Poder Judiciário e dar posse aos
de segundo grau;
XXXV – expedir atos administrativos relativamente aos magistrados,
Juízes temporários e servidores da Justiça, em exercício ou inativos, bem como os
relativos ao Quadro de Pessoal Auxiliar da Vara do Juizado da Infância e da
Juventude da Capital;
XXXVI – delegar aos Vice-Presidentes, de acordo com estes, o
desempenho de atribuições administrativas;
XXXVII – exercer outras atribuições que lhe forem conferidas;
XXXVIII – apreciar os pedidos de aposentadoria e exonerações dos
Juízes;
XXXIX – requisitar a intervenção nos Municípios;
XL – receber e dar encaminhamento aos incidentes de resolução de
demandas repetitivas no âmbito de sua competência;
XLI – receber e dar encaminhamento à reclamação prevista no artigo 988
e seguintes do Código de Processo Civil no âmbito de sua competência.
CAPÍTULO IX
DAS 1ª, 2ª E 3ª VICE-PRESIDÊNCIAS DO TRIBUNAL
Art. 57. Juntamente com o Presidente, e logo após a eleição deste, serão
eleitos, pelo mesmo processo e prazo, os Vice-Presidentes do Tribunal de Justiça,
vedada a reeleição.
Parágrafo único. A posse dos Vice-Presidentes será na mesma sessão
em que for empossado o Presidente.
39
VI – prestar informações solicitadas pelos Tribunais Superiores, em
matéria jurisdicional, se o pedido se referir a processo que esteja tramitando na
Seção Criminal, podendo ouvir a respeito o Relator, caso em que essa informação
acompanhará a do Vice-Presidente;
VII – selecionar grupos de recursos representativos da controvérsia, em
matéria criminal, a serem encaminhados ao Supremo Tribunal Federal e ao
Superior Tribunal de Justiça, para fins de afetação;
VIII – decidir os incidentes suscitados nos feitos da Seção Criminal, antes
da distribuição ou após a publicação do acórdão;
IX – colaborar com o Presidente do Tribunal de Justiça na representação
e administração do Poder Judiciário;
X – integrar a comissão gestora do Núcleo de Gerenciamento de
Precedentes (NUGEP).
40
Parágrafo único. O 3° Vice-Presidente, nas faltas e impedimentos, será
substituído por qualquer dos outros Vice-Presidentes.
CAPÍTULO X
DO CONSELHO DA MAGISTRATURA
41
a) sobre especialização de Varas privativas, em razão do valor da
causa, do tipo de procedimento ou matéria;
b) sobre a modificação, em caso de manifesta necessidade dos
serviços forenses, da ordem de prioridades no provimento, por
promoção, de Varas de entrância inicial e intermediária;
c) sobre a prorrogação, observado o limite legal máximo, dos
prazos de validade de concursos para o provimento de cargos nos
Serviços Auxiliares da Justiça de primeiro e segundo graus.
V – elaborar:
a) o seu Regimento Interno, que será submetido à discussão e
aprovação pelo Órgão Especial;
b) o Regimento de Correições.
VI – aprovar o Regimento Interno da Corregedoria-Geral da Justiça;
VII – decidir sobre os pedidos de Juízes para residirem fora da comarca;
VIII – julgar os recursos:
a) das decisões de seu Presidente;
b) das decisões administrativas do Presidente ou Vice-
Presidentes, relativas aos Juízes, ao pessoal da Secretaria e aos
servidores de primeiro grau;
c) das decisões originárias do Corregedor-Geral da Justiça,
inclusive em matéria disciplinar;
d) de penalidade imposta em processo administrativo disciplinar a
notários e registradores.
IX – propor ao Órgão Especial o vitaliciamento ou o não vitaliciamento de
magistrado;
X – autorizar:
a) a cedência de servidores;
b) a instalação de centros ou serviços judiciários de solução de
conflitos e cidadania.
XI – exercer quaisquer outras atribuições que lhe sejam conferidas em
lei, Regimento ou regulamento.
CAPÍTULO XI
DA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA
42
§ 1° Os Juízes-Corregedores serão obrigatoriamente Juízes de Direito
de entrância final e designados pelo Presidente do Tribunal, ouvido o Conselho da
Magistratura, por proposta do Corregedor-Geral.
Juízes-Corregedores = proposta do Corregedor-Geral; ouvido o CM; designado pelo Presidente do TJ.
§ 2° A designação dos Juízes-Corregedores será por tempo
indeterminado, mas considerar-se-á finda com o término do mandato do
Corregedor-Geral, e, em qualquer caso, não poderão servir por mais de 4 anos.
§ 3° Os Juízes-Corregedores, uma vez designados, ficam desligados das
Varas, se forem titulares, passando a integrar o Quadro dos Serviços Auxiliares da
Corregedoria, na primeira instância.
§ 4° Os Juízes-Corregedores, findo o mandato do Corregedor-Geral, ou
em razão de dispensa ou do término do período de 4 anos, terão preferência na
classificação, desde que classificados na data de indicação à Corregedoria-Geral da
Justiça, e, enquanto não se classificarem, atuarão como Juízes de Direito
Substitutos de entrância final.
Art. 66. Ao Corregedor-Geral, além da incumbência de correção
permanente dos serviços judiciários de primeira instância, zelando pelo bom
funcionamento e aperfeiçoamento da Justiça, das atribuições referidas em lei e
neste Regimento, compete:
I – elaborar o Regimento Interno da Corregedoria e modificá-lo, em
ambos os casos, com aprovação do Conselho da Magistratura;
II – realizar correição geral ordinária sem prejuízo das
extraordinárias, que entenda fazer, ou haja de realizar por determinação do
Conselho da Magistratura em, no mínimo, metade das Varas da entrância final,
por ano;
III – indicar ao Presidente os Juízes de Direito de entrância final para os
cargos de Juízes-Corregedores;
IV – organizar os serviços internos da Corregedoria, inclusive a
discriminação de atribuições aos Juízes-Corregedores e aos Coordenadores de
Correição;
V – determinar, anualmente, a realização de correições gerais em, no
mínimo, metade das comarcas do interior do Estado;
VI – apreciar os relatórios dos Juízes de Direito e Pretores;
VII – expedir normas referentes aos estágios dos Juízes de Direito;
VIII – conhecer das representações e reclamações relativas ao serviço
judiciário, determinando ou promovendo as diligências que se fizerem necessárias
ou encaminhando-as ao Procurador-Geral da Justiça, Procurador-Geral do Estado e
ao Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, quando for o caso;
IX – requisitar, em objeto de serviço, passagens, leito e transporte;
X – autorizar os Juízes, em objeto de serviço, a requisitarem passagens
em aeronave e a contratarem transporte em automóvel;
XI – propor a designação de Pretores para servirem em Varas ou
comarcas;
XII – estabelecer planos de trabalho e de atribuição de competência para
os Pretores;
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XIII – determinar a realização de sindicância ou de processo
administrativo, decidindo os que forem de sua competência e determinando as
medidas necessárias ao cumprimento da decisão;
XIV – aplicar penas disciplinares e, quando for o caso, julgar os recursos
das que forem impostas pelos Juízes;
XV – remeter ao órgão competente do Ministério Público, para os devidos
fins, cópias de peças dos processos administrativos, quando houver elementos
indicativos da ocorrência de crime cometido por servidor;
XVI – julgar os recursos das decisões dos Juízes referentes a
reclamações sobre cobrança de custas e emolumentos;
XVII – opinar, no que couber, sobre pedidos de remoção, permuta, férias
e licenças dos Juízes de Direito e Pretores;
XVIII – elaborar o programa das matérias para os concursos destinados
ao provimento dos cargos de servidores da Justiça de 1º grau, bem como dos
serviços notariais e registrais;
XIX – organizar a tabela de substituição dos Juízes de Direito;
XX – baixar provimentos:
a) sobre as atribuições dos servidores, quando não definidas em lei ou
regulamento;
b) estabelecendo a classificação dos feitos para fins de distribuição na
primeira instância;
c) relativos aos livros necessários ao expediente forense e aos serviços
judiciários em geral, organizando os modelos, quando não estabelecidos em lei;
d) relativamente à subscrição de atos por auxiliares de quaisquer ofícios.
XXI – dirimir divergências entre Juízes, relativas ao regime de exceção;
XXII – opinar sobre a desanexação ou aglutinação dos Ofícios do Foro
Judicial, bem como dos serviços notariais e registrais;
XXIII – decidir sobre os serviços de plantão nos Foros e atribuição dos
respectivos Juízes;
XXIV – opinar sobre pedidos de remoção, permuta, transferência e
readaptação dos servidores da Justiça de 1º grau;
XXV – designar, nas comarcas servidas por Central de Mandados, ouvido
o Juiz de Direito Diretor do Foro, Oficiais de Justiça para atuarem exclusivamente
em determinadas Varas e/ou excluir determinadas Varas do sistema centralizado,
atendidas as necessidades do serviço forense;
XXVI – relatar no Órgão Especial os casos de promoções de Juízes;
XXVII – exercer outras atribuições que lhe forem conferidas em lei ou
Regimento.
CAPÍTULO XII
DAS COMISSÕES
SEÇÃO I
PARTE GERAL
Art. 69. Os pareceres das Comissões serão sempre por escrito e, quando
não unânimes, fica facultado ao vencido explicitar seu voto.
Parágrafo único. Quando não houver prazo especialmente assinado, as
Comissões deverão emitir seus pareceres em 15 dias, deles enviando cópia aos
integrantes do Órgão Especial.
SEÇÃO II
DA COMISSÃO DE CONCURSO
SEÇÃO III
DA COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA, REGIMENTO, ASSUNTOS
ADMINISTRATIVOS E LEGISLATIVOS
45
d) emitir parecer sobre propostas de alteração do Regimento Interno, dos
Assentos e Resoluções do Tribunal.
SEÇÃO IV
DA COMISSÃO DE BIBLIOTECA, DE JURISPRUDÊNCIA E DE APOIO À
PESQUISA
CAPÍTULO XIII
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DO TRIBUNAL
47
Art. 75. O Diretor-Geral chefiará a Secretaria do Tribunal e as demais
Secretarias ficarão sob a chefia do respectivo Secretário.
Parágrafo único. O Diretor-Geral e os Secretários da Presidência, das
Vice-Presidências, do Conselho da Magistratura, da Corregedoria-Geral da Justiça,
das Comissões, do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de
Conflitos e dos órgãos jurisdicionais do Tribunal deverão ser bacharéis em Direito.
CAPÍTULO XIV
DO CENTRO DE ESTUDOS
TÍTULO III
DAS ELEIÇÕES
48
primeira segunda-feira de dezembro, e poderá se estender por mais de um dia.
(Redação dada pela Emenda Regimental nº 03/2021.)
§ 1° É obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e
aceita antes da eleição.
§ 2° Em caso de recusa aceita ou inelegibilidade, serão chamados os
Desembargadores mais antigos, em ordem decrescente.
Art. 88. Quando a vaga no Tribunal deva ser preenchida por advogado ou
membro do Ministério Público, a eleição será precedida de lista sêxtupla,
encaminhada pelos órgãos de representação da respectiva classe.
§ 1° Ocorrida a vaga, o Órgão Especial, na primeira sessão subsequente,
deliberará sobre seu preenchimento e solicitará à respectiva classe o
encaminhamento da lista sêxtupla.
§ 2º Recebida a lista sêxtupla, o Presidente do Tribunal solicitará
informações a todos os magistrados do Estado, fixando o prazo de 10 dias para
resposta. Cópias das informações recebidas serão enviadas aos componentes do
Órgão Especial, até o início da sessão. Findo o prazo de 10 dias, será convocado o
Órgão Especial, onde se facultará a cada um dos integrantes da lista, na sessão,
entregar os respectivos currículos aos membros do colegiado e apresentar-se aos
Desembargadores, fazendo uso da palavra por 10 minutos.
