Analise de Solos para Fundacoes Unidade I
Analise de Solos para Fundacoes Unidade I
Analise de Solos para Fundacoes Unidade I
UNIDADE I
INVESTIGAÇÕES DE SOLOS
Elaboração
Mateus Arlindo da Cruz
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE I
INVESTIGAÇÕES DE SOLOS............................................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 1
TIPOS DE SONDAGENS................................................................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 2
TIPOS DE AMOSTRAGEM DE SOLOS E ROCHAS............................................................................................................. 11
CAPÍTULO 3
AVALIAÇÃO DE LAUDOS DE SONDAGEM......................................................................................................................... 17
CAPÍTULO 4
PRÁTICAS DE SONDAGEM...................................................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................29
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INVESTIGAÇÕES DE SOLOS UNIDADE I
CAPÍTULO 1
TIPOS DE SONDAGENS
» Dilatômetros (Marchetti);
» Prova de cargas;
» Cross-Hole.
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Investigações de solos | UNIDADE i
Outro processo de investigação direta do solo ocorre por meio de poços e trincheiras,
nos quais são feitas escavações com a finalidade de retirar amostras de solos e realizar
inspeções diretas do terreno, conforme a profundidade. A diferença entre poços e
trincheiras é que os poços têm seções circulares (permitem a passagem de operários)
e possuem profundidade maiores que as trincheiras, já as trincheiras têm seções
retangulares e são comumente chamadas de valas.
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A sondagem a trado pode ser executada com trados manuais ou mecânicos. É uma
das sondagens mais baratas e rápidas para a execução, não exige equipamentos
sofisticados e mão de obra especializada, porém limita-se à profundidade do nível
d’água e obtêm-se informações somente sobre o tipo de solo que o trado atravessa,
não sendo possível a sua visualização, como no caso das trincheiras. O ensaio é
regido pela NBR 9603:2015 – Sondagem a trado – Procedimento.
O aparelho para a realização da sondagem rotativa possui em sua ponta uma coroa
diamantada, a qual gira em velocidades variadas. Com a pressão produzida por um
macaco hidráulico, corta a rocha, gerando os testemunhos e medindo o nível de
resistência. Pela complexidade do equipamento a sondagem rotativa tem um
custo elevado, sendo recomendada em solos com presença de matacões e maciços
rochosos.
O CPT tem como vantagens a alta confiabilidade dos resultados devido a sua
precisão, o baixo tempo de execução e agilidade nos resultados, a cravação da
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Com base nos principais ensaios de investigação dos solos citados neste capítulo,
pode-se resumir o tipo de ensaio destinado a cada material e as informações que o
ensaio gera. Esses dados estão apresentados na tabela 2.
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CAPÍTULO 2
TIPOS DE AMOSTRAGEM DE SOLOS E ROCHAS
As amostras de solos e rochas podem ser classificadas quanto a sua forma de coleta
(pontuais, canais e planares) ou de acordo com o estado em que elas se encontram
(deformadas ou indeformadas). O tipo de amostra a ser colhida está diretamente
ligado ao tipo de prospecção a ser realizada no solo.
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deformadas. As amostras deformadas, por sua vez, são oriundas de prospecções que
retiram o solo por meio da destruição das suas características in situ.
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Outro aspecto a ser cuidado para a coleta das amostras de solos e rochas é o tipo do
amostrador utilizado. Existem inúmeros tipos de amostradores, cada um para uma
finalidade diferente. A seguir será explanado sobre cada tipo de amostrador e suas
aplicações.
O amostrador de tubo aberto é um tubo de aço longo com roscas de parafusos em cada
uma de suas extremidades. Esse tipo de amostrador pode ser cravado com auxílio de
um martelo deslizante ou, ainda, com uso de macacos hidráulicos. Recomenda-se,
antes de fazer a amostragem, retirar todo o solo solto no fundo do furo da sondagem.
Para solos sensíveis (argilas moles, médias e siltes plásticos), recomenda-se o uso
de amostradores de paredes finas. O diâmetro interno desses amostradores varia de
3,5cm a 10cm. O uso desse tipo de amostrador pode garantir amostras de solos de
classe 1, desde que o solo não seja perturbado durante a execução da sondagem.
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CAPÍTULO 3
AVALIAÇÃO DE LAUDOS DE SONDAGEM
» perfil geotécnico de cada furo realizado, com as devidas cotas onde se realizou a
coleta das amostras;
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Até 4 Fofa(o)
19 a 40 Compacta(o)
3a5 Mole
11 a 19 Rija(o)
¹ As expressões empregadas para a classificação da compacidade das areias (fofa, compacta etc.) referem-se à deformabilidade e
resistência destes solos, sob o ponto de vista das fundações, e não devem ser confundidas com as mesmas deformações empregadas
para a classificação da compacidade relativa das areias ou para a situação perante o índice de vazios críticos, definidos na mecânica
dos solos.
Fonte: Adaptado da NBR 6484, 2001.
