Cap. 10 - HP de Imunidade Social

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Autonomia – Tomar decisões, expressar-se e agir ao próprio modo, consciente de seus benefícios,
sem afetar danosamente a outros.
Autossuficiência – Não mediar/terceirizar a produção dos próprios reforçadores, quando dispõe
de oportunidade e competência para produzi-los.
Libertário – Defender o direito de comportar-se de qualquer forma não prejudicial a si ou a ou-
tros, em curto e longo prazo.
Firmeza – Afirmar e defender as próprias prerrogativas, decisões e condutas, derivadas das análi-
ses contextuais e consequenciais.
Franqueza/Sinceridade – Descrever puramente e integralmente os próprios comportamentos e
resultantes, enfrentando as consequências sociais.
Ética – Habilidade de analisar as ações próprias, a partir de suas consequências de curto e longo
prazo, sobre si e os demais, para agir ao próprio modo.

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PENSAMENTO LIMITANTE RACIOCÍNIO REALISTICAMENTE OTIMISTA
“O que os outros pensam ou O que as pessoas pensam e falam sobre você e sua vida, sem
falam sobre mim incomoda-me o devido conhecimento, revela perturbações pessoais delas, e
e me afeta muito.” que a elas não se pode dar crédito.
A maioria das pessoas segue regras e reproduz costumes sem
analisá-los, mesmo quando são nocivos. Pensar e agir ao nos-
“Se a maioria das pessoas pensa
so modo, desde que não traga prejuízos a alguém é a única
e age de um jeito, eu deveria
forma de ser responsavelmente livre. E possuímos diferentes
me esforçar para ser como elas.
características, valores, habilidades e interesses para ter afini-
Se eu for diferente, serei criti-
dades com os demais e sermos apreciados e gostados, inde-
cado e rejeitado.”
pendente de posições específicas. Um comportamento de
alguém não é o mesmo que a pessoa como um todo.
“Tenho que conferir as minhas Tenho que refletir bem sobre os impactos de curto e longo
decisões com as outras pessoas prazo das minhas ações, sobre mim e sobre os demais, para
antes de agir.” tomar decisões éticas autônomas.
Podemos ouvir a todos e julgar por nossos parâmetros. Na
“A opinião das pessoas, princi- maioria dos assuntos, as opiniões são, na verdade, preferên-
palmente familiares e autorida- cias e não normas a seguir. Familiares e autoridades são pes-
des, são muito importantes e soas e, como tal, podem ter conceitos não analisados e, nem
deveríamos acatá-las sempre.” sempre, lógicos, válidos ou úteis. Nada dispensa uma reflexão
produtiva e uma decisão ética.

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SER VULNERÁVEL
SINÔNIMOS E ASSOCIÁVEIS ANTÔNIMOS E NÃO ASSOCIÁVEIS
HUMILDE FRACO
APRENDENTE INFERIOR
AUTÊNTICO FROUXO
SINCERO INDIGNO
OUSADO INFLUENCIÁVEL
RESPONSÁVEL PASSIVO
EMOCIONAL MANIPULÁVEL
SENSÍVEL ABUSÁVEL

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TIPOS DE
CARACTERÍSTICAS E ORIENTAÇÕES GERAIS
FEEDBACKS
Esse tipo de feedback representa aqueles que não têm um propósito positi-
vo para o receptor, mas que, direta, indireta ou disfarçadamente, inferiori-
zam a pessoa ou humilham o desempenho dela.
Por exemplo, um marido pode dar um feedback depreciador para a sua es-
posa, dizendo: “Horrível, a comida que você fez. Não sei onde você apren-
deu a cozinhar tão mal. Você é uma péssima cozinheira”.
Frente aos feedbacks depreciadores, as duas posturas habilidosas possíveis
FEEDBACK
são o da imunidade social e o da assertividade. A primeira se refere à habili-
DEPRECIADOR
dade de analisar as críticas ou opiniões alheias e seguir com a vida, não se
importando com julgamentos injustos, arbitrários ou infundados, sabendo
que a sua atitude não está prejudicando a si, nem a outros. A assertividade é
a habilidade de enfrentamento social ou expressão dos próprios direitos,
solicitando que sejam respeitados, sem agredir o receptor. Sendo que, é
importante avaliar a viabilidade e a rentabilidade de agir assertivamente em
certos contextos, com determinadas pessoas.
Esse tipo de feedback visa reconhecer, estimular ou fortalecer a qualidade
de uma performance. O objetivo é que o nível de desempenho a que ele se
refere, mantenha-se e volte a acontecer outras vezes.
FEEDBACK Por exemplo, um pai pode prover um feedback motivador ao filho, como:
MOTIVADOR “Parabéns pela nota que alcançou em matemática. Você se dedicou aos es-
tudos e agora está colhendo os frutos. Continue assim”.
Diante desses feedbacks, a postura pode ser de receber prontamente o re-
conhecimento alheio e comemorar a conquista conjuntamente.
Os feedbacks aperfeiçoadores são aqueles que objetivam contribuir para o
melhoramento do desempenho ao qual se referem. Também são chamados
de “construtivos” ou “negativos” (embora a nossa preferência seja de não
usar esse último termo, para não dar uma conotação pejorativa a esse tipo
de feedback, mesmo considerando que eles podem gerar algum nível de
desconforto emocional).
Por exemplo, um líder pode dizer ao seu liderado: “Você tem se saído muito
FEEDBACK bem como vendedor e gostaria de apontar algumas coisas que observei, a
APERFEIÇOADOR fim de elevar ainda mais as suas vendas. Que tal fazer dessa forma?”.
O acolhimento de feedbacks aperfeiçoadores pode ser o diferencial na velo-
cidade com que o seu desempenho progride. Nem sempre as pessoas usarão
as melhores palavras, mas podemos reconhecer as intenções positivas de
contribuir. Ainda assim, uma análise objetiva do feedback pode levá-lo a ver
questões ou alternativas, que antes não havia visto sobre o seu desempe-
nho. Nesse caso, é interessante formular perguntas para tornar precisa a
informação necessária a mudança.

