10a Classe Biologia
10a Classe Biologia
10a Classe Biologia
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FICHA TÉCNICA
ii
iii
ÍNDICE
iv
5.4. Respostas dos Exercícios de Aplicação da Unidade Temática IV Error! Bookmark
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Bibliografia Error! Bookmark not defined.
v
UNIDADE TEMÁTICA 1 BASE CITOLÓGICA DA HEREDITARIEDADE
RESUMO
Funções vitais da célula são processos que se realizam na célula e que concorrem para a
manutenção da vida da célula.
As principais funções vitais são: Irritabilidade, contractibilidade, homeostase, metabolismo celular,
divisão celular, hereditariedade.
Homeostase é a capacidade que a célula tem de manter o seu meio interno em equilíbrio,
independentemente das alterações externas.
Metabolismo celular é o conjunto de todos os fenómenos químicos que ocorrem nas células e
que são responsáveis pela transformação e utilização de matéria e da energia. O metabolismo
celular compreende o anabolismo e catabolismo.
Divisão celular é a capacidade que a célula tem de se dividir originando novas células. Exemplo:
Os seres vivos são constituídos por células. Após a sua formação os seres multicelulares crescem
e desenvolvem-se graças à divisão das células. Os seres unicelulares usam esse processo para a
sua reprodução.
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Estrutura do núcleo
Funções do núcleo:
Controlar e coordenar todas as actividades da célula;
Contém a informação genética que é responsável pela hereditariedade.
O ADN é uma molécula orgânica complexa de cadeia dupla e localiza-se nas mitocôndrias, nos
cloroplastos e essencialmente no núcleo. Formada por milhões de nucleotídeos ligados uns aos
outros, formando cadeias polinucleótidas.
O ARN é uma cadeia simples e localiza-se nos nucléolos, nos ribossomas e essencialmente no
citoplasma.
As moléculas de ADN e ARN são constituídas por pequenas unidades designadas nucleótidos.
Cada nucleotídeo é, por sua vez, formado por três tipos de substâncias químicas:
Um composto contendo nitrogénio (base azotada)
Pentose (um açúcar de 5 carbonos)
Um grupo fosfato
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Estrutura de um nucleótido
A pentose do ADN é Desoxirribose e as bases são Adenina (A), Guanina (G), citosina (C) e timina
(T).
No ARN a pentose é Ribose e as bases são as mesmas do ADN com excepção da timina que é
substituída pelo uracilo (U).
Bases azotadas ou nitrogenadas - são constituídas por nucleotídeos que se ligam à pentose. As
cinco bases azotadas são: Adenina; Guanina; Citosina; Timina e Uracilo. São representadas pelas
letras A, G, C, T e U, respectivamente. Adenina emparelha-se com a timina (A-T); a guanina com
a citosina (G-C); o uracilo liga-se com a adenina para formar o par U-A. As bases permanecem
unidas por fracas ligações chamadas pontes de hidrogénio, e são estas pontes de hidrogénio as
responsáveis pela manutenção da estrutura do ADN.
Cadeia polinucleotidica
É uma cadeia formada por vários nucleótidos ligados entre si pelos grupos fosfatos. Os
nucleótidos são designados pela base que entra na sua constituição. Assim podem considerar-se
cinco categorias de nucleótidos: nucleótido de Adenina, nucleótidos de Guanina, nucleótido de
Citosina, nucleótido de timina e nucleótido de Uracilo.
Numa cadeia polinucleotidica, cada novo nucleótido liga-se pelo grupo fosfato ao carbono 3, de
cada pentose do último nucleótido da cadeia, repetindo-se o processo no sentido 5’ --- 3’.
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Estrutura do ADN
Modelo da dupla hélice
Em 1953, James Watson e Francis Crick, cientistas americanos propuseram um modelo para a
estrutura do ADN.
Segundo este modelo, a molécula de ADN é constituída por duas cadeias polinucleotidicas
dispostas em hélice dupla. No exterior da hélice situam-se os grupos fosfatos e no interior
encontram-se as bases azotadas. Existe uma complementaridade entre as bases: a adenina liga-
se à timina e a guanina liga-se à citosina.
Estrutura de ARN
O ARN é formado por uma só cadeia polinucleotídica. No entanto, esta cadeia pode dobrar-se
sobre si mesma formando uma estrutura complexa. Nesta molécula, a Adenina emparelha-se com
o Uracilo e a Citosina com a Guanina. Existem três tipos de ARN, nomeadamente:
ARN mensageiro (ARNm) – contém a mensagem do DNA para a produção proteínas.
RNA Transportador ( RNAt ) – tem a função de transportar aminoácidos até aos
ribossomas.
RNA ribossómico (RNAr ) – catalisa a ligação entre os aminoácidos para síntese de
proteínas.
Replicação do ADN
Replicação – é o processo de formação de duas novas moléculas a partir de uma única molécula
do ADN.
Segundo Watson e Crick, a complementaridade das bases do DNA permitiria que esta molécula
se autoduplicasse de forma semi-conservativa.
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As duas cadeias da dupla hélice, na presença de enzimas específicas, DNA polimerases,
separam-se por rupturas das ligações de hidrogénio.
Cada uma das cadeias serve de molde à formação de uma cadeia complementar, sendo utilizados
nucleótidos que existem livres na célula.
A informação genética contida no DNA deve passar de célula para célula, mantendo-se constante
de geração em geração. Por esta razão, antes de uma célula se dividir, ela tem de duplicar o seu
DNA para o dividir igualmente pelas células - filhas.
