Programas de Prevenção
Programas de Prevenção
Programas de Prevenção
2013
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof.ª Marilice Nascimento
Prof. Maurício Saturnino Sestrem
363.116
N244p Nascimento, Marilice
215 p. : il
ISBN 978-85-7830-708-0
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico! Bem-vindo à disciplina de Programas de Prevenção!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS..... 1
VII
4.1 ANTECIPAÇÃO E RECONHECIMENTO DOS RISCOS........................................................... 37
4.2 ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES E METAS DE AVALIAÇÃO E CONTROLE....... 39
4.3 AVALIAÇÃO DOS RISCOS E DA EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES........................... 39
4.4 IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE SUA EFICÁCIA..... 42
4.5 MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO AOS RISCOS............................................................... 45
4.6 REGISTRO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS................................................................................ 45
5 RESPONSABILIDADES...................................................................................................................... 45
6 INFORMAÇÕES.................................................................................................................................... 45
7 OUTRAS DISPOSIÇÕES..................................................................................................................... 46
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 47
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 49
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 50
VIII
4.1 DA SEGURANÇA DO TRABALHO............................................................................................. 88
4.2 DO SERVIÇO MÉDICO................................................................................................................... 89
4.3 DOS GERENTES E LÍDERES.......................................................................................................... 89
4.4 DO EMPREGADO............................................................................................................................ 89
4.5 AUDITORIA...................................................................................................................................... 90
5 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DO RESPIRADOR......................................................................... 90
6 TREINAMENTO.................................................................................................................................... 92
7 ENSAIOS DE VEDAÇÃO.................................................................................................................... 92
8 EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS............................................................................................ 93
8.1 DIFERENCIAÇÃO ENTRE LIMITE TOLERÂNCIA (LT) E NÍVEL DE AÇÃO (NA)............ 93
9 MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO E GUARDA..................................................................................... 94
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 96
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 99
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 100
IX
2.1 PROGRAMA DE PREVENÇÃO AO ALCOOLISMO NO TRABALHO............................... 130
2.1.1 Estrutura do programa de prevenção de alcoolismo...................................................... 132
2.2 PROGRAMA DE PREVENÇÃO AO TABAGISMO NO TRABALHO.................................. 132
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 134
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 135
X
TÓPICO 3 – PROGRAMA DE CONTROLE DE ANIMAIS SINANTRÓPICOS......................185
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................185
2 INSPEÇÃO............................................................................................................................................186
3 IDENTIFICAÇÃO................................................................................................................................186
4 APLICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS.............187
4.1 PRINCIPAIS PRAGAS DO MEIO INDUSTRIAL......................................................................187
5 AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO...................................................................................................189
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................190
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................191
XI
XII
UNIDADE 1
GESTÃO DE PROGRAMAS DE
PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. Ao final de cada um deles,
você encontrará atividades que o(a) auxiliarão a fixar os conhecimentos
desenvolvidos.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Iniciamos o estudo do caderno abordando o que é
essencial para a atividade eficaz do Gestor da Saúde e Segurança do Trabalho
(SST): o conhecimento de leis, normas e programas de prevenção. A prevenção
é antecipar possíveis riscos de doenças e acidentes do trabalho que possam
vir acontecer no ambiente laboral. Para Barbosa Filho (2011, p. 8), “prevenir
significa preparar-se por meio da previsão, para as prováveis perspectivas de
um futuro incerto”.
3
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
4
TÓPICO 1 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DA GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
INVESTIGAÇÃO DE
ACIDENTES RESPONSABILIDADE
PROGRAMAS
DE PREVENÇÃO
SISTEMA DE
TÉCNICAS DE
REGISTRO DE
SEGURANÇA
ACIDENTES
INSPEÇÕES
DE
SEGURANÇA
FONTE: Tavares (1996)
5
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
NOTA
ATENCAO
3 ORGANIZAÇÃO DOCUMENTAL
Quando tratamos de gestão, a palavra organização está como um dos
pré-requisitos. Uma empresa quando possui diversos documentos para guarda e
implantação deve reservar um local em separado para estes documentos estarem
de fácil acesso quando necessário.
6
TÓPICO 1 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DA GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
• Documentos em implantação.
• Documentos em arquivo morto.
a) OS – Ordem de Serviço – NR 1.
b) PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – NR 7.
c) PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – NR 9.
d) LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – NR 15.
e) PGRSS – Programa de Gestão de Resíduos de Serviços em Saúde – NR 32.
f) Dentre outros.
7
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
a) Declaração de Instalações – NR 2.
b) PCA – Programa de Conservação Auditiva.
c) PPR – Programa de Proteção Respiratória.
d) PT (para atividades perigosas) – Permissão para o Trabalho.
e) DDS – Diálogo Diário de Segurança.
f) MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS (elaborados pela CIPA – Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes).
g) Entre outros.
5 CONTROLE PREVENTIVO
Alguns documentos são utilizados para restringir os riscos através de
inspeções antes do início da tarefa, outras são normas elaboradas para melhorar
o comportamento motivacional e outras, como é o caso das ordens de serviço que
são indicações de cuidados específicos nas tarefas específicas.
8
TÓPICO 1 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DA GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
9
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
Empresa:
Normas Gerais de Segurança
VELAS DETUDO LTDA
Obedeça às normas, ordens, regras e regulamentos de Prevenção de Acidentes,
01
Segurança e Higiene do Trabalho.
02 Utilize, obrigatoriamente, o equipamento de proteção individual.
03 Ao manusear materiais use luvas de proteção.
04 Mantenha sempre limpo e em ordem o seu local de trabalho.
05 Mantenha sempre limpo seu uniforme e seus equipamentos de proteção individual.
Acate as instruções e orientações do Técnico em Segurança do Trabalho ou do
06
responsável pela segurança do trabalho, dos membros da CIPA e de seu superior.
Sempre que se machucar, mesmo sem gravidade, procure informar imediatamente
07
o seu superior, a fim de que sejam tomadas medidas de primeiros socorros.
Ao executar trabalhos em que haja desprendimento de fagulhas, use óculos de
08
segurança ou protetor facial.
Quando trabalhar em altura esteja sempre com o cinto de segurança e verifique o
09
engate dos equipamentos quanto à resistência da ancoragem.
Apresente sugestões de melhoria das condições de segurança do seu local de
10
trabalho.
Não improvise, utilize sempre a ferramenta correta para o tipo de trabalho a ser
11
executado.
Quando retirar alguma ferramenta ou equipamento de proteção individual
12 do almoxarifado, verifique se estão em perfeitas condições de uso, alertando o
encarregado sobre qualquer anormalidade.
13 Ajude a conservar e esteja sempre atento aos avisos e lembretes de segurança.
Sempre que for necessário executar trabalhos com ferramentas elétricas, mecânicas
14
e pneumáticas, verifique se estão devidamente protegidas.
Nunca se descuide quando estiver executando um trabalho, pois a desatenção
15
poderá ser fatal para a ocorrência do acidente.
16 Não execute trabalhos para os quais não está devidamente treinado.
Ao transitar pelo local de trabalho, ande devidamente calçado e preste atenção às
17
placas de sinalização do local.
Seguindo estas regras de segurança, você e seus companheiros de trabalho estarão
18
prevenindo acidentes.
____________________________________, Setor ____________________ ocupando a função
de _________________________, recebi do Serviço de Segurança do Trabalho as regras
básicas de segurança do trabalho, que me comprometo a cumprir integralmente.
em, _____ de _____________________ de 20 ___.
Assinatura do funcionário
FONTE: Oliveira (2011)
10
TÓPICO 1 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DA GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
11
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
12
TÓPICO 1 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DA GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Empresa/área Nº
GRUPO INSTRUÍDO
Nome completo Função Doc.: RG, CPF, CTPS Assinatura
13
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
14
TÓPICO 1 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DA GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
LEITURA COMPLEMENTAR
15
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que a importância que têm os programas de
prevenção para a Gestão da Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional
entendendo que:
• Toda a empresa deve estar envolvida para o cumprimento das metas estabelecidas
nos Programas de Prevenção, desmistificando que a responsabilidade seja
somente do SESMT.
