Física Geral I - Slides 1 - Introdução, Unidades e Grandezas

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IFMA – Campus Santa Inês

Física Geral I - Mecânica

Prof. Anderson Meireles

Física Geral I - Mecânica 2


Física I – Cinemática


Conteúdo:

Introdução à física

Grandezas físicas

Operações com grandezas escalares

Conversão de unidades

Grandezas vetoriais

Operações com grandezas vetoriais

Física I - Cinemática 3
O que é Física?

Física Geral I - Mecânica 4


Física como ciência
Introdução

✔ A Física é uma ciência “eminentemente”


experimental

O físico observa os fenômenos e busca
encontrar padrões e princípios que relacionam
esses fenômenos.

Esses padrões constituem a teoria física sobre
o fenômeno.

Quando bem estabelecidos e amplamente
utilizados, constituem leis ou princípios físicos.

Física Geral I - Mecânica 5


Física como ciência
Introdução

✔ Fatos e teorias


Fato: uma observação empiricamente verificada

Teoria: se refere à ordenação dos fatos

Temos nas teorias: conceitos, classificações,
correlações, generalizações, princípios, leis,
regras, teoremas, axiomas.

Física Geral I - Mecânica 6


Física como ciência
Introdução

✔ Fatos e teorias


A teoria:

Restringe a amplitude dos fatos em estudo

Oferece um sistema de conceitos e classificações

Fornece um vocabulário próprio da ciência em
questão

Expressa uma relação entre os fatos

Sistematiza fenômenos

Resume sistematicamente o que se sabe sobre o
objeto de estudo

Prevê fatos

Indica lacunas no conhecimento

Física Geral I - Mecânica 7


Física como ciência
Introdução

✔ Leis e princípios


Leis

Lei é uma proposição que enuncia uma relação
entre os valores das grandezas que aparecem na
descrição de um fenômeno. Essa relação pode ser
verificada experimentalmente de modo direto. Por
exemplo, a lei de Hooke, que estabelece a
proporcionalidade entre a elongação de uma mola e
o módulo da força de restituição que ela exerce.
Podemos verificar experimentalmente se uma dada
mola segue essa lei e até que ponto isso acontece.

Física Geral I - Mecânica 8


Física como ciência
Introdução

✔ Leis e princípios


Princípios

Princípio é uma proposição tomada como
verdadeira desde o início. Um princípio tem o
mesmo papel que um postulado na Matemática.
Não pode ser verificado de modo direto pela
experimentação, mas apenas indiretamente, pela
concordância de suas consequências com os fatos
observados. Podemos dizer, nesse sentido, que um
princípio não é consequência da experimentação,
mas que se sustenta pela experimentação.

Física Geral I - Mecânica 9


Grandezas físicas

Física I - Cinemática 10
Grandezas
Definição

✔ Vimos que, de forma geral, tudo aquilo que pode ser medido
pode corresponder a uma grandeza física;

✔ As grandezas são classificadas em dois grupos, conforme suas


características: grandezas escalares e vetoriais.

Diferentes tipos de aparelhos utilizados para a


medição de massa.
Massa é um exemplo de grandeza escalar
Física I - Cinemática 11
Grandezas
Definição

✔ As grandezas escalares são bem caracterizadas quando se


expressa seu valor acompanhado da unidade de medida
correspondente.

✔ Por exemplo, ao realizar a medida de comprimento, você utiliza


algum instrumento como uma régua, uma trena etc., obtendo a
medida do objeto e a unidade correspondente, que pode ser o
metro (unidade padrão do SI), ou centímetro, milímetro,
quilômetro entre outros. Observe que a grandeza está
completamente caracterizada apenas com essas informações.

Diferentes tipos de instrumentos de medida.


O comprimento é um exemplo de grandeza escalar.

Física I - Cinemática 12
Grandezas
Grandezas escalares

✔ Realizar operações com grandezas escalares é um


processo bastante simples, desde que as operações
sejam possíveis, ou seja, tenham significado físico.

✔ Para realizar as operações com grandezas


escalares, basta utilizar as mesmas regras
utilizadas em operações algébricas já conhecidas.

✔ Por exemplo, ao somar a distância de Zé Doca a


Santa Inês (64Km) e posteriormente a distância de
Santa Inês a Viana (110Km), o resultado é a soma
usual: 64Km + 110Km = 174Km, a distância entre Zé
Doca e Viana.

Física I - Cinemática 13
Grandezas
Grandezas escalares

✔ É importante que se tenha em mente algumas regras básicas para realizar-se operações com
grandezas escalares:

✔ 1ª situação: a operação deve ter sentido físico: por exemplo, se você tomar:

Δ t=t final −t inicial


Não tem sentido o resultado do intervalo de tempo ser negativo.

Por que, professor?
Simples: não existe intervalo de tempo negativo. Isso não tem significado físico!

Física I - Cinemática 14
Grandezas
Grandezas escalares

✔ 2ª situação: as operações de soma e subtração só podem ser realizadas se as unidades


forem iguais.

