Transtornos Mentais - Tea e Psicoses PDF
Transtornos Mentais - Tea e Psicoses PDF
Transtornos Mentais - Tea e Psicoses PDF
SUMÁRIO
3 PSICOSES ................................................................................................ 18
4.2 O que determina que uma pessoa seja vulnerável ou resiliente? ...... 38
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 44
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1 TRANSTORNO MENTAL
Fonte: www.retironoticias.com.br
Pessoas com transtornos mentais foram por longos anos conceituadas como
“doentes”, "perigosas", "anormais" ou "especiais". Ainda nos dias atuais observa-se
diversas conceituações referente às pessoas com transtorno mental, favorecendo a
formação de opiniões sobre o assunto. Sendo marcado como patologia, a busca
através de estudos para a identificação de barreiras que dificultam a compreensão da
sociedade acerca do assunto, a pessoa com transtorno mental, não a doença e o
doente mental.
A própria sociedade nomeou de diferentes maneiras o transtorno mental ao
lingo da história da loucura, de acordo com a conveniência dos membros de categoria
elevada, propiciando que a palavra louco tivesse diversos significados. As mudanças
aconteceram também com relação aos cuidados voltados para essas pessoas, tanto
para os que eram assistidos em asilos, hospital ou manicômio.
Por ser vista como fenômeno inerente ao sujeito, a loucura foi marcada como
a causadora de malefícios à sociedade, julgando os sujeitos por ela “acometidos”
como perigosos, o que ocasionou por muito tempo a prisão destes em celas isoladas,
acorrentados, na crença que essa conduta os “salvaria”. Após a percepção que tal
conduta nada resolveria, iniciou-se reivindicações que alcançaram o movimento da
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reforma psiquiátrica, onde seguidamente é decreta a Lei nº10.216, de 6 de abril de
2001, que reorienta o modelo assistencial de saúde mental.
Fonte: www.imagens.globoradio.globo.com
Em virtude dessa Lei ser nova, e o tema também ser alvo de muitos estudos,
verifica-se a necessidade uma vasta discussão em favor da interação de todas as
pessoas da sociedade, em suas jurisdições, de modo que propicie a este tema a
importância devida bem como a assistência no que for necessário por parte de todos.
Os transtornos mentais sejam eles psiquiátricos ou psicológicos, compreendem
as alterações de comportamento, pensamento e/ou emoções. Leves alterações
nessas particularidades são normais, no entanto a partir do momento que as
alterações provocam sentimento de angústia relevante ao indivíduo ou influenciam em
seu cotidiano, passam a ser consideradas como doença mental ou transtorno de
saúde mental. Seus sintomas podem ser duradouros ou temporários.
Embora um largo avanço tenha ocorrido na compreensão e no tratamento da
doença mental, a conotação pejorativa ainda reflete. Tendo como exemplo, situações
onde a pessoa com doença mental é julgada por apresentar a doença ou vista
irresponsável.
O diagnóstico do transtorno mental não comumente é simples ou rápido,
necessita de avaliação precisa sobre a intensidade/gravidade dos sintomas
apresentados, a duração desses sintomas, a forma com que estes interferem na vida
cotidiana da pessoa. As causas para o transtorno mental englobam uma
complexidade de razões, tais como genética, biológica, psicológica, ambientais, todas
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essas questões são avaliadas no diagnóstico da pessoa com transtorno mental. Vale
ressaltar que as questões genéticas têm incidência maior nos transtornos mentais.
A maioria das doenças mentais é tratável, mas, de acordo com a Aliança
Nacional para a Doença Mental, nos Estados Unidos, aproximadamente 60% dos
adultos e quase 50% dos jovens entre 8 e 15 anos que têm transtorno mental não
recebem tratamento.
Fonte: www.tvrsul.com.br
Fonte: www.image.slidesharecdn.com
Pode-se dizer que os transtornos mentais não têm causa específica, no entanto
são formados por fatores biológicos, psicológicos e socioculturais.
Os Transtornos Mentais são passíveis de tratamentos e respondem de maneira
favorável ao tratamento medicamentos dentre outros tratamentos, como outras tantas
doenças somáticas. A questão da doença mental ainda é o preconceito, que pode
prejudicar a busca por auxílio pela pessoa que sofre e ainda dificultar que outros a
auxiliem.
Os transtornos mentais são tratados, de uma maneira geral, com a interação
de métodos psicológicos e medicamentos (psicofármacos). Em algumas situações
não se faz necessário do uso de medicamentos e são tratados apenas pelo psicólogo.
