Plano Diretor - Saic
Plano Diretor - Saic
Plano Diretor - Saic
Inaugurado em 1908, tinha como manancial as cabeceiras do Rio Caiguava, do vizinho município
de Piraquara. A contribuição das pequenas represas, espalhadas pela Serra do Mar, era reunida
no reservatório do Carvalho. De lá, pela adutora de 38 quilômetros e por gravidade, chegava ao
Reservatório do Alto do São Francisco.
Com o crescimento da região, foi necessário identificar as demandas atual e futura e novos
mananciais. Em 1975, com horizonte de 30 anos, foi desenvolvido o primeiro plano diretor de
abastecimento da Região Metropolitana de Curitiba.
Em 1980, 1991, 2000 e em 2011 a Sanepar contratou estudos para reavaliar e atualizar os planos
anteriores. As conclusões e recomendações deste último, resumidamente, são apresentadas nas
próximas páginas.
Destaca-se que para fazer frente às necessidades das próximas três décadas está previsto
investimento da ordem de R$ 550 milhões, a ser aplicado na ampliação desta verdadeira malha
de captações, poços, estações de tratamento, elevatórias, reservatórios e adutoras, num total
de 50 empreendimentos. Com mananciais sem volume de porte e dispersos, a Sanepar construiu
um sistema complexo de interligações entre os equipamentos, que permite a integração entre
a maioria das unidades e maior flexibilização operacional, revelando a capacidade técnica e a
expertise de sua força de trabalho.
O SAIC é hoje responsável pelo abastecimento com água tratada dos municípios de Almirante
Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Pinhais,
Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais.
Até 2040, horizonte deste estudo, a população de Curitiba e Região Metropolitana deve chegar a
4 milhões e 100 mil habitantes. Fornecer, diariamente, água com qualidade e quantidade suficiente
para cada uma destas pessoas é o novo desafio que a Sanepar se prepara para vencer.
A Diretoria
PLANO DIRETOR SAIC - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA INTEGRADO DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA
Catalogação na Fonte.
CDD-628.1
2
índice
1 Histórico 7
2 Objetivos do Plano Diretor 11
3 Estudo Demográfico 15
3.1 Projeção de crescimento conforme zonas de abastecimento 20
4 Projeção de Consumo e Estudo de Demanda Diferenciada 35
5 Sistema Existente 41
5.1 Sistema de produção e tratamento 42
5.2 Sistema de distribuição 46
6 Diagnóstico do Sistema Existente 55
6.1 Produção 56
6.2 Reservação 58
6.3 Transporte 61
6.4 Resumo do diagnóstico do sistema existente 62
7 Mananciais Atuais e Futuros 67
7.1 Mananciais disponíveis 68
7.2 Mananciais estudados 71
7.3 Alternativas de estudo de mananciais para ampliação do SAIC 77
8 Macrodistribuição 99
8.1 Conceituação 100
8.2 Vínculo do sistema distribuidor com o produtor 102
8.3 Metodologia 103
8.4 Concepção do sistema de distribuição para Região Norte do SAIC 104
8.5 Aumento da capacidade de alimentação do CR Tatuquara 106
8.6 Criação do Centro de Reservação Sítio Cercado 107
8.7 Ampliação da capacidade do Reservatório Arujá 108
8.8 Ampliação da capacidade do Reservatório Ceasa 109
8.9 Ampliação da capacidade do Reservatório Xaxim 109
8.10 Ampliação da capacidade do Reservatório Piraquara 109
8.11 Centro de Reservação São Gabriel 109
8.12 Criação do Centro de Reservação Santa Quitéria 110
8.13 Elevatória recalque Passaúna - RPAS 111
8.14 Criação do Centro de Reservação Lamenha Pequena 111
8.15 Integração do Setor Santa Felicidade 112
8.16 Centro de Reservação Araucária Central e Costeira 112
8.17 Criação do Centro de Reservação Capão Raso 113
8.18 Integração do CR Portão ao Sistema Passaúna 113
8.19 Reforço no Sistema Renault (Rio Pequeno) 114
8.20 Criação do Centro de Reservação Santa Fé 114
8.21 Ampliação da capacidade do Reservatório Aeroporto 115
8.22 Elevatória Recalque Iguaçu-Jardim Ipê 115
8.23 Criação do Centro de Reservação Embrapa 116
8.24 Zonas de expansão 116
8.25 Resumo das prioridades apresentadas 116
9 Resumo dos Custos Estimados das Obras e Cronograma 125
10 Conclusões e Recomendações 131
Lista de tabelas
Lista de FIGURAS
Lista de GRÁFICOS
HISTÓRICO
O primeiro sistema de abastecimento de água de Curitiba tinha como fonte as cabeceiras do Rio
Caiguava, na Serra do Mar, denominadas Mananciais da Serra. A água acumulada pela represa
do Carvalho era conduzida por gravidade através de uma adutora de 38 km até o reservatório São
Francisco, inaugurado em 1908. Do reservatório partia a rede de distribuição abastecendo a área que
atualmente corresponde ao centro de Curitiba. O sistema contava ainda com chafarizes e torneiras
espalhadas estrategicamente em vários pontos do quadro urbano de então. O volume de água
chegava a 3.750.000 litros por dia para uma população de 25.000 habitantes.
Com o aumento do consumo, foi criada em 1924 a Diretoria do Serviço de Água e Esgoto. Nessa
ocasião o saneamento básico teve grande impulso e passou haver maior ordenamento no setor. Foi
nesse período que o Sistema de Água de Curitiba ganhou seu segundo grande reservatório, o do
Batel.
Em 1928, o presidente do Estado Affonso Alves de Camargo extinguiu a Diretoria do Serviço de Água
e Esgoto e criou o Departamento de Águas e Esgotos - DAE.
Em 1963, o DAE, que possuía limitações quanto ao recebimento e a aplicação de recursos, foi
substituído pela Companhia de Água e Esgotos do Paraná - Agepar (Lei 4.684/63). Descobriu-se,
posteriormente, que já havia uma empresa com este nome registrada na Junta Comercial. Assim, a
nova empresa teve a denominação alterada para Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar.
O primeiro plano diretor de saneamento foi desenvolvido em 1975, pela Planidro S.A., com o título
“Plano Diretor de Abastecimento de Água e Controle de Poluição para a Região Metropolitana de
Curitiba”, com horizonte de 30 anos. O Plano apresentou uma evolução sequencial para as obras
de aproveitamento hídrico, considerando o barramento nos rios Piraquara I (Caiguava), Miringuava,
Passaúna, Maurício e Antas, e Várzea I e Várzea II, ficando a bacia do Açungui para posterior
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
aproveitamento.
Em 1980, a população da Região Metropolitana de Curitiba - RMC já superava a que foi prevista
nos estudos, levando a Sanepar a contratar o “Plano Geral Integrado de Água - Esgoto da Região
Metropolitana da Curitiba”, desenvolvido pelo Consórcio Scope-Proensi. Este plano sugeria o
aproveitamento sequencial dos rios Passaúna, Miringuava, Iraí, Piraquara II e Açungui, ficando o
8
aproveitamento da Bacia do Rio da Várzea para uso futuro. Nesta época a barragem do Piraquara I
encontrava-se em pleno funcionamento e as obras do Passaúna sendo iniciadas.
Em 1991 foi contratada a reavaliação do “Plano Geral Integrado Água/Esgoto da RMC”. Esta
reavaliação foi desenvolvida pelo Consórcio Geotécnica-Proensi-OSM-Serenco-Consult e ofereceu
novas proposições quanto aos aproveitamentos hídricos. Nesta oportunidade a barragem do
Passaúna já estava concluída, e a reavaliação propôs o aproveitamento total dos mananciais do
Alto Iguaçu com sequência de barramentos nos rios Iraí, Piraquara II, Pequeno, Miringuava e Cotia -
Despique. Ficando o Rio da Várzea e Açungui para aproveitamento futuro.
No ano 2000, o Consórcio Paranasan desenvolveu outra reavaliação do Plano Diretor com a inclusão
do Aquífero Karst, localizado nos municípios de Colombo, Almirante Tamandaré, Bocaiúva do Sul,
Campo Largo, Campo Magro, Itaperuçu e Rio Branco do Sul, cuja utilização não havia sido cogitada
em nenhum dos planos anteriores. Foi estabelecida a vazão de exploração do Karst em 600 l/s, na
época considerada bastante conservadora. Outro fator considerado nesta revisão do Plano Diretor foi
o manancial Cotia-Despique, cujo aproveitamento nos planos anteriores previa o barramento único
próximo do ponto de união com o Rio Iguaçu. No entanto, havia pressão da comunidade, pois o lago
gerado impediria a interligação entre os municípios de São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande,
além de inundar áreas propícias para expansão destes dois municípios. Assim, o Rio Cotia e o Rio
Despique teriam as suas próprias barragens mais à montante e, consequentemente, haveria redução
da bacia hidrográfica e vazão total regularizada. A sequência de aproveitamento dos mananciais ficou
definida dando-se prioridade para o Aquífero Karst, explorado inicialmente em Almirante Tamandaré
e pouco tempo depois em Colombo, seguido dos mananciais Piraquara II, Miringuava, Despique, Cotia
e Pequeno; ficando os demais mananciais para as etapas futuras.
Destaca-se que para atender com água tratada, em quantidade e com qualidade, a todos os
moradores da Região Metropolitana de Curitiba, a Sanepar conta com o aval e a confiança das
Prefeituras, que ao longo das últimas décadas delegaram esta responsabilidade à Companhia de
Saneamento do Paraná. Para corresponder, também, às expectativas de cada Poder Concedente
na revisão deste Plano Diretor, foram valiosos os elementos levantados nos Planos Diretores de
Urbanismo de cada Município. Estes elementos contribuíram não apenas para a quantificação das
demandas de água para os próximos 30 anos, mas também quanto à localização geográfica das
projeções de ocupação urbana dentro de cada município.
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
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SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
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SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
11
OBJETIVOS DO
PLANO DIRETOR
Captação Passaúna
2. OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR
Em 2011, a Sanepar contratou a empresa Proensi Projeto e Engenharia de Sistemas para revisar o Plano
Diretor do Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba - SAIC, contemplando a elaboração
de macrodiagnóstico do sistema atual e apresentação de um conjunto de propostas para o futuro
desenvolvimento do sistema nos próximos 30 anos.
Além da capital do Estado, o SAIC engloba parte dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba -
RMC. São eles: Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Colombo, Fazenda Rio Grande,
Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais.
A RMC foi criada em 1974, composta inicialmente por 14 municípios. Atualmente conta com 29
municípios, conforme mostra a Figura 1, sendo que a área de abrangência do SAIC está delimitada por
uma linha tracejada. Na Figura 2 é apresentada uma vista ampliada dos municípios atendidos pelo SAIC.
12
Figura 2 - Municípios atendidos pelo SAIC
Os municípios da RMC que estão fora da abrangência do SAIC são tratados como Sistemas Isolados e
não foram contemplados neste Plano Diretor.
Para elaboração da revisão do Plano Diretor do SAIC foram consideradas as seguintes diretrizes gerais:
• Decreto Estadual nº 3411/2008, que dispõe sobre a delimitação das Áreas de Interesse de Mananciais
de Abastecimento Público para a Região Metropolitana de Curitiba;
• Planos Diretores existentes e o Diagnóstico Preliminar dos Mananciais Atuais e Futuros do Sistema
Integrado de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de Curitiba: Sanepar/ Unidade de
Serviços Recursos Hídricos (USHI, 2005);
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
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SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
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SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
15
ESTUDO
DEMOGRÁFICO
Painel Poty - CR Cajuru
3. ESTUDO DEMOGRÁFICO
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A revisão do Plano Diretor foi iniciada pelo estudo demográfico que tem como objetivo principal, no
contexto do SAIC, estimar a população ao longo do período do plano. Utilizou-se dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Sanepar, da Companhia Paranaense de Energia (Copel),
da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e do Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano de Curitiba (IPPUC).
Os dados utilizados serviram como base para a o cálculo da projeção populacional até 2040, com
avaliação da dinâmica de crescimento, fatores migratórios e ocupação futura de áreas de expansão.
Para a elaboração do estudo populacional do SAIC foram utilizados os dados censitários* desde 1980
até 2010 referentes à população e domicílios.
O histórico populacional dos municípios integrantes do SAIC nas últimas décadas, de acordo com dados
censitários, está representado na Tabela 1.
FONTE: IBGE
1. Dados de Almirante Tamandaré, excluídos os dados de Campo Magro, desmembrado em 1995.
2. Fazenda Rio Grande foi desmembrada de Mandirituba em 1990, e não há dados no censo de 1980.
3. Pinhais foi desmembrado de Piraquara em 1992.
4. Dados de Piraquara, excluídos os dados de Pinhais.
5. Embora conste como rural nos dados do Censo, a maior parte desta população refere-se a uma ocupação
irregular adjacente à área urbana.