§ 3° Concluída a apresentação prevista no parágrafo anterior, o Órgão
Especial, na mesma sessão, por voto da maioria absoluta de seus membros e em
votação secreta, formará lista tríplice a ser encaminhada ao Governador do Estado.
§ 4° Não sendo possível formar-se a lista em até três escrutínios,
suspender-se-á a votação, que prosseguirá na sessão subsequente do Órgão
Especial. Em caso de empate, renovar-se-á a votação entre os candidatos com a
mesma quantidade de votos e se ainda persistir o empate, figurará na lista o
candidato com maior idade.
50
Art. 89. Os membros efetivos e suplentes das Comissões Permanentes
serão eleitos, em escrutínio secreto, bienalmente, no mês de fevereiro, pelo Órgão
Especial, por maioria absoluta e para mandato obrigatório de 2 anos, permitida uma
reeleição.
Parágrafo único. Em caso de vaga de membro da Comissão, assumirá o
suplente, elegendo-se então substituto.
TÍTULO IV
DOS DESEMBARGADORES
CAPÍTULO I
DO COMPROMISSO, POSSE E EXERCÍCIO
CAPÍTULO II
DAS SUSPEIÇÕES, IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES
51
Art. 95. Deve o Desembargador dar-se por suspeito ou impedido e se
não o fizer poderá ser recusado por qualquer das partes, nos casos previstos em lei.
Art. 98. No Tribunal, não poderão ter assento no mesmo órgão julgador
cônjuges e parentes consanguíneos ou afins em linha reta, bem como em linha
colateral, até o 3º grau.
Não pode ter parente na mesma Turma, Grupo, Câmara. No Pleno pode, mas o primeiro que votar
exclui o outro.
Parágrafo único. Nas sessões do órgão que funciona como Tribunal
Pleno, o primeiro dos membros mutuamente impedidos que votar excluirá a
participação do outro no julgamento.
CAPÍTULO III
DA ANTIGUIDADE
CAPÍTULO IV
DA REMOÇÃO, PERMUTA E CLASSIFICAÇÃO
CAPÍTULO V
DAS FÉRIAS
53
Art. 105. O Presidente do Tribunal convocará o Desembargador em férias
quando necessário para formação do “quorum” no órgão em que estiver
classificado, sendo-lhe restituídos, à final, os dias de interrupção.
CAPÍTULO VI
DAS SUBSTITUIÇÕES
54
III – subsidiariamente, inexistindo candidatos que preencham,
concomitantemente, os critérios dos incisos I e II, a escolha recairá no magistrado
mais antigo constante da lista.
Art. 111. A convocação poderá ser feita também para atuar em regime de
exceção.
55
Art. 116. Salvo motivo de saúde ou outro de força maior, a critério da
Presidência, não serão autorizados afastamentos simultâneos de integrantes da
mesma Câmara. Não havendo entendimento prévio entre os interessados para
evitar a coincidência, o Presidente do Tribunal decidira.
Parágrafo único. O magistrado que estiver sob acompanhamento da
Jurisdição poderá ter recusado seu afastamento da Jurisdição para gozo de licença-
prêmio ou licença para tratar de interesse particular, bem como para frequência a
cursos, elaboração de trabalhos de conclusão ou apresentação/defesa de teses de
Mestrado ou Doutorado.
TÍTULO V
DOS JUÍZES EM GERAL
CAPÍTULO I
DA APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE
Art. 119. O magistrado cuja invalidez for investigada será intimado, por
ofício do Presidente do Tribunal, do teor da iniciativa, podendo alegar, em 20 (vinte)
dias, o que entender e juntar documentos.
Parágrafo único. Tratando-se de incapacidade mental, o Presidente do
Tribunal nomeará curador ao paciente, sem prejuízo da defesa que este queira
oferecer pessoalmente, ou por procurador que constituir.
56
§ 1° Decidida a instauração do processo, será sorteado Relator entre os
integrantes do Órgão Especial.
§ 2° Na mesma sessão, o Tribunal determinará o afastamento do
paciente do exercício do cargo, até final decisão, sem prejuízo dos respectivos
subsídios. Salvo no caso de insanidade mental, o processo deverá ficar concluído
no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da indicação de provas.
CAPÍTULO II
DA APOSENTADORIA POR LIMITE DE IDADE
CAPÍTULO III
DAS PENALIDADES APLICÁVEIS AOS MAGISTRADOS
58
Art. 134. O magistrado será aposentado compulsoriamente, por interesse
público, com subsídios proporcionais ao tempo de serviço, quando:
I – mostrar-se manifestamente negligente no cumprimento de seus
deveres;
II – proceder de forma incompatível com a dignidade, a honra e o decoro
de suas funções;
III – demonstrar escassa ou insuficiente capacidade de trabalho, ou
apresentar comportamento funcional incompatível com o bom desempenho das
atividades do Poder Judiciário.
SEÇÃO I
DA PRESCRIÇÃO DAS FALTAS FUNCIONAIS
SEÇÃO II
DA INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR SUMÁRIA OU SINDICÂNCIA
59
diretamente, ao Tribunal, a instauração de processo administrativo disciplinar,
observado, neste caso, o artigo 140, “caput”, deste Regimento.
§ 2º Na hipótese de notícia de irregularidade veiculada de forma
anônima, em caráter excepcional, o Corregedor-Geral, no caso de magistrados de
primeiro grau, ou o Presidente, na hipótese de Desembargador, poderá determinar
a apuração de irregularidade, em decisão fundamentada, observada a gravidade
dos fatos narrados e dos indícios apresentados.
Art. 139. Das decisões referidas nos artigos anteriores caberá agravo
regimental no prazo de 15 (quinze) dias ao Órgão Especial.
Art. 141. Findo o prazo da defesa prévia a que alude o artigo 140,
“caput”, haja ou não sido apresentada, o Corregedor-Geral da Justiça ou o
Presidente, no prazo de 10 (dez) dias úteis, submeterá ao Órgão Especial relatório
conclusivo com a proposta de instauração do processo administrativo disciplinar, ou
de arquivamento, intimando o magistrado ou seu defensor, se houver, da data da
sessão do julgamento.
62
Art. 148. Decorrido o prazo para a apresentação da defesa prévia, o
Relator decidirá sobre a realização dos atos de instrução e a produção de provas
requeridas, determinando de ofício as que entender necessárias.
§ 1º Para a colheita das provas, o Relator poderá delegar poderes a
magistrado de primeiro ou segundo grau.
§ 2º Para todos os demais atos de instrução, com a mesma cautela,
serão intimados o magistrado processado ou seu defensor, se houver.
§ 3º Na instrução do processo serão inquiridas, no máximo, oito
testemunhas de acusação e, até oito de defesa, por requerido, que justificadamente
tenham ou possam ter conhecimento dos fatos imputados.
§ 4º O depoimento das testemunhas, as acareações e as provas
periciais e técnicas destinadas à elucidação dos fatos, serão realizados com
aplicação subsidiária, no que couber, das normas da legislação processual penal e
da legislação processual civil, sucessivamente.
§ 5º A inquirição das testemunhas e o interrogatório deverão ser feitos
em audiência una, ainda que, se for o caso, em dias sucessivos, e poderão ser
realizados por meio de videoconferência, nos termos do § 1º do artigo 405 do
Código de Processo Penal e da Resolução nº 105, de 2010, do CNJ.
§ 6º O interrogatório do magistrado, precedido de intimação com
antecedência de 48 (quarenta e oito) horas, será realizado após a produção de
todas as provas.
§ 7º Os depoimentos poderão ser documentados pelo sistema
audiovisual, sem a necessidade, nesse caso, de degravação.
63
§ 5º O Tribunal comunicará à Corregedoria Nacional de Justiça, no prazo
de 15 (quinze) dias da respectiva sessão, os resultados dos julgamentos dos
processos administrativos disciplinares.
§ 6º A decisão que concluir pela aposentadoria, pela disponibilidade ou
pela remoção terá publicada apenas sua conclusão e será expedida pelo Presidente
do Tribunal.
CAPÍTULO IV
DO APROVEITAMENTO DO MAGISTRADO EM DISPONIBILIDADE
Art. 157. Presidirá o processo o mesmo Relator que exerceu tais funções
no processo disciplinar. Na impossibilidade justificada proceder-se-á a sorteio entre
os Desembargadores que integram o Órgão Especial. (Caput com redação dada pela
Emenda Regimental nº 04/2021.)
§ 3° Competirá ao Relator ordenar o processo e decidir sobre o
deferimento de provas e diligências requeridas pelo magistrado, podendo requisitá-
las de ofício e delegar sua produção na forma do artigo 137, assim como homologar
a desistência do pedido.
§ 4° Dos despachos do Relator caberá agravo regimental, que
permanecerá retido para apreciação final, salvo se ele próprio entender necessária
a imediata apreciação do Órgão Especial.
§ 5° Finda a instrução probatória, ou realizadas as diligências requeridas
ou determinadas de ofício, dará o Relator vista dos autos para razões ao requerente
pelo prazo de 10 (dez) dias.
CAPÍTULO V
DA DEMISSÃO POR SENTENÇA CONDENATÓRIA
Art. 161. A perda do cargo em razão de processo penal por crime comum
ou de responsabilidade dependerá da apreciação, pelo Órgão Especial, da
repercussão do(s) fato(s) que motivou (motivaram) a decisão condenatória, no
exercício da função judicante, somente a autorizando aquela que, pela sua natureza
ou gravidade, tornar incompatível aquele exercício com a dignidade do cargo de
magistrado.
§ 1° O processo especial para apreciar-se a repercussão da decisão
condenatória transitada em julgado será iniciado com a respectiva indicação pelo
Conselho da Magistratura e obedecerá, no que lhe for aplicável, aos procedimentos
previstos no Título V, Capítulo III, deste Regimento, com a expedição da respectiva
portaria e demais atos que ali estão previstos para a instrução e julgamento.
65
§ 2° Decidindo o Órgão Especial, pelo "quorum" de 2/3, pela demissão do
magistrado, o Presidente do Tribunal expedirá o respectivo ato declaratório.
§ 3° Quando, pela natureza ou gravidade de infração penal, se torne
aconselhável o recebimento da denúncia ou queixa contra o magistrado, o Órgão
Especial poderá, também em sessão secreta e pelo voto de 2/3 de seus membros,
determinar o afastamento do cargo do magistrado acusado, até final decisão.
CAPÍTULO VI
DAS PENALIDADES APLICÁVEIS AO JUIZ NÃO VITALÍCIO
Art. 163. O processo disciplinar, contra Juiz não vitalício, será instaurado
dentro do biênio previsto no artigo 95, I, da Constituição Federal, mediante
indicação do Corregedor-Geral, seguindo, no que lhe for aplicável, o disposto neste
Regimento.
§ 1º A instauração do processo pelo Órgão Especial suspenderá o curso
do prazo de vitaliciamento.
§ 2º No caso de aplicação das penas de censura ou remoção
compulsória, o Juiz não vitalício ficará impedido de ser promovido ou removido
enquanto não decorrer prazo de um ano da punição imposta.
§ 3º Ao Juiz não vitalício será aplicada pena de demissão em caso de:
I – falta que derive da violação às proibições contidas na Constituição
Federal e nas leis;
II – manifesta negligência no cumprimento dos deveres do cargo;
III – procedimento incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de
suas funções;
IV – escassa ou insuficiente capacidade de trabalho;
V – proceder funcional incompatível com o bom desempenho das
atividades do Poder Judiciário.
§ 4º Aplicam-se ao processo disciplinar contra Juiz não vitalício as
normas do presente Regimento Interno, no que couber.
66
retrospectiva funcional e pessoal do magistrado não vitalício, aos efeitos da
aquisição da vitaliciedade.
CAPÍTULO VII
DA EXONERAÇÃO
67
§ 11. Negada a vitaliciedade, o Presidente do Tribunal de Justiça
expedirá o ato de exoneração.
