Estimulação Precoce
Estimulação Precoce
Estimulação Precoce
Sabemos, que a maioria das crianças ao nascerem não sofrem qualquer tipo de transtorno ou
deficiência. Elas têm um bom desenvolvimento intra-uterino e nascem sem maiores
problemas no parto. Entretanto, há uma parcela de recém-nascidos que necessita de atenção
especial após o nascimento. São crianças com elevado risco de apresentar atrasos no
desenvolvimento, tornando-se comprometidas, e aquelas que, ao nascer, possuem algum tipo
de deficiência.
Quando um recém-nascido apresenta condições diferentes das esperadas para a sua idade,
deve ser imediatamente encaminhado para uma avaliação mais criteriosa. Com isso,
aumentam as chances de recuperação ou de minimização do problema.
Portanto, estimulação precoce é uma ação de caráter educacional que visa prevenir ou
remediar precocemente os desvios do desenvolvimento infantil (...) considera-se precoce por
atingir a criança em etapas críticas do seu desenvolvimento psicomotor e ter caráter
eminentemente preventivo (...). Toda criança em etapas de crescimento e desenvolvimento,
isto é, nos três primeiros anos de vida, tem como necessidades técnicas a nutrição, a
estimulação e a afetividade (OLIVEIRA, 1983, p. 151 e 152).
A Secretaria de Educação Especial do MEC (Seesp) define estimulação precoce como sendo
um conjunto dinâmico de atividades e de recursos humanos e ambientais incentivadores que
são destinados a proporcionar à criança, nos seus primeiros anos de vida, EXPERIÊNCIAS
SIGNIFICATIVAS para alcançar PLENO DESENVOLVIMENTO no seu processo evolutivo
(BRASIL, SEESP, 1995, p. 12).
Ou por outra, estimulação precoce é um termo que abrange uma variedade de estímulos para
auxiliar o desenvolvimento motor e cognitivo de lactentes e crianças e pode ser definido
como um programa de acompanhamento e tratamento multiprofissional para recém-nascidos
de risco ou com alguma deficiência. A maior parte dos programas de estimulação precoce
objetiva o atendimento de crianças de zero a três anos de idade, envolvendo tipicamente
terapias tradicionais como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia”, explicou a
coordenadora técnica da Fisioterapia Motora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da
Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Carla Trevisan.
Através da estimulação dos sentidos, da percepção corporal, da relação com o outro, com o
espaço e com o tempo, a criança desenvolve movimentos e habilidades que favorecem o seu
desenvolvimento global.
Benefícios:
Indicação:
Bebés prematuros.
Contraindicação:
Desenvolvimento Físico
Desenvolvimento motor
É importante saber que o desenvolvimento motor nos primeiros anos de vida é marcado por
duas tendências básicas. O desenvolvimento ocorre em uma seqüência e direção
preestabelecida, vai da cabeça para os pés, chamado de cefalocaudal, e do tronco para as
extremidades, chamado próximo-distal. A criança, inicialmente, sustenta a cabeça, depois
controla braços e mãos e, posteriormente, pernas e pés.
Maturação
É preciso entender que, com relação ao sistema nervoso, há muitas mudanças no corpo da
criança que não podem ser observadas a olho nu. Vale lembrar que, por ocasião do
nascimento, o cérebro e o sistema nervoso não estão“acabados”.Apesar de o cérebro estar
desenvolvido e ter o formato muito próximo do tamanho, o funcionamento do sistema
nervoso ocorre de forma rudimentar no nascimento e vai melhorando de forma rápida nos
primeiros anos de vida. No nascimento, as partes do cérebro mais desenvolvidas são aquelas
que estão no mesencéfalo, situado na parte inferior do crânio, compreendendo os sistemas
que regulam a atenção, o sono e a vigília. O desenvolvimento cortical (CÓRTEX
CEREBRAL) não acontece de uma única vez, nem em um só ritmo. Algumas partes se
desenvolvem logo, como as que governam a visão e a audição, e outras gradativamente (áreas
motoras que governam mãos, braços e tronco).
Entendido em sua globalidade, o desenvolvimento pode ser dividido em quatro aspectos, para
facilitar o estudo. Os aspectos são:
Aspecto social: é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que
envolvem outras pessoas. Exemplo: na sala de aula, é fácil observar que algumas
crianças procuram outras para a realização de suas tarefas enquanto outras
permanecem sozinhas.