Trilhas - Histórias Com Repetição
Trilhas - Histórias Com Repetição
Trilhas - Histórias Com Repetição
HISTÓRIAS
COM REPETIÇÃO
1 | HISTÓRIAS COM REPETIÇÃO
O uvir histórias é uma atividade presente em nossa cultura. Sabemos que as crianças podem desen-
volver o gosto de ouvir e ler histórias, e este é um dos maiores desafios da escola. Mas, para que isso
aconteça, é preciso ler sempre para as crianças; se possível, todos os dias. Bom mesmo é que o momento
da leitura ganhe um lugar na rotina da sala, de modo que elas saibam se antecipar: “Agora é hora da leitura!”
Em geral, quando se fala em leitura de histórias para crianças, a primeira ideia que vem à cabeça é de que
elas não têm a concentração necessária para ouvi-las. No entanto, ao se repetir três vezes essa atividade
em sala, o que se percebe é justamente o inverso: as crianças adoram, se encantam, prestam atenção e, o
mais importante, aprendem muito.
Não é tão complicado transformar a leitura numa aliada do ensino. Basta um cuidado especial, com
alguns detalhes que muitas vezes passam despercebidos. Um bom caminho é partir da seleção de textos
que estejam de acordo com o momento em que as crianças se encontram, trabalhando, por exemplo, com
histórias com repetição, como sugere este Caderno de orientações.
Variar as situações de leitura também é algo a ser planejado: na leitura diária realizada pelo professor,
é possível fazer com que as crianças participem ativamente, falando algumas partes do texto que sabem
de memória, como os diálogos, por exemplo. A leitura deve se configurar como um ato bem distinto ao
de contar histórias. Na leitura, reproduz-se o texto tal como está escrito, enquanto, ao se contar históri-
as, é possível falar de um jeito diferente sobre um conteúdo que já foi memorizado São situações dife-
rentes que proporcionam aprendizagens diversas.
Precisamos também criar condições para que as crianças “entrem” no texto e saboreiem a maneira como
ele foi escrito. Claro que de acordo com os limites delas. É importante ainda dar voz às crianças e ter
ouvidos para escutá-las. É com base nesse tipo de troca que formaremos pessoas seguras, capazes de
defender seus pontos de vista e de se tornar verdadeiros leitores.
Neste Caderno de orientações, você vai encontrar formas de ampliar o que já faz em seu trabalho cotidiano
com as crianças, explorando histórias com repetição, que costumam ser muito bem recebidas pelas
crianças pequenas, além de ser uma excelente porta de entrada para o mundo dos livros.
Sobre os livros
O s três livros escolhidos para este Caderno de orientações contam histórias com repetição. Os acon-
tecimentos das histórias ocorrem numa sequência linear que sempre repete o fato anterior e, no
fim, retoma o início da narrativa. A repetição ajuda na compreensão da história por parte das crianças.
Vamos conhecer algumas características desses livros.
Essa história trata de uma festa. A Bruxa é a primeira convidada, mas ela só irá se puder levar o Gato.
Outros convidados só irão se também puderem chamar alguém. No fim, o Lobo só irá se convidarem a
Chapeuzinho Vermelho, que só irá se as crianças forem. Mas as crianças só aceitam o convite se a Bruxa
for. Isso acontece, e as crianças vão à festa, retomando o ciclo que constrói a história.
Essa história começa com a pergunta: “Com o que os bichos sonham quando dormem?” O primeiro
animal apresentado é o tamanduá, que, por ter orelhas pequenas, sonha com um bicho de orelhas grandes.
Dessa forma, vários animais, um a um, sonham em ter particularidades dos outros. Depois de vários
bichos responderem à pergunta em questão, o tatu sonha com um bicho de língua grande, e a história
volta ao tamanduá, formando um ciclo.
Durante a leitura, as crianças podem associar os sentimentos dos bichos aos dos seres humanos, porque
os animais da história sonham com o que não têm, assim como nós. A ilustração reforça a narrativa.
Desse modo, a página que anuncia o bicho seguinte vem apenas com parte dele (por exemplo, se o coelho
sonha em ter tromba, nesta página do texto aparece somente uma tromba). Texto e ilustração se repetem,
se justapõem, o que, nesse caso, facilita a observação e a participação das crianças na leitura.
Fome de urso
De Heinz Janisch e Helga Bansch
São Paulo: Brinque-Book Editora, 2007.