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PESSOA “BOAZINHA”
PESSOA “BOA”
(compulsão por agradar)
1- Disposta a ajudar e só recusa quando realmente 1- Acolhe todo pedido de ajuda, ainda que
está envolvida em outros compromissos (pessoais se prejudique.
ou alheios).
2- Consegue recusar uma solicitação, justificando 2- Tem dificuldade em dizer “não”.
honestamente as razões.
3- Coopera com os outros, mas se preserva no pro- 3- Sacrifica os próprios sonhos e metas.
gresso dos próprios sonhos e metas.
4- Diferencia a própria autoestima do ato de dizer 4- Vê-se inferior ou abandonável, quando
“não” a alguém. tem que negar algo a alguém.
5- Desenvolve a própria autossuficiência, para lidar 5- Agrada com a expectativa de obter ou
com as demandas da vida. manter disponível a provisão pelo outro.

AFIRMAÇÃO DE DIREITOS INTERPESSOAIS PARA REGULAÇÃO DA NECESSIDADE DE AGRADAR


O direito de não se afetar pelo mau humor alheio.
O direito de não se sentir responsável pelo sofrimento alheio.
O direito de não se sentir no compromisso de resolver as frustrações alheias.
O direito de ser compreendido, quando nega um pedido alheio ou diz não.
O direito de não ter que justificar todas as suas ações.
O direito de agir autonomamente, conforme as próprias decisões éticas.

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As pessoas podem me De fato, sempre estarei sujeito a jul- Assim sendo, as razões
julgar [descrever cla- + gamentos alheios. Eu não tenho o + que justificam minha de-
ramente a questão poder de controlar os pensamentos cisão, são: [listar todas as
para a qual não está das pessoas e nem sou responsável razões que contenham os
imunizada, que pro- por eles. Eu sou responsável pelas benefícios em curto e
vavelmente é motivo minhas ações e as fundamento em longo prazo da sua ação,
de ansiedade social]. parâmetros éticos. O que está ao meu a segurança de não ge-
alcance interpessoalmente é a expres- rar resultados antiéticos
são dos meus sentimentos e inten- e sua base nos direitos
ções, visando ser compreendido. humanos].

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As pessoas podem me julgar por decidir não ter filhos.
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De fato, sempre estarei sujeito a julgamentos alheios. Eu não tenho o poder de controlar os pensamentos das
pessoas e nem sou responsável por eles. Eu sou responsável pelas minhas ações e as fundamento em parâ-
metros éticos. O que está ao meu alcance interpessoalmente é a expressão dos meus sentimentos e inten-
ções, visando ser compreendido.
+
Nesse caso, as razões que justificam a minha decisão são:
1) Não há mais necessidade de seres humanos no mundo do que já existem;
2) Há crianças já existentes tão necessitadas de nosso afeto e cuidado, quanto uma que poderíamos gerar;
3) Ter um filho é privar-se de muito do que poderia ter e fazer, para investir em outro ser humano (que se-
quer existe);
4) Se um filho é uma fonte de preocupação permanente ter um é deliberadamente construir os próprios
estressores;
5) Vivemos em um cenário de escassez e a qualquer momento podemos ficar desempregados com um ser
humano para sustentar;
6) A violência, que só aumenta, não é um cenário em que se queira viver, que dirá criar um filho;
7) Não vejo um cenário em que o desemprego e a insegurança de ficar sem sustento, que hoje nos assolam,
irão melhorar na próxima geração, muito pelo contrário;
8) A maior dor que um ser humano pode vivenciar é ter que enterrar um filho e não há porque criar essa
possibilidade para mim;
9) Filhos restringem muito a liberdade;
10) Filhos dificultam muito a vida sexual de um casal;
11) Com vinculações impróprias e divergências nas políticas educacionais, filhos podem trazer muitos con-
flitos para um casal;
12) Além de filhos não serem garantia de cuidados na velhice, sem eles podemos construir nosso próprio
fundo de investimento, que nos sustente e aproveitar a vida até lá;
13) Filhos são muito trabalhosos e requerem tempo de investimento presencial, do qual não disponho;
14) Todos reconhecem que pessoas inábeis para criar filhos ou sem tempo para eles, não deveriam tê-los.
Sou uma delas;
15) Ou passo minha vida criando filhos, ou viajando o mundo;
16) Os principais problemas do mundo derivam da superpopulação e não preciso contribuir com ela.
17) Há aqueles que têm e os indivíduos que não têm. Faço parte do segundo grupo.
18) As pessoas questionam porque não ter filhos, mas raramente se perguntam por que querem ter.
19) Não ter filhos não significa não gostar de crianças. Ao contrário, é gostar tanto a ponto de preocupar-
se com a responsabilidade, longo e árduo trabalho que é formar uma pessoa valorosa. Eu apoio incondicio-
nalmente quem tem essa disponibilidade.

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