A replicação do DNA é semiconservativa porque as novas moléculas conservam uma das cadeias
polinucleotidicas da molécula inicial.
Código Genético
Código genético é a relação entre a sequência de bases de ADN e a sequência correspondente
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de aminoácidos.
Nem todos os codões codificam aminoácidos. Alguns determinam o início ou o fim da síntese de
uma proteína.
Transcrição
A transcrição é o processo de formação do RNA a partir do DNA. A mensagem contida no DNA é,
assim, transcrita para o RNA mensageiro.
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A transcrição é o processo que origina o RNA, produzido por um processo que copia a sequência
do nucleótido do DNA. Para que a transcrição tenha inicio, é necessário que um determinado
segmento de dupla hélice de DNA se desenrole.
Uma das cadeias de DNA exposta serve de molde para a síntese de mRNA, que
se faz a partir dos nucleótidos presentes no nucleoplasma. Este processo é mediado pela enzima
RNA polimerase, que promove a formação de RNA no sentido 5’ 3’. A transcrição termina quando
a RNA polimerase encontra uma região de finalização. Nessa altura, a cadeia de RNA sintetizada
desprende-se da molécula de DNA, que volta a emparelhar com a sua cadeia complementar,
refazendo-se a dupla hélice.
Nas células procarióticas não ocorre processamento do RNA. Assim, a molécula de RNA
transcrita é a molécula de RNA funcional.
Tradução
Cada molécula de RNAt apresenta uma região localizada na extremidade 3’ da molécula,
designada local aminoacil, que lhe permite fixar um aminoácido específico, localizado na
extremidade 3’ do codão do RNAm, designando anticodão, que reconhece o codão, ligando-se a
ele; locais para ligação ao ribossoma e locais para a ligação às enzimas intervenientes na
formação das proteínas.
É nos ribossomas que se efectua a tradução da mensagem contida no RNA mensageiro que
especifica a sequência de aminoácidos na proteína. O RNAt funciona como tradutor dessa
mensagem. Ele selecciona e transporta os aminoácidos para os locais de síntese, os ribossomas.
Síntese de Proteínas
A síntese de proteínas obedece a uma determinada sequência específica de aminoácidos.
A pesquisa da Biologia Molecular revela que a célula utiliza moléculas de RNA formadas no
núcleo que migram para o citoplasma, transformando a mensagem que estava contida no DNA.
Esse RNA funciona como mensageiro entre o DNA nuclear e o local de síntese de proteínas, o
ribossoma.
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Cromossomas
Cromossomas são estruturas que contêm a informação genética, formada pela condensação da
cromatina.
Os cromossomas são formados por numerosos segmentos denominados genes, que determinam
as características de um indivíduo.
Estruturado cromossoma
Estruturalmente, o cromossoma é formado por dois cromatidios unidos pelo centrómero.
1.3. Ciclo CelularÉ o processo que decorre, de forma cíclica e contínua, desde o surgimento de
uma célula até à sua própria divisão.
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Diagrama do ciclo celular
2ª: Fase Mitótica (Mitose) ou Divisão Celular é um período de fraca actividade metabólica,
durante o qual o DNA é repartido igualmente por duas células-filhas. Nesta fase, a célula mãe
(diplóide) divide-se dando origem a duas células filhas idênticas à célula mãe.
A etapa da mitose é um processo contínuo nas células eucarióticas. Divide-se em quatro fases:
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Prófase; Metáfase; Anáfase; e Telófase.
Encurtamento de cromossoma;
Formação de centríolos;
Síntese e organização das proteínas e fuso acromático;
Desaparecimento do nucléolo e da membrana celular.
Metáfase
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formando, como sucede na pele e no sangue do ser humano.
A regeneração de partes do corpo em plantas (ramos) e animais (regeneração da cauda
da lagartixa).
Meiose
É um tipo de divisão celular em que uma célula mãe diplóide (2n) divide-se dando origem a quatro
células filhas haplóides (n), com metade do número de cromossomas da célula mãe.
A meiose II ocorre nos moldes da mitose, possuindo a célula um cromossoma de cada par de
homólogos.
É nesta divisão que ocorre a separação dos dois cromatídeos de cada cromossoma de tal modo
que cada uma das quatro células haplóides resultantes receba um cromatídeo de cada
cromossoma.
Diagrama da Meiose
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Meiose I – ocorrem 4 sub-fases:
Prófase I
Encurtamento de cromossoma;
Os cromatídeos de um cromossoma cruzam-se sobre os do seu
homólogo formando pares. Cada ponto de contacto é um quiasma;
Pode haver trocas de segmentos equivalentes entre dois
cromatídeos (crossing-over);
Metáfase I
Anáfase I
Telófase I
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Meiose II - também ocorrem 4 sub-fases:
Profáse II
Metáfase II
Anáfase II
Telófase II
Os cromossomas descondensam-se;
Os nucléolos reaparecem;
Desaparece o fuso acromático;
Forma-se a membrana nuclear;
Divide-se o citoplasma formando-se assim 4 células
filhas com metade do número de cromossomas
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1.4. Principais Acontecimentos da Mitose e Meiose
Características Mitose Meiose
Número de células filhas 2 4
Cariótipo das células filhas 2n N
Tipo de células filhas diplóides haplóides
Finalidades das células filhas crescimento, renovação e formação de gâmetas e
regeneração variabilidade genética.
Local de ocorrência células somáticas células germinativas
Ocorrência de crossing over não ocorre Ocorre
Tipo de reprodução Assexuada Sexuada
Gametogénese
É o conjunto de transformações que conduz a formação de gâmetas.
