Revisão - Alimentos Alternativos para Equinos

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CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

CÂMPUS DE PATOS
UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA VETERINÁRIA

REVISÃO DE LITERATURA

USO DE ALIMENTOS ALTERNATIVOS PARA EQUINOS

Disciplina: Alimentos e Alimentação Animal


Orientadora: Profa. Dra. Patrícia Araújo Brandão
Alunos: Amanda Queiroz de Pontes – Matrícula: 417140005
Beatriz Holanda dos Santos – Matrícula: 417140066
Rodolfo Marinho Cunha – Matrícula: 417140188
Sarhanna Raquel Dantas Ferreira – Matrícula: 415240245
Séfora Gomes de Matos – Matrícula: 416140095

Patos/PB
2021
LISTA DE FIGURAS

Página
Figura 1 – CASO TENHA ALGUMA FIGURA......................................................................8
SUMÁRIO

Página
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
3 REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................5
3.1 A Equideocultura no Brasil...........................................................................................5
Fisiologia do sistema digestório....................................................................................5
3.2 Manejo alimentar dos equinos......................................................................................5
3.3 Alimentos Alternativos..................................................................................................6
3.3.1 Principais alimentos alternativos para equinos................................................................6

3.4 Fatores antinutricionais.................................................................................................8


3.5 X x....................................................................................................................................8
4 CONCLUSÃO................................................................................................................9
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

Os cavalos são classificados como herbívoros mediante o estilo de vida que sempre
tiveram, possuindo um trato digestivo especializado e adaptado para digerir dietas com
elevados níveis de fibra, e conseguem processar quantidades elevadas de forragem para
atender as suas exigências nutricionais (OLIVEIRA, 2001). Segundo Freitas, 2007, o cavalo é
o somatório de sua genética e do ambiente em que vive. Portanto, dos fatores ambientais, uma
boa alimentação é um fator essencial para o bem-estar e para o bom desenvolvimento de
qualquer animal.
Contudo, mediante o atual modo de vida dos criadores desta espécie e as exigências
que eles buscam para os animais, por exemplo, o desenvolvimento de animais cada vez mais
precoces, mais fortes e versáteis; somado com o avanço no mercado para os proprietários, e as
necessidades nutricionais exigidas pelos cavalos para obter um melhor desempenho,
houveram inadequações cada vez mais frequentes no manejo alimentar, em que o animal
deixava um pouco de lado o “ser herbívoro” para tornar-se um consumidor de grãos/ração.
Partindo disso, existem pesquisas internacionais sobre o uso de certos alimentos para
cavalos, que conseguem substituir os mais utilizados comumente na produção das rações, que
são milho, trigo e soja. Principalmente, no intuito de promover o barateamento dos custos
com a produção, também pelo quesito da competição alimentar entre humanos x animais.
Entretanto, segundo FURTADO, et al. (2011) para que se possa utilizar estes “novos”
alimentos de uma forma adequada e segura, devem ser levados em consideração fatores como
palatabilidade, granulometria, higiene e valor nutricional, e necessitam ser usados de maneira
criteriosa.
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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A Equideocultura no Brasil