16
AUTOATIVIDADE
17
8 Ao elaborar um treinamento de Saúde e Segurança do Trabalho você deve:
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O ALARP é um diagrama de apoio à decisão que ilustra o nível de
aceitabilidade do risco em relação aos benefícios deste controle. Durante o processo
de gestão precisam ser definidos os pontos de priorização e “O princípio de
controle de risco embutido neste diagrama é de que [...] é necessário que se alcance
um balanço entre risco de SSO e/ou ambiental e os benefícios sociais obtidos,
considerando o tempo, esforços e recursos investidos.” (SEIFFERT, 2010, p. 177).
2 ANÁLISE DE RISCOS
A análise consiste em identificar e classificar os riscos dentro de três áreas
ou regiões, considerando a magnitude do risco, logo, se o risco for intolerável as
consequências e danos serão possivelmente maiores e se for aceitável os danos
serão menores. Observe na figura a seguir, o diagrama ALARP e as regiões
consideradas para os riscos.
19
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
Eventos de Vigilância
Região amplamente
aceitável
Risco Insignificante
UNI
20
TÓPICO 2 | ALARP (AS LOW AS REASONABLY PRACTICABLE) – NIVEL DE TOLERÂNCIA AO RISCO
3 BENEFÍCIOS X DANOS
Quando analisamos os riscos, verificamos os benefícios das soluções e
os danos provocados por estes e é preciso levar em consideração na avaliação
ambiental e elaboração de um programa:
- riscos existentes
- fontes dos riscos
- natureza dos riscos
- riscos graves e eminentes
- trabalhadores expostos
- prioridades de intervenção
- metodologias de abordagem preventiva
- programas de ações
-avaliação de eficácia de medidas. (SEIFFERT, 2010, p. 175).
21
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
Imagine uma empresa onde foi indicado o uso de calçado de segurança com
biqueira de aço, onde o custo é relativamente mais alto do que o calçado de segurança
fechado sem biqueira. O posto de trabalho deste operador é de montagem de peças
pequenas e os riscos são aceitáveis, ou seja, os danos seriam ferimentos muito leves
e a possibilidade de um corte, ou lesão nos membros inferiores é bastante pequeno.
Logo, o benefício aqui seria mínimo e o investimento neste caso, seria alto para o
dano possível, sendo o risco considerado aceitável.
22
TÓPICO 2 | ALARP (AS LOW AS REASONABLY PRACTICABLE) – NIVEL DE TOLERÂNCIA AO RISCO
UNI
Logo, são etapas a serem seguidas de forma paralela onde se busca uma
mudança de comportamento para despertar o comportamento prevencionista:
• Na gerência e staff:
Reunião de discussão sobre o panorama da questão da Saúde Ocupacional
(dados, estratégias e apresentação de índices).
• Na base operacional:
Apresentação das estatísticas de acidentes e desenvolvimento de doenças
dos últimos anos. (Indicam-se três anos).
23
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
C1
LEGENDA não
C1 – Identificação do risco D1 T1
D1– Risco pertinente sim
T1– Feedback
D2
D2– Classificação do risco
D3 – Definição
D3
D4 – Aceitação da ação corretiva 1
D5 – Sinalização do risco
T2 – Acompanhamento pela equipe de não
D4 D5
segurança ou profissional prevencionista
T3 – Risco solucionado sim T2
T4 – Feedback da melhoria
1
T3
T4
FONTE: Scaldelai et al. (2011, p. 291)
24
TÓPICO 2 | ALARP (AS LOW AS REASONABLY PRACTICABLE) – NIVEL DE TOLERÂNCIA AO RISCO
C1 – Identificação do risco
Nesta etapa deve-se orientar o trabalhador sobre os diversos riscos e
depois criar uma via de comunicação com o responsável pelo programa.
T1- Feedback
25
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
26
TÓPICO 2 | ALARP (AS LOW AS REASONABLY PRACTICABLE) – NIVEL DE TOLERÂNCIA AO RISCO
D3- Definição
27
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
D5 - Sinalização do risco
Sinalizar o local onde foi identificado o risco conforme a classificação a
seguir:
• Triângulo amarelo: risco pequeno= 5 pontos
• Triângulo laranja: risco médio = 10 pontos
• Triângulo vermelho: risco grande = 20 pontos
28
TÓPICO 2 | ALARP (AS LOW AS REASONABLY PRACTICABLE) – NIVEL DE TOLERÂNCIA AO RISCO
5.2.2 Correção do RI
A da correção do RI é avaliada antes de implementada, ou seja, se é aceita
ou rejeitada a ação corretiva. Para isso é calculada a aceitação da ação corretiva
(AAC).
a) EPI
b) SEGURANÇA
c) MANUTENÇÃO
d) HOUSEKEEPING
29
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
Auditoria da CIPA
Nº itens de desvio Fator
EPI 50
Segurança 20
Manutenção 10
Housekepping 8
FONTE: Scaldelai et al. (2011, p. 296)
UNI
Assim deve ser considerado o n. desvios, multiplicado pelo n. fator para obter
a quantidade de pontos, ou “x” pontos.
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Caro acadêmico! Neste tópico, você aprendeu sobre a aplicação da
ferramenta ALARP:
• A priorização dos riscos com o apoio do ALARP tem como objetivo a redução
de riscos e considera a frequência (ocorrência) e a gravidade (consequência).
Para a frequência esperam-se ações de prevenção e para a gravidade, ações de
proteção.
• O PCR é desenvolvido e controlado por uma equipe e que deve seguir duas
etapas aplicadas paralelamente: uma aplicada à gerência e staff e outra à base
operacional.
• São etapas do PCR: identificação dos riscos; qualificação dos riscos e solução
dos riscos.
31
AUTOATIVIDADE
I- Intolerável.
II- Tolerável.
III- Aceitável.
1 – ( ) Evento de precaução.
2 – ( ) Evento de vigilância.
3 – ( ) Evento prioritário.
32
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Um dos principais programas de prevenção da área de Saúde e Segurança
do Trabalho – SST é o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
Aqui entendendo como ambiente, o local de trabalho do trabalhador, dentro da
empresa ou no local onde está prestando o serviço. Em algumas atividades o
trabalhador executa a sua atividade em outras empresas como terceirizado ou
fora da área física da empresa e o PPRA deve contemplar estes riscos.
33
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
UNI
ATENCAO
34
TÓPICO 3 | PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – NR 9
35
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
3 ESTRUTURA DO PPRA
O PPRA é um documento para ser utilizado e de fácil compreensão,
portanto, estruturalmente deve seguir um padrão. Lembre, acadêmico(a), o PPRA
pode “documentar uma situação que eventualmente pode ser questionada,
inclusive judicialmente.” (VENDRAME, 2005, p. 142). O documento base do
PPRA deverá ser elaborado segundo a Norma Regulamentadora - NR 9 e deverá
conter como conteúdo mínimo os seguintes aspectos:
Registro e Divulgação
de Dados Peridiocidade
FONTE: Os autores
36
TÓPICO 3 | PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – NR 9
4 DESENVOLVIMENTO DO PPRA
No desenvolvimento do PPRA deve-se considerar, segundo a NR 9, as
etapas:
Saliba (2004) salienta que essa fase deve constar de alguns requisitos:
37
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
- AVALIAÇÃO QUALITATIVA
- AVALIAÇÃO QUANTITATIVA
38
TÓPICO 3 | PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – NR 9
NOTA
39
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
NOTA
vírus x
bactérias x
BIOLÓGICOS
fungos x
outros x
Postura Sentada na confecção da
x
inadequada embalagem
ERGONÔMICOS monotonia x
Retirada dos moldes
repetitividade x
Embalagem
Choque
x
elétrico
Ferramentas
Uso de faca de corte x
inadequadas
ACIDENTES Aquecimento para
Incêndio x
derretimento de parafina
Outros
agentes
Tropeções, escorregões x
causadores
de acidentes
FONTE: O autor
41
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
Produtos
Corante
químicos em
Essência
geral
QUÍMICOS fumos
poeiras
vapores
outros
vírus
bactérias
BIOLÓGICOS
fungos
outros
FONTE: Os autores
42
TÓPICO 3 | PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – NR 9
NOTA
UNI
43
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
44
TÓPICO 3 | PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – NR 9
• A garantia da sua guarda por pelo menos 20 (vinte) anos e em prazos maiores
conforme indicações especificadas da NR 15, se houver.