* Os dados apresentados neste tópico referem-se aos do Censo, e, portanto incluem o município todo. Atualmente algumas localidades, como
parte da sede de Campina Grande do Sul, parte de Colombo e de Almirante Tamandaré são atendidas também por sistemas isolados.
17
A partir destes dados foram calculadas as taxas de crescimento populacional urbano respectivas,
representadas no Gráfico 1. Observa-se que houve queda nas taxas em todos os municípios integrantes
do SAIC.
Os dados de domicílios urbanos bem como sua taxa de ocupação urbana estão apresentados na Tabela 2.
Pinhais
Ocupação 4,61 4,18 3,57 3,29
Domicílio - - 19.021 26.179
Piraquara total
Ocupação - - 3,83 3,56
Domicílio 5.452 4.656 9.212 13.697
Piraquara urbana
Ocupação 4,74 4,16 3,67 3,34
Domicílio 771 1.994 3.967 5.463
Quatro Barras
Ocupação 4,58 4,08 3,66 3,28
Domicílio 12.468 27.366 50.250 72.616
São José dos Pinhais
Ocupação 4,67 4,09 3,65 3,26
Ocupação média 4,66 4,13 3,65 3,29
FONTE: IBGE – domicílios particulares permanentes ocupados
18
A taxa de ocupação média é representada no Gráfico 2. Observa-se que há uma queda
progressiva na taxa de ocupação nos municípios integrantes do SAIC.
O resultado da projeção da população para o horizonte de 2040 dos municípios do SAIC pode ser
observado na Tabela 3.
Tabela 3 - Projeção demográfica - População
População
Município
2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040
Curitiba 1.751.907 1.841.272 1.935.195 2.033.910 2.137.659 2.246.702 2.361.306
Almirante Tamandaré 98.892 106.745 114.655 122.546 130.334 137.934 145.258
Colombo 203.203 218.369 233.704 249.090 264.398 279.494 294.236
Campina Grande do Sul 31.961 35.270 38.573 41.808 44.906 47.799 50.420
Quatro Barras 17.941 19.799 21.653 23.468 25.207 26.832 28.303
Fazenda Rio Grande 75.928 85.362 94.957 104.515 113.818 122.634 130.729
Araucária 110.205 124.262 139.315 155.304 172.141 189.716 207.893
Pinhais 117.008 125.741 134.571 143.430 152.245 160.938 169.426
Piraquara 93.207 104.686 116.149 127.298 137.812 147.369 155.654
São José dos Pinhais 236.895 268.286 301.867 337.445 374.763 413.498 453.262
Total Município 2.737.147 2.929.791 3.130.640 3.338.813 3.553.285 3.772.916 3.996.487
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
19
3.1 PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO CONFORME ZONAS DE ABASTECIMENTO
A projeção populacional, definida por bairros e regiões, foi reconstituída sobre a base geográfica que
define as zonas de abastecimento de água, tendo como referência tanto os dados e estudos censitários
como os dados do sistema existente. Na Tabela 4 estão indicadas as taxas de crescimento estimadas
por zona de abastecimento. A Figura 4 (páginas 30 e 31) apresenta a delimitação das zonas de
abastecimento do SAIC.
Tabela 4 - Taxa de crescimento por zona de abastecimento
20
Taxa de Taxa de Taxa de
crescimento crescimento crescimento
Sigla Zona de abastecimento
2010/2020 2020/2030 2030/2040
(% ao ano) (% ao ano) (% ao ano)
21
Taxa de Taxa de Taxa de
crescimento crescimento crescimento
Sigla Zona de abastecimento
2010/2020 2020/2030 2030/2040
(% ao ano) (% ao ano) (% ao ano)
22
Taxa de Taxa de Taxa de
crescimento crescimento crescimento
Sigla Zona de abastecimento
2010/2020 2020/2030 2030/2040
(% ao ano) (% ao ano) (% ao ano)
23
Taxa de Taxa de Taxa de
crescimento crescimento crescimento
Sigla Zona de abastecimento
2010/2020 2020/2030 2030/2040
(% ao ano) (% ao ano) (% ao ano)
24
Na Tabela 5 são apresentadas as economias futuras por zona de abastecimento, calculadas a
partir das taxas de crescimento estimadas e das economias residenciais de 2010.
25
Economias Economias Economias Economias
Sigla Zona de abastecimento residenciais residenciais residenciais residenciais
Dez/2010 2020 2030 2040
26
Economias Economias Economias Economias
Sigla Zona de abastecimento residenciais residenciais residenciais residenciais
Dez/2010 2020 2030 2040
27
Economias Economias Economias Economias
Sigla Zona de abastecimento residenciais residenciais residenciais residenciais
Dez/2010 2020 2030 2040
28
Economias Economias Economias Economias
Sigla Zona de abastecimento residenciais residenciais residenciais residenciais
Dez/2010 2020 2030 2040
29
Figura 4 - Delimitação das zonas de abastecimento
30
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
31
Na Figura 5 são representadas as taxas de crescimento estimadas por zonas de atendimento, para
os períodos 2010/2020, 2020/2030 e 2030/2040.
Figura 5 - Taxas de crescimento estimadas por zona de atendimento
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
32
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
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SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
34
PROJEÇÃO
DE CONSUMO E
ESTUDO
DE DEMANDA
DIFERENCIADA
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
CR Vila Guarani
35
4. PROJEÇÃO DE CONSUMO E ESTUDO DE
DEMANDA DIFERENCIADA
Para a projeção de consumo e demanda utilizou-se como base o estudo demográfico, os dados
operacionais e os limites das zonas de abastecimento.
A Tabela 6 apresenta os dados de cada centro de reservação que compõe o SAIC. As economias
domiciliares referem-se à média de domicílios residenciais existentes em 2010, abastecidos pela rede de
água.
O volume micromedido é a somatória do volume mensal apurado nos hidrômetros dos clientes, nas
ligações providas de medidores. O volume produzido é o total de litros de água tratada produzido nas
estações de tratamento.
A demanda máxima diária refere-se ao dia de maior consumo do ano acrescido das perdas. Perda
é a diferença entre o volume de água produzido ou macromedido e os volumes micromedidos pela
Companhia junto aos consumidores finais.
A perda pode ser física, que é o volume de água produzido que não chega ao consumidor final, devido
à ocorrência de vazamentos e extravasamentos no sistema de distribuição (adutoras, redes, ramais e
reservatórios) ou aparente, que é o volume de água não contabilizado pela Companhia, decorrente de
erros de macro e micromedição, fraudes, ligações clandestinas, falhas de procedimentos operacionais e
comerciais e outras causas. Consumo é o volume efetivamente utilizado pela população para os diversos
usos.
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
36
Tabela 6 - Demanda atual por água tratada na área do SAIC
Economias VM - Volume VP - Volume Demanda máxima Consumo por Demanda por
Centro de residenciais micromedido produzido dia economia economia
Reservação
Média 2010 (m³/mês) (m³/mês) (l/s) (l/econ/dia) (/econ/dia)
ETA Iguaçu 32.903 4.835.840 9.363.056 356 403 780
Corte Branco 54.943 9.052.436 17.196.029 654 451 857
Parolin 13.762 2.903.415 4.685.489 178 578 933
Xaxim 48.784 6.877.229 11.680.498 444 386 656
Portão 67.769 11.190.074 18.436.533 702 452 745
Guarituba Redondo 6.951 803.951 1.727.703 66 317 681
Alphaville 605 173.220 112.101 4 720 827
Vila Guarani 37.004 5.097.564 10.873.091 414 377 805
Colônia Faria 5.862 919.372 1.732.430 66 430 810
Jardim Nezita 1.925 166.411 251.041 10 237 357
Colombo Sede 15.121 2.166.549 4.229.723 161 393 766
Iapar 1.416 373.462 603.803 23 723 1.168
Jardim Araçatuba 2.268 342.455 723.457 28 414 874
Borda do Campo 3.039 485.615 757.427 29 438 683
Jacob Macanhann 26.859 4.304.262 7.646.089 291 439 780
Piraquara 14.083 2.259.971 4.088.383 156 440 795
Vila Amélia 2.570 319.166 800.598 30 340 783
Iraí 6.596 882.243 1.553.439 59 366 645
Tarumã 2.323 452.961 637.869 24 534 752
Bairro Alto 24.186 3.542.906 7.288.750 277 401 826
Cajuru 59.588 14.189.673 20.813.892 792 652 957
Mercês 22.295 4.099.521 8.008.317 305 504 984
São Francisco 13.598 3.517.265 4.713.591 179 709 950
Batel 23.392 5.248.372 7.082.677 270 615 830
Bacacheri 32.281 5.447.697 9.058.652 345 462 769
Santa Cândida 19.214 2.755.011 4.993.773 190 393 712
Cachoeira 8.471 1.166.752 1.994.890 76 377 645
Centro São José dos Pinhais 6.158 1.374.542 2.793.310 106 612 1.243
Aeroporto 14.902 2.276.559 3.861.960 147 419 710
Arujá 17.375 2.652.570 4.701.395 179 418 741
São Marcos 3.311 435.345 673.729 26 360 557
Campo de Santana 9.407 1.109.213 1.354.230 52 323 394
Costeira 8.229 2.447.939 1.863.702 71 815 620
Fazenda Rio Grande 11.280 1.765.250 2.798.095 106 429 680
Tatuquara 46.105 6.265.392 9.565.599 364 372 568
Santa Felicidade 15.394 2.386.140 4.051.077 154 425 721
Campo Comprido 41.772 6.583.577 11.079.016 422 432 727
São Braz 13.384 2.198.523 3.677.935 140 450 753
Passaúna 44.742 8.413.092 14.963.190 569 515 916
Pinheirinho 21.780 3.435.987 5.453.048 207 432 686
Sabiá Araucária 9.870 1.515.708 2.271.695 86 421 631
Centro Araucária 5.347 931.392 1.639.534 62 477 840
Ceasa 12.745 3.091.122 4.907.967 187 664 1.055
Despique 9.273 1.217.680 2.035.104 77 360 601
Rio Pequeno 14.681 2.493.319 4.317.138 164 465 806
Poço São Marcos 342 41.450 63.852 2 332 512
Campina Grande Do Sul 794 109.353 152.760 6 377 527
ETA Palmital e Capivari 10.701 1.433.573 3.979.428 151 367 1.019
Almirante Tamandaré 18.590 2.601.995 5.204.124 198 383 767
Total geral 883.986 148.353.114 252.461.190 9.607 460 782
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
37
A partir da demanda atual, dos coeficientes de dia e hora de maior consumo (K1 e K2), das perdas
atuais e metas de perdas para o futuro, foram elaboradas as projeções do consumo e demanda
para os próximos 30 anos. Os critérios adotados e valores calculados para projeção de consumo e
de demanda estão mostrados na Tabela 7.
38
39
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
40
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
41
SISTEMA
EXISTENTE
CR Monte Castelo
5. SISTEMA EXISTENTE
O sistema de produção e tratamento é composto por um grande número de unidades, conforme mostra
a Figura 6.
42
O sistema de produção e tratamento atual conta com uma produção de 9.495 l/s, distribuída da
seguinte forma:
- Mananciais subterrâneos:
- Sistema Karst Colombo (Colombo e Fervidas): 155 l/s
- Sistema Almirante Tamandaré (Poços Almirante e Tranqueira): 205 l/s
- Sistema Capivari: 90 l/s
- Sistema Campina Grande do Sul (Sede): 5 l/s
- Poço Araçatuba: 7 l/s
- Sistema Poço São Marcos: 3 l/s
A seguir são apresentados os principais aspectos das unidades que compõem o sistema de
produção e tratamento do SAIC.
A Sanepar construiu três barragens no Altíssimo Iguaçu para regularização de vazão. A barragem
no Rio Iraí tem capacidade de armazenamento de 58 hm³. No Rio Piraquara, estão as outras duas,
sendo a primeira denominada Piraquara I, com capacidade de armazenamento de 22,5 hm³ e a
Piraquara II, com capacidade de 20,5 hm³.
Essas três barragens contribuem para regularizar a vazão do Rio Iraí que recebe ainda contribuição
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
das bacias incrementais dos rios Iraizinho, do Meio e mais à jusante, do Itaqui.
43
Sistema Iraí
A água vertida é conduzida por um canal em cuja extremidade de jusante estão instaladas a
Estação Elevatória de Água Bruta e a Estação de Tratamento de Água.
O processo de tratamento é do tipo completo com floculação, flotação, filtração, fluoretação
e desinfecção. A capacidade efetiva de produção atual é da ordem de 2.600 l/s. Estão sendo
realizadas obras de melhoria para que seja atingida a capacidade de 3.200 l/s.
Após tratamento, a água tratada é encaminhada aos centros de reservação Piraquara, Vila Amélia,
Jacob Macanhann e Tarumã.
