O documento descreve o totalitarismo no período entre guerras na Europa, com ênfase nos regimes fascista na Itália sob Mussolini e nazista na Alemanha sob Hitler. Ambos os regimes surgiram em países abalados pela Primeira Guerra e crise de 1929, e caracterizavam-se por um forte nacionalismo, controle totalitário do Estado sobre a sociedade e supressão da oposição.
O documento descreve o totalitarismo no período entre guerras na Europa, com ênfase nos regimes fascista na Itália sob Mussolini e nazista na Alemanha sob Hitler. Ambos os regimes surgiram em países abalados pela Primeira Guerra e crise de 1929, e caracterizavam-se por um forte nacionalismo, controle totalitário do Estado sobre a sociedade e supressão da oposição.
O documento descreve o totalitarismo no período entre guerras na Europa, com ênfase nos regimes fascista na Itália sob Mussolini e nazista na Alemanha sob Hitler. Ambos os regimes surgiram em países abalados pela Primeira Guerra e crise de 1929, e caracterizavam-se por um forte nacionalismo, controle totalitário do Estado sobre a sociedade e supressão da oposição.
O documento descreve o totalitarismo no período entre guerras na Europa, com ênfase nos regimes fascista na Itália sob Mussolini e nazista na Alemanha sob Hitler. Ambos os regimes surgiram em países abalados pela Primeira Guerra e crise de 1929, e caracterizavam-se por um forte nacionalismo, controle totalitário do Estado sobre a sociedade e supressão da oposição.
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NOTA DE AULA – Totalitarismo – Capítulo 07 do livro didático
No estudo da disciplina de História, é comum nomear o período limitado pelo final da
primeira guerra e o início da segunda - 1918 a 1939- como Entreguerras. Nesse espaço de tempo, são abordados: a Revolução Russa, a Crise de 1929 e os Totalitarismos. Os dois primeiros temas já foram objetos de nosso estudo e, agora, daremos atenção ao último deles. A crise de 1929 abalou, significativamente, as economias de diversos países. A fome, a miséria e o desemprego multiplicaram-se vertiginosamente, ceifando vidas, gerando perplexidade e promovendo o desespero. As agitações ganhavam expressão e a instabilidade política ameaçadora. Nesse contexto, os partidos de esquerda, inspirados na Revolução Russa de 1917, começaram a ganhar espaço político, apresentando-se como solução para os múltiplos problemas e, obtendo como resultado o crescente número de adeptos. Os governos instalados, a maioria de orientação liberal e democrática, não encontraram os caminhos para debelar os efeitos da desorganização econômico-social, Temiam a ascensão da esquerda e pretendiam evitá-la a qualquer custo. Em consequência, dispuseram seus recursos para financiar regimes de força, conhecidos como totalitários.
O QUE É O TOTALITARISMO
É a prática de um regime político que defende a total importância do Estado
sobre os interesses dos cidadãos. No regime totalitário, o Estado tem um governo forte, capaz de controlar de forma absoluta os diversos setores da vida social: os meios de comunicação, os órgãos de segurança, os sindicatos dos trabalhadores, etc... Em termos políticos, o regime totalitário prega o fim da democracia liberal e a eliminação das oposições por meio de uma propaganda agressiva ou através da violência física. A linha política do Estado seria determinada por um partido único. COTRIM, Gilberto –História e Consciência do Mundo 2- Da Idade Moderna ao mundo atual. São Paulo: Ed Saraiva, 1996. 8 ed
O fascismo foi o totalitarismo europeu do entreguerras. Nos países derrotados ou
insatisfeitos com os resultados da Primeira Guerra, a crise se manifestou de forma violenta. Cresceram o nacionalismo e o antiliberalismo. As classes médias e a alta burguesia temiam a expansão do socialismo e se viam ameaçadas pela possibilidade de uma revolução bolchevique (socialista). Assim, setores conservadores começaram a se aproximar e apoiar as lideranças fascistas. Crescia a violência e a atuação das formações paramilitares.
O Totalitarismo se caracteriza por ser: Corporativista, autoritarista, antiliberal,
anticomunista, nacionalista, anti-individualista e militarista. O fascismo surgiu na Itália; na Alemanha, assumiu conotações racistas e, sob a liderança do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, ficou conhecido como nazismo. O Fascismo
A 1ª Guerra Mundial abalou a economia italiana deixando um rastro de fome, miséria e
agitação social. A forma de governo era a monarquia constitucional, conduzida pelo rei Victor Emanuel III. Assustada com a crescente manifestação política dos trabalhadores, os banqueiros, industriais e grandes comerciantes passaram a apoiar o programa político do Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini. O Partido fazia uso de milícias voluntárias, que atuavam com violência, agredindo fisicamente os opositores . A atuação dos fascistas provocou uma greve geral, em protesto contra a repressão violenta. Em nome da alta burguesia, o Partido exigiu que o governo desse fim à agitação, o que não ocorreu. Como o governo não obteve êxito, os fascistas dissolveram o movimento, fazendo uso de sequestros, espancamentos e assassinatos. Em 1922, Mussolini reuniu cinquenta mil fascistas e, para dar uma demonstração de força, realizou um desfile ( Marcha sobre Roma). Pressionado, o rei designou Mussolini (Primeiro Ministro) para formar um governo. No novo governo, o Partido Fascista tornou-se único e os sindicatos de trabalhadores passaram ao controle do governo(corporativismo), Os poderes do 1º Ministro foram ampliados, instalando-se uma ditadura fascista. O ensino foi controlado de forma a doutrinar a juventude. Em 1929, foi assinado o Tratado de S. João de Latrão, segundo o qual o Vaticano deixava de ser um bairro de Roma, tornando-se nação independente. O Papa tornava-se, assim, Chefe de Estado. Sob essa administração ditatorial , violenta e amparada na força das milícias, a Itália conseguiu se reerguer economicamente e restabelecer a prosperidade capitalista.
