10a Classe Biologia

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO


DIRECÇÃO NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

STOP SIDA STOP COVID -19

i
FICHA TÉCNICA

Título: O meu caderno de actividades de Biologia – 10ª Classe


Direcção: Gina Guibunda & João Jeque
Coordenação Manuel Biriate
Elaboradores: Lurdes Salomão & Francisco Mandlate
Concepção gráfica e Layout: Hélder Bayat & Bui Nguyet
Cadeia Alimentar

Impressão e acabamentos: MINEDH


Revisão: Isaías Mulima & Rui Manjate
Tiragem: xxx exemplares.

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ÍNDICE

1. Unidade Temática I: Base Citológica da Hereditariedade 5


 1.1. Funções vitais da célula 5
 1.2. Base Molecular da Hereditariedade: ADN E ARN 6
 1.4. Principais Acontecimentos da Mitose e Meiose 18
 1.5. Comparação entre Espermatogénese e Ovogénese 19
 1.6. Comparação entre Reprodução Sexuada e Assexuada 19
 1.7. Exercícios de Aplicação da Unidade Temática I Error! Bookmark not defined.
2. Unidade Temática II: Genética Error! Bookmark not defined.
 2.1. Conceitos usados na Genética 22
 2.2. A Vida e Experiências de Mendel 23
 2.3. Leis de Mendel (monohibridismo) 24
 2.4. Principais Simbolos Usados na Construção de Árvores Genealógicas 26
 2.5. Grupos Sanguíneos: Sistema ABO 27
 2.6. Grupos Sanguíneos: Sistemas Rhesus (Rh) 27
 2.7. Hereditariedade ligada ao sexo (Daltonismo e Hemofilia) 28
 2.8. Mutações 29
 2.9. Exercícios de Aplicação da Unidade Temática II 30
3. Unidade Temática III: Evolução Error! Bookmark not defined.
 3.1. Teorias Antigas Sobre a Origem dos Seres Vivos 33
 3.2. Teorias Evolucionistas 33
 3.2. Teoria Científica da Evolução dos Organismos 34
 3.3. Exercícios de Aplicação da Unidade Temática III 38
4. Unidade Temática IV: Ecologia Error! Bookmark not defined.
 4.1. Conceitos Básicos de Ecologia 39
 4.2. Tipos de Ecossistema 39
 4.3. Composição de Um Ecossistema 40
 4.4. Níveis Tróficos 43
 4.5. Alterações dos Ecossistemas 44
 4.6. Protecção dos Ecossistemas44
 4.7. Exercícios de Aplicação da Unidade Temática IV 44
5. Respostas dos Exercícios de Aplicação Error! Bookmark not defined.
 5.1. Respostas dos Exercícios de Aplicação da Unidade Temática I 47
 5.2. Respostas dos Exercícios de Aplicação da Unidade Temática II Error! Bookmark
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 5.3. Respostas dos Exercícios de Aplicação da Unidade Temática III Error! Bookmark
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iv
 5.4. Respostas dos Exercícios de Aplicação da Unidade Temática IV Error! Bookmark
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Bibliografia Error! Bookmark not defined.

v
UNIDADE TEMÁTICA 1 BASE CITOLÓGICA DA HEREDITARIEDADE

RESUMO

1.1. Funções vitais da célula


Célula - é a unidade básica, estrutural e funcional de todos os seres vivos.

Funções vitais da célula são processos que se realizam na célula e que concorrem para a
manutenção da vida da célula.
As principais funções vitais são: Irritabilidade, contractibilidade, homeostase, metabolismo celular,
divisão celular, hereditariedade.

Irritabilidade é a capacidade que a célula tem de responder aos estímulos do meio.

Contractilidade é a capacidade que a célula tem de se contrair devido ao encurtamento activo de


determinadas moléculas proteicas do seu citoplasma, mantendo o mesmo volume.

Homeostase é a capacidade que a célula tem de manter o seu meio interno em equilíbrio,
independentemente das alterações externas.

Metabolismo celular é o conjunto de todos os fenómenos químicos que ocorrem nas células e
que são responsáveis pela transformação e utilização de matéria e da energia. O metabolismo
celular compreende o anabolismo e catabolismo.

Divisão celular é a capacidade que a célula tem de se dividir originando novas células. Exemplo:
Os seres vivos são constituídos por células. Após a sua formação os seres multicelulares crescem
e desenvolvem-se graças à divisão das células. Os seres unicelulares usam esse processo para a
sua reprodução.

Hereditariedade é a capacidade que a célula tem de transmitir informações genéticas às novas


células.

Constituição e Funções do Núcleo


O núcleo da célula é constituído pelo invólucro nuclear (membrana nuclear), nucleoplasma,
nucléolo e cromatina.

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Estrutura do núcleo

Funções do núcleo:
 Controlar e coordenar todas as actividades da célula;
 Contém a informação genética que é responsável pela hereditariedade.

1.2. Base Molecular da Hereditariedade: ADN E ARN


O ácido desoxirribonucleico (ADN ou DNA) e o ácido ribonucleico (ARN ou RNA) são substâncias
químicas que formam a maioria das moléculas existentes nos seres vivos e denominam-se ácidos
nucleicos. Estas substâncias são indispensáveis à transmissão de características dos indivíduos
de geração para geração, ou seja, constituem a base da hereditariedade.

O ADN é uma molécula orgânica complexa de cadeia dupla e localiza-se nas mitocôndrias, nos
cloroplastos e essencialmente no núcleo. Formada por milhões de nucleotídeos ligados uns aos
outros, formando cadeias polinucleótidas.

O ARN é uma cadeia simples e localiza-se nos nucléolos, nos ribossomas e essencialmente no
citoplasma.

As moléculas de ADN e ARN são constituídas por pequenas unidades designadas nucleótidos.
Cada nucleotídeo é, por sua vez, formado por três tipos de substâncias químicas:
 Um composto contendo nitrogénio (base azotada)
 Pentose (um açúcar de 5 carbonos)
 Um grupo fosfato

O conjunto formado pela pentose e pela base azotada chama-se nucleósido.

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Estrutura de um nucleótido

A pentose do ADN é Desoxirribose e as bases são Adenina (A), Guanina (G), citosina (C) e timina
(T).

No ARN a pentose é Ribose e as bases são as mesmas do ADN com excepção da timina que é
substituída pelo uracilo (U).

Bases azotadas ou nitrogenadas - são constituídas por nucleotídeos que se ligam à pentose. As
cinco bases azotadas são: Adenina; Guanina; Citosina; Timina e Uracilo. São representadas pelas
letras A, G, C, T e U, respectivamente. Adenina emparelha-se com a timina (A-T); a guanina com
a citosina (G-C); o uracilo liga-se com a adenina para formar o par U-A. As bases permanecem
unidas por fracas ligações chamadas pontes de hidrogénio, e são estas pontes de hidrogénio as
responsáveis pela manutenção da estrutura do ADN.

Cadeia polinucleotidica
É uma cadeia formada por vários nucleótidos ligados entre si pelos grupos fosfatos. Os
nucleótidos são designados pela base que entra na sua constituição. Assim podem considerar-se
cinco categorias de nucleótidos: nucleótido de Adenina, nucleótidos de Guanina, nucleótido de
Citosina, nucleótido de timina e nucleótido de Uracilo.

Numa cadeia polinucleotidica, cada novo nucleótido liga-se pelo grupo fosfato ao carbono 3, de
cada pentose do último nucleótido da cadeia, repetindo-se o processo no sentido 5’ --- 3’.

Comparação entre ADN e ARN


ADN ARN
Tipo de cadeia Dupla Simples
Bases Azotadas A, G, C e Timina A, G, C e Uracilo
Tipo de pentose Desoxirribose Ribose
Localização No núcleo No citoplasma
Quantidade Constante Variável

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Estrutura do ADN
Modelo da dupla hélice
Em 1953, James Watson e Francis Crick, cientistas americanos propuseram um modelo para a
estrutura do ADN.

Segundo este modelo, a molécula de ADN é constituída por duas cadeias polinucleotidicas
dispostas em hélice dupla. No exterior da hélice situam-se os grupos fosfatos e no interior
encontram-se as bases azotadas. Existe uma complementaridade entre as bases: a adenina liga-
se à timina e a guanina liga-se à citosina.

Estrutura de ARN
O ARN é formado por uma só cadeia polinucleotídica. No entanto, esta cadeia pode dobrar-se
sobre si mesma formando uma estrutura complexa. Nesta molécula, a Adenina emparelha-se com
o Uracilo e a Citosina com a Guanina. Existem três tipos de ARN, nomeadamente:
 ARN mensageiro (ARNm) – contém a mensagem do DNA para a produção proteínas.
 RNA Transportador ( RNAt ) – tem a função de transportar aminoácidos até aos
ribossomas.
 RNA ribossómico (RNAr ) – catalisa a ligação entre os aminoácidos para síntese de
proteínas.

Replicação do ADN
Replicação – é o processo de formação de duas novas moléculas a partir de uma única molécula
do ADN.

Segundo Watson e Crick, a complementaridade das bases do DNA permitiria que esta molécula
se autoduplicasse de forma semi-conservativa.

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As duas cadeias da dupla hélice, na presença de enzimas específicas, DNA polimerases,
separam-se por rupturas das ligações de hidrogénio.

Cada uma das cadeias serve de molde à formação de uma cadeia complementar, sendo utilizados
nucleótidos que existem livres na célula.

Formam-se, simultaneamente, duas cadeias novas de desoxirribonucleótidos de acordo com a


regra de complementaridade de bases. Estas novas cadeias são, pois, complementares de duas
cadeias originais, sendo uma antiparalela em relação a que lhe serviu de molde.

A informação genética contida no DNA deve passar de célula para célula, mantendo-se constante
de geração em geração. Por esta razão, antes de uma célula se dividir, ela tem de duplicar o seu
DNA para o dividir igualmente pelas células - filhas.

A figura abaixo apresenta um esquema do processo de replicação semi-conservativa do DNA.