✔ Por exemplo, você sabe que pode fazer em álgebra a operação:

5 a+4 a=9 a
✔ Mas a situação abaixo não pode ser somada. Ou seja, não pode ser simplificada ainda mais:

5 a+4 b=5 a+4 b


✔ Isso nos dá um resultado importante: em somas ou subtrações de grandezas físicas, todas
elas devem ter a mesma unidade. Se isso não for satisfeito, certamente o cálculo estará
errado!
Física I - Cinemática 15
Grandezas
Grandezas escalares

✔ Ainda, você só pode realizar as operações de soma e subtração entre unidades


equivalentes, com as devidas conversões. Ou seja, unidades correspondentes à mesma
grandeza física. Por exemplo:

Energia com energia;

Comprimento com comprimento;

Intervalo de tempo com intervalo de tempo etc.

✔ Logo, podemos fazer:


3 segundos+7 segundos=10 segundos
✔ Mas não podemos fazer a operação abaixo, pois as parcelas correspondem a grandezas
distintas e não tem significado físico!

3 segundos+7 metros=?
Física I - Cinemática 16
Grandezas
Grandezas escalares

✔ Por outro lado, quando as parcelas da soma ou subtração envolverem o produto ou


quociente de grandezas física, é necessário observar que a unidade da grandeza
correspondente ao produto ou quociente deve ser igual à unidade das outras parcelas
envolvidas no cálculo. Por exemplo, na equação para o Movimento Retilíneo Uniforme
(MRU), temos a seguinte formação:

x=x 0 +v . t

Posição final Instante de tempo

Posição inicial Velocidade instantânea

Física I - Cinemática 17
Grandezas
Grandezas escalares

✔ Observe que na equação do MRU, as parcelas devem corresponder à unidade de


comprimento, que no SI é o metro. Dessa forma, só será possível somar a posição inicial com
o termo v . t se o produto da velocidade instantânea pelo tempo tiver unidade de comprimento,
o que realmente ocorre: a velocidade é dada em m/s e o tempo em s. O resultado do produto
dessas duas grandezas resulta em outra, que tem como unidade o metro.

x=x 0 +v . t

Posição final Instante de tempo

Posição inicial Velocidade instantânea

Física I - Cinemática 18
Grandezas

Grandezas escalares

✔ Por conseguinte, se as parcelas envolvidas na operação tiverem unidades distintas,


você deve primeiramente converter todas elas para a mesma unidade antes de realizar
a operação.

✔ Assim, se tivermos:
30 segundos+7 minutos
✔ Devemos fazer:
30 segundos+7 minutos ⇒
30 segundos+7∗60 segundos=450 segundos

✔ O processo de conversão de unidades será visto mais à frente!


Física I - Cinemática 19
Grandezas
Grandezas escalares

✔ Antes de continuarmos, vale lembrar que o produto ou quociente de grandezas físicas


também se realiza da forma como usualmente fazemos em álgebra, valendo todas as
operações, regras de sinais, etc.

✔ Exemplo 1: velocidade escalar média.

ΔS
v m=
Δt
Velocidade média Espaço percorrido

Intervalo de tempo

Física I - Cinemática 20
Grandezas
Conversão de unidades

✔ Em muitas situações do cotidiano, nos deparamos com problemas envolvendo unidades


equivalentes ou correspondências entre grandezas.

✔ Exemplo 1: unidades equivalentes: considere as unidade Joule e calorias. Ambas são


unidades correspondentes à grandeza energia. Para realizarmos a conversão entre essas
unidades, devemos saber quanto equivale uma delas em relação à outra. No nosso exemplo:

1 cal=4,1868 J
✔ Dessa forma, se tivermos 50 calorias e quisermos convertê-las em Joules, basta multiplicar
ambos os lados da igualdade por 50:

50 . 1cal=50 . 4,1868 J ⇒ 50 cal=209,34 J


Física I - Cinemática 21
Grandezas
Conversão de unidades

✔ A conversão entre unidades equivalentes, correspondentes à mesma grandeza, ou o


cálculo de equivalências entre grandezas distintas são procedimentos comuns e
essenciais no nosso dia a dia!

✔ Exemplo 2: unidades equivalentes: muitas vezes, na construção civil, os fabricantes


expressam as medidas de alguns produtos em centímetros. Assim, em determinadas
situações, é necessário que o profissional que fará a instalação converta algumas medidas
para metros. Veja:

72
−2
72 cm=72.10 m= m=0,72 m
100

Física I - Cinemática 22
Grandezas
Conversão de unidades

✔ Qual o procedimento para conversão entre unidades? Teremos pelo menos duas situações
que devem ser verificadas:

✔ 1º caso: unidades que não são múltiplas ou submúltiplas de uma unidade em comum.

✔ Exemplos:


As unidades joule e caloria, ambas unidades de energia;

As unidades pascal e atmosfera, ambas unidades de pressão;

As unidades litro e decímetro cúbico, ambas unidades de volume;

As unidades celsius e kelvin, ambas unidades de temperatura.

