Língua Portuguesa - Expressão Escrita e Compreensão de Texto
Língua Portuguesa - Expressão Escrita e Compreensão de Texto
Língua Portuguesa - Expressão Escrita e Compreensão de Texto
Expressão Escrita e
Compreensão de Texto
Prof.a Estela Maris Bogo Lorenzi
Prof.a Luciana Fiamoncini
2016
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Prof.a Estela Maris Bogo Lorenzi
Prof.a Luciana Fiamoncini
469.07
L869l Lorenzi; Estela Maris Bogo
Língua Portuguesa: Expressão escrita e compreensão de texto / Estela
Maris Bogo Lorenzi; Luciana Fiamoncini: UNIASSELVI, 2016.
237 p. : il.
ISBN 978-85-515-0036-1
Impresso por:
Apresentação
A compreensão plena de um texto, bem como a melhor forma de
expressar-nos quando escrevemos envolvem mais do que simplesmente
conhecer as regras da língua portuguesa. Muitas são as estratégias e
habilidades desenvolvidas e postas em prática para realizar tais ações. O
livro de Língua Portuguesa: Expressão Escrita e Compreensão de Texto
visa auxiliar você, acadêmico, a compreender as principais expressões da
língua portuguesa no que tange à produção e à compreensão textual. Vamos
conhecer um pouco mais sobre esta obra?
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO
E O RACIOCÍNIO........................................................................................................... 1
VII
TÓPICO 3 – O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS...................................................... 59
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 59
2 OS SENTIDOS DO TEXTO................................................................................................................. 59
2.1 CONCEPÇÕES DE TEXTO............................................................................................................. 61
2.2 GÊNEROS TEXTUAIS E A PRODUÇÃO DE TEXTOS............................................................... 61
2.3 O TEXTO E SUA INTENÇÃO........................................................................................................ 64
2.4 FATORES QUE INTERFEREM NA INTERPRETAÇÃO TEXTUAL......................................... 65
2.4.1 Ambiguidade e polissemia..................................................................................................... 67
3 O TEXTO COMO PRÁTICA INTERDISCIPLINAR...................................................................... 70
3.1 ESTUDOS ACERCA DA PRODUÇÃO TEXTUAL...................................................................... 71
3.2 A PRODUÇÃO TEXTUAL: PRÁTICAS EM SALA DE AULA.................................................. 75
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 81
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 83
VIII
TÓPICO 3 – OS GÊNEROS DA ESFERA COMERCIAL................................................................ 151
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 151
2 E-MAIL................................................................................................................................................... 152
2.1 LINGUAGEM E SUGESTÕES PARA A ELABORAÇÃO DE UM E-MAIL........................... 153
3 OFÍCIO................................................................................................................................................... 156
3.1 ELABORAÇÃO E MODELO........................................................................................................ 156
4 CARTA COMERCIAL......................................................................................................................... 159
4.1 MODELO......................................................................................................................................... 160
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 161
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 162
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................225
IX
X
UNIDADE 1
APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA
ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO
E O RACIOCÍNIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de ensino contém três tópicos. No final de cada um deles você
encontrará atividades que contribuirão para a apropriação dos conteúdos.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Iniciaremos, a partir de agora, uma longa caminhada.
Juntos percorreremos novos caminhos, por meio dos quais buscaremos observar as
melhores paisagens e abstrair delas o que há de mais relevante acerca do universo
da linguagem. Especificamente nesta unidade trabalharemos questões relacionadas
à argumentação e ao raciocínio e sua aplicabilidade na produção textual e oral.
E
IMPORTANT
3
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
NOTA
UNI
[...] qualquer que seja o lado por que se aborda a questão, em nenhuma
parte se nos oferece integral o objeto da Linguística. Sempre encontraremos
o dilema: ou nos aplicamos a um lado apenas de cada problema e nos
arriscamos a não perceber as dualidades assinaladas acima, ou, se
estudarmos a linguagem sob vários aspectos ao mesmo tempo, o objeto
da Linguística nos aparecerá como um aglomerado confuso de coisas
heteróclitas, sem liame entre si (SAUSSURE, 2006, p. 16).
4
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
5
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
DICAS
FONTE: XAVIER, Antonio Carlos; CORTEZ, Suzana (Orgs). Conversas com linguistas. São
Paulo: Parábola Editorial, 2003.