Sistema Iguaçu
A vazão remanescente da captação Iraí é desviada para o canal extravasor, também conhecido
como Canal de Água Limpa. Após receber a contribuição dos rios Itaqui e Pequeno, a água do
canal passa, através de um sifão, por baixo do leito do Rio Iguaçu, sendo conduzida diretamente ao
poço de sucção da captação Iguaçu. A capacidade da elevatória de água bruta é de 1.350 l/s.
O tratamento é do tipo convencional completo com floculação, decantação, filtração, fluoretação
e desinfecção com cloro gasoso. A capacidade efetiva de produção atual é da ordem de 3.300 l/s,
sendo que com as obras em andamento a capacidade será de 3.600 l/s.
Depois de tratada, a água é encaminhada aos centros de reservação Corte Branco, Guarituba
Redondo, São José dos Pinhais Central, sendo que na transferência para os dois últimos há
distribuição em marcha.
No Rio Passaúna foi construída uma barragem para a regularização de vazão nominal de 2.000 l/s.
Esse manancial abastece a ETA Passaúna.
A captação é realizada no reservatório Passaúna, com casa de bombas localizada dentro da
própria represa. A capacidade de produção de água tratada é da ordem de 1.800 l/s devendo
alcançar 2.000 l/s, após as obras de melhorias previstas.
A ETA é do tipo convencional completa com processos de floculação, decantação, filtração,
fluoretação e desinfecção.
A água tratada é encaminhada aos centros de reservação Campo Comprido, Sabiá Araucária,
Pinheirinho, Tatuquara, Ceasa e Campo de Santana.
Sistema Despique
O Sistema Despique atende parte do município de Fazenda Rio Grande. Possui captação a fio
d’água com capacidade nominal de 150 l/s para abastecer a ETA Despique através de elevatória
de água bruta. A ETA Despique é composta por duas unidades:
- ETA 01: tipo metálica compacta, com ciclo completo;
- ETA 02: tipo convencional completa, com estruturas em concreto.
É interligado ao sistema da RMC, através do reservatório Fazenda Rio Grande.
Sistema Palmital
Aproveita como manancial o Rio Palmital. O sistema é composto de captação a fio d’água,
elevatória de água bruta e ETA do tipo compacta metálica com processo de floco-decantação com
capacidade nominal de 60 l/s. Abastece principalmente o distrito de São Dimas no município de
Colombo.
45
Sistema Capivari
Aproveitamento do Aquífero Karst através de três poços que produzem aproximadamente 95 l/s
para atendimento de parte do município de Colombo.
Poço Araçatuba
Existe um poço com vazão de cerca de 7 l/s interligado ao reservatório Araçatuba.
Jardim Nezita 1.000 Centro S. José dos Pinhais 4.000 Poço São Marcos 50
Borda do Campo
500 Campo de Santana 5.000 CR São Dimas 500
(Quatro Barras)
46
Na Figura 7 são apresentados os centros de reservação integrantes do SAIC.
O centro de reservação Corte Branco (Curitiba) é atendido por meio de três adutoras em paralelo,
sendo duas em DN 800 e uma em DN 1.100.
Também é feito recalque para o reservatório Guarituba Redondo (Piraquara) com distribuição em
marcha.
47
O reservatório São José dos Pinhais Central pode ser abastecido pelo Sistema Iguaçu, com distribuição
em marcha, no entanto a preferência de abastecimento deste centro é pelo Sistema Miringuava.
Do reservatório Corte Branco, a água é recalcada através de uma única elevatória aos reservatórios
Cajuru, Xaxim, Parolin e Portão, todos localizados em Curitiba, integrando principalmente a Região
Centro-Sul da cidade. A elevatória é composta por 8 conjuntos, sendo 2 destinados à rede de
distribuição.
O CR Xaxim também é atendido pelos sistemas Miringuava e Passaúna, via CR Tatuquara. A Figura
8 ilustra a distribuição a partir do Sistema Iguaçu.
A água tratada no Sistema Iraí é encaminhada para os centros de reservação Jacob Macanhann
(Pinhais) e Tarumã (Curitiba) através da mesma elevatória, sendo o controle de vazões feito por
válvulas na entrada dos reservatórios. Duas adutoras em paralelo DN 1.000/800 e DN 900 fazem o
transporte até o CR Tarumã e uma derivação com DN 1.000 encaminha ao CR Jacob Macanhann.
Do reservatório Tarumã a água é recalcada para o reservatório Cajuru. O reservatório Cajuru também
recebe do Corte Branco, ou seja, é integrado ao Sistema Iguaçu, o que flexibiliza a operação do
sistema integrado.
48
Do CR Cajuru partem aduções para os reservatórios Bacacheri e São Francisco (ambos em Curitiba).
A partir do São Francisco são abastecidos CR Mercês (DN 600) e CR Batel (DN 500 e DN 450, em
paralelo), ambos em Curitiba. Desta forma é feita a integração com a região central da capital.
Do reservatório Bacacheri a água é recalcada para o reservatório Santa Cândida (Curitiba), com
distribuição em marcha para o RBBC (Recalque Baixo Bacacheri). O CR Santa Cândida também pode
receber do CR Vila Guarani (Colombo), através de adutora com distribuição em marcha.
Do CR Santa Cândida a água segue por recalque para o CR Cachoeira (Almirante Tamandaré) por
adutora de DN 500 seguido de DN 400 com distribuição em marcha e passando pelo Booster
Barreirinha.
Do reservatório Jacob Macanhann a água é recalcada para o reservatório Bairro Alto (Curitiba) e
Vila Guarani.
Pelo CR Vila Guarani é feita a integração com a Região Norte, incluindo os municípios de Colombo,
Campina Grande do Sul e Quatro Barras, através dos CRs Colônia Faria, Nezita, Araçatuba e Iapar.
Estes centros foram construídos, respectivamente, nos municípios de Colombo, Campina Grande
do Sul (Nezita e Araçatuba) e Pinhais. O abastecimento do Vila Guarani para o CR Colônia Faria é
feito pelo Booster Jardim Guaraituba.
O reservatório Vila Guarani também pode receber água proveniente do Sistema Karst Colombo.
No entanto, devido à baixa produtividade do mesmo em geral não há excedente de produção para
encaminhar àquele reservatório.
A partir do Sistema Iraí também é feito recalque aos reservatórios Piraquara e Vila Amélia (Pinhais).
O reservatório Piraquara é abastecido através de adutora com DN 400, sendo que existe uma
derivação para o CR Guarituba Redondo, embora este último seja atualmente abastecido pelo
Sistema Iguaçu.
O transporte para o reservatório Vila Amélia é feito com distribuição em marcha pelas adutoras
em FD DN 400 e DN 300, e a partir deste reservatório é abastecido o RAP Alphaville (Pinhais) pela
adutora DN 200.
49
Figura 9 - Distribuição a partir do Sistema Iraí
O Sistema Passaúna recalca também para o reservatório Campo Comprido, por três adutoras
em paralelo, DN 500/600/800. Do reservatório Campo Comprido a água é recalcada para o
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
reservatório São Braz pela adutora DN 600 e deste é aduzida por gravidade para o CR Santa
Felicidade pela adutora DN 400. Estes três reservatórios estão instalados em Curitiba.
50
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC Figura 10 - Distribuição a partir do Sistema Passaúna
51
Distribuição a partir do Sistema Miringuava
A água tratada no sistema Miringuava é recalcada para os reservatórios Arujá, pela adutora DN
1200 e São Marcos por uma adutora DN 400, ambos em São José dos Pinhais.
Do CR Arujá é feita a adução por gravidade até o reservatório São José dos Pinhais Central e
reservatório Aeroporto, também em São José dos Pinhais, permitindo desta forma integração
com o Sistema Iguaçu. Inicialmente a adutora é única para os dois reservatórios, passando na
sequência para duas adutoras, nos diâmetros 400, 500 e 600 mm.
O reservatório Xaxim que normalmente é abastecido pelo Sistema Iguaçu também pode ser
abastecido pelo CR Tatuquara, pela adutora DN 700.
52
Distribuição a partir do Sistema Karst
Poços Almirante e Tranqueira, ETA Colombo e ETA Capivari.
Na cidade de Colombo, a ETA Colombo abastece o reservatório Colombo Sede, sendo este
interligado aos reservatórios Vila Guarani e Santa Cândida por gravidade, através da adutora
PRFV DN 600, com distribuição em marcha. Portanto, o reservatório Vila Guarani integra o
Sistema Karst com o Sistema Iraí e o reservatório Santa Cândida integra os sistemas Karst, Iraí e
Iguaçu.
A ETA Capivari, em conjunto com a ETA Palmital, abastece os reservatórios Nossa Senhora
das Graças, Monte Castelo e São Dimas (Colombo). Existe interligação com o SAIC através do
reservatório Nezita.
Por questões quantitativas, a produção do Karst contribui mais localmente, e embora existam
as interligações com os CRs Nezita, Cachoeira, Santa Cândida e Vila Guarani estes geralmente
operam isolados do Sistema Karst, através de válvulas.
53
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
54
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
55
EXISTENTE
DO SISTEMA
DIAGNÓSTICO
barragem piraquara II
6. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA EXISTENTE
Para elaboração deste Plano Diretor, foi realizado o diagnóstico do sistema existente, avaliando-se a
capacidade de produção, reservação e transporte. Para ilustrar o comportamento do sistema foram
criados cenários que apresentam o sistema existente e a respectiva necessidade gerada pela demanda.
Além do cenário atual, que tem como referência o ano de 2010, foram adotados mais dois outros,
relativos aos anos de 2013 e 2016. A escolha dos cenários 2013 e 2016 está vinculada à previsão de
implantação de novas obras pela Sanepar. No caso de 2013 o cenário seria a condição imediatamente
antes de as obras entrarem em operação. Já o de 2016 seria a condição pessimista, em que nenhuma
das obras previstas em 2013 estivesse efetivamente implantada, assim como as previstas para 2016.
6.1 PRODUÇÃO
O sistema produtor atual conta com uma produção total de 9.295 l/s (condição de estiagem no
Miringuava), podendo chegar a 9.495 l/s em condições normais de operação, distribuída conforme
Tabela 10.
Tabela 9 – Produção atual de água pelo SAIC
Tabela 10 - Produção atual de água pelo SAIC
Produção atual
Unidade produtora
(l/s)
ETA Iraí 2.600
ETA Iguaçu 3.300
ETA Miringuava 700 / 9001
ETA Passaúna 1.800
ETA Despique 150
ETA Pequeno 200
Palmital/Capivari 150
Poços Almirante Tamandaré e Tranqueira 205
ETA Colombo / Fervida 155
ETA Borda do Campo 20
Poço Araçatuba 7
Campina Grande Sede 5
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
56
A demanda estimada para o SAIC até o ano de 2016 é apresentada na Tabela 11, onde é feita
também a comparação com a produção atual.
Tabela 11 - Produção atual x demanda
Demanda
População Economias IPL Produção
Ano Atual
(hab) Domiciliares (l/ligação/dia)
Média Máx. Dia (l/s)
(l/s) (l/s)
2010 2.819.813 896.807 407,2 8.112 9.734 9.295
2011 2.856.334 908.212 403,3 8.176 9.811 9.295
2012 2.895.642 920.501 399,4 8.246 9.895 9.295
2013 2.939.506 934.238 395 8.319 9.982 9.295
2014 2.975.321 945.416 391,8 8.392 10.071 9.295
2015 3.015.681 958.039 387,1 8.464 10.157 9.295
2016 3.055.216 970.399 382,5 8.513 10.215 9.295
• Comparando-se a produção atual com a demanda máxima/dia esperada para 2010 verifica-se
que a produção atual não é suficiente para tanto. A produção atual de 9.295 l/s menos a demanda
máxima/dia de 9.734 l/s resulta em um déficit de 440 l/s;
• O cenário de 2013 apresenta um déficit de produção de 687 l/s. Esta situação poderá ocorrer
imediatamente antes de as obras previstas para este ano estarem implantadas;
• O déficit estimado para o cenário de 2016 é de 920 l/s. Neste caso considera-se que nem as
obras de 2013 nem de 2016 estejam implantadas.
Embora o SAIC seja um sistema integrado, com diversas unidades produtoras, existe a
possibilidade de se avaliar incorretamente o balanço produção versus demanda se forem
observados apenas os valores globais. É relevante considerar que mesmo que uma das unidades
produtoras esteja com folga de produção, a água “excedente” só poderá ser encaminhada a outro
centro de consumo se o sistema de transporte (adutoras e elevatórias) estiver preparado para isso
e se houver capacidade de transporte e armazenamento suficiente.
Sendo assim, para esta análise foram consideradas: a distribuição espacial da demanda, o
atendimento preferencial em função de distância e/ou desníveis e a capacidade de transporte.
