Geografia

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República de Angola

Governo da Província de Luanda


Admistração do Kilamba
Escola do 1º Ciclo do Ensino Secundário
da Nova Centralidade do Kilamba (Sagrada Esperança) Nº 2001

Geografia
Os Problemas de Saúde e a Prestação de Serviços de Saúde

Integrantes:
Cláudio Papusseco | Emanuel Simão |Hugo Manovala| José Simão |
Pedro Constantino | Rosa Kalombo

Nºs: 6; 14; 18; 21; 30; 31


9º Classe
Turma – 9K4

Sala – 27

Docente: ___________________
Índice

Introdução...................................................................................................................................3
Os Problemas de Saúde em África..............................................................................................4
Saúde e desenvolvimento na África Subsariana.....................................................................4
A Prestação de Serviços de Saúde em Angola............................................................................5
Sector Público..........................................................................................................................5
Sector da Medicina Tradicional...............................................................................................6
Estado de Saúde da População................................................................................................6
Conclusão.....................................................................................................................................7
Referências:.................................................................................................................................8
Introdução

Entre os desafios que os africanos têm de enfrentar cotidianeamente, a busca


por tratamento médico adequado ainda é um problema central.
Os Problemas de Saúde em África

Alguns dos principais problemas da África na área da saúde estão piorando, de


acordo com um estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em
2006.
Um número cada vez maior de mulheres está morrendo durante o parto, dos 20
países com o maior índice de mortalidade materna no parto, 19 são africanos.
O continente também tem o maior índice de mortalidade de recém-nascidos do
mundo, e doenças crônicas como a diabete, doenças cardíacas e hipertensão
afetam hoje mais pessoas do que antes no continente. De acordo com
números citados pela OMS, apenas 58% dos habitantes da África subsariana
têm acesso à água potável.

Saúde e desenvolvimento na África Subsariana


A região Subsariana do continente africano é onde se concentra a maior carga
de doença do mundo e é a única região do planeta que se espera que o
número de pessoas pobres irá aumentar nas próximas décadas.
A África Subsaariana tem enfrentado dificuldades para se desenvolver,
representando uma região do mundo com sérios problemas de saúde pública:
Maior número de casos de HIV: A SIDA afeta principalmente aqueles que são
sexualmente ativos e é muito mais presente na população negra. A maioria das
mortes são de pessoas economicamente ativas, resultando em muitas famílias
perdendo sua principal fonte de renda. Isso tem resultado em muitos órfãos
pela AIDS que em muitos casos dependem do estado para suporte financeiro e
médico. É estimado que há 1,2 milhões de órfãos na África do Sul. Muitas
pessoas mais velhas também perdem o apoio dos membros mais jovens da
família.
Tuberculose: três países, África do Sul, Zimbábue e Moçambique, ocupam as
três primeiras posições, respectivamente, da classificação dos 22 países que
mais contribuem com a tuberculose no globo (WHO, 2015).
Malária: está presente em mais de 100 países e ameaça 40% da população
mundial. A cada ano, 500 milhões de pessoas são infectadas, a maioria delas
na África subsariana (estima-se que 90% dos casos mundiais e 90% de toda a
mortalidade por malária ocorram na África subsariana). As vítimas são
principalmente crianças de áreas rurais. A malária é a primeira causa de morte
de crianças menores de 5 anos na África, e mata uma criança a cada 30
segundos no mundo.
Para além disso, a região continua a apresentar elevados índices de
mortalidade infantil e materna e de doenças infecciosas, que demonstram e
contribuem para o baixo índice de desenvolvimento humano. Ainda, mais de
50% de seus habitantes sofrem de doenças evitáveis provenientes da má
qualidade da água, como a cólera e diarreia infantil.
Embora a pobreza tenha sido reduzida de 1990 a 2015 na região subsaariana,
aproximadamente 41% de sua população ainda vive em extrema pobreza, ou
seja, com renda abaixo de 1,25 dólares por dia (UN, 2015), revelando um grave
problema de desigualdade social.