6
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
Observe:
7
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
8
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
• O argumento só será coerente se a pessoa conhecer muito bem sobre o que está
falando.
• Para que o seu raciocínio esteja correto, apresente no início do seu discurso,
seja ele oral ou escrito, o assunto do qual falará. Evite as contradições.
• Amarre as ideias, ou seja, faça o seu ouvinte ou leitor antecipar a conclusão.
Assim, será mais fácil de ele concordar com o que está sendo dito/escrito.
• Examine o que está em discussão e elimine as ideias que não sejam reais.
• Seja persuasivo, induza o seu leitor ou ouvinte a aceitar a ideia. Não seja
insistente, mas seja certeiro.
• Tome cuidado com o conceito de verdade. A verdade é diferente da opinião, do
ponto de vista ou experiências pessoais.
• Não insista em convencer o ouvinte ou leitor de que sua opinião está
absolutamente correta, porém, esteja seguro do que está falando e mostre que
conhece o assunto que está abordando.
• Use a argumentação como um processo discursivo, ou seja, disponha o
assunto metodicamente, de forma que as ideias influenciem o raciocínio de
quem lê ou ouve.
9
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
FIGURA 2 - TIRINHA
FONTE: <http://escreverbem.com.br/wp-content/uploads/2013/10/calvin_red.jpg>.
Acesso em: 2 mar. 2016.
10
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
UNI
11
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
FONTE: <http://i44.photobucket.com/albums/f29/tiras_snoopy/peanuts130.jpg>.
Acesso em: 4 mar. 2016.
É necessário que a leitura, desde cedo, seja estimulada para que, mais
tarde, o processo de escrita ocorra de forma natural e sem ser forçado, pois este
caracteriza-se por certa individualidade, já que, em certos casos, o leitor envolve-
se mais com alguns tipos específicos de leitura. Na escola, o papel do professor
é orientar o aluno a descobrir o tipo de leitura com o qual mais se identifica e
quebrar a imagem de que ela é maçante e cansativa.
12
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
DICAS
AUTOATIVIDADE
FONTE: AFINAL, o que é a mídia e para que ela serve? [s.l., s.n.], 2013. <http://nancyassad.com.
br/afinal-o-que-e-a-midia-e-para-o-que-ela-serve>. Acesso em: 9 jun. 2016.
13
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
Aqui está um bom motivo para afirmarmos, mais uma vez, que a leitura é
uma ótima estratégia para aprimorar a comunicação, pois, mesmo sem estarmos
em contato direto com o autor, podemos “conversar” com ele. No mundo
tecnológico que hoje nos cerca, é cada vez mais difícil encontrar pessoas que
se atenham à leitura de livros impressos, porém, o livro ainda não perdeu seu
status perante a formação da intelectualidade. O hábito de ler também traz boas
oportunidades de crescer profissionalmente. O contato precoce com a leitura e o
fato de adquiri-la como um hábito contribui para que a pessoa seja bem-sucedida.
FONTE: <http://www.ahmlk.org/wp-content/uploads/2014/06/Tirinhas-da-Mafalda-literatura.jpg>.
Acesso em: 8 mar. 2016.
14
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
Assim como a tira de Mafalda nos sugere, a leitura encanta pelos seus
mistérios, pelas descobertas que são feitas a partir dela. Seja para retirar alguma
informação ou apenas para deleite, a inovação é essencial para que o leitor se
mantenha atento à leitura, pois o previsível cansa. Cabe ao autor o papel de encantar
a partir das palavras e, assim, conseguir manter o diálogo com seu leitor até o fim.
FONTE: <https://diferencialenem.files.wordpress.com/2014/07/diferenc3a7a-regional.
png?w=368&h=300>. Acesso em: 3 mar. 2016.
15
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
UNI
16
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
DICAS
3.2.1 Gírias
Conforme vimos nas sessões anteriores, a variação diastrática é aquela que
ocorre a partir do convívio com determinados grupos sociais. Esse convívio acaba
criando formas de linguagem específicas para estes grupos. Há, basicamente, dois tipos
de variações popularmente conhecidas, e as estudaremos agora: as gírias e os jargões.
17
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
Você, em algum momento de sua vida, já deve ter ouvido algum grupo
específico de pessoas utilizando gírias, correto? A gíria é uma manifestação
linguística caracterizada justamente por sua natureza específica. Restringe-se a um
pequeno grupo de falantes que adotam a gíria como sua marca registrada. Por ter
sido durante muito tempo relacionada a classes sociais de menor prestígio social,
a gíria sempre foi permeada por grande preconceito linguístico e nunca mereceu
estudos específicos a seu respeito, o que vem mudando há algum tempo.