Ao profissional que faz o diagnóstico, ao ter o primeiro contato com o paciente, fica
incumbido de fazer a indicação de quais recursos se farão necessários para a
restauração de sua saúde mental.
Desde que as pessoas se entendem como pessoas, há a percepção de
comportamento normal, padrão e comportamento desviante. Em diversos períodos
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da história, esses comportamentos desviantes obtiveram muitos nomes e
classificações.
Para os antigos, alguns desses comportamentos eram vistos como sinais de
deuses, tanto positivos quanto negativos. Por exemplo alguns casos de esquizofrenia,
que eram tidos como sinais de profetas.
Com a influência do cristianismo na cultura ocidental, esses mesmos
comportamentos passaram a ser vistos como sendo negativos e influenciados por
demônios. A depressão, por exemplo, dizia-se que era influenciada pelo demônio do
meio-dia. Como a Igreja tinha bastante influência na sociedade, essas pessoas eram
ou abandonadas por estarem possuídas ou eram levadas a igrejas para serem
exorcizadas.
No final da idade média e início do Renascimento, pessoas que apresentavam
esses comportamentos eram deixadas de lado pela sociedade. Eles eram chamados
de loucos e muitas vezes eram trancados com criminosos para afastar suas
influências das pessoas ditas normais.
Com o tempo e o avanço da medicina, começou-se a perceber que esses
“loucos” não possuíam só comportamento desviante, mas apresentavam sintomas
claros que se repetiam em várias pessoas. Agora, ao invés de trancados em cadeias
com criminosos comuns, eles eram trancados em asilos e manicômios para serem
estudados e tratados.
Neste ponto, passou-se a reconhecer a loucura como doença mental.
Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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A psiquiatria moderna surgiu no final do século XIX juntamente a inúmeros
experimentos de tratamento de doenças mentais. Freud, com o auxílio de Jean-Martin
Charcot, de início, aplicou a hipnose para demonstrar que a histeria, doença que
afetava principalmente mulheres e causava paralisias entre outros sintomas, e
causava mistério, se tratava de uma doença psicogênica, quer dizer, de origem
psicológica ou mental.
Carl Jung, um psiquiatra suíço que trabalhava no Hospital Psiquiátrico
Burgholzli, na Suíça, provou o argumento de Freud usando teste de associação de
palavras para provar a existência de um complexo autônomo de repressão e
inconsciência. Ele também facilitou o diagnóstico de esquizofrenia, feito por seu
professor Eugene Bleuler, uma doença que há muito era chamada de demência
precoce.
No século XX, com a compreensão do campo da pesquisa em doenças
mentais, muitos avanços foram feitos no campo da psiquiatria e da psicopatologia.
Durante a Primeira Guerra Mundial, avanços importantes foram feitos no campo da
psicometria ou testes psicológicos. Inicialmente, eles foram usados para selecionar
os melhores soldados e, em seguida, os melhores funcionários para a indústria.
Fonte: www.i.ytimg.com
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cognitivo ou retardo mental. Pessoas com um QI entre 80 e 120 eram consideradas
normais por estarem na média.
Com isso, as pessoas que apresentavam QI abaixo de 80 eram classificadas
com atraso no desenvolvimento mental e rotuladas como retardadas mentais.
Posterior a Segunda Guerra Mundial, a Associação de Psiquiatria Americana originou
o Manual Estatístico e Diagnóstico de Doenças Mentais, o DSM (Diagnostic and
Statistic Manual). Que por sua vez já está na quinta edição, lançada em 2013.
Também a Organização Mundial da Saúde preconizou a Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, que no momento
já tem a décima edição, conhecido por sua sigla CID-10 (A 11ª revisão está prevista
para entrar em vigor em janeiro de 2022). Ela possui um capítulo exclusivo para
distúrbios mentais e do comportamento que pretende estar concordante com o DSM,
porém apresenta algumas diferenças significativas.
Um estudo foi feito mostrando que o CID-10 é mais utilizado em diagnósticos
clínicos enquanto o DSM-V é mais utilizado em pesquisas, embora haja aproximações
entre ambos.
Ainda que muito importante para o diagnóstico e tratamento dos transtornos,
as classificações estigmatizaram muitas pessoas que apresentavam sintomas
associados aos transtornos, sendo chamadas de loucas ou doentes mentais.