Física I - Cinemática 23
Grandezas
Conversão de unidades

✔ Para esse caso específico, em que as unidades que não são múltiplas ou submúltiplas de
uma unidade em comum, você deve conhecer de antemão o valor equivalente de uma em
relação à outra.

✔ Por exemplo, desejamos converter 200 joules em calorias. Assim, siga os passos abaixo:

✔ 1ª passo: a primeira coisa a se pensar é: quanto vale 1 joule em calorias? Escreva quanto
equivale o valor unitário da unidade inicial em relação à outra que se está procurando. No
nosso exemplo, temos:

1
1 caloria=4,1868 joules ⇒ 1 joule= calorias
4,1868
Física I - Cinemática 24
Grandezas
Conversão de unidades

✔ 2º passo: agora, basta multiplicar os dois lados da igualdade pelo valor da unidade inicial que
se deseja converter. Queremos saber quanto valem 200 joules em calorias. Então:

1
1 joule= calorias ⇒
4,1868
1
200.1 joule=200. calorias ⇒
4,1868
200
200 joule= calorias ⇒
4,1868
200 joules=47,77 calorias

Física I - Cinemática 25
Grandezas
Conversão de unidades

✔ Outro exemplo: queremos converter 5 atmosferas em pascal. Assim:

✔ 1º passo: vamos escrever quanto vale 1 atmosfera em pascal:

1 atmosfera=1,01325.10 5 pascal
✔ 2º passo: então 5 atmosferas correspondem equivalem a:

5. 1 atmosfera=5. 1,01325.10 5 pascal ⇒


5
5 atmosferas=5,06625. 10 pascal
Física I - Cinemática 26
Grandezas
Conversão de unidades

✔ Observação: é importante ter em mente que nem sempre podemos realizar a conversão de
uma unidade em outra apenas realizando as operações observadas nos exemplos anteriores.
Por que, professor?

Porque o processo realizado até este momento só é possível quando as grandezas
envolvidas possuem uma relação de proporcionalidade entre si. Ou seja, se tivermos uma
medida “x” em uma unidade e seu correspondente valor “y” em outra unidade, pudermos
escrever:
x
=k , k=constante
y
✔ Para ficar claro, vejamos os exemplos a seguir.

Física I - Cinemática 27
Grandezas

Conversão de unidades

✔ Vimos que 1 caloria equivale a 4,1868 joules, ou seja, 1 cal = 4,1868 J. Assim, temos:
5 cal=5. 4,1868 J =20,934 J
7 cal=7. 4,1868 J =29,3076 J

✔ Observe que se fizermos:


5 cal 1
=
20,934 J 4,1868
7 cal 1
=
29,3076 J 4,1868
Física I - Cinemática 28
Grandezas
Conversão de unidades

✔ Observe que no exemplo anterior, temos k = 4,1868, um valor constante.

✔ Isso não ocorre, por exemplo, no processo de conversão de unidades de temperatura: a


relação entre a temperatura na escala Celsius e Kelvin, estudada no 2º ano, nos mostra que:

T K =T C +273,15
✔ Assim, se tomarmos duas temperaturas em graus Celsius, por exemplo, TC1=10ºC e
TC2=100ºC, teremos:

T K 1 =10+273,15=283,15
T K 2=100+273,15=373,15
Física I - Cinemática 29
Grandezas
Conversão de unidades

✔ Mas agora, teremos:


10 ºC
=0,035317
283,15 K
✔ Enquanto que:
100 ºC
=0,267988
373,15 K
✔ Observe que a razão entre dois valores distintos em Celsius e seus respectivos
correspondentes em Kelvin não é constante. Isso nos mostra que é fundamental se conhecer
a relação de transformação de uma unidade para outra antes da conversão!

Física I - Cinemática 30
Grandezas
Conversão de unidades

✔ 2º caso: unidades que são múltiplas ou submúltiplas de uma unidade em comum. Nesse
caso, a equivalência entre as unidades sempre corresponderão a um determinado
valor. Ou seja, elas sempre serão proporcionais.

✔ É o caso, por exemplo, das unidades de medida de comprimento: metro, centímetro,


milímetro, quilômetro etc.

✔ Ou, por exemplo, as unidades de tempo: segundo, milissegundo, microssegundo etc.