Quanto à divulgação:
5 RESPONSABILIDADES
Toda empresa que admita trabalhadores como empresa deve elaborar
e implementar o PPRA e é aí que vem a problemática de adaptação para as
pequenas empresas que na sua maioria não possui profissional qualificado para a
elaboração e /ou execução e nem sempre tem a cultura de antecipação e prevenção
de riscos.
6 INFORMAÇÕES
A comunicação é essencial para a eficácia do Programa de Prevenção,
portanto, as informações devem ser amplamente divulgadas para os trabalhadores
de forma que identifiquem os riscos de suas funções e as medidas de prevenção
indicadas, podendo colaborar assim para a sua implementação.
45
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
7 OUTRAS DISPOSIÇÕES
Segundo a NR 9, quando vários empregadores ocuparem o mesmo
ambiente laboral simultaneamente deverão este, realizar ações integradas
para a aplicação das medidas preventivas propostas no PPRA, com o objetivo
de proteger todos os trabalhadores que estejam expostos aos riscos ambientais
detectados nestes locais.
NOTA
46
TÓPICO 3 | PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – NR 9
LEITURA COMPLEMENTAR
47
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
Indo mais longe, para termos uma análise completa dos riscos, dividimos
o nosso AMBIENTE em dois: externo e interno. (Parte de nosso PROGRAMA
RISCO ZERO).
Resumindo podemos dizer que, todos nós fazemos GESTÃO, não importa
qual o RISCO ser gerenciado.
FONTE: WADA, Célia. PPRA – uma das ferramentas do ciclo produtivo em prol da sustentabilidade. 2011.
Disponível em: <http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=17538>.
Acesso em: 29 jul. 2012.
48
RESUMO DO TÓPICO 3
Acadêmico! Ao concluir o Tópico 3, no qual estudamos o PPRA –
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, seu entendimento do assunto
foi que:
49
AUTOATIVIDADE
50
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
As normas regulamentadoras constantemente precisam ser alteradas
adaptando-se a realidade do meio ambiente de trabalho. Na construção civil
houve alterações da NR 18, em decorrência do acréscimo da NR 35, que trata do
trabalho em altura. Portanto, fez-se necessária a inclusão e modificação da norma
para evitar conflitos.
51
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
2 DOCUMENTOS DO PCMAT
No PCMAT devem constar além do texto referente à organização das
atividades durante a existência da obra em relação aos riscos relacionados e o
cronograma de atividades, outros documentos específicos conforme descreve a
NR 18:
52
TÓPICO 4 | PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO – NR 18
53
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
• Riscos físicos:
Ruído: máquinas como escavadeira, bate-estaca, serra circular, furadeira,
lixadeira, esmerilhadeira, pistola finca-pino, vibrador de imersão, perfuratriz
e betoneira.
Vibração: marteletes, vibrador de concreto.
Radiação não ionizante: radiação infravermelha, proveniente de operação em
fornos, ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por
operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, micro-ondas etc.
Radiação ionizante: raios-X
Umidade: locais alagados, encharcados e expostos a intempéries.
Frio: câmaras frigoríficas.
Calor: fornos, atividades com tubulações com água quente ou vapor.
54
TÓPICO 4 | PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO – NR 18
• Riscos químicos: poeiras resultantes de trabalhos com cal, cimento, gesso, varrição
e do corte de madeiras; fumos metálicos resultantes das soldagens e cortes a quente;
vapores orgânicos desprendidos das tintas, solventes e de mantas asfálticas,
produtos corrosivos utilizados em limpeza e outros produtos químicos.
FUNÇÕES ATIVIDADES
Demolir edificações, compactar solo, realizar escavações
superficiais, preparar argamassa, raspar e lixar superfícies,
Ajudante geral abastecer postos de trabalho e auxiliar nas demais atividades.
Limpar e remover resíduos do canteiro durante a pós o
término da obra e organizar máquinas e ferramentas.
55
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
56
TÓPICO 4 | PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO – NR 18
Guarda-corpo Elevador
Cinto de Segurança
Bandeja
Vestimenta e EPI
57
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
travessa
a) Escada coletiva
58
TÓPICO 4 | PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO – NR 18
1,20 m
0,70 m
0,20 m
b) Rampas
59
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
FIGURA 10 – RAMPAS
c) Passarelas
FIGURA 11 – PASSARELAS
60
TÓPICO 4 | PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO – NR 18
61
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
FIGURA 13 – GUARDA-CORPO
travessão travessão
montante
superior intermediário
1,20 m
0,70 m
0,20 m
1,20 m
0,70 m
0,20 m
rodapé 0,20 m
62
TÓPICO 4 | PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO – NR 18
EPI com proteção contra queda com diferença de nível: cinto de segurança
tipo paraquedista, que deve ser usado em atividades onde a altura seja superior a
dois metros. O cinto deve estar dotado de dispositivo trava-quedas e estar ligado ao
cabo de segurança. Os cintos devem possuir argolas e mosquetões de aço forjado;
ilhoses de material não ferroso e fivela de aço forjado ou material de resistência e
durabilidade equivalentes (FUNDACENTRO, 2001).
63
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
NOTA
64
TÓPICO 4 | PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO – NR 18
NOTA
8 PROGRAMA EDUCATIVO
Na NR 18 consta que o programa educativo definido no PCMAT deve ser
dirigido a todos os trabalhadores em todas as fases da obra, através de treinamentos
já na sua admissão e periodicamente. E o treinamento visa estabelecer a educação
para a prevenção de acidentes e doenças no ambiente de trabalho.
- Na admissão
- Periódico
65
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
66
TÓPICO 4 | PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO – NR 18
LEITURA COMPLEMENTAR
Riscos físicos
68
TÓPICO 4 | PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO – NR 18
69
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
70
RESUMO DO TÓPICO 4
Olá, acadêmico, chegamos a mais uma fase do nosso estudo no Tópico
4. Vimos que:
• A empresa que possui PCMAT não está desobrigada a elaborar o PPRA, nem o
LTCAT.
3 Escadas de uso coletivo devem ser utilizadas quando do uso por mais de
quantos trabalhadores?
a) ( ) 50 trabalhadores.
b) ( ) 20 trabalhadores.
c) ( ) 25 trabalhadores.
d) ( ) 100 trabalhadores.
72
UNIDADE 1
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Surgem, pois, sérias doenças provocadas pelas propriedades nocivas
do material que afligem aos mineiros [...] (RAMAZZINI, 1700 apud
ESTRELA, 1999, p. 25).
No livro “A doença dos trabalhadores” de Bernardino Ramazzini, já em
1700, foram identificados no capítulo “a doença dos mineiros”, os possíveis danos
do desenvolver das atividades relacionadas com a mineração.
73
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
UNI
74
TÓPICO 5 | PGR – PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS – NR 22
UNI
75
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
Gestor de Trabalhador
Empresa CIPAMIM
SST da Mineração
76
TÓPICO 5 | PGR – PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS – NR 22
77
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
78
TÓPICO 5 | PGR – PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS – NR 22
LEITURA COMPLEMENTAR
“As grandes empresas não têm esse tipo de problema”, explica Walter
Arcoverde, diretor de fiscalização do Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM), órgão regulador do governo brasileiro. “Elas seguem as
resoluções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e normas como a ISO
9000. As chances de ocorrer um acidente deste tipo são muito pequenas.”
79
UNIDADE 1 | GESTÃO DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
80
RESUMO DO TÓPICO 5
Chegamos ao último tópico da Unidade 1, o Tópico 5, no qual
aprendemos um pouco mais sobre os riscos da mineração e do PGR- Programa
de Gerenciamento de Risco, da mineração:
• A guarda do PGR deve ser de pelo menos 20 anos e Gestor de SST deve garantir
o cumprimentos das metas e prazos correspondentes previstos no PGR e em
conformidade com as prescrições contidas da NR 22 – Segurança e Saúde
Ocupacional na Mineração.
