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Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa I

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Sistema de Ensino Presencial Conectado/SOER EAD

Construindo o sucesso de sua carreira

Módulo I

Conteúdo Curricular: Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa I

Profª Maria das Graças Rodrigues de Paula

www.colegiosoer.com.br
(18) 3117-7481 / (18) 3117-7482 / (18) 3625-6960

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SUMÁRIO

I – Fonema e letra ...................................................................................................... 5


II – Classificação dos fonemas .................................................................................. 5
III – Sílaba.................................................................................................................. 7
IV – Encontro vocálicos e consonatais ...................................................................... 7
V. Dígrafos ................................................................................................................. 8
VI – Divisão silábica ................................................................................................... 9
Crase ....................................................................................................................... 10
1-Substantivo ........................................................................................................... 13
2-Artigo .................................................................................................................... 19
3-Adjetivo ................................................................................................................. 23
4-Numeral ................................................................................................................ 29
5-Pronome ............................................................................................................... 33
6-Verbo .................................................................................................................... 39
7- Advérbio .............................................................................................................. 41
8-Preposição............................................................................................................ 42
9- Conjunção ........................................................................................................... 44
10- Interjeições ........................................................................................................ 49
Mudanças na Língua Portuguesa ............................................................................ 53
Mudanças nas regras de acentuação ...................................................................... 54
Normas práticas para algumas grafias. ................................................................... 60
Parômimos............................................................................................................... 62
Homônimos.............................................................................................................. 64
Concordância nominal ............................................................................................. 64
Concordância ideológica.......................................................................................... 67
Concordância verbal ................................................................................................ 68
Sujeito composto de pessoas diferentes ................................................................. 68
Regência.................................................................................................................. 71
Regência nominal .................................................................................................... 72
Regência verbal ....................................................................................................... 73
Emprego dos advérbios onde e aonde .................................................................... 75
Exercícios para fixação ............................................................................................ 77
Bibliografia ............................................................................................................... 86

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A Língua Portuguesa para fins de estudo divide-se em três partes:
Fonologia / Morfologia / Análise Sintática
Fonologia
Fonologia é a parte da gramática que estuda o fonema
(do grego: phoné = som + logia = estudo)

I – Fonema e Letra
1 Conceito de Fonema é a mínima unidade de som capaz de estabelecer diferenciação
entre um vocábulo e outro.
Ex.: f/i/t/a - f/i/l/a
A diferenciação entre as duas palavras é marcada pelos fonemas / t / e / l /.
Fonema e letra são conceitos distintos:
Fonema é de natureza sonora;
Letra é representação gráfica do fonema.

Não devemos confundir letra com fonema, já que o fonema é uma unidade sonora,
enquanto a letra é sua representação gráfica. Para evitar essa confusão, escrevemos o
fonemas sempre entre duas barras oblíquas (/ /).
Exemplos
mala 4 letras = m – a – l – a 4 fonemas =/m/, /a/, /l/, /a/
tapete 6 letras = t – a – p – e – t – e 6 fonemas = /t/, /a/, /p/, /e/, /t/, /e/
manhã 5 letras = m – a – n – h - ã 4 fonemas = /m/, /a/, /nh/, /ã/
fixo 4 letras = f – i – x – o 5 fonemas = /f/, /i/, /k/, /s/, /o/

Observe as seguintes frases: Ele tomou chá gelado com limão.


O xá do Irã foi deposto.
A pronúncia das palavras chá e xá são idênticas, ou seja, ela são formadas pelos
mesmos fonemas (/x/ e /a/ ). Mas as escrevemos de forma diferente, ou seja, o fonema /x/
pode ser representado pela letra x ou pelas letras ch. No caso do ch, temos duas letras
para representar um único fonema.

II – Classificação dos Fonemas


1. Vogais
São fonemas resultantes da livre passagem da corrente de ar pela boca. Não encontra
nenhum obstáculo na passagem pelo aparelho fonador.
Ex.: A palavra loira apresenta os seguintes fonemas /l/; /o/; /i/; /r/; /a/.

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Observe que nos fonemas /o/ e /a/ a corrente de ar que vem dos pulmões passa
livremente pela boca. Pronuncie várias vezes esses fonemas separadamente para
verificar que a corrente de ar, ao sair pela boca, não encontra nenhum obstáculo.
Em português, temos cinco vogais: a, e, i, o, u. Elas representam os doze fonemas
vogais: /a/, /ã/, /e/, /é/, / /, /i/, / /, /o/, /õ/, /u/, / /. As vogais, dependendo da maneira como
são pronunciadas, podem ser:
a) Abertas: quando pronunciadas com cavidade bucal mais aberta.
casa, café, loja, pele, maracujá, porta.
b) Fechadas: quando pronunciadas com cavidade bucal mais fechada.
porco, mesa, sino, lâmpada, muro.
c) Orais: quando a corrente de ar ressoa apenas na boca.
mala, bola, gelo, saci, bambu.
d) Nasais: quando a corrente de ar ressoa também na cavidade nasal:
mãe, romã, ambiente, embalo, ombro, põe, interno, algum.
Observe que a nasalização das vogais é marcada pelo til (~), ou pelas letras m e n,
quando estiverem em final de sílaba.

2. Semivogais
É um fonema de caráter vocálico que se junta a uma vogal para formar uma sílaba.
Exemplo: Ao pronunciarmos a palavra loira, os fonemas se agrupam da seguinte forma:
loi – ra. Cada um desses grupos de fonemas pronunciados, numa única expiração,
recebe o nome de sílaba.
Na pronúncia do primeiro bloco (loi), o fonema /i/ soa mais fraco que o fonema /o/,
apoiando-se nele para formar a sílaba. Nesse caso, dizemos que o fonema /i/ é uma
semivogal.
Pronuncie as palavras abaixo, observando as semivogais, já que vêm apoiadas numa
vogal para com ela formar sílaba.
O e de róseo e o o de mágoa também representam semivogais. Leia em voz alta essas palavras e
você notará que soa como /i/ e o soa como /u/.
Observe também que o primeiro i da palavra lírio não é semivogal, e sim vogal, uma vez que
funciona como a base da sílaba.
As vogais sempre serão o centro sílaba. Lembre-se que não existe sílaba sem vogal, e que nunca
teremos duas vogais na mesma sílaba.
As semivogais nunca serão o centro da sílaba, pois estarão sempre apoiadas a uma vogal para
3. Consoantes
com ela formar sílaba.
São fonemas que resultam de algum obstáculo encontrado pela corrente de ar ao passar
pela boca.
Ex.: Na palavra loira, observamos mais dois fonemas, representados pelas letras l e r.

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Na Língua Portuguesa, os fonemas consonantais são representados pelas seguintes
letras:
b = bico l = luta s = sino
c = corpo m = mola t = taco
d = dado n = nada v = vaca
f = fogo p = pulo x = xadrez
g = galo q = quilo z = zebu

III – Sílaba
É um grupo de fonemas pronunciados numa só expiração.
Ex.: pronunciado lentamente, as palavras: pai, país, escola e televisão, teremos:
pai / pa-ís / es-co-la / te-le-vi-são
Repare que, quando pronunciamos as palavras, os fonemas são agrupados de acordo
com a expiração. Na palavra pai, temos uma única sílaba, na palavra país, duas, na
palavra escola, três e na palavra televisão, quatro.

Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser.


a) monossílabas: possuem uma única sílaba.
pai, sol, dó, mel, lã, cruz.

b) dissílabas: possuem duas sílabas.


p-ís, ca-os, li-xo, cai-xa, lá-pis, no-ta

c) trissílabas: possuem três sílabas.


es-co-la, ár-vo-re, ca-der-no, cin-zei-ro, fo-ne-ma

d) polissílabas: possuem mais de três sílabas.


Te-le-vi-são, com-pu-ta-dor, me-lan-ci-a, ma-te-má-ti-ca

IV – Encontros Vocálicos e Consonantais


Os fonemas se agrupam formando sílabas. Dependendo da maneira como são agrupados
os fonemas, podemos ter um encontro vocálico ou um encontro consonantal.
1. Encontro Vocálico
É o nome que se dá ao agrupamento de vogais e semivogais.
Dependendo da maneira como as vogais e semivogais se agrupam, podemos ter três
tipos de encontros vocálicos: ditongo, tritongo ou hiato.

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a) Ditongo: é o agrupamento de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) na mesma
sílaba. Ex.: ré-gua, cá-rie, lou-sas, he-rói, sá-bio, pas-téis.

Os ditongos podem ser:


1- crescentes: quando a semivogal vem antes da vogal. Ex.: trégua, história, pátio,
glória, mágoa, róseo.

2-decrescentes: quando a vogal vem antes da semivogal. Ex. pai, chapéu, herói, boi,
lousa

b) Tritongo: é o encontro de uma semivogal + uma vogal + uma semivogal, na mesma


sílaba.
Ex.: Uruguai, enxaguou, Paraguai, quais

c) Hiato: é o encontro de duas vogais, pertencendo a sílabas diferentes.


Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ra-iz, sa-a-ra, en-jo-o, me-lan-ci-a

2. Encontro Consoantal
É o agrupamento de fonemas consonantais numa palavra, sem que entre elas haja vogal.
Ex. Pra-to blu-sas dig-no rit-mo

Observe que, para que haja encontro consonantal, não é necessário que as consoantes
pertençam à mesma sílaba. Basta que tenhamos duas consoantes juntas, sem vogal
entre elas, para que haja encontro consonantal.

V. Dígrafos
É o grupo de duas letras que representam um único fonema.
Ex.: As pronunciarmos as palavras chave, carro, malha, ninho, quilo, assado, exceto
ocorrem mais letras do que fonemas. Na palavra chave, observamos apenas quatro
fonemas, que representam assim: /x/ /a/ /v/ /e/.
O grupo representado pelas letras ch representa um único fonema, /x/. Nas demais
palavras da relação acima, ocorre o mesmo fenômeno. Veja, por exemplo, como seriam
representados os fonemas da palavra quilo: /k/ /i/ /l/ /o/. Portanto, podemos, concluir o
seguinte: muitas vezes duas letras podem estar representando um único fonema. A esse
tipo de encontro damos o nome de dígrafo.

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Alguns dígrafos que ocorrem com bastante frequência na língua portuguesa.
rr: carro, carroça, burro, terra
ss: assim, assado, assembleia
ch: chave, chaveiro, chuva
lh: malha, telha, calha
nh: ninho, rainha, lenha
gu: sangue, guerra, guerreiro
qu: quilo, quente, queijo
sc: nascer, crescer, descer
xc: exceto, exceção, excepcional

Deve-se ter muito cuidado para não confundir dígrafo com encontro consonantal.
Nos dígrafos rr, ss, ch, nh, lh, sc, sc, xc, as duas consoantes juntas representam um
único fonema. Já nos encontros consonantais, cada consoante representa um fonema.
Além dos dígrafos consonantais, existem também os dígrafos vocálicos, que são os
seguintes:
am: lâmpada
an: canto
em: embalo
en: enxame
im: imbuia
in: delinquente
om: escombro
on: tonto
um: penumbra
un: alguns

VI – Divisão Silábica
Para dividir as sílabas de uma palavra, é preciso pronunciá-la vagarosamente e em voz
alta, procurando observar os impulsos de voz utilizados para pronunciá-la. As
observações a seguir poderão ajudá-lo nessa tarefa:

a) Os ditongos e tritongos não devem ser separados. Ex.: au-ro-ra, tá-bua, sei-ta.

b) Os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu não devem ser separados. Ex. : cha-péu, ca-lha, ni-
nho.

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c) Os dígrafos rr, ss, sc, sc, xc sempre deverão se separados. Ex.: car-ro, as-sas-si-no,
nas-cer.

d) Separam-se as vogais que formam os hiatos. Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ta-i-nha, vo-o.

e) Não se separam os encontros consonantais quando a segunda consoante for a letra l


ou a letra r.
Ex: a-plau-so, plan-ta, bri-ga, tri-go.

f) Nos demais encontros consonantais, cada consoante pertence a uma sílaba diferente.
Ex.: dig-no, ap-to, af-ta, rit-mo.

Crase
A palavra crase provém do grego (krasis) e significa “fusão”, “junção”. A crase nada mais
é do que a fusão da preposição a com outro a.
Para indicar, na escrita, que ocorreu a junção (crase) dos dois as, utilizamos o acento
grave (`).

Observe: Vou a a escola. = Vou à escola.


No exemplo, temos a ocorrência de dois as: o primeiro é a preposição a exigida pelo
verbo ir; o segundo é o artigo a que aparece determinando o substantivo feminino escola.
Quando essas duas vogais se encontram, elas se fundem, e a fusão delas é indicada pelo
acento (`).

1. Crase da preposição com o artigo definido feminino


Sempre que a regência do termo antecedente exigir a preposição a e o termo posterior
admitir o artigo definido feminino a (ou as), ocorrerá a crase. Ex.: Amanhã devo ir a praia
/Amanhã devo ir à praia.

Observe que o termo antecedente ( ir ), pela regência, exige a preposição a, e o termo


posterior (praia) admite a anteposição do artigo a; portanto, se temos dois as, eles se
fundem, ocorrendo a crase.
Exs: Eu me dirigi a a aluna daquela sala. / Eu me dirigi à aluna daquela sala.
Fiz referência a as pessoas interessadas. / Fiz referência às pessoas interessadas.

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Se o termo antecedente não exigir a preposição a, ou o termo posterior não aceitar o
artigo definido feminino a, (ou as ), a crase não ocorrerá. Veja:

Ex: Conheço a cidade.


Nesse exemplo, não ocorre a crase porque o verbo conhecer não exige a preposição a.
Lembre-se de que quem conhece, conhece alguém ou alguma coisa (verbo transitivo
direto); logo, temos, no exemplo, um único a (o artigo definido feminino a), que determina
o substantivo cidade.

Ex: O diretor fez referencia a ela.


Nesse exemplo também não ocorre a crase, porque o pronome pessoal ela não é
precedido de artigo. Portanto, temos ali apenas a preposição a, exigida pelo nome
referência. Como não existe artigo, não pode ocorrer crase.

2. Crase diante de nomes de lugar


Os nomes de lugar podem aparecer ou não procedidos de artigo. Para saber se um nome
de lugar vem precedido do artigo feminino a, construa uma frase com esse nome de lugar
precedido do verbo vir. Se obtivermos a contração da (preposição de + artigo a), é óbvio
que ocorreu o artigo. Se obtivermos simplesmente a preposição de, é claro que não
ocorreu o artigo e, consequentemente, não poderá haver crase com aquele nome de
lugar:
Veja: Vou à Bahia. / Vou à Itália.
Utilizamos o verbo vir: Venho da Bahia. / Venho da Itália.

Verifique que os nomes de lugar Bahia e Itália vêm precedidos do artigo a. Como o termo
antecedente vou exige a preposição a, ocorre a crase.
Vou a Roma. / Vou a Brasília.

Nesses exemplos, embora o termo antecedente (vou) exija a preposição a, não ocorre a
crase porque os nomes de lugar Roma e Brasília não são procedidos de artigo a.

Observe a substituição pelo verbo vir: Venho de Roma. / Venho de Brasília.

3. Crase nas expressões adverbiais femininas.


Utilizamos o acento indicativo da crase no a que abre as locuções adverbiais femininas.
Ex.: Chegou à tarde e saiu à noite. / Ele comprou o relógio à vista. / Ando à procura de

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uma solução para o caso. / Às vezes fico preocupado com a situação do país. / Fez um
gol à moda de Pelé.

Observação importante: Com expressão adverbial feminina à moda de ocorre o


acento indicativo da crase mesmo que a palavra moda fique submetida.
Ex.: Fez um gol à Pelé. / No restaurante, pediram filé à Camões.