No ano de 2017, o IBGE mostra que o Brasil possuía cerca de 5.201,872 de equinos,
sendo o Nordeste o segundo maior rebanho do Brasil com cerca de 1.311,786 equinos, ou
seja, 25,2% do rebanho nacional, perdendo apenas para a região Sudeste com 25,3%
(1.318,066). Segundo De Almeida, 2010, o complexo do agronegócio equino no Brasil
movimenta cerca de R$ 7,5 bilhões e gera cerca de 3,2 milhões de empregos diretos e
indiretos. O equino, no aspecto econômico, desempenha as funções de sela, carga e tração. A
partir da segunda metade do século XX, destacam-se no aspecto social, as atividades de
esportes e lazer, assim a equoterapia para tratamento de portadores de dificuldades na área
cognitiva, psicomotora e sócio-afetiva (Lima et al., 2006).
Segundo Lima, 2006, os processos econômicos movimentados pela equideocultura
podem ser definidos como resultados da soma de todos os elos de um sistema complexo, que
inclui desde insumos para produção de rações, medicamentos, selarias, treinamento e
pesquisas. De acordo com Silva, 2019, tendo em vista a importância do agronegócio equídeo,
existe uma grande necessidade de inovações e pesquisas para melhor desempenho do setor e
qualidade de vida dos equídeos.
Em acordo com Pimentel, 2013, a nutrição é importante para o sucesso da criação de
equinos, ainda mais para animais envolvidos em esportes equestres. De acordo com De
Almeida, 2010, avaliando-se as publicações no Journal of Animal Science, periódico
vinculado a Sociedade Norte-americana de Produção Animal, observa-se a publicação de 125
artigos sobre produção de equinos na última década, sendo também a área de nutrição e
alimentação com maior percentual, cerca de 55%, representando a importância da ampliação
dos estudos sobre o manejo nutricional dos equinos.

3.2 Fisiologia do sistema digestório

Os equideos são animais herbívoros monogástricos de hábitos bastante seletivos, tem


como características principais um estômago de tamanho reduzido (quando comparado ao seu
tamanho, principalmente os cavalos da atualidade, os quais evoluíram exacerbadamente em
estrutura, porém, seu estômago nem tanto) e intestino grosso desenvolvido, onde ocorre a
fermentação dos alimentos pela microbiota existente, principalmente no ceco. Quando em
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pastagens, permanecem cerca de 10 a 16 horas em pastejo com interação social e descanso. A


ingestão do alimento, propriamente dita, varia com o ambiente, com o manejo aplicado aos
animais e com as características dos alimentos. Animais em crescimento, trabalho e fêmeas
lactantes têm necessidades maiores do que animais em manutenção.
A seleção dos alimentos para os equideos, não são feitas principalmente por visão, ou
olfato, etc., ela é feita na maior parte por meio da sensibilidade e mobilidade labial deles, a
qual permite ao cavalo grande capacidade de selecionar os alimentos no momento da
apreensão e corte, pelos dentes incisivos, principalmente quando composta por vegetais. Já a
ingestão de líquidos é feita através de sucção, onde os lábios formam uma pequena abertura
com auxílio da língua, com movimentos de trás para frente e a faringe agindo como uma
bomba.
Já no que diz respeito a mastigação, é normalmente unilateral triturando os alimentos
entre os dentes molares e pré-molares por movimentos laterais da mandíbula com auxílio da
língua, bochecha e saliva. E, assim como a mastigação, para todas as espécies, a produção de
saliva também é de grande importância, pois possibilita a deglutição, umedecimento do
alimento e permite a ação dos sucos gástricos sobre o bolo alimentar. Porém, a saliva dos
equideos quando comparada aos carnívoros e onívoros, não possuem enzima digestiva, como
a alfa-amilase. No entanto, é importante enfatizar que nela há grande quantidade de minerais e
bicarbonato, que atuarão no tamponamento gástrico.
No esôfago, o alimento passa através do que chamamos de movimentos peristálticos,
em uma onda progressiva de constrição da musculatura deste órgão, adentrando ao estômago
em um ângulo acentuado e oblíquo através do esfíncter cárdia, o qual não permite a
regurgitação.
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De acordo com Nickel et al. (1979), o estômago equino quando comparado a outras
espécies e proporcionalmente ao seu tamanho, é pequeno. Dividido em regiões chamadas:
cárdica, fúndica e pilórica, onde a cárdica participa apenas da secreção de muco; já a fúndica,
possui células parietais, as quais secretam HCl e as células principais, as quais secretam
pepsinogênio, percussor da pepsina, que tem função de realizar o desdobramento de proteínas
para que sejam absorvidas no intestino delgado; a região pilórica tem a presença das
chamadas células G, que tomam conta da secreção de gastrina. Nenhuma enzima com
capacidade de digestão de carboidratos é encontrada no ambiente estomacal, devido a isso, é
evidente que tanto a ingestão excessiva de carboidratos quanto o jejum prolongado,
ocasionam queda do pH estomacal, o que predispõe ulceras gástricas.
O intestino delgado desta espécie estende-se do estômago ao ceco, com cerca de 20m
de comprimento, dividindo-se respectivamente em duodeno, jejuno e íleo. Este segmento do
sistema gastrointestinal dos equídeos é de grande valia pois, é onde ocorre a principal
absorção de alguns nutrientes como carboidratos, aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas,
minerais. Esta região do intestino é revestida por vilosidades e microvilosidades as quais
aumentam a superfície de absorção. Na porção inicial do duodeno, região pilórica, há a
penetração do ducto pancreático e ducto hepático, onde será liberado o suco pancreático.
O pâncreas equino, produz secreção de maneira contínua, porém, com baixa
concentração de enzimas, explicando assim a incapacidade dos equinos em digerir
concentrados ricos em proteínas. O suco pancreático tem pH básico, o que auxilia no
tamponamento do ácido gástrico que chega ao duodeno.
Os equinos não possuem vesícula biliar, e sua bile é constantemente lançada no
intestino, com função de emulsionar a gordura que estiver presente na dieta do animal. O
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lançamento constante da bile ao intestino se deve ao hábito equino de viver grande parte de
seu tempo de vida se alimentando. A digestão ocorre por enzimas as quais transformam o
alimento em partículas menores por hidrólise.
O intestino grosso é uma estrutura dividida em ceco e cólon (subdividido em maior,
transverso e menor), onde o conteúdo (diferentemente de estômago e intestino delgado)
passará de forma mais lenta, pois é onde será realizada a fermentação do que não foi digerido
no delgado, que chega ao ceco através do óstio ileocecal. Os equideos não possuem enzimas
capazes de digerir os carboidratos presentes nas células vegetais, e por isso se mantem em
simbiose com microorganismos que têm enzimas capazes realizar a digestão. O intestino
grosso possui grande motilidade, capaz de misturar e transportar o alimento. Entre o ceco e o
cólon existe uma estrutura chamada válvula ceco cólica, a qual é capaz de fazer uma forte
contração, empurrando o conteúdo. O cólon transverso, é curto e estreito, liga os cólons maior
e menor. O cólon menor possui tênias e saculações (haustros), responsáveis pelo formato das
fezes.