81
AUTOATIVIDADE
Risco
Identificado
82
UNIDADE 2
PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE
RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No final de cada um deles,
você encontrará atividades que o(a) auxiliarão a fixar os conhecimentos
desenvolvidos.
83
84
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Vamos estudar agora a Unidade 2. Iniciamos pelo
Programa de Proteção Respiratória (PPR). O PPR é indicado para ambientes com
exposição a químicos, ambientes com pouca ou nenhuma ventilação ou mesmo
espaços confinados e outros riscos que possam comprometer a qualidade do ar
respirável, provocando danos ao trabalhador e até a morte.
85
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
DICAS
86
TÓPICO 1 | PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
2 REQUISITOS DO PPR
Quando há risco de exposição ao agente químico pelo trabalhador que
oferece risco, sobretudo por meio de inalação e quando não forem suficientes as
medidas de proteção no ambiente devem ser usados respiradores. De acordo com
Torloni (2002) devem ser usados respiradores nos seguintes casos:
3 ESTRUTURA DO PPR
Como sugestão de sequência de um PPR indica-se para este Caderno de
Estudos a seguinte estrutura:
87
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
4 RESPONSABILIDADES NO PPR
A estrutura do PPR quanto à capa, definições, objetivos e aplicabilidade
deve ser elaborada conforme especificidades da empresa. Seguimos então para as
responsabilidades.
88
TÓPICO 1 | PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
4.4 DO EMPREGADO
Fazer uso do respirador de acordo com os treinamentos e instruções recebidos.
Manter o respirador que não estiver em uso, de modo a preservá-lo de danos
ou deformidade.
Comunicar ao líder e à equipe de Saúde e Segurança qualquer alteração do seu
estado de saúde que possa influir na sua capacidade de usar o respirador de
modo seguro.
Deixar a área de risco se perceber qualquer indício de que o respirador não está
funcionando de maneira satisfatória.
Manter as partes do rosto que ficam na área de vedação da máscara isentas de
pelos faciais.
89
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
4.5 AUDITORIA
O coordenador do PPR deve prever um tempo para verificação se
as medidas e indicações do PPR estão sendo cumpridas, para tanto se devem
indicar uma ou mais pessoas responsáveis para realizar a auditoria, ou seja, o
cumprimento das medidas do PPR. Uma periodicidade deve ser recomendada.
a) a pelos faciais;
b) à necessidade de comunicação;
c) à visão;
d) a problemas de vedação dos respiradores;
e) ao trabalho em altas e baixas temperaturas.
Neste momento, você deve estar curioso para saber do que se trata a
pressão positiva e a pressão negativa dos respiradores, vamos entendê-las?
90
TÓPICO 1 | PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
91
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
DICAS
6 TREINAMENTO
O objetivo do treinamento é garantir o uso de respiradores e em perfeitas
condições de vedação evitando possíveis inconformidades. O treinamento deve
ser aplicado por pessoa qualificada e devem participar todos os envolvidos
no PPR para garantir a sua eficácia, sendo realizado periodicamente conforme
planejamento. Deve ser aplicado pelo menos aos supervisores do PPR, ao que
é usuário do respirador, ao que distribui o respirador e à equipe de salvamento
e emergência.
a) data;
b) tipo de treinamento recebido;
c) avaliação do resultado obtido;
d) nome do Instrutor.
7 ENSAIOS DE VEDAÇÃO
Os ensaios de vedação são para a verificação se o respirador foi ajustado
ao rosto do trabalhador, sem sobras que possam permitir a entrada do produto
e a respiração. Segundo a FUNDACENTRO (2010), para selecionar o respirador
deve se considerar o resultado do ensaio de vedação e este deve ser repetido no
mínimo uma vez a cada doze meses. Com este resultado seleciona-se o modelo,
tipo e tamanho do respirador para cada usuário. Existem dois tipos de ensaio
de vedação:
92
TÓPICO 1 | PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
É importante não confundir nível de ação (NA) com LT. Este, quando
superado, requer medidas de controle imediatas, enquanto o NA
fica restrito às ações de ordem preventiva e de atenção por parte dos
profissionais do SESMT até que o problema seja solucionado.
O aparecimento do NA derruba a ideia equivocada de que valores
abaixo do LT são considerados seguros e, portanto, não há necessidade
de ações preventivas.
93
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
UNI
94
TÓPICO 1 | PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
95
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Adequação
Na época os fit testes eram realizados por método qualitativo com solução de
sacarina de acordo com o Programa de Proteção Respiratória da FUNDACENTRO,
no qual o colaborador se submetia a uma avaliação perceptiva de reconhecer o risco
através de seu sistema respiratório. “Identificávamos dificuldades de adaptação
96
TÓPICO 1 | PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Conscientização
Resultados
97
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
98
RESUMO DO TÓPICO 1
Caro acadêmico! Neste tópico, você pôde compreender como deve ser
elaborado um PPR. Podemos ressaltar:
99
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Usar barba.
b) ( ) Verificar a vedação antes do uso.
c) ( ) Não precisa participar de treinamento.
d) ( ) Pode trocar o respirador para um diferente do indicado no PPR.
a) ( ) Trimestralmente.
b) ( ) A cada doze meses.
c) ( ) A cada quinze dias.
d) ( ) Somente a cada dois anos.
100
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Quando identificados, no ambiente de trabalho, problemas relacionados
ao ruído quando da exposição direta ou não do trabalhador, recomenda-se que
seja elaborado e implantado o Programa de Conservação Auditiva – PCA.
Foi em 1970, nos Estados Unidos que foi criada a primeira legislação
que tornou obrigatória medidas de prevenção do ruído através de Programa
de Conservação Auditiva, orientando ações semelhantes em todo o mundo.
(GONÇALVES, 2009).
A Portaria no 19, de 9 de abril de 1998, instituiu pelo item 1.2 como um dos
objetivos a ser estabelecido no Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
– PCMSO “Fornecer subsídios para a adoção de programas que visem à prevenção
da perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados e a conservação da
saúde auditiva dos trabalhadores.” E então surge o PCA e no anexo I – Quadro II, as
diretrizes e parâmetros mínimos para avaliação e acompanhamento da audição em
trabalhadores expostos em níveis de pressão sonora elevados.
O termo conservação da audição deve ser compreendido no sentido
mais amplo como meio de prevenir o dano do sistema auditivo,
uma vez que o programa de conservação da audição não consiste
meramente em se colocar à disposição sistemas de proteção do ouvido
às pessoas expostas. (VIEIRA, 2005, p. 119).
101
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
102
TÓPICO 2 | PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
3 ETAPAS DO PCA
Ao iniciar a elaboração de um PCA é feita uma avaliação levando em conta
a presença do ruído nos diversos ambientes de trabalho e se há trabalhadores
expostos. E assim procura-se criar medidas corretivas que visem à redução do
nível de ruído no ambiente e a redução do tempo de exposição. Conforme Vieira
(2005), um PCA segue os seguintes procedimentos:
a) Medição do ruído.
b) Avaliação do risco.
c) Redução do Ruído.
d) Monitoramento audiométrico.
• Dose > 0,5 > 1,0: é o nível de ação, que representa o valor em que devem ser
iniciadas as ações preventivas.
Ação: monitoramento periódico da exposição, informação aos trabalhadores e
controle médico.
103
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
DICAS
Lembre que:
a) O limite de exposição ocupacional diário ao ruído contínuo ou intermitente
corresponde à dose diária igual a 100%.
b) O nível de ação para a exposição ocupacional ao ruído é de dose diária igual a
50%.
c) O valor-teto para ruído contínuo ou intermitente é de 115 dB (A).
d) O limite de tolerância para ruído de impacto corresponde a um valor-teto de
140 dB.
104
TÓPICO 2 | PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
105
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
UNI
92 90
94 1
88
92
2
90
dB (A)
88
106
TÓPICO 2 | PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
ATENÇÃO
ÁREA RUIDOSA
107
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
Portanto:
• Modificações das fontes de ruído.