4. Crase com pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s) e aquilo


Ocorrerá a crase com os pronomes demonstrativo: aquele (s), aquela (s) e aquilo
sempre que o termo antecedente, por sua regência, exigir a preposição a.
Ex.: Chegamos àquela cidade. Assisti àquele filme que você me recomendou. / Prefiro
isto àquilo.

Morfologia
Classes Gramaticais
Classe gramatical das palavras é a classificação da palavra segundo a sua
distribuição sintática e morfológica.

Na língua portuguesa, existem dez classes gramaticais. Destas, seis são variáveis e
quatro, invariáveis. As variáveis se flexionam em gênero, número etc. As invariáveis não
se flexionam.

As classes gramaticais variam para cada língua. A língua inglesa é considerada


tradicionalmente composta por oito classes apenas. Ainda existem classes em outras
línguas que não têm paralelo no português, como o caso das posposições e das
circumposições.

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Há dez classes gramaticais na Língua Portuguesa que são classificadas como:
Variáveis e Invariáveis.
I – Variáveis
1 - Substantivo
Substantivo é toda a palavra que é determinada por um artigo, pronome ou numeral, ou
modificada por um adjetivo.
De acordo com a gramática portuguesa, um substantivo dá nome aos seres em geral e
pode variar em gênero, número e grau.
Para transformar uma palavra de outra classe gramatical em um substantivo, basta
precedê-lo de um artigo, pronome ou numeral. Ex: "O não é uma palavra dura". Artigos
sempre precedem palavras substantivadas, mas substantivos (que são substantivos em
sua essência) não precisam necessariamente ser precedidos por artigos.
Classificação dos substantivos
Quanto à existência de radical, o substantivo pode ser classificado em:
1- Primitivo: palavras que não derivam de outras.
Ex: flor, pedra, jardim, leite, goiaba, ferro, cobre, uva, maçã, metal.

2- Derivado: vem de outra palavra existente na língua. O substantivo que dá origem ao


derivado (substantivo primitivo) é denominado radical.
Ex: floricultura, pedreira, motorista, jardineiro, livraria.

Quanto ao número de radicais, pode ser classificado em:


3- Simples: tem apenas um radical. Ex: água, couve, sol.
4- Composto: tem dois ou mais radicais. Ex: água-de-cheiro, couve-flor, girassol, lança-
perfume.
Quando se referir à especificação dos seres, pode ser classificado em:
5- Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si só. Ex: casa, cadeira.
Também podem ser concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos,
almas) e seres fantásticos (fada, duende), pois, existentes ou não, são sempre
considerados como seres com vida própria.
6- Abstrato: designa ideias ou conceitos, cuja existência está vinculada a alguém ou a
alguma outra coisa. Ex: justiça, amor, trabalho, etc.
7- Comum: denomina um conjunto de seres de maneira geral, ou seja, um ser sem
diferenciar dos outros do mesmo conjunto. Ex: lobo, pizza, máscara.

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8- Próprio: denota um elemento individual que tenha um nome próprio dentro de um
conjunto, sendo grafado sempre com letra maiúscula. Ex: João, Maria, Bahia, Brasil, Rio
de Janeiro, Japão.
9- Coletivo: um substantivo coletivo designa um nome singular dado a um conjunto de
seres. No entanto, vale ressaltar que não se trata necessariamente de quaisquer seres
daquela espécie. Alguns exemplos:

Uma biblioteca é um conjunto de livros, mas uma pilha de livros desordenada não é
uma biblioteca. A biblioteca discrimina o gênero dos livros e os acomoda em prateleiras.

Uma orquestra ou banda é um conjunto de instrumentistas, mas nem todo conjunto de


músicos ou instrumentistas pode ser classificado como uma orquestra ou banda. Em uma
orquestra ou banda, os instrumentistas estão executando a mesma peça musical ao
mesmo tempo.
Uma turma é um conjunto de estudantes, mas se juntarem num mesmo alojamento os
estudantes de várias carreiras e várias universidades numa sala, não se tem uma turma.
Na turma, os estudantes assistem simultaneamente à mesma aula.

Conteúdo Complementar

Coletivo de Tempos:

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Flexão do Substantivo
 Quanto ao gênero
Os substantivos flexionam-se nos gêneros masculino e feminino e quanto às
formas, podem ser:
1- Substantivos biformes: apresentam duas formas originadas do mesmo radical. Ex.:
menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna.

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2- Substantivos heterônimos: apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou
flexão para indicar gênero, ou seja, apresentam duas formas uma para o feminino e outra
para o masculino. Ex.: arlequim – colombina / arcebispo – arquiepiscopisa / bispo –
episcopisa/ bode – cabra / ovelha - carneiro.

3- Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma para os dois gêneros, podendo


ser classificados em:

4- Epicenos: referem-se a animais ou plantas, e são invariáveis no artigo precedente,


acrescentando as palavras macho e fêmea, para distinção do sexo do animal. Ex.: a
onça macho - a onça fêmea/ o jacaré macho - o jacaré fêmea / a foca macho - a foca
fêmea.

5- Comum de dois gêneros: o gênero é indicado pelo artigo precedente. Ex.: o dentista
- a dentista, um jovem - uma jovem, imigrante italiano - imigrante italiana.

6- Sobrecomuns: invariáveis no artigo precedente. Ex.: a criança, o indivíduo (não


existem formas como "crianço", "indivídua", nem "o criança", "a indivíduo").

Substantivos que apresentam dificuldades quanto ao gênero.

o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo)


o cisma (separação religiosa, dissidência) a cisma (ato de cismar, desconfiança)
o cinza (a cor cinzenta) a cinza (resíduos de combustão)
o capital (dinheiro) a capital (cidade)
o coma (perda dos sentidos) a coma (cabeleira)
o coral (pólipo, a cor vermelha, cantoem coro) a coral (cobra venenosa)
o crisma (óleo sagrado, usado na
administração da crisma e de a crisma (sacramento da confirmação)
outrossacramentos)
o cura (pároco) a cura (ato de curar)
o estepe (pneu sobressalente) a estepe (vasta planície de vegetação)
a guia (documento, pena grande das asas das
o guia (pessoa que guia outras)
aves)

o grama (unidade de peso) a grama (relva)


o caixa (funcionário da caixa) a caixa (recipiente, setor de pagamentos)
o lente (professor) a lente (vidro de aumento)
o moral (ânimo) a moral (honestidade, bons costumes, ética)
o nascente (lado onde nasce o Sol) a nascente (a fonte)
o maria-fumaça (trem como locomotiva a a maria-fumaça (locomotiva movida a vapor)
vapor)
o pala (poncho) a pala (parte anterior do boné ou quepe,

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anteparo)
o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação emissora)
o voga (remador) a voga (moda, popularidade)

 Quanto ao número
Os substantivos apresentam singular e plural.
Formação do plural:
1- Substantivos simples: para formar o plural, acrescenta-se à terminação em n, vogal
ou ditongo o s. Ex: elétron/ elétrons, povo/ povos, caixa/ caixas, cárie/ cáries; a
terminação em ão, por ões, ães, ou ãos; as terminações em s, r, e z, por es; terminações
em x são invariáveis; terminações em al, el, ol, ul, trocam o l por is, com as seguintes
exceções: "mal" (males), "cônsul" (cônsules), "mol" (mols) quantidade de matéria de um
sistema, "gol" (gols); terminação em il, é trocado o l por is (quando oxítono) ou o il por eis
(quando paroxítono).
2- Substantivos compostos: flexionam-se da seguinte forma quando ligados por hífen:
 se os elementos são ligados por preposição, só o primeiro varia (mulas-sem-
cabeça);
 se os elementos são formados por palavras repetidas ou por onomatopeia, só o
segundo elemento varia (tico-ticos, pingue-pongues);
 nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos, adjetivos e
numerais variam (couves-flores, guardas-noturnos, amores-perfeitos, bem-amados,
ex-alunos).
 Quanto ao grau
Os substantivos possuem três graus, o aumentativo, o diminutivo e o normal que são
formados por dois processos:
1- Analítico: o substantivo é modificado por adjetivos que indicam sua proporção (rato
grande, gato pequeno);
2- Sintético: modifica o substantivo através de sufixos que podem representar além de
aumento ou diminuição, o desprezo ou um sentido pejorativo (no aumentativo sintético:
gentalha, beiçorra), o afeto ou sentido pejorativo (no diminutivo sintético: filhinho, livreco).
Exemplos de diminutivos e aumentativos sintéticos:
 sapato/sapatinho/sapatão;
 casa/casebre/casarão;
 cão/cãozinho/canzarrão;
 homem/homenzinho/homenzarrão;
 gato/gatinho/gatão;
 bigode/bigodinho/bigodaço;

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 vidro/vidrinho/vidraça;
 boca/boquinha/bocarra;
 muro/mureta/muralha;
 pedra/pedregulho/pedrona;
 rocha/rochinha/rochedo; papel/papelzinho/papelão; lápis/lapisinho/lapisão.

2 - Artigo
Do ponto de vista semântico
Artigo são palavras que precedem os substantivos para determiná-los ou indeterminá-los.

Subdivide-se em:
1- Os artigos definidos (o, a, os, as), de modo geral, indicam seres determinados,
conhecidos da pessoa que fala ou escreve.
Ex. Falei com o médico. Já encontramos os livros perdidos.
Serve para particularizar (definir) um elemento entre tantos da mesma espécie.
Ex.: O jornal publicou a notícia.

2- Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) indicam os seres de modo vago,
impreciso. Uma pessoa lhe telefonou. Uns garotos faziam barulho
na rua.
Serve para designar qualquer elemento de uma espécie. Ex.: Um jornal publicou uma
notícia.

Observação 1:
A simples ausência de artigo definido antes do substantivo serve para generalizá-lo e
indeterminá-lo.
Comparem-se as duas frases que se seguem:
1. O atirador arremessa a flecha.
2. Atirador arremessa flecha. (ausência do artigo)
Como se pode notar, os substantivos atirador e flecha têm sentido mais vago na frase
2 que a frase 1.

Observação 2:
Tanto artigo definido quanto artigo indefinido assumem outros que não se resumem em
determinar ou indeterminar o substantivo.

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Exemplo: Ele me olhou com uma fúria, que nem soube o que dizer.
No caso, uma funciona como intensificador.

Do ponto de vista mórfico

O artigo se flexiona em:


1- Gênero: o-a / um – uma (masculino e feminino)
2- Número: os-as / uns – umas (plural)

Do ponto de vista sintático


O artigo se associa ao substantivo, sempre se antepondo a este. Ex.: A atual previsão
pode ser alterada.

Observações sobre o emprego do artigo:

1. Ambas as mãos
Usa-se o artigo as entre o numeral ambos e o substantivo mãos. Ex.: Ambas as mãos
são perfeitas.

2. Estou em Paris / Estou na famosa Paris


Não se usa artigo antes de nomes de cidade, a menos que venham determinados por
palavras adjetivas ou expressões equivalentes.
Ex.: Vim de Paris. (sem artigo) Vim da luminosa Paris. (com artigo)
(de + a) de = preposição
a = artigo

3. Toda cidade / Toda a cidade


a) Todo o, toda a designam totalidade, inteireza. Ex: Conheci toda a cidade. (a cidade
inteira)

b) Todo, toda significam qualquer, cada. Ex: Toda cidade pode concorrer ao pleito.
(qualquer cidade)

No plural, usam-se sempre todos os, todas as, exceto antes de numeral não seguido de
substantivo.
Ex.: Todas as cidades vieram.
4. Tua decisão / A tua decisão

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De maneira geral, é facultativo o uso do artigo antes dos possessivos.
Ex.: Aplaudimos tua decisão. / Aplaudimos a tua decisão.

Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito, é obrigatório a ocorrência do


artigo.
Ex.: Aplaudiram a tua e não a minha. (a tua decisão)

5. Decisões as mais oportunas / As mais oportunas decisões


No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e depois do substantivo.

É correto: Tomou decisões, as mais oportunas.


Tomou as decisões mais oportunas.

6. Faz uns dez anos


O artigo indefinido, posto antes de um numeral, designa quantidade aproximada.
Ex.: Faz uns dez anos que saí de lá.

7. Em um / Num
Os artigos definidos e indefinidos podem combinar-se com preposições: de + o = do
de + a = da etc.
As formas de + um e em + um podem-se usar combinadas (dum e num) ou separadas
(de um, em um.).
Ex.: Estava em uma cidade grande. Estava numa cidade grande.

8. Os artigos definidos são "declináveis" (não é uma declinação verdadeira), podendo


se combinar com algumas preposições, formando os seguintes casos:
 Genitivo: do, da, dos, das (preposição "de")
 Locativo: no, na, nos, nas (preposição "em")
 Dativo: ao, à, aos, às (preposição "a")
 Ablativo: pelo, pela, pelos, pelas (preposição "per")
 Comitativo: co, coa, cos, coas (preposição "com")
Algumas preposições também se ligam aos artigos indefinidos:
 Genitivo: dum, duma, duns, dumas (preposição "de").
 Locativo: num, numa, nuns, numas (preposição "em").
Observaçoes sobre alguns empregos dos artigos.
1. O artigo definido, no singular, pode indicar toda a espécie:

21
A águia enxerga das alturas. O homem é mortal.

2. É facultativo (opcional) o uso do artigo com os pronomes possessivos:


Sua intenção era das melhores. A sua intenção era das melhores.

3. Os nomes próprios podem vir com artigo:


Os Oliveiras vêm jantar conosco. O Antônio é bom pedreiro.

4. Muitos nomes próprios de lugares admitem o artigo, outros não:


A Bahia, O Amazonas, Santa Catarina, Goiás, os Andes.

5. O artigo indefinido pode realçar (dar intensidade a) uma ideia:


Ele falava com uma segurança que impressionava a todos!
Era uma euforia, uma festa, como jamais se viu!

6. O indefinido pode, também, dar ideia de aproximação:


Eu devia ter uns quinze anos, quando isso aconteceu.

7. A palavra todo(a) pode variar do sentido, se vier ou não acompanhada de artigo:


Toda a casa ficou alagada. (inteira, completa, total).
Toda casa deve ter segurança. (cada, qualquer)

8. Com o numeral ambos (ambas) usa-se o artigo:


Ambas as partes chegaram a um acordo. (ambas = as duas)

Não se emprega o artigo


1. Com a palavra casa e terra não especificada:
Venho de casa. Passei em casa. Não estavam em casa. Vou para casa.
Os marinheiros permaneceram em terra.

Porém:
Venho da casa do meu amigo. Estivemos na casa do meu amigo.
Estivemos na casa de parentes. Estive na terra da minha avó.

Depois do pronome relativo cujo não se usa artigo:


Visitei um artista cujos quadros são famosos.

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Os provérbios em geral dispensam o artigo:

Filho de peixe, peixinho é. Tempo é dinheiro. Casa de ferreiro, espeto de pau.

Observe que, na linguagem jornalística, é comum a omissão dos artigos nas manchetes
e títulos de artigos e notícias.
Observações
De acordo com a gramática normativa do português, não se usa artigo depois da palavra
"cujo" e suas derivações (cuja, cujos, cujas). Assim: Assisti ao filme cujo título me parecia
estranho.
Não se usa artigo também antes da palavra "casa" quando entendida como o próprio lar.
Deste modo: Estou em casa. Estou na casa de uma amiga.
Muitas vezes, estas categorias criadas pelas gramáticas para tentar normatizar/descrever
as línguas, não dão conta de explicar todos os fenômenos linguísticos possíveis. Em
alguns casos, o artigo pode indicar também certa familiaridade. Ex: "Lucas é um
apresentador de TV" e "O Lucas é meu amigo desde a quarta série".
O artigo, diante de qualquer palavra, relacionando-se a ela, transforma-a em substantivo

3 - Adjetivo
Adjetivo é uma palavra que caracteriza um substantivo atribuindo-lhe
qualidade/característica, estado ou modo de ser. Flexionam-se em gênero, número e
grau.
Sua função gramatical pode ser comparada com a do advérbio em relação aos verbos,
aos adjetivos e a outros advérbios. Ex: borboletas azuis / céu cinza / sandálias sujas.
Da mesma forma que os substantivos, os adjetivos contribuem para a organização do
mundo em que vivemos. Assim, distinguimos uma fruta azeda de uma doce, por exemplo.
Eles também estão ligados a nossa forma de ver o mundo: o que pode ser bom para uns,
pode ser mau para outros.
Classificação dos adjetivos
Os morangos são vermelhos. Vermelhos caracteriza o substantivo morangos e por isso,
é um adjetivo.
Quanto à semântica
A classificação semântica dos adjetivos pode variar de acordo com o tipo de característica
que exprimem. Alguns exemplos:
1. Cor: verde, amarelo, azul, vermelho, etc.