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
Ressalta-se que o objetivo é a análise das unidades existentes sem ampliação. Entretanto,
considera-se conveniente citar as ampliações previstas para 2013, as quais são:
- ETA Iraí: atualmente com 2.600 l/s deverá chegar a 3.200 l/s;
- ETA Iguaçu: atualmente com 3.300 l/s deverá chegar a 3.600 l/s;
- ETA Passaúna: atualmente com 1.800 l/s deverá chegar a 2.000 l/s;
- ETA Colombo/Fervidas: atualmente com 155 l/s deverá chegar a 212 l/s
Produção
Demanda estimada
atual
Unidade produtora (l/s) 2010 2013 2016
(l/s) (l/s) (l/s)
ETA Iraí 2.600 2.764 2.880 3.087
ETA Iguaçu 3.300 3.291 3.273 3.149
ETA Miringuava 700 716 797 865
ETA Passaúna 1.800 2.002 2.173 2.251
ETA Despique 150 130 147 150
ETA Pequeno 200 164 172 180
Palmital/Capivari 150 151 145 142
Poços Almirante Tamandaré e Tranqueira 205 198 197 198
ETA Colombo / Fervida 155 161 166 167
ETA Borda do Campo 20 20 20 20
Poço Araçatuba 1 7 0 0 0
Campina Grande Sede 5 6 6 7
Poço São Marcos 3 2 3 3
Total 9.295 9.607 9.982 10.215
sua capacidade.
6.2 Reservação
58
Na Tabela 13 são apresentadas as demandas máximas diárias, os volumes de reservação
necessários e existentes, por Centro de Reservação.
Tabela 13 - Reservação existente x reservação necessária
1. Existem dois centros de reservação no SAIC denominados Borda do Campo. Este se refere ao CR localizado em Quatro Barras.
2. Esta reservação inclui o CR Rio Pequeno e o CR Borda do Campo de São José dos Pinhais.
3. Para 2010, os valores de macromedição são de todos os CRs componentes do sistema. Para 2013 e 2016 foram estimados independentes.
4. Composto pelos reservatórios Tanguá, Morro do Amor, Paraíso, Recanto dos Papagaios, ETA Central, Monte Santo, Tranqueira.
59
As informações apresentadas na Tabela 13 indicam que:
• Em relação a reservação total geral, a diferença da existente para a necessária é de 100.980 m³
em 2010 e de 83.446 m³ em 2016, indicando uma aparente folga. No entanto, ao analisar cada
centro isoladamente observa-se que muitos estão deficitários;
• O déficit de reservação apresentado para as áreas de expansão apenas indica uma necessidade
futura que poderá ser incluída em centros existentes ou novos. São, portanto, apenas
constatações, sendo que as medidas efetivas deverão ser estudadas se for confirmada a ocupação
destas áreas.
60
6.3 Transporte
61
6.4 Resumo do Diagnóstico do Sistema Existente
A produção apresenta déficit global de 440 l/s no cenário de 2010, 687 l/s em 2013 e 920 l/s em
2016. Embora já existam obras programadas no cenário de 2013, sabe-se que as consequências
dos déficits observados poderão ocorrer imediatamente antes das obras entrarem efetivamente
em operação.
Quanto à reservação, o balanço global demonstra que há sobra. No entanto, em alguns centros de
reservação a capacidade de armazenamento está aquém do volume necessário. Os reservatórios
que integram o SAIC, e que apresentam déficit, são: Portão, Vila Guarani, Colombo Sede, Iapar,
Borda do Campo, Piraquara, Cajuru, Bacacheri, São Marcos, Santa Felicidade, Campo Comprido,
Pinheirinho, Centro Araucária, Poço São Marcos, Campina Grande do Sul, ETA Capivari, Monte
Castelo, São Dimas e Nossa Senhora das Graças (Palmital).
62
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC Figura 15 - Deficiências no sistema de produção, reservação e transporte - cenário 2010
63
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC Figura 16 - Deficiências no sistema de produção, reservação e transporte - cenário 2013
64
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC Figura 17 - Deficiências no sistema de produção, reservação e transporte - cenário 2016
65
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
66
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
67
ATUAIS E
FUTUROS
MANANCIAIS
Barragem Piraquara II
7. MANANCIAIS ATUAIS E FUTUROS
I - Bacia do Ribeira
barragens.
b) Bacia do Rio do Poço
Manancial com boa qualidade, um pouco afastado dos centros de consumo, com urbanização em
estágio inicial. Boa alternativa para longo prazo. Uso futuro.
c) Bacia dos rios Peripau, Stinglin, Calixto, Corisco, Claro e Estiva
Importantes para o abastecimento do município da Lapa, inclusive seus distritos.
d) Bacia do Arroio dos Biazes
Importante para o abastecimento de Balsa Nova.
68
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC Figura 18 - Áreas de mananciais estabelecidas pelo Decreto nº 3411/2008
69
III - Bacia do Alto Iguaçu
utilizada atualmente para geração de energia, está alocada como opção futura.
V- Aquífero Karst
Possui potencial elevado (5,1 m³/s), capaz de abastecer localmente sete municípios: Almirante
Tamandaré, Bocaiúva do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Itaperuçu, e Rio Branco do
Sul. Como o terreno é geologicamente frágil há necessidade de estrito controle do uso.
70
7.2 Mananciais Estudados
No Plano Diretor do SAIC de 1975, e nas revisões subsequentes, foi estimado um crescimento de
demanda que não se confirmou, ficando muito aquém das previsões. Os mananciais estudados
e incluídos para atender a demanda do SAIC previam sistemas produtores com capacidades que
hoje não se justificam para as condições atuais e futuras no horizonte de 30 anos.
Os seguintes mananciais foram estudados para possível aproveitamento dentro do horizonte deste
estudo:
- Bacia do Rio Capivari;
- Bacia do Médio Iguaçu:
- Bacia do Rio da Várzea;
- Bacias do Alto Iguaçu:
- Bacia do Rio Passaúna;
- Bacia do Rio Faxinal;
- Bacia do Rio Maurício;
- Bacia do Rio Cotia;
- Bacia do Rio Despique;
- Bacias do Altíssimo Iguaçu:
- Bacias dos rios Iraí, Piraquara, Pequeno, Itaqui e Bacias Incrementais (incluindo a bacia do Rio Palmital);
- Bacia do Rio Miringuava;
- Bacia do Rio Barigui;
- Aquífero Karst.
O Decreto nº 3411 estabelece como manancial de interesse para abastecimento público para a
Região Metropolitana de Curitiba, a bacia à montante da barragem da represa Capivari-Cachoeira,
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
situada nas coordenadas UTM 7.218.057 N e 714.334 E, com área da bacia hidrográfica de
aproximadamente 1.118 km2 e vazão regularizada de 17 m3/s. Atualmente está sendo aproveitada
pela Copel para a geração de energia elétrica.
A alternativa mais viável para aproveitamento do Rio Capivari para abastecimento público é a
utilização da vazão mínima de 793 l/s, embora com necessidade de indenização à Copel, na razão
de 1,0 kWh para cada 0,62 m3 de água retirada. Essa alternativa foi considerada para aumentar a
disponibilidade hídrica do manancial Altíssimo Iguaçu.
71
Foi incluída uma alternativa semelhante, para outro ponto de captação, mais à jusante,
coordenadas UTM 7.200.000 N e 730.500 S, com bacia hidrográfica de 425 km2 com vazão mínima
de 3.744 l/s e vazão aproveitável de 1.872 l/s. Como na alternativa anterior, foi considerada para
aumentar, se necessário, a disponibilidade hídrica do manancial Altíssimo Iguaçu.
Outra alternativa estudada foi a da utilização do manancial com captação mais à montante com
bacia hidrográfica de aproximadamente 140 km2, situado nas coordenadas UTM 7.200.400 N
e 687.000 E, com vazão mínima Q95% de 1.233 l/s e aproveitável de 616 l/s. Nesta alternativa
foi incluída a bacia à jusante da barragem do Capivari-Cachoeira com bacia de 138 km2, com
vazão mínima de 1.215 l/s, visando a devolução da água retirada à montante, evitando o ônus de
indenização.
O ponto estudado situa-se nas coordenadas UTM 7.136.200 N e 678.150 S, resultando em bacia
hidrográfica de 256 km2 (bacia denominada de Alto Várzea).
A vazão específica mínima Q95% para a bacia, estimada pela Sanepar em 2005, conforme
relatório elaborado pela Unidade de Serviços de Recursos Hídricos (USHI), é de 5,02 l/s/ km2,
resultando em vazão mínima no ponto de captação de 1.285 l/s e vazão aproveitável de 642 l/s nas
épocas de estiagem. Nas proximidades deste ponto está prevista, no Plano Diretor, a construção
de barragem de regularização de vazão com reservatório de 75,60 hm3, capaz de regularizar
uma vazão de 3,30 m3/s. No futuro, além do horizonte deste estudo, essa capacidade deve ser
reavaliada de acordo com a necessidade da época.
A alternativa estudada consiste na transposição para Rio Maurício ou Despique, com captação a
fio d’água.
utilização pelo Sistema Passaúna e deverá continuar assim por tempo indeterminado.
72
c) Bacia do Rio Maurício
O Rio Maurício com bacia hidrográfica de 42 km2 e barragem com reservatório de 16 hm3,
regulariza uma vazão de 0,59 m3/s. O eixo da barragem está situado nas coordenadas UTM
7.153.250 N e 669.750 S. Este manancial está incluído como alternativa para a ampliação do
sistema produtor do SAIC, isoladamente, com a construção de barragem de regularização de
vazão ou em conjunto com o Rio da Várzea sem as barragens.
A região é propícia para a expansão urbana e a presença da montadora Audi exerce forte
influência para o seu desenvolvimento. Esta condição, aliada à tendência de crescimento
verificada nas últimas décadas para a Região Sul da RMC, e ainda considerando as diversas
restrições existentes para ocupações nas regiões Norte, Leste e Oeste de Curitiba, tais como
áreas de mananciais, topografia e disponibilidade de vazios urbanos existentes, fizeram com que
este manancial não fosse incluído nas alternativas deste estudo. Considerou-se que o Rio Cotia
continuará sendo utilizado para o Sistema Cotia.
Este manancial está incluído como alternativa para a ampliação do sistema produtor do SAIC,
isoladamente, com construção de barragem de regularização de vazão ou em conjunto com o Rio
da Várzea, sem as barragens.
Bacias dos rios Iraí, Piraquara, Pequeno, Itaqui e bacias incrementais (incluindo a bacia do Rio
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
Palmital);
a) Rio Iraí
Com bacia hidrográfica de 113 km3 e barragem com reservatório de volume útil de 51,30 hm3,
regulariza uma vazão de 1.520 l/s.
73
b) Rio Piraquara
Possui duas barragens de regularização de vazão:
- Piraquara I - com bacia hidrográfica de 27 km2 e reservatório de volume útil de 22,50 hm3,
regulariza uma vazão de 600 l/s;
- Piraquara II - com bacia hidrográfica de 58 km2 com reservatório de volume útil de 20,30 hm3,
regulariza uma vazão de 1.140 l/s.
c) Rio Palmital
O Rio Palmital está sendo explorado na sua cabeceira, possuindo uma bacia hidrográfica de 30 km2 no
ponto de captação. É considerado também como rio que contribui para parte da vazão ecológica
necessária do Altíssimo Iguaçu, sendo que à jusante da captação apresenta bacia hidrográfica de
aproximadamente 62 km2.
Neste rio está prevista a construção de uma barragem de regularização nas coordenadas UTM
7.162.690 N e 693.530 S. Apresenta bacia hidrográfica protegida e preservada que mede, à
montante do barramento, 66 km2 cujo reservatório terá a capacidade para armazenar 34,3 hm3
e regularizar 1.420 l/s. Até o ponto de captação mais à jusante, possui uma bacia incremental de
aproximadamente 45 km2, obtendo-se vazão total regularizada de 2.000 l/s.
74
O sistema produtor correspondente já está em operação com capacidade implantada de 2.000 l/s.
Atualmente opera com uma vazão média de 900 l/s, caindo para até 500 l/s em épocas de
estiagem, já que conta apenas com barragem de nível. A construção da barragem de regularização
de vazão já está programada e será concluída até o ano 2016. Neste estudo foi considerado o
início de operação em 2017.
O aproveitamento deste manancial se resume à sua cabeceira, cujo ponto de captação está
situado no município de Almirante Tamandaré, nas coordenadas UTM 7.200.100 N e 672.230 S.
Está projetado um sistema que inclui a ETA Barigui, com capacidade para 160 l/s, para atender a
demanda do município de Almirante Tamandaré.
