Checklist de Mobilização Precoce

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https://doi.org/10.5585/20.2021.

19500

Recebido em: 26 fev. 2021 - Aprovado em: 11 maio 2021

Checklist de Mobilização Precoce: construção de uma ferramenta


para facilitar sua aplicação na Unidade de Terapia Intensiva
Early Mobilization Checklist: construction of a tool to facilitate its application
in the Intensive Care Unit

Resumo
Ronaldo Luís Abdalla-Silva1
Luan de Marco Felix2 Introdução: Um extenso período imóvel no leito, ocasionalmente, leva à síndrome
do imobilismo, comum em Unidades de Terapia Intensiva. Contrapondo-se as
Fernanda Regina de Moraes3 complicações, a mobilização precoce proporciona melhora ventilatória, circulatória
e metabólica.
Objetivo: Construir um instrumento (checklist) que aponte os principais achados
clínicos para nortear a atuação fisioterapêutica no combate ao imobilismo
Parecer de aprovação pelo comitê de ética CAAE: 46108515200005145 prolongado.
Métodos: Elaborar Checklist com achados particulares e na literatura,
aperfeiçoando escolhas no protocolo cinesioterapêutico em pacientes críticos
admitidos no Mario Palmério Hospital Universitário, em Uberaba-MG. Mediante
Autor correspondente: Revisão Integrativa para fundamentação do instrumento Checklist para Mobilização
Ronaldo Luís Abdalla Silva Precoce, somada à Pesquisa Experimental para adequações no referido serviço
Endereço: Rua Jonas Gomes de Sá, nº 582, hospitalar.
Olinda, Uberaba – MG,38.055-480. Resultados: 24 pacientes, coleta beira-leito e prontuários eletrônicos, idade média
contato.ronaldoabdalla@gmail.com de 66anos (±25) distribuído igualmente em ambos os gêneros.
Discussão: A ferramenta promoveu apoio na atuação da equipe de fisioterapia, não
havendo divergência nos parâmetros cardiorrespiratórios entre beira-leito e
prontuário eletrônico.
Endereço científico: Conclusão: A utilização de uma ferramenta avaliativa é fundamental ao tratamento,
Universidade de Uberaba, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, favorecendo a conduta individualizada ao paciente crítico.
Fisioterapia.
Avenida Nenê Sabino, 1801-Bloco I Fisioterapia Universitário Descritores: Mobilização precoce. Checklist. Fisioterapia hospitalar.
38050501 - Uberaba, MG - Brasil
Telefone: (34) 33198928 Abstract
Ramal: 8928
Fax: (34) 33148910 Introduction: An extended immobile period in bed occasionally leads to the
http://www.uniube.br immobilization syndrome, common in Intensive Care Units. In contrast to the
complications, early mobilization provides ventilation, circulatory and metabolic
improvement.
Objective: To build an instrument (checklist) that points out the main clinical
1
Universidade de Uberaba – UNIUBE, Uberaba, MG, Brasil. findings to guide physiotherapeutic activities in the fight against prolonged
contato.ronaldoabdalla@gmail.com immobilization.
Methods: Develop Checklist with particular findings and in the literature,
2
Universidade de Uberaba – UNIUBE, Uberaba, MG, Brasil. improving choices in the kinesiotherapy protocol in critical patients admitted to
luan_felix_@hotmail.com Mario Palmério Hospital Universitário, in Uberaba-MG. Through an Integrative
Review to support the Checklist for Early Mobilization, in addition to the
3
Universidade de Uberaba – UNIUBE, Uberaba, MG, Brasil. Experimental Research to adapt the hospital service.
fernandaregmoraes@gmail.com Results: 24 patients, bedside collection and electronic medical records, mean age
66 years (± 25) distributed equally in both genders.
Discussion: The tool provided support in the performance of the physiotherapy
team, with no divergence in cardiorespiratory parameters between bedside and
electronic medical record.
Conclusion: The use of an evaluation tool is fundamental to the treatment, favoring
the individualized approach to the critical patient.