Tipos de gametogénese:
Gametogénese feminina ou ovogénese que ocorre nos ovários, originando óvulos;
Gametogénese masculina ou espermatogénese que ocorre nos testículos e forma
espermatozóides.
Fases da Espermatogénese
Multiplicação: a gametogénese inicia com a multiplicação durante a qual, por mitoses
sucessivas, as células das gónadas se multiplicam. As células assim formadas nos
testículos designam-se espermatogónias.
Crescimento: verifica-se o aumento do citoplasma, pois terão ocorrido nas células
intensos processos de síntese proteica, ocorre a replicação do DNA e inicia a primeira
divisão da meiose. As células resultantes desta fase designam-se por espermatócito I ou
espermatócito da 1ª ordem.
Maturação: o espermatócito I sofre a primeira divisão meiótica dando origem a dois
espermatócitos da segunda ordem. Estes sofrem a segunda divisão da meiose dando
origem aos espermatídios.
Diferenciação: verifica-se a transformação dos espermatídeos em espermatozóides.
Fases da ovogénese
Multiplicação: a ovogénese inicia por multiplicação durante a qual por mitoses sucessivas
as células das gónadas se multiplicam. As células formadas nos ovários designam-se
ovogónias.
Crescimento: regista-se maior desenvolvimento da célula feminina que deste modo
dispõe de uma maior quantidade de reservas nutritivas, a replicação do DNA inicia a 1ª
divisão da meiose originando o ovócito I.
Maturação: nesta etapa os oócitos I prosseguem com a divisão dando origem os ovócitos
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II. Deste modo, forma-se uma célula maior que recolhe quase todo o citoplasma o oócito II
e outro muito menor não funcional denominado 1º glóbulo polar.
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Permite a adaptação a novos
Implica uma boa adaptação ao habitats na selecção das
Vantagens
ambiente. combinações genéticas
favoráveis
EXERCÍCIOS
1. O núcleo é um organelo celular fundamental da célula.
a. Menciona os seus constituintes.
.......................................................................................................................................................
b. Que funções desempenha?
.....................................................................................................................................................
2. Ao processo em que a célula transmite características genéticas às células filhas denomina-
se...
A Contractilidade B. Hereditariedade C. Irritabilidade D Metabolismo celular
3. A capacidade que a célula tem de manter a sua composição interna constante denomina-se…
A Contractilidade B Homeostase C Irritabilidade D Metabolismo celular
4. A base molecular da hereditariedade são os ácidos nucleicos e a unidade estrutural dos ácidos
nucléicos chama-se:
A núcleo B nucleina C nucleosídeo D nucleotídeo
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9. A figura abaixo representa a mitose.
10. Ciclo celular é o processo que decorre durante a vida de uma célula. Transcreva a opção
certa sobre a sequência natural dos períodos que compõem este ciclo.
A divisão celular, S, G1, G2 B. G1, C G1, S, G2, divisão celular
B divisão celular, S, G2 D G2, S, divisão celular, G1
13. A reprodução nos seres vivos pode ser sexuada ou assexuada. Qual é a afirmação que
corresponde a reprodução assexuada?
A Envolvimento de dois progenitores C Ocorre a meiose
B Não há fecundação D Ocorre a gametogénese
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UNIDADE TEMÁTICA 2 GENÉTICA
RESUMO
Nesta unidade vais aprender sobre a genética. Esta ciência tem como base a transmissão de
características hereditárias de progenitores (pais) para descendentes (filhos).
Homozigótico ou linha pura é o indivíduo que possui nos seus cromossomas homólogos dois
genes (alelos) idênticos para uma determinada característica.
Heterozigótico ou hibrido é o individuo que possui nos seus cromossomas homólogos dois
genes diferentes para uma determinada característica.
Gene é um trecho ou fracção de uma molécula de ADN com informação para a expressão de uma
característica, ou seja, é a parte do cromossoma que contém a informação genética para uma
dada característica.
Alelos são variantes do gene para um determinado carácter que resultam em diferentes formas
de expressão e ocupam o mesmo locus em cromossomas homólogos.
Alelo ou gene dominante é aquele que mesmo estando um só no genótipo determina o fenótipo,
ou seja, se manifesta em exclusão do outro. É representado pela letra maiúscula. Exemplo: A,
B,C, etc.
Alelo ou gene recessivo é aquele que não manifesta a característica quando em presença do
dominante. Só se manifesta em dose dupla. É representado pela letra minúscula. Exemplo: a, b, c,
etc.
Genes ou alelos co-dominantes são aqueles que têm a mesma influência no fenótipo, nenhum
domina o outro.
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Simbologia ou representações usadas na Genética
Progenitores: P; Cruzamento: X; Fenótipo: F; Genótipo: G; Gâmetas: g
Mendel morreu em Brünn, em 1884, sem ter tido nenhum reconhecimento público pela sua grande
obra. Viveu os seus últimos anos de vida frustrado e cheio de desapontamentos, pois os trabalhos
administrativos do mosteiro impediam ao monge de se dedicar exclusivamente à ciência. Hoje
Mendel é tido como uma das figuras mais importantes no mundo científico, sendo considerado o
“Pai” da Genética.
Os experimentos de Mendel
A escolha da ervilheira, uma planta herbácea, leguminosa que pertence ao mesmo grupo do feijão
e da soja. Na reprodução, surgem vagens contendo sementes, as ervilhas.