Aquífero Karst
O Aquífero Karst está sendo explorado pelo sistema que atende Almirante Tamandaré, Colombo,
Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Campo Magro. A Unidade de Serviço Hidrogeologia (USHG)
pesquisou este aquífero e elaborou o mapa dos compartimentos em exploração e o potencial para
incremento da produção de água, determinando a potencialidade de cada área. O resultado está
apresentado no mapa cartográfico − Figura 19 - com a localização e delimitação de todas as áreas
pesquisadas.
75
A vazão atualmente explorada soma 581,74 l/s e o potencial de incremento é de 1.634,21 l/s, para
o atendimento de Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Campo Magro, Bocaiúva do
Sul, que basicamente são sistemas independentes, além do município de Colombo que integra o
SAIC. A seguir estão descritos todos os compartimentos cadastrados.
Almirante Tamandaré
Área Tranqueira - com compartimento cadastrado de 19,587 km2, em exploração para o
atendimento de Almirante Tamandaré, através de 7 poços com vazão total de 112 l/s. Possui
potencial de incremento de 62,32 l/s, totalizando 174,32 l/s. Esta área está destinada ao
abastecimento de Almirante Tamandaré;
Área Almirante Tamandaré - com compartimento cadastrado de 0,347 km2, em exploração para
o atendimento de Almirante Tamandaré, através de 4 poços com vazão total de 50 l/s. Não possui
potencial de incremento;
Área Haras - com compartimento cadastrado de 1,196 km2, sem exploração, e potencial de 50 l/s.
Pela proximidade com a área urbana de Almirante Tamandaré esta área será reservada para o
respectivo sistema.
Área Morro Azul - com compartimento cadastrado de 16,614 km2, sem exploração e potencial
de 146,86 l/s. Esta área está muito distante dos centros de consumo e o seu aproveitamento foi
postergado para além do horizonte de estudo.
Área Marmeleiro - com compartimento cadastrado de 8,133 km2, sem exploração e potencial de
72,38 l/s. Esta área também foi postergada para além do horizonte de estudo, devido à distância
ao centro de consumo, porém menos distante que a área do Morro Azul;
Área Botiatuba - com compartimento cadastrado de 6,361 km2, sem exploração e potencial de
56,61 l/s. Esta área localiza-se próxima da área urbana de Almirante Tamandaré. Se necessário,
será incluída como alternativa de manancial;
Colombo
Área Colombo - com compartimento cadastrado de 6,157 km2, em exploração para o
atendimento de Colombo, através de 4 poços com vazão total de 60,00 /s, sem potencial de
incremento;
Área Fervidas - com compartimento cadastrado de 17,058 km2, em exploração para o
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
atendimento de Colombo, através de 4 poços com vazão total de 95 l/s e potencial de acréscimo
de 56,82 l/s, totalizando 151,82 l/s. Poderá ser utilizado para complementar a produção do Sistema
Karst Colombo.
76
Bocaiúva do Sul
Área Santa Rita - com compartimento cadastrado de 7,713 km2, sem exploração e potencial de
68,64 l/s. Devido ao potencial relativamente pequeno aliado à distância necessária de adução, não
foi contemplada como alternativa de manancial. Futuramente, se a demanda do SAIC requerer,
poderá ser adicionada ao Sistema Capivari.
Área Bocaiúva do Sul - com compartimento cadastrado de 4,71 km2, em exploração para
o atendimento de Bocaiúva do Sul, através de 1 poço com vazão de 20,00 l/s e potencial de
incremento de 41,92 l/s. Foi reservada para o abastecimento de Bocaiúva do Sul.
Estas duas áreas foram reservadas para o abastecimento de Rio Branco do Sul.
Itaperuçu
Área Itaperuçu - com compartimento cadastrado de 12,019 km2, em exploração para o
atendimento de Itaperuçu, através de 4 poços com vazão total de 75 l/s e potencial de incremento
de 31,97 l/s, totalizando 106,97 l/s. Está reservada para o abastecimento de Itaperuçu.
Campo Magro
Área Campo Magro - com compartimento cadastrado de 23,237 km2, em exploração para o
atendimento de Campo Magro, através de 3 poços e de uma mina com vazão total de 32,22 l/s e
potencial de incremento de 174,59 l/s, totalizando 206,81 l/s. É alternativa para suprir a expansão
do próprio município que se desenvolve em direção a Curitiba, bem como integrar ao SAIC,
atendendo a região de Santa Felicidade.
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
77
Figura 20 - Alternativas de estudo de mananciais - mapa geral
78
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
79
7.3.1 Descrição das alternativas
O incremento de vazão proveniente do Aquífero Karst destinado à ampliação do SAIC soma 431,41 l/s
com a utilização das seguintes áreas:
O aumento de produção seria destinado para o atendimento da Região Norte do SAIC envolvendo
os municípios de Colombo e Campina Grande do Sul, atendendo principalmente as seguintes
unidades:
• Reservatório Nossa Senhora das Graças;
• Reservatório São Dimas;
• Reservatório Monte Castelo;
• Reservatório Embrapa;
• Parte da rede de distribuição do CR Guarani;
• Reservatório Colônia Faria ou Jardim Nezita.
Devido seu posicionamento geográfico, esta alternativa será combinada com a alternativa II,
apresentada na sequência.
c) Área Haras
Tem potencial de 50 l/s. Pela proximidade com a área urbana de Almirante Tamandaré será
utilizada, se necessário, para o respectivo sistema.
Campo Magro
Com potencial de incremento de 174,59 l/s, é alternativa para suprir a expansão do próprio
município que se desenvolve em direção a Curitiba, bem como integrar ao SAIC, atendendo a
região de Santa Felicidade. Pode ser visualizada na Figura 21.
80
Figura 21 - Aquífero Karst - Área Campo Magro
81
A captação seria realizada nas imediações dos poços existentes (coordenadas UTM 7.194.200 N e
687.700 S), aduzindo água bruta até uma estação de tratamento a ser localizada nas proximidades
da captação para juntar a produção dos poços Karst. A água tratada (captada do Rio Capivari
+ poços Karst) seria recalcada até o divisor de bacia do Capivari e Alto Iguaçu onde haveria um
centro de reservação, do qual seria encaminhada por recalque ou por gravidade para os seguintes
pontos:
• CR Colombo Sede, permitindo aproveitamento da capacidade ociosa do Sistema Karst;
• Reservatório Nossa Senhora das Graças (sistema Palmital);
• Reservatório São Dimas;
• Reservatório Embrapa;
• Parte da rede de distribuição do CR Guarani;
• Reservatório Colônia Faria ou Jardim Nezita;
• Opcionalmente Almirante Tamandaré.
No ponto de captação, o Rio Capivari possui uma bacia hidrográfica de aproximadamente 140 km2,
podendo-se explorar a vazão mínima de aproximadamente 600 l/s.
Para que não haja prejuízo na geração de energia na Usina Parigot de Souza são necessários
reforços de mananciais:
• Captar à jusante da Barragem Capivari-Cachoeira e aduzir até o reservatório da barragem,
devolvendo o volume retirado, conforme Figura 23. O ponto de captação possui bacia hidrográfica
de aproximadamente 138 km2 (à jusante da barragem do Capivari-Cachoeira), podendo-se esperar
a vazão mínima de exploração de aproximadamente 600 l/s. O desnível geométrico a vencer é de
aproximadamente 110 m e a extensão da linha de adução é de aproximadamente 8,5 km. Como
alternativa, pode-se optar por ressarcir para a Copel o volume captado na proporção 1 kWh para
cada 0,62 m3.
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
82
Figura 23 - Captação reforço Rio Capivari - devolução à Copel
A capacidade total prevista deste sistema é de 600 l/s que somada à produção do Karst (247,00 l/s,
com acréscimo de 150 l/s em relação a produção atual), somariam 847 l/s, podendo ser implantada
em etapas distintas.
Alternativa III - Aumento da Produção das ETAs Iraí, Passaúna, Iguaçu e Barigui
O aumento da capacidade de produção da ETA Iraí deverá ser de 600 l/s, passando de 2.600 l/s
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
Para a ETA Passaúna há investimentos previstos para aumento dos atuais 1.800 l/s para 2.000 l/s.
A ETA Iguaçu, atualmente com produção de 3.300 l/s, passará a produzir 3.600 l/s.
No decorrer do estudo, o Instituto das Águas do Paraná, através das Portarias nº 272/2012-DPCA e
nº 344/2012-DPCA, concedeu outorga para o conjunto das bacias do Altíssimo Iguaçu, no total de
7.000 l/s, sem a construção da barragem do Pequeno.
No Rio Despique seria aproveitada e ampliada a captação existente e, no Rio Maurício, seria
construída nova captação.
• Ponto 13 B
Situado nas coordenadas UTM 7.140.350 N e 679.450 S, com bacia hidrográfica à montante de
214,83 km2, resultando em vazão explorável de 539 l/s.
• Ponto 13 C
Situado nas coordenadas UTM 7.136.250 N e 678.050 S, com bacia hidrográfica à montante de
256,61 km2, resultando em vazão explorável de 644,00 l/s.
Subalternativa A
Captação a fio d’água no ponto 13 B do Rio da Várzea e transposição para a bacia do Rio
Despique, conforme se apresenta na Figura 25.
O Rio Despique, no ponto de captação, possui bacia hidrográfica de 58,54 km2. Considerando a
vazão específica Q95% = 5,02 l/s/km2, obtém-se vazão explorável de 147 l/s, que somada à do Rio
da Várzea obtém-se 686 l/s. Como já existe ETA em operação com vazão de 150 l/s, o acréscimo
seria de 536 l/s.
85
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC Figura 25 - Rio Despique com transposição do Rio da Várzea
86
Figura 26 - Rio Maurício com transposição do Rio da Várzea Subalternativa B
Alternativa VIII -
Rio Despique com
Construção de Barragem
A barragem do Rio
Despique forma
reservatório com volume
útil de 16 hm3, em bacia
hidrográfica de 35,66 km2,
com vazão regularizada
de 590 l/s, que acrescida
de bacia incremental com
área de 22,88 km2, resulta
em vazão incremental
estimada de 155 l/s (22,88
km2 x 16,90 l/s/km2 x 0,40),
totalizando 745 l/s. A vazão
ecológica foi estimada
para bacia de 58,54 km2 e
vazão Q(10,7) de 2,75 l/s/
km2, resultando em 81 l/s.
A vazão explorável será de
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
87
A barragem deverá ter crista com aproximadamente 750 m, altura máxima de 17 m, volume do
maciço estimado de 450.000 m3 e área alagada estimada de 5 km2.
88
Alternativa IX - Rio Maurício com Construção de Barragem
A barragem do Rio Maurício forma reservatório com volume útil de 16 hm3, em bacia hidrográfica
de 42,25 km2, com vazão regularizada de 590 l/s, sem bacia incremental. A vazão ecológica foi
estimada em 58 l/s para bacia de 42,25 km2, com vazão específica Q(10,7) de 2,75 l/s/km2. A vazão
explorável será de 532 l/s.
A barragem deverá ter crista com extensão aproximada de 490 m, altura máxima de 19 m, volume
do maciço de 280.000 m3 e área alagada estimada de 5 km2.
89
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC Figura 28 - Rio Maurício com barragem
90
Alternativa X - Rio Faxinal com Construção de Barragem
A barragem do Rio Faxinal forma reservatório com volume útil de 30,50 hm3 e regulariza a vazão
de 1.020 l/s, sem bacia incremental. A vazão ecológica foi estimada em 91 l/s para bacia de 67,27
km2 com vazão específica Q(10,7) de 2,69 l/s/km2. A vazão explorável será de 929 l/s.
A barragem deverá ter comprimento de crista de aproximadamente 610 m, altura máxima de 17,5
m, volume do maciço de 472.000 m3 e área alagada de 6,2 km2.
91
7.3.2 Resumo da Disponibilidade Hídrica para Ampliação do SAIC no Horizonte de 30 Anos
Vazão de Vazão
Manancial exploração acumulada
(l/s) (l/s)
Composição básica
Karst Colombo e Fervida 56,82 56,82
Composição 1
Rio da Várzea e Despique 536 4.196,41
Composição 2
Rio da Várzea e Maurício 751 4.411,41
Composição 3
Barragem do Despique 514 4.174,41
Composição 4
Barragem do Maurício 532 4.192,41
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
Nota: A disponibilidade hídrica mostrada nesta tabela poderá ser aumentada mediante composição das
alternativas de utilização conjunta dos rios da Várzea, Despique e Maurício. Por exemplo, com a utilização do
Rio da Várzea em conjunto com a barragem do Despique e barragem do Maurício, obtém-se disponibilidade
total de 5.350,41 l/s (3.660,41 + 644 + 514 + 532).
92
Tabela 15 - Resumo dos custos das alternativas
Investimento em
Incremento
Alternativa infraestrutura Observações
(l/s) (R$)
I a – Karst – Colombo e
56,82 1.000.000,00 Investimentos programados pela Sanepar para 2013
Fervidas
I b – Karst – Várzea do
150 5.972.500,00
Capivari (produção)
Estas alternativas compartilham o custo de adutora,
elevatória e reservatório.