Keyword: Early mobilization. Checklist. Physiotherapy.


Cite como
Vancouver

Silva, RLA, Felix, LM, Moraes, FR. Checklist de Mobilização Precoce: construção de uma ferramenta para facilitar sua
aplicação na Unidade de Terapia Intensiva. Conscientiae Saúde 2021;20:1-15, e19500. https://doi.org/10.5585/20.2021.19500.

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Conscientiae Saúde, 2021 jan./dez.;20:1-15, e19500
Silva, RLA, Felix, LM, Moraes, FR. Checklist de mobilização precoce / Early Mobilization Checklist

1 Introdução

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) teve a sua implantação no Brasil por volta da
década de 70, com a finalidade de agrupar no mesmo ambiente físico pacientes recuperáveis,
tecnologia e recursos humanos capacitados aos cuidados e observações constantes¹.
Seu surgimento coincide com o período histórico em que as técnicas curativas detinham
maior atenção do que os cuidados preventivos e as técnicas de promoção de saúde. Além disso,
o conceito de ambiente humanizado ainda se apresentava de forma incompleto¹.
Todavia, com o decorrer da evolução desse setor, e com o advento da globalização, as
UTIs apresentam hoje um aspecto muito mais voltado para dar atenção ao paciente como um
todo e não mais apenas de sua enfermidade. Dessa forma, há o favorecimento de um ambiente
com característica multiprofissional, o que promove a melhora desse paciente crítico em
diversas óticas de atenção à saúde2.
Por vez, esse processo colabora para que a equipe de fisioterapia se torne cada vez mais
presente e indispensável dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva, atuando ativamente no
restabelecimento do quadro geral do paciente crítico, na reabilitação e prevenção respiratória,
e nos diversos distúrbios musculoesqueléticos apresentados por ele3.
Uma das mais atuais condutas mais atuais é a mobilização precoce do paciente em
estado crítico alocado na UTI, uma vez que durante muito tempo foi preconizado, entre a equipe
multidisciplinar, o repouso absoluto como tratamento para esses indivíduos. Tal característica
vem sendo reavaliada no decorrer da última década graças aos avanços tecnológicos, as
pesquisas realizadas e o incentivo científico nesse setor, demonstrando que a imobilidade não
é um fator colaborador para o bom prognóstico deste doente4.
Muitas condições de caráter biopsicossociais submetem o paciente ao decúbito
prolongado no leito. Assim, altivamente da condição, sabe-se que o tempo imóvel no leito é
diretamente proporcional ao agravamento dos diversos sistemas do organismo que o paciente
pode evidenciar5.
Desse modo, ficam evidentes os efeitos apresentados durante esse período em repouso
absoluto, sendo seus principais: úlceras de pressão, perda de massa muscular, perda de força
motora – que, consequentemente, proporcionam alterações no aparelho locomotor –, déficit da
mecânica respiratória, complicações pulmonares como pneumonia e atelectasia, atrasos na
recuperação da doença inicial, complicações hemodinâmicas, cardíacas e neurológicas – que,
por sua vez, irão interferir diretamente no tempo de internação e na redução da qualidade de
vida desses pacientes6.

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Tendo como base os efeitos nocivos encontrados no paciente em repouso absoluto,