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Metodologia utilizada por Mendel
Analisou uma característica de cada vez;
Efectuou cruzamentos usando progenitores de linhas puras. Para ter a certeza de que
eram de linha pura testou-as, inicialmente, durante dois anos;
Escolha de plantas com características nítidas e contrastantes;
Para ter um bom número de dados, fez muitos cruzamentos idênticos, e associou todos os
resultados, como se as várias descendências fossem originadas pelos mesmos
progenitores;
Aplicou as leis de estatística aos resultados numéricos que obteve nos seus cruzamentos.
Experiências de Mendel
1ª Lei de Mendel
Mendel, através do processo de autopolinização, obteve plantas de linhas puras quanto a uma
determinada característica.
Numa primeira fase, cruzou plantas de linha pura de sementes amarelas com plantas de linha
pura de sementes verdes e obteve na F1 somente plantas de sementes amarelas, o que
demonstrava que a semente amarela era dominante em relação à semente verde.
Para a representação dos cruzamentos usa-se uma tabela denominada quadro de Punnett. Este
nome deve-se a homenagem feita ao cientista Reginaldo Punnett, pelo facto de ter sugerido que a
representação do quadro Mendeliano devia ser feito sob a forma de um xadrez, o que tornaria
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mais fácil encontrar os resultados esperados de qualquer cruzamento.
P: Ervilheiras de sementes amarelas X Ervilheiras de sementes verdes
G: VV X vv
g: V,V X v,v
F1:
V V Proporção genotípica: 4/4 ou 100% Vv
v Vv Vv Proporção fenotípica: 4/4 ou 100% ervilheiras de sementes amarelas.
v Vv Vv
Mendel realizou outros cruzamentos de duas linhas puras com características contrastantes e
obteve sempre o mesmo resultado: a primeira geração (F1) ou híbridos da 1ª geração era
constituída por indivíduos semelhantes entre si que apresentavam apenas a característica de um
dos progenitores.
Todos os híbridos da 1ª geração (F1) são semelhantes uns aos outros em relação ao
caracter em estudo, apresentando a característica de um dos progenitores – 1ª Lei de
Mendel ou Lei da uniformidade dos caracteres.
“Os genes de cada par de alelos separam-se durante a formação de gametas e recombinam ao
acaso na fecundação".
NB: Esta lei baseia-se no auto-cruzamento dos indivíduos da F1 (sementes amarelas), onde na F2
obteve-se 75% de sementes amarelas e 25% de sementes verdes. Portanto, a proporção das
características resultantes é de 3:1.
P: F1 X F1
G: Vv X Vv
g: V,v X V,v
F1:
V v Proporção genotípica: 1/4 ou 25% VV; 2/4 ou 50%Vv; ¼ ou 25% vv.
V VV Vv Proporção fenotípica: 3/4 ou 100% ervilheiras de sementes amarelas; ¼
v Vv vv ou 25% ervilheiras de sementes verdes
Hereditariedade Humana
Na espécie humana, o modo de transmissão da informação genética de geração em geração
realiza-se segundo os mesmos mecanismos de hereditariedade que operam nas outras espécies.
Um dos métodos clássicos que continua a ser importante fonte de informação para os
genetecistas consiste na elaboração de árvores genealógicas, que são diagramas que permitem
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acompanhar a transmissão de uma determinada característica numa família ao longo das
gerações.
Miopia
É a anomalia visual que impede o indivíduo de ver bem ao longe.
A miopia é determinada por um alelo recessivo em relação ao alelo que determina a visão normal.
Da união entre um homem e uma mulher heterozigótica podem nascer filhos míopes, tendo
herdado de cada um dos seus progenitores um alelo para a miopia.
P: Homem X Mulher
F: Normal híbrido × Normal híbrido
G: Aa × Aa
g: A, a x A, a
F1:
A A
A AA Aa
a Aa Aa
Albinismo
É o resultado de bloqueio de uma via metabólica que é responsável pela síntese de melanina
(pigmento negro responsável pela coloração da pele) devido à falta de enzima.
Os albinos não têm pigmentação da pele, têm a pele com uma coloração branca-leitosa, pupila
encarnada e cabelos brancos ou louros claros.
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O albinismo ocorre de forma igual, em ambos sexos porque é determinado por genes
autossómicos.
Dador universal (grupo O) – aquele que pode dar sangue a qualquer grupo.
Receptor universal (grupo AB) – aquele que recebe sangue de qualquer grupo.
1.1. Grupos Sanguíneos: Sistemas Rhesus (Rh)
Além dos aglutinogénios A, B e O, os glóbulos vermelhos podem possuir outros, tais como o Rh.
Designou-se por factor Rhesus ou factor Rh o antigene específico localizado na superfície das
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hemácias que induziu a formação do anticorpo designado anti-Rh.
O sistema de Rhesus foi descoberto pela primeira vez nos macacos rhesus em 1940 por
Landsteiner e Wiener. é um aglutinogénio presente nas superfícies das hemácias.
Rh+ (positivo) – significa que tem este aglutinogénio
Rh- (negativo) – significa que não possui este aglutinogénio
A incompatibilidade dos grupos sanguíneos verifica-se não só ao nível do sistema ABO mas
também ao nível do sistema Rh.
Os indivíduos Rh+ podem, normalmente, receber transfusões de sangue do tipo Rh- sem que
ocorram problemas, pois, em regra, não existem anticorpos anti-Rh no plasma sanguíneo.
