137 Crescimento e Desenvolvimento Humano Unopar
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137 Crescimento e Desenvolvimento Humano Unopar
Desenvolvimento
Humano
Crescimento e
Desenvolvimento
Humano
Alexandre Schubert
© 2015 por Editora e Distribuidora Educacional S.A
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ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico,
incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e
transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e
Distribuidora Educacional S.A.
ISBN 978-85-8482-114-3
CDD 575
Sumário
É um prazer poder dividir com vocês o conteúdo desse livro que faz parte do
material da disciplina de Crescimento e Desenvolvimento Humano.
Também vamos poder ler a respeito da história do esporte e como essa atividade
foi incorporada nas aulas de Educação Física. Conheceremos como os procedimentos
metodológicos do esporte podem auxiliar o professor na intervenção pedagógica dentro
da escola. Entenderemos em nossa leitura que esporte é um fenômeno multicultural
que faz parte de quase todas as sociedades, com diferentes objetivos. Por isso, torna-
se fundamental entender suas dimensões e sua relevância no processo de formação,
para que o professor possa usar o esporte com princípios pedagógicos, coerentes e
compatíveis com a faixa etária e com o nível de desenvolvimento dos alunos.
Você irá perceber, em sua leitura, que é necessário propor a busca pelo conhecimento
contínuo e a reflexão acerca dos diversos pontos de vista que a Educação Física identificou
ao longo de sua história, buscando facilitar e analisar qual é o objeto de estudo para cada
proposta estudada, e, consequentemente, entender melhor o conceito estrutural de
Educação Física como disciplina escolar na formação do ser integral.
VISÃO GERAL
Alexandre Schubert
E, por último, irá identificar conceitos que se integram para que possamos
melhor compreender os processos de crescimento e desenvolvimento
humano.
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Introdução à unidade
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Seção 1
Convido você a conhecer alguns nomes que foram precursores nos estudos
sobre desenvolvimento humano.
É essencial que você entenda qual a origem de todas as pesquisas acerca dos
aspectos relacionados ao processo de crescimento e desenvolvimento humano.
Compreender de onde vieram as ideias, as dúvidas e as divergências.
Havia pouco interesse nesta área de estudo até por volta da década de 70,
quando finalmente os estudos tomaram corpo.
Entretanto, foi ainda muito cedo que o alemão Dietrich Tiedemann, em 1781,
iniciou, assim por dizer, a observação sobre o desenvolvimento humano. Tiedemann
observou o comportamento do seu filho recém-nascido até por volta dos dois
anos e posteriormente publicou suas observações como monografia em 1871. O
pesquisador fez descrições sobre as mudanças comportamentais e questionou se
os primeiros movimentos do seu bebê eram voluntários baseando-se na evolução
da transição dos movimentos reflexivos para os movimentos voluntários do gesto de
preensão manual. O pesquisador relatou ainda que os bebês pareciam demonstrar
prazer quando sentiam os movimentos corporais (CONNOLLY, 2000).
Connolly (2000) relata ainda que, semelhante a Tiedemann, Darwin, assim que
teve seu primeiro filho, passou a fazer anotações sobre o comportamento do seu
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Após este período, no final dos séculos XXVII e XIX, houve um declínio no
interesse nessa área de estudos, voltando a sua retomada no final da década de
20. Nas décadas de 30 e 40, Gessel e McGraw eram os grandes nomes nesta área
de estudo, sendo que neste período os autores ainda tratavam a maturação como
sinônimo de crescimento (ARAÚJO, 2009).
A partir daí, o que se passou a perceber foi que alguns estudiosos, com o intuito
de identificar como ocorrem os processos de desenvolvimento humano, passaram
a estabelecer que em determinados períodos da vida podem ser esperados
alguns tipos de comportamento padrão entre os seres humanos. É claro que
também foi verificado, nesses estudos, que cada ser humano pode apresentar
determinados comportamentos em ritmos diferentes, uns mais rápidos, outros
mais devagar. Entretanto, a maioria desses comportamentos segue uma sequência
predeterminada. Isso foi confirmado a partir do momento em que testes motores
passaram a ser usados para identificar as diferentes fases pelas quais todos passam
nesse processo evolutivo.
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infantis. Shirley’s pintava os pés das crianças e solicitava que elas caminhassem
sobre papéis para que ela pudesse analisar os padrões de caminhada (ARAÚJO,
2009). Esses autores foram os primeiros a designar “fases” ou “estágios” para o
desenvolvimento infantil e determinar que qualquer alteração de comportamento
que não fosse compatível com esses períodos poderia indicar uma possível
anormalidade ou, até mesmo, um sinal de possíveis patologias.
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Seção 2
Teorias do desenvolvimento humano
Após verificarmos quem foram os precursores dos estudos em desenvolvimento
humano, aprenderemos sobre as principais teorias que tentam esclarecer como
acontece esse processo.
Veremos então a seguir, de forma bastante resumida, quais são algumas das
principais teorias relacionadas ao desenvolvimento humano e seus criadores.
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É claro que as teorias têm explicações muito mais complexas do que as descritas
aqui nessa seção. Entretanto, como falar sobre essas teorias não é o foco principal
desse livro, e sim somente apresentá-las a vocês, leitores, deixamos aqui apenas
uma sucinta descrição de alguns aspectos que as envolvem.
Para saber mais sobre a teoria ecológica, acesse o link: Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v4n1/v4n1a06.pdf>.
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Seção 3
Conceitos básicos
Você já pensou que sem o conhecimento teórico não temos como sustentar
nosso planejamento e nem as atividades que pretendemos desenvolver em nossas
aulas?
Fique atento aos conceitos apresentados nessa seção para que cada vez mais
possamos ter entendimento e não nos confundirmos a respeito da terminologia
usada nos processos de ensino e aprendizagem.
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Nesse sentido, vamos então nos colocar a par das definições que envolvem os
estudos em crescimento e desenvolvimento humano.
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Para Malina, Bouchard e Bar-Or (2004), maturação pode ser considerada como
um processo evolutivo que leva o corpo a atingir a forma e a obter as funções de
um indivíduo adulto.
Para Tourinho Filho e Tourinho (1998), a idade cronológica pode ser considerada
como a diferença que existe entre um determinado dia escolhido e o dia em que
o indivíduo nasceu.
Podemos observar que a idade cronológica, pela definição dos autores, se refere
à nossa idade em anos, e é claro que, quando tratamos com recém-nascidos, se
refere à quantidade de horas, dias ou meses desse indivíduo.
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Mais adiante, nos capítulos seguintes, quando falarmos sobre idade biológica,
apresentaremos outras formas de classificação dos indivíduos que talvez fossem
mais adequadas.
Podemos dizer que este termo está muito mais vinculado ao desenvolvimento,
como o próprio nome já diz, do que ao termo crescimento. Vamos ver a seguir
algumas definições.
O controle motor pode ser definido como sendo o controle do sistema nervoso
e da musculatura para que os movimentos sejam harmoniosos, feitos de forma
coordenada e com certa habilidade (HAYWOOD; GETCHELL, 2004).
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no movimento humano.