CAPÍTULO VIII
DOS PRETORES
PARTE II
TÍTULO I
DA ORDEM DOS SERVIÇOS NO TRIBUNAL
CAPÍTULO I
DO REGISTRO
CAPÍTULO II
DO PREPARO E DA DESERÇÃO
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§ 4º A reprodução de peças pertinentes à formação de instrumentos
dependerá de prévio depósito de seu valor.
CAPÍTULO III
DA DISTRIBUIÇÃO
69
Art. 176. Os julgadores deverão comunicar, a qualquer tempo, ao
Departamento Processual o seu parentesco com Juízes, Procuradores e
Promotores de Justiça, Procuradores do Estado, Advogados e funcionários, bem
como outras hipóteses que impliquem impedimento ou suspeição.
Art. 178. Não concorrerá à distribuição geral, por sorteio, que se fará no
âmbito da seção a que pertencer, o Desembargador:
I – em férias ou afastado, por outro título, por período superior a 7 (sete)
dias;
II – que tiver requerido sua aposentadoria, desde a data em que for
protocolado seu pedido, observada a antecedência máxima de 60 (sessenta) dias.
§ 1º O Órgão Especial, pela maioria absoluta de seus membros, poderá
ordenar a suspensão, por período não superior a 30 (trinta) dias, da distribuição a
Desembargador que, com justo motivo, esteja em sobrecarga de serviço.
§ 2º Nas hipóteses do inciso I deste artigo, o Desembargador não
concorrerá à distribuição por sorteio das medidas de urgência no dia útil
imediatamente anterior ao início do afastamento.
§ 3º Na hipótese do inciso II, não se confirmando a aposentadoria, haverá
compensação correspondente ao período de suspensão.
71
VII – nos casos de substituição, a distribuição não previne a competência,
exceto ao substituto quanto a agravos regimentais, agravos internos e embargos de
declaração;
VIII – salvo nos casos de Câmaras dotadas de competência originária
para julgar determinada matéria, o Relator transferido continuará vinculado aos
processos não julgados no órgão fracionário anterior, os quais deverão ser julgados
no órgão jurisdicional originário, salvo deliberação contrária do Órgão Especial;
IX – na distribuição dos feitos do Órgão Especial, desde que esteja em
exercício mais de um julgador da Seção criminal ou cível, deverá,
preferencialmente, ser observada a natureza versada no processo;
X – o requerimento de que trata o artigo 1.012, § 3º, I, do Código de
Processo Civil será distribuído a um Relator por sorteio nos termos deste
Regimento.
Parágrafo único. O enquadramento equivocado de ação ou de recurso
em determinada subclasse, na hipótese em que o Relator, corrigida a erronia,
continuará sendo competente em razão da matéria, não autoriza a redistribuição,
devendo julgar o feito, procedendo-se oportuna compensação.
Art. 181. Nos processos conclusos há mais de 1 ano, fica vedado declinar
da competência, salvo se o feito distribuído na área cível versar sobre matéria
criminal, ou distribuído na Seção Criminal versar sobre matéria cível.
CAPÍTULO IV
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
TÍTULO II
DOS JUÍZES CERTOS
CAPÍTULO ÚNICO
DA VINCULAÇÃO
72
Art. 185. São Juízes vinculados:
I – os que tiverem lançado o relatório ou posto o ‘visto’ nos autos, salvo
motivo de força maior;
II – os que já tiverem proferido voto, em julgamento adiado, inclusive em
decisões não unânimes (CPC, art. 942);
III – os que tiverem participado de julgamento adiado em virtude de
pedido de vista ou de regime de discussão;
IV – os que tiverem participado de julgamento adiado, em virtude de
conversão em diligência relacionado com o mérito de arguição de
inconstitucionalidade ou de incidente de uniformização de jurisprudência;
V – os Relatores ou redatores do acórdão, nos embargos de declaração
e no julgamento de incidentes que devem ser apreciados pela Câmara.
§ 1° O exercício de função por eleição do Tribunal não constituirá motivo
de força maior.
§ 2° Se no mesmo processo houver mais de um "visto" de Relatores ou
Revisores simultaneamente em exercício, prevalecerá a competência do
Desembargador mais antigo na distribuição.
§ 3° Não se aplica o disposto no inciso IV ao Desembargador que esteja
afastado por mais de trinta (30) dias.
TÍTULO III
DO FUNCIONAMENTO DO TRIBUNAL
CAPÍTULO I
DAS SESSÕES
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Art. 188. O Conselho da Magistratura reunir-se-á, ordinariamente,
duas vezes por mês.
Órgão Sessão Ordinária Sessão Extraordinária
Conselho da Convocado pelo seu
2 vezes por mês
Magistratura Presidente ou pela Maioria
Convocado pelo seu
Órgão Especial 1 vez por mês
Presidente ou por 1/3
Turmas
De acordo com a necessidade Convocado pelo seu
Grupos
Presidente ou pela Maioria
Câmaras Ao menos 1 vez por mês
Art. 190. O Órgão Especial fixará os dias das reuniões ordinárias dos
órgãos fracionários, o que será publicado no Diário da Justiça Eletrônico.
Art. 191. Salvo nos casos urgentes de caráter administrativo, as
convocações para as sessões do Órgão Especial especificarão a matéria a ser
apreciada.
Art. 192. A hora do início das sessões será fixada pelo respectivo órgão
do Tribunal e sua duração dependerá da necessidade do serviço.
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Art. 195. O Presidente da sessão manterá a disciplina no ambiente,
devendo:
I – manter a ordem e o decoro na sessão;
II – advertir ou ordenar que se retirem da sala da sessão os que se
comportarem de modo inconveniente;
III – se possível, prender quem cometer infrações penais no curso da
sessão, autuando-os na forma prescrita pelo Código de Processo Penal, lavrado o
auto pelo Secretário;
IV – requisitar, quando necessário, força policial;
V – exortar os advogados e o órgão do Ministério Público a que discutam
a causa com educação e urbanidade, não tolerando o uso de termos ofensivos nem
de intervenções impróprias e cassando a palavra a quem, advertido, reincidir;
VI – determinar a apuração de crimes cibernéticos.
CAPÍTULO II
DAS AUDIÊNCIAS
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Art. 202. As audiências serão públicas, salvo nos casos previstos em lei
ou quando o interesse da Justiça determinar o contrário.
Art. 205. De tudo que ocorrer nas audiências, será lavrada ata.
CAPÍTULO III
DO RELATOR
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XIII – fiscalizar o pagamento de impostos, taxas, custas e emolumentos,
propondo, ao órgão competente do Tribunal, a glosa das custas excessivas;
XIV – lançar, nos autos, o relatório escrito, quando for o caso, no prazo
de 30 (trinta) dias, inclusive nos pedidos de revisão criminal, determinando, a seguir,
a remessa dos autos ao Revisor;
XV – encaminhar os autos à Secretaria com relatório, depois de elaborar
o voto, no prazo de 30 (trinta) dias depois da conclusão;
XVI – receber, ou rejeitar, quando manifestamente inepta, a queixa ou a
denúncia, nos processos de competência originária do Tribunal;
a) determinar o arquivamento da representação, dos inquéritos, das
conclusões das Comissões Parlamentares ou de outras peças informativas, quando
o requerer o Ministério Público, ou submeter à decisão do órgão competente do
Tribunal;
b) decretar a extinção da punibilidade, nos casos previstos em lei.
XVII – pedir dia para que o Tribunal delibere sobre o recebimento, a
rejeição da denúncia ou da queixa-crime ou a improcedência da acusação, se a
decisão não depender de outras provas ;
XVIII – examinar a legalidade da prisão em flagrante;
XIX – conceder e arbitrar fiança, ou denegá-la;
XX – presidir as audiências de que tratam os artigos 76 e 89 da Lei n°
9.099, de 26 de setembro de 1995, submetendo posteriormente a transação ou a
suspensão do processo à deliberação do órgão julgador;
XXI – decidir sobre a produção de prova ou a realização de diligência;
XXII – levar o processo à mesa, antes do relatório, para julgamento de
incidentes por ele ou pelas partes suscitados;
XXIII – ordenar, em mandado de segurança, ao despachar a inicial ou
posteriormente, até o julgamento, a suspensão do ato que deu motivo ao pedido,
quando relevante o fundamento e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da
medida, em caso de concessão;
XXIV – decretar, nos mandados de segurança, a perempção ou a
caducidade da medida liminar, “ex officio”, ou a requerimento do Ministério Público,
nos casos previstos em lei;
XXV – admitir assistente nos processos criminais de competência do
Tribunal;
XXVI – ordenar a citação de terceiros para integrarem a lide;
XXVII – admitir litisconsortes, assistentes e terceiros interessados;
XXVIII – realizar tudo o que for necessário ao processamento dos feitos
de competência originária do Tribunal e dos que subirem em grau de recurso;
XXIX – preencher o memorando de merecimento;
XXX – homologar desistências, acordos, renúncias e transações em
recursos, se for o caso, e em ações de competência originária do Tribunal;
XXXI – propor à Câmara ou ao Grupo seja submetido a julgamento pelas
Turmas ou pelo Grupo o incidente de uniformização da jurisprudência do Tribunal
de Justiça, o incidente de resolução de demandas repetitivas ou o incidente de
assunção de competência;
XXXII – observar as hipóteses legais e regimentais de tramitação
preferencial de ações e recursos;
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XXXIII – priorizar a tramitação e o julgamento de ações, processos ou
recursos e incidentes, observadas as preferências estabelecidas em leis, e quando
envolver interesses coletivos, transindividuais e difusos;
XXXIV – comunicar, à Primeira Vice-Presidência, a constatação de
demandas individuais repetitivas, em cumprimento ao artigo 139, inciso X, do
Código de Processo Civil;
XXXV – não conhecer do recurso ou pedido inadmissível, prejudicado ou
daquele que não tiver impugnado especificamente todos os fundamentos da
decisão recorrida, observado o disposto no parágrafo único do artigo 932 do Código
de Processo Civil;
XXXVI – negar ou dar provimento ao recurso quando houver
jurisprudência dominante acerca do tema no Supremo Tribunal Federal e Superior
Tribunal de Justiça com relação, respectivamente, às matérias constitucional e
infraconstitucional e deste Tribunal;
XXXVII – decidir o mandado de segurança quando for manifestamente
inadmissível, intempestivo, infundado, prejudicado ou improcedente, ou quando se
conformar com súmula ou jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de
Justiça, do Supremo Tribunal Federal ou deste Tribunal ou as confrontar;
XXXVIII – decidir o “habeas corpus” quando for manifestamente
inadmissível, infundado, prejudicado ou improcedente, ou se conformar com súmula
ou jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, do Supremo Tribunal
Federal ou deste Tribunal, ou as confrontar;
XXXIX – determinar, constatado vício sanável, inclusive aquele que possa
ser conhecido de ofício, a realização ou a renovação do ato processual, no próprio
Tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes;
XL – decidir as habilitações incidentes e os conflitos de competência e de
jurisdição quando sua decisão se fundar em súmula do Supremo Tribunal Federal,
do Superior Tribunal de Justiça e deste Tribunal, em tese firmada em julgamento de
casos repetitivos, em incidente de assunção de competência e em jurisprudência
dominante deste Tribunal.
Art. 207. O relatório nos autos, que deve conter a exposição sucinta
da matéria controvertida pelas partes e da que, de ofício, possa vir a ser objeto de
julgamento, é exigido:
I – nos processos de natureza cível, nos termos do artigo 931 do Código
de Processo Civil;
Art. 931. Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 dias, depois
de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria.
II – nos desaforamentos, nos pedidos de revisão criminal, nas apelações
criminais e nos embargos infringentes e de nulidade opostos nessas apelações;
III – nos processos e recursos administrativos de competência do Órgão
Especial.
§ 1° O relatório poderá ser resumido, restrito à preliminar de manifesta
relevância, limitando-se a esta matéria a sustentação oral.
§ 2° Na hipótese do inciso III, a Secretaria expedirá, em caráter
reservado, cópias do relatório e de peças indicadas pelo Relator para distribuição
aos componentes do órgão julgador.