A incompatibilidade entre a mãe e feto pode provocar a destruição das hemácias e provocar a
morte de recém-nascido;
Se a mãe for do grupo Rh- e o feto Rh+ durante a rotura da placenta os Rh+ do feto podem
passar para a mãe e esta começará a produzir anti –Rh. Na segunda gravidez se a criança for
Rh+, as aglutininas anti-Rh da mãe podem atravessar a placenta e destruir as hemácias do feto
(doença hemolítica ou eritroblastose fetal)
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Genótipos e fenótipos
Genótipos XDXD XDXd XdXd X DY XdY
Mulher com Mulher com visão Mulher Homem com Homem
Fenótipos
visão normal normal (portadora) daltónica visão normal daltónico
Hemofilia
É uma anomalia em que o indivíduo tem dificuldades de coagulação de sangue por falta de
globulina responsável por este processo.
São raras as mulheres hemofílicas apenas casais hemofílico e portadora podem ter filha
hemofílica e é raro este casamento.
Genótipos e fenótipos
Genótipos XHXH XHXh XhXh X HY XhY
Mulher com Mulher com Mulher Homem com Homem
Fenótipos coagulação coagulação normal hemofílica coagulação hemofílico
normal (portadora) normal
1.1. Mutações
Mutação é qualquer modificação ou alteração brusca de genes (mutações génicas) ou de
cromossomas (mutações cromossómicas) que pode provocar uma variação hereditária ou uma
mudança no fenótipo.
Tipos de mutações
Mutações génicas ou genéticas – são alterações que afectam apenas a estrutura do
gene. Resultam da mudança da sequência de nucleótidos do DNA, por substituição de
bases ou remoção de bases. Exemplo, a anemia falciforme é uma doença causada pela
substituição da base azotada timina na cadeia de DNA pela base azotada, adenina.
Mutações cromossómicas são mudanças na estrutura ou no número de cromossomas.
2. Síndroma de Klinefelter
É uma trissomia XXY que pode ocorrer quando não há separação dos cromossomas XX durante a
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ovogénese ou da não separação dos cromossomas XY durante a espermatogénese. Os
indivíduos portadores desta mutação são do sexo masculino e manifestam geralmente estatura
elevada, algumas perturbações mentais e caracteres sexuais secundários femininos (seios
desenvolvidos e pouca pilosidade)
3. Síndroma de Tuner
É uma monossomia XO, pois as portadoras desta mutação têm apenas um cromossoma sexual X.
Esta anomalia resulta da não disjunção dos cromossomas sexuais durante a meiose, o que
conduz à formação de gâmetas sem cromossomas sexuais. Se um desses gâmetas fecundar um
gâmeta portador do cromossoma X, pode originar um indivíduo com a síndroma de Turner.
1.1. Exercícios de Aplicação da Unidade Temática II
1. Existem vários conceitos fundamentais no estudo da genética. Faz corresponder os conceitos
às respectivas definições:
Conceitos Definições
A. Gene i. Carácter resultante da interacção entre um genótipo e factores ambientais
B. Linha pura ii Alelo que só se manifesta em dose dupla
C. Fenótipo iii Parte do cromossoma que contém informação genética
D. Recessivo iv. Indivíduo que recebeu alelos iguais para uma dada característica
2. Nas suas experiências, Mendel optou pelo uso das ervilheiras porque ...
A São plantas de difícil manuseamento C São plantas monospérmicas
B Possuem flores unissexuais D Possuem poucas variedades
3. Num determinado casal, o homem apresenta cabelo ruivo (recessivo) e a mulher, cabelo
castanho (dominante).
a. Se este casal for homozigótico, qual será o genótipo e fenótipo dos filhos? Faz um quadro de
cruzamento utilizado a letra R/r.
.........................................................................................................................................................
..........................................................................................................................................................
.....................................................................................................................................................
b. Que lei de Mendel ficou demonstrada neste cruzamento? Enuncia.
........................................................................................................................................................
4. O albinismo no ser humano é determinado por um gene recessivo, enquanto a pigmentação é
determinada por um gene dominante. Supõe que um casal normal tem um filho albino.
a. Determina a probabilidade da ocorrência do albinismo na descendência deste casal.
..........................................................................................................................................................
5. A árvore genealógica representada refere-se aos grupos sanguíneos dos membros duma
família.
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a. Determina os genótipos possíveis de todos os
membros da família.
..........................................................................................
..........................................................................................
..........................................................................................
...........................................................................................
b. Quais são os genótipos possíveis dos filhos do casal
7 e 9?
.......................................................................................
....................................................................................................................................................
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6. Um homem doador universal casa-se com uma mulher do grupo sanguíneo B, cuja mãe é do
grupo sanguíneo O. Os prováveis grupos sanguíneos dos filhos deste casal serão:
A Grupo B ou O B Grupo AB ou O C Apenas grupo B D Apenas grupo O
7. Um homem do grupo sanguíneo AB é casado com uma mulher cujos avós paternos e maternos
pertencem ao grupo sanguíneo O. Este casal poderá ter apenas descendentes:
A Do grupo O B Do grupo AB C Dos grupos AB e O D Dos grupos A e B
8. Um homem de coagulação normal de sangue é casado com uma mulher normal, filha de pai
hemofílico. Os filhos deste casal serão:
A 50% Normais e 50% hemofílicos C 25% Normais e 75% hemofílicos
B 100% Normais D 75% Normais e 25% hemofílicos
9. O daltonismo é condicionado pelo gene recessivo e ligado ao sexo. Um casal de visão normal
tem uma criança daltónica.
a. Qual é o sexo da criança?
......................................................................................................................................................
b. Indica os genótipos do pai, da mãe e da criança daltónica.