Fonseca (2008) diz que a aprendizagem é uma mudança que ocorre de forma
permanente no comportamento humano e é geralmente provocada pela vivência
(experiência), e tem como finalidade adquirir algum tipo de habilidade ou competência.
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escrita, que são habilidades que necessitam de ensino para serem aprendidas.
Para Tani, Kokubun e Manoel (1998), habilidade motora pode ser considerada a
capacidade de realizar movimentos de forma eficiente.
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ouvido que muitos profissionais relatam que alguns indivíduos têm um “dom” para
determinadas tarefas motoras. Entretanto, é importante ressaltar que não existe
“dom”, e sim o que podemos chamar de “inteligência motora”.
A ciência não deve tratar a condição motora de um indivíduo que está acima
da média de execução com uma explicação “divina”, e sim, responder baseado
em estudos, e a explicação científica responde esse fato. Diante disso, o ideal é
considerar que determinadas pessoas têm uma condição motora acima da média
simplesmente pelo fato de que essa é a inteligência que mais se destaca para ela,
em detrimento aos outros tipos de inteligência existentes.
Por último, outro conceito muito importante que devemos entender que está
associado ao desenvolvimento motor é o conceito de capacidades motoras.
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Diante disso, temos que aceitar que as capacidades motoras estão presentes em
todos nós. Todas as pessoas são providas de capacidades motoras, o que muda é
o nível de qualidade dessas capacidades motoras. Por exemplo, se compararmos a
coordenação motora geral de uma criança de quatro anos, de uma pessoa adulta
e de um jogador de basquete, veremos uma grande diferença, entretanto, temos
que aceitar que todos têm coordenação motora, mas o que difere um sujeito do
outro em relação a isso é a qualidade dessa capacidade.
a. Construtivista.
b. Sociointeracionista.
c. Biológica.
d. Psicossocial.
e. Aprendizagem.
a. Maturação.
b. Crescimento.
c. Desenvolvimento.
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d. Idade cronológica.
e. Idade biológica.
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a. V, V, F, F, F.
b. V, F, V, F, V.
c. F, V, F, V, F.
d. F, F, F, V, V.
e. V, V, V, F, F.
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a. Aprendizagem motora.
b. Maturação.
c. Desenvolvimento motor.
d. Controle motor.
e. Habilidade.
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Referências
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Unidade 2
DESENVOLVIMENTO HUMANO
E DESENVOLVIMENTO MOTOR
DO RECÉM-NASCIDO
Alexandre Schubert
Introdução à unidade
Olá, nessa unidade vamos relembrar de conteúdos já vistos nas aulas de ciências
ou de biologia que tivemos na escola nos anos do Ensino Fundamental e Médio.
As unidades aqui vistas irão demonstrar que as influências ambientais são muito
importantes nesse processo, e que a cada dia mais, alguns comportamentos de
risco da gestante podem determinar problemas que vão desde a constituição física,
passando pela parte motora e também pela parte cognitiva. Iremos constatar, após
essa unidade, que muitos são os fatores que determinam o aprendizado e a formação
dos indivíduos. Por isso, a missão de conhecer como ocorre o crescimento e o
desenvolvimento humano é tão importante, pois as ações de identificar atrasos
e elaborar estratégias de ensino voltadas à recuperação dos marcos referenciais
motores são essenciais no planejamento das aulas de Educação Física.
Seção 1
Desenvolvimento humano – Desenvolvimento
pré-natal
Vamos começar a entender como o processo de crescimento e de
desenvolvimento acontece. Nessa seção vamos compreender de que maneira o
desenvolvimento humano se inicia e quais são os fatores de risco que podem de
alguma forma afetar esses processos positiva e negativamente.
Esse crescimento dos órgãos e tecidos ocorre por meio de três processos:
hiperplasia, hipertrofia e acreção.
O crescimento dos órgãos tecidos ocorre por meio de três diferentes processos:
pela multiplicação celular (hiperplasia), pelo aumento do tamanho da célula
(hipertrofia) e a acreção (aumento das substâncias intracelulares orgânicas, como
proteínas, carboidratos, lipídios e vitaminas) e inorgânicas (água e sais minerais).
Esses fatores são influenciados por diversas ações que acontecem no processo
de formação do indivíduo e que são influenciadas por uma condição multifatorial.
• Fatores genéticos;
• Causas extrínsecas.
De acordo com Dicke (1989), teratógeno pode ser definido como alguma
substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência na vida do embrião
ou do feto embrionário ou fetal que pode causar algum tipo de alteração na
estrutura em formação.
De acordo com Sizer e Whitney (2003), em relação à placenta, caso ela exerça
sua função de maneira adequada, o bebê apresentará um crescimento adequado
em todos os períodos de crescimento e desenvolvimento; entretanto, caso isso não
aconteça, será inviável crer que o bebê se desenvolverá dentro dos padrões esperados.
É importante saber que o grau da placenta não irá acelerar o parto, mas as
condições em que ela se encontra é que vão determinar o nascimento. Caso ela
esteja em grau avançado, porém bem, nada irá afetar o bebê. Contudo, caso ela
comece a se calcificar, ficando mais dura, existe na maioria dos casos a necessidade
de agendamento do parto, pois nessas condições ela passa a limitar o transporte
de oxigênio e de nutrientes ao bebê, elevando o risco de morte.
• Idade cronológica: a idade da mãe, que pode não ser uma variável de grande
influência quando se controlam as demais variáveis de influência.
Podemos observar que dos nove itens destacados, três se referem à alimentação.
Diante disso, podemos perceber a importância da alimentação da mãe nesse
período (MELO et al., 2007). A alimentação adequada deve ser equilibrada e
contendo todos os nutrientes necessários para que o bebê possa se desenvolver.
Estados de desnutrição materna podem prejudicar o bebê, por isso torna-se
importante compreendermos a diferença entre “desnutrição” e “subnutrição”.
Quando nos referimos à desnutrição, devemos saber que uma pessoa que se
encontra nesse estado é uma pessoa que, apesar de ter disponibilidade de alimentos,
não ingere a quantidade de nutrientes adequada. No caso da desnutrição, é muito
comum que ela aconteça em razão da adesão de algumas pessoas a algum tipo
de dieta muito radical e com pouca diversificação de alimentos.
Em relação à subnutrição, o que se pode dizer é que uma pessoa nesse estado
come uma menor quantidade de comida do que precisaria, não consumindo a
quantidade de calorias necessárias diária. Na maioria dos casos a subnutrição é
resultado da pobreza e falta de recursos para aquisição de alimentos de qualidade
e adequados. Observa-se essa situação, na maioria das vezes, em pessoas de baixa
Alguns estudos têm mostrado que a suplementação com ácido fólico (vitamina
Sendo assim, vamos ver, no quadro a seguir, alguns desses teratógenos e suas
possíveis causas.
Gráfico 2.1 | Prevalência de tabagismo nas mulheres por idade no Brasil (1989 e 2003)
Cada droga, em razão dos possíveis efeitos colaterais gerados por ela, pode
fazer com que aumente o potencial de geração de células com defeito. Contudo,
esse potencial gerador é muito individual, pois não existe uma regra geral, podendo
diferir o percentual de risco de indivíduo para indivíduo.