manifesta-se a mobilização precoce como conduta extremamente importante aplicada pela
equipe de fisioterapia. Dessa forma, apresenta-se a finalidade de atuar diretamente na redução
do tempo de imobilização no leito, que, quando prolongada e associada a outros fatores, pode
acarretar em Polineuropatia do Paciente Crítico (PNPC) e Síndrome do Imobilismo - condições
clínicas relativamente comuns nas Unidades de Terapia Intensiva e que configuram grandes
desafios para essas unidades7. Apresentando a finalidade de atuar diretamente na redução do tempo
de imobilização no leito, que, quando prolongada e associada a outros fatores, pode acarretar em
Polineuropatia do Paciente Crítico (PNPC) e Síndrome do Imobilismo, que são condições clínicas
relativamente comuns nas Unidades de Terapia Intensiva e configuram grandes desafios para essas
unidades7.
Atualmente, uma das definições mais aceitas pela comunidade científica em relação ao
processo de mobilização precoce a descreve como uma atividade física suficientemente forte
ao ponto de produzir efeitos fisiológicos no paciente, exibindo melhora, principalmente, na
ventilação e perfusão, estado de consciência e no metabolismo corporal8.
De acordo com o quadro geral apresentado pelo paciente, como grau de força muscular,
estabilidade hemodinâmica e o grau de consciência, o fisioterapeuta estipulará o protocolo
cinesiofuncional, de modo que inicie a cinesioterapia de forma passiva ou ativa, cabendo
exclusivamente a esse profissional o gerenciamento do plano terapêutico de mobilização. Pode
ser estabelecido um protocolo de progressão da mobilização do paciente crítico, tendo início
com a mobilização passiva, avançando de acordo com a evolução do paciente para mobilização
ativa, para, em seguida, transferências e, por fim, deambulação5.
O objetivo geral do estudo foi promover a confecção de um instrumento, no formato de
Checklist avaliativo, abordando os principais pontos que um paciente crítico deve apresentar
em seu quadro clínico, a fim de ser passível a eleição da mobilização precoce como conduta
fisioterapêutica, minimizando potenciais riscos.

2 Materiais e métodos

2.1 Tipo de estudo e consentimento para realização

Trata-se de uma abordagem do tipo experimental, submetida e aprovada pelo Comitê de


Ética e Pesquisa da Universidade de Uberaba (CAAE: 46108515200005145) e pelo Núcleo de
Ensino, Pesquisa e Extensão do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU). Foi elaborado
um Checklist avaliativo através dos achados vivenciados pelo pesquisador, somados às

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apresentações da literatura, com o intuito de sistematizar o pensamento científico e crítico do


profissional de fisioterapia no momento da elaboração do seu protocolo cinesioterapêutico, de
modo a gerar conhecimentos para aplicação prática da mobilização precoce dos pacientes
críticos admitidos no MPHU, no município de Uberaba-MG, conduzida nos anos de 2019 e
2020.

2.2 Amostra, critérios de inclusão e exclusão

Para compor a amostra, foram incluídos pacientes adultos, admitidos na Unidade de


Terapia Intensiva do MPHU, no período de janeiro a junho de 2020, que apresentaram quadro
clínico e hemodinâmico estável para coleta de dados após avaliação conjunta com a equipe
multidisciplinar, composta pelos seguintes profissionais: enfermeiros, técnicos de enfermagem,
médicos, fisioterapeutas e psicólogos.
Os casos de exclusão se basearam em todos aqueles que apresentaram quadro clínico e
hemodinâmico instável ou que se encontravam em atendimento de urgência no momento da
pesquisa. Somam-se, também, a esses casos, menores de 18 anos, pacientes que não
concordaram com a participação na pesquisa por vontade própria ou por manifestação de
familiares e/ou acompanhantes. em atendimento de urgência no momento da pesquisa, bem
como menores de 18 anos, além daqueles que não concordaram com a participação na pesquisa,
por vontade própria, ou por manifestação de familiares e/ou acompanhantes. Os integrantes da
amostra, ao concordarem com a participação, assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, conforme resolução número 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

2.3 Elaboração do checklist

Partindo da literatura científica, foi elaborado um Checklist segundo as principais


características a serem avaliadas para o início da mobilização precoce. Um dos artigos
utilizados como base para criação desse instrumento foi publicado por Hodgson et al. (2014)9,
o qual apresenta recomendações sobre critérios de segurança (respiratória e cardiovascular)
para aplicação de protocolos de Mobilização Precoce. O instrumento desenvolvido nesse estudo
também inclui uma sugestão de ações iniciais de mobilização precoce, de acordo com a
avaliação pelo Checklist, fundamentado em um protocolo criado para o estudo de Morris et
al.10, considerado viável, seguro, baixo custo e associado à redução do tempo em UTI e tempo
de internação.

