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AS 5 DESCULPAS DE MOISÉS
Cada vez que você faz uma opção está
transformando sua essência em alguma coisa um pouco diferente do que era antes. C.S. Lewis
“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem
dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam. Hebreus 11:6
A vida de Moisés não começou em Hebreus 11, o
“Quem é Quem da Fé”. Ela se iniciou junto a um arbusto ardente, em conversa com Deus. Moisés não disse ousadamente:
- “Sim, Senhor, que Tua vontade seja feita”.
A conversa foi mais ou menos como:
- Senhor, não podes enviar outra pessoa?”.
A imagem poderosa de um príncipe egípcio,
profeta e chefe militar que libertou milhões de pessoas da escravatura é aquela que nos vem das histórias de nossa infância.
Víamos a figura de um caráter supra real e
pensávamos:
- “Puxa!!! Eu nunca poderia ser como ele”. Mas
uma leitura acurada da narrativa bíblica nos ajuda a ver Moisés sob luz mais realista.
É essa a imagem, sem diminuir o impacto que ela
teve na história do mundo e da salvação, nos dá esperança, coragem e fé.
Moisés cresceu como um príncipe do
Egito, mas fugiu de Faraó depois de se Ter interposto numa briga entre um hebreu e um egípcio e matado essa último.
Tendo ficado exilado no deserto por cerca de 40
anos, Moisés, com 80 anos a essa altura da narrativa, estava pastoreando ovelhas próximo ao monte Horebe, quando viu algo estranho.
“A educação que Moisés recebera no Egito foi-lhe
de grande auxílio sob muitos pontos de vista; mas a preparação mais valiosa para o trabalho de sua vida foi a que recebeu quando empregado como pastor.... Esperava realizar por suas próprias forças a obra da libertação de Israel. Muito diferentes eram as lições que, como representante de Deus, devia receber. Conduzindo seus rebanhos pelas montanhas selvagens e pelos verdes pastos dos vales, aprendeu a fé, a mansidão, a paciência, humildade e abnegação. Aprendeu a cuidar dos fracos, tratar dos doentes, procurar os transviados, suportar os turbulentos, vigiar os cordeiros e alimentar os velhos e débeis.”
Ciência do Bom Viver, 474
Deus tratou de preparar Moisés para ser um fiel
servo dEle.
Deus preparou a Moisés para se apresentar a ele.
O texto diz que as chamas subiam de um arbusto,
mas esse não se queimava.
Ao Moisés aproximar-se do arbusto, ouviu uma voz
chamando-o pelo nome. A voz identificou quem falava: “Eu Sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó” Êxodo 3:6).
Deus, então, participou Seu plano a Moisés:
Deus havia ouvido os clamores de Seu povo por
causa da opressão da escravidão egípcia, e viera para resolver a situação.
O Senhor queria que Moisés se unisse a Ele na
libertação do povo Êxodo 3:7-10
Nesse ponto, Moisés começou a apresentar
uma série de desculpas, algumas das quais podem parecer familiares a você e a mim.
Tratamos de buscar formar de recusarmos os
chamados de Deus. Vejamos em Êxodo 3:
Desculpa nº 1: (QUEM SOU EU?)
“Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os
filhos de Israel”? (verso 11)
Boa pergunta. Moisés tinha estado apascentando
ovelhas durante 40 anos, e o pensamento de um pastor, a quem os egípcios desprezavam (Gên.46:34), ir falar com um rei era contrário ao protocolo usual.
A resposta de Deus:
“Eu irei contigo; e isto te será por sinal de que Eu te
enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte” (verso 12)
Deus não somente prometeu Sua presença, Ele
também deu a Moisés a certeza de que sua missão seria bem sucedida.
Mesmo na presença de um rei terrestre, ele não
tinha razão para temer ou sentir-se inferior. Contudo, Moisés não entendeu a coisa dessa maneira.
Ao longo da nossa vida, Deus tem nos chamado a
uma vida diferente, a um relacionamento diferente, mas assim como Moisés, nós também não entendemos. Desculpa nº 2: (QUEM ME ENVIOU)
“Eis que quando for aos filhos de Israel e lhes
disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o Seu nome? Que lhes direi?” (verso13)
Outra boa interrogação. Se você for dizer a
centenas de milhares de pessoas que foi convidado a comandar sua libertação, seria bom ter o nome da pessoa de quem você recebeu tal autoridade. Também, os nomes eram muito importantes para a mentalidade semita, porque descreviam o caráter do indivíduo.
A resposta de Deus: Eu Sou o que Sou” (verso
14)
Nas Escrituras, depois de Deus Se ter revelado a
Seu povo, eles frequentemente O descreviam de uma nova maneira, à medida que O iam conhecendo (ver, por exemplo:
1. Salmo 140:7, “meu forte libertador”,
2. Salmo 71:5, “minha esperança”, 3. II Coríntios 1:3, “Deus de toda consolação”). Os judeus sempre reconheceram Eu Sou como o nome que distinguia o Deus verdadeiro dos deuses falsos.
Não havia engano sobre quem enviava Moisés em
sua missão. Deus não apenas disse quem Ele era, mas também exatamente a quem falar, o que dizer, e lhe deu a garantia de que eles o ouviriam. Agora Moisés está pronto para sua missão. Bem , ainda não!.
DESCULPA Nº 3: (NÃO ACREDITARÃO)
“Mas sei que não crerão” (Êxodo 4:1).
Notemos isso: Deus acabara de assegurar a
Moisés que os líderes do povo o ouviriam.
Está ficando bem claro que Moisés não era
um sujeito bem disposto.