A replicação do DNA é semiconservativa porque as novas moléculas conservam uma das cadeias
polinucleotidicas da molécula inicial.

Código Genético
Código genético é a relação entre a sequência de bases de ADN e a sequência correspondente

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de aminoácidos.

Os investigadores verificaram que sequência de 3 nucleótidos formam o sistema de codificação


mais simples utilizado pelas células vivas. Três nucleótidos consecutivos do DNA constituem um
tripleto, que representa a mais pequena unidade de mensagem genética necessária à codificação
de um aminoácido. Como existem sequências diferentes de tripletos, essas sequências vão
permitir codificar a ordem dos aminoácidos que caracterizam diversas proteínas. Por cada tripleto
de DNA é formado, por complementaridade, um tripleto de nucleótidos do RNA mensageiro,
denominado codão, o qual codifica um determinado aminoácido. O código genético é um quadro
de correspondência entre 64 codões possíveis e os 20 aminoácidos existentes nas proteínas.

Nem todos os codões codificam aminoácidos. Alguns determinam o início ou o fim da síntese de
uma proteína.

Características do código genético


O código genético tem as seguintes características:
 Cada aminoácido é codificado por um tripleto designado por codão;
 Tripleto AUG tem uma dupla função: além de codificar o aminoácido metionina, é o codão
de iniciação da síntese protéica;
 Os tripletos UAA, UGA e UAG são codões de finalização, isto é, quando surgem, significa
que a síntese da proteína está a terminar;
 Código genético é redundante, isto é, existe mais do que um codão para codificar um
aminoácido. Por exemplo, qualquer um dos codões GCU, GCC, GCA ou GCG codifica o
mesmo aminoácido – a alanima;
 Código genético não é ambíguo, isto é, um determinado codão não codifica dois
aminoácidos diferentes;
 Terceiro nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois primeiros. Por
exemplo, os codões CUU, CUC, CUA e CUG codificam o aminoácido leucina;
 Regra geral, o código genético é universal, isto é, um determinado codão tem o mesmo
significado para a maioria dos organismos. Esta característica é um argumento a favor da
origem comum dos seres vivos.
 Na passagem da linguagem dos genes contida na molécula de DNA para a linguagem das
proteínas estão envolvidos dois processos: transcrição e tradução.

Transcrição
A transcrição é o processo de formação do RNA a partir do DNA. A mensagem contida no DNA é,
assim, transcrita para o RNA mensageiro.

DNA transcrição → mRNA tradução → Proteínas

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A transcrição é o processo que origina o RNA, produzido por um processo que copia a sequência
do nucleótido do DNA. Para que a transcrição tenha inicio, é necessário que um determinado
segmento de dupla hélice de DNA se desenrole.

Uma das cadeias de DNA exposta serve de molde para a síntese de mRNA, que
se faz a partir dos nucleótidos presentes no nucleoplasma. Este processo é mediado pela enzima
RNA polimerase, que promove a formação de RNA no sentido 5’ 3’. A transcrição termina quando
a RNA polimerase encontra uma região de finalização. Nessa altura, a cadeia de RNA sintetizada
desprende-se da molécula de DNA, que volta a emparelhar com a sua cadeia complementar,
refazendo-se a dupla hélice.

Nas células procarióticas não ocorre processamento do RNA. Assim, a molécula de RNA
transcrita é a molécula de RNA funcional.

Tradução
Cada molécula de RNAt apresenta uma região localizada na extremidade 3’ da molécula,
designada local aminoacil, que lhe permite fixar um aminoácido específico, localizado na
extremidade 3’ do codão do RNAm, designando anticodão, que reconhece o codão, ligando-se a
ele; locais para ligação ao ribossoma e locais para a ligação às enzimas intervenientes na
formação das proteínas.

É nos ribossomas que se efectua a tradução da mensagem contida no RNA mensageiro que
especifica a sequência de aminoácidos na proteína. O RNAt funciona como tradutor dessa
mensagem. Ele selecciona e transporta os aminoácidos para os locais de síntese, os ribossomas.

Síntese de Proteínas
A síntese de proteínas obedece a uma determinada sequência específica de aminoácidos.

O processo de síntese protéica resume-se basicamente na transformação da linguagem


codificada do DNA (sequência de nucleótidos) para a linguagem das proteínas (sequência de
aminoácidos). Embora a sequência de bases no DNA determine a sequência de aminoácidos na
proteína, as células não usam directamente a informação contida no DNA. É o RNA que executa a
transferência da informação.

A pesquisa da Biologia Molecular revela que a célula utiliza moléculas de RNA formadas no
núcleo que migram para o citoplasma, transformando a mensagem que estava contida no DNA.
Esse RNA funciona como mensageiro entre o DNA nuclear e o local de síntese de proteínas, o
ribossoma.

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Cromossomas
Cromossomas são estruturas que contêm a informação genética, formada pela condensação da
cromatina.

Os cromossomas são formados por numerosos segmentos denominados genes, que determinam
as características de um indivíduo.

Cariótipo é o conjunto de cromossomas numa célula de um indivíduo.

O número de cromossomas varia de espécie para espécie.

A espécie humana possui 46 cromossomas, ou seja, o cariótipo do Homem é formado por 46


cromossomas, dos quais 23 são herdadas do pai e 23 são herdados da mãe. Cada indivíduo tem,
assim, 23 pares de cromossomas.

Composição química do cromossoma


Quimicamente, um cromossoma é constituído por uma molécula de DNA associada a proteínas
específicas denominadas histonas.

Estruturado cromossoma
Estruturalmente, o cromossoma é formado por dois cromatidios unidos pelo centrómero.

Os cromossomas de cada par denominam-se cromossomas homólogos, por transportarem os


genes que determinam as mesmas características.

1.3. Ciclo CelularÉ o processo que decorre, de forma cíclica e contínua, desde o surgimento de
uma célula até à sua própria divisão.

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Diagrama do ciclo celular

Fases sub-fases do ciclo celular


O ciclo celular é composto por duas fases distintas:
1ª: Interfase é um período longo que vai desde o fim de uma divisão celular até ao início da
divisão seguinte. Neste período, os cromossomas estão muito distendidos, formando os fios de
cromatina que são visíveis ao microscópio. Durante este período, a célula cresce e ocorre a
duplicação da informação genética que será transmitida às células – filhas.

A interfase é constituída por intervalos sucessivos: Intervalo G1; Intervalo S; Intervalo G2


 Período ou intervalo G1 - decorre desde a formação da célula até ao período S. Este
intervalo é caracterizado por uma intensa actividade de síntese de proteínas. A célula
cresce em tamanho e o número de constituintes aumenta, para, mais tarde, serem
divididos em partes iguais pelas células – filhas.
 Período ou intervalo S - neste período, moléculas de DNA duplicam-se por um
mecanismo de auto-replicação semi-conservativo. A quantidade de DNA na célula passa,
assim, a ser o dobro.
 Período ou intervalo G2 – decorre entre o final da síntese de DNA no intervalo
S e o início da divisão celular. Neste período, verifica-se a síntese de mais proteínas que
vão ser necessárias à divisão celular.

2ª: Fase Mitótica (Mitose) ou Divisão Celular é um período de fraca actividade metabólica,
durante o qual o DNA é repartido igualmente por duas células-filhas. Nesta fase, a célula mãe
(diplóide) divide-se dando origem a duas células filhas idênticas à célula mãe.

A etapa da mitose é um processo contínuo nas células eucarióticas. Divide-se em quatro fases:

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Prófase; Metáfase; Anáfase; e Telófase.

Descrição dos acontecimentos que representam a Mitose


Prófase

Encurtamento de cromossoma;
Formação de centríolos;
Síntese e organização das proteínas e fuso acromático;
Desaparecimento do nucléolo e da membrana celular.
Metáfase

Os centríolos atingem os pólos da célula;


Os cromossomas atingem o máximo de condensação;
Os cromossomas dispõem-se no equador da célula,
formando a placa equatorial.

Anáfase Os centrómeros dividem-se e os cromatídios separam-


se, migrando para pólos opostos;
Os cromatídios, agora chamados cromossomas, são
puxados em direcção aos pólos pelas fibras do fuso a
que estão ligados.
No final desta fase existe em cada pólo da célula um
conjunto de cromossoma com a mesma quantidade de
ADN existente na célula mãe.
Telófase

Desenrolamento dos cromossomas;


Desaparecimento do fuso acromático;
Reaparecimento da membrana nuclear e nucléolo;
Divisão do citoplasma.

Importância biológica da Mitose


Nos pluricelulares, a mitose permite:
 Crescimento de um ser vivo a partir da célula-ovo, através da multiplicação rápida das
suas células;
 A renovação dos tecidos, por substituição das células mortas por outras que se vão

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formando, como sucede na pele e no sangue do ser humano.
 A regeneração de partes do corpo em plantas (ramos) e animais (regeneração da cauda
da lagartixa).

Meiose
É um tipo de divisão celular em que uma célula mãe diplóide (2n) divide-se dando origem a quatro
células filhas haplóides (n), com metade do número de cromossomas da célula mãe.

Divisões consecutivas da Meiose


A meiose ocorre em duas divisões consecutivas: meiose I e meiose II.

Meiose I ou Divisão Reducional


Nesta divisão ocorre a separação ou segregação dos pares dos cromossomas homólogos. Cada
cromossoma sobe aos pólos duplicado, ou seja, constituído por dois cromatídeos ligados na
região do centrómero. Formam-se duas células haplóides. Cada célula apresenta n cromossomas
com estrutura dupla.

Meiose II ou Divisão Equacional


Em cada uma das células resultantes da 1ª divisão, separam-se os cromatídeos de cada
cromossoma nos moldes da mitose. Formam-se 4 células haplóides. Cada célula apresenta n
cromossomas com estrutura simples.

A meiose II ocorre nos moldes da mitose, possuindo a célula um cromossoma de cada par de
homólogos.