✔ Para resolver esses problemas, vamos ver agora um método geral que serve para todas as
situações

✔ Para ser bem didático, vamos dividir as ações por passos

Física I - Cinemática 31
Grandezas
Conversão de unidades

✔ 1º Passo: façamos uma tabela com potências de 10, variando de -3 a +3. O ponto central da
tabela corresponderá ao 0, o qual estará associado a uma unidade de base. Vejamos um
exemplo com a unidade de comprimento padrão do SI, o metro. Essa será nossa unidade de
base:

10-3m 10-2m 10-1m 100m 101m 102m 103m

mm cm dm m dam hm km

Física I - Cinemática 32
Grandezas
Conversão de unidades

✔ 2º Passo: para fazermos uma conversão entre essas unidades, basta realizar uma razão
entre elas para saber quanto equivale uma em relação à outra. Por exemplo, queremos fazer
a conversão de 10mm para m. Então, façamos da seguinte forma:

10-3m 10-2m 10-1m 100m 101m 102m 103m

1mm 1cm 1dm 1m 1dam 1hm 1km

1 m m 10−3 m
= 0
1m 10 m
Física I - Cinemática 33
Grandezas
Conversão de unidades

✔ 3º Passo: façamos a simplificação da fração da direita:

1 m m 10−3−0 m −3
= =10
1m m
✔ 4º Passo: agora faça o produto do meio pelos extremos para achar a relação entre uma e
outra:

1 m m=10−3 m

Física I - Cinemática 34
Grandezas
Conversão de unidades

✔ 5º Passo: agora basta multiplicar dos dois lados da igualdade pelo valor a ser convertido:

10. 1 mm=10.10−3 m⇒
−3+1
10 m m=10 m
−2
10 m m=10 m

Física I - Cinemática 35
Grandezas
Conversão de unidades

✔ Vamos fazer outra conversão: digamos que 27 cm para km. Como fica?

✔ 1º Passo:

10-3m 10-2m 10-1m 100m 101m 102m 103m

1mm 1cm 1dm 1m 1dam 1hm 1km

1 c m 10−2 m
= 3
1 k m 10 m
Física I - Cinemática 36
Grandezas
Conversão de unidades

✔ Vamos fazer outra conversão: digamos que 27 cm para km. Como fica?

✔ 2º Passo:

1 c m 10−2−3 m −5
= =10
1k m m

1 c m=10−5 k m

Física I - Cinemática 37
Grandezas

Conversão de unidades

✔ Vamos fazer outra conversão: digamos que 27 cm para km. Como fica?

✔ 3º Passo:

27. 1 c m=27.10−5 k m⇒
−5
27 c m=27.10 k m

Física I - Cinemática 38
Grandezas

Conversão de unidades

✔ Uma coisa muito importante: as unidades de área e volume correspondem ao produto


de unidades de comprimento. Com esse método que acabamos de aprender fica
bem fácil realizar as conversões. Vamos utilizar como exemplo as unidades que já
trabalhamos anteriormente.

✔ Suponha que queremos converter 32 mm2 para m2. Como deveremos proceder?
Primeiramente, já sabemos que:

1 m m=10−3 m
✔ Assim:
(1 m m)2=(10−3 m)2
Física I - Cinemática 39
Grandezas

Conversão de unidades

✔ Suponha que queremos converter 32 mm2 para m2. Como deveremos proceder?

✔ Agora:
(1 m m)2=(10−3 m)2 ⇒12 m m 2=(10−3 )2 m 2 ⇒
1 m m 2=10−6 m 2
✔ Logo:

32. 1 m m2 =32. 10−6 m2 ⇒


2 −6 2
32. m m =32. 10 m
Física I - Cinemática 40
Grandezas

Conversão de unidades

✔ Suponha que queremos converter 17 cm3 para km3. Como deveremos proceder?

✔ Sabemos que:
1 c m=10−5 k m
✔ Logo:

(1 c m)3 =(10−5 k m)3


13 c m 3 =(10−5 )3 km3
1 c m 3=10−15 km 3
Física I - Cinemática 41
Grandezas

Conversão de unidades

✔ Suponha que queremos converter 17 cm3 para km3. Como deveremos proceder?

✔ Assim:

17. 1 c m 3 =17.10−15 km3


3 −15 3
17. c m =17.10 km

Física I - Cinemática 42
Grandezas vetoriais

Definição

✔ Vimos que algumas grandezas só ficam bem caracterizadas se definirmos sua


direção, sentido e intensidade. Isso ocorre porque dependendo da forma como essa
grandeza está se manifestando em determinado fenômeno, o resultado se altera. Um
exemplo disso é a força. Veja:

F
Força atuando
verticalmente de cima para
baixo. O bloco não se move

Física I - Cinemática 43
Grandezas vetoriais

Definição

✔ Vimos que algumas grandezas só ficam bem caracterizadas se definirmos sua


direção, sentido e intensidade. Isso ocorre porque dependendo da forma como essa
grandeza está se manifestando em determinado fenômeno, o resultado se altera. Um
exemplo disso é a força. Veja:

F
Força atuando
verticalmente de baixo para
cima. O bloco tende a se
levantar da superfície

Física I - Cinemática 44
Grandezas vetoriais

Definição

✔ Vimos que algumas grandezas só ficam bem caracterizadas se definirmos sua


direção, sentido e intensidade. Isso ocorre porque dependendo da forma como essa
grandeza está se manifestando em determinado fenômeno, o resultado se altera. Um
exemplo disso é a força. Veja:

Força atuando
horizontalmente da esquerda ⃗
F
para a direita. O bloco tende
a se mover para a direita

Física I - Cinemática 45
Grandezas vetoriais
Operação com vetores

✔ Quando duas ou mais grandezas físicas vetoriais atuam sobre o mesmo sistema (nosso
objeto de estudo), devemos considerar o valor resultante dessas grandezas. Entretanto,
diferentemente das grandezas escalares, as grandezas vetoriais se somam de forma
diferente. Aqui consideraremos alguns casos e como proceder em cada um deles.