• Modificação da via de transmissão ou trajetórias.
• Modificação no receptor do ruído, ou seja, no trabalhador.
108
TÓPICO 2 | PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
Outra medida que pode ser tomada é a criação de um refúgio para o ruído,
ou seja, conforme Vieira (2005), é uma área dentro da produção que apresenta
atenuação do ruído e podem ser pontos estratégicos quando da elaboração do
arranjo físico.
a) O objetivo do PCA.
b) Os benefícios diretos proporcionados pelo PCA.
c) De que cumprir os requisitos de higiene e segurança do trabalho é um dever
do trabalhador previsto em lei e que é condição de manter o seu emprego,
podendo gerar até mesmo justa causa.
109
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
ATENCAO
7 PROTEÇÃO AUDITIVA
A proteção auditiva não deve ser tomada como a medida de redução do
ruído. O fornecimento do EPI é para ser paliativo, ou seja, enquanto a medida
corretiva não for concretizada.
110
TÓPICO 2 | PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
8 AVALIAÇÕES AUDIOMÉTRICAS
A empresa poderia ter em mente que ao garantir a redução do ruído no
ambiente laboral através de um PCA bem executado haverá proporcionalmente
redução de custos com audiometrias. Já que para um ambiente sem exposição ao
ruído não se indica audiometria.
9 AVALIAÇÃO DO PCA
A verificação do Programa de Conservação Auditiva em relação a sua
eficácia é feita em dois níveis, segundo Brevigliero, Possebon e Spinelli (2006):
111
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
112
TÓPICO 2 | PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
A exposição a sons intensos pode acarretar danos não somente nas células
ciladas externas, mas em toda a cóclea. Danos estes que são irreversíveis e que
podem vir a comprometer a vida do indivíduo tanto em casa como no trabalho.
[...]
O PCA pode ser definido como um conjunto de medidas que têm o objetivo
de impedir e/ou prevenir a instalação ou evolução de uma perda auditiva em um
determinado grupo de trabalhadores.
IMPLANTANDO O PCA
113
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
• Diretrizes.
• Atividade de monitorização.
• Atividade de controle.
• Atividades administrativas.
• Atividades educativas.
• Avaliação da eficácia do programa.
1. Diretrizes
2. Atividade de monitorização
3. Atividade de controle
114
TÓPICO 2 | PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
4. Atividades administrativas
5. Atividades educativas
115
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
FONTE: BRITO, Viviane P. S. Incidência de perda auditiva induzida por ruído em trabalhadores
de uma fábrica. Goiânia: CEFAC, 1998. Disponível em: <http://www.cefac.br/library/teses/
a2eff1432f7ff2a4ed0cc9f34fc1e5d6.pdf>. Acesso em: 18 out. 2012.
116
RESUMO DO TÓPICO 2
Acadêmico! Vejamos o que estudamos no Tópico 2, que trata do PAIR
e do PCA:
117
AUTOATIVIDADE
3 O que é PAIR?
5 Em que casos o PCA pode ser dispensado como programa obrigatório a ser
elaborado pela empresa?
118
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Segundo Brevigliero, Possebon e Spinelli (2006, p. 349), “Radiação é uma
forma de energia que se propaga através do espaço como partículas ou como
ondas eletromagnéticas, variáveis, em tempo e espaço, que viajam no ar à mesma
velocidade da luz.” O que é diferente de radioatividade, “que é a propriedade
que certos elementos químicos de elevado peso atômico (tório, rádio, urânio, etc.)
têm de emitir espontaneamente energia e partículas subatômicas (partículas alfa,
beta, neutrinos, raios gama).”
2 RADIAÇÃO IONIZANTE
Vamos relembrar o que é a radiação ionizante?
Segundo Brevigliero, Possebon e Spinelli (2006, p. 350), “[...] são ondas
eletromagnéticas de altíssima frequência, que possuem grande poder de
ionização. [...] podem gerar rupturas de ligações moleculares e consequentemente
a alteração em nível celular (DNA) – ação mutagênica.” São as radiações: α, β , X,
γ e N.
119
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
ATENCAO
3 DESENVOLVIMENTO DO PPR
A NR 32 define como de cumprimento obrigatório pelo PPR:
4 MEDIDAS DE PROTEÇÃO
Uma das maneiras de proteção indicada é a monitoração individual da
dose de radiação ionizante durante a execução da atividade.
120
TÓPICO 3 | PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
121
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
4.3 SINALIZAÇÃO
A sinalização indica a classificação da área como sendo de
procedimentos quanto à presença e indicação que deve haver a proteção da
radiação ionizante. Comunica que a partir daquele ponto atividades indicadas
no PPR devem ser realizadas.
4.4 MONITORAÇÃO
Os sistemas detectores que indicam a radiação total a que uma pessoa foi
exposta são chamados de dosímetros. A escolha deve ser em função da precisão
que se quer alcançar.
122
TÓPICO 3 | PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Filtrons metálicos
Filme dosimétrico
Filtrons metálicos
123
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
Nome do funcionário
Localização no corpo
Departamento
Instituição
Frente do dosimetro
Data de uso
Série e Conta
Número do participante
Localização no corpo
Número sequencial
Código de barras
Verso do dosimetro
Fio metálico
Fibra de quartzo
eletrodo Invólucro
presilha
eletroscópio
lentes de
aumento
escala
de dose
Visor
125
RESUMO DO TÓPICO 3
Ao concluir o estudo do Tópico 3 da Unidade 2, caro acadêmico, vamos
agora relembrar algumas considerações essenciais sobre PPR?
• A NR 32 define como cumprimento obrigatório pelo PPR que este deve estar
dentro do plano de vigência estabelecido; deve conter a identificação dos
membros efetivos da equipe de trabalho do serviço, do profissional responsável
e do eventual substituto; deve compor o PPRA do estabelecimento; deve ser
considerado para a elaboração do PCMSO; deve ser apresentado a CIPA,
anexando uma cópia à ata.
126
AUTOATIVIDADE
127
128
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Por fim, nesta Unidade 2, iremos estudar as diretrizes do PCMSO
constantes da Norma Regulamentadora – NR 7 instituída pela Portaria no 3.214/78,
com foco nos Programas de Prevenção direcionados à saúde do trabalhador.
As medidas previstas na norma sob a coordenação do médico do trabalho são
elaboradas em conjunto com outros documentos de prevenção, normas, leis,
decretos, principalmente suas ações devem estar alinhadas ao PPRA e conforme
indicações e avaliações ambientais do LTCAT.
129
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
130
TÓPICO 4 | PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E DE SAÚDE OCUPACIONAL
131
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
132
TÓPICO 4 | PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E DE SAÚDE OCUPACIONAL
133
RESUMO DO TÓPICO 4
Acadêmico! Prossigamos os nossos estudos revisando o Tópico 4:
134
AUTOATIVIDADE
135
136
UNIDADE 2 TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
O LTCAT – Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – é um
documento emitido por um engenheiro de segurança do trabalho ou médico do
trabalho. Para fins de comprovação da exposição efetiva aos agentes nocivos, é
exigido pela Previdência Social, INSS – Instituto Nacional de Seguro Social, de
acordo com o Decreto n° 4.032 de 26/11/2001.
2 ESTRUTURA DO LTCAT
137
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
I- Dados da empresa.
II- Setor de trabalho, descrição dos locais e dos serviços realizados em cada
setor, com pormenorização do ambiente de trabalho e das funções, passo a
passo, desenvolvidas pelo segurado.
III- Condições ambientais do local de trabalho.
IV- Registro dos agentes nocivos, concentração, intensidade, tempo de exposição
e metodologia utilizadas, conforme o caso.
V- Em se tratando de agentes químicos, deverá ser informado o nome da
substância ativa, não sendo aceitas citações de nomes comerciais, podendo
ser anexada à respectiva ficha toxicológica.
VI- Duração do trabalho que expôs o trabalhador aos agentes nocivos.