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Art. 208. Ao Relator do acórdão compete:
I – determinar a remessa dos autos à distribuição, quando forem opostos
e recebidos embargos infringentes e de nulidade;
II – relatar os recursos regimentais interpostos dos seus despachos;
III – relatar, independentemente de nova distribuição, os embargos de
declaração opostos aos acórdãos que lavrar.
CAPÍTULO IV
DO REVISOR
CAPÍTULO V
DO JULGAMENTO
SEÇÃO I
DA PAUTA
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Art. 212. Serão incluídos em nova pauta os processos que não tiverem
sido julgados na sessão aprazada e os convertidos em diligência, salvo aqueles
expressamente adiados para a primeira sessão seguinte.
SEÇÃO II
DA ORDEM DOS TRABALHOS
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vencido no acórdão recorrido, seguindo-se os votos dos demais julgadores na
ordem de antiguidade, a partir do Revisor nos embargos.
§ 3° Os Desembargadores poderão antecipar o voto, se o Presidente
autorizar, nos casos em que houver concordância entre os votos do Relator e do
Revisor.
Art. 217. Ninguém falará durante a sessão sem que lhe seja dada a
palavra pelo Presidente, e os julgadores somente poderão apartear uns aos outros
com autorização do aparteado.
Parágrafo único. Os advogados ocuparão a tribuna para formularem
requerimentos, produzirem sustentação oral ou para responderem às perguntas que
lhes forem feitas pelos julgadores.
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Art. 228. Não se conhecendo do recurso em sentido estrito por ser
cabível a apelação, os autos baixarão à inferior instância, para processamento
desta, após o que retornarão ao mesmo Relator, se este permanecer na seção.
Art. 229. Poderão as partes, até dois dias úteis antes da sessão de
julgamento, apresentar memoriais aos julgadores, depositando os exemplares
exclusivamente na Secretaria do respectivo órgão, sendo que um deles ficará à
disposição dos interessados até a data do julgamento.
SEÇÃO III
DA APURAÇÃO DOS VOTOS
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§ 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na
mesma sessão ordinária, colhendo-se o voto do(s) outro(s) julgador(es) que
compõe(m) a Câmara.
§ 2º Não sendo possível a formação do “quorum” qualificado na mesma
sessão ordinária, o Presidente da Câmara deverá providenciar no sorteio e na
inclusão do processo em pauta, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da realização
da sessão de julgamento não unânime, considerado o tempo hábil para as
intimações legais.
§ 3º No prosseguimento do julgamento na sessão extraordinária,
será assegurado às partes e eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente
suas razões perante os novos julgadores, quando o recurso assim comportar.
§ 4º Até a proclamação do resultado final pelo Presidente nas sessões
ordinária e extraordinária, os votos de todos os julgadores poderão ser alterados.
§ 5º Nos impedimentos, licenças e férias, o julgamento prosseguirá na
forma do “caput”.
§ 6º O disposto neste artigo aplica-se ao julgamento não unânime
proferido em agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar
parcialmente o mérito.
§ 7º No julgamento dos embargos de declaração opostos contra o
acórdão proferido segundo a técnica prevista no artigo 942 do Código de Processo
Civil, será observado o “quorum” do acórdão embargado. Não sendo possível
observar a mesma composição, serão sorteados os membros remanescentes.
SEÇÃO IV
DA PROCLAMAÇÃO DO RESULTADO E DA ATA
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será declarada a classificação da infração, a qualidade e a quantidade das penas
impostas.
§ 1° Poderá ser corrigido o resultado da votação constante da ata e do
extrato, se não corresponder ao que foi decidido. A retificação será lançada na ata
da sessão em que for feita.
§ 2° A decisão do “habeas corpus”, do mandado de segurança, do
agravo de instrumento e da correição parcial será comunicada à origem, no mesmo
dia.
§ 3° Do extrato constarão o nome dos advogados que ocuparam a
tribuna.
Art. 237. De cada sessão será redigida, pelo Secretário, a respectiva ata
eletrônica, no Sistema Themis (2º Grau), da qual constarão:
I – o dia, mês e ano da sessão e a hora da abertura e encerramento;
II – os nomes dos julgadores que tenham presidido, os dos que
compareceram, pela ordem decrescente de antiguidade, e o do órgão do Ministério
Público;
III – os nomes dos advogados que ocuparam a tribuna, com a menção
dos processos em que atuaram;
IV – os processos julgados, sua natureza, número de ordem e comarca
de origem, o resultado da votação, o nome do Relator e dos julgadores vencidos,
bem como dos que se declararam impedidos;
V – as propostas apresentadas com a respectiva votação;
VI – a indicação da matéria administrativa tratada e votada;
VII – a menção de ter sido realizada a sessão, total ou parcialmente, em
segredo de justiça;
VIII – tudo o mais que tenha ocorrido.
Parágrafo único. A matéria administrativa submetida à apreciação do
Órgão Especial constará de ata separada, armazenada de forma eletrônica e,
preferencialmente, assinada digitalmente pelo Presidente e pelo Secretário.
SEÇÃO V
DAS NOTAS TAQUIGRÁFICAS E DOS ACÓRDÃOS
SEÇÃO VI
DAS NOTAS ESTENOTIPADAS E DOS DEPOIMENTOS, INTERROGATÓRIOS E
AUDIÊNCIAS
SEÇÃO VII
DA PUBLICIDADE DO EXPEDIENTE
Art. 246. Serão publicados no Diário da Justiça Eletrônico:
I – os despachos do Presidente, dos Vice-Presidentes e dos Relatores;
II – as pautas de julgamento;
III – as conclusões dos acórdãos, as ementas e demais decisões dos
órgãos julgadores;
IV – mensalmente, os dados estatísticos do mês anterior, relativo à
atividade judicante.
§ 1° As pautas de julgamento e as conclusões dos acórdãos consignarão
apenas os nomes dos advogados constituídos pelas partes que houverem assinado
petições ou requerimentos, salvo se ocorrer caso de outorga de poderes perante o
Tribunal, e houver requerimento de menção de seu nome nas publicações.
§ 2° Na hipótese da parte final do parágrafo anterior, será mencionado,
também, o nome do advogado que houver substabelecido com reserva de poderes.
§ 3° Ressalvadas as hipóteses previstas neste Regimento, não serão
feitas publicações no período de recesso judiciário, na forma da Resolução nº 244
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
SEÇÃO VIII
DA PRÁTICA ELETRÔNICA DOS ATOS PROCESSUAIS
Art. 247. Ações e recursos poderão ser submetidos a julgamento em
ambiente eletrônico, por meio de sessões virtuais, a critério do Relator, sem prejuízo
da realização das sessões presenciais.
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Art. 248. As partes e o Ministério Público, mediante petição, poderão se
opor ao julgamento em sessão virtual no prazo de até 02 dias úteis após a
publicação da pauta, o que implicará a exclusão do processo da sessão, por
determinação do Relator, e sua posterior inclusão em sessão presencial ou
telepresencial, salvo se essa providência implicar risco de perecimento de direito ou
à efetividade da prestação jurisdicional.
§ 1º Na hipótese do Caput, os processos poderão ser levados em mesa
ou pautados obedecendo à regra do art. 212 deste Regimento. Outras situações de
retirada ou exclusão de pauta poderão ser levadas à sessão de julgamento pelo
meio que garanta a eficaz prestação jurisdicional, presencial ou virtual.
§ 2º Em até 2 dias úteis antes da sessão de julgamento, poderão as
partes e o Ministério Público protocolar pedido de sustentação de argumentos
perante o colegiado, observadas as hipóteses previstas neste Regimento, que
consistirá na juntada de:
a) arquivo de texto em forma de memoriais eletrônicos; ou
b) arquivo de áudio ou de áudio e vídeo, com observância do tempo
regimental de sustentação e das devidas especificações de formato, de resolução e
de tamanho de arquivo, quando permitidos pelo sistema informatizado, sob pena de
não ser admitido.
TÍTULO I
DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
CAPÍTULO I
DO INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO
Art. 253. Arguida a in constitucionalidade de le i ou ato normativo do poder público em controle difuso, após a oitiva do Min istério Público e das partes, o Rela tor submeterá a questão ao órgão fracionário. Acolhid a a arguição, a questão será submetida ao Órgão Especia l.
Art. 254. O Rela tor, que preferencia lmente será o mesmo da causa ou recurso, mandará ouvir o Procurador-Geral de Justiça, com o prazo de 10 (dez) dia s, após o que la nçará rela tório nos autos, determinando a distrib uição de cópias deste, do acórdão e do parecer do Min istério Público aos demais componentes do Órgão Especial.
Parágrafo único. Quando o Relator não in tegrar o Órgão Especia l, o in cid ente será distribuído, se possível, a outro membro do órgão fracionário suscitador do in cid ente.
Art. 255. As pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, serão in timadas por meio eletrônico para manifestação no prazo de 10 (dez) dia s.
Art. 256. A parte le gitimada à propositura das ações previstas no art. 103 da Constituição Federal, se assim o requerer, será in timada por meio eletrônico para manifestação no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 257. Consid erando a rele vância da matéria e a representatividade dos postulantes, o Rela tor poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades no prazo de 10 (dez) dia s.
Art. 258. No julg amento, após o rela tório , facultar-se-á às partes, ao procuradorda autoridade responsável pelo ato impugnado, ao Procurador-Geral do Estado, quando in tervir, e ao Procurador-Geral de Justiça, a sustentação oral de suas razões, durante 15 (quin ze) minutos, seguindo-se a votação.
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Art. 259. A decisão declaratória ou denegatória da in constitucio nalid ade, se proferida por maioria de 2/3, constituirá, para o futuro, decisão de aplicação obrigatória em casos análogos, salvo se algum órgão fracionário , por motivo rele vante, entender necessário provocar novo pronunciamento do Órgão Especial sobre a matéria.
Parágrafo único. A decisão será comunicada a todos os Desembargadores.
Art. 260. Nos processos de competência orig in ária do Órgão Especia l, a arguição de in constitucionalid ade de lei ou ato normativo do poder público em controle difuso, no que couber, obedecerá ao disposto nos artigos 253 a 259 deste Regimento.
CAPÍTULO II
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Art. 261. A ação direta de in constitucio nalid ade de lei ou ato normativo estadual ou municip al perante a Constituição Estadual, inclusive por omissão, será dirig id a ao Presid ente do Tribunal, em três via s, e os documentos que in struírem a primeira deverão ser reproduzidos por cópia .
§ 1° Proposta a representação, não se admitirá desistência, ain da que, a fin al, o Procurador-Geral de Justiça se manifeste pela sua improcedência .
§ 2° Não se admitirá assistência a qualquer das partes.
Art. 262. Se houver pedido de medida cautela r para suspensão liminar do ato impugnado, presente rele vante in teresse de ordem pública, o Rela tor poderá submeter a matéria a ju lgamento na primeira sessão seguinte do Órgão Especial, dispensada a publicação de pauta.
§ 1° Se o Rela tor entender que a decisão da espécie é urgente, em face de relevante in teresse de ordem pública, poderá requerer ao Presidente do Tribunal a convocação extraordinária do Órgão Especia l.
§ 2° Decid ido o pedido liminar ou na ausência deste, o Rela tor determinará a notificação da(s) autoridade(s) responsável(eis) pelo ato impugnado,a fim de que, no prazo de 30 (trin ta) dias, apresente(m) as in formações entendidas necessária s, bem como ordenará a citação, com prazo de 20 (vinte) dia s, consid erando já o privilégio previsto no artigo 183 do Código de Processo Civil, do Procurador-Geral do Estado.
§ 3° Decorrid os os prazos previstos no parágrafo anterior, será aberta vista ao Procurador-Geral de Justiça, pelo prazo de (10) dez dias, para emitir parecer.
Art. 263. Recebidas as informações ou decorrido o prazo para prestá-la s, bem como o do Procurador-Geral do Estado, quando for ele citado, in dependentemente de nova vista, em 30 (trin ta) dia s será la nçado relatório, do qual a Secretaria remeterá cópia a todos os julg adores, in clu indo-se o processo em pauta na primeira sessão seguinte do Órgão Especial, cientes as partes.
