Desfibrilador Cardioversor
Desfibrilador Cardioversor
Desfibrilador Cardioversor
DESFIBRILADORES E CARDIOVERSORES
(prof. Dr. Sérgio Santos Mühlen, CCE)
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO .............................................................................................2
II. HISTÓRICO .................................................................................................3
III. DESFIBRILADORES E CARDIOVERSORES .....................................3
III.1. Diagrama em blocos .........................................................................4
• Carga de energia .............................................................................4
• Descarga ..........................................................................................4
• Fontes de alimentação .....................................................................5
• Armazenamento de energia .............................................................5
• Controle ...........................................................................................5
• Sincronizador e monitor de ECG ......................................................5
• Circuitos geradores de pulso ............................................................5
• Pás/eletrodos ...................................................................................7
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I. INTRODUÇÃO
Assim como outras fibras musculares, as fibras que compõem o miocárdio contraem-
se em decorrência de estímulos externos, em particular estímulos elétricos. Nas
contrações normais, este estímulo inicial aparece na região do átrio direito chamada
nódulo sino-atrial (SA), que é o marca-passo natural do coração, propaga-se por
um caminho bem determinado através do miocárdio, resultando em uma contração
ordenada, primeiro dos átrios e em seguida dos ventrículos, o que garante um
bombeamento eficiente do sangue.
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II. HISTÓRICO
1936: Ferrie realizou desfibrilação transtorácica em carneiros usando corrente
alternada diretamente da rede de alimentação;
1947: Beck relatou a 1ª desfibrilação em ser humano bem sucedida, também com
aplicação direta de corrente alternada (60 Hz) durante cirurgia;
1961: Lown foi o responsável pela 1ª desfibrilação usando pulso de corrente contínua
sincronizado com o ECG (cardioversão);
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ESPERA
FONTE c.c. CARGA DESCARGA
}
} }
(com display)
CONTROLE ARMAZENAMENTO
MANUAL DE ENERGIA
Cardioversor
SINCRONIZADOR MONITOR DE
}
ECG
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• Controle: através dos circuitos de controle se faz o ajuste da carga que será
aplicada ao paciente, ajustando-se o nível de tensão de carga do capacitor. Após o
comando de CARGA, e antes do comando de DESCARGA, o equipamento
permanece no estado de ESPERA, ou “stand-by”.
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Senóides amortecidas
resultantes de diferentes
valores de R, L e C.
Tempo (ms)
Os desfibriladores mais modernos utilizam principalmente a onda bifásica (quando a
corrente flui pelo coração em um sentido, e depois no inverso, antes de se extinguir),
que é uma evolução da senóide amortecida (figura acima). Para esta nova forma, os
equipamentos são menores, requerem baterias menores e menos manutenção.
Além disso, estudos mostram que pacientes recebendo pulsos bifásicos com menor
energia apresentam um ritmo cardíaco pós-desfibrilação mais normal do que os que
receberam pulsos monofásicos de maior energia.
Alimentação
elétrica
Auto-transformador
variável
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Uma vez completada a descarga, a chave volta para a posição 1 (CARGA) ou para a
posição de ESPERA, (não indicada nesta figura), e o processo pode ser repetido se
necessário.
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Eletrodo
Discos
isolantes
Chave de
disparo
Eletrodo
Chave de Cabo
disparo condutor
Cabo Discos
condutor isolantes
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• Cardioversores: são os modelos mais comuns atualmente nos hospitais. Além das
operações realizadas pelos desfibriladores manuais ou semi-automáticos, permitem
a aplicação de pulso desfibrilatório sincronizado com a onda R do ECG (no caso
deste ser detectável). Geralmente estão associados com um monitor de ECG que
apresenta o traçado em uma tela ou display, e muitos modelos incorporam uma
pequena impressora para registrar a seqüência de eventos em papel. Alguns
modelos incorporam algoritmos de interpretação do traçado de ECG para auxiliar o
operador nas suas decisões.
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• Nunca toque ou segure as partes condutivas das pás a menos que esteja seguro
que o equipamento está desarmado (descarregado) ou, preferivelmente,
desligado.
• Um desfibrilador deve sempre estar disponível para a equipe médica, mesmo
durante os testes e inspeções. Procure então realizar os testes e inspeções
próximo à localização habitual dos equipamentos, ou providencie outro
equipamento com o qual a equipe médica esteja familiarizada.
• Os testes podem descarregar as baterias dos equipamentos. Providencie sempre
baterias carregadas para substituir, se necessário.
• Nunca realize os testes e inspeções de todas as unidades ao mesmo tempo, para
não deixar a equipe médica sem equipamentos no caso de uma emergência.
• Inspeções qualitativas: os itens abaixo devem ser verificados por inspeção visual,
e os resultados incluídos em uma planilha com o histórico do equipamento.
• Caixa, estojo, chassis, painel, tampa;
• Carrinho, suporte de montagem, pedestal ou outro mecanismo de fixação;
• Rodízios do carrinho (no caso de ser este o tipo de suporte);
• Cabo de alimentação, tomada, fixação mecânica do cabo, terminal de
aterramento;
• Fusíveis, disjuntores do equipamento (p. ex: térmico), dispositivos de proteção de
sobrecarga;
• Cabos de conexão com as pás, cabos de ECG e de sincronismo com o ECG, e
seus conectores;
• Pás e eletrodos (de todos os tamanhos);
• Chaves e controles (mesmo os redundantes, como chave no painel e nas pás);
• Bateria e seu carregador;
• Indicadores, mostradores luminosos, telas gráficas (de funcionamento normal e
alarmes);
• Alarmes e outros sinais audíveis;
• Marcações, avisos, precauções de operação e outras indicações gráficas no
corpo do equipamento;
• Acessórios (cabos, pás, gel, eletrodos);
• Descarga interna da energia armazenada;
• Dispositivos especiais (sincronizador, impressora, etc.).
• Testes quantitativos: estes testes devem ser realizados por pessoal capacitado,
de acordo com as indicações do fabricante, e de preferência seguindo as
orientações de normas técnicas aplicáveis ao equipamento ou as recomendações
dos fabricantes dos instrumentos de medidas utilizados nos testes. Os valores
abaixo são apenas indicativos. Verifique os valores adequados para o seu
equipamento.
• Resistência de aterramento (“terceiro pino” da tomada) em relação à caixa ou
chassis do equipamento [< 0,5 Ω];
• Corrente de fuga [< 100 µA chassis, < 10 µA eletrodos];
• Fuga entre eletrodos [< 10 µA isolados, < 50 µA não isolados];
• Continuidade dos cabos e pás;
• Calibração de frequência cardíaca [5% ou ± 5 bpm, a 60 bpm e 120 bpm];
• Alarmes de frequência cardíaca [5% ou ± 5 bpm, a 40 bpm e 120 bpm];
• Limitação interna da energia com pás (internas ou pediátricas) [< 50 J];
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• Manutenção preventiva: além dos itens listados acima, deve-se ter em mente que
em desfibriladores e cardioversores, os componentes mais críticos são as baterias, o
circuito de alta-tensão (capacitor, comutador, cabos de aplicação e pás), e os
conectores. Por essa razão, inspeções diárias da carga na bateria e ao menos uma
descarga (aplicada em um analisador de desfibriladores) é aconselhável.
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