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
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UNIDADE TEMÁTICA 3 EVOLUÇÃO
RESUMO
1.1. Teorias Antigas Sobre a Origem dos Seres Vivos
Fixismo: segundo esta hipótese as espécies surgiram tal como se conhecem no presente e
mantiveram-se imutáveis ao longo do tempo, sem originarem novas espécies.
Geração espontânea: o filósofo grego Aristóteles acredita que em certas condições a vida podia
surgir espontaneamente a partir de matéria sem vida, como, por exemplo, carne, fruta ou queijo
em decomposição, ou mesma na lama, por acção de um “princípio activo” que actuava sobre essa
matéria - hipótese abiogénese. Esta explicação de origem dos seres vivos perdurou durante vários
séculos.
Catastrofismo: esta teoria defendia que uma sucessão de grande catástrofe tinha atingido a
terra, destruindo todos ou quase ou quase todos os seres vivos existentes, por acção de um
criador, a terra teria sido repovoada, após cada cataclismo, com formas de vida diferentes das
existentes anteriormente.
Transformismos: segundo esta teoria, os primeiros seres vivos eram mais simples e teriam
sofrido modificações ao longo do tempo.
Lamark foi o primeiro a chamar atenção para o fenómeno da adaptação dos seres vivos às
alterações do ambiente, acreditando que a evolução explicava a presença de fósseis e a
diversidade de vida na terra.
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3.2. Teoria Científica da Evolução dos Organismos
Teoria de Charles Darwin/ Darwinismo (1809 – 1820)
Charles Darwin defendia o seguinte: Os organismos vivos têm grande capacidade de se
reproduzirem, nisto resultaria em indivíduos mais aptos e menos aptos, e que ao enfrentar o novo
ambiente, alguns sobrevivem (portanto os mais aptos), e outros morrem (portanto os menos
aptos) – Principio da selecção natural. Os que sobrevivem transmitem essas características
mais aptas a nova descendência – Principio da transmissão das características mais aptas.
N.B.: Tanto para Lamarck, como para Darwin, o ambiente tem papel importante. Para Lamarck o
ambiente é o causador directo da variação, e para Darwin, o ambiente selecciona a variação mais
adaptativa.
É por alterações genéticas ou cromossómicas que surgem todas as variações hereditárias que
apresentam todos os indivíduos da mesma espécie. – Indivíduos mutantes;
O factor responsável pelo destino dos mutantes é a selecção natural, selecção feita pelo
ambiente;
Dos mutantes seleccionados, surgem, por novas mutações, novos mutantes e assim
sucessivamente;
Por acumulação de mutações seleccionadas ao longo das gerações, acaba por surgir uma nova
espécie.
Factores de Evolução
São factores de evolução: Mutação; Selecção natural; Recombinação genética; Isolamento
geográfico.
1. Mutação: é uma modificação brusca dos genes ou cromossomas, e que é possível ser
transmitido à descendência.
Os organismos que sofrem mutações, podem apresentar uma ou duas características novas, que
podem ser úteis ou não.
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2. Selecção natural: O aparecimento de novas características permite ou impede uma melhor
adaptação ao ambiente. As características positivas favorecem a sobrevivência do ser vivo, por
enquanto que as negativas o eliminam. É o processo de Selecção Natural.
4. Isolamento: É todo o processo que diminui o cruzamento entre indivíduos, o que impede, em
maior ou menor escala, a troca de genes entre eles.
Podem ser considerados dois tipos de barreiras de isolamento:
Barreiras externas: são constituídas por acidentes geográficos ou espaciais. Entre estas
podemos citar as cadeias montanhosas, os rios, os mares, etc.
Barreiras internas ou biológicas. Estas são de diversas naturezas e impedem a troca de genes,
ainda que as populações se encontrem juntas.
Provas de Evolução
São provas de evolução:
1. Paleontologia
É a ciência que estuda a descoberta e interpretação dos fósseis. Fósseis – são restos ou
vestígios de organismos de épocas geológicas remotas que ficaram preservados nas rochas. O
registo fóssil é prova directa que apoia a teoria da evolução e auxilia o Homem na reconstituição
da história sobre o processo da evolução dos seres vivos.
2. Anatomia comparada:
É uma parte da biologia que compara e contrasta as semelhanças e diferenças das estruturas,
tanto entre as plantas como entre animais que estão estritamente relacionados. Ex: A comparação
dos sistemas respiratório, circulatório dos vertebrados actuais.
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Os órgãos homólogos são órgãos estruturalmente semelhantes, todavia que desempenham
funções diferentes. Exemplo: Os membros superiores do Homem e os membros anteriores das
baleias, dos morcegos (membrana alar), das aves (as asas), dos cavalos, das toupeiras e das
salamandras - todos estes órgãos têm a mesma origem embriológica e são constituídos por ossos
correspondentes, mas desempenham funções diferentes.
Estruturas ou órgãos vestigiais são órgãos atrofiados sem função evidente e sem significado
biológico que existem em alguns grupos.
3. Fisiologia comparada: Esta relacionada com a comparação das diferentes funções que
revelam também certas semelhanças entre os seres vivos. Ex: Há uma grande semelhança entre
hormonas de diferentes animais. A função da insulina do cão tem a mesma função que a do
Homem. Em ambos os casos a falta provoca diabetes.
5. Formas intermediárias:
Latimeria: forma intermediaria entre peixes e anfíbios;
Archaeopteryx: é um animal intermediário com características de um réptil.