Contudo, Deus sabia que a fé de Moisés ainda
precisava ser fortalecida. A resposta de Deus:
Assim Ele operou através dele para:
1. Transformar uma vara numa cobra (versos
3,4) 2. Para tornar sua mão leprosa e depois curá- la (versos 6,7) e 3. Transformar água em sangue (verso 9).
Não gostaríamos, por vezes, que Deus nos
mostrasse sinais sobrenaturais, e então prometeríamos confiar nEle e obedecê-Lo?
Sua Palavra parece não ser suficiente.
Egito: eis que chegamos ao destino! Bem, não
exatamente.
DESCULPA Nº 4: (NÃO SEI FALAR)
“Ah, Senhor! Eu não sou homem eloquente, nem de
ontem, nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado ao Teu servo, porque sou pesado de boca, e pesado de língua.” (verso 10) À luz do que estava acontecendo – Deus lhe prometera Sua companhia, assegurou-lhe do êxito de sua missão e forneceu-lhes sinais miraculosos – e relutância de Moisés não era um sinal de humildade ou reconhecimento da própria incapacidade. Ele revelou incredulidade na capacidade divina.
Mas o servo de Deus ainda se deixava vencer pelo
pensamento da estranha e maravilhosa obra que diante dele estava. Em sua aflição e temor, agora alegava como desculpa. ... O Senhor lhe disse: “Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou Eu, o Senhor?” A isto acrescentou-se outra segurança do auxílio divino: “Vai pois agora, e Eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar”. Êx.4:11-12 Patriarcas e Profetas, 177
Quando recusamos a nos unir a Deus em Sua obra,
estamos revelando falta de confiança em Sua habilidade de operar em nós.
A Palavra de Deus é cheia de promessas e
garantias de Sua presença e competência de agir em nós e por nós. Precisamos aprender a tomá-Lo pela Sua Palavra.
Houve tempos quando cheguei a perguntar a Deus:
Quando cheguei a África, perguntei a Deus:
“Porque me trouxeste aqui?
Mas então vem a resposta:
- “A Minha graça te basta porque o Meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza.” (II Corintios 12:9)
Se nos sentimos fracos, limitados, ou
inadequados, somos o melhor instrumento mediante o qual o poder de Deus pode operar.
Isso não significa que Deus nos queira manter
sob Sua tutela como fracos.
Ele Se ocupa do crescimento das pessoas. Deseja
que sejamos confiantes e tenhamos um forte senso de valor próprio.
Contudo, em lugar de nossa CONFIANÇA e
sentimentos de valor virem de coisas ou de outras pessoas, eles devem ser o resultado de nosso relacionamento com Ele. A resposta de Deus:
“Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo
ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não Sou Eu, o Senhor? Vai, pois, agora, e Eu serei com tua boca, e te ensinarei o que hás de falar”(versos 11 e 12).
Aparentemente, Moisés não tinha compreendido
bem que o Deus que criou sua boca, ouvidos e olhos era plenamente capaz de fazê-los funcionar.
Por vezes nos esquecemos de que estamos
lidando com o Criador do Universo.
Agora, Deus ordena que Moisés vá e promete
estar com ele. Está Moisés pronto?
DESCULPA Nº 5: (ENVIA OUTRO)
“Ah, Senhor! envia por mão daquele a quem Tu hás
de enviar.” (verso 13)
Em nossa tradução tais palavras soam como uma
queixa, mas no original hebraico repercute como rudeza: “Por favor, envia por mão daquele a quem tu hás de enviar”. Em outras palavras: “Não gostaria de dar essa informação a uma pessoa que vai aceitar o encargo?”
Quando Deus contestou todas as desculpas de
Moisés, seus motivos secretos foram revelados; Ele não queria a designação.
Acho que Moisés queria unir-se a Deus em Sua
obra – apenas tinha dificuldade em crer que Deus poderia torná-lo suficientemente capaz para o trabalho.
O mesmo que sucede com muitos de nós. Quando
somos relutantes em obedecer a Deus, não é que não queremos. É que não nos sentimos suficientemente capazes.
Mas é aí que precisamos tomar a Deus em Sua
Palavra. Precisamos confiar nEle o bastante para crer que Ele é capaz de nos qualificar para a obra à qual nos chama.
E quando estamos dispostos a avançar pela fé e a
obedecê-Lo, vamos sentir a Deus como nunca antes. A resposta de Deus:
“Que tal teu irmão Arão? (verso 14)
Deus estabeleceu um relacionamento com Moisés.
Ele desejava que Moisés se unisse a Ele na obra em favor de Seu povo.
Assim o Senhor estava disposto a encontrar-Se
com Moisés justamente onde esse se achava. Infelizmente, o poder que Deus prometeu a Moisés não lhe foi suficiente.
Ele somente aquiesceu quando a ajuda de uma
criatura finita lhe foi oferecida. Moisés falaria mediante Arão e isso o limitava em sua obra.
CONCLUSÃO
1. O que acontece com você?
2. Tem você se valido de qualquer das desculpas de Moisés no diálogo com Deus? 3. Está tendo dificuldades de confiar que Ele é capaz de qualificá-lo para o trabalho ao qual o chamou? Se Deus quisesse criaturas perfeitas para cooperar com Ele, poderia ter usado anjos. Mas, em vez disso, Ele nos escolheu.
Se permitirmos que o Senhor trabalhe por nosso
intermédio, tornar-nos-emos uma evidência inquestionável de Seu poder.
Pela obediência, Moisés tornou-se um líder:
1. Poderoso – poderoso o suficiente
para mudar o curso da história.
Ainda mais importante: ele se tornou um possante
homem de fé, que participou com Deus da história da salvação e que foi ressuscitado e levado para o céu porque Deus o considerou “Seu amigo”. (Êxodo 33:11)