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O instrumento elaborado para esse estudo se construiu, assim, a partir do Checklist e da


sugestão de protocolo de mobilização precoce, direcionado pela avaliação. Esse foi aplicado
durante o acompanhamento de 24 pacientes internados na UTI do MPHU, no período de janeiro
a março de 2020, em duas situações: beira leito e via sistema de registro de informações online,
por meio do acesso a um programa, com as avaliações dos pacientes. Eles foram acompanhados
durante sua permanência na UTI, sendo avaliados uma única vez, por meio do instrumento
desenvolvido, para posterior indicação de início da mobilização precoce.
O Checklist proposto evidenciou a avaliação de variáveis fisiológicas, clínicas e
hemodinâmicas apresentadas pelos pacientes: frequência cardíaca, pressão arterial sistólica,
pressão arterial média, uso de drogas vasoativas, presença de isquemia miocárdica e arritmias,
necessidade de agente antiarrítmico, frequência respiratória, saturação periférica de oxigênio,
nível de consciência, nível de sedação, doenças neurológicas e/ou neuromusculares que
impedissem a realização da mobilização, temperatura corporal, presença de fraturas instáveis
ou outras instabilidades ósseas, trombose venosa profunda, necessidade de hemodiálise,
presença de hemorragia ativa e necessidade de suporte ventilatório.
O horário de aplicação do Checklist foi o mesmo para redução O Checklist foi aplicado
no mesmo horário do dia para redução das influências circadianas sobre as varáveis fisiológicas
e hemodinâmicas, sendo conduzido pela mesma equipe de fisioterapeutas para aumentar a
confiabilidade e reduzir a variabilidade dos dados coletados. Foi empregada uma pontuação
indicativa do nível de funcionalidade do indivíduo com respectiva referência a uma etapa de
um processo de mobilização precoce compatível com sua avaliação. A partir disso, foi proposto
um protocolo de mobilização precoce adequado à individualidade e condições clínicas do
paciente, priorizando a segurança do mesmo, visualizado no quadro 01.

Quadro 1 - Modelo de checklist elaborado


Nome:_____________________________________________________________________
Leito:_________Idade:________Gênero: ( ) F ( ) M ( ) Outro:___________________
Data última evolução:_________________ Data coleta beira-leito:___________________
Diagnóstico:________________________________________________________________
Parâmetros para análise: cada alternativa será pontuada com o valor de +1 ponto, sendo o total
disponível no Checklist de 18 pontos. Este ponto será dado quando for uma resposta FAVORÁVEL À
MOBILIZAÇÃO PRECOCE e quando desfavorável será a nota zero.
Continua
Estágio 3:
Pontuação acima de 80% (>15 pontos)
Mobilização Precoce Global
Estágio 2:
Pontuação entre 60 e 80% (total entre 10-14 pontos).
Mobilização Precoce baixa intensidade.
Estágio 1:
Pontuação abaixo de 60% (<10 pontos)
Mobilização precoce baixíssima intensidade.

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Continua
PONT.
QUESTÕES RESP.
Sist. Leito

( ) sim
Frequência cardíaca está entre 60-110
01
bpm?
( ) não

( ) sim
Pressão arterial média estável (70-100
02
mmHg)?
( ) não

( ) sim
03 Dor incapacitante?
( ) não

( ) sim
04 Uso de drogas vasoativas?
( ) não

( ) sim
05 Isquemia miocárdica?
( ) não

( ) sim
06 Arritmias?
( ) não

( ) sim
07 Administração de agente antiarrítmico?
( ) não

( ) sim
08 Frequência respiratória entre 16 e 20irpm?
( ) não

( ) sim
Saturação periférica de oxigênio entre 88-
09
99%.
( ) não

( ) sim
Nível de consciência acima de 8 na ECG?
10
RASS ou RAMSAY
( ) não

Doenças neurológicas e/ou ( ) sim


11 neuromusculares que impeçam a
realização da mobilização? ( ) não

( ) sim
12 Temperatura corporal entre 35,5-37,9°C?
( ) não

( ) sim
13 Fraturas instáveis e instabilidade óssea?
( ) não

( ) sim
14 Trombose venosa profunda?
( ) não

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Conclusão
( ) sim
15 Hemodiálise contínua?
( ) não

( ) sim
16 Gasometria normal?
( ) não

( ) sim
17 Hemorragia ativa?
( ) não

( ) sim
18 Necessidade de suporte ventilatório?
( ) não

Somatória:_________

Mobilização proposta:_____________________
Fonte: Adaptado de Morris, 2008.