Tendências de Evolução
A cooperação de todos os factores de evolução pode, durante o desenvolvimento dos seres vivos,
provocar mudanças de células, tecidos e órgãos. Todas estas mudanças podem possibilitar uma
maior eficiência e com isso uma maior independência dos seres vivos a certas condições
ambientais. Grupos de organismos com estas características chamam-se organismos mais
desenvolvidos. O respectivo processo pode decorrer como diferenciação (células e tecidos) ou
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centralização (tecidos).
Outro exemplo de diferenciação de tecidos: diferentes tipos de pulmões nos vertebrados (dos
Anfíbios, Répteis e Mamíferos).
Centralização: pode ter como finalidade um aumento da capacidade dos órgãos. Por exemplo, o
desenvolvimento do sistema nervoso: Sistema nervoso difuso (hidra), Célula nervosa ganglionar
(minhoca) e, Encéfalo e medula espinal (cão).
Durante o processo de evolução, os seres vivos tornam-se mais ajustados ao mundo que os
rodeia. Adaptam-se ao meio desenvolvendo características especiais.
Grandes mudanças das condições ambientais podem efectuar uma redução. Estas reduções
podem ser adaptações específicas do meio ambiente.
N.B: Uma redução não é um desenvolvimento para trás, os organismos mantêm o seu nível de
desenvolvimento.
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algumas mais antigas;
Sub – Espécie: Homo sapiens sapiens --> Homem actual.
2. Sabemos que Jean-Baptiste Lamarck foi um dos primeiros estudiosos que compreenderam que
o meio poderia de alguma forma influenciar na evolução dos seres vivos.
Marca a alternativa que indica os dois pontos principais do lamarckismo.
A Selecção natural e mutação.
B Lei do uso e desuso e selecção natural.
C Lei do uso e desuso e lei da necessidade.
D Lei da herança dos caracteres adquiridos e lei do uso e desuso.
E Selecção natural e lei da herança dos caracteres adquiridos.
3. A evolução é uma teoria que afirma que os seres vivos sofreram modificações ao longo do
tempo. Essa teoria é sustentada por algumas evidências, como a presença de estruturas que
apresentam origem embrionária semelhante, mas nem sempre a mesma função. Essas
estruturas são chamadas de:
A Homólogas B Heterólogas C Análogas D Isólogas
4. Uma das evidências evolutivas é a presença de estruturas atrofiadas que aparentemente não
possuem funções para um organismo. Essas estruturas são chamadas de:
A órgãos homólogos B órgãos extintos C órgãos vestigiais D órgãos análogos
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UNIDADE TEMÁTICA 4 ECOLOGIA
RESUMO
Ecologia é ciência que estuda as relações que os organismos estabelecem entre si e com o
ambiente natural em que vivem.
1.1. Conceitos Básicos de Ecologia
Espécie é o conjunto de organismos com formas semelhantes que podem cruzar-se entre si,
originando descendentes férteis.
Nicho ecológico é o conjunto de relações e actividades próprias de uma espécie. É o seu “modo
de vida” particular, isto é, indica o papel que os indivíduos dessa espécie desempenham na
comunidade: o tipo de alimento, a altura do dia em que se alimentam, a época do ano em que se
reproduzem, o tipo de abrigo, os seus inimigos, etc. Por exemplo, a coruja e o corvo têm o mesmo
habitat, mas a coruja vive nos buracos dos troncos das árvores, enquanto o corvo constrói os
ninhos nos ramos. Deste modo, tem nichos ecológicos diferentes.
Biosfera é conjunto de todos os ecossistemas da terra, isto é, a zona da terra que contém vida.
O esquema da figura abaixo apresenta alguns níveis de organização dos seres vivos na biosfera.
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naturais podem ser terrestres ou aquáticos.
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Tabela I – Relações intra-específicas
Tipo de Relação Características Exemplos
- Os veados lutam até à morte pelo seu
território;
- Os leões lutam mesma fêmea, com a qual
Os indivíduos competem
o mais forte acasalará, originando
entre si para satisfazerem
descendência;
Competição as suas necessidades
- Os machos de algumas aves, na altura do
alimentares, de território ou
acasalamento, assinalam o território com o
de reprodução.
seu canto, impedindo a aproximação de
outros;
- As plantas competem pela luz.
Colónia: os indivíduos
agrupam-se para obter um
- Os pinguins vivem em colónias numerosas,
benefício comum a todos,
o que permite uma melhor protecção contra o
como favorecer a
frio das regiões onde vivem.
reprodução, proteger-se do
- Os corais são unidos uns aos outros,
frio e dos inimigos ou
actuando em conjunto
facilitar a procura de
alimento.
Cooperação
Sociedade: os indivíduos - As abelhas estão organizadas em
agrupam-se de forma sociedade. A rainha põe os ovos e cuida dos
organizada, possuindo alimentos. Os zângãos defendem o enxame
uma hierarquia; cada um e as obreiras procuram o alimento.
tem a sua função e - As formigas também estão organizadas em
actividade específica, sociedade
havendo diferenciação de - O Homem vive na sociedade mais
funções. especializada do reino animal
Um indivíduo mata o outro, - O louva-a-deus fêmea e a aranha viúva-
Canibalismo da mesma espécie, para alegre comem os machos depois de terem
se alimentar. sido fecundadas.
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Indivíduos de espécies
diferentes associam-se e - As abelhas e as borboletas alimentam-se
cooperam para benefício do néctar das flores. Ao mesmo tempo,
mútuo. estes insectos realizam a polinização.