3.3 Manejo alimentar dos equinos


De acordo com Dittrich, 2010, a domesticação e utilização dos equinos pelo homem
proporcionaram a esta espécie um inadequado manejo alimentar, principalmente pelo restrito
conhecimento do comportamento ingestivo. As pastagens são, reconhecidamente, o ambiente
adequado para a alimentação dos cavalos, mas é um sistema complexo que influencia as
decisões dos animais em pastejo. O entendimento dos padrões comportamentais dos eqüinos é
uma importante ferramenta para o manejo alimentar adequado.
Segundo Silva, 1998, a alimentação é fundamental para a criação, seja na forma de
pastagem de boa qualidade, fenos, ou rações concentradas. O fornecimento de alimentos de
forma inadequada, além de prejudicar o desenvolvimento, em função da má formação óssea,
aprumos deficientes por excesso de peso e mesmo cólicas, traz consequências à reprodução.
A alimentação nacional dos equinos baseia-se na relação pastagens e fenos (volumosos
mais usuais) versus concentrado, que varia de acordo com as exigências nutricionais de cada
categoria. Na composição dos concentrados, os ingredientes mais usuais são o milho, farelo
de soja e farelo de trigo, mas esta associação de ingredientes se modifica de acordo com os
custos e as exigências nutricionais (FURTADO et al., 2011)
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3.4 Alimentos Alternativos


Os alimentos alternativos são aqueles de origem vegetal ou animal, utilizados para
diminuir os custos voltados a alimentação dos cavalos (sofrem oscilações sazonais), e
conseguem ao mesmo tempo compor dietas eficientes, que atendem as necessidades do
animal. Cuidados são extremamente necessários quando se tratam desse tipo de alimento, já
que, existem fatores antinutricionais que interferem na digestibilidade, absorção ou da forma
como os nutrientes são utilizados no trato digestivo.
De acordo com Furtado et al. (2011), o início da busca e pesquisa por alimentos
alternativos para equinos ocorreu, principalmente, em virtude da competição por alimentos
tradicionais entre animais, pela crescente população humana, e da necessidade de reduzir os
custos com alimentação. Entretanto, para o uso adequado destes “novos” alimentos, devem-se
considerar fatores como palatabilidade, granulometria, higiene e valor nutricional, devendo
ser utilizados de maneira criteriosa (Thomk, 1983).