VII- Informação sobre a existência e aplicação efetiva de Equipamento de Proteção
Individual (EPI), a partir de 14 de dezembro de 1998, ou Equipamento de
Proteção Coletiva (EPC), a partir de 14 de outubro de 1996, que neutralizem
ou atenuem os efeitos da nocividade dos agentes em relação aos limites de
tolerância estabelecidos, devendo constar também:
138
TÓPICO 5 | LTCAT – LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO
139
UNIDADE 2 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS À SAÚDE OCUPACIONAL
Vejamos um exemplo:
Assim, nas medidas a serem tomadas no PPRA devem ser tomadas muito
antes de chegar ao limite de tolerância de exposição. Basicamente, o LTCAT é
o mesmo empregado para a elaboração do PPRA – Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais. Porém as adequações devem ser feitas quanto à metodologia
e caracterização e avaliação do risco de exposição de acordo com sua finalidade,
que pode ser atender às normas da previdência social ou o PPRA.
140
TÓPICO 5 | LTCAT – LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO
141
RESUMO DO TÓPICO 5
Caro acadêmico! No Tópico 5 da Unidade 2, vimos o seguinte assunto:
142
AUTOATIVIDADE
143
144
UNIDADE 3
PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE
RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS
E DA SAÚDE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles,
você encontrará atividades que o(a) auxiliarão a fixar os conhecimentos
desenvolvidos.
145
146
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Os processos industriais ocorrem a partir de uma transformação de
matéria-prima em produto acabado. Quando um produto é desenvolvido,
certamente junto com o produto acabado, há geração de resíduos deste processo
industrial. E cada processo gera diferentes resíduos que se não tiverem destinos
adequados podem contaminar o meio ambiente, criando prejuízos também ao
ser humano dentro de seu ambiente laboral e podendo colocar em risco até a sua
sobrevivência no planeta.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através da Norma
Regulamentadora – NR 25 – Resíduos Industriais – determina que se elaborem
medidas nas empresas para a prevenção de riscos e/ou eliminação destes.
NOTA
147
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
2 OBRIGAÇÕES LEGAIS
Com a crescente industrialização e consequentemente a geração de
mais e mais resíduos, as preocupações com o meio ambiente cresceram. E o
governo passou a estabelecer legislação específica para fornecer diretrizes de
como deveriam ser os procedimentos para que os resíduos não se tornassem
potencialmente perigosos.
148
TÓPICO 1 | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
3 RESÍDUOS GASOSOS
Em conformidade com a NR 25, a indicação para os resíduos gasosos é
que estes devem ser eliminados dos locais de trabalho por meio do emprego de
equipamentos, métodos ou medidas apropriadas.
149
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
A tecnologia já existe para evitar que estes poluentes sejam lançados, porém
o que impede que sejam aplicadas é o alto custo para a aquisição (BARBOSA
FILHO, 2011).
150
TÓPICO 1 | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
NOTA
151
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
4 RESÍDUOS LÍQUIDOS
Resíduos líquidos oriundos dos processos industriais também devem ter
tratamento, deposição e/ou retirada de maneira conveniente.
152
TÓPICO 1 | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
5 RESÍDUOS SÓLIDOS
Todos os resíduos sejam eles oriundos do meio industrial ou doméstico
devem ser tratados de maneira específica e quando possível, reaproveitados para
o processo industrial. Quando este procedimento não for possível os resíduos
podem ser vendidos como matéria-prima para outros processos industriais.
153
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
NOTA
FIGURA 29 – AUTOCLAVE
154
TÓPICO 1 | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
• Classe D – Resíduos comuns: são todos os resíduos gerados nos serviços e estes
exigem separação para possível reaproveitamento.
155
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
156
TÓPICO 1 | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
A aplicação dos três erres para a disposição dos resíduos é uma maneira
de organizar o ciclo produtivo. O ideal é que os resíduos se transformem em
insumo ao invés do uso de matéria-prima natural.
157
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
• Economia de energia.
• Indisponibilidade e custo crescente dos aterros sanitários.
• Custos de transportes crescentes.
• Poluição e prejuízos à saúde pública.
• Geração de emprego e renda: a reciclagem abre oportunidades de emprego.
• Redução dos custos de produção: o subproduto da produção, o resíduo, antes
descartado acaba gerando valor para a empresa.
158
TÓPICO 1 | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
• R de reduzir
• R de reciclar
• R de reutilizar
• R de recuperar
DICAS
1. Identificação do empreendimento
Razão Social: CNPJ:
Endereço completo:
Classificação Fiscal: Contato (Fone / E-mail):
2. Caracterização do empreendimento
Áreas: Terreno (m²): Construída (m²):
A construir (m²): Com atividades ao ar livre
(m²):
Funcionamento: Horas / dia: Dias / mês: Meses / ano:
No de Funcionários: Produção: Administração:
Apoio: Terceirizados:
Estimativa de produção anual:
159
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
Forma de Formas de
Grupos de Número Estado Armazenamento no Tratamento e
Periculosidade Quantidade Empreendimento Disposição Final
Resíduos ONU Físico
(e) (i)
(f) (g) (h)
Código Descrição Códigos Descrições
(j) (k) (l) (m)
Classe I
(Perigosos)
Classe II-A
(Não-Inertes)
Classe II-B
(Inertes)
160
TÓPICO 1 | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Educação Ambiental -
Treinamento / conscientização
para gestão de resíduos
161
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
5.2 Descrição de ações previstas para o período, para atingir as metas do PGRI
a) Alocação de equipe operacional para o gerenciamento (interno/terceirizado).
b) Complementação de estrutura/equipamentos/acessórios.
c) Complementação de Instruções de Trabalho e material de apoio (minimização,
segregação, reuso, reciclagem etc.).
d) Atividades de treinamentos / capacitação (externas / internas) para equipe
operacional e colaboradores.
e) Principais ações para melhoria e controle da destinação (transporte,
tratamento e disposição final).
f) Avaliação de não conformidades no gerenciamento (ações e frequência –
considerando-se o empreendimento e terceirizados).
g) Cronograma físico-temporal de implementação das ações previstas.
6. RESPONSABILIDADES
6.1. Responsável legal pelo empreendimento
Nome: CPF:
Função: RG:
6.2. Responsável Técnico pela Elaboração PGRI
Nome: Formação:
Conselho Profissional / No de Registro:
6.3. Responsável pela Implementação do PGRI no Empreendimento
Nome:
Setor: Função:
7. ASSINATURAS
_______________________________
(local e data)
_______________________________ _______________________________
Nome do Responsável Técnico Nome do Responsável pelo
Conselho Profissional / No de Empreendimento
Registro CPF No 00.000.000-00
8. Anexos
8.1 Planta / Croqui do Empreendimento
8.2. FISPQ dos principais produtos químicos utilizados no processo produtivo
(recomendação)
8.3. ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) ou similar
162
TÓPICO 1 | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Item 1. Anexos
Planta / croqui do empreendimento
A planta ou croqui deve ser atualizado e conter os seguintes aspectos de
interesse ao PGRI:
(i) localização das diversas áreas do empreendimento (todas as áreas de
processo, área administrativa, áreas de apoio etc.); (ii) localização das principais
máquinas / equipamentos do processo produtivo; e
(iii) localização das principais estruturas utilizadas no gerenciamento de
resíduos (central de resíduos, áreas de beneficiamento, área de tratamento, área
de armazenamento temporário etc.); (iv) assinatura do responsável técnico.
FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico)
Recomenda-se anexar uma cópia da FISPQ dos principais produtos químicos
utilizados no processo produtivo, se aplicável.
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) ou similar
A ART do responsável pela elaboração do PGRI deverá identificar precisamente
o empreendimento e o escopo do serviço prestado, bem como conter todas as
assinaturas aplicáveis. Deverá ser apresentado o comprovante de recolhimento
da taxa relativa à ART, em favor do respectivo Conselho Profissional.
163
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
LEITURA COMPLEMENTAR
Foram cinco anos de pesquisas, que tiveram início em 2005. Doze empresas
foram contatadas, mas apenas quatro concordaram em participar do trabalho,
fornecendo as informações necessárias e testando a metodologia proposta.