2.4 Análise dos dados

Foram analisadas as condições clínicas apresentadas pelos pacientes, coletadas pelo


Checklist, comparativamente quanto à aplicação dele: em beira de leito e por prontuário
eletrônico. A tabulação dos resultados foi realizada utilizando o programa Excel for Windows.
Posteriormente, os dados foram submetidos ao teste de distribuição de normalidade
Kolmogorov Smirnov e, em seguida, foram analisados de forma inferencial. Como os dados
apresentaram distribuição normal, foi aplicado o Teste T para amostras pareadas, através do
programa estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Science). Os dados também estão
apresentados pela análise descritiva (percentagem, média e desvio padrão). O Nível de
Significância adotado foi de 5%.

3 Resultados

Neste estudo fForam incluídos neste estudo 24 pacientes admitidos na Unidade de


Terapia Intensiva do MPHU, sendo esses os quais foram assistidos por meio do Checklist
proposto. Essa população ficou distribuída igualmente entre os sexos femininos e masculinos,
com média de idade de 66 anos (±25), apresentando os mais diversos diagnósticos primários e
comorbidades, tais como: Insuficiência Cardíaca Congestiva, Embolia Pulmonar,
Broncopneumonia, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Exacerbada, Hipertensão Arterial
Sistêmica e Diabetes Mellitus tipo 2. Os demais dados referentes ao fator determinante de
destino à Terapia Intensiva estão demonstrados na tabela 1.
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Tabela 1 - Características de diagnóstico da amostra (n=24)


Gênero N (%)
Feminino 12 (50,00%)
Masculino 12 (50,00%)
Faixa etária (anos) 66 ± 25
Diagnóstico primário N (%)
ICC 04 (16,66%)
Broncopneumonia 05(20,83%)
Embolia Pulmonar 02 (8,33%)
AVC 02 (8,33%)
Alterações cognitivas/desorientação 02 (8,33%)
Pneumotorax 01 (4,16%)
Infarto Agudo do Miocardio 01 (4,16%)
Lúpus Eritematoso em atividade 01 (4,16%)
IRpA 01 (4,16%)
Hiperglicemia 01 (4,16%)
Crise epilética 01 (4,16%)
Complicações no PO 01 (4,16%)
Colite 01 (4,16%)
ITU 01 (4,16%)
Comorbidades associadas N (%)
HAS 10 (41,66%)
DPOC exacerbada 04 (16,66%)
Choque séptico 02 (8,33%)
Neoplasia 02 (8,33%)
DM2 02 (8,33%)
Congestão pulmonar 02 (8,33%)
Derrame pleural 02 (8,33%)
Chagas 02 (8,33%)
Hipotireoidismo 02 (8,33%)
Hepatite 01(4,16%)
SDRA 01(4,16%)
Osteoporose 01(4,16%)
DAC 01(4,16%)
IRC 01(4,16%)
Pneumonia 01(4,16%)
TCE 01(4,16%)
Edema agudo de pulmão 01(4,16%)
Litíase renal 01(4,16%)
Esquizofrenia 01(4,16%)
Lombalgia 01(4,16%)
Encefalopatia metabólica 01(4,16%)
Legenda: ICC= Insuficiência cardíaca congestiva; AVC = Acidente vascular cerebral; IRpA= Insuficiência
respiratória aguda; PO= Pós-operatório; ITU= Infecção do trato urinário; HAS= Hipertensão arterial sistêmica;
DPOC= Doença pulmonar obstrutiva crônica; DM2= Diabetes mellitus tipo 2; SDRA= Síndrome do Desconforto
Respiratório Agudo; DAC= Doença Arterial Coronariana; IRC=Insuficiência Renal Crônica; TCE= Trauma crânio
encefálico.
Fonte: Arquivo dos autores.