Art. 264. No julg amento, após o rela tório , facultar-se-á ao autor, ao procurador da autoridade responsável pelo ato impugnado, ao Procurador-Geral do Estado, quando intervir, e ao Procurador-Geral de Justiça, a sustentação oral de suas razões, durante 15 (quinze) minutos, seguindo-se a votação.
Art. 265. Somente pelo voto da maio ria absolu ta dos membros do Órgão Especial será declarada a in constitucio nalid ade de lei ou ato normativo.
§ 1° Se não for alcançada a maio ria necessária à decla ração de inconstitucio nalid ade, estando ausentes Desembargadores em número que possam influir no julg amento, este será suspenso, a fim de serem colh idos oportunamente os votos faltantes, observadas no que couberem as disposições do artigo 223 deste Regimento.
§ 2° A decisão que declarar a in constitucionalid ade será imediatamente comunicada, pelo Presid ente do Trib unal, aos órgãos in teressados.
§ 3° Arguida a in constitucionalid ade de lei ou ato normativo federal, estadual ou municip al, em ação ou recurso de competência do Órgão Especial, será ela ju lgada em conformidade com o disposto nos artigos 253 a 259, no que for aplicável, ouvido o Procurador-Geral de Justiça, se ain da não se tiver manifestado sobre a arguição.
TÍTULO II
DO PEDIDO DE INTERVENÇÃO
Art. 266. O pedido de intervenção federal no Estado será encaminhado para o Supremo Tribunal Federal:
I – de ofício , mediante ato do Presid ente, para assegurar o livre exercício do Poder Judiciário , quando houver viola ção declarada pelo Órgão Especia l;
II – de ofício, mediante ato do Presid ente, após acolhida pelo Órgão Especia l, representação de qualquer de seus membros, do Tribunal Estadual, ou de Juízes de primeiro grau, quando se tratar de assegurar garantias do Poder Judiciário , o livre exercício deste ou de prover execução de ordem ou decisão judicia l;
III – de ofício , nos termos do in ciso II, quando se tratar de requerimento do Min istério Público ou de parte interessada, visando a prover execução de ordem ou decisão ju dicia l.
Art. 267. O exame de cabimento do pedido de intervenção federal no Estado compete ao Órgão Especia l em processo de in iciativa do Presid ente ou decorrente de representação. Neste caso, compete ao Presid ente:
I – mandar arquivá-la se a consid erar manifestamente in fundada,cabendo agravo regimental desta decisão;
II – se manifesta sua procedência , providencia r, administrativamente, para remover a respectiva causa;
III – frustrada a solu ção administrativa, determinar a remessa do pedido à distrib uição.
Art. 268. A intervenção nos Municípios, nos termos da Constituição Estadual, será promovida de ofício pelo Presid ente do Tribunal ou mediante representação do Procurador-Geral de Justiça.
§ 1° No caso de representação feita pelo in teressado nos autos da execução, serão estes encaminhados à Procuradoria-Geral de Justiça para os fins de direito.
§ 2° No caso de procedimento de ofício, será ouvid a, a fin al, a Procuradoria-Geral de Justiça.
Art. 269. Recebida a representação do Procurador-Geral de Justiça, ou determinada de ofício a medida, o Presid ente:
a) tomará as providências oficiais que lh e parecerem adequadaspara o esclarecimento e para a remoção da causa do pedido ou da medida;
b) no caso de representação, mandará arquivá-la se a consid erar manifestamente in fundada,cabendo deste despacho o agravo regimental.
Art. 270. Ultrapassadas as providências das letras "a" e "b" do artigo anterio r, será o processo distrib uído e o Rela tor solicitará informações à autoridade municipal, concedendo-lh e o prazo de 10 (dez) dias para prestá-la s, após o que se procederá de conformidade com os artigos 263 e seguintes deste Regimento, in clu sive quanto ao "quorum".
Art. 271. Acolh ida a representação, o Presidente do Tribunal imedia tamente comunicará a decisão aos órgãos do poder público interessados e requisitará a in tervenção ao Governador do Estado.
TÍTULO III
DOS INCIDENTES DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO
Art. 272. Arguida por qualquer das partes a suspeição ou o impedimento de julg ador, se ele a reconhecer, determinará a remessa dos autos ao substituto, salvo se for o Rela tor. Se o substituto entenderimprocedente a suspeição ou o impedimento, submeterá a divergência ao ju lgamento do Órgão Especia l.
Art. 273. Se a suspeição ou o impedimento não for reconhecido, o julg ador arguido mandará autuar a petição e dará resposta no prazo de 5 (cinco) dia s, podendo in struí-la e oferecer testemunhas.
Art. 274. Os incidentes de suspeição ou de impedimento, que obedecerão ao disposto nos Códig os de Processo Civil e de Processo Penal, conforme a natureza do feito, serão rela tados pelo 1° Vice-Presid ente.
§ 1° O Rela tor poderá reje itá-lo limin armente se manifestamente improcedente.
§ 2º Recebida a arguição, o Rela tor designará dia e hora para inquirição de testemunhas, com ciência das partes, levando o feito a julg amento.
§ 3° Se o Rela tor entender prescin dível a instrução, levará, desde logo, a arguição ao Tribunal para ju lgamento.
Art. 275. Julg ado procedente o incidente, será convocado substituto se necessário .
Art. 276. As normas deste título aplicam-se no que couber às hipóteses previstas no artigo 148 do Código de Processo Civil.
TÍTULO IV
DO CONFLITO DE JURISDIÇÃO, DE COMPETÊNCIA
E DE ATRIBUIÇÕES
Art. 277. Suscitado conflito de jurisdição, de competência ou de atribuições, o Rela tor requisitará in formações às autoridades em conflito, que ainda não as tiverem prestado. As in formações serão prestadas no prazo marcado pelo Rela tor.
Parágrafo único. Em caso de conflito, poderá o Relator determinar que se suspenda o andamento do processo, bem como desig nará um dos magistrados para resolver, em caráter provisório, as medidas urgentes.
Art. 278. Decorrid o o prazo, com informações ou sem elas, será ouvid o, em 5 (cinco) dia s, o Min istério Público, nos conflitos rela tivos às causas previstas no artigo 178 do Código de Processo Civil. Em seguida, se o Rela tor entenderdesnecessária s dilig ências, apresentará o conflito in cid ental a ju lgamento.
§ 1º Ao decidir o conflito incidental provindo do primeiro grau de ju risdição, o Tribunal decla rará qual o Juiz competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do Juiz incompetente.
§ 2º Os autos do procedimento em que se manifestou o conflito serão remetidos ao Juiz declarado competente.
Art. 279. Da decisão somente cabem embargos de declaração, cumprindo ao Rela tor expedir imediata comunicação aos magistrados em conflito, após decorrido o prazo recursal.
Art. 280. Na dúvida de competência, será Rela tor o mesmo do acórdão em que ocorreu a suscitação de dúvid a. Ouvido o Min istério Público, distribuídas cópia s dos acórdãos a todos os componentes do órgão ju lgador, será o in cid ente colocado em pauta na primeira sessão.
Art. 281. Não se conhecerá de conflito suscitado pela parte que, em causa cível, houver oposto exceção de in competência do ju ízo.
TÍTULO V
DOS RECURSOS REGIMENTAIS
Art. 282. É de 5 (cinco) dia s o prazo da in terposição do agravo regimental previsto neste Regimento.
§ 1° A petição do agravo regimental será protocolada e submetida ao prolator da decisão admin istrativa, que poderá reconsiderá-la ou submeter o recurso a julg amento do órgão ju lgador competente, computando-se também o seu voto.
§ 2° Somente quando o recurso for para o Órgão Especia l, o Presidente, como Relator, participará do ju lgamento. Nos demais casos de decisão do Presid ente, será sorteado Rela tor.
§ 3° Se for dado provimento ao recurso, o Juiz que proferir o primeiro voto vencedor será o Relator do acórdão.
§ 4° A in terposição do agravo regimental não terá efeito suspensivo.
Art. 283. Todos os demais recursos de decisões do Presidente, dos Vice-Presid entes e do Relator, admitidos em le i ou neste Regimento, que não tenhamrito próprio , obedecerão às normas estabele cidas neste título .
TÍTULO VI
DA UNIFORMIZAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA
Art. 284. Compete a qualquer julg ador, ao dar o voto na Câmara, Grupo ou Turma, solicitar o pronunciamento prévio do órgão competente acerca da interpretação do Direito quando:
I – verificar que, a seu respeito, ocorre divergência;
II – no julg amento recorrido, a interpretação for diversa da que haja dado outra Câmara, Grupo de Câmaras ou Turma.
Parágrafo único. A parte poderá, ao arrazoar o recurso ou em petição avulsa, requerer, fundamentadamente,que o julg amento obedeça ao disposto neste artigo.
Art. 285. Aprovada a proposição, será sobrestado o ju lgamento do feito e la vrado o acórdão pelo Relator se vencedor o seu voto, em caso contrário , pelo Relator que for desig nado.
§ 1° Rejeitada a proposição, prosseguirá o julg amento.
§ 2° Se a reje ição se fundar na impossib ilidade de haver divergência ou se esta ocorrer na votação, poderá ser renovado o exame da questão.
§ 3° Da decisão que suscitar o in cid ente não caberá recurso.
Art. 286. Suscitado o incidente, faculta-se a suspensão da tramitação de todos os processos nos quais o ju lgamento possa ter in flu ência , cumprindo ao Presid ente do respectivo órgão fazer a devida comunicação aos demais ju lgadores.
Art. 287. Assin ado o acórdão, serão os autos remetidos ao órgão competente, para pronunciamento sobre a divergência suscitada.
Parágrafo único. O Ministério Público terá vista dos autos por 10 (dez) dia s.
Art. 288. Oferecido o parecer, serão os autos do incidente apresentados na primeira sessão, distribuídas cópia s do acórdão a todos os ju lgadores.
Parágrafo único. O in cid ente de uniformização será distrib uído, se possível, ao mesmo Relator do acórdão ou outro julg ador do órgão suscitante.
Art. 289. No julg amento, feito o rela tório , será concedida a pala vra às partes para realizarem sustentação oral no prazo de 15 (quinze) min utos e após ao Min istério Público.
Parágrafo único. Depois do Rela tor, votarão, na medida do possível, os Relatores dos feitos in dicados como determinantes da divergência existente; serão recolh idos a seguir os votos dos demais ju lgadores, a começar pelo que se segue ao Relator do processo.
Art. 290. Reconhecida a divergência , o órgão competente dará a interpretação a ser observada, cabendo a cada ju lgador emitir o seu voto em exposição fundamentada.
Art. 291. A decisão uniformizadora, quando for tomada por maioria absolu ta de votos, será obje to de Súmula, obrigatoria mente publicada no Diário da Justiça Ele trônico e na Revista de Jurisprudência, constituindo precedente na uniformização da ju risprudência do Tribunal.
Parágrafo único. Se não for alcançada a maio ria absolu ta, e houver julg adores ausentes da sessão em razão de féria s, ou licença-prêmio, será suspensa a mesma, a fim de colh er os votos dos ju lgadores faltantes.
Art. 292. As Súmulas serão previamente aprovadas e numeradas, bem como registradas em livro próprio , para publicação na forma do artigo anterio r.
Art. 293. O acórdão prola tado no processo de uniformização da jurisprudência fixará as regras aplicáveis e a respectiva interpretação, mas não as aplicará.
Parágrafo único. Registrado o acórdão, os autos serão remetidos ao órgão suscitante para prosseguir no julg amento, aplicando ao caso o direito que for determinado.
Art. 294. Enquanto não modificadas, as Súmulas deverão ser observadas pelos órgãos julg adores.
Art. 295. A modificação das Súmula s, provocada na forma do artigo 284, poderá ser efetivada quando:
a) ocorrer modificação na doutrina ou na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal;
b) quando algum órgão ju lgador tiver novos argumentos a respeito do mesmo tema;
c) quando houver alteração na composição do órgão uniformizador capaz de mudar a orientação anterio r.