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2. Forma: quadrado, redondo, triangular, etc.
3. Temperatura: quente, frio, morno, gelado, etc.
4. Intensidade: forte, fraco, moderado, etc.
5. Proporção: grande, médio, pequeno, nanico, enorme, gigante, minúsculo etc.
6. Qualidade: bom, bonito, amável, agradável, etc.
7. Defeito: mau, ruim, feio, horrível, etc.
8. Adjetivos gentílicos: brasileiro, americano, paulista, carioca, mineiro, etc.

Quanto à formação
Com relação à formação das palavras, os adjetivos podem ser classificados em:
1. -Primitivo: Não provém de outra palavra e serve de base para a formação de outras
palavras, em geral, substantivos abstratos. Exemplos: Triste é primitivo de tristeza; Negro
é primitivo de negritude.
2. -Derivado: Apresenta afixos e provém de outra palavra. Exemplos: Integral é derivado
de íntegro (íntegro + sufixo -al); Amansado é derivado de manso(prefixo a- + manso +
sufixo -ado).
3. -Simples: É constituído de um só elemento: surdo, mudo, etc.
4. -Composto: É aquele que é constituído de mais de um elemento: Plantão médico-
cirúrgico, Uniforme alviverde(alvi + verde).
5. -Pátrio: É aquele que mostra a origem, a nacionalidade do ser: Menino iraquiano (do
país Iraque), Gaivota africana (do continente África).

Flexão de adjetivos
Os adjetivos podem sofrer três tipos de flexão: por gênero, por número e por grau.
Flexão de Gênero
Os adjetivos podem ser divididos em dois grupos em relação ao gênero.
1. -Adjetivos uniformes: Apresentam uma única forma para os dois gêneros (masculino
e feminino). Exemplos: empregado competente (masculino)/empregada competente
(feminino)
2. -Adjetivos biformes: Apresentam duas formas para os dois gêneros (masculino e
feminino). Exemplo: o homem burguês (masculino)/a mulher burguesa (feminino)
Em geral, para formar o feminino, os adjetivos levam a vogal -a no final do adjetivo e para
formar o masculino eles levam a vogal -o no final do adjetivo.
Exemplo:-criativo (masculino)/criativa (feminino). Entretanto, pode haver exceções, como
no caso dos masculinos terminados em -eu, que podem fazer o feminino em -eia
(europeu, européia) ou em -ia (judeu, judia).

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Flexão de Número
O adjetivo flexiona-se no plural de acordo com as regras existentes para o substantivo.
-Nos adjetivos compostos, como regra geral, só o último elemento vai para o plural.
Exemplo: poemas herói-cômicos
Há exceção para o adjetivo surdo-mudo, que faz o plural surdos-mudos.
 -Não há variação de número nem de gênero para os seguintes casos:
 -adjetivos compostos com nome de cor + substantivo: olhos verde-mar
 -adjetivo azul-marinho: calças azul-marinho
 -locuções adjetivas formadas pela expressão cor + de + substantivo: chapéus cor-
de-rosa
 -os substantivos empregados em função adjetivas quando está implicita a ideia de
cor: sapatos cinza

Regras para flexão de número para adjetivos compostos


 -Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural Exemplos: lente
côncavo-convexas
 -Nos adjetivos cores, eles ficam invariáveis quando o último elemento for um
substantivo.
 Exemplos: papel azul-turquesa / papéis azul-turquesa;
olho verde-água / olhos verde-água
Flexão de Grau
A única flexão de grau propriamente dita dos adjetivos é entre o grau normal e o grau
superlativo absoluto. Exemplos: atual - atualíssimo, negro - nigérrimo, fácil - facílimo.
Algumas palavras ainda admitem o grau comparativo. Exemplos: grande - maior,
pequeno - menor, bom - melhor (não confundir com o advérbio bem - melhor. Exemplo:
Esse é bom, aquele é melhor ≠ Ele fez bem, você fez melhor).
Nos demais casos, o grau é indicado não por flexões, mas por advérbios. São distintos os
seguintes graus:
1. -Comparativo de igualdade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de
igualdade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: tanto...quanto, ...assim
como..., tão...quanto, ...do mesmo jeito que..., e outras variações. Por exemplo:
"Fulano é tão alegre quanto sicrano".
2. -Comparativo de superioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de
superioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: mais...que ou
mais...do que. Ex.: "José é mais alegre que Pedro".

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3. -Comparativo de inferioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de
inferioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: menos...que ou
menos...do que. Ex.: "José é menos alegre que Pedro".
4. -Superlativo absoluto (analítico): Exprime um aumento de intensidade sobre o
substantivo determinado pelo adjetivo, sem compará-lo com outros da mesma espécie.
Ex.: "José é muito alto".
5. -Superlativo absoluto (sintético): É expresso com a participação de sufixos. O mais
comum é íssimo. Ex.: “Trata-se de um artista originalíssimo”, “Seremos
tolerantíssimos”.
6. -Superlativo relativo de superioridade: Exprime uma vantagem de um ser entre os
demais da mesma espécie. Ex.: "José é o mais alto de todos".
7. -Superlativo relativo de inferioridade: Exprime uma desvantagem de um ser entre os
demais da mesma espécie. Ex.: "José é o menos alto de todos".

Locução adjetiva
A mãe possui um amor de mãe ou maternal por seu filho. O adjetivo de mãe é locução
adjetiva, pois são duas palavras que possuem o valor de um adjetivo.
Locução adjetiva é a reunião de duas ou mais palavras com função de adjetivo. Elas são
usualmente formadas por:
1-uma preposição e um advérbio
2- uma preposição e um substantivo
Exemplos: Conselho da mãe = Conselho materno / Dor de estômago = Dor estomacal /
Período da tarde = Período vespertino

Exemplos de outras loucuções adjetivas.

de abdômen = abdominal de estômago = gátrico, de orangotano = pitecal


estomacal
de abelha = apícola de estrela = estelar de orelha = auricular
de abóbora = cucuritáceo de éter = etéro de outono = outonal
de abutre = vulturino de fábril = fabril de ouvido = ótico
de açúcar = sacarino de face = facial de ouro = áureo
de Adão = adâmico de fantasma = espectral de ovelha = ovino
de alface = lactúceo de faraó = faraônico de pai = paterno, paternal
de alma = anímico de farinha = farináceo de paixão = passional
de aluno = discente de fêmur = femural de palato = palatal

26
de amígdalas = tonsilar de fera = beluíno, feroz, de pântano = palustre
ferino
de amor = erótico de ferro = férreo de papa = papal
de andorinha = hirundino de fígado = gigadal, de paraíso = paradisíaco
hepático
de anel = anular de filho = filial de parede = parietal
de anjo = angelical de fogo = ígneo de páscoa = pascal
de ano = anual de folha = foliáceo de peixe = ictíaco, písceo
de aranha = aracnídeo de dormiga = formicular de pele = cutâneo,
epidérmico
de asno = asinino de frente = frontal de pênis = peniano, fálico
de astro = sideral de gado = pecuário de pescoço = cervical
de audição = ótico de gafanhoto = acrídeo de platão = platônico
de aves de rapina = acipitrino de galinha = galináceo de plebe = plebeu
de baco = báquico de galo = alectório de pombo = columbino
de baço = esplênico de ganso = anserino de porco = suíno, porcino
de baixo-ventre = alvino de garganta = gutural de prado = pratense
de bálsamo = balsâmico de gato = felino, felídeo de prata = argêntep,
argentino
de bexiga = vesical de gelo = glacial de professor = docente
de bílis = biliar de gesso = gípseo de prosa = prosaico
de bispo = biliar de golias = goliardo de proteína = protéico
de boca = bucal, oral de gerra = bélico de pulmão = pulmonar
de boce = hircino de homem = humano, viril de pus = purulento
de boi = bovino de idade = etário dos quadris = ciático
de borboleta = papilionáceo de idade média = medieval de raio = fulgural
do bosque = nemoral de igreja = eclesiático de raposa= vulpino
de brejo = palustre de ilha- insular de rato = murino
de bronze = brônzeo, êneo de inseto = entômico de rei = real
de cabeça = cefálico, capital de intestino = intestinal, de rim = reanal
entérico, cilíaco
de cabelo = capilar de inverno = hibernal de rio = fluvial, potâmico
de cabra = caprino de irmão = fraterno, de rocha = rupestre
fratenal
de caça = venat´roio, de joelho = genicular de romance = romanesco

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cinegético
de campo = rural de junho = junino de rosa = róseo
de cana = arundíneo de lado = lateral de sabão = saponáceo
de cão = canino le lago = lacustre de seda = sérico, seríceo
de cardeal = cardinalício de lágrima = lacrimal de selo = filatélio
de carlos magno = carolíngio de leão = leonino de selva = silvestre
de carneiro = arietino de lebre = leporino de sobrancelha =
superciliar
de cavalo = equídeo, equino, de leite = lácteo, láctico de sonho = onírico
hípico
de cegonha = ciconídeo de lesma = limacídeo de sócrates = sintático
de cela, célula = celular de limão = cítrico de sol = solar
de chumbo = plúmbeo de lobo = lupino de sul = meridional, autral
de chuva = pluvial de lua = lunar, selênico de tarde = vesperal,
vespertino, crepuscular
de cidade = citadino, urbano de macao, símio = de teatro = teatral
simiesco
de cílio = ciliar de maças do rosto = malar de tecido = têxtil
de cinza = cinéreo de madeira, lenho = lígneo de terra = terrestre,
terreno, telúrico
de circo = circense de madastra = novercal de terremoto = sísmico
de cobra = columbrino, urbano de mãe = materno, de tijolo = laterário
maternal
de cobre = cúprio de manhã = matinal de tio = avuncular
de coelho = cunicular de mar = marinha, de tórax = torácico
marítimo, equóreo
de coração = cardíaco, cordial de marfim = ebúrneo = de touro = taurino. táureo
ebóreo
de correio = postal de margem = marginal de trás = traseiro
de corujas = estingídeos de mármore = marmóreo de trigo = tritíceo
de costas = dorsal de memória = mnemônico de túmulo = tumular
de coxa = crural de mestre = magistral de umbigo = umbilical
de crânio = craniano de moeda = monetário, de universo (habitado) =
numismático ecumênico
de criança = pueril, infantil de moisés = mosaico de unha = ungueal

28
de dança = coreográfico de monge = monacal, de vaca = vacum
monástico
de daltonismo = daltônico de monstro = monstruoso de vasos sanguíneos =
vascular
de dedo = digital de morte = morte, letal, de veado = cerval, elafiano
mortífero
de descrtes = cartesiano de nádegas = glúteo de velho, velhice = senil
de diamante = adamantino, de nariz = nasal de vento = eóleo, eólico
diamantino
de dinheiro = pecuniário de navio = naval de verão, estio = estival
de direito = jurídico de neve = níveo, nival de víbora = viperino
de éden = edênico de nilo = nilótico de vida = vital
de eixo = axial de noite = noturno de vidro = vítreo, hialino
de embriaguez = ébrio de norte = setentrional, de vinho = vínico, vinário,
boreal vinosos, víneo
de enxofre = sulfúrico, de noz = nucular de vinagre = acético
sulfúreo, sulfuroso
de erva = herbáceo de nuca = occipital de violeta = violáceo
de espelho = especular de óleo = oleaginoso de virilha = inguinal
de esposa = uxoriano de olhos = ocular, óptico, de virgem = virginal
oftálmico
de esposos = esponsal de olimpo = olímpico de visão = óptico (ótico)
de esquilo = ciurídeo de opala = opalino, de vontade = volitivo
opalescente

Adjetivos Pátrios
ESTADO ADJETIVO
ACRE Acreano
ALAGOAS Alagoano
AMAPÁ Amapaense
AMAZONAS Amazonense
BAHIA Baiano
CEARÁ Cearense
ESPÍRITO SANTO Espírito-santense, capixaba
GOIÁS Goiano
MARANHÃO Maranhense
MATO GROSSO Mato-grossense
MATO GROSSO DO SUL Mato-grossense-do-sul
MINAS GERAIS Mineiro

29
PARÁ Paraense, paroara
PARAÍBA Paraibano
PARANÁ paranaense
PERNAMBUCO Pernambucano
PIAUÍ Piauiense
RIO DE JANEIRO Fluminense
RIO GRANDE DO NORTE Rio-grandense-do-norte, norte-
riograndense, potiguar
RIO GRANDE DO SUL Rio-grandense-do-sul, sul-rio-grandense,
gaúcho
RONDÔNIA Rondoniense, rondoniano
RORAIMA roraimense
SANTA CATARINA Catarinense, catarineta, barriga-verde
SÃO PAULO Paulista
SERGIPE Sergipano
TOCANTIS Tocantinense

Outras Localidade

Anápolis Anapolino
Angra dos Reis Angrense
Aracaju Aracajuao, aracajuense
Belém Belenense
Belo Horizonte Belo-horizontino
Boa Vista Boa-vistense
Brasília Brasiliense
Cabo Frio Cabo-friense
Campo Grande Campo-grandense
Campos Campista
Cuiabá Cuiabano
Curitiba curitibano
Dois Córregos Duocorreguense
Duas Barras Bibarrense
Entre Rios Entrerriano
Florianópolis Florianopolitano
Fernando de Noronha Noronhense
Fortaleza fortalezense
Foz do Iguaçu Iguaçuense
Goiânia Goianiense
Ilhéus Ilheense
João Pessoa Pessoense
Juiz de Fora Juiz-forense, juiz-forano, juiz-de-forano
Macapá Macapaense
Maceió Maceioense
Manaus Manauense, manauara
Marajó Marajoara
Natal Natalense, papa-jerimum
Niterói Nitoroiense
Nova Iguaçu Iguaçuano
Novo Hamburgo Hamburguense
Palmas Palmense

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Petrópolis Petropolitano
Pindaminhangaba Pindense, pindamonhangabense
Poço de Calda Caldense
Porto Alegre Porto-alegrense
Porto Velho Porto-velhense
Recife Recifense
Ribeirão Preto Ribeirão-pretano, ribeirão-pretense,
riberopretano, rioberopretense
Rio de Janeiro Carioca
Rio Branco Rio-branquense
Salvador Salcadorense, soteropolitano
Santarém Santarense
Santa Rita do Passa Quatro Santa-ritense, passa-quatrense
São Luís São-luisense
São Paulo Paulistano
Teresina Teresinense
Três Corações Tricordiano
Três Rios Trirriense
Uberaba Uberabense
Uberlândia Uberlandense
Vitória Vitoriense

4 - Numeral
Do ponto de vista semântico
Numeral é a palavra que quantifica numericamente os seres, indica a ordem que eles
ocupam numa certa sequência.
Ex.: Apenas dois casos ocorreram. / Apenas o segundo caso merece atenção.

Os numerais podem ser classificados como cardinal, coletivo, ordinal, multiplicativo ,


fracionário, partitivo ou romanos.

1- Numerais cardinais: um, dois, três, quatro...