Bagno (2007) observa que o uso da gíria perdeu um pouco sua qualificação
de desprestigiada. Mesmo sendo criada para ser utilizada por pequenos grupos
de falantes, a gíria é cada vez mais popular e aparece na língua falada por toda a
comunidade, independente do seu nível social, econômico, cultural ou faixa etária.
FIGURA 6 - GÍRIAS
FONTE: <http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2013/11/linguagem-formal-e-
informal.jpg>. Acesso em: 4 mar. 2016.
18
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
FIGURA 7 - JARGÕES
FONTE: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/images/sps12_capa3.jpg>.
Acesso em: 8 mar. 2016.
- A mochila vem com um mouse ótico USB com scrolling de quatro direções
e conexão Plug&Play.
Certamente, você compreendeu pouco do que ele quis dizer, correto? Isso
porque o jargão profissional é um discurso de difícil compreensão para quem não
faz parte do meio onde ele é falado. É claro que, sendo um bom vendedor, este
atendente compreende que deverá utilizar um linguajar mais simples para que a
mensagem possa ser compreendida.
19
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
De acordo com Marcuschi (2001), tanto a fala quanto a escrita são vistas
como práticas sociais. Elas não devem, de acordo com o autor, ser vistas de forma
dicotômica, mas sim, como parte de um processo que visa à comunicação tanto
formal quanto informal. Portanto, podemos afirmar que a fala e a escrita são usos
da língua, sendo que as formas buscam adequar-se ao uso.
UNI
Você sabe o que quer dizer a palavra dicotomia dentro do contexto da língua?
É a divisão de algum elemento em duas partes. Ferdinand de Saussure estudou, no contexto
da língua, quatro dicotomias: sincronia e diacronia, língua e fala, significado e significante,
sintagma e paradigma.
20
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
A noção do contínuo tipológico proposto pelo autor deixa claro que há mais
semelhanças do que diferenças entre a fala e a escrita. Observe o quadro que segue:
21
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
UNI
23
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
Lerner (2002) ainda afirma que a produção de texto oral também é uma
grande alavanca para aprimorar a construção de significados na criança. O desafio,
segundo a autora, é dar à criança uma situação-problema para que ela possa sugerir
soluções, uma maneira prática de verificar se a criança está realmente produzindo
significados. Quanto antes a criança for estimulada a ler produzindo significados,
antes ela perceberá a importância dos usos sociais da leitura e da escrita.
24
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
DICAS
Ser letrado significa ler e compreender o que está sendo lido de forma
a conseguir fazer inferências no texto. Estudaremos o conceito de letramento mais
profundamente na Unidade 3.
FONTE: <http://image.slidesharecdn.com/gestoelideranadepessoas1e2-140917071734-phpapp01/95/
gesto-e-liderana-de-pessoas-aulas-1-e-2-19-638.jpg?cb=1411220532>. Acesso em: 17 mar. 2016.
25
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
UNI
O ruído é uma interferência que pode ocorrer em qualquer uma das etapas
da comunicação, por exemplo: pode ocorrer o uso inadequado do vocabulário
pelo emissor, pode ocorrer uma falha na ligação e o receptor não compreender
corretamente a mensagem, pode ocorrer ambiguidade e o receptor compreender
de forma equivocada a mensagem, e inúmeros outros ruídos que possam
prejudicar a compreensão plena da mensagem.
26
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
Almeida (2013) nos apresenta dez razões pelas quais devemos investir
na comunicação interpessoal. Nós as apresentaremos a você de forma
resumida. Vejamos:
27
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
FONTE: <http://s5.static.brasilescola.com/img/2014/02/mafalda-poliss%C3%AAmica.jpg>.
Acesso em: 10 maio 2016.
Mafalda e seu amigo Filipe, nesta tira de Quino, afirmam que a televisão é
um veículo de cultura. A questão levantada por Mafalda é justamente que tipo de
cultura a mídia veicula, já que ela está assistindo a um programa aparentemente
violento, com tiros. A personagem parece não compreender a finalidade do
programa que está assistindo, e não concorda com o conceito de cultura ali
exposto. Por este motivo, ela utiliza a palavra veículo no seu sentido denotativo e
afirma que se fosse a cultura, saltaria do veículo e iria a pé.