De acordo com Gallahue e Ozmun (2003), a droga pode afetar o bebê de formas
diferentes. Pode alterar a divisão celular assim como a sua diferenciação, pode alterar
a disponibilidade de oxigênio para o bebê em razão da alteração da placenta e pode
exercer sobrecarga no fígado (responsável pelos resíduos do sangue – bilirrubina),
dificultando a excreção desse componente, pode gerar a Icterícia.
Drogas ilícitas: Portela et al. (2013) relatam que houve um grande aumento no
consumo de drogas (maconha, anfetamina, crack e cocaína) nos últimos anos.
Os autores afirmam que esse aumento ocorreu em razão das facilidades nos dias
atuais da aquisição de qualquer tipo de droga pela sociedade.
Como temos visto, é consenso que o uso de qualquer tipo de droga, seja ela
lícita ou ilícita, pode trazer algum tipo de risco ao bebê em desenvolvimento.
Também é importante lembrar que quando alguma área de desenvolvimento
do bebê é afetada, o reflexo disso pode vir tardiamente, no ambiente escolar,
dificultando tarefas motoras simples de realizar, ou dificultando o desenvolvimento
do raciocínio lógico, impossibilitando que cognitivamente a criança possa se
desenvolver de forma compatível com o padrão esperado em cada fase da vida, ou
ainda, repercutir no desenvolvimento das capacidades e das habilidades motoras.
Gallahue e Ozmun (2003) apresentam em seu livro uma série de estudos feitos
em períodos distintos de gestação, com diferentes tipos de populações, que
mostram que existem cada vez mais crianças nascidas que foram expostas a algum
tipo de droga. Esses autores apresentam dados que mostram que a maconha,
por exemplo, quando atravessa a placenta e alcança o bebê, afeta a produção de
testosterona, inibe a síntese de DNA, aumentando o potencial de mutação.
Moore et al. (1986) afirmam que o consumo de cocaína pela gestante afeta
diretamente a irrigação sanguínea do bebê, causando uma vasoconstrição, o
que impede o bebê de receber oxigênio adequado, podendo causar insuficiência
Diante disso, políticas públicas efetivas que possam auxiliar mulheres grávidas
que são usuárias de alguns tipos de drogas seriam adequadas para evitarmos
crianças nascendo com problemas.
O citomegalovírus, por exemplo, aparece como uma das causas mais comuns
de infecção, por volta de 1% de todos os recém-nascidos, mas esses dados podem
variar de região para região e de país para país (OLIVEIRA et al., 2011).
como as demais causas de infecção, merece sempre uma atenção e cuidados por
parte da mãe. A criança nascida de mãe que teve rubéola nos primeiros meses de
gestação pode apresentar grande possibilidade de desenvolver surdez, cegueira
ou algum tipo de retardo mental, além de problemas sensoriais e cognitivos.
Poluentes químicos: Alguns estudos têm feito uma associação entre poluentes
químicos ambientais e defeitos congênitos em crianças (GALLAHUE; OZMUN, 2003;
JUNGER; LEON, 2007). Os mesmos autores (JUNGER; LEON, 2007) afirmam que
essas evidências foram confirmadas pela análise do sangue do cordão umbilical de
bebês, filhos de mães que moravam em regiões industrializadas e que não faziam
uso de tabaco.
• Olhos, botões dos ouvidos, dedos das mãos e dos pés são formados por volta
da oitava semana.
• A vernix caseosa (secreção gordurosa que protege a pele) forma-se por meio
das células epiteliais.
Os mesmos autores supracitados afirmam ainda que o bebê que nasce prematuro
no sexto mês tem pouca perspectiva de vida, pois nesse período ele não tem muito
controle da sua respiração e também o controle da temperatura corporal.
Nessa fase não se observa quase nenhuma nova característica, são perceptíveis
apenas as transformações nas estruturas já existentes.
Tabela 2.1 | Percentual de acerto do risco real de efeito teratogênico entre os grupos analisados
É importante lembrar que nem toda doença ou problema que acontece com a
criança tem origem externa.
Seção 2
Desenvolvimento Humano – Desenvolvimento
Pós-Natal
A partir dessa seção poderemos verificar como acontece o desenvolvimento
humano após o nascimento.
Perceba que quase todo o desenvolvimento humano nessa fase está voltado
para a parte motora. Vamos ver, nessa seção, os diferentes tipos de comportamento
nas diferentes fases da infância.
• Frequência cardíaca;
• Respiração;
• Tônus muscular;
• Movimentos reflexos;
• Tonalidade da pele.
Cada um desses itens recebe uma nota de 0 a 2 pontos. Um bebê que recebe
nota máxima alcançará 10 pontos. Após cinco minutos, o teste é repetido e o
bebê que atingir sete pontos é considerado dentro do esperado; quatro pontos ou
menos indicam que sua adaptação deverá ser observada e que este bebê necessita
de um cuidadoso acompanhamento (SANTOS; PASQUINI, 2009).
SINAL 0 1 2
Frequência Cardíaca Ausente Lenta (Abaixo de 100 BPM) Maior que 100 BPM
O período neonatal, que vai do nascimento até o fim do primeiro mês, apresenta
algumas características próprias. Nesse período, o bebê tem um corpo ainda
desproporcional. A cabeça representa um quarto do tamanho total do corpo
(GALLAHUE; OZMUN, 2003). Os mesmos autores relatam que os olhos têm somente
metade do tamanho final. O peso tem se mostrado variável, mas sempre associado
à condição socioeconômica da mãe. É muito comum também que o bebê perca
aproximadamente 10% do seu peso corporal após o nascimento e aos poucos irá
recuperando essa perda. Esse é um fenômeno muito comum de adaptação.
No início desse (primeiro mês) período o bebê pode dormir até por volta de 17
horas ao todo durante o dia. O sono é o segundo evento mais importante nessa
fase e só perde para a alimentação. Também nessa fase, o bebê só consegue
receber e assimilar estímulos de um sentido de cada vez.
Na idade de dois anos, os meninos atingem por volta de 50% da sua estatura
final e as meninas por volta de 53%. Aos seis meses de idade, o tórax já é maior que
a cabeça em crianças normais, porém, nas crianças com má nutrição a cabeça
ainda prevalece sendo maior que o tórax (GALLAHUE; OZMUN, 2003).
A segunda fase é conhecida como Infância ou segunda infância e vai dos dois
aos dez anos. Alguns autores, como Gallahue e Ozmun (2003), subdividem essa
fase em três períodos:
• Por volta dos 4 anos a criança já duplicou seu crescimento desde o nascimento.
• O cérebro atinge cerca de 75% do seu peso adulto por volta dos três anos e
quase 90% por volta dos seis anos.
• O paladar se torna mais apurado, pelo fato de as crianças nesse período (pré-
escolar) apresentarem maior número de papilas gustativas.
Seção 3
Desenvolvimento motor
Desde o quarto mês de vida fetal até por volta do quarto ou quinto mês da
primeira infância os movimentos dos bebês são reflexivos. Estes estímulos e suas
respectivas reações servem como base para a formação do estágio de reunião
de informações e para o estágio de codificação de informações. Neste estágio,
os movimentos reflexivos servem como referência e são armazenados no córtex
ainda em desenvolvimento.