3.4.1 Principais alimentos alternativos para equinos


Na composição dos concentrados, os ingredientes mais usuais são o milho, farelo de
soja e farelo de trigo, mas esta associação de ingredientes se modifica de acordo com os
custos e as exigências nutricionais, bem como o local em que os animais são criados. Para
Furtado, et al. (2011), mesmo sem pesquisas conclusivas, os coprodutos têm sido utilizados
em concentrados comerciais para equinos, destacando-se o óleo (de soja é o mais utilizado),
coprodutos do milho grão (gérmen e glúten), variados farelos (mandioca, arroz, canola,
algodão, entre outros) e grãos (quirera de arroz, triguilho e sorgo).
Segundo Quadros et al. (2004), os subprodutos agroindustriais também despertaram o
interesse dos nutricionistas, entre eles destacam-se a casca de soja, que contém baixo teor de
amido e alto teor de fibra digestível, a casca de trigo e a casca de milho.
A literatura internacional indica o farelo de canola como fonte proteica próxima da do
farelo de soja (NRC, 2007). Oliveira e Furtado (2001), relataram que concentrados para
equinos podem ser formulados com a substituição total da proteína do farelo de soja pela do
farelo de canola, sem afetar negativamente a digestibilidade dos nutrientes, sendo assim, uma
fonte proteica alternativa.
Os coprodutos do girassol não são muito utilizados nas dietas para equinos no Brasil,
em razão de sua baixa disponibilidade (FURTADO et al., 2011). Para Frape (1998), este
farelo apresenta bom conteúdo em mucilagem e baixo nível de lisina, sendo rico em
aminoácidos sulfurados, pouco palatável e não contendo substâncias indesejáveis, sendo mais
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indicado como substituto parcial do farelo de soja para categorias de média exigência.
Para Oliveira et al. (2007), concentrados podem ser formulados com grãos secos de
triticale, em substituição total ao milho grão, porém a inclusão deste grão promove trânsito
lento da fase sólida da digesta.
A mandioca é um alimento com grande disponibilidade no Brasil e seus coprodutos
têm sido bastante pesquisados para uso em ruminantes, com resultados promissores. Todavia,
para equinos a literatura internacional e nacional é escassa (FURTADO et al., 2011). Para
Meyer (1995), a mandioca deve ser fornecida associada a outros ingredientes, pois apresenta
digestão pré-ileal do amido menor que a de cereais, além disso, apresenta valor nutricional
inferior ao dos grãos, baixo nível de proteínas, glicosídeos e linamarina.
Para Furtado et al. (2011), o sorgo é um ingrediente amplamente estudado em dietas
de equinos, sendo o uso atribuído à presença ou não de tanino e à forma de processamento.
Gobesso et al. (2008) avaliaram a substituição de milho por sorgo, triturado ou extrusado, no
concentrado e indicaram a possibilidade de substituição total do milho pelo sorgo em dietas
para equinos, considerando que os coeficientes de digestibilidade e os níveis plasmáticos de
glicose e insulina não diferiram entre as formas de processamento do sorgo.
A literatura internacional indica o uso de óleo para equinos como fonte energética no
concentrado, permitindo maiores quantidades de volumoso, sem prejudicar a concentração
energética da dieta (FURTADO et al., 2011). A recomendação é que a dieta total pode conter
níveis de até 20% de óleo ou de 30% no concentrado, sem efeitos adversos (Lewis, 1995).
A silagem constitui excelente volumoso alternativo para equinos e bem aceito por esta
espécie, pode ser utilizada em substituição total ou parcial de volumosos tradicionais,
pastagens e feno, dependendo da categoria do rebanho e da higiene do produto final
(MÜLLER; UDÉN, 2007).
Meyer (1995) indica que o uso da linhaça na forma de seu coproduto principal, o
farelo de linhaça, é indicado como bom suplemento proteico para equinos, evidenciando
alguns pontos que devem ser considerados: alto teor de gordura e de mucilagem (fibras
solúveis em torno de 3 a 10%, o que confere efeito laxativo), contém glicosídeo cianogênico,
teor proteico médio (baixo em lisina), considerado alimento palatável se não utilizado em
grandes quantidades.
Soncin et al. (2009) avaliando a semente de linhaça integral na dieta de éguas
(concentrado com 10%) relataram que inclusão deste alimento melhorou a digestibilidade, em
especial da fração fibrosa, e não apresentou alterações nos parâmetros reprodutivos e
sanguíneos dos animais.
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Segundo Cunha (1991), para equinos adultos, o resíduo seco de cervejaria em níveis
de 20 a 40%, como substituto da aveia e do farelo de soja, é um bom alimento, sem efeitos
adversos na digestibilidade dos nutrientes, além disso, são boas fontes de minerais e vitaminas
e podem ser utilizados como fonte de energia, proteína e volumoso.
Novas opções de fenos, como os de leguminosas (amendoim forrageiro, desmódio,
guandu, macrotiloma e estilosantes), foram estudados por Morgado et al. (2009), que
concluíram que os fenos de amendoim forrageiro, estilosantes e macrotiloma podem compor
dietas para equinos, pois apresentaram elevada digestibilidade dos carboidratos fibrosos e
não-fibrosos.