28
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
FONTE: <https://johnb711.files.wordpress.com/2015/03/fb43f87fbe30039052dd7a7167d63694.
jpg?w=279&h=300>. Acesso em: 20 mar. 2016.
Além do e-mail, também podemos citar as redes sociais, a partir das quais
podemos criar grupos e nos comunicar de acordo com o objetivo de cada um. As
pessoas têm acesso a fotos, informações pessoais e podem, inclusive, comentar
acerca de algum acontecimento. Por este motivo, é necessário tomar cuidado,
pois, ao mesmo tempo em que a comunicação mediada pela internet auxilia e
facilita muitos processos, ela pode também expor informações importantes a seu
respeito que podem ser utilizadas para diversas finalidades.
29
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
AUTOATIVIDADE
FONTE: A TECNOLOGIA e a internet aproximam ou afastam as pessoas? [s.l.: s.n., s.d.]. <http://
www.opolemico.com.br/Polemicas/tecnologia/74-a-tecnologia-e-a-internet-aproximam-ou-
afastam-as-pessoas#sthash.5yOA7j8E.dpuf>. Acesso em: 9 jun. 2016.
2 Qual é a primeira coisa que você faz quando entra na internet? Checa seu
e-mail, dá uma olhadinha no Twitter, confere as atualizações dos seus contatos
no Orkut ou no Facebook? Há diversos estudos comprovando que interagir
com outras pessoas, principalmente com amigos, é o que mais fazemos na
internet. Só o Facebook já tem mais de 500 milhões de usuários, que, juntos,
passam 700 bilhões de minutos por mês conectados ao site - que chegou a
superar o Google em número de acessos diários. [...] e está transformando
nossas relações: tornou muito mais fácil manter contato com os amigos e
conhecer gente nova. Mas será que as amizades on-line não fazem com que as
pessoas acabem se isolando e tenham menos amigos off-line, “de verdade”?
Essa tese, geralmente citada nos debates sobre o assunto, foi criada em 1995
pelo sociólogo americano Robert Putnam. E provavelmente está errada.
Uma pesquisa feita pela Universidade de Toronto constatou que a internet
faz você ter mais amigos - dentro e fora da rede. Durante a década passada,
30
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
31
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
A primeira mostra que o contato entre diferentes culturas não deve conter
uma relação de dominação e de não reconhecimento da cultura alheia. Já
a segunda diz que, ao entrar em contato com uma cultura, é necessário
que haja um diálogo, respeito e reconhecimento das particularidades
dessas culturas, o que pode vir a modificar alguns símbolos existentes
nessas culturas, devido à interação. E a última forma define a
interculturalidade como uma relação entre duas ou mais culturas, porém
com o reconhecimento de que o resultado de um diálogo não irá afetar ou
modificar as diferentes culturas (PIEROBON, 2006, p. 10).
E
IMPORTANT
Cabe inferir aqui que muitas foram as dificuldades encontradas ao longo das
pesquisas acerca da interculturalidade. Alguns exemplos são o etnocentrismo, o choque
cultural, os estereótipos e os mitos, que acabam por dificultar que a aplicação do estudo seja
efetivada em algumas realidades.
32
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
AUTOATIVIDADE
33
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
LEITURA COMPLEMENTAR
Para que isso aconteça é necessário que haja maturidade para a compreensão
do material lido, senão tudo cairá no esquecimento ou ficará armazenado em nossa
memória sem uso, até que tenhamos condições cognitivas para utilizá-lo. A leitura
representa, para o leitor, a ponte entre o mundo linguístico e o real, além de que o
convívio com a literatura permite ao homem desvelar novos propósitos de reflexão e
uma apuração estética que aguça as preferências por determinadas opções de leitura.
34
TÓPICO 1 | LÍNGUA E FENÔMENOS COMUNICACIONAIS
De acordo com Cunha (1994), a leitura é uma forma altamente ativa de lazer.
Em vez de propiciar, sobretudo, repouso e alienação, como ocorre com formas
passivas de lazer, a leitura exige não só um grau maior de consciência e atenção,
como também uma participação efetiva do recebedor-leitor. Na atualidade, cabe,
sobretudo à escola, o papel de mostrar o valor da leitura e o prazer que um bom
texto pode trazer. Entretanto, a família e a sociedade, do mesmo modo, devem
assumir o papel de desenvolver nas crianças formas ativas de lazer - que as tornem
indivíduos críticos e criativos tanto quanto conscientes e produtivos.