Vamos ver abaixo quais são e como são os diferentes tipos de movimentos
reflexivos.
Reflexo de levantamento
Reflexo de engatinhar
a) Maturação do SNC;
Alguns bebês, por questões de privação, ou seja, por não serem estimulados
a sozinhos realizarem tarefas motoras, como se arrastar, engatinhar, ficar em pé
ou gestos manipulativos, muitas vezes apresentam atrasos motores. Isso se dá em
razão dos pais terem receio de a criança se machucar. Entretanto, o ideal seria
criar um local seguro para que, junto ao cuidador, o bebê seja estimulado a realizar
tarefas básicas de gestos comuns do dia a dia, para que ele possa desenvolver suas
capacidades motoras.
Com esses aspectos sendo constantemente estimulados, fica mais fácil crer
que uma criança possa melhorar sua condição motora, obtendo, com o passar do
tempo, controle motor compatível com o seu desenvolvimento.
a. Mutação.
b. Diferenciação.
c. Alteração.
d. Comutação.
e. Compactação.
a. Mineração e Acreção.
b. Hiperplasia e Mineração.
c. Hipertrofia e Acreção.
d. Hipotrofia e Acreção.
e. Hiperplasia e Hipertrofia.
a. Teratógenos.
b. Anômalos.
c. Compostos.
d. Citocromos.
e. Diferenciadores.
a. Frequência cardíaca.
b. Respiração.
c. Coloração ocular.
d. Irritabilidade reflexa.
e. Coloração da pele.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS
DO MOVIMENTO,
DESENVOLVIMENTO
DOS MOVIMENTOS
FUNDAMENTAIS E ASPECTOS
QUE INFLUENCIAM O
DESENVOLVIMENTO HUMANO
Alexandre Schubert
86 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Introdução à unidade
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 87
U3
88 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Seção 1
Aqui nessa seção vamos tratar de habilidades motoras como gesto motor, e na
seção seguinte, quando formos falar das fases do desenvolvimento motor, aí sim,
iremos nos referir a esse termo como qualidade de movimento.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 89
U3
ESTABILIZAÇÃO
LOCOMOÇÃO
MANIPULAÇÃO
Esses princípios básicos são usados de alguma maneira nos movimentos que
realizamos todos os dias e podem servir para três finalidades: utilização permanente
na vida diária AVDs, para recreação e para competição. Todo e qualquer movimento
produzido por nós é direcionado para alguma finalidade específica. O atleta precisa
dos movimentos, pois esse é o trabalho dele; nós, quando fazemos alguma tarefa,
seja ela qual for, também usamos o movimento.
Diante disso, temos que aceitar que, quando estamos trabalhando conteúdos
práticos nas aulas de Educação Física, sejam conteúdos relacionados à dança,
às lutas, às atividades gímnicas, ao esporte ou alguma atividade recreativa, esses
conteúdos têm que ser direcionados não para o rendimento, mas sim para que o
aluno possa trabalhar suas capacidades cognitivas, afetivas, motoras e sociais, por
meio dos movimentos formados pelos elementos básicos.
90 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
1.1 Estabilização
A estabilização envolve a disposição de manter em equilíbrio a relação corpo/
força da gravidade.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 91
U3
92 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
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Ao nascer, o bebê não consegue sustentar a cabeça, porque ela ainda é muito
pesada e desproporcional e os músculos do pescoço não têm força suficiente
para poder sustentar esse peso, por isso a cabeça deve estar sempre apoiada.
Controle do tronco:
Por volta do nono ou décimo mês é capaz de ficar em pé apoiado aos móveis,
e entre o décimo e o décimo segundo mês é capaz de ficar em pé.
1.2. Manipulação:
As atividades manipulativas são movimentos corporais gerais em que a força é
exercida e recebida dos objetos (GALLAHUE; DONNELLY, 2008). Para os mesmos
autores, as atividades manipulativas não se desenvolvem automaticamente, pois
dependem de motivação e prática.
Ex.: Arremessar uma bola, bater com um taco, chutar e rolar um objeto.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 93
U3
tipo de objeto para longe do corpo, seja usando apenas as mãos ou outro objeto,
como é o caso de um taco, mas todos empurrando o objeto mantendo-o distante
do corpo.
Ex.: Apanhar uma bola, desviá-la com um chute ou cabeceio, rebater e quicar.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Chamamos de via aferente a que envia informações para o cérebro e via efe-
rente a que leva a informação para a periferia do corpo, no caso dos movimentos
para os músculos e aos tendões.
Alcançar
Segurar
94 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Soltar
Para que a manipulação eficiente e madura ocorra, existe uma sequência lógica
que acontece de forma próximo distal.
No quinto mês ele já pode alcançar e fazer contato com os objetos, mas
ainda de forma bastante grosseira, pois a sua condição perceptivo-moto-
ra ainda é bastante ineficiente, principalmente por falta de prática.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 95
U3
Outro estudo apresentado por Eckert (1987) no livro de Gallhue e Ozmun (2003)
resumiu os atos de desenvolvimento da preensão mostrando como é a sequência
que precede o gesto como um todo, que vai desde o momento de visualização
do objeto até o ato de alcançá-lo. Também mostra as etapas de refinamento do
movimento, quando o indivíduo atinge a fase madura do movimento. Essas etapas
acontecem da seguinte forma:
6º) A última fase é a dominância lateral definida. Nessa etapa, a criança define
qual o lado do corpo (mão) será usado nas tarefas manuais.
96 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
1.3 Locomoção
É o aspecto relacionado ao ato de movimentar-se efetiva e eficientemente pelo
ambiente (GALLAHUE; OZMUN, 2003).
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 97
U3
Shirley (1931) apud Gallahue e Ozmun (2003) mostra que existe um tempo mé-
dio para que alguns eventos relacionados à locomoção aconteçam. A proposta da
autora é que existem quatro estágios para o aprendizado de caminhar sem auxílio.
Vejamos a seguir:
98 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 99
U3
100 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Seção 2
Desenvolvimento dos movimentos fundamentais
– fases do desenvolvimento motor
Aqui vamos aprender que os movimentos podem ser divididos em fases e que
cada fase é determinada pela idade cronológica. Vamos verificar também que
existe uma forte relação de dependência entre as diferentes fases, fazendo com
que cada etapa seja base de sustentação para a fase seguinte. Isso nos mostra o
quanto uma etapa mal desenvolvida irá trazer dificuldades de desenvolvimento da
fase posterior, influenciando inclusive aspectos emocionais, como a autoestima e
a percepção de competência.
Muitos autores criaram teorias que indicam em que momento da vida de cada
indivíduo eles se encontram em cada fase. Gallahue e Ozmun (2003) indicam que
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 101
U3
existem quatro fases de desenvolvimento, que vão desde o ventre materno, até
por volta dos 14 anos. Após 14 anos, os autores indicam que os movimentos já
deveriam estar no estágio maduro.
Vejamos então, a seguir, quais são essas fases e quais são as características de
cada uma delas.
