Portaria DGP - 30, de 17-6-2010, Alterada Pelas Portaria DGP - 55, de 14-12-2011, Portaria DGP-35, de 27-10-2015

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Portaria DGP - 30, de 17-6-2010, alterada pelas Portaria DGP - 55, de 14-12-2011,

Portaria DGP-35, de 27-10-2015


Disciplina o porte e a aptidão para o uso de arma de fogo por policiais civis
O Delegado Geral de Polícia, Considerando que a Lei 10.826/2003, em seu art. 6º, inc.
II, prevê o porte de arma aos policiais civis;
Considerando que a Lei Complementar 675/1992, em seu art. 17, assegura que a carteira
funcional confere o direito ao porte de arma;
Considerando que no trabalho policial pode ser necessário o emprego de força e armas
de fogo, respeitados, dentre outros, os princípios da proporcionalidade e razoabilidade;
Considerando o disposto no § 1º inc.II do art. 6º da Lei 10.826/2003 Estatuto do
Desarmamento, e nos arts. 34 e 35 do Decreto 5.123/2004, que impõem à Polícia Civil,
por meio de normas internas, a regulamentação do uso das armas de fogo, ainda que
fora do serviço, por seus servidores;
Considerando que o aludido edito igualmente estabelece a necessidade de disciplinar,
em regramento interno, o porte de arma de fogo por policiais civis fora da respectiva
unidade federativa, quer durante as funções institucionais, quer em trânsito, bem como o
porte de arma fora do serviço, quando se tratar de locais onde haja eventos com
aglomeração de pessoas;
Considerando, por fim, a necessidade de propiciar aos policiais civis permanente
aprimoramento para o uso desses equipamentos, dotando-os das melhores técnicas para
que as ações resultem na realização do interesse público, resolve:
CAPÍTULO I DO PORTE DE ARMA DE FOGO
Art. 1º. O policial civil, em razão da natureza de suas funções institucionais, fica
autorizado a utilizar, no efetivo exercício da atividade policial ou fora do horário de
trabalho, arma de fogo de sua propriedade ou pertencente à Polícia Civil, em qualquer
local público ou privado, mesmo havendo aglomeração de pessoas, em evento de
qualquer natureza, no âmbito do Estado de São Paulo.
§ 1º para o exercício dessa prerrogativa o policial deverá trazer sempre consigo carteira
de identificação funcional e observar o disposto nesta Portaria, respondendo nas esferas
penal, civil e disciplinar, por eventuais excessos.
§ 2º o policial civil, em face de sua condição funcional, poderá portar arma de fogo
particular de qualquer calibre, na efetiva equivalência de sua habilitação técnica, nos
termos do preconizado pela Portaria DGP-12, de 20/08/2008.
§ 3º a posse de armas de fogo institucionais não brasonadas igualmente deverá ser
acompanhada do documento correspondente ao registro.
Art. 2º - O policial civil, no exercício da função, deverá portar armas de fogo de forma
dissimulada, especialmente nos locais onde haja aglomeração de pessoas, salvo quando
em operação policial, trajando vestimenta ou distintivo que o identifique.
Art. 3º - O policial civil não está obrigado a entregar sua arma ou respectiva munição
como condição para ingresso em recinto público ou privado.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no “caput” as hipóteses que se seguem:
I – submissão à prisão;
II – durante audiência judicial, a critério da autoridade judiciária competente;
III – determinação, ainda que verbal, de seu superior hierárquico;
IV - determinação da autoridade corregedora, sempre que tal medida afigurar-se
necessária.
Art. 4º - Atendidas as exigências desta Portaria e dos artigos 8º e 9º da Portaria DGP 12,
de 20/08/2008, poderá o Policial Civil quando em trânsito, mesmo que em férias ou
licença-prêmio, portar arma de fogo em todo território nacional, observando a legislação
pertinente.
Parágrafo único. Compete ao delegado de polícia imediatamente superior ao servidor
policial autorizar o porte a que alude o caput, encaminhando correlata comunicação à
direção departamental a que estiver vinculado.
Art. 5º - O Policial Civil aposentado que desejar portar arma de fogo de sua propriedade
deverá portar carteira com a indicação dessa condição e, a cada três anos, submeter-se
aos testes de aptidão psicológica a que se refere a Lei 10.826/2003 e o Decreto
5.123/2004, nos termos preconizados pela Portaria DGP-34, de 17/12/2008.
Parágrafo único. Quando em trânsito, fora da circunscrição territorial do Estado de São
Paulo, poderá o Policial Civil aposentado portar sua arma de fogo, desde que atendidos
os requisitos do caput deste artigo.
Art. 6º - Ficam mantidos, no que couber, os dispositivos da Portaria DGP 10/2007, que
disciplina a suspensão do porte de arma de policial civil quando em licença motivada
por problemas de saúde.
CAPÍTULO II DA APTIDÃO PARA o USO DE ARMA DE FOGO
Art. 7º - A capacitação do policial civil para o uso de armas de fogo será por meio de
curso, com prova prática, disciplinado pelo Delegado de Polícia Diretor da Academia de
Polícia, com a seguinte estruturação:
I- habilitação operacional (Op);
II- habilitação tática (Tat);
III- habilitação para emprego estratégico (Estrat).
§ 1º - o nível de habilitação operacional (Op) capacita o servidor para o uso das
seguintes armas de fogo:
a) Op I : revólver;
b) Op II: revólver e espingarda;
c) Op III: revólver, espingarda e pistola.
§ 2º - o nível de habilitação tática (Tat), que exige antecedente habilitação operacional
Op III, capacita o servidor para o uso das seguintes armas de fogo:
a) Tat I : carabina e submetralhadora;
b) Tat II: carabina, submetralhadora, fuzil e similar.
§ 3º - o nível de habilitação para emprego estratégico (Estrat), que exige antecedente
habilitação tática Tat II, capacita o servidor para o uso de fuzil e similar, quando
empregados em função de tiro de comprometimento.