Assim, saber ler é o ponto de partida para dominar toda a riqueza que um
texto, literário ou não, pode transmitir, consequentemente, bom leitor é aquele
que faz uma análise do texto lido, aprofundando-se na compreensão dos detalhes
a fim de poder construir o seu próprio entendimento daquilo que leu. Para Lajolo e
Zilberman (1996), ao espessamento das práticas de leitura, ainda que intermitente
e cheio de recuos, corresponde um amadurecimento do leitor que, na inevitável
interação com os múltiplos elementos de práticas mais complexas de leitura,
rompe restrições, libera-se da tutela, enfim, alcança a emancipação possível.
35
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
A sua preocupação em fazer com que o livro estivesse próximo aos seus
leitores o colocou à frente de seu tempo. Do mesmo modo se antecipou, quando
apresentou o livro como um produto a ser oferecido onde o potencial leitor
estivesse, facilitando o seu acesso. E o fez, tanto diretamente na escola, como no
comércio em geral, independente das livrarias. Embora, nos dias atuais, se tenha
mais acesso à palavra escrita do que antes, seja através da escola, dos produtos de
consumo ou dos meios de comunicação, a ausência desse material escrito, no dia
a dia das pessoas, na verdade, é o empecilho mais concreto para a construção de
uma sociedade leitora. Portanto, pode-se dizer que ser leitor não é uma questão
de opção, mas de oportunidade.
FONTE: BORGES, Patrícia Ferreira Bianchini. A leitura e a construção do leitor em potencial. 2015.
http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4016. Acesso em: 28 jun. 2016.
36
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O ato de escrever torna-se dependente da fala, ou seja, a escrita passa a ser vista
como uma transcrição da fala, e não um processo separado dela.
37
• Para Vygotsky (1988), o aprendizado da linguagem escrita representa um
considerável salto no desenvolvimento do ser humano.
• O evento de fala ocorre sempre a um tempo e a uma situação social, seja ela
face a face, por telefone ou pela internet, e é comum em nossa sociedade.
• O ato de comunicar, seja ele pela escrita ou pela fala, necessita de um objetivo,
porém, o alcance deste objetivo depende dos interlocutores.
38
AUTOATIVIDADE
A- Gíria.
B- Jargão.
C- Variação Linguística.
a)
Fonte: <https://curseduca.com/blog/jargoes-corporativos-e-seus
significados/>. Acesso em 21 mar. 2016.
A resposta é (_____)
39
b)
Fonte: <https://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.
html?aula=19746>. Acesso em: 21 mar 2016.
A resposta é (_____)
c)
A resposta é (_____)
40
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Há muitos anos, a oratória e a retórica são assuntos que causam fascínio
a muitas pessoas. Falar bem e conseguir convencer a partir da fala é uma técnica
que poucas pessoas dominam, sendo necessária muita prática para tornar-se um
bom orador. Desde a Grécia antiga, as pessoas com as posições sociais de maior
destaque eram excelentes oradores.
Você sabia que a oratória já é uma prática que surgiu ainda antes de
Cristo? De acordo com Abreu (2001), foi em Siracusa que tudo começou. Siracusa
era uma cidade da Sicília. O primeiro manual de retórica surgiu no século V a.C.
De acordo com o autor, o manual foi escrito por Córax e Tísias, dois siracusianos.
A finalidade da escrita do manual foi orientar os advogados que iriam tentar
reaver os bens de Córax, que haviam sido tomados por tiranos.
41
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
DICAS
Caso queira ler um bom livro sobre oratória, indicamos a seleção das cinco
melhores obras acerca de oratória, indicadas pela Revista Exame.
A Arte de Argumentar
Antonio Suarez Abreu
Ateliê. São Paulo. 2001
“Esse livro é indicado em praticamente todos os cursos que já vi ou frequentei”, diz Cavalli. É
um dos clássicos didáticos de argumentação - e o autor já publicou diversos artigos e livros
sobre o tema.
FONTE: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/5-livros-com-dicas-para-falar-bem-em-pu-
blico>. Acesso em: 28 mar. 2016.