Quando a associação é -algumas aves que acompanham o gado
fundamental para a alimentam-se de insectos que ficam a
Mutualismo
sobrevivência de ambas descoberto no solo e também de parasitas
espécies, isto é, quando que vivem agarrados a superfície do corpo
uma espécie não pode viver dos animais, que assim ficam livres deles.
afastada da outra, esta -os líquenes são uma simbiose de uma alga
relação chama-se com um fungo.
simbiose.
Indivíduos de espécies
-o búfalo e a zebra vivem no mesmo
diferentes com nichos
ecossistema e competem pelo mesmo tipo
ecológicos Semelhantes
de alimento e pela agua .
competem muitas vezes
Competição -a coruja e a cobra alimentam-se de rãs do
pelos mesmos recursos
mesmo lago.
água, alimento, e espaços
-as plantas competem pela água e pelos
quando estes existem em
sais minerais do solo.
pouca quantidade.
-as carraças, as pulgas e os piolhos são
Um indivíduo de uma
ectoparasitas que se alimentam do sangue
espécie – parasita – vive à
dos seus hospedeiros.
custa de outro de espécie
Parasitismo - a ténia e as lombrigas são endoparasitas
diferente. hospedeiro
que vivem no intestino do Homem,
geralmente, sem lhe
Alimentando-se à custa das substâncias
provocar a morte.
orgânicas digeridas por este.
- Alguns peixes escondem-se dos seus
inimigos entre os tentáculos das anémonas
Indivíduos de espécies
ou entre os corais.
diferentes vivem em
- As plantas epifitas, como por exemplo,
conjunto, sendo um deles
certas orquídeas, vivem sobre o tronco de
indiferente à presença do
Comensalismo árvores altas; alimentam-se a partir de
outro, que, por seu lado,
substâncias que retiram do ar e da água das
aproveita a protecção,
chuvas.
transporte ou restos de
-as hienas acompanham os leões nas suas
alimento.
caçadas, alimentando-se dos restos
deixados por eles.
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Processos comuns dentro de um Ecossistema
Uma das relações dentro do ecossistema mais complexa e necessária à vida no Planeta é a
alimentação. Plantas e animais precisam de obter energia para a manutenção da vida. Os
vegetais "fabricam" sua energia, ou seja, sintetizam seu próprio alimento (são autotróficos), por
isso são chamados produtores. Já os animais não conseguem isso, obtêm a energia de fontes
externas, comendo vegetais e outros animais. São por conseguinte, consumidores. Ao morrer,
tanto os produtores como os consumidores servem de fonte de energia para o ambiente a partir
dos processos de decomposição.
Cadeia alimentar
Teia alimentar
Na natureza, alguns seres podem ocupar vários papéis em diferentes cadeias alimentares.
Quando comemos uma maçã, por exemplo, ocupamos o papel de consumidores primários. Já, ao
comer um bife, somos consumidores secundários, pois o boi, que come o capim, é consumidor
primário. Muitos outros animais também têm alimentação variada. Um organismo pode alimentar-
se de diferentes seres vivos, além de servir de alimento para diversos outros. O resultado é que
as cadeias alimentares se cruzam na natureza, formando o que chamamos de teia alimentar.
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Nas teias alimentares, um mesmo animal pode ocupar papéis diferentes, dependendo da cadeia
envolvida.
Teia alimentar
4.7. Exercícios de Aplicação da Unidade Temática IV1. Ecologia é a ciência da biologia que
A Estuda a unidade básica dos seres vivos.
B Estuda características morfológicas e anatómicas dos seres vivos.
C Estuda os seres vivos e as suas manifestações
D Estuda as relações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.
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2. Faz corresponder os conceitos básicos da ecologia às respectivas definições.
Conceito Definição Correspondência
A. conjunto de várias populações que
1. Ecossistema habitam uma determinada área e que se
relacionam entre si.
B. conjunto de organismos com formas
2. Comunidade semelhantes que podem cruzar-se entre
si, originando descendentes férteis.
C. Os organismos da mesma espécie que
3. Habitat
vivem numa determinada área.
D. conjunto de diferentes comunidades
4. População interagindo entre si e com os factores
físicos e químicos do ambiente.
5. Espécie E. O lugar onde um ser vivo vive.
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6. Observa a cadeia alimentar abaixo representada.
8. Os ecossistemas são fundamentais para a vida de todos os seres vivos. Por essa razão devem
ser protegidos.
a. Como proteger os ecossistemas?
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
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Unidade Didáctica 1
Unidade Didáctica 2
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G: rr X RR
g: r,r X R,R
R r PG: 4/4 ou 100% Rr
R Rr Rr PF: 4/4 ou 100% filhos de cabelos castanhos
R Rr Rr
b) 1ª lei de Mendel ou lei de uniformidade dos caracteres. Diz que os indivíduos da F1, filhos de
pais de linha pura são iguais entre si e a um dos progenitores.
b) P: 7 X 9
G: BO X OO
g: B,O X O,O
B O
O BO OO
O BO OO
Unidade Didáctica 3
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longo do tempo, sem originarem novas espécies
b) Geração espontânea, catastrofismo e transformismo.
2. D - Lei da herança dos caracteres adquiridos e lei do uso e desuso.
3. A - Homólogas.
4. C - órgãos vestigiais.
5. a) Mutações, recombinação genética e isolamento.
6. Classificação do Homem:
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Família: Hominidae
Ordem: Primata
Género: Homo
Espécie: Homo sapien
Unidade Didáctica 4
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BIBLIOGRAFIA
Noronha, Cecília Mascarenhas et al. (2015). Biologia 10ª classe, Plural Editores
Bibliografia electrónica
http://ead.mined.gov.mz/site/
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