Fonte:www.camacarifatosefotos.com.br
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Para tentar desestigmatizar esse rótulo de problemas psicológicos, houve um
consenso no uso dos termos “transtorno mental” ou “distúrbio mental”. Promovendo
assim a inclusão de tais pessoas tidas como doentes, e o tratamento para com elas
passou a ser com respeito e compreensão, assim as expressões esquizofrênico e
alcóolatra foram substituídas pela expressão “pessoa com esquizofrenia” e “paciente
que sofre de alcoolismo”, pois a classificação é para o transtorno e não para a pessoa.
A saúde mental é tão importante como a saúde física para o bem-estar dos
indivíduos. Os avanços da medicina mostram que, como muitas doenças físicas,
estas perturbações resultam de uma complexa interação de fatores biológicos,
psicológicos e sociais.
É evidente que a saúde mental debilitada de um indivíduo desempenha um
papel significativo na diminuição do funcionamento imunitário e consequente
desenvolvimento de certas doenças (TADOKORO, 2012).
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Os transtornos mentais já representam quatro das dez principais causas de
incapacidade em todo o mundo. Esse crescente ônus representa um custo enorme
em termos de sofrimento humano, incapacidade e prejuízos econômicos (RMS,
2001).
Visto a alta prevalência de transtornos mentais na atenção primária e o impacto
considerável na vida dos indivíduos afetados, é necessária a implementação de
políticas públicas na área. Para tanto é necessário dispor de informações adequadas
a fim de realizar-se uma análise objetiva das situações sobre as quais se pretende
atuar.
A efetiva abordagem dos problemas de saúde mental pela equipe da atenção
básica, incluído aí uma escuta qualificada (acolhimento) e intervenções pertinentes
neste nível de atenção, é um marcador potente que aponta a incorporação na prática
cotidiana do conceito ampliado do processo saúde-doença (TANAKA; RIBEIRO,
2009).
Dessa maneira, será possível potencializar a capacidade das equipes para sair
da atuação tipo "queixa-conduta" e gerar competência para articular recursos
comunitários e intersetoriais. O conhecimento do contexto sociocultural e dos
recursos da comunidade e da família são condições necessárias para o
enfrentamento de questões que extrapolam os problemas da ordem do biológico,
como os transtornos mentais e aqueles derivados das situações de violência
(TANAKA; RIBEIRO, 2009).
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A busca pelo conhecimento é fundamentalmente uma característica humana.
Desde os tempos pré-históricos, os humanos têm tentado compreender, prever e
controlar o ambiente natural circundante. Hipócrates quatro séculos antes de Cristo,
foi reconhecido no mundo ocidental como a primeira pessoa a tentar descrever e
classificar doenças clínicas diagnosticáveis por meio da observação. Essa prática é
chamada de "Método Hipocrático". Toda a história médica é marcada por esse
raciocínio clínico, entre eles, identificar e agrupar doenças com os mesmos sinais e
sintomas é a base para encontrar a origem dessas doenças, prever seu
desenvolvimento e buscar tratamento.
Na espera de estudo sobre saúde mental, pode-se conferir ao psiquiatra
alemão Emil Kraepelin (1856-1926) a elaboração do primeiro sistema de classificação
que, orientado pelo olhar fenomenológico, pensava numa origem orgânica das
doenças psiquiátricas. Por meio de observação clínica, Kraepelin procurou detectar
padrões de sintomas que favorecesse na elaboração da construção de diagnósticos
sindrômicos. Em seu tratado, contrapôs a ideia de uma psicose única e apresentou o
quadro de “Demência precoce”, diferenciando-o da “Psicose maníaco-depressiva”.
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presente desde a infância, apresentando déficit nas dimensões sociocomunicativa e
comportamental”.
O TEA é descrito em três níveis, leve, moderado e severo, deste modo, há que
se ter o cuidado para não igualar o indivíduo com autismo, pois cada indivíduo em sua
singularidade, tem níveis intelectuais diversos.