É nesta divisão que ocorre a separação dos dois cromatídeos de cada cromossoma de tal modo
que cada uma das quatro células haplóides resultantes receba um cromatídeo de cada
cromossoma.

Diagrama da Meiose

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Meiose I – ocorrem 4 sub-fases:

Prófase I
Encurtamento de cromossoma;
Os cromatídeos de um cromossoma cruzam-se sobre os do seu
homólogo formando pares. Cada ponto de contacto é um quiasma;
Pode haver trocas de segmentos equivalentes entre dois
cromatídeos (crossing-over);

Síntese e organização das proteínas do fuso acromático;


Desaparecimento do nucléolo e da membrana nuclear;
Os cromossomas unem-se às fibras do fuso acromático pelo centrómero e forma a placa
equatorial.

Metáfase I

Os cromossomas homólogos colocam-se em posição simétrica, com


os pontos de quiasma no plano equatorial do fuso acromático.

Anáfase I

Não há divisão do centrómero;


Separação dos cromossomas homólogos que migram para os pólos
opostos.

Telófase I

Desaparecimento do fuso acromático;


Alongamento dos cromossomas;
Divisão do citoplasma e o surgimento de duas células haplóide.

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Meiose II - também ocorrem 4 sub-fases:
Profáse II

Consiste na condensação dos cromossomas;


Desaparecimento do nucléolo e da membrana
nuclear;
Síntese e organização das proteínas no fuso
acromático.

Metáfase II

Cromossomas com dois cromatídeos unem-se às


fibras do fuso acromático e dispõem-se no equador.

Anáfase II

Ocorre a divisão do centrómero e os cromatídeos de


cada par separam-se e migram para pólos opostos.

Telófase II
Os cromossomas descondensam-se;
Os nucléolos reaparecem;
Desaparece o fuso acromático;
Forma-se a membrana nuclear;
Divide-se o citoplasma formando-se assim 4 células
filhas com metade do número de cromossomas

Importância biológica da Meiose


A meiose produz gâmetas ou células sexuais; favorece a reprodução sexuada; permite a
variabilidade genética dos seres vivos e a evolução das espécies.

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1.4. Principais Acontecimentos da Mitose e Meiose
Características Mitose Meiose
Número de células filhas 2 4
Cariótipo das células filhas 2n N
Tipo de células filhas diplóides haplóides
Finalidades das células filhas crescimento, renovação e formação de gâmetas e
regeneração variabilidade genética.
Local de ocorrência células somáticas células germinativas
Ocorrência de crossing over não ocorre Ocorre
Tipo de reprodução Assexuada Sexuada

Gametogénese
É o conjunto de transformações que conduz a formação de gâmetas.
Tipos de gametogénese:
 Gametogénese feminina ou ovogénese que ocorre nos ovários, originando óvulos;
 Gametogénese masculina ou espermatogénese que ocorre nos testículos e forma
espermatozóides.

Fases da Espermatogénese
 Multiplicação: a gametogénese inicia com a multiplicação durante a qual, por mitoses
sucessivas, as células das gónadas se multiplicam. As células assim formadas nos
testículos designam-se espermatogónias.
 Crescimento: verifica-se o aumento do citoplasma, pois terão ocorrido nas células
intensos processos de síntese proteica, ocorre a replicação do DNA e inicia a primeira
divisão da meiose. As células resultantes desta fase designam-se por espermatócito I ou
espermatócito da 1ª ordem.
 Maturação: o espermatócito I sofre a primeira divisão meiótica dando origem a dois
espermatócitos da segunda ordem. Estes sofrem a segunda divisão da meiose dando
origem aos espermatídios.
 Diferenciação: verifica-se a transformação dos espermatídeos em espermatozóides.

Fases da ovogénese
 Multiplicação: a ovogénese inicia por multiplicação durante a qual por mitoses sucessivas
as células das gónadas se multiplicam. As células formadas nos ovários designam-se
ovogónias.
 Crescimento: regista-se maior desenvolvimento da célula feminina que deste modo
dispõe de uma maior quantidade de reservas nutritivas, a replicação do DNA inicia a 1ª
divisão da meiose originando o ovócito I.
 Maturação: nesta etapa os oócitos I prosseguem com a divisão dando origem os ovócitos

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II. Deste modo, forma-se uma célula maior que recolhe quase todo o citoplasma o oócito II
e outro muito menor não funcional denominado 1º glóbulo polar.

A segunda divisão da gametogénese feminina só ocorre se o oócito II é fecundado. Se ocorre há


uma repartição desigual do citoplasma formando-se uma célula maior que é o óvulo e outra menor
designada 2º glóbulo polar.

1.5. Comparação entre Espermatogénese e Ovogénese


Aspectos a comparar Ovogénese Espermatogénese
Início da gametogénese Na fase do embrião feminino A partir da puberdade do
(antes do nascimento) homem
Número de gâmetas Cada espermatogónia dará
produzidos a partir de Cada ovogónia dará origem a um origem a quatro
uma gónia único óvulo espermatozóides
Ritmo de Com uma fase de repouso, depois
desenvolvimento é cíclico Contínuo
Duração Desde a fase embrionária até à Desde a puberdade até à
menopausa morte

1.6. Comparação entre Reprodução Sexuada e Assexuada


Reprodução assexuada Reprodução sexuada
Dois progenitores excepto em
Progenitor Um progenitor
hermafroditas
Não há participação de gâmetas, nem Há formação de gâmetas e
Gâmetas
há fecundação sua união na fecundação
Divisão celular Mitose Mitose e Meiose
Os descendentes diferem
Os descendentes são idênticos entre
Descendentes entre si e relativamente aos
si e aos progenitores
progenitores
Em microrganismos, plantas e animais Ocorre na maioria das
Organismo de baixo nível de desenvolvimento e espécies, animais, vegetais e
nos fungos fungos
Permite uma rápida multiplicação das A produção da descendência é
Durabilidade espécies e consequentemente grande lenta, obtendo-se um número
número de descendentes menor de descendentes

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Permite a adaptação a novos
Implica uma boa adaptação ao habitats na selecção das
Vantagens
ambiente. combinações genéticas
favoráveis

EXERCÍCIOS
1. O núcleo é um organelo celular fundamental da célula.
a. Menciona os seus constituintes.
.......................................................................................................................................................
b. Que funções desempenha?
.....................................................................................................................................................
2. Ao processo em que a célula transmite características genéticas às células filhas denomina-
se...
A Contractilidade B. Hereditariedade C. Irritabilidade D Metabolismo celular

3. A capacidade que a célula tem de manter a sua composição interna constante denomina-se…
A Contractilidade B Homeostase C Irritabilidade D Metabolismo celular

4. A base molecular da hereditariedade são os ácidos nucleicos e a unidade estrutural dos ácidos
nucléicos chama-se:
A núcleo B nucleina C nucleosídeo D nucleotídeo

5. Existem dois tipos de ácidos nucléicos, o ADN e o ARN.


a. Qual é o significado da sigla ARN?
.....................................................................................................................................................
6. Completa o quadro que se segue sobre a comparação do ADN e ARN
Critérios de comparação ADN ARN
Tipo de bases azotadas
Tipo de cadeia
Tipo de açúcar

7. Escreve os nomes dos seguintes processos:


a. Síntese de ARN-m a partir de uma das fitas de ADN como molde ................................................
b. Duplicação do ADN..................................................................................................................
c. Síntese de proteínas. ................................................................................................................

8. Indica a sequência correspondente ao produto da transcrição do segmento TAC GAT ACC


ATG de um filamento de ADN para o ARN-m.
.......................................................................................................................................................

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9. A figura abaixo representa a mitose.

a. Identifica as fases representadas em 1, 2, 3 e 4.


.......................................................................................................................................................
b. Descreve o que acontece na célula 3.
.......................................................................................................................................................
.....................................................................................................................................................

10. Ciclo celular é o processo que decorre durante a vida de uma célula. Transcreva a opção
certa sobre a sequência natural dos períodos que compõem este ciclo.
A divisão celular, S, G1, G2 B. G1, C G1, S, G2, divisão celular
B divisão celular, S, G2 D G2, S, divisão celular, G1

11. Na prófase II da divisão celular ocorre o (a):


A Desaparecimento do fuso acromático C Divisão do centrómero
B Desintegração da membrana nuclear D Separação dos cromatídeos

12. A mitose e a meiose são dois processos de divisão celular.


a. Preenche a tabela abaixo que compara os dois processos.
Mitose Meiose
Número de células filhas
Cariótipo das células filhas
Tipo de célula filha

13. A reprodução nos seres vivos pode ser sexuada ou assexuada. Qual é a afirmação que
corresponde a reprodução assexuada?
A Envolvimento de dois progenitores C Ocorre a meiose
B Não há fecundação D Ocorre a gametogénese

14. A gametogénese masculina é também chamada ................................ e ocorre nos órgãos


reprodutores chamados ................................ A formação dos seus gámetas ocorre em quatro
etapas que são a ......................, ........................., .......................e a ...............................

22
UNIDADE TEMÁTICA 2 GENÉTICA

RESUMO

Nesta unidade vais aprender sobre a genética. Esta ciência tem como base a transmissão de
características hereditárias de progenitores (pais) para descendentes (filhos).

A Genética é a ciência que estuda a hereditariedade, ou seja, a transmissão da informação


biológica de pais para filhos, de uma geração para outra geração.

Contudo, as bases para a compreensão, numa perspectiva científica, dos mecanismos da


hereditariedade só foram descobertas no final do século XIX, com os trabalhos de investigação de
Gregor Mendel.
1.1. Conceitos usados na Genética
Genótipo é a constituição genética que condiciona as características de um indivíduo.

Fenótipo é qualquer carácter expresso como resultado da interacção entre um genótipo e


factores ambientais.

Fenótipo = Genótipo + Meio ambiente

Homozigótico ou linha pura é o indivíduo que possui nos seus cromossomas homólogos dois
genes (alelos) idênticos para uma determinada característica.

Heterozigótico ou hibrido é o individuo que possui nos seus cromossomas homólogos dois
genes diferentes para uma determinada característica.