Os numerais cardinais são aqueles que utilizam os números naturais para a contagem de
objetos, ou até designam a abstração das quantidades: os números em si mesmos.
Valem por adjetivos ou substantivos.
Os numerais cardinais um, dois (e todos os números terminados por estas unidades),
assim como as centenas contadas a partir de duzentos, são variáveis em gênero. Os
numerais que indicam milhões, bilhões etc. são invariáveis em gênero. Ex.: Dois mais
dois é igual a quatro.

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2- Numerais coletivos: dúzia, milheiro, dezenas, centenas, par, década, grosa(s)...
Os numerais coletivos são aquelas palavras que designam uma quantidade específica de
um conjunto de seres ou objetos. São termos variáveis em número e invariáveis em
gênero. Ex.: dúzia(s), milheiro(s), milhar(es), dezena(s), centena(s), par(es), década(s),
grosa(s).

3- Numerais multiplicativos: duplo, triplo...


Os numerais multiplicativos são aqueles que indicam uma quantidade equivalente a uma
multiplicação (uma duplicação, uma triplicação etc.).
Ex.: Às vezes, as palavras possuem duplo sentido. Arrecadou-se o triplo dos impostos
relativos ao ano passado.

4- Numerais ordinais: primeiro, segundo, terceiro...


Os numerais ordinais são aqueles que indicam a ordenação ou a sucessão numérica de
seres e objetos.
Ex.: Recebeu o seu primeiro presente agora mesmo. / Ex: Yasmin está completando seu
terceiro aniversário.
5- Numerais fracionários: terço, quarto, quinto...
Os números fracionários são aqueles que passam a ideia de parte de algo, fração.
Ex: terço, quinto

6- Numerais partitivos
Os numerais partitivos são aqueles que passam ideia de partir, não deve se confundir
com fracionários. Ex.: meio.

7- Numerais romanos: I, II, III, IV...


Os numerais romanos são usados para marcar o século. São 7 símbolos que
representam os números romanos: I(1), V(5), X(10), L(50), C(100), D(500), M(1000)

Observações:
Do ponto de vista sintático
O numeral, sintaticamente, pode funcionar como:
Palavra adjetiva: Ex: O juiz expulsou dois jogadores. / O corretor cometeu duplo
engano. / O automobilista chegou em quarto lugar.
Palavras substantivas: Ex: Dois mais dois são quatro. / A inflação subiu o dobro em
1982.

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Do ponto de vista mórfico
Numeral cardinal: Com exceção do numeral um, os cardinais são todos plurais.
Observação: Os cardinais terminadas em ão ocorrem sob forma singular e plural (um
milhão/ dois milhões).
Os cardinais um, dois e todas centenas a partir de duzentos apresentam forma masculina
e feminina. Ex.: um – uma / dois – duas / duzentos – duzentas / novecentos – novecentas

Numeral ordinal:
Os numerais ordinais flexionam-se em gênero e número. Ex.: primeiro – primeira /
primeiros – primeiras

Numeral multiplicativo:
Os numerais multiplicativos flexionam-se em gênero e número quando funcionam como
palavras adjetivas. Caso contrário, ficam invariáveis.
Ex.: Arriscou dois palpites duplos. / O atacante cometeu dupla falta. / Os atletas
renderam o dobro do que costumavam. (dobro, no caso, fica invariável)

Numeral fracionário
Os numerais fracionários concordam com o cardinal indicador do numero de partes em
que se dividiu a quantidade.
Ex.: Comprou um terço das terras de município. Comprou dois quartos da produção
anual.
Observação: O fracionário meio concorda em gênero e número substantivo a que se
refere.
Ex.: É meio-dia e meia (hora) / São homens de meia palavra.

5 - Pronome
Os pronomes constituem a classe de palavras categoremáticas, ou seja, são palavras
cujo significado é apenas categorial, sem representar nenhuma matéria extralinguística. A
análise de um pronome em isolado não permitiria identificar nele um significado léxico
dentro de si mesmo, pois seu significado na frase ocorre de acordo com a situação ou
outras palavras do contexto.
Assim, o pronome adquire sua classe de acordo com sua função na frase, de acordo com
a coesão textual, e por isto os pronomes são substantivos, adjetivos, ou adjuntos.
Todavia, ao contrário dessas classes de palavras, o pronome não aceita sufixos

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aumentativos, diminutivos, e superlativos tais como ão, zão, inho, íssimo, etc, no que são
semelhantes aos numerais.
Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa)
que funciona como um sintagma nominal completo.
A semântica caracteriza o pronome por indicar algo, caracteriza-o como dêixis (apontar
para), pois se formos observar, o pronome atua na frase remetendo a algo dentro dela, ou
em seu exterior, apontando e se referindo a outros elementos do contexto, situação,
discurso.
É ainda de acordo com a semântica que os pronomes classificam-se em vários tipos:
pessoais, possessivos, demonstrativos (incluindo nesta classificação também o artigo
definido de acordo com o caso), indefinidos (incluindo nesta classificação também o artigo
indefinido de acordo com o caso), interrogativos, e relativo. Alguns pronomes são: mim, ti,
ele, ela, si, nós, vós, eles, elas.
1- Pronome substantivo e pronome adjetivo
Como já foi observado, um pronome aponta para algum elemento do enunciado, e
localiza este elemento (objeto-substantivo) dentro do enunciado. Quando ele faz
referência a um elemento que surge explícito no enunciado, é um pronome adjetivo ou
adjunto; quando porém, ele faz referência a um elemento que não foi citado, e é
encaixado no lugar dele, então caracteriza-se como pronome substantivo ou absoluto.

2- Pronome Possessivo
São aqueles que se referem às três pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de
alguma coisa. Flexionam-se em gênero e número, concordando com a coisa possuída, e
em pessoa, concordando com o possuidor.
Pronomes possessivos

Singular Plural
Pessoa
Masc. Fem. Masc. Fem.

1ª meu minha meus minhas

Singular 2ª teu tua teus tuas

3ª seu sua seus suas

1ª nosso nossa nossos nossas

Plural 2ª vosso vossa vossos vossas

3ª seu sua seus suas

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A- Pronome Possessivo Adjetivo
Como já foi observado, o pronome possessivo atribui posse a alguma das pessoas do
discurso. Quando o pronome possessivo é empregado, ele pode estar se referindo a um
objeto que já foi citado e que por isso não precisa ser repetido, ou a um objeto que sequer
foi citado.
Quando o pronome possessivo faz referência a um substantivo já citado, atribuindo sua
posse a um sujeito, ele tem função ADJETIVA ou de ADJUNTO.
O meu casaco é melhor que o seu.
Os dois pronomes estão adjetivando o substantivo casaco, já citado.

B- Pronome Possessivo Substantivo


Quando um pronome possessivo faz referência a um substantivo que não foi sequer
enunciado, ele acaba cumprindo o papel desse substantivo ausente dentro da frase, e é
portanto, um pronome possessivo substantivo ou também chamado pronome possessivo
absoluto.
O meu é melhor que o teu.
Os dois pronomes estão se referindo à posse de algo que não foi citado na frase e estão
em lugar dele.

3- Pronome Indefinido
São aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico. São
pronomes indefinidos aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo, ou em
quantidade, indeterminada. Um pronome indefinido pode ser variável ou invariável.
Pronomes Indefinidos Substantivos

Pronomes Indefinidos

São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago
(impreciso) ou expressando quantidade indeterminada.

Por exemplo: Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.

Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira
pessoa, portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser
humano que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer
revelar.

Classificam-se em:

Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da quantidade


aproximada de seres na frase.

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São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo.

Por exemplo:
Algo o incomoda?

Quem avisa amigo é.

Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a


noção de quantidade aproximada.

São eles: cada, certo(s), certa(s).

Por exemplo:
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.

Note que:

Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos:

algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s),
muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um,
uns, uma(s), vários, várias.

Por exemplo:
Menos palavras e mais ações.
Alguns contentam-se pouco.

Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o


quadro:

Variáveis
Singular Plural Invariáveis
Masculino Feminino Masculino Feminino
algum alguma alguns algumas
nenhum nenhuma nenhuns nenhumas alguém
todo toda todos todas ninguém
muito muita muitos muitas outrem
pouco pouca poucos poucas tudo
vário vária vários várias nada
tanto tanta tantos tantas algo
outro outra outros outras cada
quanto quanta quantos quantas
qualquer quaisquer

São locuções pronominais indefinidas:

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cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for,
seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma
ou outra, etc.

Por exemplo:
Cada um escolheu o vinho desejado.

Indefinidos Sistemáticos

Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, percebemos que existem alguns


grupos que criam oposição de sentido. É o caso de:

algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido


negativo;

todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma
totalidade negativa;

alguém/ninguém, que se referem a pessoa, e algo/nada, que se referem a coisa;

certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.

Essas oposições de sentido são muito importantes na construção de frases e textos


coerentes, pois delas muitas vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes indefinidos destacados
imprimem às afirmações de que fazem parte:

Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prático.

Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas quaisquer.

4- Pronome Relativo
O pronome relativo é em geral um pronome de dêixis anafórica, ou seja, um pronome de
retorno que está apontando para algo que já foi citado, para um elemento anterior. Afora
isto, o pronome relativo pode apresentar dois diferentes papéis gramaticais, esse com
dêixis anafórica, e ainda o de transpositor de oração.
Exemplos:
qual, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, que, quanto, quantas,
quantos, onde.
 -Bloquearam a página para edição, a qual ficou incompleta. (pronome relativo a
qual)
 -Ela me mostrou uma página de usuário que estava em branco! (pronome relativo
que)

37
A) Transpositor de Oração Pronome Relativo Que: O transpositor pronome relativo que
age fazendo a ligação de duas orações independentes uma da outra, e quando isto ocorre
uma delas fará adjetivação se tornando adjunto adnominal daquilo apontado.
Ex:
 Eles são colunistas que trabalham em artigos novos.
 Eles são colunistas + Os colunistas trabalham em artigos novos.

Nota: Quem, funciona como pronome relativo quando aponta para elementos citados, e é
precedido de preposição.
Ex: Ele foi o professor de quem mais se falou.

5- Pronome Interrogativo
Os pronomes interrogativos consistem em pronomes relativos (quem, que, qual quanto e
variações) com referência a pessoas e coisas e são utilizados em perguntas diretas ou
indiretas.
 Quem editou este artigo?
 Que bloqueio, senhor administrador?
 Que editaste?
 Qual administrador editou?
 Qual foi feito?
 Quantos eram?
 Quantos artigos editou?
 Quem fez este serviço?
Quem: Em linhas gerais faz referência a indivíduos e é um pronome substantivo.
Que: Em linhas gerais faz referência a indivíduos e coisas ou é indicador de seleção
como no quarto exemplo, e também, é um pronome substantivo e adjetivo.
Qual: Em linhas gerais busca fazer uma diferenciação, selecionar, e é pronome adjetivo.
Nota: O que: é uma forma enfatizada de que;
Nota: Quem também pode ser caracterizado como pronome relativo indefinido de uso
absoluto.

Atenção!

O uso de classificação pronominal requer muita atenção, porque alguns pronomes variam
de classificação de acordo com sua posição na frase, como foi mostrado; e não obstante
isto, muitas outras palavras, não citadas acima, tem valor pronominal quando

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empregadas em certos contextos. Há muitos erros comuns no que tange à classificação
pronominal.
O pronome O, quando empregado sem valor demonstrativo, e antecedendo um
substantivo explícito ou oculto, perde de imediato seu caráter de pronome, sendo
considerado artigo definido.
O, os, a, as que surgem atrelados a vários pronomes como os relativos, que surgem
muitas vezes precedidos deles, são meras PREPOSIÇÕES; fora de tal situação, em
geral, são artigos definidos.
Os pronomes indefinidos quantitativos podem ser frequentemente confundidos com
adjuntos adverbiais.
Ex: Ele sabia muito sobre o caso. (adjunto adverbial). Muito já fiz. (pronome)

6- Pronome demonstrativo: deterrminam, no tempo ou no espaço a posição do ser


indicado, com relação as pessoas gramaticais.
Esta: o ser nomeado está perto do falante, da 1ª pessoa.
Exemplo: Se você matar esta galinha, nunca mais comerei galinha na minha vida.

Essa: o ser nomeado está perto do ouvinte, da 2ª pessoa.


Exemplo: Se você matar essa galinha, nunca mais comerei galinha na minha vida.

Aquela: o ser nomeado está distante do falante e do ouvinte.


Exemplo: Se você matar aquela galinha...

6 - Verbo
Verbo é o nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou situação. É
uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o
verbo que determina o tipo do predicado, que pode ser predicado verbal, nominal ou
verbo-nominal. O verbo pode designar ação, estado ou fenômeno da natureza.

Classificação
Definem-se os verbos tradicionalmente como as palavras que indicam ação, estado ou
fenômeno da natureza. Podem ser divididos em:
 Quanto à semântica
1- Verbos transitivos: Designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos,
e que afetam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação.
Podem ser:

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A- transitivos diretos: que não possuem sentido completo, logo ele necessita de um
complemento,sendo este complemento chamado de objeto direto.
Ex.: visitar, socorrer, ouvir etc.
B- transitivos indiretos: que também não possuem sentido completo e necessita de
um objeto indireto, que necessariamente exigem uma preposição antes do objeto.
Ex.: dar, fazer, vender, escrever, amar etc.
2- Verbos intransitivos: Designam ações que não afetam outros indivíduos. Ex.: andar,
existir, nadar, voar etc.
3- Verbos impessoais: São verbos que designam ações involuntárias. Geralmente (mas
nem sempre) designam fenômenos da natureza e, portanto, não tem sujeito nem objeto
na oração. Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existência) etc. Todo
verbo impessoal é também intransitivo.
4- Verbos de ligação: São os verbos que não designam ações; apenas servem para ligar
o sujeito ao predicativo. Ex.: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se,
ficar, viver, virar etc...

 Quanto à conjugação
1- Verbos da primeira conjugação: São os verbos terminados em ar: molhar, cortar,
relatar, etc.
2- Verbos da segunda conjugação: são os verbos terminados em er: receber, conter,
poder etc. O verbo anômalo pôr (único com o tema em o), com seus compostos (compor,
depor, supor, transpor, antepor, etc.), também é considerado da segunda conjugação
devido à sua conjugação já antes realizada (Ex: fizeste, puseste), decorrente de sua
forma do português arcaico “poer”, vinda do latim “ponere”.
3- Verbos da terceira conjugação: são os verbos terminados em ir: sorrir, fugir, iludir,
cair, colorir, etc.
 Quanto à morfologia
1- 'Verbos regulares: Flexionam sempre de acordo com os paradigmas da conjugação a
que pertencem. Ex.: amar, vender, partir, etc.
2- 'Verbos irregulares: Sofrem algumas modificações em relação aos paradigmas da
conjugação a que pertencem. Exemplos: resfolegar, caber, medir ("eu resfolgo", "eu
caibo", "eu meço", e não "eu resfolego", "eu cabo", "eu medo").
3- 'Verbos anômalos: Verbos que não seguem os paradigmas da conjugação a que
pertence, sendo que muitas vezes o radical é diferente em cada conjugação. Ex.: ir, ser,
ter ("eu vou", "ele foi" / "eu sou", "tu és" / "ele tinha", " se eu tivesse" / e não: "eu io", "ele
iu" / "eu sejo", "tu sês" / "ele tia", "se eu tesse").

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O verbo "pôr" pertence à segunda conjugação e é anômalo a começar do próprio
infinitivo.
4- Verbos defectivos: Verbos que não têm uma ou mais formas conjugadas. Ex:
precaver - não existe a forma "precavenha".
5- Verbos abundantes: Verbos que apresentam mais de uma forma de conjugação. Ex.:
encher - enchido, cheio / fixar - fixado, fixo / fazer,faz / dizer, diz / trazer, traz.

Flexão
Os verbos têm as seguintes categorias de flexão:
1- Número: singular e plural.
2- Pessoa: primeira (transmissor), segunda (receptor), terceira (mensagem).
3- Modo: indicativo, subjuntivo e imperativo, alem das formas nominais (infinitivo,
gerúndio e particípio).
4- Tempo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-
perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.