Art. 8º - A Academia de Polícia ministrará cursos de treinamento em armamento e tiro
nos níveis a que se refere o art. 7º, com vistas ao contínuo aperfeiçoamento e aferição
psicofísica pertinente à habilitação do policial para o fiel desempenho das atividades
inerentes ao seu cargo.
§ 1º - para a manutenção dos níveis de habilitação Op II e OP III, o Policial Civil
submeter-se-á a treinamento na Academia de Polícia, conforme disponibilidade de
recursos, facultativamente a qualquer tempo ou por indicação da Diretoria do
Departamento no qual estiver classificado.
§ 2º - para a manutenção dos níveis de habilitação Tat I e Tat II, o Policial Civil
submeter-se-á a treinamento na Academia de Polícia, conforme disponibilidade de
recursos, facultativamente a qualquer tempo ou por indicação da Diretoria do
Departamento no qual estiver classificado.
§3º - para a manutenção do nível de habilitação Estrat, o policial submeter-se-á a
treinamento na Academia de Polícia, facultativamente a qualquer tempo, conforme
disponibilidade de recursos ou por indicação da Diretoria do Departamento no qual
estiver classificado.
§ 4º - Nos cursos de treinamento para manutenção dos níveis de habilitação, referidas
no art. 7º, o Policial Civil deverá utilizar, preferencialmente e a critério da Academia de
Polícia, o armamento de sua propriedade ou de carga pessoal
Art. 9º - Constatada falha no manuseio ou na utilização de arma de fogo que cause lesão
ou perigo de dano em razão de imperícia, incumbe ao delegado de polícia superior
imediato do policial ou ao responsável pela apuração administrativa a notificação do
fato à Academia de Polícia. O policial será submetido a novo curso, no nível de
habilitação ao qual estava capacitado e correspondente ao tipo de arma com a qual foi
imperito, com vistas à superação da deficiência técnica.
CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 10 - Os policiais que realizaram o curso de formação técnico-profissional a partir
do mês de agosto de 2004 são considerados habilitados como Op III, tendo em vista a
ampliação do conteúdo programático e consequente aprimoramento na formação. Art.
11 - As habilitações obtidas através de cursos previstos pelas Portarias DGP 10/1994,
11/1999 e 03/2008, conferem ao policial habilitação Op III.
Art. 12 - A habilitação obtida através do curso previsto pela Portaria DGP 14/2002
confere ao policial habilitação Tat I.
Art. 13 - A habilitação obtida através do curso previsto pela Portaria DGP 49/2006
confere ao policial habilitação Tat II.
Art. 14 - Os cursos ministrados por outras instituições reconhecidas, no Brasil ou
exterior, para os fins previstos no caput do art. 5º, poderão ser aceitos pelo Diretor da
Academia de Polícia, depois de verificada a compatibilidade dos conteúdos.
Art. 15 – As armas a que se refere o art. 35A do Decreto 5.123/2004, deverão atender o
disposto nesta Portaria.
Art. 16 – As normas previstas nesta Portaria poderão ser complementadas pelos
Delegados de Polícia Diretores do Departamento de Administração e Planejamento da
Polícia Civil – DAP, Departamento de Identificação e Registros Diversos – DIRD,
Academia de Polícia “Dr.Coriolano Nogueira Cobra” – Acadepol, no âmbito de suas
respectivas atribuições.
Art. 17 - A presente portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições que lhe forem contrárias, em especial as Portarias DGP 10/1994, 11/1999,
14/2002, 49/2006 e 03/2008.
Portaria DGP-40, de 23-10-2014, alterada pela Portaria DPG-101, de 27-12-2018
Disciplina o procedimento, no âmbito da Polícia Civil, relativo à autorização do
Comando do Exército Brasileiro para a aquisição de arma de fogo de uso restrito, bem
como dispõe sobre o porte de arma de fogo por policiais civis do Estado de São Paulo
O Delegado Geral de Polícia, Considerando as disposições contidas na Lei Federal
10.826, de 22-12-2003 e alterações, regulamentada pelo Decreto 5.123, de 01-07-2004 e
suas alterações, especialmente no tocante à aquisição de arma de fogo de uso restrito e o
porte de arma de fogo pelos integrantes da Polícia Civil;
Considerando a necessidade de estabelecer procedimento relativo ao requerimento
visando obtenção de autorização para a aquisição de arma de fogo de uso restrito por
policiais civis do Estado de São Paulo; Considerando o disposto no artigo 6º, inciso II e
§ 1º, do Estatuto do Desarmamento, que assegura aos policiais civis, dentre outros
servidores policiais, o direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou
fornecida pela Instituição, mesmo fora de serviço, em todo o território nacional;
Considerando que, nos termos do artigo 17 da Lei Complementar 675/1992, o uso da
carteira funcional confere aos policiais civis do Estado de São Paulo o direito ao porte
de arma;
Considerando as disposições contidas no artigo 34 do Decreto Federal 5.123/2004, no
sentido de que as instituições policiais deverão estabelecer, em atos normativos
internos, os procedimentos relativos às condições para a utilização das armas de fogo
institucionais, ainda que fora de serviço;
Considerando que o artigo 35 do referido Decreto faculta aos órgãos competentes, em
casos excepcionais, a autorização, mediante regulamentação própria, do uso em serviço
de arma de fogo de propriedade particular do integrante da Instituição Policial;
Considerando o disposto no artigo 18, caput, do mesmo Decreto, que fixou competência
ao Comando do Exército para autorizar a aquisição e o registro de armas de fogo de uso
restrito, e a edição da Portaria 1.042, de 10-12-2012, do Comando do Exército
Brasileiro, que autoriza a aquisição de até 02 (duas) armas de uso restrito, na indústria
nacional, por policiais civis, para uso próprio, dentre os calibres .357 Magnum, .40
S&W ou .45 ACP, de qualquer modelo; Considerando o disposto no artigo 37 do
Decreto Federal 5.123/2004, sobre o porte de arma a policiais civis aposentados;
Considerando as diretrizes fixadas pelo Comando Logístico do Exército Brasileiro, pela
Portaria 02 COLOG, de 10-02-2014, relativas à aquisição, registro, cadastro e
transferência de armas de uso restrito adquiridas pelos integrantes de órgãos policiais,
dispondo, ainda, que incumbe ao respectivo órgão policial estabelecer e executar
mecanismos que favoreçam o controle da arma e a sua entrega à Polícia Federal nos
termos do art. 31, da Lei 10.826/03;
Considerando, finalmente, as atribuições da Divisão de Produtos Controlados e
Registros Diversos do DECADE, previstas no artigo 12, inciso I, alíneas “a” e “b”, do
Decreto 58.150, de 21-06-2012, alterado pelo Decreto 59.218, de 22-05-2013,
determina:
CAPÍTULO I DO PROCEDIMENTO RELATIVO À AUTORIZAÇÃO PARA
AQUISIÇÃO, DO REGISTRO DE ARMAS DE FOGO E DA TRANSFERÊNCIA DE
PROPRIEDADE DE ARMA DE FOGO POR POLICIAIS CIVIS EM ATIVIDADE
OU APOSENTADOS SEÇÃO I DO PROCEDIMENTO RELATIVO À
AUTORIZAÇÃO PARA AQUISIÇÃO, DO REGISTRO E DA TRANSFERÊNCIA
DE PROPRIEDADE DE ARMAS DE FOGO DE USO PERMITIDO
Artigo 1º - O procedimento para a aquisição, registro ou transferência de propriedade
de armas de fogo de uso permitido, pelo policial civil em atividade, ou aposentado,
observará as disposições contidas na Seção II, do Capítulo II, do Decreto Federal 5.123,
de 01-07-2004.