“Um grande obstáculo foi a crise financeira mundial em 2008/09, pois algumas
companhias que haviam concordado em participar do estudo desistiram, já que
houve demissões, cortes de custos e projetos cancelados”, diz Miroslava. As
quatro empresas participantes estão localizadas no Vale do Paraíba, interior de
São Paulo, e fabricam, respectivamente, vidros planos, veículos, turbinas/reatores/
motores e blend para fornos de cimento.
164
TÓPICO 1 | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
165
RESUMO DO TÓPICO 1
166
AUTOATIVIDADE
4 O que são os três erres e qual é a sua relevância para a preservação do meio
ambiente?
167
168
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
– deve ser elaborado pelo gerador de resíduos do serviço em saúde, conforme
estabelecem o regulamento técnico da RDC (Resolução da Diretoria Colegiada)
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no 306/04 de 07/12/2004 e
a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) no 358/05 de
29/04/2005.
169
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
• geração;
• separação;
• acondicionamento;
• captação;
• armazenamento;
• translado;
• tratamento e
• disposição final.
• higienização e limpeza;
• comissões de controle de infecção hospitalar – CCIH;
• comissões de biossegurança e os;
• serviços de engenharia de segurança e medicina do trabalho – SESMT.
NOTA
171
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
172
TÓPICO 2 | PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
173
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
3 DESENVOLVIMENTO DE PGRSS
Segundo a ANVISA (BRASIL, 2006), para implementar o PGRSS são
indicadas basicamente as seguintes ações:
174
TÓPICO 2 | PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
175
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
176
TÓPICO 2 | PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Não Sim
O resíduo é perigoso?
Como é feita cada etapa da fase intra-estabelecimento? Como é feita cada etapa da fase intra-estabelecimento?
Segregação, acondicionamento, identificação, coletas 1 e 2 Segregação, acondicionamento, identificação, coletas 1
e transporte (frequência/ fluxo/ horário), armazenamento e 2 e transporte (frequência/ fluxo/ horário), tratamento
temporário e externo (tem área de higienização?), registro prévio (se houver), armazenamento temporário e externo
e controle dos materiais recicláveis. (tem área de higienização?), registro e controle dos
Há rede coletora de esgosto no estabelcimento? radioativos e químicos perigosos.
Como é feita cada etapa da fase extra-estabelecimento? Como é feita cada etapa da fase extra-estabelecimento?
Coleta e transporte externos com Licença de Operação? Coleta e transporte externos com Licença de Operação?
177
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
3.6 ELABORAÇÃO
Nesta fase, prepara-se um documento do plano para o gerenciamento dos
resíduos de serviços de saúde de maneira continuada, contemplando os seguintes
tópicos (BRASIL, 2006):
178
TÓPICO 2 | PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
• descrição das informações dos RSS detalhadas e relativas aos processos de:
0 coleta e transporte interno;
0 armazenamento temporário;
0 armazenamento destinado à coleta externa;
0 coleta e transporte externo;
0 tratamento e;
0 disposição final.
• apresentação do mapa de risco, se houver;
• informações relativas aos serviços especializados existentes tais como: SESMT,
CIPA, PPRA e PCMSO;
• informações relativas à capacitação inicial e de maneira continuada;
• descrever as ações referentes ao controle de insetos;
• informações sobre as ações previstas para as situações de emergência e
acidentes;
• apresentação de fluxograma constando localização e identificação dos locais
de geração de resíduos e os fluxos a serem executados por tipo de resíduos,
incluindo os locais de armazenamento, acondicionamento etc.
• especificação dos indicadores de desempenho do PGRSS de acordo com o
objetivo ou resultado fixado e;
• obtenção da aprovação pelo administrador do estabelecimento do plano
elaborado de acordo com os tópicos anteriores.
3.7 AVALIAÇÃO
Com base nos indicadores de desempenho definidos na fase de elaboração
do PGRSS, realiza-se a avaliação que consiste nas seguintes ações (BRASIL, 2006):
179
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
4 EDUCAÇÃO CONTINUADA
A RDC ANVISA 306/04 prevê que para se obter sucesso na implementação
do PGRSS estabeleça-se um Programa de Educação Continuada. “O objetivo
é orientar, motivar, conscientizar e informar permanentemente a todos os
envolvidos sobre os riscos e procedimentos adequados de manejo, de acordo com
os preceitos de gerenciamento de resíduos.” (BRASIL, 2006). Logo, o ideal é que a
participação seja consciente e que todos os envolvidos no processo conheçam os
procedimentos estabelecidos no PGRSS.
180
TÓPICO 2 | PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
LEITURA COMPLEMENTAR
Para Ribeiro Filho, citado por Marangoni (2006), os casos de danos à saúde
pública e ao meio ambiente estão sempre relacionados a alguma irregularidade, a
exemplo de um sistema de tratamento e disposição final não licenciado ou desvio
de resíduo para uma disposição inadequada.
Risso (1993) define manejo como sendo o conjunto de todas as fases por
que passam os resíduos, e que esse manejo pode oferecer riscos ocupacionais
aos profissionais envolvidos. A Organização Mundial de Saúde enfatiza que as
etapas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde envolvem a remoção
e a disposições da maneira mais higiênica possível, através de métodos que
contemplem, em todas essas etapas, a minimização do risco à saúde e ao meio
ambiente (WHO, 1983).
181
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
FONTE: Adaptado de: SILVA, Claudia Mara da. Gerenciamento de resíduos sólidos gerados em
laboratório de análises clínicas na cidade de Ribeirão Preto – SP, 2007: um estudo de caso.
Disponível em: <http://teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-29042008-105738/>. Acesso
em: 2 jan. 2010.
182
RESUMO DO TÓPICO 2
• Para a elaboração do PGRSS, a ANVISA sugere oito passos. São eles: Passo 1
– Identificação do Problema; Passo 2 – Definição da equipe de trabalho; Passo
3 – Mobilização da organização; Passo 4 – Diagnóstico da situação dos PGRSS;
Passo 5 – Definição de metas, objetivos, período de implantação e ações básicas;
Passo 6 – Elaboração do PGRSS; Passo 7 – Implementação do PGRSS e; Passo
8 – Avaliação do PGRSS.
183
AUTOATIVIDADE
184
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Algumas atividades exigem que o trabalhador esteja exposto a ambientes
onde há presença de animais sinantrópicos. Atividades do setor rural, de
exploração e mesmo dentro das áreas de fábrica e de almoxarifados e depósitos
industriais, há o risco de acidentes e doenças com estes animais. Nas atividades
de saúde, este controle deve ser ainda maior.
Nesta mesma norma, na NR 32, fica estabelecido que “[...] em todo serviço
de saúde deve existir um programa de controle de animais sinantrópicos, o qual
deve ser comprovado sempre que exigido pela inspeção do trabalho.”
• Inspeção.
• Identificação das pragas.
• Aplicação das estratégias de controle integrado.
• Avaliação e comunicação.
185
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
NOTA
2 INSPEÇÃO
O primeiro passo diz respeito à busca pelos micro-habitats no interior do
estabelecimento que propiciam o desenvolvimento de pragas e examinar todos
os arredores destes locais. Devem-se também verificar as condições ambientais
referentes à umidade, luminosidade e temperatura que possibilitem as infestações.
3 IDENTIFICAÇÃO
A identificação acertada das pragas reconhecidas na inspeção possibilita a
correta avaliação dos problemas e a determinação adequada das recomendações
inerentes ao seu controle. Nos casos em que não se consegue localizar as pragas,
deve-se proceder à identificação através do reconhecimento dos rastros, vestígios,
pegadas e excrementos encontrados.
186
TÓPICO 3 | PROGRAMA DE CONTROLE DE ANIMAIS SINANTRÓPICOS
Calheta
187
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
NOTA
188
TÓPICO 3 | PROGRAMA DE CONTROLE DE ANIMAIS SINANTRÓPICOS
• Ratos
5 AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A administração do estabelecimento, o serviço de limpeza, a comissão
de controle de infecção hospitalar e os funcionários devem, para o sucesso do
programa de controle, desenvolver um processo interativo com a comunicação
frequente entre eles.
189
RESUMO DO TÓPICO 3
190
AUTOATIVIDADE
4 Por que a CIPA deve ter dentro de seu Plano de Trabalho a previsão de
atividades relacionadas à prevenção e controle de pragas?