É observável a presença dos déficits do autismo no cotidiano da criança. O
déficit na linguagem (comunicação) é passível de ser identificado com a falta ou
demora da evolução da linguagem oral. O déficit no convívio social é comum no
autismo, devido a ausência de reciprocidade, o problema na socialização e a
dificuldade do contato com o próximo. O déficit comportamental, outro aspecto do
autismo, manifesta-se na necessidade do autista em fixar rotina, como também a
presença movimento repetitivo comum em grande parte dos casos. Sendo esses
sintomas, decorrências causadas pelo transtorno da pessoa com autismo, que pode
ser mais leve ou mais grave, os sintomas dependerão do nível de comprometimento
do indivíduo.
https://www.sbp.com.br
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3 PSICOSES
Fonte: www.2.bp.blogspot.com
Vieira (2001) cita três razões nas quais se faz necessário o uso do diagnóstico:
• Para existir comunicação, trocas e transmissão de informações;
• Para que seja possível obter uma opinião coerente que atribua um relativo
poder ao que se analisa;
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No entanto, sua prática não é tão simples quanto sua definição. A maior
polêmica é como respeitar o universo do indivíduo e classificá-lo como mais um
diagnóstico previamente estabelecido. Vieira (2001) destacou, "por mais que se
busque preservar a singularidade, a atribuição de um diagnóstico é necessariamente
a atribuição de um juízo de valor que incorpora o sujeito a uma classe".
Na verdade, devemos admitir que o diagnóstico é um problema enfrentado
pelos psicanalistas, e todo diagnóstico é inevitavelmente uma classificação. Vieira
(2001) conclui que, "percebemos então que no diagnóstico há sempre um aspecto de
objetivação do sujeito que consolida o peso do eu em detrimento da flutuação
subjetiva".
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Fonte: www.68.media.tumblr.com
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Fonte: www.image.slidesharecdn.com
Cabe ao profissional decidir como lidar com essa habilidade, e buscar o maior
equilíbrio, não se perder no diálogo psicológico, nem se prender a normas e manuais
"sagrados". A situação se equilibra com ele: sem cautela, um extremo sempre
prevalecerá, então o outro extremo ficará desequilibrado. Na verdade, este é um
caminho difícil e trabalhoso. No entanto, isso nada mais é do que a própria prática
clínica. Pessoas que trabalham com pacientes mentais precisam ter um
conhecimento profundo do assunto, bem como experiência na prática clínica e / ou
institucional.
O psiquismo é organizado por três ordens, sendo o id, o ego e o superego. O
ido nasce com a pessoa, ele representa um acúmulo de energia, preenchido de
pulsões e desejos inatos, é movido pelo princípio do prazer, não sofre influências
externas. Já o ego, está entre o id e o superego, direcionado para a realidade, busca
pela realização das demandas por meios socialmente permitidos, este contrapõe o id
sendo movido pelo princípio da realidade. O superego é rigoroso, é a consciência,
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atuando como juiz em relação ao ego, é formado por leis e normas da cultura onde a
pessoa é inserida.
Fonte: www.cdn.slidesharecdn.com
Fonte: www.slideplayer.com.br
Para além dessas características, existe outro fator que define o quadro da
doença mental, a saber, as questões sociais. É difícil para as pessoas com doença
mental atuarem no campo social. Em termos psicanalíticos, é difícil atuar na frente de
outra pessoa e no espaço de outra pessoa.
Tenorio (2001) completa, “podemos dizer a dificuldade de constituir o próprio
campo do Outro como isso que ele é para nós, neuróticos: o campo de nossa
existência (social), o campo simbólico onde um sujeito (simbólico/social) pode se
realizar e se exercer como sujeito”.
Na personalidade psicótica, a fragmentação é característica da angústia, não
havendo estruturação do superego, porque o id é que comanda a organização, que
conduz ao conflito com a realidade. O pensamento com característica delirante
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primário, não se restringe, favorecendo-o a se expor com certa normalidade. Por ser
o pensamento prisioneiro, não se satisfaz, nem é livre para tecer novos pensamentos.
O que justifica o fato de o psicótico ter dificuldade em elaborar representações, o que
ouve é compreendido de forma literal.
Fonte: www.cienciahoje.org.br
Por exemplo, se uma pessoa psicótica escuta que a cabeça de alguém está
"cheia de lixo", seu entendimento é de que o crânio dessa pessoa está cheio de
objetos sujos. Podendo ficar angustiado por não poder retirar esse "lixo" de lá. A
psicose impossibilita a abstração.
Inerente ao pensamento, os afetos são também típicos, para o psicótico não é
possível experienciar os sentimentos genuínos vivenciados. De acordo com
Albuquerque (1995), na psicose incide, portanto, uma interdição no registro da
'nominação dos afetos', tornando os sentimentos, o que não possibilita nomear
adequadamente as vivências cuja causa esteja relacionada à significação ausente.