Art. 296. Também poderão ser in scritos na Súmula do Tribunal de Justiça os enunciados correspondentes às decisões firmadas, em três julg amentos em sessões sucessivas, pela maio ria absoluta dos membros do Órgão Especia l, das Turmas e dos Grupos, nas matérias de sua respectiva competência .
§ 1° O in cid ente de ju risprudência predominante será decidido pelo órgão julg ador, por provocação fundamentada de qualquer de seus in tegrantes, mediante a aprovação da maio ria absolu ta dos seus membros efetivos.
§ 2° A delib eração para a in clu são na Súmula será precedida de sorteio de Rela tor, que mandará dar vista ao Ministério Público pelo prazo de 10 (dez) dias e fará distribuir previa mente cópia do rela tório e dos precedentes in vocados.
§ 3° Por provocação fundamentada de julg ador in tegrante do órgão que aprovou o enunciado, a Súmula poderá ser revista, para modificação ou cancela mento, obedecido o procedimento do § 2°.
TÍTULO VII
DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS
Art. 297. O pedido de instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas será dirig ido ao Presid ente do Tribunal e distrib uído ao órgão competente na forma deste Regimento.
Art. 298. Incumbirá ao Núcle o de Gerenciamento de Precedentes (NUGEP) dar ampla publicid ade e divulgação da in stauração e ju lgamento do in cid ente, bem como promover o imediato registro ele trônico do obje to do in cid ente e do resultado do ju lgamento no Conselho Nacio nal de Justiça para a in clu são em cadastro.
TÍTULO VIII
DA CORREIÇÃO PARCIAL
Art. 299. No processamento da correição parcial, que competir às Câmaras Cíveis e Crimin ais Separadas, serão observadas as normas previstas no Código de Organização Judiciá ria do Estado e neste Regimento.
Art. 300. Nos casos urgentes, estando o pedido devidamente instruído, poderão ser dispensadas as informações do Juiz.
Art. 301. Julg ada a correição, far-se-á imedia ta comunicação ao Juiz, sem preju ízo de posterior remessa de cópia do acórdão.
Art. 302. Quando for deferido o pedido e envolver matéria disciplin ar, os autos serão encaminhados ao Corregedor-Geral da Justiça.
TÍTULO IX
DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS
Art. 303. A petição de restauração de autos, perdidos em tramitação no Tribunal, será dirig id a ao Presid ente e distrib uída na forma do artigo 173 deste Regimento. Os processos criminais que não forem da competência originária do Tribunal serão restaurados na primeira in stância.
Art. 304. O processo de restauração obedecerá ao prescrito no Código de Processo Penal e Código de Processo Civil.
TÍTULO X
DOS PROCESSOS CÍVEIS DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL
CAPÍTULO I
DO MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 305. Os mandadosde segurança da competência originária do Tribunal serão processados de conformidade com o disposto na le i e neste Regimento.
Parágrafo único. O ju lgamento em mandado de segurança contra ato do Presid ente do Tribunal de Justiça será presidido pelo 1° Vice-Presidente ou, no caso de ausência ou impedimento, pelo 2° Vice-Presidente, ou pelo Desembargador mais antigo dentre os presentes à sessão.
Art. 306. O Rela tor in deferirá a inicia l se não for o caso de mandado de segurança; se lhe faltar algum dos requisitos legais; ou se excedido o prazo para a sua impetração.
Art. 307. Da decisão do Relator que in deferir a in icia l, conceder ou negar limin ar caberá o agravo previsto no artigo 10, § 1º, e no artigo 16, parágrafo único, da Lei Federal nº 12.016,de 7 de agosto de 2009, no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 308. Anexadas aos autos as in formações ou certificado o decurso do prazo, sem que tenham sid o prestadas, citados eventuais litisconsortes necessários, abrir-se-á vista ao Min istério Público, in dependentemente de despacho, pelo prazo de 5 (cinco) dias. Decorrido este prazo, com ou sem parecer, os autos serão conclusos ao Relator, que, dentro de 5 (cin co) dias, pedirá sua in clu são na pauta para ju lgamento.
Parágrafo único. Nos julg amentos da competência do Órgão Especia l, das Turmas e dos Grupos, o Rela tor, antes de pedir dia, lançará nos autos o rela tório e determinará a extração de cópia s para serem distrib uídas aos demais Desembargadores.
Art. 309. No julg amento do mandado de segurança, as partes terão 15 (quin ze) min utos improrrogáveis, cada uma, para a sustentação oral. Salvo convenção em contrário, se vário s os impetrantes ou litisconsortes e não representados pelo mesmo advogado,o prazo será contado em dobro e divid ido igualmente entre os do mesmo grupo.
Art. 310. Julg ado procedente o pedido, o Presidente do órgão julg ador fará as comunicações necessária s.
§ 1° A comunicação à autoridade coatora do resultado do ju lgamento será imedia ta quando o ato não tiver sido limin armente suspenso ou for revogada a suspensão.
§ 2° A mesma comunicação deverá ser feita pelo Presidente do órgão julg ador quando,em grau de apela ção, for reformada a decisão de primeira in stância para conceder a segurança.
§ 3° Os originais, no caso de transmissão telegráfica, deverão ser apresentados à agência expedidora com as firmas devidamente autenticadas pelo Secretário do órgão ju lgador.
Art. 311. Em caso de urgência , o pedido de mandado de segurança poderá ser formulado por telegrama, radiograma ou outro meio eletrônico de autenticid ade comprovada,observados os requisitos legais, podendo o Rela tor determinar que, pela mesma forma, se faça a notificação à autoridade coatora.
Art. 312. No caso de renovação, prevista em lei, do pedido de mandado de segurança, os autos do pedido anterio r serão apensados ao novo.
CAPÍTULO II
DO MANDADO DE INJUNÇÃO E “HABEAS DATA”
Art. 313. No mandado de in junção, serão observadas as normas da Lei Federal nº 13.300, de 23 de ju nho de 2016. No “habeas data”, enquanto não promulgada a le gislação de regência , observar-se-ão, no que couber, o Código de Processo Civil e a Lei Federal n° 12.016/09.
CAPÍTULO III
DA AÇÃO RESCISÓRIA
Art. 314. A petição in icia l da ação rescisória conterá os requisitos exigid os no Códig o de Processo Civil e será instruída com a certid ão do trânsito em ju lgado da sentença rescin denda.O Relator a indeferirá nos casos previstos no artigo 968, § 3º, do Código de Processo Civil.
Parágrafo único. Da decisão que in defere a in icia l caberá agravo in terno para o órgão ju lgador.
Art. 315. Estando a petição em condições de ser recebida, o Relator determinará a citação do réu, assin ando-se prazo nunca in ferior a 15 (quin ze) dia s nem superior a 30 (trinta), para responderaos termos da ação. Findo o prazo, com ou sem resposta, observar-se-á, no que couber, o Código de Processo Civil.
Art. 316. Caberá ao Relator resolver quaisquer questões in cid entes, in clu sive a de impugnação do valo r da causa, e, se verificar a relevância de matéria preliminar que ponha a termo o processo, la nçará sucin to relatório e submetê-lo-á a julg amento do órgão competente.
§ 1° Caberá agravo in terno das decisões in terlocutórias proferidas pelo Rela tor.
§ 2° Serão remetidas cópia s do rela tório a todos os membros do órgão julg ador.
§ 3° As partes terão o prazo de 15 (quin ze) min utos improrrogáveis, cada uma, para a sustentação oral, observando-se, se houver litisconsortes, o que dispõe o presente Regimento.
Art. 317. O Juiz de Direito a quem for delegada a produção da prova conhecerá dos in cid entes ocorridos durante o exercício da função delegada, com os recursos cabíveis.
Parágrafo único. O Rela tor, ao delegar a competência , fixará o prazo de 1 (um) a 3 (três) meses para devolu ção dos autos.
Art. 318. Ultimada a instrução, será aberta vista, sucessivamente, ao autor, ao réu e ao Min istério Público, pelo prazo de 10 (dez) dias, para razões fin ais e parecer. Em seguida, os autos subirão ao Relator que la nçará relatório no prazo de 30 (trinta) dia s.
Parágrafo único. A Secretaria expedirá cópias do rela tório e de peças in dicadas pelo Relator para distribuição aos componentes do órgão julg ador.
Art. 319. O julg amento será processado na forma indicada neste Regimento.
TÍTULO XI
DOS PROCESSOS CRIMINAIS DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL
CAPÍTULO I
DO “HABEAS CORPUS”
Art. 320. O “habeas corpus” poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
Parágrafo único. Impetrado “habeas corpus” referente a mais de uma ação penal com matéria s de competência de órgãos ju lgadores diversos deste Tribunal, serão extraídas cópia s para formação de processos em número suficie nte para preservar a especialização.
Art. 321. Os órgãos ju lgadores do Tribunal têm competência para expedir de ofício ordem de “habeas corpus”, quando no curso do processo verificarem que alg uém sofre ou está na imin ência de sofrer coação ilegal.
Art. 322. O Rela tor, ou o Tribunal, se julg ar necessário, determinará a apresentação do paciente para in terrogá-lo .
Parágrafo único. Em caso de desobediência , o detentor será processado na forma da le i, e o Rela tor providenciará para que o paciente seja tirado da prisão e apresentado em sessão.
Art. 323. Se o paciente estiver preso, nenhummotivo escusará a apresentação, salvo se gravemente enfermo ou não se encontrar sob a guarda da pessoa a quem se atribuir a prisão.
Art. 324. O Rela tor poderá ir ao lo cal em que se encontrar o paciente, se este não puder ser apresentado por motivo de doença, podendo delegar o cumprimento da dilig ência a Juiz criminal de primeira in stância.
Art. 325. Recebidas ou dispensadas as informações, ouvido o Min istério Público, o “habeas corpus” será ju lgado na primeira sessão, podendo, entretanto, adia r-se o ju lgamento para a sessão seguinte.
Parágrafo único. O Rela tor poderá conceder medida liminar em favor do paciente até decisão do feito se houver grave risco de vio lê ncia , convocando-se sessão especia l, se necessário.
Art. 326. Ao Min istério Público, ao advogado do impetrante do curador e do autor da ação privada é assegurado o direito de sustentar e impugnar oralmente o pedido, no prazo de 10 (dez) min utos para cada um.
Art. 327. Concedido o “habeas corpus”, será expedida a respectiva ordem ao detentor, ao carcereiro ou à autoridade que exercer ou ameaçar exercer o constrangimento.
§ 1° Será utilizado o meio mais rápido para a sua transmissão.
§ 2° A ordem transmitid a por tele grama terá a assin atura do Presid ente ou do Rela tor autenticada no orig in al le vado à agência expedidora, no qual se mencionará essa circunstância .
§ 3° Quando se tratar de “habeas corpus” preventivo, além da ordem à autoridade coatora, será expedido salvo-conduto ao pacie nte, assin ado pelo Presidente ou pelo Rela tor.
Art. 328. Se a ilegalidade decorrer do fato de não ter sido o paciente admitid o a prestar fiança, esta será arbitrada na decisão.
Art. 329. Verificada a cessação de vio lência ou coação ile gal, o pedido será julg ado prejudicado, podendo,porém, o Tribunal decla rar a ile galid ade do ato e tomar as providências cabíveis para punição do responsável.
CAPÍTULO II
DAS AÇÕES PENAIS
SEÇÃO I
DA INSTRUÇÃO
Art. 330. Nos processos por in frações penais comuns ou funcio nais da competência originária do Tribunal, a denúncia ou a queixa-crime será dirig id a ao Presidente, que a mandará distrib uir na forma deste Regimento.
Art. 331. O Rela tor será o Juiz da instrução que se realizará segundo o disposto neste capítulo , na Lei n° 8.038, de 28 de maio de 1990, no Código de Processo Penal, no que for aplicável, e neste Regimento Interno.