191
192
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
A prevenção dos riscos relacionados à ergonomia é primordial para que haja
menos absenteísmo decorrente de afastamento por lesões musculoesqueléticas e
doenças psicossociais. A Norma Regulamentadora – NR 17 estabelece as exigências
relacionadas à ergonomia para que sejam realizadas medidas preventivas no
ambiente laboral.
DICAS
Para ler um pouco mais sobre ergonomia em forma de artigos você pode
acessar o site da Revista Ação Ergonômica, uma revista da Associação Brasileira de
Ergonomia. Disponível em: <http://www. abergo.org.br/revista/index.php/ae>.
193
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
2 ERGONOMIA DE CONSCIENTIZAÇÃO
Segundo Abrantes (2004, p. 7) “Distinguem-se normalmente três tipos de
ergonomia nas empresas: de correção, de concepção e de conscientização.”
NOTA
194
TÓPICO 4 | PPRE – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS ERGONÔMICOS
E ainda:
195
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
Relaciona também:
a) Cadeira: a altura do assento deve ser regulável; o assento deve ter pouca ou
nenhuma conformação na base e os estofados devem ser ideais ao tamanho
das nádegas do trabalhador; as bordas devem ser arredondadas; possuir apoio
para as costas com angulação em torno de 100 graus; o revestimento deve ser
de tecido que permita a transpiração e a cadeira deve ser giratória, com cinco
apoios.
b) Mesa: as bordas devem ser arredondadas; as gavetas devem ser leves e de fácil
abertura; deve possuir espaço para as pernas; puxadores em forma de prensa;
altura do tampo a 75 cm do chão; construção em material que não produza
reflexos.
c) Apoio para os pés: o apoio é recomendável quando a utilização da mesa é feita
por pessoas muito baixas. O apoio deve acomodar os dois pés.
d) Suporte para documentos: em atividades de leitura de documentos para
digitação deve ser fornecido suporte para documentos, adequado para a
visualização, proporcionar boa postura e operação.
196
TÓPICO 4 | PPRE – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS ERGONÔMICOS
197
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
QUADRO 12 – SÍNTESE
Quadro DOS
1: Síntese MÉTODOS
dos Métodos DE AVALIAÇÃO
de Avaliação DO RISCO ERGONÔMICO
do Risco Ergonômico
Fatores Posturas do corpo Posturas dos membros Posturas do corpo inteiro Intensidade da força,
quantificáveis inteiro, força e superiores, do pescoço, do e força determinada em duração do esforço,
freqüência tronco, força e freqüência prevalência das cargas freqüência de ação,
movimentadas postura do pulso e da mão,
velocidade de trabalho e
duração da tarefa por
turno
Tipo de uso Avaliação geral Avaliação geral com ênfase Avaliação geral com Avaliação geral
para membros superiores aplicação mais adequada
no âmbito hospitalar
4.1 A MONOTONIA
Para Iida (1998, p. 280) “Monotonia é a reação do organismo a um ambiente
uniforme, pobre em estímulos ou com pouca variação de excitações.” Logo os
sintomas mais comuns em decorrência da monotonia são:
• Sensação de fadiga.
• Sonolência.
• Morosidade.
• Diminuição da atenção.
4.2 FADIGA
A fadiga é causada por efeitos cumulativos. Segundo Iida (1998, p. 284),
“Fadiga é o efeito do trabalho continuado, que provoca uma redução reversível
da capacidade do organismo e uma degradação qualitativa desse trabalho.”
Uma pessoa fadigada tende a errar mais e ter menos precisão. Na fadiga
fisiológica, se os limites do corpo não forem ultrapassados, reverte-se com
pausas durante o trabalho ou com repouso diário. Já na fadiga crônica, há risco
de desenvolvimento de doenças mentais, cardíacas e úlceras, entre outras, e o
descanso não é suficiente para se recuperar. Cada pessoa tem uma sensibilidade
diferente à fadiga.
199
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
200
TÓPICO 4 | PPRE – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS ERGONÔMICOS
RELATÓRIO ERGONÔMICO
1. FUNÇÃO/TAREFA:
2. LOCAL:
3. DATA/HORA:
4. QUEIXAS/PREOCUPAÇÃO ERGONÔMICA INICIAL:
5. MEDIÇÕES AMBIENTAIS ERGONÔNOMICAS:
6. OUTROS ASPECTOS AMBIENTAIS:
7. REGISTRO FOTO/VÍDEO/LOCAIS AVALIADOS:
8. ASPECTOS DE MOBILIÁRIO:
9. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:
10. ANTROPOMETRIA/ BIOMECÂNICA:
11. LEVANTAMENTO DE CARGAS:
12. MOVIMENTO REPETITIVO:
13. DADOS E EXAMES MÉDICOS/QUEIXAS MÉDICAS:
14. RISCOS ERGONÔMICOS IDENTIFICADOS:
15. SOLUÇÕES PROPOSTAS:
16. MEDIDAS TOMADAS/ ACOMPANHAMENTO:
17. CONCLUSÃO:
18. AVALIADOR:
201
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
• Alongamento.
• Respiração.
• Percepção corporal.
• Conscientização.
203
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
UNI
• Respirações específicas.
• Alongamento.
• Relaxamentos direcionados.
• Meditação.
DICAS
Para saber um pouco mais sobre ioga laboral a dica é assistir ao vídeo de uma
aula aplicada em uma empresa. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=-
F32JO0ApHo>.
5.2 TREINAMENTOS
Os treinamentos de ergonomia devem acontecer com previsão de
ocorrerem de forma periódica e continuamente com determinações de prazos em
cronograma dentro do PPRE. Abrantes (2004) indica como sugestão os seguintes
treinamentos. O Gestor de Saúde e Segurança do Trabalho em conjunto com o
Comitê de Ergonomia devem criar treinamentos conforme a análise inicial das
necessidades da empresa:
204
TÓPICO 4 | PPRE – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS ERGONÔMICOS
205
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
LEITURA COMPLEMENTAR
Érica Verderi
206
TÓPICO 4 | PPRE – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS ERGONÔMICOS
Não existe uma postura correta para todas as pessoas. Somos seres
biologicamente diferentes, sendo assim, a postura mais adequada varia de uma
pessoa para outra. Poderíamos então dizer, que a melhor postura que deve ser
adotada por um indivíduo é aquela que preenche todas as necessidades mecânicas
do seu corpo e também que possibilite o indivíduo manter uma posição ereta com
o mínimo esforço muscular. Uma postura que o ajude a opor-se contra as forças
externas, que lhe dê equilíbrio na realização do movimento e que lute contra a
ação da gravidade.
207
UNIDADE 3 | PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DA SAÚDE
208
RESUMO DO TÓPICO 4
209
AUTOATIVIDADE
210
REFERÊNCIAS
ABNT. Associação brasileira de Normas Técnicas. NBR 18801: 2010. Sistema de
Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho: requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
ATLAS. Manual de legislação Atlas: segurança e medicina do trabalho. 67. ed. São
Paulo: Atlas, 2011.
211
DEMO, Pedro. Teoria e prática da avaliação qualitativa. 2001. Disponível em:
<http://www.perspectivasonline.com.br/revista/2007vol1n1/volume%201(1)%20
artigo9.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2012.
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 1998.
212
MAIA, PauloAlves. Estimativa de exposições não contínuas a ruído: desenvolvimento
de um método e validação na construção civil. 2001. UNICAMP. Disponível em:
<http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/anexos/teses_pdf/PauloMaia.pdf>.
Acesso em: 20 out. 2012.
213
NR 16 – Norma Regulamentadora 16. Atividades e Operações Perigosas. Disponível
em:<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A35F7884401366032742033EF/
NR-16%20(atualizada%202012).pdf>. Acesso em: 15 out. 2012.
SIT. Secretaria da Inspeção do Trabalho. Portaria SIT n o 296: 2011. Brasília: SIT,
2011. Disponível em: < http://www.normaslegais.com.br/legislacao/portaria-
sit-296-2011.htm>. Acesso em: 15 ago. 2012.