102 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 103
U3
Nesse estágio existe uma condição em que a criança parece entender melhor a
dinâmica de controle de movimento, porém, o envio de informações via aferente
e eferente ainda não é completamente eficiente, em razão da falta de assimilação
da informação e de outros fatores biofisiológicos. Diante disso, há certa dificuldade
em administrar a informação recebida e a capacidade de envio de informações
adequadas para a musculatura.
104 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Nessa etapa, que acontece aproximadamente aos dois anos de idade, a criança
já se mostra com certo grau de domínio dos elementos básicos do movimento
(manipulação, estabilidade e locomoção).
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 105
U3
É interessante ressaltar que a maioria das pessoas adultas não evolui muito além
desse estágio de desenvolvimento motor em movimentos mais complexos. Muitas
pessoas, por falta de prática, permanecem nesse estágio.
106 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Metzler (1990) apud Yldirim (2003) afirma que nas aulas de Educação Física
as crianças permaneciam ativas somente entre 25% a 40% do tempo. Em outro
estudo recente realizado por Kanan e Gzhagzhah (2007), os autores encontraram
o tempo médio ativo nas aulas de Educação Física de 9,5%.
Sendo assim, talvez a Educação Física, da maneira como está sendo trabalhada,
precisa ser revista, mas essa discussão fica para outro momento.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 107
U3
O que vemos nesse período é que, por volta de sete ou oito anos de idade, a
educação física escolar passa a influenciar os tipos de movimentos que serão mais
usados no dia a dia. Temos observado que, geralmente, as atividades esportivas
com bola têm prevalecido no planejamento das atividades escolares dentro das
aulas de Educação Física, o que prejudica muito a formação de um repertório
motor amplo, capaz de futuramente atender às necessidades dos indivíduos que
contemplem o desenvolvimento motor na aplicação da vida diária.
108 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
tarefa de fazer escolhas e de tomar decisões acerca das atividades. Ela já não quer
mais a prática pelo lazer e sua escolha está vinculada à possibilidade de sucesso
e satisfação (GALLAHUE; OZMUN, 2003). Sendo assim, essas escolhas passam,
na maioria das vezes, a limitar o repertório motor, pela falta de variabilidade de
oportunidades de vivenciar movimentos em atividades distintas.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 109
U3
110 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Seção 3
Aspectos que influenciam o desenvolvimento motor
Como já foi dito anteriormente, existem muitos outros fatores que podem
determinar o sucesso ou o fracasso em determinada tarefa motora.
Veremos nessa seção quais são esses aspectos e de que forma eles exercem
essa influência na aquisição dos movimentos.
Como foi dito na Unidade 1, existe uma forte relação entre o desenvolvimento
motor e alguns outros aspectos. Vamos relembrar alguns conceitos já vistos e
entender essa relação.
APRENDIZAGEM MOTORA
CONTROLE MOTOR
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 111
U3
MATURAÇÃO
Sendo assim, vamos conhecer quais são e de que forma diferentes aspectos
podem influenciar o desenvolvimento motor.
É muito importante considerar a relação entre esses três fatores, pois sem essa
relação o desenvolvimento pode não atingir os padrões esperados de desenvolvimento.
Vamos compreender como esses aspectos influenciam o desenvolvimento motor.
112 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
3.1 Individual:
Fatores hereditários: a influência da genética
Todos nós sabemos que existe, por meio dos genes, a transferência de uma série
de características, principalmente as físicas, que são passadas de geração a geração.
Características anatômicas como a altura, a envergadura ou o comprimento das
pernas podem influenciar de alguma forma na opção por determinada tarefa
motora, pois quando essas características se mostram presentes, logo se faz uma
associação entre tais características com algum tipo de modalidade esportiva.
A Liga Americana de Basquete (NBA) detém atletas de altíssimo nível, que não
só dispõem de grande habilidade, mas também de estatura, o que é fundamental
para um bom desempenho nessa modalidade.
Porém, temos que entender que algumas características físicas, mesmo sendo
de grande importância para determinadas tarefas, não podem impedir indivíduos
que não as possuem de realizá-las.
Digo isso porque existem na Liga Americana de Basquete sujeitos como Spud
Webb, que media 1,68 metro (alguns dizem 1,70), ou como Muggsy Bogues –
1,66 metro, ou outros com aproximadamente 1,70 ou pouco mais que isso, e que
tinham um desempenho incrível nessa modalidade dentro da NBA, que podemos
considerar uma “terra de gigantes”.
Nesse sentido, temos que aceitar que uma limitação do ponto de vista genético
pode, sim, proporcionar certa dificuldade para certas tarefas, mas não as impede
de serem executadas.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 113
U3
IMPORTANTE:
Um exemplo que nos mostra que pessoas com sobrepeso podem exercer funções
importantes no esporte de rendimento é o caso do jogador de futebol Walter, do
114 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Cinesiofobia é definida por Kori, Miller e Todd (1990) como sendo o medo
excessivo e irracional de se machucar ou de se movimentar.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 115
U3
3.2 Tarefa
Fatores físicos: características relacionadas às capacidades motoras
Esse raciocínio nos mostra que, mesmo tendo todas as capacidades motoras,
nem sempre conseguimos desenvolvê-las ao máximo. Algumas pessoas podem
ter uma tendência ao desenvolvimento de capacidades motoras específicas, o que
irá favorecer o desenvolvimento motor de determinados movimentos, enquanto
outros terão mais possibilidades de desenvolvimento de outras capacidades.
Por isso, a transferência de aprendizagem, nas aulas de Educação Física, é tão
importante e deve ser constantemente estimulada no planejamento, pois facilita a
aquisição de novos movimentos e também o aperfeiçoamento de outros, além de
estimular o desenvolvimento motor.
116 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
o processo de aprendizagem.
Porém, para que esses indivíduos possam conseguir atingir bons níveis de
desenvolvimento motor mesmo com essas limitações, existe a necessidade de
que o profissional, juntamente com as demais pessoas que convivem com esses
indivíduos, elaborem estratégias adequadas de ensino, além de trabalhar bastante
os aspectos motivacionais dessas pessoas.
3.3 Ambiente
Experiência: a experiência trazida do dia a dia para a prática formal
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 117
U3
sala de aula ou outros locais, mas sim, aquelas pessoas envolvidas no processo
de aprendizagem que, de alguma forma, ditam as normas e regras do que vai ser
aprendido e de que forma.
Muitos são os envolvidos nesse processo, mas a verdade é que ele começa
ainda dentro de casa. Se pensarmos bem, vamos nos lembrar de muitas atitudes
que temos que são o reflexo das atitudes dos nossos pais ou daqueles que nos
criaram. Isso se deu pelo fato da influência que eles de alguma forma exercem
sobre nós. É muito comum crianças que não realizam exercícios físicos porque os
pais também não o fazem. Crianças que não têm gosto pela leitura porque não
foram estimuladas dentro de casa.
Diante disso, percebemos o quanto somos, na idade adulta, parte daquilo que
nossos pais são e das escolhas que eles fazem por nós.