SEÇÃO II DO PROCEDIMENTO RELATIVO À AUTORIZAÇÃO PARA A
AQUISIÇÃO, REGISTRO E TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE ARMAS
DE FOGO DE USO RESTRITO POR POLICIAL CIVIL EM ATIVIDADE
Artigo 2º - O policial civil interessado em adquirir arma de fogo de uso restrito da
indústria nacional, ou mediante transferência de propriedade, para uso próprio, nos
calibres .357 Magnum, 9x19mm, .40 S&W ou .45 ACP, de qualquer modelo, deverá
formular requerimento de autorização para aquisição ou transferência de arma de fogo
de uso restrito, conforme os anexos A, D e D1 da Portaria 124-COLOG, de 01-10-2018,
endereçado ao Delegado Geral de Polícia.
Artigo 3º - O requerimento será instruído com documento fornecido pelo órgão
subsetorial de recursos humanos do Departamento em que estiver classificado o
interessado, com informação sobre a inexistência de restrição médica, administrativa ou
judicial quanto a posse ou porte de arma de fogo; cópia simples da equivalente
habilitação técnica para manuseio da arma de fogo de uso restrito, expedida pela
Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Cobra”; e declaração do interessado,
assumindo o compromisso de encaminhar a arma à Polícia Civil, com vistas a sua
remessa à Polícia Federal, nas seguintes hipóteses:
I – deixar de integrar os quadros da Instituição;
II – por determinação administrativa ou judicial que lhe imponha a cassação do direito
de portar ou de possuir quaisquer armas de fogo;
III – se houver falta de condições físicas e/ou mentais para portar arma de fogo.
§ 1º - A declaração prevista no caput deste artigo deverá conter manifestação expressa
do policial civil esclarecendo que, em caso de seu falecimento, a arma deverá ser
entregue à Divisão de Produtos Controlados e Registros Diversos – DPCRD do
DECADE para os fins do artigo 20 desta Portaria.
§ 2º - Em caso de falecimento do policial civil, a Divisão de Produtos Controlados e
Registros Diversos – DCPRD do DECADE deverá ser comunicada acerca do óbito pelo
Delegado de Polícia que desempenhava as funções de superior imediato do policial civil
falecido, desde que tenha conhecimento da aquisição da arma.
Artigo 4º - Incumbirá ao Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas –
DECADE, por meio da Divisão de Produtos Controlados e Registros Diversos -
DPCRD, o recebimento e o processamento dos requerimentos de que trata o artigo 2º
desta Portaria.
§1º - O requerimento será analisado pelo DECADE, e encaminhado com manifestação
conclusiva à Delegacia Geral de Polícia, para fins de emissão de parecer favorável ou
desfavorável.
§ 2º - Instruído com a manifestação da Delegacia Geral de Polícia, o procedimento será
encaminhado pelo DECADE ao Comando Logístico do Exército Brasileiro, para as
providências decorrentes.
§ 3º - O DECADE poderá expedir regras complementares sobre as disposições contidas
nesta portaria, observados os preceitos da Portaria 124-COLOG, de 01-10-2018.
SEÇÃO III DO PROCEDIMENTO RELATIVO À AUTORIZAÇÃO PARA A
AQUISIÇÃO, REGISTRO E TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE ARMAS
DE FOGO DE USO RESTRITO POR POLICIAL CIVIL APOSENTADO
Artigo 5º - O policial civil aposentado, interessado em adquirir arma de fogo de uso
restrito, na indústria nacional, ou mediante transferência de propriedade, deverá
formular requerimento de autorização para aquisição ou transferência de arma de fogo
de uso restrito conforme os anexos D e D1 da Portaria 124-COLOG, de 01-10-2018,
endereçado ao Delegado Geral de Polícia.
Artigo 6º - O requerimento será instruído com cópia de habilitação técnica para
manuseio de arma de fogo na equivalência da arma de uso restrito; comprovação de
aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo; comprovação da inexistência de
restrição médica, administrativa ou judicial para a posse ou porte de arma de fogo; e
declaração do interessado, assumindo o compromisso de encaminhar a arma à Polícia
Civil, com vistas a sua remessa à Polícia Federal, nas seguintes hipóteses:
I – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
II – por determinação administrativa ou judicial que lhe imponha a cassação do direito
de portar ou de possuir quaisquer armas de fogo;
III – se houver falta de condições físicas e/ou mentais para portar arma de fogo.