Essa história trata de um urso que, ao acordar faminto, sai à procura das Montanhas de Mel. Em seu
caminho, pergunta a vários animais onde encontrá-las. Os bichos respondem que ele tem de achar suas
comidas prediletas em abundância, o que, ao longo da narrativa, revela que os bichos também não sabem
ao certo como encontrar as montanhas que o urso Hugo procura. No fim, o urso encontra suas montanhas,
e elas eram bem maiores do que ele havia imaginado.
A história começa com a exclamação do urso (“Tô com fome! Muita fome! Fome de urso!”), frase que se
repete ao longo do livro, assim como a pergunta de Hugo (“Você conhece as Montanhas de Mel?”), personagem
que tem uma fome insaciável. Afinal, os ursos hibernam por vários meses. Na história, ele é caracterizado
como quem quer ir além dos limites. Também há o recurso de associação, que relaciona os bichos com o
que gostam de comer ou brincar (osso para cachorro, cenoura para coelho), facilitando a memorização do
enredo. No fim, a ilustração é importante, porque resolve a história. A ilustração mostra que Hugo conse-
gue enxergar além dos limites. Ele está acima de todos os personagens e, por conta disso, consegue encon-
trar as Montanhas de Mel que nenhum outro bicho sabia onde ficava.
1. Os três livros contêm diálogos (“Bruxa, Bruxa, por favor, venha à minha festa”, “Obrigada, irei, sim, se você
convidar...”) escritos em discurso direto, como numa conversa. Esse recurso possibilita que as crianças
participem alternando as falas com o professor, como acontece no teatro, onde um fala e o outro responde;
2. Os livros Bruxa, Bruxa, venha à minha festa e Os bichos também sonham possuem histórias em que o fim
acaba nos levando de volta para o início da narrativa, caracterizando-se como narrativas circulares;
3. Nas três histórias, as falas, os fatos e as ações se repetem. A presença da repetição dá a ideia de que os
personagens estão interligados: Bruxa com Gato, Gato com Espantalho, Espantalho com Coruja e assim
por diante. A repetição ocorre não só nas partes do texto que são escritas da mesma forma quanto à
linguagem, mas também na maneira como os fatos ocorrem. No livro Fome de urso, por exemplo, todos
os animais que Hugo encontra têm a mesma atitude de má vontade com ele;
4. Nas três histórias, os personagens assumem características humanas, porque falam, sonham ou se ves-
tem como a gente. Esse recurso de linguagem é chamado de personificação;
5. A leitura em voz alta de histórias desse tipo permite destacar as diferentes entonações das falas dos
personagens: frases afirmativas (“Irei, sim, se você convidar...”), interrogativas (“Com o que sonham os
bichos quando dormem?”) ou exclamativas (“Tô com fome!”).
Em relação às ilustrações, nos três livros elas contam a história junto com o texto. Acrescentam informações
ou destacam partes da narrativa. Vamos ver alguns aspectos interessantes:
1. Em todas as narrativas, as ilustrações ultrapassam os limites da página. No livro Bruxa, Bruxa, venha à
minha festa, parece que há uma lente de aumento. Em Os bichos também sonham, os personagens não
cabem inteiros na página. Em Fome de urso, a contracapa e a primeira página são estampadas apenas com
a calça de Hugo;
2. Por fim, as ilustrações de Bruxa, Bruxa, venha à minha festa e de Os bichos também sonham ajudam as
crianças a constatar a circularidade apresentada nas histórias. No livro Os bichos também sonham, por
exemplo, a história começa com a língua do tamanduá, que remete a uma linha que costura o começo no
fim da narrativa.
As atividades aqui desenvolvidas são referências para a exploração de livros com histórias de estruturas
repetitivas. O texto de Bruxa, Bruxa, venha à minha festa serviu de referência para a elaboração das
propostas apresentadas a seguir. Contudo, você pode experimentar o mesmo tipo de atividade com
outros livros que possuam a mesma estrutura.
Este Caderno de orientações é um convite para que você coloque em jogo seus conhecimentos,
ampliando-os com as sugestões apresentadas. É por essa razão que já indicamos neste texto dois outros
livros que compõem o acervo enviado junto com esse material. Bom trabalho!