42
TÓPICO 2 | ORATÓRIA E RETÓRICA: O USO DAS PALAVRAS
2 A ORATÓRIA E O DISCURSO
Para que possamos ser bons oradores, é necessário que alguns cuidados
sejam tomados na hora de preparar um discurso. Antes de preparar o discurso,
é necessário fazer algumas perguntas. Alguns exemplos são: qual é o tema do
discurso? Para que esta apresentação servirá? A quem ela se destina? Quanto
tempo devo utilizar? A partir destas poucas perguntas já é possível preparar um
discurso com uma linguagem própria para o público presente e que não se torne
cansativo ou desnecessário para quem está ouvindo.
Ser um bom orador não ocorre da noite para o dia. Para isso é necessária
muita preparação, estudo e dedicação. Uma das alternativas para quem deseja ser
um bom orador e não nasceu com este dom é buscar opções de cursos que visam
desenvolver as habilidades que um bom orador deve ter (estas que já vimos
anteriormente e que reforçaremos mais adiante).
43
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
DICAS
FONTE: 5 FILMES que te ensinarão uma lição sobre discurso e oratória. [s.l.: s.n.], 2015. <http://
www.smartalk.com.br/5-filmes-que-te-ensinarao-uma-licao-sobre-discurso-e-oratoria/>.
Acesso em: 23 mar. 2016.
44
TÓPICO 2 | ORATÓRIA E RETÓRICA: O USO DAS PALAVRAS
Muito se fala que a mente move montanhas. Você seria um ímã e atrairia tudo o
que desejasse. A boa fortuna estaria ao alcance de suas mãos (ou melhor, da sua cabeça).
Será? Uma atitude otimista faz um bem danado, sim. Mas ninguém consegue ficar rico só
com a força do pensamento. Saiba como isso funciona!
Esta parte do texto é a introdução, pois aqui são elencadas todas as ideias
que posteriormente serão apresentadas ao leitor no texto. Elas estão organizadas
de maneira clara e simples.
Pense. Em qualquer coisa. Numa casa, por exemplo. Imagine-a pintada de branco,
com janelas azuis e cercada por um terraço com escadas que levam a um jardim. Ali estão
margaridas, girassóis e uma árvore frondosa. Nos 10 segundos que você levou para chegar
até aqui, uma avalanche de sinais nervosos ocorreu no seu cérebro. No córtex (camada
periférica dos hemisférios cerebrais), milhares de neurônios foram acionados e trocaram
informações em frações de segundo. Arquivos de memória foram vasculhados e, sem que
você pudesse controlar ou prever, a imagem de uma casa surgiu em sua mente. Por isso,
você deve ter sentido um bem-estar, uma vontade de possuir essa casa de verdade. Dentro
de nossa caixa craniana ocorrem milhares de outros processos – esse que você acabou de
perceber é o que podemos chamar de pensamento positivo, uma ideia que, nas prateleiras
das livrarias, vem ganhando contornos de magia. Basta ter uma atitude otimista para
atrair o que deseja. Dinheiro, amor, saúde, sucesso. Tudo. Qualquer coisa pode estar ao
seu alcance se você pensar positivamente, com firmeza, dizem os autores de autoajuda.
“Aquilo em que você mais pensa ou se concentra se manifestará”, garante Rhonda Byrne.
Essa australiana de 52 anos alega ter desenterrado uma verdade preservada a sete chaves
por sábios, filósofos, cientistas e gente de sucesso. E revelou sua descoberta no filme O
Segredo, que vendeu mais de 2 milhões de cópias em DVD no mundo inteiro.
45
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
Peça, acredite e receba. Simples assim é a fórmula apresentada por Rhonda Byrne,
autora de O Segredo. “No momento em que você pede alguma coisa, e acredita, e sabe que
já a tem no invisível, o Universo inteiro se move para deixá-la visível”, diz. No livro e no
filme de mesmo nome, não faltam relatos de gente que conseguiu a cura de doenças, o amor
ideal ou até um colar de diamantes como num passe de mágica. O segredo ensinado por
Byrne é observar o Universo como uma lâmpada mágica – e se comportar como o Aladim.
Ao esfregar a lâmpada – ou seja, ao pensar positivamente – seus desejos se materializariam.
FONTE: VERONESE, Michelle. Pensamento Positivo. [s.l.: s.n.], 2007. Disponível em: <http://super.
abril.com.br/historia/pensamento-positivo>. Acesso em: 25 jun. 2016.