§ 1º - A habilitação técnica prevista no caput será comprovada mediante cópia da
respectiva habilitação expedida pela Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira
Cobra”, ou por Instrutor de Armamento e Tiro credenciado pela Polícia Federal.
§ 2º - A avaliação da aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo será
realizada pelo Núcleo Psicossocial da Divisão de Prevenção e Apoio Assistencial do
Departamento de Administração e Planejamento da Polícia Civil (DAP) ou pela Equipe
de Psicotécnica do Serviço Técnico de Apoio da Academia de Polícia “Dr. Coriolano
Nogueira Cobra”, ou ainda, se assim optar o interessado, a suas expensas, por avaliação
em Clínica Psicológica credenciada pela Polícia Federal, desde que comprovada a
vigência do credenciamento.
§ 3º - A comprovação da inexistência de restrição médica, judicial ou administrativa
para a posse ou porte de arma de fogo, far-se-á, respectivamente, por atestado médico e
certidões expedidas, ainda que por meio eletrônico, pelo Poder Judiciário e
Corregedoria Geral da Polícia Civil.
§ 4º - Ocorrendo o falecimento de policial civil aposentado cabe ao herdeiro ou
administrador da herança comunicar à Divisão de Produtos Controlados e Registros
Diversos – DPCRD do DECADE para que se providencie o recolhimento da arma.
SEÇÃO IV DA AQUISIÇÃO DE MUNIÇÃO
Artigo 7º - A aquisição de munição por policiais civis em atividade ou aposentados,
para armas de uso restrito supramencionadas, será realizada nos termos do Estatuto do
Desarmamento, regulamentado pelo Decreto Federal 5.123, de 01-07-2004, e do artigo
18 da Portaria 124-COLOG, de 01-10-2018.
CAPÍTULO II DO PORTE DE ARMA DE FOGO
SEÇÃO I DO PORTE DE ARMA DE FOGO POR POLICIAIS CIVIS EM
ATIVIDADE
Artigo 8º - O policial civil, em razão de suas funções institucionais, é autorizado a
portar arma de fogo de propriedade particular, ou fornecida pela Polícia Civil, em
serviço ou fora deste, em local público ou privado, mesmo havendo aglomeração de
pessoas, em evento de qualquer natureza, tais como no interior de igrejas, escolas
públicas, estádios desportivos e clubes, em todo território nacional.
§ 1º - O policial civil deverá observar o disposto nesta Portaria e na legislação
pertinente, respondendo nas esferas penal, civil e administrativa, por eventuais excessos,
e trazer sempre consigo:
I – carteira funcional;
II – em se tratando de carga pessoal, incluindo arma de fogo não brasonada, o
respectivo registro expedido pela Divisão de Serviços Diversos do Departamento de
Administração e Planejamento da Polícia Civil - DAP;
III – em se tratando de carga da Unidade Policial, cópia do respectivo documento;
IV – em se tratando de arma de fogo particular, o respectivo registro.
§ 2º - O policial civil poderá portar arma de fogo particular de uso permitido ou restrito,
que esteja cadastrada e registrada nos órgãos federais competentes e na efetiva
equivalência de sua habilitação técnica.
§ 4º - O porte de arma alcança as armas de fogo pertencentes a outros órgãos do
Governo Estadual, da União, de outros Estados da Federação ou de Municípios,
utilizadas em face de contrato ou qualquer outra modalidade de cooperação, obedecidas
as exigências estabelecidas nesta Portaria.
Artigo 9º - A autorização para o uso de arma de fogo de propriedade particular em
serviço deverá ser requerida nos termos do artigo 17 da Portaria DGP-37, de 29-10-
2013.
Artigo 10 - O policial civil deverá portar armas de fogo de forma discreta,
especialmente nos locais onde haja aglomeração de pessoas, evitando constrangimentos
a terceiros, salvo quando em operação policial, trajando vestimenta e/ou distintivo que o
identifique.
Parágrafo único. A comunicação do porte de arma ao responsável pela segurança do
local, quando necessária, será feita de forma discreta, mediante apresentação da carteira
funcional.
Artigo 11 - O policial civil não está obrigado a entregar sua arma ou respectiva munição
como condição para ingresso em recinto público ou privado, salvo as seguintes
hipóteses:
I – submissão à prisão;
II – durante audiência judicial, a critério da autoridade judiciária;
III – por determinação, ainda que verbal, de Delegado de Polícia superior hierárquico;
IV – por determinação da autoridade policial civil corregedora, sempre que tal medida
se afigurar necessária.
SEÇÃO II DO PORTE DE ARMA DE FOGO POR POLICIAIS CIVIS
APOSENTADOS
Artigo 12 - O policial civil aposentado conserva a autorização de porte de arma de fogo
de sua propriedade, de uso permitido ou restrito, em qualquer local público ou privado,
ainda que haja aglomeração de pessoas, em virtude de evento de qualquer natureza, em
todo território nacional.
§ 1º - O policial civil aposentado poderá portar arma de fogo particular de uso permitido
ou restrito, que esteja cadastrada e registrada junto ao Sistema Nacional de Armas
(SINARM) e na efetiva equivalência de sua habilitação técnica.
Artigo 13 - O policial civil aposentado responderá nas esferas penal e civil por eventuais
excessos, e deverá trazer sempre consigo:
I – carteira funcional atualizada;
II – registro de arma de fogo particular;
III – Autorização para porte de arma de fogo expedida pela DPCRD, do DECADE.
Artigo 14 - É requisito essencial para a conservação do porte de arma de fogo a
submissão do policial civil aposentado, a cada cinco anos, aos testes de avaliação da
aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, realizados pelo Núcleo
Psicossocial da Divisão de Prevenção e Apoio Assistencial do Departamento de
Administração e Planejamento da Polícia Civil – DAP ou pela Equipe de Psicotécnica
do Serviço Técnico de Apoio da Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Cobra”.