Lembrete
Sabemos que, quando gostam de uma história, as crianças pedem para que ela seja lida e relida
diversas vezes. Por isso, não hesite em contar várias vezes a mesma história. A formação de futuros
leitores se dará no equilíbrio de experiências em que eles possam ler e escutar histórias por puro
prazer – desfrutando de literatura de qualidade – com outros momentos em que possam apro-
fundar conhecimentos sobre o texto. Portanto, o desafio está em não transformar a leitura de
histórias numa atividade mecânica. Assim, procure garantir a leitura por prazer de maneira inde-
pendente das atividades com foco no texto. Este Caderno de orientações apresenta um roteiro de
trabalho que não deve ser escolarizado, mas, ao contrário, servir de instrumento para que as
crianças façam uma viagem pelo mundo da literatura e do conhecimento.
Sumário
Atividade 1
Conhecer o livro “por fora” e “por dentro”
Roteiro de trabalho
Preparação
Analisar a capa e a contracapa do livro, bem como suas ilustrações, observando os detalhes para poder
destacá-los na conversa com as crianças. Ler algumas vezes o livro de forma a treinar a entonação para
diferenciar a voz dos convites e das respostas presentes na história.
Apontar o local onde está escrito o nome da autora e ler para as crianças. Perguntar a elas de quem é
esse nome, dizendo, por exemplo: “Aqui está escrito ‘Arden Druce’. De quem será esse nome?” Se as crianças
comentarem que é o nome de quem escreveu o livro, você pode informar que quem escreve livros é cha-
mado de autor ou autora. Mostrar a capa e a contracapa, abrindo o livro ao meio, e pedir que observem
que a ilustração da capa ocupa as duas páginas centrais.
Convidar as crianças a observar as ilustrações de dentro do livro à medida que for folheando (de frente
para eles). Comentar sobre quem aparece na história. É interessante não confirmar nem negar as hipóte-
ses das crianças. Por exemplo, se, ao ver a ilustração do Duende, alguma delas falar: “É um monstro”, você
poderá dizer: “Será que é mesmo um monstro? Quando fizermos a leitura, poderemos confirmar”,
estimulando-as a buscar respostas a partir da leitura do livro.
Ler o primeiro parágrafo da contracapa do livro, destacando as perguntas que deixarão as crianças
Escutar a história
de forma ativa. curiosas para desvendar o fim da história.
Realizar a leitura da história em voz alta para as crianças com o livro voltado para elas para que vejam as
ilustrações enquanto escutam a história.
Ao observar o livro “por dentro”, explorando suas páginas internas antes da leitura, favorece-se que as
crianças imaginem e antecipem a história do livro.
Ao lançar perguntas às crianças antes de ler, possibilita-se que elas sejam mais ativas na escuta da história.
Entregar o livro nas mãos das crianças (indo de uma a uma) e sugerir que observem os detalhes das
ilustrações, aproximando e distanciando os olhos do livro para que observem o que muda.
Atividade 2
Ler trechos da história
Roteiro de trabalho
Preparação
Observar com atenção os detalhes das ilustrações do livro para poder mostrar às crianças algumas pistas
que ajudam a antecipar o que acontecerá na história.
Chamar a atenção das crianças para a localização do texto em cada uma das páginas: “Vocês notaram que
em todas as páginas tem um texto, em algumas o texto está no canto de cima, e em outras no canto de baixo?
Só na última página é que tem dois textos, um em cima e outro embaixo”.
Anunciar que farão uma leitura em que todos irão participar juntos. Explicar que você começará lendo as
Ler partes da
história duas primeiras páginas e pedirá que as crianças falem o texto da página seguinte. Seguir a leitura alternan-
recuperando o do com a participação das crianças: “A partir de agora vou ler uma página e gostaria que vocês lessem o que
texto de memória está escrito na página seguinte”.
e observando as
ilustrações.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que acompanhem a leitura realizada por você e deixem para ler em voz alta só as partes que se repetem:
“Por favor, venha à minha festa”; “Obrigado, irei, sim, se você convidar a...”
Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode dividi-las em dois
grupos e sugerir que um deles participe da leitura lendo o que vem escrito na página da esquerda (o con-
vite) e o outro grupo completa a leitura com o que está escrito na página da direita (a resposta ao convite).
Ao propor a leitura participativa às crianças, contribui-se para que elas consigam ler a história por inteiro, respeitando
a sequência da narrativa.
