Trabalho Final
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Trabalho Final
Michel Foucault e Hyden White comentam a respeito que uma concepção de linguagem
emergiu como sistema independente de sinais e símbolos, que se referem não a algo externo
mas somente a si mesmos. Ferdinand de Saussure, linguista, afirma que a linguagem molda
imagens da realidade mas não se refere a essa, então seria a História Literatura mentirosa?
White chama de não-disconfirmabilidade (nondisconfirmability) o fato de que todas
narrativas históricas serem igualmente plausíveis, ou igualmente falsas (FULBROOK, 2002,
p. 29) O fato de que a realidade histórica seja acessível somente através da língua não
deveria permitir afirmar que nós somente teríamos que estudar a linguagem (NOIRIEL, 1998,
p. 124-125).
As propostas de White ignoram a proposta de História e propriedades do discurso,é
importante ter em vista que ¨O trabalho dos historiadores evidenciaria o passado de maneira
abrangente e tentaria estabelecer uma interpretação do passado que serviria a outras ciências
humanas. O trabalho trazia à tona as épocas, as condições e as mentalidades estudadas
(THOMPSON, 2004, p. 62). Acerca da escrita e da crítica em relação à literatura e a escrita
historiográfica mary fulbrook
Segundo Ginzburg, o relativismo de White seria tão perigoso que poderia ser até
mesmo responsável pelo revisionismo “negacionista”, fenômeno que “envergonha” os
historiadores.
Apesar de tudo o discurso tem seu poder, caráter persuasivo, convencer,
hermenêutico, interpretar, heurístico, de discurso de outrem e pedagógico, explicar, a escrita
acerca da história pode gerar debate. Seria ou não História Literatura? A literatura é uma
expressão artística da sociedade possuidora de historicidade, e deve ser levada em
conta nos estudos de história como fonte documental. Deve-se levar em conta que a literatura
por vezes é ficção, e a história é feita com fatos e fontes.
Há uma multiplicação de campos históricos e a ampliação de outras que já
conhecemos a séculos a partir do século XX. História política, História Militar, História da
igreja. Das mais recentes História Econômica, Micro História, História Cultural, História das
Mentalidades, História da Morte, História do tempo, História da sexualidade, História dos
subalternos etc.. os campo muito avançaram com base nas novas teorias e formas com
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
Apenas com o diálogo entre duas Escolas Teóricas, Annales e a germânica(não
querendo aparentar que a história seja feita apenas delas) e a revisão de alguns termos
teóricos e conceitos, já se tem o nascimento de diversos debates, e noções, que toda narrativa
se apoia em uma visão, em alguma teoria, e se torna fundamental, soando até utilitarista, que
o historiador tenha domínio sobre elas e saiba identificar seus recortes e sistematizações.
Também se dá a importância de repensar, já que toda opinião e pensamento tem uma raiz, e
por vezes não compactua com seu discurso e o que pretende se referir. Ela também se faz
importante pois está a par dos debates de antes e hoje com atitude filosófica, responder
questões e perguntas com escopo teórico, e no momento de escrever um artigo, trabalho
acadêmico, saber o que se fala acerca dele, defender ou criticar.
REFERÊNCIAS
BARROS, J.A. Teoria da História: princípios e conceitos fundamentais. 1. ed. [S. l.]: Vozes,
2013.
BURKE, Peter. A Escola dos Annales: 1929-1989. São Paulo: Edit. Univ. Estadual Paulista,
1991.