§ 1º - O policial civil, ao se aposentar, desde que ausente a restrição para portar arma de
fogo, terá expedida pela Divisão de Produtos Controlados e Registros Diversos –
DPCRD do DECADE, autorização para porte de arma de fogo, com validade de cinco
anos a contar da publicação da aposentadoria, dispensando-se a avaliação psicológica
prevista no caput.
§ 2º - Após cinco anos, contados da publicação da aposentadoria, exigir-se-á realização
de avaliação de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, por meio de
encaminhamento pela Divisão de Produtos Controlados e Registros Diversos – DPCRD
do DECADE. Recebido o resultado, sem que haja restrição, expedir-se-á autorização
para porte de arma de fogo, válida por cinco anos.
§ 3º - O interessado poderá optar por realizar a avaliação da aptidão psicológica, a suas
expensas, em clínica psicológica credenciada pela Polícia Federal, desde que
comprovada a vigência do credenciamento, devendo juntar ao requerimento o
respectivo laudo.
§ 4º - O requerimento de autorização para porte deverá explicitar as razões da
necessidade da expedição do documento e vir instruído com os seguintes documentos,
apresentados por meio de cópias simples:
I – carteira funcional na qual conste a condição de aposentado;
II – registro válido da arma junto ao Sistema Nacional de Armas (SINARM);
III – comprovante de residência.
§ 5º - A dispensa da avaliação psicológica de que trata o § 1º não se aplica à aquisição e
registro de arma de fogo no mesmo período.
Artigo 15 - A Divisão de Produtos Controlados e Registros Diversos do DECADE
deverá manter banco de dados dos policiais civis aposentados que tenham:
I – requerido expedição de Autorização para porte de arma de fogo;
II – envolvimento em ocorrência com arma de fogo, após a inatividade;
III – sofrido restrição ao porte de arma de fogo ao se aposentarem.
Artigo 16 - As autoridades policiais deverão comunicar diretamente à Divisão de
Produtos Controlados e Registros Diversos do DECADE qualquer ocorrência relativa a
porte e posse de arma de fogo envolvendo policial civil aposentado.
Parágrafo único. O Delegado Divisionário da Divisão de Produtos Controlados e
Registros Diversos - DPCRD, do DECADE, considerando o teor da notícia recebida,
determinará, se o caso, a instauração de procedimento administrativo com vistas à
cassação da autorização de porte de arma de fogo.
CAPÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
Artigo 17 - Nos deslocamentos em aeronaves civis, o policial civil, em atividade ou
aposentado, que estiver portando arma de fogo, observará as regras de embarque,
conduta e segurança previstas na Resolução 461, de 25-01-2018, da Agência Nacional
de Aviação Civil – ANAC, e o disposto nos artigos 152 a 158 do Programa Nacional de
Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita – PNAVSEC, constantes
do Anexo do Decreto 7.168, de 5 de maio de 2010, e a legislação federal vigente.
Artigo 18 - A arma de fogo de uso restrito adquirida conforme a presente portaria pode
ser transferida para pessoas físicas autorizadas a adquiri-las, respeitadas as normas
vigentes. § 1º - A transferência de propriedade da arma de fogo de que trata esta portaria
está sujeita à prévia autorização do SIGMA ou do SINARM, conforme o cadastro
realizado.
§ 2º - No caso de transferência de arma de fogo do SIGMA para o SINARM, e vice-
versa, será obrigatória a autorização do sistema de destino e anuência do sistema de
origem.
§ 3º - A transferência de propriedade de arma cadastrada no SIGMA será processada
pela Região Militar em cuja área de responsabilidade esteja sediado o órgão de
vinculação do adquirente, mediante requerimento, consoante anexo D, instruído com a
documentação mencionada no anexo D1 da Portaria 124-COLOG, de 01-10-2018.
Artigo 19 - Nas hipóteses de extravio, furto, roubo ou perda de arma de fogo de uso
restrito adquirida nos termos desta Portaria, a apreciação de requerimento de
autorização para aquisição de nova arma de uso restrito, ficara condicionada à resolução
do procedimento investigatório, em que não tenha havido reconhecimento de dolo ou
culpa.
Artigo 20 - O Delegado de Polícia Titular da Divisão de Produtos Controlados e
Registros Diversos – DPCRD do DECADE, ao tomar conhecimento de falecimento de
policial civil, em atividade ou aposentado, notificará o herdeiro ou o administrador da
herança para que entregue a arma e apresente no prazo de 90 (noventa) dias, contados
da data do óbito, documento comprobatório da regularização ou transferência de
propriedade a terceiro que indicar, desde que autorizada a aquisição.
§ 1º - Nos casos previstos neste artigo, nos incisos I a III do artigo 3º e nos incisos I a III
do artigo 6º desta portaria, mediante solicitação expressa do interessado ou do herdeiro
ou administrador da herança, a arma poderá permanecer sob custódia da Divisão de
Produtos Controlados e Registros Diversos – DPCRD do DECADE, no prazo máximo
de 90 (noventa) dias, para transferência a terceiro, regularmente autorizado a realizar a
transferência ou aquisição.
§ 2º - Decorrido o prazo mencionado no parágrafo anterior sem efetivação da
regularização ou transferência, a arma será encaminhada à Polícia Federal nos termos
do artigo 31 da Lei Federal 10.826, de 22-12-2003.
§ 3º - Na hipótese de não entrega da arma por parte do herdeiro ou administrador da
herança, a autoridade de polícia judiciária competente deverá ser comunicada para as
providências cabíveis.
Artigo 21 - Ao se aposentar, o policial civil que optar permanecer com arma de fogo de
uso restrito, adquirida nos termos da Portaria 124-COLOG, de 01-10-2018, deverá,
conforme preconiza o artigo 37 do Decreto Federal 5.123, de 1° julho de 2004, a cada 5
anos, se submeter à avaliação de sua aptidão psicológica para o manuseio de arma de
fogo.