✔ Uma coisa muito importante a se considerar é que sempre devemos estabelecer um


sistema de eixos de coordenadas para realizar a soma de grandezas físicas vetoriais.
Isso é necessário porque, para que possamos descrever adequadamente as coordenadas dos
vetores, devemos definir previamente um sistema de coordenadas para representá-lo. Em
algumas situações, como no uso da regra do paralelogramo, um sistema de eixos é
dispensável. Mas em outras situações, como na decomposição de forças, é fundamental.

✔ Vejamos como proceder em relação à soma de vetores. Antes disso, precisamos definir
algumas propriedades importantes dos vetores...
Física I - Cinemática 46
Grandezas vetoriais
Direção de vetores

✔ Dois ou mais vetores possuem a mesma direção se e somente se forem paralelos entre si.

✔ Os vetores acima são todos paralelos. Logo, têm a mesma direção.

Física I - Cinemática 47
Grandezas vetoriais
Direção de vetores

✔ Dois ou mais vetores são perpendiculares quando o ângulo que eles formam entre si for de
90º

✔ Os vetores u e ⃗v são perpendiculares entre si.



Física I - Cinemática 48
Grandezas vetoriais
Sentido de vetores

✔ Dois ou mais vetores possuem o mesmo sentido quando têm a mesma direção e suas setas
apontam para o mesmo lado.

✔ Os vetores ⃗a , ⃗b e ⃗ ⃗ possui sentido oposto a eles.


d possuem o mesmo sentido. O vetor w
Física I - Cinemática 49
Grandezas vetoriais
Módulo de vetores

✔ Representamos graficamente a intensidade (módulo) de um vetor pelo tamanho do seu


representante. Assim, quanto maior for o vetor, maior será a sua intensidade.

✔ Assim, temos: |⃗c|>|⃗b|>|⃗a|


Física I - Cinemática 50
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Vamos aplicar a esse problema a força, uma grandeza vetorial. Suponha que você tenha um
conjunto de vetores de mesma direção atuando sobre um determinado bloco e deseja
encontrar o vetor soma das forças, ou seja, a força resultante. Temos:

Física I - Cinemática 51
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Vamos representar os vetores em um sistema de eixos de coordenadas. Observe que, como


todos os vetores têm a mesma direção, basta apenas 1 eixo de coordenada para
representá-los.

✔ A origem dos vetores deverá ser colocada na origem do eixo (o zero do eixo) enquanto
que sua extremidade corresponderá no eixo ao valor numérico do seu módulo.

Origem

Física I - Cinemática 52
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Agora, vamos montar a equação vetorial correspondente a esta soma:

Equação vetorial F⃗R = F⃗1 + F⃗2 + F⃗3

✔ Posteriormente, vamos montar a equação das coordenadas desses vetores.

✔ Atente-se para o sinal das coordenadas dos vetores (os pontos correspondentes a sua
extremidade). Se a extremidade do vetor tiver coordenada na parte positiva do eixo, seu
sinal será positivo. Caso contrário, será negativo.

Física I - Cinemática 53
Grandezas vetoriais

Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ No nosso exemplo, temos:

Equação das F R =F 1 + F 2 + F 3
coordenadas

✔ Substituindo os valores correspondentes, temos:

F R =3 N + 4 N +5 N ⇒ F R =12 N

Física I - Cinemática 54
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Como o resultado também é positivo, isso significa que o vetor soma também está do lado
positivo do eixo. Veja na figura abaixo:

F R =3 N + 4 N +5 N ⇒ F R =12 N
Origem

✔ Assim, o módulo da força resultante é |FR| = 12N


Física I - Cinemática 55
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Vejamos mais um exemplo de aplicação: Observe que as forças não apontam todas na
mesma direção. Como representamos isso no eixo?

Origem

Física I - Cinemática 56
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Vamos montar a equação vetorial. Perceba que ela é a mesma que a equação do problema
anterior, pois agora você está definindo o vetor F2 no sentido oposto!