Agora que você já sabe como estruturar seu discurso, preste atenção a estas
três dicas importantes para facilitar a elaboração do texto que será a base do discurso,
fazendo com que ele seja coerente e dentro dos padrões esperados. Vamos lá?
1- Pesquise! Para falar sobre determinado assunto, é necessário saber o que está
falando. Leia e informe-se o máximo que puder e isso trará segurança na hora
de falar.
2- Seja certeiro: fale o que as pessoas desejam escutar. Encontre um meio-termo a
partir do qual você possa transmitir a sua mensagem e, ao mesmo tempo, falar
o que as pessoas esperam ouvir.
3- Seja interessante. Procure histórias legais sobre o que está falando, conte piadas
(sem excessos!) e descontraia seu público.
Atente para o fato de que nem todos os públicos vão aceitar piadas ou
desejam escutar algo que as agrade. Observe o contexto na qual sua fala estará
inserida. Marcuschi (2007, p. 40) afirma que
46
TÓPICO 2 | ORATÓRIA E RETÓRICA: O USO DAS PALAVRAS
UNI
Você sabe quais são os maiores oradores da humanidade? Que tal conhecê-los?
Muitos políticos, líderes religiosos, artistas e revolucionários con-
quistaram destaque por meio de suas habilidades com a oratória. Um mau exemplo foi Adolf
Hitler, que, ao longo de seu mandato político, utilizou a propaganda estatal e sua oratória
carismática para persuadir o povo alemão, ressaltando o nacionalismo daquele povo que
sofria com as severas restrições da derrota na Primeira Guerra Mundial.
Por outro lado, Mahatma Gandhi conseguiu liderar a revolução que levou a Índia a
conquistar sua independência por meio de seu discurso pacifista da ‘não violência’ e da
‘verdade’. Muitos reconhecem que ele inspirou outros líderes importantes, como Martin
Luther King e Nelson Mandela.
Recentemente, Barack Obama ganhou fama de excelente orador com seus discursos na
campanha presidencial dos EUA. Sua argumentação elegante, lógica e escolha precisa de
palavras conquistaram o povo americano e praticamente todo o mundo, que torceu por sua
vitória. Seu discurso da vitória é exemplo da simplicidade eficaz de suas falas.
FONTE: VALENTE, Luciano. Oratória e retórica: falar bem e persuadir. [s.l.: s.n.], 2010. <http://
www.scrittaonline.com.br/oratoria-e-retorica-falar-bem-e-persuadir/>. Acesso em: 27 mar. 2016.
47
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
DICAS
Para não errar na hora de falar ao público, eis o que deve ser evitado quanto
aos gestos:
• ajeitar a gravata;
• manusear canetas, chaves ou outros objetos pessoais;
• passar a mão nos cabelos excessivamente;
• coçar a cabeça, o nariz ou as orelhas;
• colocar a mão na boca, bem como roer as unhas;
• cruzar os braços ou colocar as mãos para trás;
• deixar as mãos nos bolsos;
• ficar com as mãos na cintura;
• segurar o microfone com as duas mãos;
• apoiar-se sobre a mesa.
Lembre-se de deixar sempre as mãos livres e à mostra. Mantenha-as no nível da cintura, pois
assim gesticulará normalmente.
FONTE: A ARTE de falar em público sem medo. [s.l.: s.n.], 2015. Adaptado de: <http://artedefalar.
com.br/category/um-curso-revolucionario-rapido-e-eficaz/>. Acesso em: 29 mar. 2016.
48
TÓPICO 2 | ORATÓRIA E RETÓRICA: O USO DAS PALAVRAS
49
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
50
TÓPICO 2 | ORATÓRIA E RETÓRICA: O USO DAS PALAVRAS
51
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
Observe:
52
TÓPICO 2 | ORATÓRIA E RETÓRICA: O USO DAS PALAVRAS
Apesar dos cuidados que devem ser tomados com os aparatos tecnológicos
de apoio, o uso deles é imprescindível para dar suporte ao orador na hora da
sua fala. Portanto, utilizá-los pode facilitar muito o trabalho e o desempenho da
pessoa que os utiliza.
De acordo com Reboul (2004), por ser relacionada com a oratória e com a
dialética, a retórica nos remete a um grupo de regras que faz com que o orador fale
com sutileza, de forma eficaz e que consiga ser persuasivo. Formular um pensamento
e transmiti-lo por meio da fala, mesmo que preparada antecipadamente, requer
grande habilidade em produção textual por parte do orador.