Artigo 22 - Ficam mantidos, no que couber, os dispositivos da Portaria DGP 10/2007,
que disciplina a suspensão do porte de arma de policial civil quando em licença
motivada por problemas de saúde, e os dispositivos da Portaria DGP-30, de 17-6-2010,
que dispõem sobre a aptidão para o uso de arma de fogo por policiais civis.
Artigo 23 - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições que lhe forem contrárias, especialmente as Portarias DGP-12, de 20.8.2008;
DGP-34, DE 17-12-2008; e Portaria DGP-6, DE 01-03-2012.

Portaria DGP - 61, de 05-11-2021


Estabelece diretrizes para o registro, a distribuição e o controle de armas de fogo,
coletes de proteção balística e munições da Polícia Civil e dá providências correlatas
O Delegado Geral de Polícia, considerando a necessidade de manter permanente
monitoramento sobre as armas de fogo, coletes de proteção balística e munições
pertencentes à Polícia Civil, determina:
Disposição Preliminar
Artigo 1º - O registro, a distribuição e a contabilização de armas de fogo, coletes de
proteção balística e munições de propriedade da Polícia Civil serão realizados pela
Divisão de Serviços Diversos do Departamento de Administração e Planejamento da
Polícia Civil - DAP, observados os critérios de necessidade, racionalidade e eficiência
na prestação do serviço policial civil, nos termos estabelecidos nesta Portaria.
Seção I Do Registro e da Distribuição das Armas de Fogo e dos Coletes de Proteção
Balística
Artigo 2º - As armas de fogo e os coletes de proteção balística de propriedade da Polícia
Civil serão contabilizados no Sistema SIAFEM, registrados e distribuídos por meio do
Sistema de Gestão Policial Integrada - GPI.
§ 1º - Inclui-se como tarefa de controle no sistema descrito no caput o lançamento de
evento relevante, assim considerado o roubo, a perda, o encontro, a substituição, a
apreensão judicial ou administrativa, a restituição, o recolhimento ou qualquer outro
evento merecedor de apontamento.
§ 2º - O registro contábil da arma de fogo e do colete de proteção balística será realizado
à conta do SIAFEM UGE - 180119 - Departamento de Administração e Planejamento
da Polícia Civil - DAP, independentemente do local de destinação e de utilização pelo
Policial Civil.
§ 3º - As armas de fogo serão registradas e classificadas com base nos seguintes
critérios:
I - carga pessoal definitiva: arma de fogo de porte do Policial Civil, mediante registro
individual e expedição de documento de porte obrigatório, observadas as exigências
relativas à prévia capacitação técnica conferida pela Academia de Polícia Dr. Coriolano
Nogueira Cobra -ACADEPOL;
II - carga tática: arma de fogo de porte (de emprego especial) e arma de fogo portátil (de
emprego tático), atribuídas para uso de unidade policial;
III - carga de ensino: arma de fogo de porte ou portátil para fins didáticos, destinada
exclusivamente à formação e treinamento de policiais civis e atribuível somente à
Academia de Polícia - ACADEPOL e Unidades de Ensino Policial - UEP dos
Departamentos de Polícia Judiciária do Interior - DEINTERs.
IV - carga de teste: arma de fogo de porte ou portátil para fins de testes e ensaios em
materiais bélicos, conduzidos pela Divisão de Serviços Diversos do DAP ou exames
realizados pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica.
V - carga de coleção institucional: arma de fogo de porte ou portátil, acautelada na
Divisão de Serviços Diversos do DAP ou na Academia de Polícia, para preservação do
histórico institucional da Polícia Civil.
§ 4º - A transferência para outra unidade de uso de arma de fogo denominada carga
tática ou carga de ensino dependerá de prévia comunicação à Divisão de Serviços
Diversos do DAP, por meio do Sistema de Gestão Policial Integrada - GPI, pela
Delegacia Seccional de Polícia ou Divisão de Administração à qual a arma estava
vinculada, acompanhada da anuência da unidade recebedora.
§ 5º - Os coletes de proteção balística serão distribuídos observadas as regras
estabelecidas no art. 7º desta Portaria.
Artigo 3º - Ao Policial Civil será concedida uma única carga pessoal definitiva de arma
de fogo.
§ 1º - Excepcionalmente, o Policial Civil que exercer função operacional especial ou
tática poderá utilizar mais uma arma de fogo de porte, mediante carga tática, a qual será
atribuída pela unidade policial a que estiver subordinado.
§ 2º - Compreende-se como função operacional especial ou tática aquela executada
pelas seguintes unidades da estrutura organizacional da Polícia Civil:
1 - Unidade de Operações do Serviço Aerotático - SAT-1;
2 - Grupo Armado de Repressão a Roubos - GARRA;
3 - Grupo Especial de Reação - GER;
4 - Grupo de Operações Especiais - GOE.
§ 3º - Quando o Policial Civil em exercício em unidade classificada como de função
especial ou tática for transferido, caberá ao superior hierárquico o recolhimento da
segunda arma atribuída e, em não sendo necessária sua atribuição a outro policial civil
de sua unidade ou na hipótese de ausência de necessidade no seu acautelamento,
devolvê-la à Divisão de Serviços Diversos do DAP.
§ 4º - As hipóteses previstas no § 3º deste artigo serão registradas no Sistema de Gestão
Policial Integrada - GPI.
Artigo 4º - As cargas de arma de fogo para as unidades operacionais táticas e especiais
serão registradas e providenciadas pela Divisão de Serviços Diversos do DAP,
precedida da respectiva comprovação da habilitação técnica dos Policiais Civis que a
integram.
Seção II Do Registro e da Distribuição de Munições
Artigo 5º - As munições serão contabilizadas, registradas e distribuídas pela Divisão de
Serviços Diversos do DAP, por meio do Sistema de Gestão Policial Integrada - GPI.
Parágrafo único. Será lançado no sistema de controle, o evento relevante ou qualquer
outro fato merecedor de apontamento.
Artigo 6º - Com a atribuição da carga pessoal definitiva de arma de fogo será fornecida
munição correspondente ao calibre e à capacidade da arma, observada a disponibilidade
do acervo e a real necessidade do interessado.