Origem

Equação vetorial F⃗R = F⃗1 + F⃗2 + F⃗3


Física I - Cinemática 57
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Vamos montar a equação das coordenadas. Perceba que agora, como F2 está do lado
negativo do eixo, sua coordenada é negativa. Assim:

Origem

Equação das F R =F 1 −F 2 + F 3
coordenadas
Física I - Cinemática 58
Grandezas vetoriais

Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ No nosso exemplo, temos:

Equação das F R =F 1 −F 2 + F 3
coordenadas

✔ Substituindo os valores correspondentes, temos:

F R =3 N −4 N +5 N ⇒ F R =4 N

Física I - Cinemática 59
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Como o resultado também é positivo, isso significa que o vetor soma também está do lado
positivo do eixo. Veja na figura abaixo:

F R =3 N −4 N +5 N ⇒ F R =4 N
Origem

✔ Assim, o módulo da força resultante é |FR| = 4N


Física I - Cinemática 60
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Veja esse outro exemplo: duas crianças puxando uma corda: uma puxa a corda para a
esquerda com força de módulo F1=10N, enquanto que a outra puxa a corda para a direita com
força de módulo F2=6N. Assim, a força resultante será:

F⃗R = F⃗1 + F⃗2

F R =−10 N +6 N =−4 N
Origem

Física I - Cinemática 61
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores com a mesma direção

✔ Veja abaixo como representamos a força resultante no sistema de coordenadas. Observe que
a força resultante, por ter coordenada negativa, é representada na parte negativa do eixo de
coordenadas.
F⃗R = F⃗1 + F⃗2
F R =−10 N +6 N =−4 N

Origem

✔ Assim, o módulo da força resultante é |FR| = 4N


Física I - Cinemática 62
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores perpendiculares

✔ Vejamos agora o que ocorre quando os dois ou mais vetores são perpendiculares entre si.
Nesse caso, como os vetores não estão mais na mesma direção, obrigatoriamente o
sistema de coordenadas deve conter pelo menos dois eixos de coordenadas para
termos condições de representar estes vetores.

✔ Por que “pelo menos dois eixos”? Existe alguma situação em que deveríamos ter 3 eixos? A
resposta é sim: da matemática, sabemos que duas retas não coincidentes determinam um
plano no espaço. Assim, apenas dois vetores sempre vão pertencer ao mesmo plano.
Entretanto, se você tiver mais de dois vetores, a menos que todos sejam coplanares, ou
seja, pertençam ao mesmo plano, você necessitaria de mais um eixo para representar todos.

✔ E em que situações isso ocorre, professor? Ocorre, por exemplo, no estudo de rotações
(Física II) e Magnetismo (Física VI). Por enquanto, teremos problemas envolvendo apenas 2
coordenadas, ou seja, vetores no plano ( vetores coplanares).
Física I - Cinemática 63
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores
perpendiculares

✔ Dito isso, vamos para um problema prático: considere


que um bloco é puxado por duas forças perpendiculares,
F1 = 3N e F2 = 4N. Qual a força resultante sobre o bloco?

✔ Como as forças são perpendiculares, você pode achar o


módulo da força resultante apenas aplicando o teorema
de Pitágoras. Como? Vamos ver os vetores
representados no sistema de coordenadas e verificar
que eles formam um triângulo retângulo.

Física I - Cinemática 64
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de
vetores perpendiculares

✔ Representando F1 e F2 no sistema de
coordenas, observe que cada um ficará sobre
um dos eixos, pois no sistema de
coordenadas que estamos utilizando, o
sistema cartesiano, todos os eixos também
são perpendiculares entre si:

✔ Observe que se representarmos o vetor F1 na


extremidade de F2 (o vetor u laranja na figura),
teremos um triângulo retângulo neste ponto.
Assim, podemos aplicar o teorema de
Pitágoras.

Física I - Cinemática 65
Grandezas vetoriais

Operação com vetores: soma de vetores perpendiculares

✔ Temos, então:

F⃗R = F⃗1 + F⃗2

2 2 2
|F⃗R| =|F⃗1| +|F⃗2| ⇒
2
|F R| =32 + 4 2 =9+16=25 ⇒

|F⃗R|=√ 25=5 N

Física I - Cinemática 66
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de
vetores perpendiculares

✔ Observe um resultado interessante: Se FR é o


vetor resultante da soma de F1 e F2, os quais
estão sobre os eixos coordenados, isso
significa que qualquer vetor pode ser
escrito como a soma de vetores nos eixos
coordenados. Esse resultado é geral e os
vetores contidos nos eixos são chamados
de componentes do vetor resultante.
Veremos mais detalhes desse resultado
quando tratarmos da decomposição de
vetores.

Física I - Cinemática 67
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de
vetores perpendiculares

✔ Observe um resultado interessante: Se FR é o


vetor resultante da soma de F1 e F2, os quais
estão sobre os eixos coordenados, isso
significa que qualquer vetor pode ser
escrito como a soma de vetores nos eixos
coordenados. Esse resultado é geral e os
vetores contidos nos eixos são chamados
de componentes do vetor resultante.
Veremos mais detalhes desse resultado
quando tratarmos da decomposição de
vetores.