Combinar com as crianças quem falará o nome de cada convidado. Assim, todos leem as partes que se repetem, mas
só as crianças que foram definidas anteriormente falam o nome do convidado. Por exemplo, a criança que foi escolhida
para falar “Espantalho” fala: “Espantalho, Espantalho”. E todos participam da leitura da continuidade do texto: “Por favor,
venha à minha festa”; “Obrigado, irei, sim, se você convidar a...” (e a criança que ficou responsável por falar “Coruja”
completa: “Coruja”).
Atividade 3
Localizar nomes e ditar uma lista
Roteiro de trabalho
Preparação
Com o texto do livro escrito ou digitado em letra maiúscula, preparar tiras de papel, em quantidade
suficiente para todas as duplas, com as frases da história agrupadas como pergunta e resposta.
Por exemplo:
Caso não haja lousa, pode-se escrever a lista em um papel grande de forma que todas as crianças
observem sua escrita.
Contar que irão ler novamente o livro, mas de um jeito diferente. A cada parte da história lida terão de
indicar, no texto que receberão, onde está escrito o nome do convidado da festa. Você pode dizer: “Vamos ler
O que as crianças juntos a história, mas vamos parar em algumas partes para que vocês encontrem o nome do convidado nas tiras”.
podem pensar,
dizer e fazer.
Pedir que leiam com você o que está escrito nas duas primeiras páginas. Ao terminarem, entregar às du-
Localizar nome no
texto usando plas a tira com essa parte da história e pedir que elas localizem onde está escrito o nome da Bruxa.
diferentes estratégias
de leitura.
Passar pelas mesas das duplas perguntando como elas fizeram para encontrar o nome escrito no texto.
Propor que as crianças lembrem o nome de todos os convidados que elas encontraram para que você
Recuperar nomes e
ditar um a um. possa escrever uma lista. Pedir que ditem um nome de cada vez para que você consiga escrever todos.
Escrever os nomes devagar e fazer observações que convidem as crianças a pensar sobre como se escreve.
Formular ideias sobre
como se escreve. Por exemplo, ao escrever BRUXA, você pode dizer cada parte da palavra enquanto escreve: BRU-XA. Ou,
ao escrever GATO, após escrever GA, você pode perguntar: “Até aqui o que eu já escrevi?” Ou ainda, após
escrever CORU, perguntar: “Até aqui já escrevi CORU. O que falta para escrever ‘CORUJA’?”
Ler a lista e estimular as crianças a fazer observações sobre as palavras escritas: “Vocês notaram que algu-
mas palavras são maiores que as outras? Qual é a menor delas? Há palavras que começam com a mesma letra?
Chamar a atenção para CHAPEUZINHO VERMELHO, nome do famoso personagem, composto de
duas palavras.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas localizem os nomes no texto coletivamente.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode entregar a elas
uma folha com todas as frases da história e pedir que circulem o nome dos convidados da festa.
Ao escrever de forma lenta as palavras ditadas, contribui-se para que as crianças observem as relações
entre o que é falado e o que está sendo escrito.
Propor que, a partir da lista feita com todos os convidados, as crianças organizem duas novas listas,
separando-os em “personagens de histórias” e “animais”.
Atividade 4
Desenhar os convidados que aparecem no livro
Roteiro de trabalho
Preparação
Para favorecer a observação dos detalhes de cada ilustração, sugerimos construir visores (papel com
moldura vazada no meio) ou usar uma lupa. Separar os materiais para que as crianças possam desenhar.
Cada criança deverá receber um conjunto de 15 papéis (podem ser folhas de papel sulfite divididas em
quatro partes). Considerar que todas as fases dessa atividade não precisam ser realizadas em um único dia.
Contar às crianças que agora elas serão os novos ilustradores do livro. Você pode dizer: “Agora vou
convidar vocês a serem os ilustradores dessa história. Vou entregar para cada um 15 folhas para que vocês
desenhem todos os convidados da festa”.
Deixar o livro disponível para que as crianças o manuseiem e se inspirem para suas próprias ilustrações.
Lançar como novo desafio às crianças a organização dos desenhos na ordem em que aparecem na história:
Recuperar de
memória a sequência “Agora vocês têm outro desafio. Vão organizar os desenhos que produziram na mesma ordem em que aparecem
da história. no livro. Para isso, é importante que se lembrem de como a história é contada”.