§ 1º - As munições serão classificadas em:
1 - dotação de serviço: quantidade de munição fornecida ao Policial Civil;
2 - dotação estratégica: quantidade de munição estabelecida pelo cálculo de 5% do total
de munições adquiridas para suprimento da dotação de serviço, obedecidos os seguintes
critérios:
a) 2,5% permanecerão armazenados junto ao órgão hierárquico com nível de Delegacia
Seccional de Polícia ou Divisão Policial e sede da Superintendência da Polícia Técnico-
Científica;
b) 2,5% permanecerão acautelados na Divisão de Serviços Diversos do DAP;
3 - dotação de ensino: quantidade de munição solicitada pela ACADEPOL para
utilização em cursos;
4 - dotação para teste, a ser utilizada exclusivamente pela Divisão de Serviços Diversos
do DAP e pela Academia de Polícia.
§ 2º - Os pedidos de munição suplementar deverão ser acompanhados de previsão da
necessidade para a atividade policial.
§ 3º - É vedada a utilização das munições classificadas nos itens 1 e 2 do § 1º deste
artigo para treino ou teste de arma de fogo, excetuados os casos ressalvados nesta
portaria.
§ 4º - Incumbirá à Academia de Polícia - ACADEPOL o recolhimento, o
armazenamento e a destinação final prevista em contrato de aquisição dos cartuchos
deflagrados durante os treinamentos.
Artigo 7º - As munições serão entregues pela Divisão de Serviços Diversos do DAP
diretamente às Divisões de Administração ou Delegacias Seccionais de Polícia dos
Departamentos que integram a estrutura da Polícia Civil, as quais providenciarão:
I - a distribuição individualizada aos policiais civis a elas vinculados;
II - o lançamento das informações no Sistema de Gestão Policial Integrada - GPI;
III - a digitalização do documento de recebimento e sua inclusão no Sistema de Gestão
Policial Integrada - GPI.
§ 1º - As munições destinadas às cargas táticas ficarão acauteladas nas respectivas
unidades policiais autorizadas para a sua utilização, observadas as exigências constantes
dos incisos I e II do caput do artigo.
§ 2º - As munições necessárias às cargas táticas acompanharão os respectivos
armamentos, devendo ser anotada eventual redistribuição quando houver a troca de
guarda ou de posse do referido material.
§ 3º - A redistribuição de munição de dotação estratégica entre as unidades policiais
dependerá de prévia e expressa autorização da Divisão de Serviços Diversos do DAP.
Artigo 8º - A reposição de munição dependerá de requerimento subscrito pelo Policial
Civil, com anuência do Delegado de Polícia titular da unidade a que estiver
subordinado, sempre mediante restituição da munição anteriormente fornecida e que
não foi utilizada em conformidade com a dotação a que se destinava.
§1º - A munição restituída, mesmo fora da validade, será recolhida e devolvida pelas
Divisões de Administração e Delegacias Seccionais de Polícia dos Departamentos
diretamente à Academia de Polícia, para utilização nas atividades de ensino, anotando-
se, obrigatoriamente, o evento no Sistema de Gestão Policial Integrada - GPI.
§ 2º. A Academia de Polícia estabelecerá protocolos e prazos para a realização dos
treinamentos.
§3º. O DAP fixará os critérios para testes em armas de fogo com as munições de que
trata este artigo.
§4º. As unidades que executam atividades especiais e táticas poderão estabelecer
protocolos próprios para seus treinamentos periódicos e testes em armas de fogo, sem
necessidade de remessa, à Academia de Polícia, das munições que recolher, exceto em
caso de excedente, de tudo comunicando à Divisão de Serviços Diversos do DAP.
§5º. Os treinamentos e testes de que trata este artigo deverão ocorrer em ambiente
controlado próprio para tais atividades, observados os protocolos fixados. §6º. Os
protocolos de treinamento periódico e de testes em armas de fogo serão
obrigatoriamente encaminhados, por meio eletrônico, para conhecimento do DAP, que
poderá determinar alterações se entender conveniente.
Seção III Das Comunicações Obrigatórias
Artigo 9º - As incorporações de armas de fogo, coletes de proteção balística e munições
decorrentes de decisão judicial, originárias de outras entidades públicas ou provenientes
de doações, após a autorização da Secretaria da Segurança Pública, serão cadastradas no
Sistema de Gestão Policial Integrada - GPI pela Divisão de Serviços Diversos do DAP,
observada a legislação de regência.
Artigo 10 - Sem prejuízo das providências de polícia judiciária, as ocorrências
envolvendo arma de fogo, colete de proteção balística, munição, acessórios, inclusive
carregadores, ou equipamento de propriedade da Polícia Civil serão imediatamente
comunicadas, por meio eletrônico, à(ao):
I - Divisão de Serviços Diversos do Departamento de Administração e Planejamento da
Polícia Civil - DAP;
II - Centro de Comunicações e Operações da Polícia Civil do Departamento de
Inteligência da Polícia Civil - DIPOL;
III - Corregedoria Geral da Polícia Civil;
IV - Divisão de Produtos Controlados e Registros Diversos do Departamento de Polícia
de Proteção à Cidadania - DPPC.
Parágrafo único. Os documentos que compõem o registro informativo, inclusive o
boletim de ocorrência, serão digitalizados e integrarão o procedimento de comunicação,
preservando- -se a integridade, a autenticidade, a legibilidade e o sigilo.
Artigo 11 - Nas hipóteses de aposentadoria, demissão, exoneração, licença sem
vencimentos, falecimento, cessação do exercício da função pública nos termos do art.
29 da Lei Complementar nº 1.354/20 (denominado código 100) ou de outra situação
incompatível com a manutenção de arma de fogo, colete de proteção balística, munição,
acessórios, inclusive carregadores, ou equipamento de propriedade da Polícia Civil, bem
como carteira funcional e distintivo, o Policial Civil ou seu representante efetuará a
entrega de todos os bens na unidade em que exerce ou exercia suas funções.