3.5 Fatores antinutricionais


Os fatores antinutricionais são definidos como compostos que encontram-se em
alimentos de origem vegetal, que tendem a diminuir o seu valor nutritivo, alterar a
digestibilidade e a forma de utilização ou de absorção dos nutrientes. Interferindo, assim, nos
processos biológicos e fisiológicos do organismo do animal. (ANDRADE, et al., 2015).
Muitos alimentos, apesar de apresentarem alto valor nutricional, como sorgo, soja,
algodão, quando analisados bromatologicamente ainda possuem baixa biodisponibilidade, ou
seja, o valor destes alimentos como forma de precursores para reações metabólicas, digestão e
absorção é baixa. Deste modo, o valor nutricional de uma matéria-prima ou alimento
processado e pronto não se limita a sua composição química (Patra & Saxena, 2009, 2010).
Fatores anti-nutricionais são elementos produzidos somente por vegetais. Eles servem para
que as plantas possam se defender contra predadores, seja por meio da inibição da digestão ou
pelo comprometimento da absorção de nutrientes, causando efeitos adversos, e até mesmo
danosos ao trato gastrointestinal.
Assim, o conhecimento dessas substâncias prejudiciais que se fazem presentes nos
ingredientes e sua ação mediante a digestibilidade, são fatores que devem ser levados em
consideração na hora da escolha da ração ou do fornecimento do concentrado.

3.5 X x
X xxxxx
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4 CONCLUSÃO

O presente trabalho mostra a vasta possibilidade em alimentos alternativos eficientes


para dietas de equinos, considerando as individualidades e características deles, tanto do
ponto de vista de valor nutricional quanto o manejo adequado desses alimentos. Relata, ainda,
o uso eficiente de coprodutos e alimentos alternativos na forma de silagem, grão, feno e óleos
que podem ser incluídos nas dietas para equinos.
Os alimentos alternativos surgem como uma forma de reduzir gastos com a
alimentação dos cavalos, e também possibilita eficiência nas dietas, suprindo, assim, as
necessidades do animal. Cuidados são necessários quando se tratam desse tipo de alimento,
levando em consideração a existência de fatores antinutricionais que interferem na
digestibilidade, absorção ou na forma como os nutrientes são utilizados no trato digestivo.
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