O Nazismo
A Alemanha chegou ao final da 1ª Guerra, derrotada, humilhada e endividada. Instalou-se no
país a República de Weimar, cujo presidente, democraticamente eleito, escolhia o Chefe do Executivo ( chanceler ). A crise econômica era forte e o desemprego crescente. Nesse contexto, inspirados na Revolução Russa, surgiram vários protestos contrários à exploração capitalista. A exemplo da Itália, a alta burguesia, temerosa da expansão das manifestações operárias, passou a apoiar o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, cuja sigla NAZI, deu origem ao Nazismo. O líder do agrupamento político era Adolf Hitler, ex-combatente na 1ª Guerra, pouco apegado aos valores democráticos e possuidor de grande talento oratório. Em 1923, numa tentativa de tomar o poder, Hitler liderou uma tentativa de Golpe de Estado (Putsch de Munique). Fracassando, foi preso e, durante parte do cumprimento da pena, escreveu a obra MEIN KAMPF (Minha luta). Nessa obra, estão algumas teorias da doutrina hitlerista: o arianismo, segundo o qual o povo alemão descendia de uma raça superior (arianos) e, por isso, poderia dominar as raças inferiores ( judeus, eslavos, ciganos, etc.) ; o antissemitismo, perseguindo e condenando os judeus,que, segundo a doutrina, seriam capazes de destruir a pureza alemã e, ainda, que teriam se negado a ajudar na recuperação da Alemanha no pós 1ª Guerra; o expansionismo, segundo o qual o povo alemão teria direito de conquistar o seu Espaço Vital; o fortalecimento do Estado, a cuja autoridade soberana o cidadão deveria se submeter incondicionalmente. Eleito em 1925, o presidente alemão Von Hindenburg não obteve êxito na estabilização econômica e política do país. As agitações decorrentes levaram o presidente a nomear Hitler para o posto de Chanceler, em 1933. Hitler fazia uso intenso da propaganda para influenciar a opinião pública. Eram utilizados grandes espetáculos, com emprego de rituais que passavam ideias de ordem, disciplina e organização. O Partido Nazista passou a ser único e, com a morte de Hindenburg, em 1934, Hitler passou a ser também, presidente, tornando-se o supremo dirigente (Fuhrer). Com total controle sobre o país, explorando o ultranacionalismo, Hitler promoveu a reabilitação econômica alemã. A agricultura e a indústria cresceram. Desrespeitando o Tratado de Versalhes, a Alemanha se militarizou rapidamente. Em outras regiões do mundo, o modelo totalitário também evoluiu.
TOTALITARISMO NA PENÍNSULA IBÉRICA
Em Portugal, as constantes disputas políticas dificultavam as tentativas de desenvolvimento
econômico e social. Diante dessa situação a República Parlamentar democrática, instalada em 1910, durou pouco, sendo em 1926 substituída, através de um golpe militar, por um regime baseado no fascismo, tendo como presidente o general Carmona, que nomeou Antônio de Oliveira Salazar seu primeiro ministro.
Na Espanha, na primeira metade do século XX, a Espanha enfrentava várias divergências
políticas, com o crescimento dos partidos de esquerda. A crise de 1929 agrava mais ainda a situação da Espanha. Em 1936, a esquerda se organizou, formando a Frente Popular que saiu vitoriosa nas eleições, formando assim, um governo com tendências socialistas. Militares e conservadores, sob o comando do general Francisco Franco, se colocaram contra esse governo, dando início a uma guerra civil que durou até 1939. Os franquistas obtiveram apoio da Itália de Mussolini e da Alemanha de Hitler, que passaram a bombardear várias cidades espanholas para testar suas armas. Com a vitória, o general Franco implanta uma ditadura que se estenderia até 1975. Obs: Guernica, uma cidade ao norte da Espanha, foi duramente bombardeada pela aviação alemã. O pintor Picasso, retratou a dor e o sofrimento da população na famosa tela Guernica, exposta hoje, no Museu de Prado, em Madri.
O modelo totalitarista pode ser empregado a todas as tendências autoritárias. Dentre os
exemplos de doutrinas totalitárias, estão: o Stalinismo na URSS- Jossef Stalin (1924 a 1953); Maoísmo na China - Mao Tse-Tung (1949 a 1976); Integralismo no Brasil - Plínio Salgado (1937 a 1945); Franquismo na Espanha - Gen Francisco Franco (1939 a 1976;) e Salazarismo em Portugal – Oliveira Salazar (1932 a 1968).