Física I - Cinemática 68
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de
vetores formando um ângulo qualquer

✔ Quando os vetores formam um ângulo


qualquer, podemos aplicar a regra do
paralelogramo, a qual é regra geral para
todas as situações desse tipo. A propósito, a
regra do paralelogramo é um caso particular
da lei dos cossenos, estudada na
matemática. Veja:

✔ Consideremos os vetores F1 e F2, os quais


formam um ângulo entre si (ângulo entre
suas origens)

Física I - Cinemática 69
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de
vetores formando um ângulo qualquer

✔ Vamos traçar uma reta pontilhada na


extremidade de F1 que seja paralela a F2 e
uma reta pontilhada na extremidade de F2
que seja paralela a F1

✔ Observe que o ponto de intersecção dessas


retas pontilhadas (o ponto onde elas se
cruzam) e os vetores F1 e F2 formam uma
figura plana chamada paralelogramo

Física I - Cinemática 70
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de
vetores formando um ângulo qualquer

✔ Agora, veja como é simples: o vetor que tem


origem no ponto de encontro das origens de
F1 e F2 e extremidade no ponto de
cruzamento das linhas pontilhadas (ponto E
na figura) é o vetor soma resultante. Legal,
não é?

✔ O próximo passo é determinar o módulo do


vetor resultante. Atente-se para a
localização dos vetores e do ângulo
envolvido na regra do paralelogramo. Isso
será fundamental!

Física I - Cinemática 71
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de
vetores formando um ângulo qualquer

✔ O ângulo sempre será aquele formado entre


os vetores que estão sendo somados, no
encontro das suas origens

✔ E o vetor FR sempre será o vetor com


origem no encontro das origens dos vetores
que estão sendo somados e extremidade no
encontro do segmentos pontilhados que
formam o paralelogramo com eles (o ponto
E na figura)

Física I - Cinemática 72
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de
vetores formando um ângulo qualquer

✔ Assim, teremos:

2 2 2
|F R| =|F 1| +|F 2| +2|F⃗1||F⃗2|cos α
⃗ ⃗ ⃗

Física I - Cinemática 73
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores formando um ângulo qualquer

✔ Exemplo: suponha que temos duas forças atuando sobre um objeto, de módulos F1 = 5N e F2
= 3N, formando um ângulo de 60º entre si. Qual é a força resultante?

Física I - Cinemática 74
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores formando um ângulo qualquer

✔ Vamos agora calcular FR:

F 2R =F 21 + F 22 +2. F 1 . F 2 cos α
2 2 2
F R =5 +3 +2. 5. 3 cos 60
F 2R =34+2. 5. 3 cos 60
2
F R =34+15
F 2R =49
F R =√ 49
F R =7 N
Física I - Cinemática 75
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: soma de vetores formando um ângulo qualquer

✔ Agora vou fazer duas observações importantes:


Tanto no caso de vetores perpendiculares quanto no caso de vetores formando um
ângulo qualquer, você já deve ter percebido que somente é possível realizar as
operações de soma tomando os vetores dois a dois. Ou seja, se você tiver mais de dois
vetores na operação, deverá primeiro achar o vetor resultante entre dois deles. O resultado,
então, deverá ser somado a um dos outros vetores da soma e assim sucessivamente, até
que não reste mais nenhum vetor a somar.

Essa é a grande limitação dessas duas regras. A forma que temos para realizar a operação
com todos de uma só vez, embora trabalhosa, é pela decomposição de vetores, técnica
mais geral e fundamental para o restante do ensino médio e técnico.

Física I - Cinemática 76
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição de vetores

✔ Decompor um vetor não é nada mais que escrevê-lo como a soma vetorial de dois vetores (no
plano) ou três vetores (no espaço), chamados componentes do vetor a ser decomposto.

✔ Uma característica extremamente importante e legal é que os vetores componentes,


representados sobre os eixos de coordenadas cartesianos, são sempre perpendiculares entre
si. Isso é muito bom porque tudo aquilo que você sabe sobre triângulos retângulos e relações
trigonométricas em triângulos retângulos poderá ser aplicado aqui.

✔ Para verificarmos isso, vamos aplicar a técnica a um caso prático.

Física I - Cinemática 77
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição de
vetores

✔ Voltemos ao problema anterior: um objeto esférico está


sendo arrastado sobre uma superfície. Neste exemplo,
as forças que atuam no objeto não estão todas descritas
no problema, mas nosso interesse é saber como as
forças F1 e F2 contribuem para o movimento

✔ Primeiramente, devemos escolher um sistema de


coordenadas para avaliar o problema, pois já vimos que
só poderemos operar adequadamente os vetores se
definirmos um referencial anteriormente, pois o valor das
coordenadas do vetor dependem do referencial adotado.