Propor às crianças que leiam a história com você para conferir se organizaram seus desenhos tal como
na ordem do texto.
Propor que façam uma exposição de suas produções na sala para que todos possam apreciar os desenhos
dos colegas.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode realizar
essa atividade coletivamente, propondo que elas confeccionem os desenhos em pequenos grupos.
Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode solicitar que, depois
de ordenar os desenhos, elas façam a correspondência deles com o texto da história, entregando-lhes tiras
com os diálogos constantes no livro.
Ao propor que as crianças desenhem os convidados da festa segundo sua ordem de aparição na história,
favorece-se que elas retomem a história memorizada em razão da sequência de sua narrativa.
Atividade 5
Relacionar ilustrações e diálogos
Roteiro de trabalho
Preparação
Organizar, para cada grupo, um conjunto de ilustrações dos personagens da história, produzidas pelas
crianças na atividade anterior. Cada grupo deve ter um jogo com uma ilustração de cada personagem.
Apresentar ao grupo a proposta da atividade. Você pode dizer: “Vou entregar para vocês algumas das
ilustrações que fizeram dos personagens do livro Bruxa, Bruxa, venha à minha festa. Vocês vão olhar bem essas
O que as crianças ilustrações e identificar cada um deles”.
podem pensar,
dizer e fazer.
Explicar que você lerá a história parando em algumas partes para que elas apontem qual ilustração se
Encontrar as ilustrações
correspondentes ao refere à parte do texto lida: “Agora vou ler para vocês partes da história sem mostrar as ilustrações do livro e
texto.
vocês irão me dizer qual ilustração corresponde a cada parte lida”.
Deixar o livro disponível para que as crianças o manuseiem e se inspirem para suas próprias ilustrações.
Retomar de memória o
Finalizar a atividade mostrando as ilustrações e propondo que as crianças retomem de memória o diálogo
texto correspondente às da história ao qual essas ilustrações se referem. Você pode dizer: “Agora, vamos inverter. Eu vou mostrar a
ilustrações indicadas.
ilustração e vocês vão dizer de memória o diálogo da história ao qual ela se refere”.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode, ao
solicitar que as crianças digam os diálogos, ajudá-las lendo a parte em que o convite é feito, deixando que
digam apenas a resposta.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode entregar a elas
tiras com o texto de partes da história e pedir que relacionem o texto com a ilustração.
Ao pedir que as crianças recuperem o texto da história com apoio das ilustrações, favorece-se que leiam
com autonomia.
Apresentar todas as ilustrações do livro de forma desordenada e pedir que as crianças coloquem na
ordem correta.
Apresentar todas as ilustrações da história ordenadas e substituir algumas por texto. Para isso, você pede
às crianças que ditem para você o texto correspondente a cada imagem.
Atividade 6
Escrever nomes com letras móveis
Roteiro de trabalho
Preparação
Para realizar essa atividade, será necessário um conjunto de letras móveis. Caso as crianças não conheçam
esse material, é importante apresentá-lo. Considerando que as crianças receberão as letras de cada
palavra para ordená-las, você precisa separar as letras das palavras GATO, LOBO e CORUJA em quanti-
dade suficiente para todas as duplas. Cuidar para que as letras das palavras não se misturem.
Se o cartaz com a lista de personagens estiver pendurado na sala, é importante retirá-lo na primeira parte
da atividade.
Separar as duplas e entregar para cada uma apenas o conjunto de letras necessário para escrever a
O que as crianças primeira palavra.
podem pensar,
dizer e fazer.
Explicar que começarão escrevendo GATO e que vão receber as letras necessárias para montar essa palavra:
Organizar as letras
formando as palavras “Vocês vão escrever GATO. Eu vou entregar as letras e vocês vão colocá-las na ordem certa para que a gente
indicadas. consiga ler GATO”.
Circular entre as duplas oferecendo ajuda. Você pode sugerir que procurem ajuda nos nomes dos colegas
Relacionar as
informações que da classe para encontrar a melhor letra para montar a palavra indicada. Você pode lembrar que GATO
possuem, buscando começa da mesma forma que GABRIEL.
resolver a ordem correta
das letras.
Entregar o envelope com as letras da palavra LOBO e repetir as instruções. Conforme as crianças forem
terminando de escrever LOBO, entregar o envelope com as letras da palavra CORUJA e seguir as
mesmas orientações.