Voz
Ativa, passiva (analítica ou sintética) e reflexiva.
1- Ativa: O sujeito da oração é que faz a ação. Ele sempre fica na frente da frase.
Ex : Os alunos resolveram todas as questões.
2- Passiva: O sujeito recebe a ação. Ele sempre fica no final da frase.
Ex : Todas as questões foram resolvidas pelos alunos.
3- Reflexiva: O sujeito faz e também recebe a ação.
Ex: Ana se cortou. / José se machucou no trabalho.

II – Invariáveis
7- Advérbio

É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo ou um adjetivo ou um outro


advérbio. Nunca modificam um substantivo. É a palavra invariável que indica as
circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
Apenas os advérbios de quantidade, de lugar e de modo são flexionados, sendo que os
demais são todos invariáveis. A única flexão propriamente dita que existe na categoria
dos advérbios é a de grau, a saber:
1- Superlativo: aumenta a intensidade. Ex.: longe - longíssimo, pouco - pouquíssimo,
inconstitucionalmente - inconstitucionalissimamente, etc.

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2- Diminutivo: diminui a intensidade. Ex.: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar -
devagarinho, etc.
Os advérbios "bem" e "mal" admitem ainda o grau comparativo de superioridade,
respectivamente, "melhor" e "pior".
Existem também as formas analíticas de representar o grau, que não são flexionadas,
mas sim, representadas por advérbios de intensidade como "mais", "muito", etc. Nesse
caso, existe o grau comparativo (de igualdade, de superioridade, de inferioridade) e o
grau superlativo (absoluto e relativo).
Exemplos:
Comparativos de igualdade: Ele é tão estudioso quanto ela.
Comparativo de superioridade: Ele é mais estudioso do que ela.
Comparativo de inferioridade: Ele é menos estudioso do que ela.
3- Superlativo absoluto: Analítico e Sintético
Superlativo absoluto analítico: Ele é bastante estudiodo.
Superlativo absoluto sintético: Ele é estudiosíssimo.
Superlativo relativo: Ele é o mais estudioso da sala.
Superlativo relativo de superioridade: Ele é o mais estudioso de todos.
Classificação dos advérbios
Os advérbios da língua portuguesa são classificados conforme a circunstância que
expressam. A Norma Gramatical Brasileira reconhece sete grupos de advérbios: de lugar,
de tempo, de modo, de intensidade, de dúvida, de causa, finalidade, instrumento,
companhia, afirmação e negação.

Adjunto Adverbial
Na classificação específica do adjunto adverbial, o número de circunstâncias é bem maior
que o número de circunstâncias dos advérbios. Desse modo, além dos adjuntos
adverbiais de afirmação, causa, dúvida, finalidade, intensidade, lugar, modo,
negação e tempo, pode haver na oração adjuntos adverbiais de: assunto, companhia,
concessão, condição, conformidade, distância, exclusão, fim, inclusão, limitação,
matéria, medida, meio , instrumento, origem, peso, preço e etc.

8 - Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o
segundo ao primeiro. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a
substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a
substantivo, etc. Só não pode ligar verbo a verbo: o termo que liga dois verbos (e suas

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orações) é a conjunção. Junto com as posposições e as raríssimas circumposições, as
preposições formam o grupo das adposições.
Exemplo: "Os alunos do colégio assistiram ao filme de Walter Salles, comovidos", teremos
como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a
qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. Observe: "do" liga "alunos" o
"colégio", "ao" liga "assistiram" a "filme", "de" liga "filme" a "Walter Salles". Portanto, são
preposições.
O termo que antecede a preposição é denominado regente e o termo que a sucede,
regido. Portanto, em "Os alunos do colégio...", teremos: os alunos = elemento regente; o
colégio = elemento regido.
1- Essenciais
Aquelas que só funcionam como preposição, são elas: a , ante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás, da (de+a), do (de+o).

Nota: Na linguagem informal, a preposição para reduz-se frequentemente para pra.


2- Acidentais
Aquelas que passaram a ser preposições, mas são provenientes de outras classes
gramaticais, como:durante, afora, menos, salvo, conforme, exceto, como, que... Ex.:
Agimos conforme a atitude deles. Conversamos muito durante a viagem. Obtiveram como
resposta um bilhete. Ele terá que fazer o trabalho. Ela tem “que” chegar cedo na escola.
Locução prepositiva
As locuções prepositivas são duas ou mais palavras que funcionam solidariamente como
preposições. Sempre que há uma locução prepositiva, a segunda palavra do conjunto por
si só é uma preposição. Existe uma infinidade de locuções prepositivas, segue alguns
exemplos: "graças a"; "para com"; "dentro de"; "em frente a"; "perto de"; "por
entre"; "de acordo com"; "em vez de"; "apesar de"; "a respeito de"; "junto de"; "por
cima de"; "em cima de"; acerca de; a fim de; apesar de; através de; de acordo com;
em vez de; junto de; para com; à procura de; à busca de; à distância de; além de;
antes de; depois de; à maneira de; junto a dois verbos; a par de; entre outras.
As locuções prepositivas têm sempre como último componente uma preposição.
Contração
Junção de algumas preposições com outras palavras, quando a preposição sofre
redução. Ex. do (de + o); neste (em + este); à (a + a)
Observação: Não se deve contrair a preposição "de" com o artigo que inicia o sujeito de
um verbo, nem com o pronome "ele(s)", "ela(s)", quando estes funcionarem como sujeito
de um verbo. Por exemplo, a frase "Isso não depende do professor querer" está errada,

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pois professor funciona como sujeito do verbo querer. Portanto a frase deve ser "Isso não
depende de o professor querer" ou "Isso não depende de ele querer". Teria que ter a
classe das preposições!

9 – Conjunção

As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos
de mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de
simples coordenação.
São exemplos de conjunções:
portanto, logo, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora,
que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme.
Quando duas ou mais palavras exercem função de conjunção, dá-se-lhes o nome de
locução conjuntiva.
São exemplos de locuções conjuntivas: à medida que, apesar de, a fim de que.
As conjunções são classificadas de acordo a relação de dependência sintática dos termos
que as ligam. Se conectarem orações ou termos pertencentes a um mesmo nível
sintático, são ditas conjunções coordenativas.
Quando conectam duas orações que apresentem diferentes níveis sintáticos, ou seja,
uma oração é um membro sintático da outra, são chamadas de conjunções
subordinativas.
Apesar de ser uma classe de palavras com muitas classificações, são poucas as
conjunções propriamente ditas existentes. A maioria delas são na verdade locuções
conjuntivas (mais de uma palavra com a função de conjunção) ou palavras de outras
classes gramaticais que às vezes exercem a função de conjunção em um período.
As conjunções ditas "essenciais" (isto é, palavras que funcionam somente como
conjunção) são as seguintes: e, nem, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, ou,
porque, porquanto, pois, portanto, se, ora, apesar e como.

Conjunções Coordenativas
1 - Aditivas ou Copulativas
Indicam uma relação de soma, adição.
São elas: e, nem, mas também, como também, quanto (depois de tanto) etc.

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Ex.: Desesperada, você tenta até o fim e, até nesse momento, você vai lembrar de mim.
Não estivemos lá nem nos interessamos por saber de nada.

2 - Adversativas
Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as
unidades ligadas.
São elas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto etc.
Ex:O carro bateu, mas ninguém se feriu.

3 - Alternativas ou Disjuntivas
Como o seu nome indica, expressam uma relação de alternância, seja por
incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos.
São elas: ou, ora, já,ja que,quer, seja etc.
Ex.: Ou ela, ou eu.

4 - Explicativas
Expressam a relação de explicação, razão ou motivo.
São elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).
Ex: Ele não entra porque está sem tempo.
5 - Conclusivas
Indicam relação de conclusão.
São elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então.
Ex:Ele bateu o carro, estava, pois, embriagado.

Conjunções Subordinativas

As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração


subordinada) a uma de nível sintático superior (oração principal). Uma vez que uma
oração é um membro sintático de outra, esta oração pode execer funções diversas,
correspondendo um tipo específico de conjunção para cada uma delas.

1- Integrantes
que, se.
Introduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito,
objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento

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nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de
outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são que e se.
Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se se.
-Afirmo que sou estudante. Não sei se existe ou se dói. Espero que você não demore.
OBS: Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los
por "isso", "isto" ou "aquilo".
Exemplo: -Afirmo que sou estudante. (Afirmo isto.) / -Não sei se existe ou se dói. (Não sei
isto.) / -Espero que você não demore. (Espero isto.)
As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem.
2 - Causal
porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto
que, visto como, que, entre outros.
Inicia uma oração subordinada denotadora de causa.
 -Dona Luísa fora para lá porque estava só.
 -Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
 -Como o frio era grande, aproximou-se das labaredas.

3 - Comparativa
que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como,
assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar
semelhança ou grau de superioridade), etc.
Iniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação.
Indica COMPARAÇÃO entre dois membros.
 -Era mais alta que baixa.
 -Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
 -O menino está tão confuso quanto o irmão.
 -O bigode do seu Leocádio era amarelo, espesso e arrepiado que nem vassoura
usada.

4 - Concessiva
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que,
apesar de que, nem que,em que, que,e, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta
pela oração principal, mas incapaz de impedi-la.
 -Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
 -É todo graça, embora as pernas não ajudem.

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5 - Condicional
se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos
que, a não ser que, etc.
Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição
necessária para que seja realizado ou não o fato principal.
 -Seria mais poeta, se fosse menos político.
 -Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse.

6 - Conformativa
conforme, como, segundo, consoante, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento
com o da oração principal.
 -Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece.
 -Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)
7 - Consecutiva
que (combinada com uma das palavras: tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou
latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte
que.
Iniciam uma oração na qual se indica a consequência do que foi declarado na anterior.
 -Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
 -Falou tanto na reunião que ficou rouco.
 -Tamanho o labor que sentiu sede.
 -Era tal a vitória que transbordou lágrimas de emoção.
 -As palavras são todas de tal modo ou tamanho.

8 - Final
para que, a fim de que, porque [para que], que
Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade da oração principal
 -Aqui vai o livro para que o leia.
 -Fiz-lhe sinal que se calasse.
 -Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar.

9 - Proporcional
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais),
quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos),

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quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais),
quanto menos … (tanto mais)
Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-
se simultaneamente com o da oração principal.
 -Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
 -Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
 -O preço do leite aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado.

10 - Temporal
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde
que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [=desde que], etc.
Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo
 -Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
 -Implicou comigo assim que me viu.

Observações gerais
Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou sucedida por uma vírgula
(",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases
com as conjunções marcadas em negrito:
 -"Aquele é um bom aluno, portanto deverá ser aprovado."
 -"Meu pai ora me trata bem, ora me trata mal."
 -"Gosto de comer chocolate, mas sei que me faz mal."
 -"Marcelo pediu que trouxéssemos bebidas para a festa."
 -"João subiu e desceu a escada."
Quando a banda deu seu acorde final, os organizadores deram início aos jogos.
Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma
conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido
do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção
coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".
Veja o exemplo:
"Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és."
"Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és."
As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, exceto "ou", cujo primeiro
elemento pode ficar subentendido.
As adversativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Neste caso, a substituição
pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração.

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A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é
o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha
a janela, porque faz frio."
O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta
"Qual é a coisa que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:
-Não sei se morre de amor. (Qual é a coisa que não sei? Se morre de amor.)
O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:
 -Explicativa, quando a preposição estiver antes do verbo;
 -Conclusiva, quando a preposição estiver depois do verbo;
 -Causal, quando a preposição puder ser substituída por "uma vez que".

10 – Interjeições

Interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais


abragentemente: sensações e estados de espírito; ou mesmo, servem como auxiliador
expressivo para o interlocutor, já que permite a ele a adoção de um comportamento que
pode dispensar estruturas linguísticas mais elaboradas.
As interjeições podem ser classificados de acordo com o sentimento que traduzem.
Segue alguns exemplos para cada emoção:
 Alegria: oba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh! , gol!, que bom! iupi!
 Saudação: oi!, olá!, salve!, adeus!, viva!, alô!
 Alívio: ufa!, uf!, ah!, ainda bem!, arre!
 Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!, vamos!, eia!
 Aprovação, aplauso: bravo!, bis!, viva!, muito bem!
 Desejo: tomara!, oxalá!, queira deus!, oh!, pudera!
 Dor: ai! ui!
 Espanto, surpresa, admiração: ah!, xi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, putz!,
gente!, céus!, uai!, horra!, nossa! (francês: oh lala)
 Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!
 Invocação, chamamento, apelo: alô!, olá!, psiu!, socorro!, ei!, eh!
 Medo,terror: Credo!, cruzes! uh!, ui! socorro!

Outros exemplos que não representam emoções:


 Ordem: silêncio! alto! basta! chega! quietos!
 Derivados do inglês: yes! ok!

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Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:
 a) afugentamento: arreda! - fora! - passa! - sai! - roda! - rua! -toca! - xô! - xô pra lá!
 b) alegria ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
 c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, fogo!
 d) admiração: puxa!
 e) alívio: ufa!, arre!, também!
 f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
 g) apelo: alô!, olá!, ó!
 h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!,
parabéns!
 i) agradecimento: graças a deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
 j) chamamento: alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
 k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!
 l) desculpa: perdão!
 m) desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira deus!, quem me dera!,
 n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
 o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
 p) dúvida: hum! hem!
 q) cessação: basta!, para!
 r) invocação: Alô!, Ô, Olá!
 s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, virgem!, xi!,
terremoto!, barrabás!, barbaridade!,
 t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
 u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
 v) saudade: ah!, oh!
 w) silêncio: psiu!, silêncio!, calada!, psiu! (bem demorado), psit!
 x) suspensão: alto!, alto lá!
 y) terror: credo!, cruzes!, jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!
 z) interrogação: hã? o quê?

A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece.


Quando a interjeição é expressada com mais de um vocábulo, recebe o nome de
locução interjetiva.
Ex: Ora bolas!, Cruz credo!, Puxa vida!, Valha-me Deus!, Se Deus quiser! Macacos
me mordam!

50
A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte.
Não desempenha função sintática.

Observe:
Ortoepia: pronúncia correta das palavras.
Ortografia: escrita correta das palavras.

Diante da diversificação existente entra a ortográfica e a realidade fonética das palavras,


torna-se impossível deduzir todas as regras que poderiam orientar-nos positivamente.
Conhecer, porém, a pronúncia e a grafia correta das palavras é fruto do hábito de ler e de
consultar regularmente um dicionário.
A ortografia (do grego ortho = correto; graphia=escrita) preocupa-se com a correta
maneira de escrever os vocábulos.
No Brasil, a partir de 2009, foi adotada a nova ortografia e, entre 2010 e 2012, será o
período de transição, onde tanto a ortografia antiga quanto a nova serão aceitas e, a partir
de 2012, somente a nova ortografia será aceita. No Brasil, somente 0,6%
aproximadamente das palavras serão afetadas.
As alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa, foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal,
Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e,
posteriormente, por Timor Leste.
No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995.
Esse acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não
afetando nenhum aspecto da língua falada.
Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua
portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação
ortográfica desses países. Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários
aspectos, elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre
as novas regras.

51
52
Ortografia
Mudanças na Língua Portuguesa
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto
completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R ST U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da
nossa língua, são usadas em várias situações.
Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W
(watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy,
playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Trema

Como era Como fica

agüentar aguentar

argüir arguir

bilíngüe bilíngue

cinqüenta cinquenta

delinqüente delinquente

eloqüente eloquente

ensangüentado ensanguentado

eqüestre equestre

freqüente frequente

lingüeta lingueta

lingüiça linguiça

qüinqüênio quinquênio

sagüi sagui

seqüência sequência

53
seqüestro sequestro

tranqüilo tranquilo

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser
pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.