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Os parâmetros avaliados através do Checklist foram coletados em prontuário eletrônico


no sistema computacional ou avaliados beira-leito. Esses dados estão apresentados na tabela 2
e, é necessário pontuar, que não foram encontradas diferenças estatísticas significantes (p<0,05)
entre as coletas realizadas beira leito ou por prontuário eletrônico.

Tabela 2 - Dados coletados no Checklist MPHU (n=24)


Coleta Sistema Dados Coleta beira de leito
Condição favorável à Condição favorável à
Parâmetros e variáveis analisadas
mobilização precoce mobilização precoce
N (%) N (%)
Frequência cardíaca está entre 60-110 21 (87,50%) 21 (87,50%)
bpm?
Pressão arterial média estável (70-100 16 (66,66%) 19 (79,16%)
mmHg)?
Dor incapacitante? 24 (100%) 24 (100%)
Uso de drogas vasoativas? 16 (66,66%) 16 (66,66%)
Isquemia miocárdica? 23 (95,83%) 21 (87,50%)
Arritmias? 21 (87,50%) 19 (79,16%)
Administração de agente antiarrítmico? 23 (95,83%) 21 (87,50%)
Frequência respiratória entre 16 e 13 (54,16%) 14 (58,33%)
20irpm?
Saturação periférica de oxigênio entre 23 (95,83%) 24 (100%)
88-99%.
Nível de consciência acima de 8 na 19 (79,16%) 18 (75,00%)
ECG?
RASS ou RAMSAY
Doenças neurológicas e/ou 24 (100%) 24 (100%)
neuromusculares que impeçam a
realização da mobilização?
Temperatura corporal entre 35,5- 23 (95,83%) 24 (100%)
37,9°C?
Fraturas instáveis e instabilidade 24 (100%) 24 (100%)
óssea?
Trombose venosa profunda? 24 (100%) 24 (100%)
Hemodiálise contínua? 23 (95,83%) 24 (100%)
Gasometria normal? 19 (79,16%) 18 (75,00%)
Hemorragia ativa? 24 (100%) 24 (100%)
Necessidade de suporte ventilatório? 17 (70,83%) 17 (70,83%)
Estágios da mobilização precoce N (%) N (%)
sugerida
Estágio 01 06 (25,00%) 06 (25,00%)
Estágio 02 03 (12,50%) 02 (8,33%)
Estágio 03 15 (62,50%) 16 (66,66%)
Estágio 3:
Pontuação acima de 80% (>15 pontos)
Mobilização Precoce Global
Estágio 2:
Pontuação entre 60 e 80% (total entre 10-14 pontos).
Mobilização Precoce baixa intensidade.
Estágio 1:
Pontuação abaixo de 60% (<10 pontos)
Mobilização precoce baixíssima intensidade.
Legenda: ECG= Escala de Coma de Glasgow; RASS = Richmond Agitation-Sedation Scale; Nível de significânciap>0,05.
Fonte: Arquivo dos autores.