Art. 332. O Rela tor terá as atribuições que a le gislação processual confere aos Juízes sin gulares, bem como as constantes no presente Regimento.
Art. 333. Apresentada a denúncia ou a queixa ao Tribunal, far-se-á a notificação do acusado para oferecer resposta no prazo de 15 (quin ze) dias.
§ 1° Com a notificação, serão entregues ao acusado cópia s da denúncia ou da queixa, do despacho do Relator e dos documentos por este in dicados.
§ 2° Se desconhecido o paradeiro do acusado, ou se este cria r dificuldades para que o oficial cumpra a diligência , proceder-se-á a sua notificação por edital, contendo o teor resumido da acusação, para que compareça ao Tribunal, em 5 (cinco) dias, onde terá vista dos autos pelo prazo de 15 (quinze) dias, a fim de apresentar a resposta prevista neste artigo.
§ 3° Se, com a resposta, forem apresentados novos documentos, será intimada a parte contrária para sobre ele s se manifestar, no prazo de 5 (cin co) dias. Nas queixas-crimes, será ouvid o, em igual prazo, o Ministério Público.
Art. 334. A seguir, o Rela tor pedirá dia para que o Tribunal delib ere sobre o recebimento, a reje ição da denúncia ou da queixa, ou a improcedência da acusação, se a decisão não depender de outras provas.
§ 1° No julg amento de que trata este artigo, será facultada sustentação oral pelo prazo de 15 (quin ze) min utos, primeiro à acusação, depois à defesa.
§ 2° Nas ações penais privadas, será facultada a in tervenção oral do Min istério Público, depois das partes.
§ 3° Encerrados os debates, o Tribunal passará a delib erar, determinando o Presid ente as pessoas que poderão permanecer no recin to, observado o disposto no artigo 246.
Art. 335. Recebida a denúncia ou a queixa, o Relator designará dia e hora para in terrogatório , mandando citar o acusado ou o querelado e in timar o órgão do Ministério Público, bem como o querelante ou o assistente, se for o caso.
Parágrafo único. Se o acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o Rela tor determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, propor sua prisão preventiva.
Art. 336. O prazo para a defesa prévia será de 5 (cin co) dia s, contando do interrogatório ou da in timação do defensor dativo.
Art. 337. A instrução obedecerá, no que couber, ao procedimento comum do Código de Processo Penal.
§ 1° O Rela tor poderá delegar ou deprecar a realização do interrogatório ou de outro ato da in strução, a Juiz ou a membro do Trib unal com competência territoria l no lo cal de cumprimento da carta de ordem ou da carta precatória .
§ 2° Nas intimações dos réus, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no artigo 370 do Código de Processo Penal.
§ 3° A critério do Rela tor, poderá ser determinado que as intimações se façam por mandado ou por carta registrada com aviso de recebimento.
Art. 338. Conclu ída a inquirição das testemunhas, serão in timadas a acusação e a defesa para requerimento de diligência s, no prazo de 5 (cin co) dias.
Art. 339. Realizadas as diligência s ou não sendo estas requeridas, nem determinadas pelo Relator, serão intimadas a acusação e a defesa, para, sucessivamente, apresentarem, no prazo de 15 (quin ze) dia s, alegações escritas.
§ 1° Será comum o prazo da acusação e do assistente, bem como o dos corréus.
§ 2° Na ação penal de in iciativa privada, o Min istério Público terá vista por igual prazo, após as alegações das partes.
§ 3° O Rela tor poderá, após as alegações escritas, determinar, de ofício, a realização de provas reputadas imprescindíveis para o ju lgamento da causa.
Art. 341. As testemunhas de acusação serão ouvid as dentro do prazo de 20 (vinte) dia s, quando o réu estiver preso, e de 40 (quarenta) dias, quando solto.
Parágrafo único. Estes prazos começarão a correr depois de fin do o prazo da defesa prévia ou se tiver desistência, da data do in terrogatório ou do dia em que este deveria ter sido realizado.
Art. 342. Sempre que o Rela tor concluir a instrução fora do prazo, consig nará nos autos o motivo da demora.
Parágrafo único. A demora determinada no interesse da defesa, ou por motivo de força maio r, não será computada nos prazos fixados no artigo anterio r.
Art. 343. Nenhum acusado, ainda que foragido, será processado sem defensor. Se não o tiver, ser-lhe-á nomeado pelo Rela tor, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação.
§ 1° Se o réu não comparecer, sem motivo justificado, no dia e a hora desig nados, o prazo para defesa será concedido ao defensor constituído ou ao nomeado pelo Relator.
§ 2° O acusado que não for pobre será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo Órgão ju lgador.
Art. 344. O defensor não poderá abandonaro processo senão por motivo imperio so, a critério do Rela tor.
Parágrafo único. A falta de comparecimento do defensor, ain da que motivada, não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo o Relator ou Juiz instrutor nomear substituto, ain da que para o só efeito do ato.
Art. 345. As partes poderão desistir do depoimento de qualquer das testemunhas arroladas se considerarem suficie ntes as provas que hajam sido produzidas. Manifestada a desistência, será ouvida a parte contrária e haja ou não concordância , o Rela tor decidirá da conveniência de ouvir ou dispensar a testemunha.
Art. 346. Se as testemunhas de defesa não forem encontradas e o acusado, dentro de 3 (três) dias, não indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.
Art. 347. O Rela tor, quando julg ar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, alé m das in dicadas pela s partes, bem como as referidas.
SEÇÃO II
DO JULGAMENTO
Art. 348. Finda a in strução, decorridos os prazos a que se refere o artigo 338, o Rela tor, no prazo de 10 (dez) dias, lançará relatório escrito, que será distribuído a todos os membros do Órgão julg ador, e determinará a remessa do processo ao Revisor. Este, depois de examiná-lo , pelo mesmo prazo do Rela tor, pedirá designação de dia para o julg amento.
Parágrafo único. O Revisor no Órgão Especia l, será, preferencia lmente, o ju lgador da Seção Criminal que se seguir ao Rela tor na ordem decrescente de antiguidade.
Art. 349. Desig nado o dia, o feito será in clu ído na pauta a ser publicada no Diá rio da Justiça Ele trônico nos termos previstos pelo art. 211, sob a forma de edital de ju lgamento, para os efeitos do parágrafo 2° do art. 370 do Código de Processo Penal.
Art. 350. Se o querelante deixar de comparecer sem motivo ju stificado, será decla rada de ofício a perempção da ação penal. Se a ação for privada, por delito de ação pública e o querelante não comparecer, o Min istério Público tornar-se-á parte prin cipal, prosseguindo-se no julg amento.
Art. 351. Se alguma das partes deixar de comparecer, com motivo justificado, a critério do Órgão julg ador, a sessão será adiada.
Art. 352. Feito o rela tório , a acusação e a defesa terão, sucessivamente, nessa ordem, o prazo de 1 (uma) hora para sustentação oral, assegurado ao assistente 1/4 do tempo da acusação.
Parágrafo único. Nas ações penais privadas, será facultada a in tervenção oral do Min istério Público, depois das partes.
Art. 353. Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinarão entre si a distribuição do tempo que, na falta de entendimento, será marcado pela Presid ência .
Art. 354. Encerrados os debates, o Trib unal passará a proferir o julg amento, seguindo-se ao voto do Relator o do Revisor e ao deste o do Desembargadorimediato na ordem decrescente de antiguidade.
Art. 355. O julg amento será público, podendo o Presid ente limitar a presença no recinto às partes e seus advogados, ou somente a estes, se o interesse público exig ir.
Art. 356. Ocorrendo caso de extinção da punibilid ade, suscitado pela s partes ou de ofício , a matéria será destacada, assegurando-se a cada uma das partes o prazo de 15 (quinze) min utos para fala r sobre o incidente.
Art. 357. Aos acórdãos proferidos em ação penal originária somente podemser opostos embargos declaratório s, recurso especial e extraordinário.
CAPÍTULO III
DA REVISÃO
Art. 358. A revisão crimin al será admitida nos casos previstos em lei.
Art. 359. O requerimento será distribuído a um Rela tor e a um Revisor, devendo funcionar como Rela tor Desembargador que não tenha pronunciado decisão em qualquer fase do processo; se isto não for possível, no âmbito da seção crimin al, será Relator um componente da seção cível.
Art. 360. Sempre que aju izada revisão criminal referente a mais de uma ação penal, o pedido será desmembrado de forma a preservar a especialização.
Art. 361. O julg amento processar-se-á de conformidade com a le i e as normas prescritas neste Regimento.
Art. 362. Aos acórdãos proferidos em processos de revisão só podem ser opostos embargos de decla ração, recursos especial e extraordinário.
Art. 363. Do acórdão que ju lgar a revisão se ju ntará cópia aos processos revistos e, quando for modificativo das decisões proferidas nesses processos, dele também se remeterá cópia autenticada ao Juiz da execução.
TÍTULO XII
DOS RECURSOS CÍVEIS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 364. Os recursos de agravo de in strumento e de apela ção serão ju lgados na conformidade com as normas já editadas neste Regimento e o disposto no Código de Processo Civil.
Art. 365. Os recursos cíveis opostos aos acórdãos do Tribunal são os seguintes:
I – embargos de decla ração;
II – recurso ordinário das decisões denegatórias de mandado de segurança;
III – recurso especia l;
IV – recurso extraordinário .
Art. 366. Os recursos cíveis cabíveis contra decisão monocrática do Relator são os seguintes:
I – embargos de decla ração;
II – agravo in terno.
Art. 367. Os recursos cabíveis contra decisão monocrática do Presidente e dos Vice-Presidentes são os seguintes:
I – embargos de decla ração;
II – agravo em recursos especial e extraordinário;
III – agravo interno.
Art. 368. Ao recurso adesivo aplicam-se as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissib ilidade, preparo e julg amento.
Art. 369. Os prazos para recurso contam-se da publicação das decisões. Quando houver incorreção na publicação, contam-se da retificação.
Art. 370. O pedido de efeito suspensivo aos recursos de apela ção (art. 1.012, § 3º, do CPC), especial e extraordinário (art. 1.029, § 5º, do CPC), será:
I – distrib uído por sorteio , observada eventual prevenção, no período compreendido entre a in terposição da apela ção e sua distrib uição, ficando o Rela tor desig nado para seu exame prevento para ju lgá-la ;
II – dirigido ao Rela tor, se já distrib uída a apela ção;
III – encaminhado ao Presidente ou Vice-Presid ente, no período compreendido entre a in terposição do recurso extraordinário e especial e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sid o sobrestado, nos termos do artigo 1.037 do Código de Processo Civil.
Art. 371. Quando houver plu ralidade de recursos no mesmo processo, a vista às partes processar-se-á do seguinte modo:
a) havendo 2 (dois) ou mais litigantes e se o prazo for comum, a vista será aberta na Secretaria ;
b) se não ocorrer a hipótese da letra "a", a vista será fora da Secretaria.
CAPÍTULO II
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Art. 372. Os embargos de declaração serão opostos e processados na forma dos artigos 1.022 a 1.026 do Código de Processo Civil.
Art. 373. A petição de embargos será dirig id a ao Relator ou ao Redator da decisão ou do acórdão, independentemente de preparo.
CAPÍTULO III
DO AGRAVO INTERNO
Art. 374. Contra decisão do Rela tor e dos Vice-Presid entes no exercício da função delegada caberá agravo in terno ao órgão competente.
§ 1º A petição do agravo interno será dirigid a ao Rela tor, que determinará a intimação do agravado para responderno prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º Em seguida, o recurso será submetido ao prolator da decisão agravada, que poderá reconsiderá-la ou submeter o agravo in terno a ju lgamento pelo órgão competente.
§ 3º Se for dado provimento ao recurso, o Desembargador que proferir o primeiro voto vencedor será o Rela tor do acórdão.
Art. 375. No julg amento do agravo in terno, deverá ser observado o que dispõe o § 3º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil.