Mudanças nas regras de acentuação


1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas
(palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica

alcalóide alcaloide

alcatéia alcateia

andróide androide

apóia (verbo apoiar) apoia

apóio (verbo apoiar) apoio

asteróide asteroide

bóia boia

celulóide celuloide

clarabóia claraboia

colméia colmeia

Coréia Coreia

debilóide debiloide

epopéia epopeia

estóico estoico

estréia estreia

estréio (verbo estrear) estreio

geléia geleia

heróico heroico

54
ideia ideia

jibóia jiboia

jóia joia

odisséia odisseia

paranóia paranoia

paranóico paranoico

platéia plateia

tramóia tramoia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser
acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis,
herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando
vierem depois de um ditongo.

Como era Como fica

baiúca baiuca

bocaiúva bocaiuva

cauíla cauila

feiúra feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e, o, i ou u estiverem em posição final (ou seguidos de


s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fica

abençôo abençoo

crêem (verbo crer) creem

dêem (verbo dar) deem

dôo (verbo doar) doo

enjôo enjoo

lêem (verbo ler) leem

magôo (verbo magoar) magoo

55
perdôo (verbo perdoar) perdoo

povôo (verbo povoar) povoo

vêem (verbo ver) veem

vôos voos

zôo zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s),


pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era Como fica

Ele pára o carro. Ele para o carro.

Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.

Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.

Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.

Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo
poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do
presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

 - Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.


Ex.: Vou pôr (verbo) o livro na estante que foi feita por (preposição) mim.

 - Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir,
assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir
etc.). Ex.:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.

56
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

 É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma.


Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles)
arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como
aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos
admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do
subjuntivo e também do imperativo.

Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos: verbo enxaguar*: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue,
enxágues, enxáguem. Verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem;
delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Ex.(a
vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues,
enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira*, aquela com a e i tônicos.

Emprego do Hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se
trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, apresentamos um resumo das
regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas
orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos
ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante,
anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper,
infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró,
pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

57
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-
higiênico, anti-histórico; co-herdeiro; macro-história; mini-hotel proto-história; sobre-
humano; super-homem; ultra-humano.
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que
se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial; agroindustrial; anteontem;
antiaéreo; antieducativo; autoaprendizagem; autoescola; autoestrada;
autoinstrução; coautor; coedição, extraescolar; infraestrutura; plurianual;
semiaberto; semianalfabeto; semiesférico; semiopaco.
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando
este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar,
coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto; antipedagógico;
autopeça; autoproteção; coprodução; geopolítica; microcomputador;
pseudoprofessor; semicírculo; semideus; seminovo; ultramoderno.
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante
etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Ex: antirrábico;
antirracismo; antirreligioso; antirrugas; antissocial; biorritmo; contrarregra,
contrassenso; cosseno; infrassom; microssistema; minissaia; multissecular;
neorrealismo, neossimbolista; semirreta; ultrarresistente; ultrassom.
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento
começar pela mesma vogal. Ex.: anti-ibérico; anti-imperialista; anti-inflacionário; anti-
inflamatório; auto-observação; contra-almirante; contra-atacar; contra-ataque; micro-
ondas; micro-ônibus; semi-internato, semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento
começar pela mesma consoante. Ex.: hiper-requintado; inter-racial; inter-regional; sub-
bibliotecário; super-racista; super-reacionário; super-resistente; super-romântico
Atenção:- Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado,
intermunicipal, superinteressante, superproteção.
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-
região, sub-raça etc.- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

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7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo
elemento começar por vogal. Ex.: Hiperacidez; hiperativo; interescolar; interestadual;
interestelar; interestudantil; superamigo; superaquecimento; supereconômico;
superexigente; superinteressante; superotimismo.
8. Com os prefixos: ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o
hífen. Ex.:além-mar; além-túmulo; aquém-mar; ex-aluno; ex-diretor; ex-hospedeiro; ex-
prefeito; ex-presidente; pós-graduação; pré-história; pré-vestibular; pró-europeu; recém-
casado ;recém-nascido; sem-terra ;
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Ex.: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se
combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos
vocabulares. Ex.: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. ;
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de
composição. Ex.: girassol; madressilva; mandachuva; paraquedas; paraquedista;
pontapé ;
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou
combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha
seguinte.
Exemplo:
a) Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
b) O diretor recebeu os ex-
-alunos.
Resumo - Emprego do Hífen com Prefixos

Regra básica:
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:- Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola,
antiaéreo.
2- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.-
3-Sem hífen diante de r e s Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial,
ultrassom. –
4-Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
5. Prefixo terminado em consoante:-

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a- com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
b- sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
c- sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-
região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen:
subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n
e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este
se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de
composição, como: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas,
paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o
hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-
vestibular, pró-europeu.

Normas práticas para algumas grafias.


1. Sufixo izar e isar e sufixo ar
- O sufixo izar, formador de verbo a partir de substantivo ou adjetivo, grafa-se com z ou s
sempre.
Ex.: análise + ar = analisar / deslize + ar = deslizar / a + liso = alisar
/ desprezo + ar = desprezar

2. Uso do j ou g

O g, antes de e ou i, soa como j dando origem a muitas hesitações na grafia.


Um bom recurso para usar uma letra ou outra é confrontar a palavra problema com outra
da mesma família, que seja mais conhecida. Ex.: ultraje – ultrajar / canjica – canja /
estagiário – estágio.

Observação: agir – ajo / monge – monja / coragem – corajoso

60
Nestes casos, obviamente , o g transforma em j para manter o som da palavra primitiva.

3. Sufixo ês – esa- ez – eza


- Os sufixos ês, esa, denotadores de origem, nacionalidade, estado social, títulos de
honra, grafam-se com s sempre. Ex.: camponês – camponesa / escocês – escocesa
/ burguês – burguesa / marquês – marquesa

- Os sufixos ez, eza, formadores de substantivo abstratos a partir de adjetivos, grafam-se


com z sempre. Ex.: pálido – palidez / rico – riqueza

4. Sufixo isa
- O sufixo isa, sempre feminino, grafa-se com s. Ex.: poeta - poetisa / sacerdote –
sacerdotisa

5. Sufixo oso
- Sufixo oso, que significa cheio de, plenitude, grava-se com s. Ex.: chuva – chuvoso /
prazer – prazeroso

6. Uso do e ou do i
- O e átono, em muitas regiões do país, soa como i, gerando por isso, algumas
indecisões na grafia.
Sempre é útil confrontar a palavra problema com outras de mesma família.
Ex.: aborígine (aquele que habita o país desde a origem, nativo) é da mesma família que
originário, original. crânio – craniano / cumeeira – cume / candeeiro – candeia (vela)

- Os verbos terminados em uir, oer, air grafam-se com i:


-na 2ªe 3ª pessoas da singular do presente do indicativo.
-na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo.

Ex.: possuir corroer atrair


pres. : tu possuis pres.: tu corróis pres.: tu atrais
ele possui ele corrói ele atrai
imp. : possui tu imp.: corrói tu imp.: atrai tu

- Os verbos terminados em uar escrevem-se com e:


- na 1ª; 2ª e 3ª, pessoas do presente do subjuntivo;

61
- na 3ª pessoa do imperativo afirmativo.
Ex.: continuar
pres. do subj.: eu continue
tu continues
ele continue
imp.: continue você

7. Uso do o e do u
O o átono pode soar como u, acarretando na grafia. Pode-se recorrer ao artifício da
comparação com palavras da mesma família. Ex.: abolir – abolição / tábua – tabular /
comprimento – cumprimentar / explodir – explosão

8. Uso do ch ou do x
Depois de ditongo, usa-se x e não ch. Ex.: peixe, eixo, feixe, caixote

Além dessa norma prática, a origem da palavra é que vai terminar a escolha de uma letra
ou outra.
9. Uso do h
O h desapareceu do interior dos vocábulos, permanecendo apenas no dígrafos ch, lh, nh.
Exceção: Bahia (o estado)

 - Nas palavras derivadas em que o prefixo não se separa por hífen, não se usa o h.
Ex. : des + honra = desonra re + haver = reaver

 - No início dos vocábulos, escreve-se o h somente nas palavras que, na origem,


possuem h.
Ex.: homem (do latim homine) / honesto (do latim honestu)
mas: ombro (do latim umeru) / onerar (do latim onerare)
10. Uso do l ou do u
A letra l, em final de sílaba, em muitas regiões do Brasil, soa como u, dando origem a
dificuldades gráficas. Para decidir por uma letra ou outra, é útil, sempre possível,
comparar com palavras mais conhecidas da mesma família.
Ex.: alto - falante – altura / automóvel – autodefesa

Parônimos
São palavras parecidas na escrita ou na pronúncia, mas com significados diferentes.

62
Ex.: O cavaleiro se portou como um autêntico cavalheiro.
Na frase acima, temos duas palavras muito parecidas: cavaleiro, que significa “aquele que
anda a cavalo”, e o cavalheiro, que quer dizer “homem cortês, educado”.
Há, na língua portuguesa, muitas palavras que são bastante parecidas; portanto,
devemos tomar cuidado para não usar uma no lugar da outra.

Exemplos da palavras parônimas:


absolver (perdoar, inocentar)........ absorver (aspirar)
comprimento (extensão)................... cumprimento (saudação)
fusível (aquilo que funde) ............... fuzil (arma de fogo)
inflação (alta de preços) .................. infração (violação)

Veja alguns exemplos no quadro a seguir.

absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver)


apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam
dispensa (ato de dispensar)
mantimentos)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estadia (permanência temporária em um
estada (permanência em um lugar)
lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços) infração (violação)

63
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
peão (aquele que anda a pé, domador de
pião (tipo de brinquedo)
cavalos)
procedente (proveniente; que tem
precedente (que vem antes)
fundamento)
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
recrear (divertir) recriar (criar novamente)
soar (produzir som) suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) suster (sustentar)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)

Homônimos
São palavras que possuem ou a mesma pronúncia ou a mesma grafia, mas significados
diferentes.
Ex.: A costureira cosia a roupa, enquanto a cozinheira cozia os alimentos.
Cosia (com s) significa “costurava”, enquanto cozia (com z) significa
“cozinhava”.
coser= costurar cozer= cozinhar

Há casos em que as palavras têm a mesma grafia, mas a pronúncia e o significado são
diferentes.
Exemplos: selo = substantivo (coloca-se em carta) ele = pronome
Selo = verbo selar (sela de cavalo) ele = nome da letra L

Veja mais alguns exemplos de palavras homônimas:

Vale (acidente geográfico) caçar (apanhar animais) Sela (arreio)


Vale (recibo) cassar (tornar sem efeito) Cela (de cadeia)
Vale (do verbo valer)
acento (símbolo gráfico)
assento (local onde se assenta)

Sintaxe
Concordância Nominal
1. Regra geral

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Os nomes (artigos, adjetivos, numerais e pronomes adjetivos) devem ser flexionados em
gênero e número para se adequarem ao substantivo a que se refere.
Observe o exemplo: Aqueles dois alunos simpáticos conversam com alegres alunas.
Os nomes que se referem aos substantivos aluno e alunas são flexionados em gênero e
número a fim de se adequarem a eles. A esse mecanismo damos o nome de
concordância nominal.

2. Um só adjetivo referindo-se a mais de um substantivo


Quando temos um único adjetivo referindo-se a mais de um substantivo, a concordância
deve ser feita da seguinte maneira:
a) Se o adjetivo vier antes do substantivos a que se refere, concordará com o substantivo
mais próximo.
Escolheste má hora e lugar para falar,
Escolheste mau lugar e hora para falar.

b) Se o adjetivo vier depois dos substantivos a que se refere, a concordância tanto poderá
ser feita no plural quanto com o substantivo mais próximo.
Exemplos:
Encontramos a aluna e o aluno aborrecido.
Encontramos a aluna e o aluno aborrecidos.
Quando optamos pela concordância no plural, se entre os substantivos, pelo menos um
for masculino, a concordância será feita no masculino plural.
Ex: A casa possuía um jardim, uma piscina e uma quadra maravilhosos.

3. Concordância das expressões formadas de verbo + adjetivo


As expressões formadas de verbo ser + adjetivo, tais como: é bom, é necessário, é
proibido etc., não devem variar.
EX.: Aspirina é bom para dor de cabeça. / Chuva é necessário para a agricultura.
Bebida alcoólica é proibido para menores.

Se, no entanto, o sujeito dessas expressões vier antecedido de artigo (ou outro
determinante qualquer), a concordância será obrigatória.
Ex.: A aspirina é boa para dor de cabeça.
Aquela chuva foi necessária para agricultura.

4. Anexo e incluso.

65
Anexo e incluso são palavras adjetivas, devendo, portanto concordar em gênero e
numero com substantivo a que se referem.
Segue anexo o livro. Vai incluso o documento.
Segue anexa a prova. Vai inclusa a duplicata.
Seguem anexos os livros. Vão inclusos os documentos.
Seguem anexas as provas. Vão inclusas as duplicatas.

Nessa regra, encaixam-se ainda as seguintes palavras:


mesmo próprio obrigado agradecido

Ex.: Ele mesmo disse: obrigado. / Ela própria falou: obrigada.


Eles próprios ficaram agradecidos.

5. Meio / meia
Certas palavras, ora se comportam como adjetivos, ora como advérbios. Quando se
comportam como adjetivos (lembre-se: estarão se referindo a um substantivo), concordam
com o substantivo a que se refere. Quando se comportam como advérbios (estarão se
referindo a um verbo, a um adjetivo ou a um outro advérbio), permanecem invariáveis).
bastante caro barato muito pouco

Observe no quadro abaixo o comportamento dessas palavras com relação à


concordância.

Adjetivo Advérbio
Tomou meio litro de leite. A porta estava meio fechada.
Bebeu meia garrafa de refrigerante. Lúcia anda meio preocupada.
Bastantes pessoas faltaram. Elas estudaram bastante.
Marcaram bastantes gols no jogo. Era uma aluna bastante simpática.
Muitos alunos faltaram à aula. Estudaram muito para a prova.
Poucas pessoas compareceram. Ela andava pouco aborrecida.
Aquelas mercadorias eram caras. Aquelas mercadoria custaram caro.
Os ingressos eram baratos. Pagaram barato pela casa.

Substantivos que apresentam problema quanto ao gênero


1. Substantivos que o sentido varia de acordo com o gênero:
o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo)

66
o capital (dinheiro) a capital (cidade principal)
o caixa (pessoa) a caixa (objeto)
o cisma (separação) a cisma (desconfiança)
o cura (padre) a cura (restabelecimento)
o lente (professor) a lente (vidro)
o lotação (veículo) a lotação (capacidade)
o moral (ânimo) a moral (ética)
o grama (unidade de peso) a grama (vegetação)

2. São masculinas:
o telefonema o eclipse
o trema o estratagema
o dó (pena, compaixão) o guaraná
o champanhe

3. São femininos:
a análise a cataplasma
a cala (pequena enseada entre rochedos) a dinamite
a bacanal a alface
a libido

Concordância Ideológica
Muitas vezes a concordância não é feita com a palavra expressa na oração, mas com a
ideia ou o sentido nelas subentendido. A esse tipo especial de concordância damos o
nome de concordância ideológica ou silepse.
No exemplo: Ontem fez 125 anos que “Danúbio Azul”, de Strauss, foi ouvida pela primeira
vez. A palavra ouvida não está concordando gramaticalmente com Danúbio Azul, a que
se refere, mas com a palavra valsa que está subentendida naquele conceito. Temos,
então, um caso de concordância ideológica ou silepse.

Exemplos de silepse:
Os Sertões, de Euclides da Cunha, conta a Guerra de Canudos.
Nesse exemplo, temos um caso de silepse de número, uma vez que o verbo não está
concordando gramaticalmente com o sujeito Os Sertões, mas com a ideia de obra, o
livro.