Pedir que as crianças leiam para você o que escreveram e sugerir que consultem o cartaz para conferir a
Verificar se há
modificações a fazer escrita correta das palavras, reorganizando suas escritas se necessário.
na ordenação
das letras.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas leiam os nomes da lista e, em duplas, escolham um para escrever com as letras móveis, solicitando
que leiam o que escreveram.
Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode oferecer mais
letras que as necessárias para a escrita do nome, deixando como desafio a decisão de quais letras usar.
Por exemplo, para escrever ESPANTALHO, pode-se oferecer, além das letras da palavra, o I (para que as
crianças decidam entre o H ou o I na escrita de LHO), outro S e outras duas letras aleatórias.
Ao mostrar o cartaz com a lista dos personagens e fazer referência à escrita dos nomes das crianças,
possibilita-se que elas aprendam que há uma única forma de escrever cada uma das palavras e que
existem fontes escritas que podem ser consultadas para se verificar a escrita correta.
Atividade 7
Escrever em texto com lacunas
Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar folhas com o texto do livro escrito ou digitado em letra maiúscula, deixando lacunas para os
nomes dos convidados da festa, conforme o exemplo a seguir. Providenciar uma folha para cada dupla
de crianças.
Convidar as crianças, caso não se lembrem do convidado seguinte da história, a pensar o que podem
fazer para lembrar, sugerindo, por exemplo, que retomem a história de memória. Você pode lembrá-las
de que o nome do convidado já apareceu no texto em outro momento.
Circular entre as duplas, ajudando-as a pensar sobre a melhor maneira de escrever as palavras: “Como se
escreve o começo da palavra ESPANTALHO?” ou “Até aqui vocês já escreveram CORU, qual parte ainda está
faltando?” ou ainda “Será que, para escrever a palavra LOBO, basta colocar LO?”
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode entregar
o texto com algumas das lacunas preenchidas e outras em branco. Assim, as lacunas preenchidas poderão
ajudar a localizar palavras ou servir de modelo para as crianças.
Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode entregar o texto
com lacunas em outras partes além dos nomes dos convidados.
Ao convidar as crianças a escrever, favorece-se que elas reflitam sobre como se escreve, analisando
oralmente a palavra e procurando algum tipo de correspondência com as unidades do texto escrito.
Escrever uma lista com o nome dos convidados da história, seguindo a sequência da narrativa.
Propor que escrevam o nome dos convidados nos desenhos que elas mesmas fizeram.
Atividade 8
Ordenar os diálogos da história
Circular entre as duplas, ajudando-as, por exemplo, a reler o texto que já organizaram para encontrar
a parte seguinte, a perceber que, na tira do convite, o nome do convidado sempre aparece duas vezes
no começo e a entender que, na tira da resposta ao convite, o nome do convidado seguinte sempre
aparece no fim.
Propor às crianças que leiam a história junto com você para que verifiquem se colocaram todas as tiras
Ler a história e
verificar se as na ordem correta.
tiras estão na
ordem correta.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode colocar
os diálogos completos (pergunta e resposta) numa mesma tira para que elas coloquem em ordem.
Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode entregar as tiras,
mas agora com algumas repetidas. O desafio será montar o texto e, ao longo dessa organização, eliminar
as tiras repetidas.
Ao reler as partes do texto que já ordenaram para encontrar a próxima parte, as crianças observam as
relações entre o oral e o escrito.
Entregar tiras da história para que as crianças organizem, porém inserir algumas a mais em que
apareçam outros personagens de histórias conhecidas para que elas identifiquem e eliminem.
Créditos institucionais
TRILHAS
Iniciativa:
Natura Cosméticos
Realização:
Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos
Desenvolvimento:
Cedac
Ficha Técnica
Cedac
Coordenação:
Beatriz Cardoso e Tereza Perez
Direção editorial:
Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz
Consultoria literária:
Maria José Nóbrega
Equipe de redação:
Ângela Carvalho, Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Debora Samori, Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz
Edição de texto:
Marco Antonio Araujo
Coordenação de produção:
Fátima Assumpção
Projeto gráfico:
SM&A Design
Ilustrações:
Vicente Mendonça
Revisão:
Jandira Queiroz e Ali Onaissi
“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU TOTALMENTE,
SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DA NATURA COSMÉTICOS, E DO CEDAC.”