CAPÍTULO IV
DO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 376. O recurso ordinário para o Superio r Trib unal de Justiça, das decisões denegatória s de mandado de segurança, julg ados em in stância orig in ária pelo Tribunal, será in terposto no prazo de 15 (quin ze) dia s, perante o 1º Vice-Presid ente, em se tratando de matéria cível, ou perante o 2º Vice-Presid ente, em se tratando de matéria criminal, com as razões do pedido de reforma.
CAPÍTULO V
DOS RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO
Art. 377. Os recursos extraordinário e especial, no cível e no crime, serão interpostos e processados perante as Vice-Presidências nos termos da Constituição Federal, da le gisla ção processual e deste Regimento.
CAPÍTULO VI
DA REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO
Art. 378. Qualquer das partes ou o agente do Min istério Público poderá representar contra Desembargadorou contra Juiz convocado para servir no Tribunal de Justiça, que exceder os prazos previstos em le i ou neste Regimento.
§ 1° Recebida a petição, o Presidente notificará o representado para, no prazo de 15 (quinze) dias, alegar o que entender conveniente.
§ 2° Decorrid o o prazo de defesa, o Presid ente colo cará a representação em mesa na primeira sessão do Órgão Especial, que poderá determinar, alé m de outras provid ência s previstas em le i, a redistrib uição, mediante oportuna compensação.
§ 3° Independentemente de recla mação das partes, excedidos em mais de 120 (cento e vinte) dia s os prazos previstos neste Regimento, o Serviço de Processamento de Dados automaticamente redistribuirá o processo, mediante oportuna compensação, cabendo ao Presid ente do Tribunal, da seção cível ou crimin al, conforme o caso, requisitar os respectivos autos.
§ 4° Aplica-se aos feitos administrativos, que tramitarem em quaisquer órgãos deste Tribunal, o disposto no parágrafo anterior.
TÍTULO XIII
DOS RECURSOS CRIMINAIS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 379. Os recursos em sentido estrito, apelação e carta testemunhável serão ju lgados na forma deste Regimento e do disposto no Código de Processo Penal, observando-se no que forem aplicáveis, subsid ia riamente, as normas previstas para os recursos cíveis.
Art. 380. Os recursos criminais opostos aos acórdãos do Tribunal são os seguintes:
I – embargos de decla ração;
II – embargos de nulidade e infrin gentes de nulid ade;
III – recurso ordinário das decisões denegatória s de “habeas corpus”;
IV – recurso especial;
V – recurso extraordinário.
Art. 381. O recorrente, com exceção do órgão do Ministério Público, poderá, a qualquer tempo, in dependentemente da audiência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso in terposto.
CAPÍTULO II
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Art. 382. Os embargos de declaração serão opostos e processados na forma do Código de Processo Penal, observando-se, no que for aplicável, as normas prescritas neste Regimento para os embargos de decla ração no cível.
CAPÍTULO III
DO RECURSO ORDINÁRIO EM “HABEAS CORPUS”
Art. 383. O recurso ordinário para o Superio r Trib unal de Justiça, das decisões denegatória s de “habeas corpus”, será in terposto no prazo de 5 (cinco) dia s, nos próprio s autos em que se houver proferido a decisão recorrida, com as razões do pedido de reforma.
Art. 384. A petição de in terposição do recurso, com o despacho do Relator, será, até o dia seguinte ao último do prazo, entregue ao Secretário, que certificará, no termo de juntada, a data da entrega.
Art. 385. Interposto o recurso por termo, o Secretário fará conclu sos os autos ao Rela tor, até o dia seguinte ao último do prazo.
Art. 386. Admitid o o recurso, terá vista dos autos, por 48 (quarenta e oito) horas, o representante do Ministério Público.
Art. 387. Conclu sos os autos, o Relator determinará a respectiva remessa ao Superio r Tribunal de Justiça, dentro de 5 (cin co) dia s.
CAPÍTULO IV
DOS EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
Art. 388. Quando não for unânime a decisão de segundo grau, desfavorável ao réu, admitir-se-ão embargos in fringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação do acórdão. Se o desacordo for parcia l, os embargos serão restritos à matéria obje to da divergência.
Art. 389. Recebidos os embargos, será aberta vista ao embargado para, no prazo de 5 (cin co) dias, impugná-lo s. Ao assistente conceder-se-á o prazo de 3 (três) dias, após ao Ministério Público, para razões.
Art. 390. Observar-se-ão, no que for aplicável, as normas prescritas no Código de Processo Civil.
TÍTULO XIV
DAS EXECUÇÕES
Art. 391. A execução de decisão condenatória cível, em processo de competência originária do Tribunal, competirá ao Rela tor do acórdão, aplicando-se, no que couberem, as disposições das leis processuais.
§ 1° Na hipótese de afastamento ou ausência do Relator, os autos serão remetidos ao seguin te na antiguidade que tenha participado do ju lgamento.
a) ao Juiz da Vara das Execuções com ju risdição sobre os sentenciados recolh idos ao estabele cimento prisio nal onde deverá ser cumprida a pena privativa de liberdade aplicada;
b) ao Juiz da Vara da Execução onde reside ou tem domicílio o condenado,nas hipóteses de suspensão da execução da pena privativa de liberdade aplicada, de cumprimento de pena restritiva de direitos imposta no acórdão ou de concessão de livramento condicio nal.
TÍTULO XV
DA HABILITAÇÃO INCIDENTE
Art. 392. A habilitação cabe quando,por fale cimento de qualquer das partes, os interessados houverem de suceder-lhe no processo, podendo ser requerida:
I – pela parte em rela ção aos sucessores do fale cid o;
II – pelo s sucessores do falecid o em relação à parte.
Art. 393. A habilitação processar-se-á perante o Rela tor da causa e será julg ada na forma prevista pelo Códig o de Processo Civil e neste Regimento.
Art. 394. Autuada e registrada a petição inicia l, o Rela tor ordenará a citação dos requeridos para contestar a ação no prazo de 5 (cin co) dia s.
Art. 395. Preparado o processo, serão os autos conclu sos ao Rela tor, que, apresentado-o s em mesa, relatará o in cid ente e, com os demais Juízes, julg ará a habilitação.
Art. 396. A habilitação será processada nos próprios autos e, independentemente de sentença, apreciada no ju lgamento da causa, quando:
I – promovida pelo cônjuge e herdeiros necessários, desde que provem, por documento, a sua qualid ade e o óbito do falecid o;
II – em outra causa, sentença passada em ju lgado houver atribuído ao habilitando a qualid ade de herdeiro ou sucessor;
III – o herdeiro for incluído sem qualquer oposição no in ventário ;
IV – estiver decla rada a ausência ou determinada a arrecadação da herança ja cente;
V – oferecidos os artigos de habilitação, a parte reconhecer a procedência do pedido e não houver oposição de terceiros.
Art. 397. Passado em ju lgado a sentença de habilitação, a causa prin cip al retomará o seu curso.
Art. 398. Aplica-se à suspensão do processo, no que couber, o artigo 313 e parágrafos, do Código de Processo Civil.
TÍTULO XVI
DAS REQUISIÇÕES DE PAGAMENTO
Art. 399. As requisições de pagamento das importância s devidas pela Fazenda Estadual e Municipal ou pelo INSS em caso de competência orig in ária da Justiça Estadual, em virtude de sentença, serão dirigid as ao Presid ente do Trib unal pelo órgão ju lgador ou pelo magistrado da execução, mediante precatório , ressalvada hipótese de requisição de pequeno valo r.
Art. 400. Os precatórios serão expedidos em formulário padronizado, contendo os dados estabelecid os em específico Ato da Presidência do Tribunal de Justiça.
Art. 401. Em sistema ele trônico próprio, serão registrados os precatório s de acordo com a ordem cronológica de apresentação no Tribunal, bem como os pagamentos autorizados, com a in divid ualização de cada requerente.
Parágrafo único. Os dados registrados ele tronicamente destinam-se ao controle , consulta e arquivo do Trib unal.
Art. 402. Deferida a requisição, será feita comunicação, por ofício , ao órgão julg ador ou Juiz requisitante, para ser juntado aos autos da execução, bem como, oportunamente,à entidade devedora, para fins de inclusão do crédito no seu orçamento.
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Art. 403. Os pagamentos serão realizados de acordo com a
disponibilidade da verba orçamentária colocada à disposição do Tribunal e
observarão rigorosamente a ordem cronológica de apresentação dos precatórios.
Parágrafo único. Se não houver verba suficiente para saldar os
pagamentos de dívidas de vários interessados habilitados no mesmo precatório,
será feito entre eles o rateio proporcional, em pagamento parcial.
Art. 404. Poderá ser convocado Juiz de Direito para atuação na Central de Conciliação e Pagamento de Precatórios, competindo-lh e a prática dos atos necessários à regula r tramitação e pagamento dos precatório s, nos termos do ato administrativo que discip lina a matéria .
Art. 405. Das decisões no processamento dos precatório s caberá recurso ao Presid ente, no prazo de 5 (cin co) dia s.
§1º O Presidente poderá:
I – não conhecer do recurso manifestamente in admissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
II – negar provimento ao recurso manifestamente improcedente ou que estiver em confronto com:
a) súmula do Supremo Trib unal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio Tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superio r Tribunal de Justiça em ju lgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência ;
d) entendimento coin cid ente com orientação vin cula nte firmada no âmbito admin istrativo deste Tribunal, de cunho normativo.
§ 2º Da decisão monocrática caberá agravo regimental para o Órgão Especia l, no prazo de 5 (cinco) dia s.
Art. 406. As partes e seus procuradores serão intimados das decisões e demais atos praticados nos precatório s através de publicação no Diário da Justiça Ele trônico.
P A R TE I V
DA ALTERAÇÃO E DA APLICAÇÃO DO REGIMENTO
TÍTULO I
DA REFORMA
Art. 407. Qualquer Desembargador pode propor a reforma do Regimento, em proje to escrito e articula do, que será submetido à Comissão de Organização Judiciária , Regimento, Assuntos Admin istrativos e Legislativos para apreciação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1° Rejeitada a proposta de reforma, por decisão terminativa da Comissão, o proje to será arquivado.
§ 2° No caso do parágrafo anterio r, o interessado poderá requerer a remessa ao Órgão Especial no prazo de 5 (cinco) dias, contados da cie ntificação da decisão.
§ 3° Em casos de maior comple xidade, o prazo para o parecer da Comissão poderá ser duplicado.
Art. 408. Acolh ida a proposta de reforma, o projeto e o parecer da Comissão serão encaminhados ao Órgão Especial.
Art. 409. O Rela tor in clu irá a matéria na primeira sessão admin istrativa que se seguir à distrib uição e fará enviar cópia s do projeto, do parecer e, quando for o caso, do recurso, aos demais membros do Órgão Especia l.
Art. 410. Se forem apresentadas emendas ao proje to, o julg amento poderá ser suspenso para nova delib eração da Comissão de Organização Judiciária, Regimento, Assuntos Administrativos e Legisla tivos.
Art. 411. A aprovação do proje to de reforma do Regimento dependerá dos votos favoráveis da maioria absolu ta dos membros do Órgão Especial.
Art. 412. Salvo disposições em contrário, as alterações do Regimento entrarão em vigor na data de sua publicação no Diário da Justiça Ele trônico.
Art. 413. As alterações aprovadas serão datadas e numeradas em ordem consecutiva e inin terrupta.
TÍTULO II
DA INTERPRETAÇÃO
Art. 414. Cabe ao Órgão Especial in terpretar este Regimento, mediante provocação de qualquer de seus componentes.
§ 1° A divergência de in terpretação entre os órgãos ju lgadores será submetida ao Órgão Especia l, para fixar a que deva ser observada, ouvida previa mente a Comissão de Organização Judiciá ria , Regimento, Assuntos Admin istrativos e Legisla tivos, em parecer escrito.
§ 2° Se o Órgão Especia l entenderconveniente, baixará ato in terpretativo.
Art. 415. Nos casos omissos, serão subsid iá rios deste Regimento os do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
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