§ 1º - No ato de entrega, o Policial Civil ou seu representante firmará, sob pena de
responsabilidade, declaração na qual conste a devolução de todo material pertencente à
Polícia Civil.
§ 2º - O dirigente da unidade de exercício do Policial Civil zelará pelo cumprimento do
disposto neste artigo, bem como emitirá recibo com a descrição dos objetos restituídos,
providenciando, de imediato, o envio à Divisão de Serviços Diversos do DAP ou à
unidade a que pertençam os bens devolvidos.
Artigo 12 - Na hipótese de restrição de uso de arma de fogo ao Policial Civil, nova
atribuição de carga pessoal definitiva ficará condicionada à prévia manifestação do
Delegado de Polícia hierarquicamente superior, acompanhada, quando o caso, de
documento informativo quanto à cessação dos motivos que impuseram a medida
administrativa, sem prejuízo da avaliação da Divisão de Serviços Diversos do DAP.
Artigo 13 - As restrições administrativas e judiciais e seus eventos decorrentes, quando
relacionados com o porte de arma de fogo e o uso de bens pertencentes à Polícia Civil,
serão anotados no Sistema de Gestão Policial Integrada - GPI:
I - pela Divisão de Informações Funcionais - DIF da Corregedoria Geral da Polícia
Civil, em se tratando de infração penal e/ ou administrativa, sem prejuízos de eventuais
outras anotações;
II - pela Unidade Setorial de Pessoal das Divisões de Administração, das Delegacias
Seccionais de Polícia e da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, em se
tratando de licença motivada por problemas de saúde e situações correlatas, observadas
as regras da Portaria DGP-10, de 16-03-2007.
Seção IV Das Disposições Gerais e Finais
Artigo 14 - O Departamento de Administração e Planejamento da Polícia Civil
elaborará termos de referência para definição e padronização dos critérios de aquisição
de armas de fogo, coletes de proteção balística e munição, podendo realizar consulta à
Academia de Polícia e aos demais Departamentos interessados.
Artigo 15 - A Academia de Polícia e o Departamento de Administração e Planejamento
da Polícia Civil, mediante prévia autorização da Delegacia Geral de Polícia e
observadas as devidas exigências legais, poderão receber armas, munições e outros
produtos balísticos da indústria nacional e estrangeira para fins de testes e avaliações,
desde que por período determinado e sem ônus para o Estado.
Parágrafo único - Os resultados dos estudos poderão ser utilizados para definição de
especificações técnicas quando da elaboração de memorial descritivo para compra,
voltadas, dentre outras, ao desempenho, manutenção, assistência técnica e garantia
oferecidas. Artigo
16 - O Policial Civil em exercício poderá utilizar armas de fogo particulares, observada
a equivalência de sua habilitação técnica e normas estabelecidas pelo Exército
Brasileiro.
§ 1º - O uso em serviço de arma de fogo particular será precedido de prévia análise pela
Divisão de Serviços Diversos do DAP, quanto ao preenchimento dos requisitos
estabelecidos pelo Exército Brasileiro e mediante digitalização dos seguintes
documentos junto ao Sistema de Gestão Policial Integrada - GPI:
I - requerimento do interessado, com expressa anuência do Delegado de Polícia titular
da unidade a que estiver subordinado;
II - registro válido da arma de fogo no Cadastro Nacional de Armas - SINARM;
III - comprovação da equivalência de sua habilitação técnica.
§ 2º - É vedada a utilização de munição particular em arma de fogo de propriedade da
Polícia Civil.
§ 3º - Será obrigatório o emprego de munição operacional adquirida pela Polícia Civil
nas armas de fogo particulares autorizadas para uso durante a atividade policial, salvo a
indisponibilidade do calibre.
Artigo 17 - A aquisição de material de uso estratégico será realizada de forma
concentrada pelo Departamento de Administração e Planejamento da Polícia Civil -
DAP.
§ 1º - Excepcionalmente, mediante autorização do Delegado Geral de Polícia, Unidade
Gestora Executora - UGE diversa da do DAP poderá realizar a aquisição do material
descrito no caput do artigo.
§ 2º - O material adquirido na forma do parágrafo anterior, após o registro contábil à
conta da Unidade Gestora Executora - UGE adquirente, será transferido à conta do
DAP, nos termos do art. 2º desta Portaria.
Artigo 18 -O disposto nesta Portaria aplica-se aos Policiais Civis em exercício na
Superintendência de Polícia Técnico- -Científica, observada a respectiva hierarquia e
estrutura organizacional.
Artigo 19 - A produção, tramitação, gestão e controle dos procedimentos relacionados
com as regras estabelecidas nesta Portaria serão realizados exclusivamente por meio de
plataforma corporativa digital, conforme determinado pelo Decreto estadual 64.355, de
31-07-2019, que institui o Programa SP Sem Papel.
Artigo 20 - Os atuais registros contábeis das armas de fogo e dos coletes de proteção
balística constantes das contas contábeis das Unidades Gestoras Executoras serão
transferidos à conta da Unidade Gestora Executora 180119 - Departamento de
Administração e Planejamento da Polícia Civil.
§ 1º - As notas de lançamento serão apresentadas após comprovação dos levantamentos
físico/financeiro e inserção dos dados dos detentores das respectivas cargas.
§ 2º - As transferências dos bens somente serão efetivadas com prévia autorização da
Divisão de Serviços Diversos do DAP.
Artigo 21 - O policial civil que possuir armas de fogo de propriedade da Polícia Civil
em quantidade superior aos limites estabelecidos nesta Portaria, terá o prazo de 60
(sessenta) dias para regularização, independentemente de notificação, sob pena de
responsabilidade.
Parágrafo único. Incumbirá à autoridade policial dirigente da unidade de vinculação do
policial civil e, subsidiariamente, à Divisão de Serviços Diversos do DAP fiscalizar o
cumprimento das disposições previstas por esta Portaria.
Artigo 22 - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a
Portaria DGP nº 7, de 14 de fevereiro de 2020.

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