67
A dinâmica e populosa Araçatuba continua sofrendo com as enchentes.
No caso, os adjetivos dinâmica e populosa não estão concordando com a forma
gramatical Araçatuba, mas com ideia subentendida de cidade. Trata-se de um caso de
silepse de gênero.

Os brasileiros, somos um povo cordial.

O verbo não está concordando com a forma gramatical do sujeito “os brasileiros”, mas
com ideia ali subentendida: “nós”, já que o autor da frase inclui-se entre os brasileiros.
Trata-se, portanto, de uma silepse de pessoa.
Concordância Verbal
1. Regra geral
O verbo deve concordar em pessoa e número com o seu sujeito.
Ex.: Eu saí tarde. Tu saíste tarde.

Nos exemplos acima, o verbo se flexiona em pessoa e número a fim de se adequar ao


sujeito; dizemos, então, que o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número.
Lembre-se que o verbo concorda com o sujeito mesmo que o sujeito venha depois do
verbo. Ex.: Aconteceram muitas tragédias. / Faltaram cinco alunos.

2. Sujeito composto
Quando temos um sujeito composto, o verbo deve ficar no plural. Caso o sujeito composto
esteja depois do verbo, a concordância poderá ser feita com o núcleo mais próximo.
Ex.: O diretor e os professores saíram. / Saíram o diretor e os professores. /
Saiu o diretor e os professores.
Observe que, nesse último exemplo, optou-se por deixar o verbo concordando com o
núcleo mais próximo (diretor).

Sujeito composto de pessoas diferentes


Quando o sujeito composto é formado por pessoas gramaticalmente diferentes, a
concordância será feita da seguinte forma:

a- Se entre elas houver primeira pessoa, o verbo deverá ir para a primeira pessoa do
plural.
Ex.: Eu, tu e os alunos saímos. O aluno e eu chegamos.

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b- Se o sujeito composto for formado de segunda e terceira pessoas, o verbo deverá ir
para a segunda pessoa do plural. Ex.: Tu e ele saístes. / O aluno e tu chegastes.

Como o tratamento vós tem caído em desuso, admite-se, nesses casos, a concordância
na terceira pessoa do plural.

3. O sujeito é o pronome relativo “que”


Quando o sujeito de uma oração for pronome relativo que, o verbo deverá concordar com
o antecedente desses pronomes.
Ex.: Fui eu que falei. / Foi o aluno que falou. / Fomos nós que falamos / Foram eles que
falaram.

4. O sujeito é o pronome relativo “quem”


Quando o sujeito de uma oração for pronome relativo quem, o verbo deverá concordar
com ele, ficando na terceira pessoa do singular.
Ex.: Fui eu quem falou. / Foste tu quem falou./ Foi o aluno quem falou./ Foram eles
quem falou.

5. O sujeito é um coletivo
Quando o sujeito for substantivo coletivo, o verbo deve ficar no singular.
Ex.: A multidão gritava entusiasmada. / Um bando de aves voava rumo ao Polo Sul.

Caso o substantivo coletivo venha especificado, a concordância pode ser feita com o
verbo no singular ou no plural. Ex.: Um bando de aves voava (ou voavam) rumo ao Polo
Sul.

6. Concordância de Haver e Fazer impessoais


Você deve estar lembrando o verbo haver, indicando tempo, ou sendo usado no sentido
de “existir” e o verbo fazer, na indicação de tempo, são impessoais, isto é, não possuem
sujeito. Justamente por não possui sujeito, esses verbos devem sempre permanecer na
terceira pessoa do singular.
Ex.: Havia muitos livros na biblioteca. Faz mais de dez anos que ele não viaja.

Quando um verbo auxiliar se juntar aos verbos haver e fazer impessoais, ele também
deverá ficar no singular.

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Ex.: Devia haver muitos livros na biblioteca./ Vai fazer mais de dez anos que ele não
viaja.

Lembre-se de que o verbo existir não é impessoal, ou seja, ele possui sujeito, devendo
concordar normalmente com ele. Ex.: Existiam muitos livros na biblioteca.

7. Concordância do verbo Ser


O verbo ser apresenta uma particularidade de concordância, já que muitas vezes deixa
de concordar com o sujeito para concordar com o predicativo, veja alguns casos:

a) Quando, na oração, houver pronome pessoal, o verbo ser concordará com o pronome
pessoal, seja ele sujeito ou predicativo.
Ex.: Os responsáveis somos nós. Nós somos os responsáveis. / O professor sou eu.
Eu sou o professor.

b) Quando o sujeito for um dos pronomes interrogativos que ou quem, o verbo ser
concordará obrigatoriamente com o predicativo. Ex.: Que são células? / Quem foram
os responsáveis?
c) Quando o verbo ser for impessoal, isto é, indicar tempo, data ou distância, deverá
concordar com o predicativo. Ex.: É uma hora. / São duas horas. / Daqui até a escola
são cinco quilômetros. / São dez de julho.

8. Verbos apassivados pelo pronome “se”


O verbo apassivo pelo pronome se, concorda normalmente com o seu sujeito.
Ex.: Discutiu-se o plano. / Discutiram-se os planos.

9. Verbo acompanhado do pronome “se” indica indeterminação do sujeito


Quando a indeterminação do sujeito é marcada pelo pronome se, o verbo fica
necessariamente na terceira pessoa do singular. Ex.: Assistiu-se à demonstração de
força.

10. Verbos dar, bater e soar


Os verbos dar, bater e soar, na indicação de horas, concordam com o número das horas,
que normalmente é o sujeito nessa habitação. Ex.: Deu uma hora. / Deram duas horas.

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Observação: Se o sujeito não for o número das horas, não vale a regra acima. Tais
verbos podem ter outros sujeitos com os quais devem concordar. Ex.: O relógio deu duas
horas.
11. Sujeito formado por nomes próprios que só tem plural
Quando o sujeito é constituído por nomes próprios que só tem plural, ocorrem
basicamente duas construções:
a) Se tais nomes não vierem precedidos de artigo, o verbo fica no singular.
Ex.: Vassouras fica no Estado do Rio.

b) Se tais nomes vierem precedidos de artigo, o verbo concorda com o artigo.


Ex.: Os Andes percorrem a América do Sul.

Observação: Se tais nomes próprios forem títulos de obras, pode ocorrer o plural ou o
singular:
Ex: Os Sertões glorificou nossa literatura. / Os Sertões glorificaram nossa literatura.

Embora precedido de artigo, o verbo pode ficar no singular, por efeito de uma
concordância feita com um termo implícito; (a obra) Os Lusíadas são... ou (o poema) Os
Lusíadas é....

12. Expressões mais de / menos de


Quando o sujeito for constituído das expressões mais de, menos de, o verbo concorda
com o numeral que segue. Ex.: Mais de um aluno saiu. / Mais de dois alunos saíram. /
Menos de dois casos ocorreram
Observação: Com a expressão mais de um pode ocorrer o plural em duas situações:

a) Quando o verbo dá ideia de ação recíproca. Ex.: Mais de um veículo se


entrechocaram.

b) Quando a expressão mais de um vem repetida. Ex.: mais de um padre, mais de


um bispo estavam presentes.

Regência
É a parte da gramática que estuda a relação de dependência entre termos da oração,
verificando se um termo pede ou não complemento.

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Damos o nome de regente ao termo que pede o complemento e o nome de regido ao
complemento.
Ex.: Regente Regido
Eles amam a vida.
Eles gostam da vida.
Temos amor à vida.

Quando o termo regente for um verbo, dizemos tratar-se de regência verbal. Se o termo
regente for um nome, trata-se de regência nominal.

Regência Nominal
Lista de Regência de alguns nomes:

acessível a idêntico a
agradável a impossível de
alheio a impróprio para
ansioso por incompatível com
apto a, para compatível com
aversão a, por compreensível a
benéfico a contrário a
capaz de cuidadoso com
difícil de desejoso de
escasso de desfavorável a
essencial para diferente de
estranho a indiferente a
fácil de necessário a
favorável a nocivo a
grato a paralelo a
habituado a passível de
horror a possível de
hostil a posterior a

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prejudicial a semelhante a
relacionado com sensível a
responsável por útil a, para

Regência Verbal
Indicamos a seguir uma lista de verbos que apresentam problemas com relação à regência.
Muitos desses problemas ocorreram porque o uso popular não está de acordo com a norma
culta, ou porque um verbo pode apresentar mais de uma regência.

1- Alguns verbos que popularmente se apresentam em desacordo com a norma culta.


Chegar/Ir
Os verbos chegar e ir pedem a preposição para indicar o lugar a que se quer chegar ou ir.

Ex.: Nós chegamos cedo a Florianópolis. / Na semana que vem iremos a Santo André.

Portanto, devem ser consideradas erradas as construções em que esses verbos aparecem
com a preposição em.
Ex.: Cheguei cedo “na” escola. (errado) / Vou “no” cinema. (errado)
Corrija-se para: Cheguei cedo à escola. / Vou ao cinema.

Namorar
O verbo namorar é transitivo direto (quem namora, namora alguém), portanto, é considerado
errado o emprego desse verbo com a preposição com.
Ex.: João namora Luciana. Pedro está namorando aquela aluna.

Obedecer
O verbo obedecer é transitivo indireto, exigindo a preposição a (quem obedece, obedece
alguém ou a alguma coisa).
Ex: Ele obedecia às leis antigas. / O filho obedece ao pai.

Preferir
O verbo preferir exige dois complementos: um sem, outro com a preposição a (quem prefere,
prefere alguma coisa a outra). Ex.: Prefiro cinema a teatro. / Prefiro estudar a trabalhar.

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Simpatizar
O verbo simpatizar é transitivo indireto, exigindo complemento com a preposição com (quem
simpatiza, simpatiza com alguém ou com alguma coisa). Ex.: Simpatizei com aquela
aluna. / Nós simpatizamos com a ideia apresentada pelo professor.

A particularidade desse verbo é que ele não é um verbo pronominal, ou seja, são consideradas
erradas as construções em que esse verbo aparece acompanhado por pronome oblíquo.
Assim, não se deve dizer: A aluna simpatizou-se com o novo professor. (errado).
O correto é: A aluna simpatizou com o novo professor.

2- Alguns verbos que apresentam mais de uma regência


Aspirar
No sentido de “cheirar”, “sorver”, o verbo aspirar exige complemento sem preposição.
Ex.: Aspiramos um ar poluído. / Aspirava o perfume das flores.

No sentido de “almejar”, “pretender”, exige complemento com a preposição a (objeto indireto).


Ex.: Aspiro a uma vida saudável. / Aspiramos a um cargo melhor.

Assistir
No sentido de “prestar assistência”, “dar ajuda”, é normalmente empregado com
complemento sem preposição (objeto direto).
Ex.: O médico assiste o doente. / Aquela instituição assiste os trabalhadores.

No sentido de “ver”, “presenciar”, exige complemento com a preposição a (0bjeto indireto).


Ex.: Assistimos a uma partida de tênis. / Assisti a uma comédia antiga / Assisti a um filme
sobre drogas.

No sentido de “caber”, “pertencer”, exige complemento com a preposição a (objeto indireto).


Ex: É um direito que assiste a todo trabalhador. Assiste ao Tribunal do Júri julgar os homicidas.

Esquecer/Lembrar

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Os verbos esquecer e lembrar, quando não acompanhados de pronome oblíquo, exigem
complemento sem preposição (objeto direto). Quando acompanhados de pronome oblíquo,
exigem complemento com a preposição de (objeto indireto).
Ex: Esqueci o assunto da prova. / Esqueci-me do assunto da prova. / Lembrei o dia de teu
aniversário. / Lembrei-me do dia de teu aniversário.

Pagar /Perdoar
Os verbos pagar e perdoar, quando têm por complemento uma coisa, não exigem preposição.
Se o complemento for pessoa, contudo, pedem a preposição a. Ex.: Paguei o livro. (livro=coisa)
/ Paguei ao colega. (colega=pessoa) / Perdoa os pecados. / Perdoa aos pecadores.

Querer
No sentido de “ desejar “, exige complemento sem preposição (objeto direto). No sentido de
“estimar”, “ter afeto”, exige complemento com a preposição a. Ex.: Eu quero uma casa no
campo. / Quero a meus colegas.

Visar
No sentido de “mirar”, exige complemento sem preposição (objeto direto). Ex.: O atirador
visou o alvo.
No sentido de “dar visto”, exige complemento sem preposição (objeto direto).
Ex.: O gerente visou o cheque.
No sentido de “ter em vista”, “objetivar”, exige complemento com a preposição a.
Ex.: Visamos a uma posição de destaque.

Emprego dos Advérbios onde e aonde


Trata-se de duas palavras que muitos pensam ter o mesmo valor, até pessoas dos meios de
comunicação não se preocupam em conhecer a diferença.
Seu uso é fácil, basta fazer o teste da substituição, colocando a expressão “para onde” no lugar
destas duas palavras. Se fizer sentido, cabe a palavra aonde e em caso contrário, cabe onde.
Basta lembrar que o “a” da palavra equivale a “para”. O vocábulo “onde” é resultante da soma
da preposição a = para com o advérbio aonde.

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A palavra “consigo” é outra que tem dado margem a uso impróprio, acreditando-se que também
possa equivaler à expressão “com você”; entretanto , esta palavra não se presta para tal
substituição.

Observação: O advérbio onde pode combinar-se com a preposição a (=aonde) e com a


preposição de(=donde) e o uso de cada uma das formas pode ser descrito assim:
Onde indica o lugar em que se situa a ação verbal. Ex.: Onde você mora?
Aonde indica o lugar para o qual se dirige a ação. Ex.: Aonde você quer chegar?
Donde indica o lugar do qual parte a ação. Ex: Donde você veio?

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Atividades a serem feitas pelo aluno

Exercícios para Fixação


1) Quantos fonemas há na palavra entretanto?
a) 10 c) 09
b) 08 d) 11

2) Todas as palavras têm dígrafo em:


a) dinheiro – garantia – aquém c) assado – ninho – crescer
b) amplo – opção – saldo d) excluindo – alheio – imóveis

3) Em aluguel temos:
a) 3 vogais e 1 semivogal c) 1 vogal e 3 semivogais
b) 4 vogais e 0 semivogal d) 2 vogais e 2 semivogais

4) Em todos os itens temos ditongo, exceto em:


a) imóvel c) equivalência
b) solidário d) conseguinte

5) O locador e o locatário ficarão _________________________ com a administradora se


enviarem todos os documentos ________________________.
a) quites/anexo b) quite / anexos
b) quites/anexos c) quite/anexo

6) Elas ______________________providenciaram os atestados que enviaram


______________ às procurações.
a) mesmo/anexos b) mesmas / anexas
c) mesmas / anexos c) mesmo / anexo

7) É ___________________ a posição fortalecida das associadas junto ao grande público, que


não mais ficará _____________________com seus condôminos.
a) necessário / preocupado c) necessária / preocupados
b) necessário / preocupados d) necessária / preocupado

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8)___________________ muitos pretendentes ao apartamento, mas_____________existir
poucos com a renda familiar exigida.
a) Há / deve c) Haviam / deve
b) Existia / devem d) Há / devem

9) Os ritmos diferentes do trabalho e dos trabalhadores nos levam a considerar que podemos
exigir que todos tenham o mesmo desempenho __________________ os diferentes elementos
que as formam.
a) haja vista c) haviam vista
b) hajam vistos d) haja visto

10) O ______________ do síndico foi _____________________.


a) mandado / caçado c) mandato / cassado
b) mandado / cassado d) mandato / caçado

11) Coloque Certo ( C ) ou Errado ( E ) para as frases a seguir, considerando a regência verbal:
a) ( ) Não conheço o médico que assistiu a este doente.
b) ( ) Informei aos amigos sobre a carta que recebi.
c) ( ) Lembrei-me dos amigos de infância.
d) ( ) Ele sempre aspirou aos primeiros lugares.
e) ( ) Quero visar a este cheque.
f) ( ) Venha assistir a decisão do campeonato.
g) ( ) Paga o que deve aos teus funcionários.
h) ( ) Perdoei à conta ao empregado.