Gene é um trecho ou fracção de uma molécula de ADN com informação para a expressão de uma
característica, ou seja, é a parte do cromossoma que contém a informação genética para uma
dada característica.

Alelos são variantes do gene para um determinado carácter que resultam em diferentes formas
de expressão e ocupam o mesmo locus em cromossomas homólogos.

Locus genético é o lugar ocupado por um gene no cromossoma.

Alelo ou gene dominante é aquele que mesmo estando um só no genótipo determina o fenótipo,
ou seja, se manifesta em exclusão do outro. É representado pela letra maiúscula. Exemplo: A,
B,C, etc.

Alelo ou gene recessivo é aquele que não manifesta a característica quando em presença do
dominante. Só se manifesta em dose dupla. É representado pela letra minúscula. Exemplo: a, b, c,
etc.

Genes ou alelos co-dominantes são aqueles que têm a mesma influência no fenótipo, nenhum
domina o outro.

23
Simbologia ou representações usadas na Genética
Progenitores: P; Cruzamento: X; Fenótipo: F; Genótipo: G; Gâmetas: g

Primeira geração filial: F1; Segunda geração filial: F2;

1.2. A Vida e Experiências de Mendel


O cientista Gregor Mendel nasceu em 1822 em Áustria. Entre 1856 e 1865, realizou uma série de
experimentos com ervilhas, com o objectivo de perceber como as características hereditárias
eram transmitidas de pais para filhos. A 8 de Março de 1865, Mendel apresentou um trabalho à
Sociedade de História Natural de Brünn, no qual enunciava as suas leis de hereditariedade,
deduzidas das experiências com as ervilhas. Publicado em 1866, com data de 1865, esse trabalho
permaneceu praticamente desconhecido do mundo científico até o início do século XX, pois
poucos leram a publicação, e os que a tinham lido não conseguiram compreender a sua
importância para a Biologia. As leis de Mendel foram redescobertas apenas em 1900, por três
pesquisadores que trabalhavam independentemente.

Mendel morreu em Brünn, em 1884, sem ter tido nenhum reconhecimento público pela sua grande
obra. Viveu os seus últimos anos de vida frustrado e cheio de desapontamentos, pois os trabalhos
administrativos do mosteiro impediam ao monge de se dedicar exclusivamente à ciência. Hoje
Mendel é tido como uma das figuras mais importantes no mundo científico, sendo considerado o
“Pai” da Genética.

Os experimentos de Mendel
A escolha da ervilheira, uma planta herbácea, leguminosa que pertence ao mesmo grupo do feijão
e da soja. Na reprodução, surgem vagens contendo sementes, as ervilhas.

Razões que levaram Mendel à escolha da ervilheira:


 Planta fácil de cultivar;
 Ciclo reprodutivo curto;
 Produz muitas sementes;
 Autopolinização e autofecundação;
 Produz muitas variedades.

24
Metodologia utilizada por Mendel
 Analisou uma característica de cada vez;
 Efectuou cruzamentos usando progenitores de linhas puras. Para ter a certeza de que
eram de linha pura testou-as, inicialmente, durante dois anos;
 Escolha de plantas com características nítidas e contrastantes;
 Para ter um bom número de dados, fez muitos cruzamentos idênticos, e associou todos os
resultados, como se as várias descendências fossem originadas pelos mesmos
progenitores;
 Aplicou as leis de estatística aos resultados numéricos que obteve nos seus cruzamentos.

Razões de sucesso de Mendel


1- Escolha de material;
2- Escolha das características distintas;
3- Aplicação de matemática nos resultados obtidos.

Monohibridismo é um tipo de herança ligada à genética em que se leva em consideração uma


característica.
Mendel começou o seu trabalho fazendo experiências de monohibridismo, pois cruzou entre si
indivíduos de linhas puras que apresentavam uma dada característica contrastante.

1.1. Leis de Mendel (monohibridismo)


1a lei de Mendel – Lei da uniformidade dos híbridos da 1a geração

Experiências de Mendel
1ª Lei de Mendel
Mendel, através do processo de autopolinização, obteve plantas de linhas puras quanto a uma
determinada característica.
Numa primeira fase, cruzou plantas de linha pura de sementes amarelas com plantas de linha
pura de sementes verdes e obteve na F1 somente plantas de sementes amarelas, o que
demonstrava que a semente amarela era dominante em relação à semente verde.

Para a representação dos cruzamentos usa-se uma tabela denominada quadro de Punnett. Este
nome deve-se a homenagem feita ao cientista Reginaldo Punnett, pelo facto de ter sugerido que a
representação do quadro Mendeliano devia ser feito sob a forma de um xadrez, o que tornaria

25
mais fácil encontrar os resultados esperados de qualquer cruzamento.
P: Ervilheiras de sementes amarelas X Ervilheiras de sementes verdes
G: VV X vv
g: V,V X v,v
F1:
V V Proporção genotípica: 4/4 ou 100% Vv
v Vv Vv Proporção fenotípica: 4/4 ou 100% ervilheiras de sementes amarelas.
v Vv Vv

Mendel realizou outros cruzamentos de duas linhas puras com características contrastantes e
obteve sempre o mesmo resultado: a primeira geração (F1) ou híbridos da 1ª geração era
constituída por indivíduos semelhantes entre si que apresentavam apenas a característica de um
dos progenitores.

Da análise destes resultados, Mendel concluiu o seguinte:

Todos os híbridos da 1ª geração (F1) são semelhantes uns aos outros em relação ao
caracter em estudo, apresentando a característica de um dos progenitores – 1ª Lei de
Mendel ou Lei da uniformidade dos caracteres.

2ª Lei de Mendel – Lei da disjunção dos caracteres ou segregação dos caracteres na


geração F2

“Os genes de cada par de alelos separam-se durante a formação de gametas e recombinam ao
acaso na fecundação".

NB: Esta lei baseia-se no auto-cruzamento dos indivíduos da F1 (sementes amarelas), onde na F2
obteve-se 75% de sementes amarelas e 25% de sementes verdes. Portanto, a proporção das
características resultantes é de 3:1.

P: F1 X F1
G: Vv X Vv
g: V,v X V,v
F1:
V v Proporção genotípica: 1/4 ou 25% VV; 2/4 ou 50%Vv; ¼ ou 25% vv.
V VV Vv Proporção fenotípica: 3/4 ou 100% ervilheiras de sementes amarelas; ¼
v Vv vv ou 25% ervilheiras de sementes verdes

Hereditariedade Humana
Na espécie humana, o modo de transmissão da informação genética de geração em geração
realiza-se segundo os mesmos mecanismos de hereditariedade que operam nas outras espécies.

Um dos métodos clássicos que continua a ser importante fonte de informação para os
genetecistas consiste na elaboração de árvores genealógicas, que são diagramas que permitem

26
acompanhar a transmissão de uma determinada característica numa família ao longo das
gerações.

A genealogia é uma representação esquemática de indivíduos relacionados entre si e os


respectivos graus parentescos. Permite seguir de geração para geração as características em
estudo.
1.1. Principais Símbolos Usados na Construção de Árvores Genealógicas

Hereditariedade autossómica é a transmissão através de genes localizados nos cromossomas


autossómicos (pares 1 a 22). Exemplo: miopia e albinismo.

Miopia
É a anomalia visual que impede o indivíduo de ver bem ao longe.
A miopia é determinada por um alelo recessivo em relação ao alelo que determina a visão normal.
Da união entre um homem e uma mulher heterozigótica podem nascer filhos míopes, tendo
herdado de cada um dos seus progenitores um alelo para a miopia.

P: Homem X Mulher
F: Normal híbrido × Normal híbrido
G: Aa × Aa
g: A, a x A, a
F1:
A A
A AA Aa
a Aa Aa

Filhos normais (1/4AA e ½Aa) : 75%


Filhos míopes (1/4 aa): 25%

Albinismo
É o resultado de bloqueio de uma via metabólica que é responsável pela síntese de melanina
(pigmento negro responsável pela coloração da pele) devido à falta de enzima.

Os albinos não têm pigmentação da pele, têm a pele com uma coloração branca-leitosa, pupila
encarnada e cabelos brancos ou louros claros.

27
O albinismo ocorre de forma igual, em ambos sexos porque é determinado por genes
autossómicos.

O gene de albinismo é recessivo em relação ao que determina a pigmentação normal.


1.1. Grupos Sanguíneos: Sistema ABO
Os tipos de grupos sanguíneos do sistema ABO relacionam-se com a presença ou ausência de
dois tipos de substâncias: uma delas localiza-se nas hemácias e é denominada aglutinogénio; e
outra localiza-se no plasma sanguíneo e é chamada aglutinina.

Características dos grupos sanguíneos do sistema ABO


No sistema ABO encontramos 4 tipos de grupos sanguíneos: A, B, AB, O.
Grupo Genótipos Antigénio Anticorpo (aglutinina)
(aglutinogénio)
A AA (Homozigótico) A Anti – B
AO ( Heterozigótico)
B BB ( Homozigótico) B Anti – A
BO (Heterozigótico)
AB AB A,B -----------
O OO ------------------ Anti – A e anti - B,

1. Antigénio – é uma substância biológica que induz a produção de anticorpos.


2. Anticorpo – é uma substância proteica produzida por linfático com a função de defesa do
organismo.

Representação esquemática da compatibilidade sanguínea entre os grupos sanguíneos

Grupo sanguíneo Pode dar; Pode receber


A A,AB A,O
B B,AB B.O
AB AB A,B,AB,O
O A,B,AB,O O

Dador universal (grupo O) – aquele que pode dar sangue a qualquer grupo.
Receptor universal (grupo AB) – aquele que recebe sangue de qualquer grupo.
1.1. Grupos Sanguíneos: Sistemas Rhesus (Rh)
Além dos aglutinogénios A, B e O, os glóbulos vermelhos podem possuir outros, tais como o Rh.
Designou-se por factor Rhesus ou factor Rh o antigene específico localizado na superfície das

28
hemácias que induziu a formação do anticorpo designado anti-Rh.