II – Rio Capivari (produção) 600 23.100.000,00
III - ETA Passaúna 200 1.883.496,00 Investimentos já programados pela Sanepar para 2013
V – Barragem e ETA
1.100 87.800.000,00 Investimentos já programados pela Sanepar para 2016
Miringuava
93
7.3.4 Produção futura x demanda
Conforme apresentado anteriormente, foi estimado um déficit de produção de 1.256 l/s em 2040.
As alternativas de curto prazo já foram consideradas e cabe a indicação de outras alternativas
para suprir a demanda.
Esta alternativa, devido ao seu posicionamento, é indicada para o uso em Almirante Tamandaré.
No entanto, a demanda prevista para este sistema é de 252 l/s. Considerando a capacidade
atual de 205 l/s acrescidos da capacidade prevista para a ETA Barigui de 160 l/s haverá sobra de
produção.
Assim, esta alternativa está sendo considerada para além do horizonte deste estudo.
Deve se considerar ainda que, em geral, a produção por manancial subterrâneo é economicamente
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
mais viável do que manancial superficial. Portanto, sugere-se que a implantação desta alternativa
seja feita o mais rápido possível. Em função dos prazos para projetos e obras necessários, esta
alternativa será considerada para o ano de 2016. Embora esta obra não estivesse na programação
da Sanepar, foi considerada exequível neste prazo.
600 e 750 l/s em 2030 e 2040, respectivamente, com menores custos de recalque e aliviando os
sistemas existentes.
95
Tabela 16 - Custo comparativo entre alternativas
Investimento em Custo por litro
Alternativa Incremento infraestrutura produzido
(l/s) (R$) (R$/L)
VII a – Rio da Várzea e
536 77.094.200,00 143.832,00
Despique
VII b – Rio da Várzea e
751 116.729.700,00 155.432,00
Maurício
VIII – Despique com
514 87.307.200,00 169.858,00
barragem
IX – Maurício com
532 91.042.700,00 171.133,00
barragem
X – Faxinal com barragem 929 111.821.400,00 120.367,00
Alternativa selecionada
A alternativa X - Faxinal com barragem é a que apresenta mais vantagens, tanto técnica quanto
econômica. Será considerada sua implantação em 2030, pois agregará economia ao sistema ao
diminuir os recalques do Passaúna e do Miringuava. As demais alternativas poderão ser utilizadas
em longo prazo, além do horizonte deste estudo. A Tabela 17 apresenta a demanda estudada
frente à nova produção, considerando os incrementos apresentados.
Demanda
População Economias IPL Produção Incremento
Ano
(hab) Domiciliares (l/ligação/dia) Média Máx. Dia (l/s) (l/s)
(l/s) (l/s)
2010 2.819.813 896.807 407,2 8.112 9.734 9.295 0
2011 2.856.334 908.212 403,3 8.176 9.811 9.295 0
2012 2.895.642 920.501 399,4 8.246 9.895 9.295 0
2013 2.939.506 934.238 395 8.319 9.982 9.295 1.157
2014 2.975.321 945.416 391,8 8.392 10.071 10.452 0
2015 3.015.681 958.039 387,1 8.464 10.157 10.452 0
2016 3.055.216 970.399 382,5 8.513 10.215 10.452 1.634,59
2017 3.097.410 983.604 379,6 8.608 10.329 12.086 0
2018 3.138.764 996.543 375,9 8.680 10.416 12.086 0
2019 3.180.436 1.009.583 372,3 8.753 10.504 12.086 0
2020 3.226.029 1.023.868 365,9 8.792 10.551 12.086 150
2021 3.264.702 1.035.958 367,3 8.928 10.714 12.236 0
2022 3.307.280 1.049.290 366,9 9.035 10.842 12.236 0
2023 3.350.144 1.062.713 366,6 9.142 10.971 12.236 0
2024 3.393.284 1.076.226 366,3 9.251 11.101 12.236 0
2025 3.436.694 1.089.827 364 9.308 11.169 12.236 600
2026 3.480.363 1.103.513 365,7 9.469 11.363 12.836 0
2027 3.524.283 1.117.281 365,4 9.579 11.495 12.836 0
2028 3.568.444 1.131.129 365,1 9.690 11.628 12.836 0
2029 3.612.838 1.145.054 364,8 9.801 11.762 12.836 0
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
96
97
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
98
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
99
MACRO-
DISTRIBUIÇÃO
CR Arujá
8. MAcrodistribuição
8.1 Conceituação
d) Flexibilização operacional
Conceber um sistema de transporte de água tratada que possa flexibilizar a operação, objetivando
suprir eventual acréscimo de demanda que não foi previsto, bem como atender eventuais defeitos
no sistema, de forma que seja possível redirecionar as vazões e evitar que ocorra sobrecarga num
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
e) Prioridades
As obras indicadas foram divididas em sete níveis de prioridade de implantação, desde imediata
até além do horizonte do estudo. O ano de referência indicado foi estipulado em função das
demandas calculadas e distribuídas espacialmente no SAIC.
100
Destacam-se algumas obras dentro das prioridades indicadas:
Prioridade Imediata
Obra em andamento ou programada em curto prazo, com implantação considerada entre 2013
e 2016. Visa sanar as deficiências mais críticas e urgentes do sistema, como as observadas na
Região Norte devido à baixa produtividade do Karst e na Região Sul em função da variação da
vazão do manancial Miringuava. A Figura 30 ilustra onde ocorrem sobrecargas devido às baixas
produtividades.
Figura 30 - Sobrecarga ocasionada pela baixa produtividade Karst e Miringuava
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
101
Prioridade 1: a implantar até 2016. Destacam-se nesta prioridade a obra já prevista da barragem
do Miringuava, a criação de novos centros de reservação, a implantação do sistema Karst Campo
Magro e a construção da ETA Barigui.
Prioridade 3: a implantar até 2025. Consiste na implantação da ETA Capivari com captação
superficial e interligação do Sistema Capivari ao Sistema Colombo e Fervidas. Ressalta-se o
estudo necessário visando definir a devolução ou indenização à Copel, uma vez que o manancial a
ser utilizado é à montante da Usina Parigot de Souza.
Prioridade 4: a implantar até 2030. O principal destaque desta etapa é a implantação do Sistema
Faxinal com barragem, captação superficial e integração da água tratada ao SAIC.
Prioridade 5: a implantar até 2040. A previsão é de que até 2030 todas as obras de aumento de
produção e transporte tenham sido executadas e atendam até 2040. A reservação necessária foi
sendo distribuída ao longo dos anos e para a Prioridade 5 as obras são apenas de ampliação do
restante da reservação.
Prioridade 6: implantação para além do horizonte de estudo. As obras indicadas como prioridade
6 têm construção prevista posterior ao horizonte do estudo, pois a demanda calculada não indicou
a necessidade de sua implantação até o ano de 2040. O principal motivo de indicá-las no estudo é
a reserva de área para futuras ampliações.
Cada solução apontada para o sistema distribuidor está relacionada ao sistema produtor, cuja
priorização da implantação foi definida em função das deficiências localizadas nos diversos centros
de consumo. As obras programadas em curto prazo são:
• Aumento de produção da ETA Iraí em 600 l/s (2013) totalizando 3.200 l/s solucionando as
unidades deficitárias da Região Norte do SAIC;
• Aumento de produção da ETA Iguaçu para 3.600 l/s (2013), cujo acréscimo de 300 l/s já
considera o recalque de água tratada até o CR Corte Branco. Esse aumento será destinado para
aumentar a vazão de alimentação do CR Tatuquara, via CR Xaxim, e a sobra encaminhada para o
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
CR Cajuru;
• Construção da barragem do Miringuava (2016) com devidas melhorias no sistema
correspondente com produção total prevista de 2.000 l/s. O acréscimo de produção de 1.100 l/s
será destinado principalmente para o CR Tatuquara e Região Sul do SAIC;
• Aumento de produção da ETA Passaúna em 200 l/s (2013) totalizando 2.000 l/s, para
atendimento prioritário para a Região Oeste;
• Construção da ETA Barigui, com vazão de 160 l/s, visando o atendimento de parte de Almirante
Tamandaré;
• Aumento de produção da ETA Colombo dos atuais 155 l/s para 212 l/s (2013).
102
Outras obras previstas para aumento de capacidade do sistema produtor em médio e longo prazo são:
• Implantação do Sistema Karst - Campo Magro: destinado a abastecer a Região Noroeste
do SAIC (Santa Felicidade e arredores), com vazão estimada de 175 l/s. A previsão de início de
operação deste sistema é no final de 2016;
• Implantação do Sistema Karst Várzea do Capivari e Rio Capivari: destinada a abastecer a Região
Nordeste do SAIC. Atualmente a ETA Capivari opera com vazão de 90 l/s. Com a implantação
do novo sistema haverá um acréscimo de 750 l/s. A parcela relativa ao Karst consiste em 150
l/s e deverá operar a partir de 2020. O restante, 600 l/s, será proveniente do Rio Capivari, a ser
implantado até 2025;
• Implantação do Sistema Faxinal: destinado a abastecer a Região Sudoeste do SAIC, com vazão
estimada de 929 l/s, com previsão para o ano de 2030.
8.3 Metodologia
Para a definição dos itens relacionados anteriormente, foram avaliados concomitantemente todos
os fatores intervenientes. No entanto, dois elementos foram considerados como principais para
definição do sistema distribuidor:
• Sistema Karst Campo Magro: CR Santa Felicidade, ou seja, Região Noroeste do SAIC;
• Sistema Palmital: CR Nossa Senhora das Graças;
• Sistema Karst Várzea do Capivari e Rio Capivari: CR São Dimas, CR Nossa Senhora das Graças,
CR Colônia Faria****** e sobra para CR Colombo Sede, ou seja, Região Nordeste do SAIC;
* A partir do Colônia Faria são abastecidos os CRs Nezita, Iapar, Jardim Araçatuba e a distribuição de Borda do Campo.
** A partir do Cajuru são abastecidos os CRs São Francisco, Batel, Mercês, Bacacheri, Santa Cândida e Cachoeira.
*** Idem nota anterior.
**** Existem dois centros de reservação no SAIC denominados Borda do Campo. Este se refere ao CR localizado em São José dos Pinhais;
***** Localizado em Quatro Barras.
****** A partir do Colônia Faria são abastecidos os CRs Nezita, Iapar, Jardim Araçatuba e a distribuição de Borda do Campo.
103
• Sistema Poços Almirante e Tranqueira: Atendimento de Almirante Tamandaré;
• Sistema ETA Barigui: Atendimento de Almirante Tamandaré;
• Sistema Faxinal: CR Costeria, CR Sabiá (Araucária), CR Central (Araucária) e sobra para CR
Campo Santana, ou seja, Região Sudoeste do SAIC.
b) Centros de Reservação
A partir do diagnóstico do sistema onde são mostradas as deficiências, tanto do sistema de
transporte quanto dos volumes de reservação, criou-se novos centros de reservação e respectivos
sistemas de transporte, com implantação em etapas ao longo do horizonte de projeto. Pela
localização destes centros definiram-se as interligações e integrações entre os sistemas
produtores visando à flexibilização operacional.
O acréscimo de produção de água tratada foi aproveitado para suprir as necessidades do sistema
de distribuição da Região Norte do SAIC da seguinte forma:
Prioridade Imediata
104
Prioridade 1
• Implantação da elevatória Santa Cândida-Cachoeira , com capacidade estimada de 300 l/s;
• Implantação da linha de adução Santa Cândida-Cachoeira - DN 500 e extensão aproximada de
5 km.
Prioridade 2
• Implantação da linha de adução Corte Branco-Tarumã - DN 800 e extensão aproximada de
2 km, derivando das linhas existentes que abastecem o Cajuru e utilizando a elevatória existente
no Corte Branco. Esta derivação trará flexibilidade ao sistema por diminuir a dependência do
Cajuru no encaminhamento da produção da ETA Iguaçu para a Região Norte.
Em resumo, o transporte de água tratada, seguirá o fluxo ETA Iraí-CR Tarumã-CR Bacacheri-CR
Santa Cândida-CR Cachoeira. As demandas dos CRs Santa Cândida, Cachoeira e parte do Vila
Guarani serão desviadas do fluxo atual, aliviando o fluxo CR Jacob Macanhann-Vila Guarani,
podendo obter melhoria no abastecimento da Região Nordeste do SAIC que corresponde às
regiões abastecidas pelo CR Colônia Faria-CR Jardim Nezita-CR Jardim Araçatuba e CR Quatro
Barras.