É comum observar o quanto uma cultura nos influencia. Na rua onde moramos,
se nossos amigos gostam de jogar voleibol, participamos com eles, mesmo que
não sejamos assim tão apaixonados por esse esporte. Talvez a nossa motivação
para a prática seja estar junto ao grupo, ser aceito socialmente ou apenas fazer
amigos. Então, de alguma forma, passamos a desenvolver, por esse tipo de
influência, maior habilidade dos membros superiores do nosso corpo.
Caso venhamos a nos mudar para uma outra região, onde a prática do futebol
predomine, para sermos novamente aceitos passamos a participar das atividades,
só que agora prevalecerá o desenvolvimento dos membros inferiores, em razão
das influências de uma modalidade esportiva em que predominam as habilidades
dos membros inferiores.
118 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 119
U3
2. Golfe: <http://www.youtube.com/watch?v=SnSoOWvHvUI>
3. Skate: <http://www.youtube.com/watch?v=gDs0YHhFRpM>.
120 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Exigências do
Fatores anatômicos;
Oportunidade para
desempenho; prática;
Fatores fisiológicos;
Formação do
Encorajamento/
padrão motor;
Fatores mecânicos; Motivação;
Graus de liberdade.
Fatores motor
Indicações
perceptivos. Instrutivas;
Ecologia (ambiente).
PARÂMETROS DE
CONTROLE
MUDANÇA DE FASE
CONTROLE MOTOR E
COMPETÊNCIA MOTORA
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 121
U3
Verificamos que sem que exista uma integração de todos esses aspectos,
provavelmente será difícil para o indivíduo atingir pleno desenvolvimento motor,
mas ele pode, mesmo assim, fazer a mudança de uma fase menos especializada
para outra mais especializada. Entretanto, o que iremos perceber é que os
movimentos dificilmente se encontrarão dentro do padrão adequado, pois passar
por alguma dessas etapas sem tê-la vivenciado ao máximo, e ter atingido o que
se espera em cada período, ocasiona defasagem do padrão motor adequado para
alcançar a próxima fase com sucesso.
Entretanto, mesmo que o estilo de vida adotado não seja o ideal para que o
organismo tenha um desenvolvimento adequado, esse processo vai acontecer,
porém com níveis abaixo do esperado em relação às tabelas normativas existentes.
O desenvolvimento, de uma forma geral, não acontece somente na área motora,
mas também em outras áreas do desenvolvimento humano. Contudo, devemos
lembrar que quando nos referimos às outras áreas do comportamento humano
que se alteram, devemos sempre usar o termo “desenvolvimento”, pois não existe
crescimento cognitivo, afetivo ou social e, sim, apenas “desenvolvimento”.
122 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
PSICOMOTORA
COGNITIVA
AFETIVA
SOCIAL
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 123
U3
124 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
U3
Essa teoria acabou recebendo muitas críticas, mas abriu caminho para muitas
pesquisas sobre o desenvolvimento humano. Erik Erikson (1963) concentrou sua
pesquisa na influência da sociedade no desenvolvimento humano ao invés do sexo.
Sua Teoria Psicossocial descreve oito estágios do ciclo da vida humana e evidencia
não fatores hereditários, mas sim fatores ambientais como geradores de tais alterações.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 125
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126 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
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1. Podemos dizer:
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 127
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128 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
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132 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
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Referências
KORI, S. H.; MILLER, R. P.; TODD, D. D. Kinesiophobia: a new view of chronic pain
behavior. Pain Management, London, v.3, p. 35-43, 1990.
PLOMIN, R.; THOMPSON, L. A. Genetics and high cognitive ability. In: BOCK, G.R.,
ACKRILL, K. (eds). The origins and development of high ability. Chichester: Wiley
(CIBA Foundation Symposium 178), 1993.
Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano 133
U3
134 Princípios Básicos do Movimento, Desenvolvimento dos Movimentos Fundamentais e Aspectos que Influenciam o Desenvolvimento Humano
Unidade 4
MÉTODOS DE ESTUDO
EM DESENVOLVIMENTO,
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
DA MATURAÇÃO BIOLÓGICA,
DESENVOLVIMENTO DOS
SISTEMAS CORPORAIS E
CAPACIDADES MOTORAS
Alexandre Schubert
136 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Introdução à unidade
Caro aluno, nessa unidade iremos entender como são realizados os estudos em
desenvolvimento humano.
Outro assunto que abordaremos nessa unidade é acerca dos diferentes sistemas
corporais (sistema ósseo, muscular, endócrino, adiposo e outros), para que possamos
entender como eles se desenvolvem no decorrer do processo de desenvolvimento.
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 137
U4
138 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Seção 1
Métodos de estudo em desenvolvimento humano
e métodos de estudo da maturação biológica
Nessa seção vamos conhecer os métodos de estudo que utilizamos para
realizar pesquisas na área de crescimento e de desenvolvimento.
A partir daí, muitas teorias surgiram e apontavam para diversas direções sobre
como esses processos ocorriam. Essas teorias, muitas vezes, se mostravam uma
contrária à outra ou todas de alguma forma se complementando.
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 139
U4
Sendo assim, as pesquisas que passaram a ser feitas adotaram métodos de estudo
que pudessem ser replicados por outros estudiosos, para que, dessa forma, fosse
possível verificar se as respostas que aconteciam em determinada população eram
as mesmas que eram encontradas em populações com características diferentes.
Quando as respostas encontradas passaram a ser diferentes, começaram então as
buscas no sentido de identificar quais eram os fatores responsáveis por essas diferenças.
Figura 4.1 | Tipos de métodos de estudo mais usados nas pesquisas em desenvolvimento humano
140 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
a) Survey: Esse tipo de estudo pode ser feito por meio de uma entrevista com
o entrevistado pessoalmente, pelo telefone ou por algum tipo de questionário que
pode ser enviado pelo correio, atualmente também pode ser realizado por correio
eletrônico. Um exemplo de pesquisa desse tipo pode ser um levantamento por
meio de ligação telefônica para as famílias de uma determinada região sobre as
características dessa família, como: condição financeira, número de filhos, quantos
estudam, se eles estudam em escola pública ou particular, etc.
Um exemplo desse tipo de estudo poderia ser quando uma criança com
comprometimento cerebral apresenta um comportamento nada comum frente
a uma determinada situação e pesquisadores avaliam esse comportamento na
tentativa de identificar causas e elaborar possíveis teorias sobre qual a razão desse
comportamento.
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 141
U4
(variável dependente).
Entretanto, não vamos abordar questões estatísticas aqui nesse livro, já que esse
não é o objetivo desse material. Porém, se faz necessário, no momento oportuno,
que o leitor busque aprofundamento sobre estatística, para melhor lhe auxiliar no
entendimento da relação entre os métodos de pesquisa e a estatística.
142 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
A pesquisa observacional também tem suas divisões, mas aqui nesse livro
abordaremos apenas aquelas mais utilizadas em crescimento e desenvolvimento
humano.
a) Método longitudinal: Nesse tipo de estudo, que pode ser realizado com um
indivíduo ou com um grupo específico de indivíduos, realizamos as observações
de acompanhamento do evento escolhido para nosso estudo por um período de
tempo longo.