12) Substitua o verbo em negrito pelo que estiver indicado entre parênteses, alterando a
regência de acordo com a necessidade.
a-Ele não deseja este cago. (aspirar) __________________
b-Todos os alunos viram esta peça teatral. (assistiram) ______________________
c-O caçador mirou o pássaro. (visar) ________________________
d-O enfermeiro socorreu a criança. (assistir) __________________________

13) Escolhendo a forma verbal e adequada, efetue a concordância.


a) Naquele dia ____________ dez alunos. (faltou / faltaram).
b) __________ naquela época, fatos terríveis (aconteceu / aconteceram).
c) Ainda ___________ quarenta blocos. (falta / faltam).
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d) Ainda não ________ os documentos. (chegou / chegaram)
e) ___________ cinco minutos para começar a aula. (falta / faltam)
f) ___________ quatro pessoas para fazer o trabalho. (basta / bastam)
g) Um bando _________. (chegou / chegaram).
h) Um bando de alunos _____________. (chegou / chegaram)
i) A multidão __________. (grita / gritavam)
j) A multidão de torcedores _____________. (gritava / gritavam)
k) Grande parte __________ à cerimônia. (compareceu / comparecem)
l) Paris __________ muita cultura. (abriga / abrigam)
m)As Minas Gerais __________ grandes escritores. (revelou / revelaram)
n) Os Estados Unidos ____________ milho. (exporta / exportam)
o) Campinas __________ grandes jogadores. (revelou / exportam)
p) O Amazonas __________ longe. (fica / ficam)
q) Fui eu que ____________ o problema. (resolvi / resolveu)
r) Fomos nós que _________ a dívida. (pagamos / pagou)
s) O relógio da igreja __________ duas horas. (deu / deram)
t) ___________ duas horas no relógio da igreja. (deu / deram)
u) ___________ quatro horas na torre da igreja. (bateu / bateram)
v) ___________ muitos torcedores no estádio. (havia / haviam)
w) ___________ muitos torcedores no estádio. (existia / existiam)

14) Escolhendo a forma verbal adequada efetue a concordância.


a) __________ haver sérios problemas. (deve / devem)
b) __________ de haver sérios problemas. ( há / hão)
c) O livro e as encomendas _________. (chegou / chegaram)
d) _________ o livro e as encomendas. (chegou / chegaram)
e) A previsão e os resultados __________. (falhou / falharam)
f) __________ a previsão e os resultados. (falhou / falharam)
g) Livros, roupas, brinquedos, tudo _________ fora de lugar (estava / estavam)
h) Primos, tios, sobrinhos, ninguém _________. (faltou / faltaram)
i) Primos, tios, sobrinhos, todos ___________ à festa. (foi / foram)
j) Eu, tu e ele _________ a tarefa. (fizemos / fizestes)
k) Tu e teu colega _________ a tempo. (chegastes / chegaram)
l) Fortaleza ou Recife _________ bons lugares para férias. (é / são)
m)Que _________ sinônimos? (é / são)

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n) _____________ uma hora e dez minutos (é / são)
o) ____________ duas horas e quinze minutos. (é / são)
p) O responsável ____________ eu. (é / sou)
q) Laís ___________ as alegrias da casa (era / eram)
r) Isto ___________ preocupações sem sentido. (é / são)
s) Cem milhões ___________ muito. (é / são)

15) Complete usando o pronome adequado:


a) Você pagou a dívida? Sim paguei ______.
b) Você pagou o homem? Sim paguei _____.
c) Você ama este rapaz? Não, eu não ______ amo.
d) Você obedece a este homem? Sim, eu _____ obedeço.
e) Você assistiu a este filme? Sim, assisti ______.
f) Você aspira a este cargo? Sim, aspiro ______.

16) Coloque o artigo definido (o, a) antes dos substantivos:


a-____ grama (unidade de peso) n- ____ usucapião
b-____ eclipse o- ____ caixa
c-____ champanhe p- ____ telefonema
d-____ lotação (capacidade) q- ____ estratagema
e-____ dinamite r- ____ análise
f- ____ guaraná s- ____ cal
g- ____ cisma (separação) t- ____ avestruz
h- ____ bacanal u- ____ derme
i- ____ dó (compaixão) v- ____ cabeça (chefe)
j-____ moral (ética) w- ____ pernoite
k-____mármore x- ____ capital (dinheiro)
l- ____ alface y- ____ lança-perfume
m- ____ trema z- ____ o ágape (reunião)

17) A expressão sublinhada “... tem dado margem a uso impróprio, ...” pode ser substituída
pelo verbo:
a) abandonar
b) proporcionar
c) ladear
d) mostrar
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18) Use a palavra apropriada para completar a frase abaixo:
Os fatos____________nossas previsões. (ratificaram / retificaram)

19) Já _______ muitos anos que se alteraram algumas regras de acentuação, mas ________
muitas pessoas que ainda _________ ao gravar certas palavras.
a) Devem fazer – há – hesitam
b) Deve fazer – tem – hesitam
c) Deve fazer – há – hesitam
d) Devem fazer – tem – hesitam

20) Substituir o verbo pelo seu substantivo derivado e fazer concordância nominal adequada.
Besteira lembrar que o “a” da palavra “aonde” equivale a “para”.
Besteira ________ que o “a” da palavra “aonde” equivale a “para”.

81
Acentuação Tônica e Acentuação Gráfica

Não podemos confundir Acentuação Tônica com Acentuação Gráfica


01-Acento tônico: denota na Linguística, a tonicidade, ou seja, a ênfase dada a
determinadas sílabas das palavras durante a fala. Sílabas acentuadas parecem ser
pronunciadas mais alto e com mais força do que as que não são.
No português, é possível diferenciar dois tipos de acentos tônicos. O de maior
intensidade, presente, por exemplo, na última sílaba da palavra "amar", é chamado principal.
Outro, menos intenso, presente, por exemplo, na primeira sílaba da palavra "sozinho", é
chamado secundário.

Acentuação tônica (sons)


(Quando falamos temos uma língua musical com sons mais altos e mais baixos,
surdos e sonoros, vocal e nasal)
Na língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três diferentes posições;
consequentemente, as palavras podem receber três classificações quanto a esse
aspecto:
 oxítonas ou agudas- são aquelas cuja sílaba tônica é a última: você, ruim, café,
carcará, jiló, vatapá, alguém, anzol, ninguém, condor, paul (pântano).
 paroxítonas ou graves- são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima: gente, dólar,
álbum, planeta, pedra, vírus, homem, caminho, tórax, alto, amável, âmbar, táxi, éter,
hífen.
 proparoxítonas ou esdrúxulas - são aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima:
lágrima, mágico, trânsito, lâmpada, xícara, ótimo, último, médico, Alcântara, fanático.

Observe: Nos exemplos dados para os três casos, só há palavras com mais de uma sílaba.
Quanto às de apenas uma sílaba, os chamados monossílabos, há divergências quanto à
sua classificação tônica. Quando apresentam tonicidade, como no caso de má, pó, fé, há
quem as considere simplesmente monossílabos tônicos. Outros preferem dizer que são
"oxítonas de apenas uma sílaba". A questão é polêmica, mas a primeira tese
(monossílabos tônicos) têm mais adeptos. É importante destacar que só se percebe se um
monossílabo é tônico ou átono, pronunciando-o numa sequência de palavras, ou seja, numa
frase.
Tonicidade é uma propriedade da sílaba tônica, isso é, da sílaba que é pronunciada mais
forte em uma palavra. É uma característica dependente de idioma que é estudada pela

82
Prosódia. Dependendo do idioma, a sílaba tônica de uma palavra pode ou não ser marcada
com acentos gráficos, de acordo com as regras de acentuação desse idioma.

Sílaba tônica e sílaba átona:


Na palavra Carolina há quatro sílabas: Ca-ro-li-na. A sílaba li é pronunciada com mais força
que as outras. É a sílaba tônica da palavra, pois sobre ela recai o acento tônico. As demais
sílabas da palavra são átonas, ou seja, são pronunciadas com menor itensidade que a
sílaba tônica. É importante observar que o acento da sílaba tônica nem sempre é marcado
graficamente.
Ex: Carolina = a sílaba tônica não recebe acento gráfico.
Líquido = a sílaba tônica é acentuada graficamente.
Portanto, na palavra Carolina podemos observar:
li = sílaba tônica
Ca-ro-na = sílabas átonas

Acento Gráfico (grafia-escrita)


02- O acento gráfico consiste na aplicação de certos sinais escritos sobre determinadas
letras para representar o que foi estipulado pelas regras de acentuação do idioma.
 o acento agudo ( ´ ) - colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e do grupo em,
indica que essas letras representam as vogais tônicas / tônicas da palavra:
carcará, caí, armazém. Sobre as letras e e o, indica, além de tonicidade, timbre
aberto: lépido, céu, léxico.
 o acento circunflexo ( ^ ) - colocado sobre as letras a, e e o, indica, além de
tonicidade, timbre fechado: lâmpada, pêssego, supôs, Atlântico.
 o til ( ~ ) - indica que as letras a e o representam vogais nasais: alemã, órgão,
portão, expõe, corações, ímã.
 o acento grave ( ` ) - indica a ocorrência da fusão da preposição a com os artigos
a e as, com os pronomes demonstrativos a e as e com a letra a inicial dos
pronomes aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo: à, às, àquele, àquilo.
conhecida como CRASE.
Obs.: Quando seguidas de m ou n, as letras a, e, o representam vogais nasais, comumente
fechadas, recebem acento circunflexo, e não agudo. Ex: câmara, ânus. A única exceção
ocorre nas terminações -em, -ens em que se usa acento agudo [porém, contém, provém,
parabéns], a não ser nas formas verbais da 3ª pessoa do plural, quando passa a usar o
circunflexo. Ex: contêm, provêm.

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Observação:
 o trema ( ¨ ) - é aplicado em palavras estrangeiras como sobrenomes: "Müller".

Sinais Gráficos (escrita)


Os sinais gráficos utilizados para marcar a tonicidade das palavras variam conforme o idioma
estudado.
O Português, por exemplo, utiliza o acento agudo (´), o acento grave(`) e o circunflexo (^).
Ex.: Pároco, Crônica .
 Acento agudo é um sinal de acentuação gráfica, um traço oblíquo para a direita
(como no í da palavra oblíquo), que se coloca por cima das letras para indicar a
característica fonética de sílaba tônica de timbre aberto, sempre que necessário. . Ex.:
mágica
 Acento grave (`), que em Português é utilizado para marcar a crase; Vou à (a+a)
casa de meus pais.
 Acento circunflexo: é um sinal de acentuação gráfica para indicar som fechado.
Ex. Pêssego.
 São utilizados também recursos como o negrito, o itálico, a cor da letra, o
sombreamento e letras maiúsculas etc.
 o trema ( ¨ ) - é aplicado em palavras estrangeiras como sobrenomes: "Müller".
 o til ( ~ ) - indica que as letras a e o representam vogais nasais: alemã, órgão,
portão, expõe, corações, ímã.

Regras básicas de Acentuação


As regras de acentuação gráfica procuram reservar os acentos para as palavras que se
enquadram nos padrões prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, resultam as
seguintes regras básicas:
 proparoxítonas - são todas acentuadas. Têm acento na antepenúltima sílaba
tônica e, nesse caso, é a sílaba que leva o acento. A vogal com timbre aberto é
acentuada com um acento agudo. Ex: gráfica, sílaba, física.
 Já, as com timbre fechado ou nasal são acentuadas com um acento circunflexo. É o
caso de: lâmpada, relâmpago, Atlântico, trôpego, Júpiter, lúcido, ótimo,
víssemos, flácido.
 paroxítonas - são as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso, as
que recebem menos acentos. Têm o acento na penúltima sílaba tônica. São
acentuadas as que terminam em:

84
 i, is: táxi, beribéri, lápis, grátis, júri.
 u, us, um, uns, on, ons: vírus, bónus / bônus, álbum, parabélum, álbuns,
parabéluns (coifa/exaustor), nêutron, prótons.
 l, n, r, x, ps: incrível, útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen, pólen, éter, mártir,
caráter, revólver, destróier, tórax, ónix / ônix, fénix / fênix, bíceps, fórceps,
Quéops.
 ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos.
 ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s: água,
árduo, pônei, cáries, mágoas, jóquei, jóqueis.
 oxítonas – Têm acento na última sílaba tônica. São acentuadas as que terminam
em:
 a, as: Pará, vatapá, estás, irás, cajá.
 e, es: você, café, Urupês, jacarés.
 o, os: jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, cipó, mocotó.
 em, ens: alguém, armazéns, vintém, parabéns, também, ninguém.
 monossílabos tônicos - são acentuados os terminados em:
 a, as: pá, vá, gás, Brás, cá, má.
 e, es: pé, fé, mês, três, crê.
 o, os: só, xô, nós, pôs, nó, pó, só.
Obs. Os monossílabos átonos não são acentuados.
 hiato - i e u nas condições:
 sejam a segunda vogal tônica de um hiato;
 formem sílabas sozinhos ou com s na mesma sílaba;
 não sejam seguidas pelo dígrafo nh;
 não forem repetidas (i-i ou u-u);
 não sejam, quando em palavras paroxítonas, precedidas de ditongo;
Ex.: aí: a-í; balaústre: ba-la-ús-tre; egoísta: e-go-ís-ta; faísca: fa-ís-ca; viúvo; vi-ú-vo;
heroína: he-ro-í-na; saída: sa-í-da; saúde: sa-ú-de.
 Não se acentuam as palavras oxítonas terminadas em i ou u (seguidos ou não do s).
Palavras como baú, saí, Anhagabaú, etc., são acentuadas não por serem
oxítonas, mas por o i e o u formarem sílabas sozinhos, num hiato.
 Apesar de não poder ser considerado um caso de tonicidade, coloca-se um acento
grave "`" na crase da preposição "a" com os artigos femininos "a", "as" e com os
pronomes demonstrativos "aquele", "aqueles", "aquela", "aquelas", "aquilo": à, às,

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àquele, àquilo.
Acento diferencial
O acento diferencial é utilizado para diferenciar palavras de grafia semelhante. É utilizado
nos seguintes casos:
 pôde (pret. perf. do ind. de poder) - pode (pres. do ind. de poder)
 pôr (verbo) - por (preposição)
 têm (terceira pessoa do plural do verbo ter) - tem (terceira pessoa do singular do
verbo ter)
 Os derivados do verbo ter têm na terceira pessoa do singular um acento agudo "´", já
a terceira pessoa do plural tem um acento circunflexo "^" mantém - mantêm
 fôrma (substantivo) - forma (substantivo e verbo)(opcionalmente) O
acento em "fôrma" pode ser considerado opcional.
 chegámos (1ª pessoa do plural no pretérito - indicativo) chegamos (1ª pessoa do
plural no presente - indicativo) (opcionalmente)
O acento diferencial do pretérito é opcional.
Após a Reforma Ortográfica, o acento diferencial foi quase totalmente eliminado da
escrita, porém, obviamente, a pronúncia continua a mesma.

Não confunda acentuação tônica com acentuação gráfica.

Referências Bibliográficas:
Cunha, Celso; Cintra, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5 ed. Rio
de Janeiro: Lexikon, 2008

KURY, Adriano da Gama. Ortografia, Pontuação e Crase. 2. ed. Rio de Janeiro:

ROCHA, Ana Paula. “A gramaticalização de ‘todavia’ em português”. In: Memórias do XIV


Congressos Internacional ALFAL, vol. I. Monterrey, México, 2005.

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