Física I - Cinemática 78
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição de
vetores

✔ A priori, você poderia escolher um sistema de


coordenadas com um dos eixos em qualquer direção,
inclusive na direção de um dos vetores. Entretanto,
dependendo do problema, uma escolha aleatória pode
não ser útil ou dificultar ainda mais a análise do
problema

✔ Por exemplo, no problema ao lado, é útil escolher um


sistema de coordenadas que nos permita analisar a
contribuição das forças no sentido da superfície ou no
sentido vertical. Isso significa que um dos eixos
coordenados deve, necessariamente, ter a mesma
direção da superfície. Assim, façamos:
Física I - Cinemática 79
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição
de vetores

✔ Escolhendo convenientemente um dos vetores


na direção horizontal, observe que o vetor F1,
por também ser horizontal, está contido apenas
no eixo X. Isso significa que a contribuição dele
ocorre unicamente na horizontal, já que não é
possível escrever uma componente sua na
direção vertical

✔ O nosso grande problema, agora, é determinar


as componentes de F2, o qual não é paralelo a
nenhum dos eixos. Vamos ver como proceder

Física I - Cinemática 80
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição
de vetores

✔ Primeiramente, devemos fazer a projeção do


vetor F2 na direção do eixo X. Para isso, basta
determinar um ponto sobre o eixo X que forme
com a extremidade de F2 uma reta paralela a Y
(a reta vertical pontilhada que liga os pontos C
e D na figura)

✔ Da mesma forma, devemos fazer a projeção do


vetor F2 na direção do eixo Y. Para isso, basta
determinar um ponto sobre o eixo Y que forme
com a extremidade de F2 uma reta paralela a X
(a horizontal pontilhada que liga os pontos C e
E na figura)
Física I - Cinemática 81
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição
de vetores

✔ Com esses passos realizados, você perceberá


que se formou um triângulo retângulo entre os
seguintes pontos: a origem do sistema de
coordenadas (ponto zero) e os pontos C e D,
sendo o ponto D o vértice onde se localiza o
ângulo de 90º

✔ Agora, já estamos aptos a utilizar as relações


trigonométricas do triângulo retângulo para
determinar as componentes de F2 sobre os
eixos coordenados

Física I - Cinemática 82
Grandezas vetoriais

Operação com vetores: decomposição de vetores

✔ Lembrando das definições de seno e cosseno:

cateto oposto
sen α =
hipotenusa
cateto adjacente
cos α =
hipotenusa

Física I - Cinemática 83
Grandezas vetoriais

Operação com vetores: decomposição de vetores

✔ Aplicando isso a nosso problema, temos:

F2 y
sen 60=
F2
F2x
cos 60=
F2

Física I - Cinemática 84
Grandezas vetoriais

Operação com vetores: decomposição de vetores

✔ Logo


sen 60= =
3 F2 y
2 3
1 F
cos 60= = 2 x ⇒
2 3
F 2 y =2,6 N
F 2 x =1,5 N

Física I - Cinemática 85
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição
de vetores

✔ Agora, podemos resolver o problema


substituindo o vetor F2 pelas suas
componentes F2x e F2y

✔ Vamos interpretar esse importante resultado:


o vetor F2 tem duas contribuições ao
movimento: uma na direção horizontal para a
direita, a componente F2x e outra na direção
vertical, F2y. Na prática, aprenderemos que a
componente vertical contribui diminuindo o
atrito do objeto sobre a superfície. Legal, não
é?

Física I - Cinemática 86
Grandezas vetoriais

Operação com vetores: decomposição


de vetores

✔ Agora, você tem na direção X os vetores F1


e F2x

✔ Por outro lado, temos na direção Y apenas o


vetor F2y

✔ Observe que agora temos um problema


semelhante ao nosso primeiro caso: vetores
de mesma direção. Só que agora, em cada
eixo coordenado. Assim, basta proceder
como fizemos: calculamos a soma na
direção X e a soma na direção Y
Física I - Cinemática 87
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição
de vetores

✔ Na direção X, temos:

F⃗x = F⃗1 + F⃗2 x


F x =F 1 + F 2 x
F x =5+1,5=6,5 N
✔ Na direção Y, temos:

F⃗y = F⃗2 y
F y =F 2 y
F y =2,6 N
Física I - Cinemática 88
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição
de vetores

✔ Agora vem uma excelente pergunta: querido


professor, quem são FX e FY?

✔ Aí vem a mágica do problema: são


exatamente as coordenadas do vetor
resultante! Ou seja, do vetor soma que
fizemos anteriormente usando a regra do
paralelogramo.

Física I - Cinemática 89
Grandezas vetoriais

Operação com vetores: decomposição de vetores

✔ A propósito, aplique o teorema de Pitágoras às coordenadas que achamos, já que FX e


FY são perpendiculares:

|F⃗R|=√ F 2x + F 2y ⇒
|F⃗R|=√ 6,52 +2,6 2 ⇒
|F⃗R|=√ 6,52 +2,6 2 ⇒
|F⃗R|= √ 49⇒
|F⃗R|=7 N

Física I - Cinemática 90
Grandezas vetoriais
Operação com vetores: decomposição de vetores

✔ Professor, esse método parece ser complexo!

✔ É realmente é mais complexo. Entretanto, quando você têm mais de dois vetores, vimos que
você deveria fazer o cálculo dois a dois. Nesse método, você pode encontrar a coordenada de
todos os vetores individualmente e depois somar tudo no final, achando diretamente o valor
das coordenadas do vetor resultante!

Física I - Cinemática 91
Para finalizarmos...

Obrigado pela atenção!

Física I - Cinemática 92

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