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 143
U4
Outro fator, também relacionado ao tempo, é que, quando optamos por esse
tipo de estudo, no decorrer do processo podemos ter uma perda do número de
avaliados, por uma infinidade de fatores. Alguns podem desistir do processo de
avaliação, podem se mudar, ficar doentes ou ainda incapacitados, e isso reduziria
o número da amostra.
144 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
O tempo nesse tipo de estudo é fundamental, pois, como já foi dito antes,
em alguns casos os investimentos nesses estudos se tornam elevados, o que
dificulta que eles sejam realizados com financiamento próprio e sem incentivos
de instituições governamentais ou particulares que têm algum interesse nos
resultados finais, que serão encontrados quando a pesquisa for concluída.
b) Método transversal: Nesse tipo de estudo, que também pode ser realizado
com um indivíduo ou com um grupo específico de indivíduos, as observações
dos eventos que se escolhe estudar são feitas num mesmo momento. Alguns
estudiosos dizem que nesse tipo de pesquisa é como se “tirássemos uma
fotografia” do avaliado, pois a coleta é feita num único momento.
Haddad (2004) confirma a afirmação anterior quando diz que esse tipo de
pesquisa se apresenta como uma se fosse uma fotografia de uma população ou
de um indivíduo em um só determinado momento.
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 145
U4
Fonte: O autor
Como podemos observar na figura acima, quando usamos esse tipo de estudo
não temos condições de avaliar as realidades, pois, pelo fato das populações se
encontrarem com faixas etárias distintas, apenas deduzimos que tal comportamento
é comum daquela idade e que, conforme o indivíduo avança em idade, apresentará
comportamento semelhante ao que observamos nos grupos que se encontravam
com essa idade quando foram avaliados.
Podemos usar como exemplo um grupo de bebês que foram avaliados aos
11 meses e que começaram a desenvolver o gesto de caminhada sem auxílio
nesse período. Poderíamos dizer que qualquer grupo de crianças com as mesmas
características iniciará o gesto de locomoção sem auxílio nesse período. Isso se
chama dedução e pode ser perigosa, pois criamos uma expectativa que pode não
acontecer, por uma série de motivos não considerados nessa população.
Entretanto, temos que considerar que nesse tipo de estudo temos mais
vantagens do que desvantagens.
Aqui, os custos são muito mais baixos, pois não é necessário que o
acompanhamento seja demorado, já que em um único sujeito se faz apenas uma
avaliação. Outro fator é que em razão do tempo curto, não temos desistência da
amostra, pois não há necessidade de reavaliação. Os avaliadores nesse tipo de
estudo raramente são trocados, o que diminui o erro interavaliadores.
146 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 147
U4
Diante disso, percebemos que quando usamos um teste para avaliarmos alguém,
esse teste tem que ter algumas características muito importantes. Vejamos então.
Diante disso, é possível criamos um teste que talvez não seja aceito para a
ciência no que se refere a publicações científicas, entretanto, atende aos critérios
anteriormente vistos e que pode ser usado nas nossas aulas para avaliarmos a
evolução dos nossos alunos.
148 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Gallahue e Ozmun (2003) afirmam sobre maturação que são alterações qualitativas
que capacitam o indivíduo a progredir para níveis mais altos de funcionamento.
Para Malina; Bouchard e Bar-Or (2004), maturação pode ser considerada como
um processo evolutivo que leva o corpo a atingir a forma e a obter as funções de
um indivíduo adulto.
Apesar de não fazer parte da maturação biológica, temos que saber exatamente
qual a idade cronológica do nosso avaliado. Para isso, usamos dois métodos
bem simples. O primeiro usa uma tabela e necessita a realização de fórmulas
matemáticas por parte do avaliador.
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 149
U4
Então: 2010,879
1978,211
32,668 anos
150 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
=DIAS360(B2;C2)/360
Após a inserção dos dados, quando damos o enter aparecerá na coluna “Idade
Fórmula” a idade cronológica com as frações (idade centesimal).
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 151
U4
Qualquer uma das fórmulas está correta, porém, a segunda é mais viável pela
sua praticidade, contudo, sabemos que muitas pessoas ainda não têm acesso a
computadores e, sendo assim, sugerimos a utilização da primeira fórmula, que
apesar de ser manual, também é precisa e aceita pela literatura.
Para constatarmos isso, existem três métodos bastante usados. São eles:
Baseada na
Baseada no
Baseada no
troca dos dentes fechamento das aparecimento das
descíduos epífises de ósseas. características
pelos dentes sexuais secundárias.
permanentes.
A troca dos dentes temporários pelos permanentes começa por volta dos seis
anos, iniciando essa troca pelos primeiros molares. O final da dentição permanente
ocorre entre os 12 e os 14 anos. Os últimos dentes a surgirem são os terceiros
molares, que não erupcionam antes dos 17 anos de idade.
152 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
A idade óssea parece ser, segundo alguns autores, o melhor meio de avaliação
da idade biológica (GUEDES; GUEDES, 2006; MALINA; BOUCHARD, 2002).
Esse tipo de avaliação se baseia no fato de que cada osso começa seu processo
de ossificação partindo de um modelo de cartilagem e, posteriormente, alcança
sua forma final em um processo de remodelação óssea, até finalmente atingir o
desenvolvimento total com o evento de fechamento das epífises, sendo que esse
processo se inicia ainda no ventre materno e termina no período da adolescência.
Esse processo pode ser facilmente monitorado, por meio de radiografias que
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 153
U4
são tiradas de tempos em tempos para análise. Essa avaliação se baseia em três
pontos cruciais:
154 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 155
U4
156 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Para as meninas:
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 157
U4
Para os meninos:
158 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Entretanto, é importante ressaltar que existe uma variação entre meninas para
o desenvolvimento das características citadas acima. Essa variação pode ocorrer
tanto dentro de regiões diferentes num mesmo país, ou entre países. O estudo de
Duarte (1993) nos mostra alguns dados de diferentes países, vejamos:
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 159
U4
Para isso, o método usado é fazer a avaliação tendo como base um instrumento
conhecido como “Orquidômetro de Prader”.
160 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Com esse instrumento, o avaliado faz a apalpação com uma das mãos enquanto
segura o orquidômetro com a outra. O Orquidômetro de Prader é composto por
12 modelos em forma elipsoide, de madeira ou plástico, com tamanhos e volumes
variados que representam os diferentes tamanhos do escroto. O volume inicial é de
1ml (tamanho do testículo ao nascer) e o último é de 25 ml (tamanho do testículo na
idade adulta). Entretanto, pelo fato desse método ser realizado por meio de apalpação,
ele é menos utilizado. Guedes e Guedes (2006) sugerem que esse método só deve
ser usado em caso de suspeita de disfunções associadas à maturação.
Qual dos métodos apresentados você acredita que seria ideal para
avaliar a maturação biológica da população onde você mora?
a. Longitudinal.
b. Diagonal.
c. Transversal.
d. Paralelo.
e. Misto.
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 161
U4
162 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Seção 2
Sistemas corporais
Introdução à seção
Nessa seção vamos falar um pouco sobre os sistemas corporais. Entenderemos
qual a relação entre eles e como acontece o processo de crescimento e de
desenvolvimento desses sistemas.