O sistema de Rhesus foi descoberto pela primeira vez nos macacos rhesus em 1940 por
Landsteiner e Wiener. é um aglutinogénio presente nas superfícies das hemácias.
Rh+ (positivo) – significa que tem este aglutinogénio
Rh- (negativo) – significa que não possui este aglutinogénio

Compatibilidade dos Grupos sanguíneos


Fenótipo Pode dar Pode receber
+ +
Rh Rh Rh+,Rh-
Rh- Rh+, Rh- Rh-

A incompatibilidade dos grupos sanguíneos verifica-se não só ao nível do sistema ABO mas
também ao nível do sistema Rh.

Os indivíduos Rh+ podem, normalmente, receber transfusões de sangue do tipo Rh- sem que
ocorram problemas, pois, em regra, não existem anticorpos anti-Rh no plasma sanguíneo.

A incompatibilidade entre a mãe e feto pode provocar a destruição das hemácias e provocar a
morte de recém-nascido;

Se a mãe for do grupo Rh- e o feto Rh+ durante a rotura da placenta os Rh+ do feto podem
passar para a mãe e esta começará a produzir anti –Rh. Na segunda gravidez se a criança for
Rh+, as aglutininas anti-Rh da mãe podem atravessar a placenta e destruir as hemácias do feto
(doença hemolítica ou eritroblastose fetal)

1.1. Hereditariedade ligada ao sexo (Daltonismo e Hemofilia)


Existe uma diferença no 23º par de cromossomas no homem e mulher. Este par é o cromossoma
sexual. No homem o par XY e na mulher é XX. O gene responsável pelas características ligadas
ao sexo se encontram no cromossoma X por isso, o homem precisa de um X portador e a mulher
dois XX portadores para terem as anomalias.

O quadro abaixo ilustra as anomalias autossómicas e as ligadas ao sexo, relacionando-as com os


respectivos cromossomas, bem como a representação dos genótipos:
Cromossomas Anomalia Forma de Representação
Autossómicos Albinismo e Miopia Nunca usar o X. Usar por exemplo: aa ou bb
Sexuais (X) Daltonismo e Hemofilia Usar sempre o X, como no exemplo, XdXd e XhXh

1. Daltonismo (cegueira das cores)


É a incapacidade de distinguir as cores, principalmente entre vermelho e verde ou vermelho e
azul. é transmitido por um gene recessivo localizado no cromossoma X, daí que um homem
daltónico nunca transmitirá aos filhos rapazes. Mulheres daltónicas recebem do pai e da mãe um
cromossoma X portador do alelo para esta anomalia.

29
Genótipos e fenótipos
Genótipos XDXD XDXd XdXd X DY XdY
Mulher com Mulher com visão Mulher Homem com Homem
Fenótipos
visão normal normal (portadora) daltónica visão normal daltónico

Hemofilia
É uma anomalia em que o indivíduo tem dificuldades de coagulação de sangue por falta de
globulina responsável por este processo.

São raras as mulheres hemofílicas apenas casais hemofílico e portadora podem ter filha
hemofílica e é raro este casamento.

Genótipos e fenótipos
Genótipos XHXH XHXh XhXh X HY XhY
Mulher com Mulher com Mulher Homem com Homem
Fenótipos coagulação coagulação normal hemofílica coagulação hemofílico
normal (portadora) normal

1.1. Mutações
Mutação é qualquer modificação ou alteração brusca de genes (mutações génicas) ou de
cromossomas (mutações cromossómicas) que pode provocar uma variação hereditária ou uma
mudança no fenótipo.

Tipos de mutações
 Mutações génicas ou genéticas – são alterações que afectam apenas a estrutura do
gene. Resultam da mudança da sequência de nucleótidos do DNA, por substituição de
bases ou remoção de bases. Exemplo, a anemia falciforme é uma doença causada pela
substituição da base azotada timina na cadeia de DNA pela base azotada, adenina.
 Mutações cromossómicas são mudanças na estrutura ou no número de cromossomas.

Agentes mutagénicos podem ser de natureza:


 Física, como os raios X, raios ultravioleta, radiações beta e gama.
 Química, como o formol, óxido nitroso, certos medicamentos, alguns corantes e
conservantes, constituintes do fumo do cigarro, pesticidas, etc.

Efeitos das mutações cromossómicas


1. Síndroma de Down ou trissomia 21
Langdon Down, em 1866, descreveu esta mutação que resulta da existência de mais um
cromossoma no par 21 – trissomia 21 ou síndroma de Down. Esta doença manifesta-se por
alterações no desenvolvimento físico e intelectual, anomalias nas mãos e nos pés e uma
expressão facial característica (maçãs do rosto salientes e olhos oblíquos)

2. Síndroma de Klinefelter
É uma trissomia XXY que pode ocorrer quando não há separação dos cromossomas XX durante a

30
ovogénese ou da não separação dos cromossomas XY durante a espermatogénese. Os
indivíduos portadores desta mutação são do sexo masculino e manifestam geralmente estatura
elevada, algumas perturbações mentais e caracteres sexuais secundários femininos (seios
desenvolvidos e pouca pilosidade)

3. Síndroma de Tuner
É uma monossomia XO, pois as portadoras desta mutação têm apenas um cromossoma sexual X.
Esta anomalia resulta da não disjunção dos cromossomas sexuais durante a meiose, o que
conduz à formação de gâmetas sem cromossomas sexuais. Se um desses gâmetas fecundar um
gâmeta portador do cromossoma X, pode originar um indivíduo com a síndroma de Turner.
1.1. Exercícios de Aplicação da Unidade Temática II
1. Existem vários conceitos fundamentais no estudo da genética. Faz corresponder os conceitos
às respectivas definições:
Conceitos Definições
A. Gene i. Carácter resultante da interacção entre um genótipo e factores ambientais
B. Linha pura ii Alelo que só se manifesta em dose dupla
C. Fenótipo iii Parte do cromossoma que contém informação genética
D. Recessivo iv. Indivíduo que recebeu alelos iguais para uma dada característica

2. Nas suas experiências, Mendel optou pelo uso das ervilheiras porque ...
A São plantas de difícil manuseamento C São plantas monospérmicas
B Possuem flores unissexuais D Possuem poucas variedades

3. Num determinado casal, o homem apresenta cabelo ruivo (recessivo) e a mulher, cabelo
castanho (dominante).
a. Se este casal for homozigótico, qual será o genótipo e fenótipo dos filhos? Faz um quadro de
cruzamento utilizado a letra R/r.
.........................................................................................................................................................
..........................................................................................................................................................
.....................................................................................................................................................
b. Que lei de Mendel ficou demonstrada neste cruzamento? Enuncia.
........................................................................................................................................................
4. O albinismo no ser humano é determinado por um gene recessivo, enquanto a pigmentação é
determinada por um gene dominante. Supõe que um casal normal tem um filho albino.
a. Determina a probabilidade da ocorrência do albinismo na descendência deste casal.
..........................................................................................................................................................
5. A árvore genealógica representada refere-se aos grupos sanguíneos dos membros duma
família.

31
a. Determina os genótipos possíveis de todos os
membros da família.
..........................................................................................
..........................................................................................
..........................................................................................
...........................................................................................
b. Quais são os genótipos possíveis dos filhos do casal
7 e 9?
.......................................................................................
....................................................................................................................................................

32
6. Um homem doador universal casa-se com uma mulher do grupo sanguíneo B, cuja mãe é do
grupo sanguíneo O. Os prováveis grupos sanguíneos dos filhos deste casal serão:
A Grupo B ou O B Grupo AB ou O C Apenas grupo B D Apenas grupo O

7. Um homem do grupo sanguíneo AB é casado com uma mulher cujos avós paternos e maternos
pertencem ao grupo sanguíneo O. Este casal poderá ter apenas descendentes:
A Do grupo O B Do grupo AB C Dos grupos AB e O D Dos grupos A e B

8. Um homem de coagulação normal de sangue é casado com uma mulher normal, filha de pai
hemofílico. Os filhos deste casal serão:
A 50% Normais e 50% hemofílicos C 25% Normais e 75% hemofílicos
B 100% Normais D 75% Normais e 25% hemofílicos

9. O daltonismo é condicionado pelo gene recessivo e ligado ao sexo. Um casal de visão normal
tem uma criança daltónica.
a. Qual é o sexo da criança?
......................................................................................................................................................
b. Indica os genótipos do pai, da mãe e da criança daltónica.
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................

10. Sobre as mutações, assinala as afirmações verdadeiras com V e as falsas com F.


A As mutações podem ser espontâneas ou induzidas
B Os raios X e as drogas sãos agentes mutagénicos químicos e físicos, respectivamente
C As mutações cromossómicas apenas alteram a estrutura dos cromossomas
D As mutações génicas apenas alteram os genes

11. Atenta no indivíduo de cariotipo 44A+XXY.


a. Que anomalia genética apresenta?
.......................................................................................................................................................
.....................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
b. Menciona duas características deste indivíduo.
.......................................................................................................................................................

33
UNIDADE TEMÁTICA 3 EVOLUÇÃO

RESUMO
1.1. Teorias Antigas Sobre a Origem dos Seres Vivos
Fixismo: segundo esta hipótese as espécies surgiram tal como se conhecem no presente e
mantiveram-se imutáveis ao longo do tempo, sem originarem novas espécies.

Geração espontânea: o filósofo grego Aristóteles acredita que em certas condições a vida podia
surgir espontaneamente a partir de matéria sem vida, como, por exemplo, carne, fruta ou queijo
em decomposição, ou mesma na lama, por acção de um “princípio activo” que actuava sobre essa
matéria - hipótese abiogénese. Esta explicação de origem dos seres vivos perdurou durante vários
séculos.

Catastrofismo: esta teoria defendia que uma sucessão de grande catástrofe tinha atingido a
terra, destruindo todos ou quase ou quase todos os seres vivos existentes, por acção de um
criador, a terra teria sido repovoada, após cada cataclismo, com formas de vida diferentes das
existentes anteriormente.