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4 Discussão

Este trabalho apresentou como proposta a criação de um instrumento para avaliação pré-
aplicação de protocolos de Mobilização Precoce em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a fim
de considerar critérios de segurança para início da Mobilização Precoce, assim como a
instituição individualizada de atividades benéficas para redução do tempo de suporte
ventilatório, tempo de internação e manutenção ou aquisições na capacidade funcional.
Estruturou-se um instrumento simples, de fácil preenchimento, tanto em beira leito, quanto por
meio da seleção de informações em prontuários.
Segundo Glosselink et al.8, em uma força tarefa da European Respiratory Society and
European Society of Intensive Care Medicine, o fisioterapeuta é o profissional responsável pela
implantação e gerenciamento do plano de mobilização do doente crítico. Ademais, a
reabilitação do paciente em UTI depende de fatores como força física e funcionalidades prévias,
nível de cooperação, dispositivos anexados ao paciente e a cultura de mobilização existente na
unidade. Essas informações reforçam a necessidade de instrumentos avaliativos, tal qual o
Checklist criado neste estudo, que auxiliarão o fisioterapeuta na implantação de protocolos de
Mobilização Precoce.
A força tarefa da European Respiratory Society and European Society of Intensive Care
Medicine (2008) estabeleceu uma hierarquia de atividades de mobilização na UTI, baseada
numa sequência de intensidade do exercício: mudança de decúbitos e posicionamento
funcional, mobilização passiva, exercícios ativo-assistidos e ativos, uso de cicloergômetro na
cama; sentar na borda da cama; ortostatismo, caminhada estática, transferência da cama para
poltrona, exercícios na poltrona e caminhada. Estas atividades são demonstradas como seguras
e viáveis por alguns estudos, devendo ser iniciadas o mais precocemente possível, isto é, logo
após a estabilização dos maiores desarranjos fisiológicos8,11. Esses dados reforçam a
necessidade de estudos como o nosso, que, além de estruturar um instrumento de avaliação pré-
mobilização precoce, também sugere uma instituição gradativa de exercícios e atividades de
acordo com uma nota proposta após realização do Checklist.
Conceição et al.12 realizaram uma revisão sistemática sobre critérios de segurança para
iniciar a mobilização precoce em UTI e referiram que os critérios cardiovasculares foram os
mais citados entre os estudos. Em relação aos critérios respiratórios, as variáveis relacionadas
com a ventilação mecânica obtiveram maior concordância entre os autores. Foi encontrada uma
maior divergência entre os autores em relação aos critérios neurológicos, não havendo
consenso, principalmente, em relação à avaliação do nível de consciência. Os autores

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reforçaram a importância em identificar critérios frequentemente utilizados para segurança da


mobilização precoce do paciente crítico. Desse modo, o estudo corrobora com nosso trabalho,
na medida em que os parâmetros e as variáveis sugeridas por nós, no Checklist, assim como na
revisão sistemática de Conceição et al.12, podem ser incorporados à rotina dos serviços, com a
intenção de iniciar, progredir e guiar a prática clínica.
Outros estudos já haviam recomendado a monitorização antes, durante e após o
exercício de variáveis cardiovasculares (frequência cardíaca e pressão arterial) e respiratórias
(padrão muscular ventilatório do paciente e sincronia do paciente com o ventilador, saturação
periférica de oxigênio e frequência respiratória), além da observação do nível de consciência e
verificação as dosagens de sedativos e drogas vasoativas11,13,14. Nossa proposta de
instrumento buscou identificar várias variáveis como as sugeridas pelos estudos acima.
Segundo Needham e Korupolu15, o status fisiológico do paciente crítico pode flutuar
consideravelmente ao longo do dia. Além disso, administração de sedação, sessões
intermitentes de hemodiálise e avaliações e preparações para desmame da ventilação mecânica
podem dificultar a realização dos exercícios físicos, o que exige a elaboração de um
planejamento individualizado e com maior flexibilidade possível, baseando-se no status
fisiológico que o paciente apresenta na hora da atividade. Diante disso, surge a necessidade de
um instrumento simples, de fácil preenchimento, que possa auxiliar a avaliação fisioterapêutica
em beira-leito, ou em prontuários, para instituição da mobilização precoce.
Morris et al.10, em um ensaio clínico controlado, verificaram que a adoção de protocolo
de mobilização sistemático e precoce, seguro e de fácil aplicação, promoveu diminuição do
tempo e custos na unidade de cuidados intensivos e hospitalar, quando comparado aos pacientes
que receberam os cuidados usuais . Nesse estudo, o grupo que recebeu o programa de
mobilização precoce deixou o leito mais rapidamente (5 x 11 dias), tal qual tiveram menor
tempo de internação na UTI (5,5 x 6,9 dias) e menor tempo de internação hospitalar (11,2 x
14,5 dias).
O treinamento físico tem sido cada vez mais reconhecido como um importante
componente no cuidado de pacientes críticos que requerem ventilação mecânica prolongada.
Isso, pois, proporciona melhora na função pulmonar, muscular e na independência funcional,
acelerando o processo de recuperação e diminuindo assim o tempo de VM e de permanência na
UTI16.
Os resultados deste estudo não evidenciaram divergência significativa quando
comparados os parâmetros cardiovasculares, hemodinâmicos e respiratórios dos pacientes, por
meio de mensurações beira-leito ou em prontuário. Todavia, foi demonstrado que a avaliação
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antes do contato com paciente é fundamental para o embasamento do fisioterapeuta quanto à