Para melhorar o transporte de água do CR Vila Guarani para CR Colônia Faria foi prevista uma
linha independente do CR Vila Guarani para o booster Jardim Guaraituba, que atualmente é
alimentado pelas sobras da rede de distribuição Gravidade Vila Guarani. A implantação da linha
elevará a pressão residual no booster Guaraituba e consequentemente influenciará nas elevatórias
do CR Colônia Faria.
Prioridade Imediata
• Implantação da linha de alimentação DN 500 e extensão estimada de 5,5 km, ligando o CR Vila
Guarani ao booster Jardim Guaraituba, por gravidade, para aduzir a vazão estimada de 200 l/s;
• Análise da capacidade do booster Jardim Guaraituba para as novas condições resultantes da
implantação de linha de alimentação.
Prioridade 2
• Implantação da elevatória Bacacheri-Mercês com capacidade estimada de 500 l/s;
• Implantação da linha de adução Bacacheri-Mercês - DN 700 e extensão estimada de 5,5 km;
• Adaptação nos reservatórios São Francisco e Mercês para possibilitar o fluxo por dois sentidos.
O fluxo atual se dá por elevatória, mas a reversão projetada Mercês-São Francisco é possível por
gravidade.
105
As distribuições em marcha dos setores a seguir devem ser analisadas para possibilitar o
atendimento no horário de maior consumo. A definição de ampliação de elevatórias/redes ou
ressetorizações deverá ser feita no estudo de microdistribuição:
Prioridade 1
• Iraí - Vila Amélia: O sistema de recalque CR Iraí a CR Vila Amélia deve ser aumentado para
absorver parte da demanda da hora de maior consumo do setor que distribui em marcha. A vazão
prevista é de 126 l/s que, somada à vazão máxima diária da zona alta do setor de 31 l/s, resulta
em capacidade necessária da elevatória de 157 l/s. A tubulação primária existente tem diâmetro
DN 300 com distribuição em marcha. Os estudos de microdistribuição devem apontar se haverá a
necessidade de ampliar a rede para atender o aumento de demanda.
Recomendações de estudo:
• Deverá ser estudada também a possibilidade de agregar parte das zonas GJMA e GGRE;
• Como existe interligação após o CR Vila Amélia com o anel que abastece o RJMA é importante
realizar o estudo combinado também com esta zona de abastecimento;
• Bacacheri - Booster Santa Efigênia: de acordo com os dados das bombas, a capacidade
existente é 2 x 50 l/s. A demanda de 2010 é de 65 l/s. Desta forma, a elevatória não atende nem
mesmo o K1.
Quanto ao CR Jacob Macanhann, a demanda atual deste centro é de 291 l/s, resultando em
volume de reservação necessária de 8.379 m3. O volume existente é de 10.000 m3, sobrando,
portanto, 1.621 m3. A demanda futura é de 387 l/s e o volume de reserva necessário é de
11.145 m3. Embora haja área para ampliação da reservação, é prematuro fixar o volume adicional
necessário. Deve ser preservada a área para implantação futura com volume a ser definido
oportunamente. Para fins de estudo de demanda futura foi estimado outro reservatório com o
mesmo volume do existente.
Prioridade 4
• Ampliação do reservatório Jacob Macanhann em mais 10.000 m³, sendo que o volume deverá
ser confirmado em época oportuna.
Em relação ao reservatório Bairro Alto, a previsão é de que seja necessária sua ampliação no ano
de 2040. Sendo assim, deverá ser mantida a área destinada à sua ampliação.
Prioridade 5
• Ampliação do reservatório Bairro Alto em mais 10.000 m³, sendo que o volume deverá ser
confirmado em época oportuna.
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
Esse sistema de transporte foi concebido para melhorar o atendimento da Região Sul do SAIC que
atualmente é deficitário devido à limitação da capacidade do sistema de recalque CR Passaúna -
CR Tatuquara/Pinheirinho/Ceasa, bem como à baixa produção do sistema Miringuava que limita a
vazão de adução do CR Arujá - CR Tatuquara.
106
Aproveitando o aumento de produção de água tratada da ETA Iguaçu, e do recalque ETA
Iguaçu - Corte Branco previsto em curto prazo, será incrementada a vazão de adução do Corte
Branco - Xaxim, que atualmente opera abaixo da capacidade nominal. O excedente de vazão
será aduzido para CR Tatuquara mediante implantação de uma elevatória no CR Xaxim para
300 l/s, aproveitando a linha de adução existente. Esse sistema deverá ser projetado para
permitir a adução nos dois sentidos, visando à flexibilidade operacional, com seguintes unidades
componentes:
Prioridade Imediata
Prioridade 5
• Ampliação do reservatório Tatuquara em mais 15.000 m³, sendo que o volume deverá ser
confirmado em época oportuna.
A criação deste centro foi analisada a partir da constatação de que o atendimento da área do
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
reservatório Tatuquara é feita por recalque, resultando em pressões excessivas nas áreas baixas
da rede que poderiam ser atendidas por um novo centro de reservação inserido no trajeto da
adutora Arujá-Tatuquara.
Segundo estimativa preliminar, a demanda a ser atendida pelo novo centro atinge
aproximadamente a metade da demanda atual do setor. A demanda correspondente não precisa
percorrer o caminho de ida e volta até o reservatório Tatuquara resultando em economia tanto em
adução quanto na distribuição. Com esse novo centro será possível ressetorizar também parte da
zona de abastecimento do Recalque Pinheirinho.
107
A adutora operará por gravidade no trecho Arujá-Sítio Cercado. O trecho Sítio Cercado-Tatuquara
operará por recalque, desativando a elevatória Arujá-Tatuquara e transferindo os conjuntos
motobombas para o novo centro de reservação.
O novo centro de reservação Sítio Cercado deverá estar situado na cota altimétrica 905 m a cerca
de 8 km do CR Arujá. Na ocasião da elaboração deste relatório a Sanepar realizava ações de
topografia e desapropriação da área.
Prioridade Imediata
• Implantação do reservatório, com volume de 10.000 m3 na etapa imediata e mais um de 10.000
m3 em etapa futura;
• Transferência, adequação e estudos necessários para a transposição da elevatória atualmente
implantada no Arujá para o CR Sítio Cercado, devendo ser estudada a linha adutora à jusante da
elevatória para a nova condição, inclusive o transiente hidráulico;
• Respectivas elevatórias e redes de distribuição absorvendo parte do setor Recalque Tatuquara e
Recalque Pinheirinho.
O reservatório Arujá além de distribuir para a rede de distribuição, serve como passagem para
outros centros de reservação (Tatuquara, Centro São José dos Pinhais e Aeroporto), exigindo
volume adicional para que a operação das elevatórias e da própria ETA tenham condições
operacionais adequadas, notadamente em eficiência energética.
Prioridade 1
• A demanda da rede de distribuição do setor Arujá, no horizonte de projeto, é da ordem de
248 l/s, resultando na necessidade de volume de reserva ideal de 7.150 m3;
• A reserva de volume recomendável para transporte para outros centros de reservação é de
1,5 hora contínua da vazão de entrada aos reservatórios, correspondendo a aproximadamente
10.800 m3;
• A soma dos volumes resulta em 17.950 m3. Entretanto, devido à disponibilidade de área será
considerado o volume de 17.500 m³. O valor adotado é cerca de 2,5% inferior ao calculado, não
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
Mesmo com a implantação do reservatório Sítio Cercado, está mantida a previsão de ampliar o CR
Arujá. O objetivo é assegurar mais flexibilidade operacional.
108
8.8 Ampliação da capacidade do reservatório Ceasa
A demanda atual deste centro de reservação é de 187 l/s, resultando em volume de reservação
necessária de 5.400 m3, contra volume existente de 6.000 m3. A demanda futura é de 277 l/s
e volume de reserva necessária de 8.000 m3. Foi prevista a implantação de um reservatório
ocupando toda a área disponível com capacidade nominal de 6.000 m3, totalizando 12.000 m3.
Prioridade 2
• Ampliação do reservatório Ceasa em mais 6.000 m³.
A demanda atual deste centro de reservação é de 444 l/s, resultando em volume de reservação
necessária de 12.800 m3, contra volume existente de 15.000 m3, e, portanto com sobra de
2.200 m3. A demanda futura é de 579 l/s e volume de reserva necessário de 16.700 m3. Existe
área para ampliar a reservação, que deve ser preservada para implantação futura com volume
a ser definido oportunamente. Para fins de estudo de demanda futura foi estimado outro
reservatório de mesmo volume do existente.
Prioridade 4
• Ampliação do reservatório Xaxim em mais 15.000 m³, sendo que o volume deverá ser
confirmado na época oportuna.
A demanda atual deste centro de reservação é de 156 l/s, resultando em volume de reservação
necessária de 4.480 m3, contra volume existente de 3.500 m3, insuficiente para atender à
demanda atual. A demanda futura é de 220 l/s, resultando em volume de reserva necessário de
6.336 m3. Foi prevista a implantação de um reservatório com capacidade nominal de 3.500 m3,
totalizando 7.000 m3.
Prioridade 1
• Ampliação do reservatório Piraquara em mais 3.500 m³.
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
Este centro, já previsto nas versões anteriores do Plano Diretor, deverá ser implantado quando da
saturação do CR Colombo-Sede e também da implantação da linha de alimentação prevista no
sistema de produção do Sistema Karst - Várzea do Capivari e Rio Capivari.
109
A demanda atual do CR Colombo Sede é de 161 l/s, resultando em volume de reservação
necessária de 4.650 m3, contra volume existente de 3.500 m3, faltando 1.150 m3 para atender a
demanda atual. A demanda futura é de 214 l/s e volume de reserva necessária de 6.200 m3. É
requerida a ampliação imediata do volume de reservação, que seria a implantação do reservatório
São Gabriel.
O sistema de produção Karst-Colombo Sede que deverá alimentar este reservatório possui
capacidade limitada em 155 l/s, com previsão de ampliação em 57 l/s, totalizando 212 l/s no ano
de 2013.
Prioridade 1
• Implantação do reservatório São Gabriel com volume de 3.500 m3 com alimentação derivando
da linha de distribuição existente com origem no CR Colombo-Sede;
• Respectivas redes de distribuição absorvendo parte dos setores Válvula Colombo Sede I, II e III
(VCSE I, VCSE II e VCSE III).
A criação deste centro visa integrar o Sistema Passaúna ao Sistema Iguaçu/Iraí e flexibilizar o
atendimento dos setores atualmente atendidos pelo CR Cajuru, que são CR Batel e setor Recalque
Alto Cajuru. Desta forma, será proporcionada maior segurança no atendimento do centro da cidade
de Curitiba, bem como a possibilidade de absorver partes dos setores Gravidade/Recalque Campo
Comprido e Recalque Portão visando eliminar a deficiência do volume de reservação desses setores.
O novo centro de reservação Santa Quitéria será alimentado pelo recalque Passaúna - Campo
Comprido derivando das linhas de adução existentes.
Prioridade Imediata
Prioridade 1
• Implantação do reservatório, incluindo recalque para a zona alta do novo setor, com volume de
10.000 m3 na etapa imediata e mais um de 10.000 m3 na etapa futura;
• Respectivas redes de distribuição absorvendo parte dos setores Gravidade/Recalque Campo
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
Prioridade 2
• Implantação da elevatória para atendimento do setor Recalque Alto Cajuru e parte do Recalque
Batel, implantação da respectiva linha de adução com DN 600 e extensão aproximada de 4 km e
ressetorização da rede de distribuição. A vazão estimada é de 400 l/s.
110
Para flexibilização do sistema, foi prevista a implantação da linha de adução e de elevatórias no
Batel e no Santa Quitéria, de forma a interligar-se tanto com a produção do Passaúna quanto com
a do Iraí-Iguaçu.
Prioridade 2
• Implantação das elevatórias Batel-Santa Quitéria e Santa Quitéria-Batel com capacidade
estimada de 300 l/s;
• Implantação da linha de adução Batel-Santa Quitéria - DN 500 e extensão estimada de 5,5 km.
Essa elevatória atende basicamente o município de Araucária e opera acima do limite da sua
capacidade, sendo que atualmente consegue abastecer a RDA com distribuição em marcha e os
CRs Sabiá e Central fazendo compensação em outros horários.
Prioridade Imediata
A elevatória que atenderá os CRs Sabiá e Central deverá ser projetada levando em consideração a
implantação futura do Sistema de Produção Faxinal que deverá atender toda região.
O Centro de Reservação Santa Felicidade alimenta a região de Lamenha Pequena, que demanda
atualmente 154 l/s, resultando em volume de reservação necessária de 4.450 m3 contra 3.250 m³
existente. A demanda futura será de 198 l/s e reservação necessária de 5.700 m3. Foi prevista
a criação do Centro de Reservação Lamenha Pequena com capacidade nominal de 2.500 m3,
devendo reservar área para uma possível ampliação futura.