Transformismos: segundo esta teoria, os primeiros seres vivos eram mais simples e teriam
sofrido modificações ao longo do tempo.

Teorias EvolucionistasTeoria de Lamarck/Lamarckismo resume-se em dois princípios


fundamentais:
 Lei do uso e desuso - de acordo com esta lei, a necessidade de usar um órgão em
determinado ambiente acaba por provocar modificações nesse mesmo órgão.
 Lei da herança dos caracteres adquiridos – as modificações que se produzem nos
indivíduos como consequência do uso ou desuso dos órgãos são hereditárias,
transmitindo-se à descendência.

As ideias de Lamark foram contestadas relativamente aos seguintes aspectos:


A lei de uso e do desuso, embora válida para alguns órgãos, como músculos, não explica todas as
modificações;

A lei da herança dos caracteres adquiridos não se verifica experimentalmente. A modificação de


um órgão, adquirida durante toda a vida de um ser vivo, não é transmitida à descendência.

Lamark foi o primeiro a chamar atenção para o fenómeno da adaptação dos seres vivos às
alterações do ambiente, acreditando que a evolução explicava a presença de fósseis e a
diversidade de vida na terra.

34
3.2. Teoria Científica da Evolução dos Organismos
Teoria de Charles Darwin/ Darwinismo (1809 – 1820)
Charles Darwin defendia o seguinte: Os organismos vivos têm grande capacidade de se
reproduzirem, nisto resultaria em indivíduos mais aptos e menos aptos, e que ao enfrentar o novo
ambiente, alguns sobrevivem (portanto os mais aptos), e outros morrem (portanto os menos
aptos) – Principio da selecção natural. Os que sobrevivem transmitem essas características
mais aptas a nova descendência – Principio da transmissão das características mais aptas.
N.B.: Tanto para Lamarck, como para Darwin, o ambiente tem papel importante. Para Lamarck o
ambiente é o causador directo da variação, e para Darwin, o ambiente selecciona a variação mais
adaptativa.

Concepção Moderna Sobre a Evolução


Na teoria de selecção de Darwin faltou explicar a natureza das variações favoráveis que interessa
considerar para a evolução. Está claro que se a variação é favorável, mas não hereditária, não
interessa para a evolução, pois os descendentes não apresentam. Portanto, só tem interesse para
a evolução das espécies as variações hereditárias. Hoje, sabemos que tais variações são as
mutações quer genéticas, quer cromossómicas, que afectam os genes no DNA.

Se na teoria de Darwin introduzirmos o conceito de mutação, ela passará a constituir a Teoria


Moderna da Evolução que se fundamenta no seguinte:

É por alterações genéticas ou cromossómicas que surgem todas as variações hereditárias que
apresentam todos os indivíduos da mesma espécie. – Indivíduos mutantes;

O factor responsável pelo destino dos mutantes é a selecção natural, selecção feita pelo
ambiente;

Dos mutantes seleccionados, surgem, por novas mutações, novos mutantes e assim
sucessivamente;

Por acumulação de mutações seleccionadas ao longo das gerações, acaba por surgir uma nova
espécie.

Factores de Evolução
São factores de evolução: Mutação; Selecção natural; Recombinação genética; Isolamento
geográfico.

1. Mutação: é uma modificação brusca dos genes ou cromossomas, e que é possível ser
transmitido à descendência.
Os organismos que sofrem mutações, podem apresentar uma ou duas características novas, que
podem ser úteis ou não.

35
2. Selecção natural: O aparecimento de novas características permite ou impede uma melhor
adaptação ao ambiente. As características positivas favorecem a sobrevivência do ser vivo, por
enquanto que as negativas o eliminam. É o processo de Selecção Natural.

3. Recombinação genética: é um factor importantíssimo que origina a variabilidade, e é


característico da reprodução sexuada. A recombinação dos genes promove o aparecimento não
de novos genes, mas sim de genótipos novos.

A recombinação dos genes processa-se por três mecanismos básicos:


 Segregação dos cromossomas na meiose;
 Ocorrência de permutação genética (crossing-over);
 Fecundação.

4. Isolamento: É todo o processo que diminui o cruzamento entre indivíduos, o que impede, em
maior ou menor escala, a troca de genes entre eles.
Podem ser considerados dois tipos de barreiras de isolamento:

Barreiras externas: são constituídas por acidentes geográficos ou espaciais. Entre estas
podemos citar as cadeias montanhosas, os rios, os mares, etc.

Barreiras internas ou biológicas. Estas são de diversas naturezas e impedem a troca de genes,
ainda que as populações se encontrem juntas.

Provas de Evolução
São provas de evolução:
1. Paleontologia
É a ciência que estuda a descoberta e interpretação dos fósseis. Fósseis – são restos ou
vestígios de organismos de épocas geológicas remotas que ficaram preservados nas rochas. O
registo fóssil é prova directa que apoia a teoria da evolução e auxilia o Homem na reconstituição
da história sobre o processo da evolução dos seres vivos.

Tipos de fossilização: Moldagem; Incarbonização; Impressão; Mineralização; Incrustação;


Conservação

2. Anatomia comparada:
É uma parte da biologia que compara e contrasta as semelhanças e diferenças das estruturas,
tanto entre as plantas como entre animais que estão estritamente relacionados. Ex: A comparação
dos sistemas respiratório, circulatório dos vertebrados actuais.

Os argumentos de anatomia comparada, baseados na semelhança das características


morfológicas dos indivíduos, são principalmente: Estruturas homólogas; Estruturas análogas;
Estruturas vestigiais.

36
Os órgãos homólogos são órgãos estruturalmente semelhantes, todavia que desempenham
funções diferentes. Exemplo: Os membros superiores do Homem e os membros anteriores das
baleias, dos morcegos (membrana alar), das aves (as asas), dos cavalos, das toupeiras e das
salamandras - todos estes órgãos têm a mesma origem embriológica e são constituídos por ossos
correspondentes, mas desempenham funções diferentes.

Os órgãos análogos são estruturalmente diferentes, mas que desempenham funções


semelhantes. Exemplos: Os tubarões (peixe cartilagíneos) e os golfinhos (mamíferos aquáticos)
pertencentes a famílias diferentes, mas têm a mesma forma do corpo e barbatanas que facilitam a
sua deslocação dentro de água.

Estruturas ou órgãos vestigiais são órgãos atrofiados sem função evidente e sem significado
biológico que existem em alguns grupos.

3. Fisiologia comparada: Esta relacionada com a comparação das diferentes funções que
revelam também certas semelhanças entre os seres vivos. Ex: Há uma grande semelhança entre
hormonas de diferentes animais. A função da insulina do cão tem a mesma função que a do
Homem. Em ambos os casos a falta provoca diabetes.

4. Embriologia comparada: Proporciona uma evidência indirecta em apoio à teoria da evolução.


A segmentação do ovo e as primeiras etapas do desenvolvimento embrionário são bastante
semelhantes nos diferentes grupos de animais. As semelhanças observadas nos embriões dos
vertebrados demonstram que há um antepassado comum.

Baseando em observações embriológicas, Haeckel estabeleceu a Lei biogenética básica: “O


desenvolvimento de um ser vivo é uma repetição curta do desenvolvimento da espécie”.

São as semelhanças a registar ao nível dos embriões dos vertebrados:


 Presença da cauda;
 Presença de fendas branquiais;
 Presença de sulcos;
 Cabeça desproporcional ao corpo.

5. Formas intermediárias:
 Latimeria: forma intermediaria entre peixes e anfíbios;
 Archaeopteryx: é um animal intermediário com características de um réptil.

Tendências de Evolução
A cooperação de todos os factores de evolução pode, durante o desenvolvimento dos seres vivos,
provocar mudanças de células, tecidos e órgãos. Todas estas mudanças podem possibilitar uma
maior eficiência e com isso uma maior independência dos seres vivos a certas condições
ambientais. Grupos de organismos com estas características chamam-se organismos mais
desenvolvidos. O respectivo processo pode decorrer como diferenciação (células e tecidos) ou

37
centralização (tecidos).

Eis o exemplo da diferenciação dos tecidos: as pteridófitas e espermatófitas são mais


desenvolvidas que as briófitas.

Outro exemplo de diferenciação de tecidos: diferentes tipos de pulmões nos vertebrados (dos
Anfíbios, Répteis e Mamíferos).

Centralização: pode ter como finalidade um aumento da capacidade dos órgãos. Por exemplo, o
desenvolvimento do sistema nervoso: Sistema nervoso difuso (hidra), Célula nervosa ganglionar
(minhoca) e, Encéfalo e medula espinal (cão).

Durante o processo de evolução, os seres vivos tornam-se mais ajustados ao mundo que os
rodeia. Adaptam-se ao meio desenvolvendo características especiais.

Grandes mudanças das condições ambientais podem efectuar uma redução. Estas reduções
podem ser adaptações específicas do meio ambiente.
N.B: Uma redução não é um desenvolvimento para trás, os organismos mantêm o seu nível de
desenvolvimento.

Cronologia Geral da Evolução do Homem


O Homem e o macaco têm um antepassado comum; Ambos pertencem à ordem dos primatas.

Lugar do Homem na natureza


 Reino: Animália --> Organismos usualmente móveis que ingerem alimentos;
 Filo: Chordata --> Animais com simetria bilateral, corda dorsal e tubo neural em posição
dorsal.
 Sub-Filo: Vertebrata --> Animais com esqueleto interno ósseo cartilagíneo e espinal
medula com o cérebro na extremidade anterior.
 Classe: Mammalia --> Animais de sangue quente, coberto de pelos, que amamentam as
suas crias;
 Sub – Classe: Theria --> Mamíferos vivíparos. Os embriões desenvolvem-se ligados ao
corpo materno por uma estrutura chamada placenta;
 Ordem: Primata --> Animais essencialmente arborícolas, com capacidade de preensão.
Devido à oponibilidade do polegar aos outros dedos. Têm unhas em vez de garras, num ou
mais dos seus dedos.
 Sub – Ordem: Antropoidea --> Primatas mais evoluídos, com um grande controlo dos
dedos e grande capacidade de aprendizagem. Estrutura dental característico;
 Super – Família: Hominoidea --> Primatas se cauda, com grande liberdade de
movimentos dos membros superiores.
 Família: Hominidae --> Primatas terrestres, bípedes, capazes de fabricar ferramentas;
 Género: Homo --> Homem moderno e seus ancestrais imediatos;
 Espécies: Homo sapiens --> Todas as populações humanas do período pós-glaciar e

38
algumas mais antigas;
 Sub – Espécie: Homo sapiens sapiens --> Homem actual.