A Prestação de Serviços de Saúde em Angola

O quadro epidemiológico angolano é dominado pelas doenças transmissíveis,


tais como, a malária, doenças diarreicas, doenças respiratórias, tuberculose,
tripanossomiase (doença do sono), doenças imunopreveniveis, tais como, o
sarampo e tétano entre outras. A malária continua a ser a principal causa de
morte em Angola. A prevalência de HIV é inferior a 5%.
Ao abrigo da Lei de Bases do Sistema Nacional de Saúde (SNS), é da
responsabilidade do Estado angolano a promoção e garantia do acesso de
todos os cidadãos aos cuidados de saúde nos limites dos recursos humanos e
financeiros disponíveis. No entanto, a promoção e a defesa da saúde pública
são efectuadas através da actividade do Estado e de outros agentes públicos
ou privados, podendo as organizações da sociedade civil serem associadas
àquela actividade. Assim, os cuidados de saúde são prestados por serviços e
estabelecimentos do Estado ou sob fiscalização deste, por outros agentes
públicos ou entidades privadas, sem ou com fins lucrativos. Sendo que, a
protecção à saúde constitui um direito dos indivíduos e da comunidade, que se
efectiva pela responsabilidade conjunta dos cidadãos, da sociedade e do
Estado, em liberdade de procura e de prestação de cuidados de saúde.

Sector Público
O sector público inclui o Serviço Nacional de Saúde (SNS), os serviços de
saúde das Forças Armadas Angolanas (FAA) e do Ministério do Interior, bem
como de empresas públicas, tais como a SONANGOL, ENDIAMA e, etc. O
sector público permanece como o principal prestador dos cuidados de saúde
ao nível nacional. O SNS e os outros serviços do sector público, partilham as
mesmas dificuldades resultando na prestação de cuidados da saúde sem a
qualidade desejada na maioria dos casos. A comparticipação nos custos de
saúde, nos moldes actuais de implementação, no sector público, foi
reconhecida como um obstáculo ao acesso aos cuidados de saúde e à
equidade.
Sector da Medicina Tradicional
A medicina tradicional encontra-se num estado de organização ainda
incipiente. Embora sem número conhecido de pacientes, que recorrem a este
sector, há evidências que revelam que muitos utentes recorrem à medicina
tradicional.
Os medicamentos tradicionais encontravam-se à venda nos mercados
informais e nas ervanárias, sem qualquer controlo de qualidade e em
inadequadas condições de conservação. Não existe nenhuma regulamentação
sobre os medicamentos tradicionais, bem como os homeopáticos que são
importados. Há falta de uma Farmacopeia Nacional para os medicamentos
tradicionais. Os produtos fornecidos pelos ervanários e pelos terapeutas
tradicionais resultam muitas das vezes de conhecimentos que se transmitem
através de gerações e que se mantêm como segredo familiar, o que constitui
um entrave para a investigação e o desenvolvimento dessa área.

Estado de Saúde da População


O estado de saúde da população angolana é caracterizado pela baixa
esperança de vida ao nascer, altas taxas de mortalidade materna e infantil, um
pesado fardo de doenças transmissíveis e crescentes doenças crónicas e
degenerativas bem como de mortalidade prematura evitáveis.
A malária é endémica em todo o território angolano e constitui a primeira causa
de morbi-mortalidade. Em 2005, a malária representou 64% de todos os casos
registados e 65% do total de óbitos reportados. A taxa de letalidade varia entre
15 a 30%. As crianças menores de cinco anos de idade e as mulheres grávidas
representam os grupos populacionais mais vulneráveis. A malária representa
cerca de 35% da procura de cuidados de saúde, 20% dos internamentos
hospitalares, 40% de mortes peri – natais e 25% de mortalidade materna.
Conclusão

O reconhecimento de que a melhoria da saúde da população depende do


avanço das condições socioeconômicas é cada vez mais visível nos últimos
anos, incentivando mudanças nas políticas nacionais e internacionais.

Referências:
Saúde e desenvolvimento na África Subsaariana:
https://www.scielo.br/j/physis/a/cnKsWngv4bfZVW6LW3YdnNJ/?format=pdf&lang=pt
Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_na_
%C3%81frica_do_Sul
O Globo: 20-11-2006
https://oglobo.globo.com/saude/saude-na-africa-esta-ficando-pior-diz-estudo-da-oms-
4546939
SISTEMA DE SAÚDE EM ANGOLA:
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/50407/2/Sistema Nacional de Sade
Angolano e Contributos Luz da Reforma do SNS Portugus.pdf

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