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Gráfico Amostrador:
Avanço
Resistência a
Nível de Agua
Interpretação Geológica
Profundidade
Penetração
Penetração
Perfil Geológico
SPT
Ensaio de
PR CF unidade da
Interno= 34.9 mm Peso:65Kg
camada (m0
30 CM Iniciais -----
SPT
Externo =50.6 mm Altura de queda:75cm
30 cm Finais ______ Revestimento:2.00 mm
Areia fina,
medianamente
compacta a muito
compacta, cor branca
Impenetrável ao amostrador
Nota: Furo paralisado conforme desconto no item
6.4.1da norma NBR8484:2001- Sondagem de
Simples Reconhecimento com SPT.
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Nas profundidades de 7,80 a 13,30, a camada do solo é formada por uma areia
fina, medianamente compactada a muito compactada e de cor branca, sendo
que o índice de N SPT varia de 26 a 70 nas cotas de -9 a -12 metros, sendo o
impenetrável encontrado na cota de -13 metros. Logo, para uma edificação na
qual as cargas são elevadas, a cota de assentamento para o perfil analisado
seria encontrado entre as cotas -9 a 13 metros.
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Em épocas mais secas, o nível d’água costuma ser inferior, porém em épocas
mais úmidas, ou ainda em dias de chuva, o nível d’água costuma se elevar. Por
isso, é de fundamental importância que os laudos de sondagem contenham a
data de realização da amostragem.
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CAPÍTULO 4
PRÁTICAS DE SONDAGEM
» Martelo – Analisar se a haste guia não se encontra empenada, bem como o estado
em que se encontra o coxim de madeira;
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» Cordas – Avaliar se não estão gastas (no final da sua vida útil);
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» Nos casos em que o valor de NSPT for maior que 50, sendo considerado que o
terreno é impenetrável perante o SPT e anotando o número de golpes;
» Nos casos em que, após 3 metros sucessivos, se obtêm 30 golpes para penetração
dos 15 cm iniciais do amostrador-padrão;
» Nos casos em que, após 4 metros sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração
dos 30 cm iniciais do amostrador-padrão;
» Nos casos em que, após 5 metros sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração
dos 45 cm do amostrador-padrão.
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» Fazer a coleta das amostras de solos, sempre nas situações em que suas
características mudem;
» Repetir o processo para a cravação de 15cm nos outros dois trechos, totalizando
30cm;
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» O revestimento do furo deverá sempre ficar acima do fundo do furo, sendo que ele
não deve balançar ou girar, ficando 75cm acima do nível do terreno;
» O avanço da prospecção após o uso de revestimento deve ser feito por lavagem;
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Existem, ainda, alguns casos que devem ser anotados no boletim de sondagem.
A seguir estão listadas algumas dessas condições:
» 1/47, 1/50 – Nos casos em que, para o primeiro golpe do martelo, a penetração
for superior a 45cm;
» 0/23, 0/51 – Nos casos em que, quando se apoiar o martelo, houver penetração
(zero golpes);
» 0/65, 1/33, 1/20 – Nos casos em que a penetração com poucos golpes ultrapassou
os 45cm.
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REFERÊNCIAS
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM D3080: (2004) Standard Test
Method for Direct Shear Test of Soils Under Consolidated Drained Conditions., American Society for
Testing and Materials, West Conshohocken, PA: ASTM, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12131: Estacas - Prova de carga
estática - Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6484: Solo - Sondagens de simples
reconhecimentos com SPT - Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6489: Solo - Prova de carga
estática em fundação direta. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.
BERNUCCI, L B.et al. Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros. 3ª edição. Rio de
Janeiro: Editora: Petrobras, 2010. 504p.
BOLTON, M.D. (1991) A Guide to Soil Mechanics., London: Macmillan Press, London1991.
BRITISH STANDARD 1377 (1990). Methods of Test for Soils for Civil Engineering Purposes,
London: British Stand ards Institution, London.
BROMHEAD, E.N. (1979) A simple ring shear apparatus, Ground Engineering, 1979, 12(5), 40–
44.
CINTRA, J. C. A.; AOKI, N.; ALBIERO, J. H. Fundações diretas: projeto geotécnico. [S.l: s.n.], 2011.
CONCIANI, Wilson et al (coord). Manual Do Sondador/ Wilson Conciani (coord.); Carlos Petrônio
Leite da Silva … [et al.]. _ Brasília : Editora do IFB, 2013. 118 p. : il. ; 23 cm.
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Referências
GUIA DA ENGENHARIA. Ensaio SPT: aprenda como interpretar os resultados. São Paulo, 2018. v. 1.
Disponível em: http:// https://www.guiadaengenharia.com/resultado-ensaio-spt//. Acesso em: 8 nov.
2019.
KNAPPETT, J. A. Craig mecânica dos solos; 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
MEIA COLHER. Fundações com tubulações: o que é e como fazer! [S.l.]: Meia Colher, 2013.
Disponível em: http://www.meiacolher.com/2015/08/fundacao-com-tubuloes--o-que-e-e-como.html.
Acesso em: 3 dez. 2019.
TORRES ENGENHARIA. Amostra Indeformada (Bloco). São Paulo, 2015. v. 1. Disponível em:
http://www.torresgeotecnia.com.br/portfolio-view/amostra-indeformada-bloco/. Acesso em: 8
nov.2019.
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