Além do pensamento e dos sentimentos, os profissionais também precisam
compreender o ambiente em que o doente mental está inserido, principalmente a
família no que se refere aos seus familiares. Em um aspecto mais amplo, seus
familiares apresentam "características psiquiátricas", como recolhimento. São
fechadas, têm mundo próprio, não gostam das regras e do que se fala no meio social,
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ou seja, essas características impedem um diálogo saudável entre o sujeito e as
coisas diferentes, com estímulo desse campo desconhecido pode proporcionar certa
autonomia e liberdade. Desta forma, essas pontuações favorecem considerar a
possibilidade de "disseminação" do adoecimento mental entre os familiares.
Fonte: www.i.ytimg.com
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A doença mental começa quando uma pessoa passa a se associar com coisas
ilusórias e mudar suas atitudes, ideias e visão de mundo devido a esse
relacionamento. A partir de então, a realidade perde o sentido para os pacientes.
Embora continue a viver no mundo real, pode pensar em situações absurdas ou com
pessoas que não existem.
https://psicoativo.com
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Fonte: www.transpsicanalise.com.br
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4 ESTADO MENTAL DE RISCO E FATORES DE RISCO PARA A PSICOSE
Fonte: www.temosquefalarsobreisso.files.wordpress.com
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Fonte: www.nacoesunidas.org
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Fonte: www.recreoviral.com
Estudos retratam que nos Estados Unidos, no ano de 2005, a maioria de todos
os detentos da prisão foram acometidos por problemas de saúde mental, sendo
705.600 detentos em prisões estaduais, 78.800 em prisões federais e 479.900 em
cadeias locais. Tal aproximação descreve 56% dos presos estaduais, 45% dos presos
federais, e 64% dos reclusos em cadeias locais.
Esse acontecimento se dá por algumas razões, englobando falta de
oportunidade de tratamento apropriado para quem sofre com doença mental, restrita
oferta de leitos nos hospitais psiquiátricos, normas formalizadas e rigorosas quanto
ao compromisso civil.
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Fonte: www.essentia.com.br
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Fonte: www.imgsapp2.uai.com.br
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Fonte: www.saudementalepsiquiatria.com
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Fonte: www.s3-sa-east-1.amazonaws.com
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A abordagem da medida de sintomas básicos, que são avaliados por meio de
escalas como a Escala de Bonn para a Avaliação de Sintomas Básicos (BSABS5) ou
o Instrumento de Previsão de Esquizofrenia – Versão Adulto (SPI-A6), também é
utilizada para a detecção precoce de risco de psicose. Os sintomas comuns são
descritos como perturbações subjetivas sutis que se manifestam sob diversos níveis
do funcionamento, como cognição, iniciativa, percepção e nível de energia. Tais
sintomas não são integrados pelas avaliações de sintomas positivos. A hipótese de
que os sintomas básicos possam representar uma indicação precoce de estágios
prodrômicos está presente.
Fonte: www.imagens.globoradio.globo.com
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distúrbio. A prevenção terciária busca a redução da prevalência de incapacidades
residuais, para que as pessoas com doença mental crônica alcancem o nível mais
alto de funcionamento possível.
Na prevenção primária, o profissional da psicologia atua junto à comunidade
em práticas direcionadas à população em geral ou para grupos exclusivos, como em
grupos de crianças e adolescentes, com o intuito de redução da ocorrência de
dificuldades de ajustamento e promoção da formação de competências relacionadas
à saúde mental.
O objetivo é promover fatores de proteção, aspectos sadios que podem ser
ativados diante de situações adversas. Nessa abordagem, o psicólogo não impõe a
adoção de comportamentos, ele estimula o fortalecimento do grupo para que, se
surgir alguma adversidade, os indivíduos sejam capazes de ultrapassar o problema
através da resiliência ou consigam enfrentar e reagir, utilizando suas habilidades de
vida.
Fonte:www.epsjv.fiocruz.br
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relacionamentos sociais e afetivos (rede de apoio social), acesso aos serviços de
saúde e à educação e as políticas públicas de proteção aos direitos humanos.
O incentivo de fatores de proteção pode ser produzido em diversas áreas da
Psicologia, tais como a Psicologia comunitária, Psicologia escolar e a Psicologia da
saúde, tendo possibilidade de se direcionar por vários referenciais, como a Psicologia
Positiva e o modelo ecológico de desenvolvimento humano. A descrição das ações
preventivas necessita de um conhecimento afinco acerca do desenvolvimento infantil
e os agentes ambientais e individuais que sugerem risco ou proteção à saúde mental.