3.3. Exercícios de Aplicação da Unidade Temática III


1. Fixismo é uma hipótese antiga sobre a evolução dos seres vivos.
a. Qual é a ideia defendida pelo fixismo?
......................................................................................................................................................
b. Quais são as teorias fixistas?
.........................................................................................................................................................
.....................................................................................................................................................

2. Sabemos que Jean-Baptiste Lamarck foi um dos primeiros estudiosos que compreenderam que
o meio poderia de alguma forma influenciar na evolução dos seres vivos.
Marca a alternativa que indica os dois pontos principais do lamarckismo.
A Selecção natural e mutação.
B Lei do uso e desuso e selecção natural.
C Lei do uso e desuso e lei da necessidade.
D Lei da herança dos caracteres adquiridos e lei do uso e desuso.
E Selecção natural e lei da herança dos caracteres adquiridos.

3. A evolução é uma teoria que afirma que os seres vivos sofreram modificações ao longo do
tempo. Essa teoria é sustentada por algumas evidências, como a presença de estruturas que
apresentam origem embrionária semelhante, mas nem sempre a mesma função. Essas
estruturas são chamadas de:
A Homólogas B Heterólogas C Análogas D Isólogas

4. Uma das evidências evolutivas é a presença de estruturas atrofiadas que aparentemente não
possuem funções para um organismo. Essas estruturas são chamadas de:
A órgãos homólogos B órgãos extintos C órgãos vestigiais D órgãos análogos

5. Existem factores que contribuem para a evolução das espécies.


a. Menciona os principais factores da evolução.
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
6. O Homem é um ser vivo inserido no reino Animalia.
a. Em que filo, classe, família, ordem, género e espécie está inserido o ser humano?
.............................................................................................................................................................
.....................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................

39
UNIDADE TEMÁTICA 4 ECOLOGIA

RESUMO
Ecologia é ciência que estuda as relações que os organismos estabelecem entre si e com o
ambiente natural em que vivem.
1.1. Conceitos Básicos de Ecologia
Espécie é o conjunto de organismos com formas semelhantes que podem cruzar-se entre si,
originando descendentes férteis.

População é o conjunto de organismos da mesma espécie que vivem numa


determinada área.

Comunidade conjunto formado pelas populações diferentes numa determinada área.

Habitat-local onde vive o conjunto de indivíduos que constitui a comunidade.

Ecossistema conjunto de diferentes comunidades interagindo entre si e com o ambiente não-vivo


(físico e químico) e energia.

Nicho ecológico é o conjunto de relações e actividades próprias de uma espécie. É o seu “modo
de vida” particular, isto é, indica o papel que os indivíduos dessa espécie desempenham na
comunidade: o tipo de alimento, a altura do dia em que se alimentam, a época do ano em que se
reproduzem, o tipo de abrigo, os seus inimigos, etc. Por exemplo, a coruja e o corvo têm o mesmo
habitat, mas a coruja vive nos buracos dos troncos das árvores, enquanto o corvo constrói os
ninhos nos ramos. Deste modo, tem nichos ecológicos diferentes.

Biosfera é conjunto de todos os ecossistemas da terra, isto é, a zona da terra que contém vida.
O esquema da figura abaixo apresenta alguns níveis de organização dos seres vivos na biosfera.

Importância do estudo da Ecologia


Permite entender o funcionamento do planeta, perceber como vivem e se relacionam, criar
medidas de preservação da espécie.

Tipos de EcossistemaOs ecossistemas podem ser naturais ou artificiais. Os ecossistemas

40
naturais podem ser terrestres ou aquáticos.

Exemplo de ecossistemas naturais terrestres: bosques, florestas e desertos.

Exemplo de ecossistemas naturais aquáticos: rios, oceanos, lagos e estuários.

Ecossistemas artificiais - construídos pelo Homem. Exemplos: aquários, represas, plantações e


barragens.

Quanto às suas dimensões, os ecossistemas podem ser classificados como:


Macroecossistemas, Mesoescossistemas e Microecossistemas.

4.3. Composição de um Ecossistema


 Factores abióticos (luz, água, temperatura...)
 Factores bióticos: relações intra e inter específicas (parasitismo, predatismo, simbiose,
competição)

Relações entre os Seres Vivos de uma Comunidade


Existem dois tipos de relações que se estabelecem entre os seres vivos de uma comunidade, a
citar:

Relações intra-específicas, quando se verificam entre organismos da mesma espécie;

Relações interespecíficas, quando se verificam entre organismos de espécies diferentes.

41
Tabela I – Relações intra-específicas
Tipo de Relação Características Exemplos
- Os veados lutam até à morte pelo seu
território;
- Os leões lutam mesma fêmea, com a qual
Os indivíduos competem
o mais forte acasalará, originando
entre si para satisfazerem
descendência;
Competição as suas necessidades
- Os machos de algumas aves, na altura do
alimentares, de território ou
acasalamento, assinalam o território com o
de reprodução.
seu canto, impedindo a aproximação de
outros;
- As plantas competem pela luz.
Colónia: os indivíduos
agrupam-se para obter um
- Os pinguins vivem em colónias numerosas,
benefício comum a todos,
o que permite uma melhor protecção contra o
como favorecer a
frio das regiões onde vivem.
reprodução, proteger-se do
- Os corais são unidos uns aos outros,
frio e dos inimigos ou
actuando em conjunto
facilitar a procura de
alimento.
Cooperação
Sociedade: os indivíduos - As abelhas estão organizadas em
agrupam-se de forma sociedade. A rainha põe os ovos e cuida dos
organizada, possuindo alimentos. Os zângãos defendem o enxame
uma hierarquia; cada um e as obreiras procuram o alimento.
tem a sua função e - As formigas também estão organizadas em
actividade específica, sociedade
havendo diferenciação de - O Homem vive na sociedade mais
funções. especializada do reino animal
Um indivíduo mata o outro, - O louva-a-deus fêmea e a aranha viúva-
Canibalismo da mesma espécie, para alegre comem os machos depois de terem
se alimentar. sido fecundadas.

Tabela II- relações interespecíficas


Tipo de Relação Características Exemplos
-Um leão mata e come um herbívoro.
A espécie mais forte
-A águia mata e come as cobras.
Predação (predadora) mata a outra
-Alguns pássaros alimentam-se de insectos.
(presa) para se alimentar.
-As cobras matam e comem os ratos.

42
Indivíduos de espécies
diferentes associam-se e - As abelhas e as borboletas alimentam-se
cooperam para benefício do néctar das flores. Ao mesmo tempo,
mútuo. estes insectos realizam a polinização.
Quando a associação é -algumas aves que acompanham o gado
fundamental para a alimentam-se de insectos que ficam a
Mutualismo
sobrevivência de ambas descoberto no solo e também de parasitas
espécies, isto é, quando que vivem agarrados a superfície do corpo
uma espécie não pode viver dos animais, que assim ficam livres deles.
afastada da outra, esta -os líquenes são uma simbiose de uma alga
relação chama-se com um fungo.
simbiose.
Indivíduos de espécies
-o búfalo e a zebra vivem no mesmo
diferentes com nichos
ecossistema e competem pelo mesmo tipo
ecológicos Semelhantes
de alimento e pela agua .
competem muitas vezes
Competição -a coruja e a cobra alimentam-se de rãs do
pelos mesmos recursos
mesmo lago.
água, alimento, e espaços
-as plantas competem pela água e pelos
quando estes existem em
sais minerais do solo.
pouca quantidade.
-as carraças, as pulgas e os piolhos são
Um indivíduo de uma
ectoparasitas que se alimentam do sangue
espécie – parasita – vive à
dos seus hospedeiros.
custa de outro de espécie
Parasitismo - a ténia e as lombrigas são endoparasitas
diferente. hospedeiro
que vivem no intestino do Homem,
geralmente, sem lhe
Alimentando-se à custa das substâncias
provocar a morte.
orgânicas digeridas por este.
- Alguns peixes escondem-se dos seus
inimigos entre os tentáculos das anémonas
Indivíduos de espécies
ou entre os corais.
diferentes vivem em
- As plantas epifitas, como por exemplo,
conjunto, sendo um deles
certas orquídeas, vivem sobre o tronco de
indiferente à presença do
Comensalismo árvores altas; alimentam-se a partir de
outro, que, por seu lado,
substâncias que retiram do ar e da água das
aproveita a protecção,
chuvas.
transporte ou restos de
-as hienas acompanham os leões nas suas
alimento.
caçadas, alimentando-se dos restos
deixados por eles.

43
Processos comuns dentro de um Ecossistema
Uma das relações dentro do ecossistema mais complexa e necessária à vida no Planeta é a
alimentação. Plantas e animais precisam de obter energia para a manutenção da vida. Os
vegetais "fabricam" sua energia, ou seja, sintetizam seu próprio alimento (são autotróficos), por
isso são chamados produtores. Já os animais não conseguem isso, obtêm a energia de fontes
externas, comendo vegetais e outros animais. São por conseguinte, consumidores. Ao morrer,
tanto os produtores como os consumidores servem de fonte de energia para o ambiente a partir
dos processos de decomposição.