Sistemas corporais
Os diferentes sistemas corporais desenvolvem-se em períodos distintos num
mesmo indivíduo. Alguns desses sistemas se desenvolvem mais rapidamente, enquanto
outros levam um tempo maior para estarem totalmente finalizados. Isso ocorre porque
esses sistemas têm influências multifatoriais. Em relação aos sexos, alguns sistemas
desenvolvem-se mais rapidamente nos meninos, enquanto outros mais rapidamente
nas meninas. Vejamos como cada um dos principais sistemas se desenvolvem.
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 163
U4
164 Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras
U4
Tabela 4.3 – Idades medianas (em meses) para o início (I) e o término (T) da ossificação dos
centros secundários nos principais ossos longos de crianças de Denver
Métodos de Estudo em Desenvolvimento, Métodos de Avaliação da Maturação Biológica, Desenvolvimento dos Sistemas Corporais e Capacidades Motoras 165
U4
parte da medula vai perdendo sua função, sendo substituída por tecido
gorduroso, que passa a ser chamada de medula amarela.
Na infância a formação óssea é maior que a reabsorção, e a remodelação
óssea é intensa. Destacam-se dois períodos de aceleração do crescimento:
• Nos dois primeiros anos de vida
• Na adolescência (entre 11 e 14 anos nas meninas e entre 13 e 17 anos
nos meninos).
80% da estatura final depende da influência genética (raça, sexo,
hormônios), entretanto os fatores externos (doenças, alimentação,
atividade física) determinam se isso vai ocorrer ou não.
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em regiões distantes da sua origem. Para que exista algum tipo de reação aos
hormônios existe a necessidade de que determinados tecidos sejam dotados de
receptores relacionados a esses hormônios, caso contrário não haverá reação. Para
entendermos melhor, é como se o hormônio fosse uma chave e os receptores uma
fechadura. Só somos capazes de abrir determinada fechadura com a chave certa.
Assim também funcionam os hormônios. Para que exista uma reação, somente o
hormônio certo no receptor certo poderá liberar a reação.
Os hormônios têm basicamente três funções que são muito importantes para
o organismo (MALINA; BOUCHARD, 2002):
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Hormônio luteinizante;
Hormônio luteotrópico.
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O hormônio do crescimento está presente no feto, mas não parece ser essencialmente
o mais importante para o crescimento pré-natal; contudo, ele aumenta gradativamente
após o nascimento e passa a ser um dos mais importantes nesse período.
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o período de maior secreção parece ser quando eles se encontram nos estágios
três e quatro de desenvolvimento dos genitais (G3 e G4).
O glucagon tem efeito contrário, pois tem como função aumentar o nível de glicose
no sangue, importante para a atividade muscular e manutenção vital do sistema.
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e) Adrenais: essas glândulas estão localizadas logo acima dos rins. Liberam
importantes hormônios, como a adrenalina e a noradrenalina. Esses hormônios
são importantes para o controle corporal (coração, veias, oxigênio e atividades do
metabolismo), em situações de estresse.
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EPIMÍSIO
PERIMÍSIO
ENDOMÍSIO
• Período fetal:
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• Pós-nascimento:
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Malina e Bouchard (2002) afirmam ainda que até por volta dos oito anos de
idade existe pouquíssima diferença entre as porcentagens de fibras musculares
entre os sexos; entretanto, essa diferença aumenta gradativamente entre os sexos
até o final do período de crescimento, conforme o gráfico abaixo, período em que
as diferenças se acentuam.
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O tecido adiposo branco é composto por adipócitos que geralmente contêm uma
única, grande gotícula de lipídios. É encontrado de forma mais distribuída pelo corpo.
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A hiperplasia pode ocorrer de forma mais intensa nos primeiros anos de vida,
principalmente pelo excesso de alimentos que o bebê recebe.
GINOIDE (gordura corporal periférica): tem uma forte relação com estrogênio,
acumula-se na parte inferior do corpo (região da pélvis e coxa superior).
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Seção 3
Capacidades motoras
A infância e a adolescência são consideradas períodos críticos quanto às
solicitações motoras, tendo em vista a evidente influência que as capacidades
motoras podem exercer de forma positiva ou negativa sobre o processo fisiológico
do crescimento e do desenvolvimento do ser humano. Tais influências são
importantes pelo fato de poderem estabelecer um comportamento ativo ou não
para toda a vida.
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Autores como Bragada (2002) e Guedes (2007) ressaltam que existe uma divisão
quando de capacidades motoras, baseados no pressuposto de que sua divisão se
dá em razão de princípios fisiológicos. Diante disso, vejamos como se dividem as
capacidades motoras e por que elas se dividem dessa forma.
Capacidades condicionais
Capacidades coordenativas
Devemos nos atentar para o fato de que todos os componentes que fazem
parte das capacidades motoras também são considerados componentes da
aptidão física, sejam eles voltados ao desporto de alto rendimento ou à saúde e
qualidade de vida.
a) FLEXIBILIDADE
A flexibilidade pode ser definida, de acordo com Manno (1994), como sendo
a capacidade de realização de movimentos articulares os mais amplos possíveis,
tanto de forma ativa como passiva. Outra definição de Araújo (1983) diz que a
flexibilidade é a qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da
mobilidade articular, expressa pela máxima amplitude de movimentos necessária
para a perfeita execução de qualquer atividade física, sem que ocorram lesões.
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• Cápsula articular
• Músculo
• Tendões
• Pele
• Fator genético;
• Sexo;
• Idade;
• Articulação avaliada;
• Gordura corporal;
• Temperatura ambiente.
b) FORÇA
A força pode ser definida como a capacidade de exercer tensão contra uma
resistência, que ocorre por meio de diferentes ações musculares (BARBANTI,
2003). Algumas pessoas acreditam que a força muscular só tem importância
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• Estabilidade postural
• Melhora da PA em exercícios
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c) RESISTÊNCIA CARDIORRESPIRATÓRIA
Stabelini Neto et al. (2008) sugerem que altos níveis de aptidão cardiorrespiratória
durante a infância e adolescência estão relacionados à menor predisposição aos
fatores de risco cardiovasculares.
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d) COORDENAÇÃO MOTORA
A coordenação motora está muito presente no nosso dia a dia, nas diversas
tarefas que realizamos. Ao dirigir, ao realizarmos exercícios físicos, nas nossas
atividades domésticas, assim como no nosso lazer.
Entendemos, então, que uma coordenação eficiente pode nos proporcionar uma
série de vantagens nas nossas tarefas, beneficiando-nos na qualidade de vida diária.
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volta dos sete aos dez anos. Nessa faixa etária ocorre "[...] uma rápida maturação do
sistema nervoso central, verificando-se ao mesmo tempo um aumento da função
dos analisadores óptico e acústico, bem como um melhoramento na assimilação
das informações" (STAROSTA; HITZ, 1993, p. 115).
a. Física e motora.
b. Condicional e capacitativa.
c. Capacitativa e coordenativa.
d. Condicional e coordenativa.
e. Física e operacional.
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