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
Prioridade 1
• Implantação do CR Lamenha Pequena, incluindo recalque para a zona alta do novo setor, com
volume estimado de 2.500 m3;
• Respectivas redes de distribuição absorvendo parte do setor recalque alto Santa Felicidade
(RAFL e BLAP);
• Implantação da elevatória no CR Santa Felicidade para recalque Santa Felicidade - Lamenha
Pequena com capacidade estimada de 100 l/s;
• Implantação da linha de adução Santa Felicidade - Lamenha Pequena - DN 400 e extensão
aproximada de 4,50 km.
111
Prioridade 5
• Ampliação do CR Lamenha Pequena com novo reservatório de mesmo volume.
Prioridade 2
• Implantação da elevatória no CR Mercês para recalque Mercês-Santa Felicidade com
capacidade estimada de 200 l/s;
• Implantação da linha de adução Mercês - Santa Felicidade - DN 400 e extensão aproximada de
6,0 km.
O centro de reservação Costeira apresenta a demanda atual de 156 l/s, resultando em volume
de 4.500 m³. Somados ao déficit atual de volume do Araucária Central a necessidade é de 4.800
m³. O reservatório existente é de 5.000 m³, portanto atende a demanda atual, incluindo a da área
ressetorizada do Araucária Central.
Para a demanda futura do Costeira de 212 l/s, seria necessário volume de 6.100 m³. Acrescentando
o déficit futuro do Araucária Central de 1.150 m³ seriam necessários 7.250 m³. Está prevista a
implantação de um reservatório com capacidade nominal de 5.000 m3, totalizando 10.000 m3.
Prioridade 2
• Ampliação do reservatório Costeira em mais 5.000 m³.
Será visto posteriormente no estudo de cenários que a zona de expansão 1 foi agregada ao
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
112
8.17 Criação do centro de reservação Capão Raso
Esse centro foi previsto para absorver parte do setor Pinheirinho e Portão, tendo em vista que
estes dois centros de reservação já se encontram deficitários. O reservatório Pinheirinho possui
capacidade nominal de 5.500 m3 e demanda atual de 207 l/s, resultando em volume necessário
de reservação de 6.000 m3 e demanda futura de 277 l/s, resultando em volume necessário de
8.000 m3. Já o reservatório Portão tem volume nominal de 20.000 m3 e demanda atual de 702
l/s resultando em volume necessário de reservação de 20.250 m3 e demanda futura de 874 l/s,
resultando em volume necessário de 25.200 m3.
Prioridade 1
• Implantação do reservatório, incluindo recalque para a zona alta do novo setor, com volume
estimado de 10.000 m3 em médio prazo e de mais um de 10.000 m3 em etapa futura;
• Respectivas redes de distribuição absorvendo partes do recalque Pinheirinho e Recalque Portão
• Implantação da elevatória Passaúna-CR Capão Raso com capacidade estimada de 500 l/s, com
possibilidade de ampliação para 750 l/s;
• Implantação da linha de adução Passaúna-Capão Raso - DN 700 e extensão estimada de 5 km.
Prioridade 2
• Implantação da elevatória no CR Tatuquara-CR Pinheirinho/CR Capão Raso com capacidade
estimada de 500 l/s, com possibilidade de ampliação para 750 l/s, devendo permitir a operação
nos dois sentidos por meio das elevatórias instaladas no Capão Raso e no Tatuquara;
• Implantação da linha de adução Tatuquara-Pinheirinho-Capão Raso - DN 700 e extensão
estimada de 5,80 km.
Essa integração visa atender a demanda futura do CR Portão, além de servir como alternativa de
alimentação provinda dos sistemas de produção Passaúna e Miringuava.
Prioridade 2
• Implantação da elevatória CR Capão Raso-CR Portão, com capacidade estimada de 500 l/s, com
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
113
8.19 Reforço no Sistema Renault (Rio Pequeno)
A área, atualmente atendida pelo Sistema Renault, demandará vazão acima da capacidade de
produção do sistema. Há duas alternativas para resolver a situação, sendo a primeira através da
ampliação da captação e da estação de tratamento e, a segunda, de adução de água tratada do
sistema Miringuava até o CR Rio Pequeno. Entre essas duas alternativas optou-se pela segunda
devido às diversas desvantagens existentes na primeira:
1. O manancial Rio Pequeno não suporta o aumento necessário, sendo preciso transpor água do
Rio Miringuava para o Rio Pequeno;
2. A extensão da linha de adução para transposição somada à extensão do reforço na linha
existente de adução de água bruta desde a captação até a ETA é praticamente a mesma da
segunda alternativa;
3. Necessita de uma elevatória de transposição, da ampliação da elevatória de recalque de água
bruta e da estação de tratamento de água.
A ampliação necessária para atender a região seria de 122 l/s (além dos 200 l/s da ETA Pequeno),
incluindo partes das áreas atualmente atendidas pelo Booster Santa Fé, Válvula Rio Pequeno,
Recalque Iguaçu-Jardim Ipê, Booster Chinês. Totalizaria aproximadamente 322 l/s. Está sendo
previsto aumento da capacidade total para 400 l/s, sendo que 200 l/s são proveniente do Sistema
Miringuava.
Prioridade 2
• Implantação da linha de adução CR Miringuava até o CR Rio Pequeno DN 500, extensão
estimada de 9,5 km. Essa linha deve ser dimensionada com folga para possibilitar ampliações
futuras;
• Estudar a possibilidade de implantar derivação da linha de recalque CR Miringuava-CR Arujá
para aduzir vazão de 200 l/s ou projetar uma elevatória independente.
Prioridade 2
• Implantação do reservatório, incluindo recalque para a zona alta do novo setor, com volume
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
114
Prioridade 2
• Implantação da elevatória CR Aeroporto-CR Santa Fé com capacidade estimada de 200 l/s e
respectiva linha de adução com DN 500 e extensão estimada de 6,55 km.
A demanda atual deste centro de reservação é de 147 l/s, resultando em volume de reservação
necessária de 4.232 m3. O volume existente é de 5.000 m3, portanto com sobra de 768 m3.
A demanda futura é de 212 l/s e volume de reserva necessária de 6.100 m3. Existe área para
ampliação da reservação que deve ser preservada para implantação futura. Para fins de estudo de
demanda futura foi estimado novo reservatório de mesmo volume.
Prioridade 2
• Ampliação do reservatório Aeroporto em mais 5.000 m³.
Prioridade Imediata
Conforme citado anteriormente, com a implantação do reservatório Santa Fé parte dos setores
RIJI e BSFE poderá ser ressetorizada para o novo CR. Portanto, para a definição da vazão
da elevatória deverá ser analisada esta nova configuração. É importante também analisar a
possibilidade de incluir parte dos seguintes setores:
• VCBR: setor atendido pelo reservatório Corte Branco (Recalque Corte Branco - RCBR) e redução
de pressão por válvula redutora. A localização deste setor é mais próxima da ETA Iguaçu do
que do Corte Branco, havendo atualmente percurso desnecessário da água, fazendo trajeto ETA
Iguaçu-Corte Branco (recalque) - VCBR (válvula redutora de pressão), além de elevar água até a
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
cota inadequada;
• VIBR (VIVU) e VISO: setores atendidos pelo recalque Iguaçu-Aeroporto reduzindo-se a pressão
através de válvulas.
- RISO: setores atendidos pelo recalque Iguaçu-Aeroporto
Como alternativa, deverá ser estudado o abastecimento do CR Guarituba Redondo através do Iraí,
com adutora de extensão significativamente menor e altura manométrica de recalque também
menor.
115
8.23 Criação do centro de reservação Embrapa
O centro de reservação Embrapa foi recentemente concluído. Está situado próximo ao reservatório
Monte Castelo e deverá absorver o déficit do mesmo, que é de aproximadamente 550 m³
(demanda de 2016).
Para as demandas futuras, a reservação será considerada em conjunto com o novo CR Capivari,
definido na ocasião do estudo do sistema produtor.
116
Figura 31 - Prioridade Imediata
118
• Elevatória e adutora Mercês-Santa Felicidade;
• Elevatórias e adutora Batel-Santa Quitéria;
• Elevatória e adutora Santa Quitéria-RBAT/RACJ;
• Elevatória e adutora Capão Raso-Portão;
• Elevatórias e adutora Tatuquara-Pinheirinho/Capão Raso;
• Elevatória e adutora Aeroporto-Santa Fé;
• Elevatória e adutora Rio Pequeno-Santa Fé.
Figura 33 - Prioridade 2
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
119
Prioridade 3 - A implantar até 2025
É composta pelas seguintes obras, conforme demonstra a Figura 34:
• Captação, EEB, AAB e ETA Capivari;
• Captação, EEB e AAB - Devolução à Usina Parigot de Souza;
• Elevatória e adutora Capivari-Colombo Sede.
Figura 34 - Prioridade 3
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
120
Prioridade 4 - A implantar até 2030
É composta pelas seguintes obras, indicadas na Figura 35:
• Barragem, Captação e ETA Faxinal;
• Elevatória e adutora Faxinal-Fazenda Rio Grande e CR;
• Elevatória Fazenda Rio Grande-Campo de Santana;
• Elevatória e adutora Faxinal-Costeira;
• Elevatória e adutora Costeira-Sabiá;
• Reservatório Jacob Macanhann;
• Reservatório Xaxim.
Figura 35 - Prioridade 4
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
121
Prioridade 5 - A implantar até 2040
É composta pelas seguintes obras, apontadas na Figura 36:
• Reservatório Tatuquara;
• Reservatório Lamenha Pequena;
• Reservatório Bairro Alto.
Figura 36 - Prioridade 5
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
122
123
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
124
RESUMO
DOS CUSTOS
ESTIMADOS
DAS OBRAS E
CRONOGRAMA ETA MIRINGUAVA
9. RESUMO DOS CUSTOS ESTIMADOS DAS
OBRAS E CRONOGRAMA
Total 547.391.932,50
(*) Obras em andamento ou concluídas no decorrer da revisão deste Plano Diretor.
126
No Gráfico 3 é apresentado o aumento da capacidade do sistema e os investimentos necessários
acumulados, vinculados com a estimativa de aumento de população e de demanda do SAIC.
Em função dos prazos para que cada obra entre efetivamente em operação foi elaborado o
cronograma das mesmas, conforme Tabela 19.
127
Tabela 19 - Cronograma das obras
OBRA CUSTO (R$) 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2
128
2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040
(*) Obras em andamento ou concluídas no decorrer da revisão deste Plano Diretor, com recurso garantido.
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SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
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SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
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CONCLUSÕES E
RECOMENDAÇÕES
Painel Poty - CR Cajuru
10. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Na Figura 37, apresentada nas páginas 134 e 135, vê-se o mapa geral com a concepção
do sistema. Nele estão inclusas todas as obras das alternativas selecionadas, inclusive as
consideradas como etapa futura fora do horizonte do estudo.
Ainda que este estudo trate do sistema produtor e de macrodistribuição, foram observadas
necessidades de estudos futuros que envolvam a rede de distribuição e adutoras com distribuição
em marcha. A definição de ampliação de elevatórias/redes ou de ressetorização de áreas deverá
fazer parte do estudo de microdistribuição.
Ressalta-se que para as ressetorizações de zonas de pressão para outros centros de reservação
foi considerado apenas o déficit de reserva dos centros existentes e que para definir a demanda
real deverá ser estudada a rede de distribuição.
Espera-se que esta obra, que une o passado recente com o presente e que fornece informações
importantes para a gestão do SAIC nas próximas décadas, seja, também, uma referência para os
profissionais que no futuro mais distante terão a responsabilidade de encontrar soluções para a
população que escolheu Curitiba, ou algum município da Região Metropolitana, para viver.
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Figura 37 - Concepção do Sistema
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composição final do relatório
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DIRETORIA da sanepar
Dirceu Wichnieski
Diretor Financeiro
Antonio Hallage
Diretor Administrativo
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créditos
Diretoria
Antonio Roberto Sartor
Mario Saburo Kamogawa
Coordenação
Mario Saburo Kamogawa
Tatiane Campestrini Freire
Engenharia
Cyro Carneiro Pacheco Neto
Livia Knopki Nery
Moacir Antônio Prestes
Rafael Knaut
Apoio
Andréia Rodrigues Pereira Sementkovski
Áurea Eulália dos Santos
Cael Brandalise
Gabriel Carlesso Kampa
Gerson Gaede
Mariney Oleszezuki
Nilson Sementkovski
Patrícia Beatriz Baréa
Richard Ivansky Cunha
Sérgio Antonio Dybax
Editoração
Let’s - Arquitetura e Design
Rua Santa Catarina, 65, sala 213b - Água Verde - Curitiba PR
SANEPAR - PLANO DIRETOR SAIC
www.letstart.com.br
Impressão
Departamento de Imprensa Oficial do Estado do Paraná - DIOE
Rua dos Funcionários, 1645 - Juvevê - Curitiba - Paraná
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