4.4 Níveis Tróficos


De acordo com o tipo de nutrientes que os seres vivos consomem, estes podem pertencer a
diversas categorias, que se designam níveis tróficos. Podem ser classificados como produtores,
consumidores e decompositores.
Cadeia alimentar
As relações alimentares entre todos os organismos que vivem num determinado ecossistema
representam-se por uma cadeia alimentar ou cadeia trófica, constituída por uma sequência de
organismos através dos quais passa o alimento.
Cada cadeia alimentar é constituída por vários níveis tróficos: 1.o nível trófico ocupado pelos
produtores (P); 2.o nível trófico, constituído pelos consumidores primários ou de 1.a ordem
(C1); 3.o nível trófico, ocupado pelos consumidores secundários ou de 2.a ordem (C2); 4.o nível
trófico, constituído pelos consumidores terciários ou de 3.a ordem (C3). Podem existir cadeias
alimentares com níveis tróficos mais elevados.

Cadeia alimentar

Teia alimentar
Na natureza, alguns seres podem ocupar vários papéis em diferentes cadeias alimentares.
Quando comemos uma maçã, por exemplo, ocupamos o papel de consumidores primários. Já, ao
comer um bife, somos consumidores secundários, pois o boi, que come o capim, é consumidor
primário. Muitos outros animais também têm alimentação variada. Um organismo pode alimentar-
se de diferentes seres vivos, além de servir de alimento para diversos outros. O resultado é que
as cadeias alimentares se cruzam na natureza, formando o que chamamos de teia alimentar.

44
Nas teias alimentares, um mesmo animal pode ocupar papéis diferentes, dependendo da cadeia
envolvida.

Teia alimentar

4.5. Alterações dos Ecossistemas


As alterações dos ecossistemas são consequência de causas naturais e da acção humana. A
poluição (da água, do ar e do solo), a introdução de novas espécies, a extinção (desaparecimento)
de espécies, a explosão demográfica (grande aumento da população de seres humanos) e a
destruição da floresta são as principais causas de alteração dos ecossistemas pela acção do
homem.

4.6. Protecção dos Ecossistemas


As acções que visam a protecção e conservação da natureza destacam-se:
Criação de áreas protegidas, tratamento de resíduos sólidos, tratamento de águas residuais,
reservas naturais para proteger espécies ameaçadas e em risco de extinção, protecção dos
parques, controlo biológico de pragas.

4.7. Exercícios de Aplicação da Unidade Temática IV1. Ecologia é a ciência da biologia que
A Estuda a unidade básica dos seres vivos.
B Estuda características morfológicas e anatómicas dos seres vivos.
C Estuda os seres vivos e as suas manifestações
D Estuda as relações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.

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2. Faz corresponder os conceitos básicos da ecologia às respectivas definições.
Conceito Definição Correspondência
A. conjunto de várias populações que
1. Ecossistema habitam uma determinada área e que se
relacionam entre si.
B. conjunto de organismos com formas
2. Comunidade semelhantes que podem cruzar-se entre
si, originando descendentes férteis.
C. Os organismos da mesma espécie que
3. Habitat
vivem numa determinada área.
D. conjunto de diferentes comunidades
4. População interagindo entre si e com os factores
físicos e químicos do ambiente.
5. Espécie E. O lugar onde um ser vivo vive.

3. Assinala as afirmações verdadeiras com V e as falsas com F.


A Florestas, desertos, rios, oceanos e lagos são ecossistemas artificiais ( )
B Aquários, represas, plantações e barragens são ecossistemas naturais ( )
C Os oceanos são macroecossistemas ( )
D Uma poça de água é um mesoescossistema ( )
E Um tronco de uma árvore é um microecossistema ( )

4. São factores abióticos os seguintes …


A Plantas e animais B Solo e chuva C Plantas e solo D Animais e chuva

5. Identifica as relações dos seres vivos existentes nos seguintes casos:


A Os bois comem e acabam o milho plantado numa certa machamba .............................
B O piolho se aloja na cabeça do Homem sugando o seu sangue ...................................
C As hienas alimentam-se de restos de carne de búfalo deixados pelo leão...............................
D Os patos machos lutam pela posse das fêmeas ....................................
E Os corais são unidos uns aos outros, actuando em conjunto ..................................
F A aranha viúva-alegre come o macho depois de ter sido fecundada ...........................
G Certas orquídeas vivem sobre o tronco de árvores altas sem lhes causar nenhum prejuízo,
alimentam-se a partir de substâncias que retiram do ar e da água das chuvas .........................
H Certas algas fornecem matéria orgânica a certos fungos. Estes, em troca, fornecem-lhes
matéria inorgânica. Assim, vivem juntos......................

46
6. Observa a cadeia alimentar abaixo representada.

a. Indica os níveis tróficos de todos os elementos representados.


.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
7. Observa a seguinte teia alimentar.

a. Quantas cadeias existem nesta teia alimentar?


.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
b. Identifica: o produtor, o consumidor da 4ª ordem e o decompositor.
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................

8. Os ecossistemas são fundamentais para a vida de todos os seres vivos. Por essa razão devem
ser protegidos.
a. Como proteger os ecossistemas?
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................

47
Unidade Didáctica 1

1. a) Constituintes do núcleo: membrana nuclear, nucleoplasma, nucléolo e cromatina.


b) Armazena o material genético; controla o metabolismo celular.
2. B - Hereditariedade
3. B - Homeostase
4. D.- Nucleotídeo
5. a) ARN – ácido ribonucléico
6.
Critérios de comparação ADN ARN
Tipo de bases azotadas A,C,G,T A,C,G,U
Tipo de cadeia Dupla Simples
Tipo de açúcar Desoxirribose Ribose

7. a) Transcrição da informação genética.


b) Replicação do ADN.
c) Tradução da informação genética.
8. AUG CUA UGG UAC
9. a) 1- Profase; 2- Metafase; 3- Anafase; 4- Telofase.
b) Na fase 3 (anafase) ocorre a divisão do centrómero e migração dos cromatídeos idênticos para
pólos opostos.
10. C - G1, S, G2, divisão celular
11. B - Desintegração da membrana nuclear
12. a) Comparação entre mitose e meiose
Mitose Meiose
Número de células filhas 2 4
Cariótipo das células filhas 2n N
Tipo de célula filha Diplóide Haplóide
13. a) B - Não há fecundação.
14. A gametogénese masculina é também chamada espermatogénese e ocorre nos órgãos
reprodutores chamados testículos. A formação dos seus gâmetas ocorrem em quatro
etapas que são a multiplicação, crescimento, maturação e a diferenciação.

Unidade Didáctica 2

1. A-iii; B-iv; C-i; D-ii


2. C - São plantas polispérmicas
3. a) Alelos: cabelo ruivo-r; cabelo castanho-R
P: Homem de cabelo ruivo X Mulher de cabelo castanho homozigótico

48
G: rr X RR
g: r,r X R,R
R r PG: 4/4 ou 100% Rr
R Rr Rr PF: 4/4 ou 100% filhos de cabelos castanhos
R Rr Rr

b) 1ª lei de Mendel ou lei de uniformidade dos caracteres. Diz que os indivíduos da F1, filhos de
pais de linha pura são iguais entre si e a um dos progenitores.

4. a) alelos: pigmentação normal-A; pigmentação albina-a


P: Pai híbrido X Mãe híbrida
G: Aa X Aa
g: A,a X A,a

A a PG: ¼ ou 25% AA; ½ ou 50% Aa; ¼ ou 25% aa


A AA Aa PF: 75% filhos normais; 25% filhos albinos
A Aa aa

5. a) 1- AO; 2-OO; 3-OO; 4-AO; 5-AO; 6-AB; 7-BO; 8- AA/AO; 9-OO.

b) P: 7 X 9
G: BO X OO
g: B,O X O,O
B O
O BO OO
O BO OO

PG: ½ ou 50% BO; ½ 50% OO


PF: 50% filhos do grupo B; 50% filhos do grupo O
6. A - Grupo B ou O.
7. D Dos grupos A e B
8. D 75% Normais e 25% hemofílicos.
9. a) A criança é do sexo masculino.
b) Os genótipos dos pais são: pai: XDY , mãe: XDXd e o da criança e XdY
10. V, F, F, V
11. a) Síndrome de Klinnefelter
b) São homens que manifestam geralmente estatura elevada, algumas perturbações mentais e
caracteres sexuais secundários femininos (seios desenvolvidos e pouca pilosidade)

Unidade Didáctica 3

1. a) As espécies surgiram tal como se conhecem no presente e mantiveram-se imutáveis ao

49
longo do tempo, sem originarem novas espécies
b) Geração espontânea, catastrofismo e transformismo.
2. D - Lei da herança dos caracteres adquiridos e lei do uso e desuso.
3. A - Homólogas.
4. C - órgãos vestigiais.
5. a) Mutações, recombinação genética e isolamento.
6. Classificação do Homem:
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Família: Hominidae
Ordem: Primata
Género: Homo
Espécie: Homo sapien
Unidade Didáctica 4

1. D - Estuda as relações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.


2. 1-D; 2-A; 3-E; 4-C; 5-B
3. F, F, V, F, V
4. B - Solo e chuva
5. Relações dos seres vivos existentes nos casos dados:
A. Predação
B. Parasitismo
C. Comensalismo
D. Competição
E. Cooperação
F. Canibalismo
G. Comensalismo
H. Simbiose
1. a) Produtor; b) consumidor da 1ª ordem; c) consumidor da 2ª ordem; d) consumidor da 3ª
ordem; e) consumidor da 4ª ordem.
2. a) 5 cadeias.
b) O produtor é capim; o consumidor da 4ª ordem é o gavião; não há decompositor.
3. a) Criação de áreas protegidas, tratamento de resíduos sólidos, tratamento de águas
residuais, reservas naturais para proteger espécies ameaçadas e em risco de extinção,
protecção dos parques, controlo biológico de pragas.

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BIBLIOGRAFIA

Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (2010). Programa de Biologia da 10ª classe.


Maputo-Moçambique.

Noronha, Cecília Mascarenhas et al. (2015). Biologia 10ª classe, Plural Editores

Bibliografia electrónica
http://ead.mined.gov.mz/site/

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