clínica e fisiologia dos pacientes, sendo o uso da ferramenta Checklist um diferencial para a
escolha da melhor conduta de intervenção. Durante a aplicação do instrumento proposto, foi
possível compreender o estado geral do paciente por meio de uma métrica que favoreceu uma
visão global do doente crítico, a fim de proporcionar uma melhor interpretação do caso.
A reabilitação de pacientes críticos em UTI vem sendo bem estabelecida e com
crescente aceitação, tendo como principal foco o alívio de sintomas causados pelo período
prolongado no leito e melhora da funcionalidade deste paciente17,24.
Estudos já apresentaram que condutas de mobilização precoce e reabilitação física em
pacientes críticos foram classificadas com um baixo risco de possíveis intercorrências, ou seja,
possuem níveis de segurança, mesmo quando implantadas como parte da rotina clínica18,23.
Geralmente são preconizados três níveis de intensidade de atividade realizadas com o paciente
crítico, variando de atividades realizadas passivamente associadas com correntes elétricas,
exercícios ativos no leito e exercícios ativos realizados fora do leito do paciente17,22.
Devido à complexidade dos pacientes avaliados e sua alta variabilidade quanto às
doenças de base e demais comorbidades associadas, pode-se analisar a interação do Chekclist
nos mais diversos tipos de pacientes comumente encontrados em UTIs, demonstrando a sua
aplicabilidade múltipla, que não se limita a um tipo de doente23. Também foi observado que
esta ferramenta pode ser aplicada em diferentes faixas etárias, abrangendo tanto a população
adulta quanto idosa, assim como ambos os sexos e gêneros.
Após a análise do estado geral proposto pelo resultado da aplicação da ferramenta, pode-
se observar que 100% dos indivíduos avaliados estavam eleitos para iniciarem o protocolo de
mobilização precoce proposto, respeitando suas particularidades como, por exemplo, a
intensidade do esforço.
Contudo, este estudo permanecerá em desenvolvimento com o objetivo de avaliar
futuramente o desfecho da aplicação dos protocolos de mobilização precoce e ainda da
utilização do Checklist em diferentes perfis populacionais. Assim, é de interesse dos
pesquisadores darem continuidade na ferramenta proposta, averiguando sua confiabilidade
através da aplicação em um perfil maior de pacientes. Além disso, também se torna objeto de
investigação as condutas de mobilização precoce e a recuperação hospitalar e pós-alta do
paciente. Contudo, vale mencionar que foi encontrado como barreira o desdobramento da atual
condição de pandemia que se encontra o Brasil e o mundo, dificultando o andamento de maior
número de coletas de dados e aplicação do instrumento.

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5 Conclusão

Conclui-se que a utilização de uma ferramenta avaliativa é fundamental e


imprescindível, uma vez que norteia a tomada de decisão do fisioterapeuta, favorecendo a
escolha da melhor conduta individualizada ao paciente crítico. Soma-se a isso a não ocorrência
de intercorrências e eventos adversos que possam complicar a situação do paciente, visto que
segue critérios de segurança. No entanto, são necessários maiores estudos frente à
aplicabilidade do Chekclist a fim de fortalecer sua veracidade e confiabilidade.

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