Ademais, é importante examinar se tal ação preventiva responde às demandas e é
compatível com as especificidades da comunidade.
Vale salientar que os riscos referentes à saúde mental são passíveis de
diversas origens, como: física (como doenças genéticas ou adquiridas), social (por
exemplo, um ambiente violento), psicológica (efeitos de abuso, negligência ou
exploração, entre outros).
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Fonte: www.ednavietta.files.wordpress.com
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com relação ao outro) ou interna (desgosto, aborrecimento, desvalorização), a as
habilidades sociais favorecem na substituição dos comportamentos ruins por
comportamentos apropriados. Portanto identificar os agentes de risco, favorecer a
promoção dos agentes de proteção, reduzem a vulnerabilidade, elevam a resiliência,
compondo uma abordagem preventiva que ao criar meios para a produção de agentes
protetivos e a conscientização das pessoas, promovem a saúde mental.
Fonte: www.demonstre.com
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Esse afastamento da família sempre existiu na relação do sujeito com a loucura
até a década de 1980, quando surgiram novas possibilidades para o papel e a relação
entre a família e o portador de transtorno mental. Essas visões emergiram diante das
novas políticas no campo da saúde mental, fruto da campanha da reforma psiquiátrica
do país, que norteou a passagem do espaço de tratamento de instituições obrigatórias
e restritivas para serviços de saúde comunitários.
Frente a esta realidade, a questão família e saúde mental tem aguçado o
interesse de diversas áreas do conhecimento, tendo em conta que este novo formato
de assistência em saúde mental, requer a interação da sociedade, o trabalho em
equipe e a inserção da família na atenção à pessoa com transtorno mental.
Fonte: www.s-media-cache-ak0.pinimg.com
Desta maneira, faz-se necessário que a família seja elencada como peça social
fundamental para que a assistência psiquiátrica seja efetiva e compreendida como
uma coletiva potencialidade de acolhida e reintegração de seus membros. Por
exemplo na remodelação do campo da saúde mental que tem requerido a inserção
da família no âmbito de cuidados, significa a concepção e extensão de uma rede
coletiva de assistência às pessoas com transtorno mental e a diminuição do período
de acolhimento em instituição psiquiátrica.
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A atenção à pessoa portadora de transtorno mental é para a família desafiador,
pois circundam sentimentos subjetivos à existência de situações imprevistas e seus
preconceitos inerentes relacionados à doença. O que requer compreender o indivíduo
como ser em potencial, com capacidades, ainda que tenha limitações devido o
transtorno mental. Importante destacar que nem sempre é fácil o convívio familiar
quando se tem uma pessoa portadora de transtorno mental, demandando dos
membros da família a habilidade de remodelar as estratégias e a dinâmica familiar,
respeitando a singularidade e diversidade presente na família. A habilidade da família
de se adequar frente a novas circunstâncias, como a de dividir o mesmo espaço com
um familiar portador de doença crônica, irá depender da determinação desta família,
dos elos de mutualidade e proteção que une, da perspectiva de busca por auxílio de
outras pessoas e organizações.
Fonte: www.portaldoprofessor.mec.gov.br
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envolver em movimentos em prol do membro com transtorno mental, que pode estar
associada a um passado recente na história de tratamento nessa área onde a família
tinha que permanecer afastada do tratamento e a responsabilização pelos cuidados
eram exclusivamente dos profissionais de saúde. Deste modo, são de grande
importância estudos, debates voltados para o papel da família com membro portador
de transtorno mental, pois colaboram na atenção referente às demandas reais deste
público em sua singularidade.
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BIBLIOGRAFIA
RMS, Relatório Mundial da Saúde. In: A saúde mental pelo prisma da saúde pública.
[2001]
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TADOKORO, Daize Carvalho. Transtornos Mentais na Atenção Primária: Uma
Reflexão Sobre a Necessidade de Organizar e Acolher a Demanda dos Usuários do
SUS. Uberaba-MG, 2012.
VIEIRA, Marcos André. Dando nome aos bois: sobre o diagnóstico na psicanálise. In:
FIGUEIREDO, Ana Cristina (Org.). Psicanálise: Pesquisa e Clínica. Rio de Janeiro:
IPUB/CUCA, 2001.
ZANON, Regina Basso. BACKES, Bárbara. BOSA, Cleonice Alves. Identificação dos
Primeiros Sintomas do Autismo pelos Pais. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jan – Mar,
2014, Vol. 30 n. 1, pp. 25-33.
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