Por ser pautada em regras, a retórica auxilia as pessoas que não são
oradoras natas a organizarem seus pensamentos, fazendo com que, desta forma,
consigam ser bons produtores textuais. Mesmo que o texto seja verbalizado
oralmente, esta prática potencializa também a produção escrita, haja vista o
vínculo existente entre ambos.
Durante longos anos, a retórica foi utilizada para ensinar os jovens, sendo
inclusive ensinada em universidades. Junto com a lógica e com a gramática, ela
fazia parte das três artes liberais, citadas como grandes influenciadoras das áreas
poéticas e políticas (REBOUL, 2004).
53
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
UNI
• Aristóteles era um filósofo grego e foi aluno de Platão. Junto a seus companheiros
Platão e Sócrates, ele é considerado um dos fundadores da filosofia ocidental. Era
considerado um grande orador da Grécia e, em Atenas, fundou o Liceu.
• Cícero era um político da República Romana. Foi eleito cônsul em 63 a.C., junto a Caio. Teve
grande influência na língua latina, tanto que se acredita que toda a história subsequente da
prosa, não apenas no latim, como nas línguas europeias, no século XIX, seja ou uma reação
contra seu estilo ou uma tentativa de retornar a ele. Foi um grande orador.
• Quintiliano foi orador e professor de retórica em Roma, sendo que muitos de seus
alunos foram grandes personalidades romanas. Suas habilidades como orador foram
aprimoradas, pois atuou durante muitos anos como advogado. Quintiliano escreveu
sobre retórica e oratória, sendo que a mais famosa de suas obras é a Institutio Oratoria.
54
TÓPICO 2 | ORATÓRIA E RETÓRICA: O USO DAS PALAVRAS
55
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou que:
56
AUTOATIVIDADE
a)
FONTE: <http://i.istockimg.com/file_thumbview_approve/6310491/6/stock-illustration-
6310491-speakericon.jpg>. Acesso em 5 maio 2016.
b)
FONTE: <https://psicologia.iorigen.com/wp-content/uploads/sites/12/2011/04/
Comunicaci%C3%B3n-persuasiva.jpg>. Acesso em: 5 maio 2016.
2 De acordo com o que foi estudado até aqui, crie, a partir dos seus
conhecimentos, uma palestra. Imagine que você foi convocado a palestrar
acerca de uma temática que seja de seu domínio e desenvolva um roteiro.
Lembre-se das orientações que você recebeu ao longo desta unidade.
57
58
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Placas de trânsito, comunicados, notícias, revistas, outdoors, redes
sociais, editais, manuais de instrução. Para onde quer que possamos ir, estaremos
rodeados de textos, sejam eles verbais ou não, orais ou escritos. Os textos fazem
parte da vida de qualquer ser humano em qualquer país do mundo, pois são o
princípio básico da comunicação humana.
2 OS SENTIDOS DO TEXTO
Quando nos propomos a produzir um texto escrito, temos a consciência de
que ele será lido por alguém, em um determinado lugar e em determinado momento.
O texto, para que possa ser compreendido, necessita de coerência. Mesmo que o
emissor não saiba exatamente o que esta palavra significa, ele, intuitivamente, a
utiliza ao escrever textos que possam ser compreendidos ao serem lidos.
Caso a pessoa que esteja lendo este excerto não tenha nenhum
conhecimento prévio acerca desta temática, não compreenderá do que se trata.
De acordo com Perez (s.d.), três são os princípios básicos para que possamos
compreender melhor o que é coerência textual. Vejamos:
Exemplo de um texto tautológico: Minha mãe está feliz, pois não é todo
dia que se ganha tanto dinheiro. Mesmo tendo agora todo este dinheiro na sua
conta, ela quer trabalhar meio período, pois tem agora mais dinheiro.
60
TÓPICO 3 | O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS
Cabe aqui salientar que a coesão, ou seja, o uso adequado dos conectores
textuais, também é de suma importância para que o texto seja estruturado e
possua sentido. A coerência é um princípio de interpretação, ou seja, o sentido do
texto é sempre depreendido pelo leitor.
Ainda de acordo com Fiorin e Platão (2000), é difícil dar uma definição
exata do que é o texto. Os autores citados, porém, afirmam que todo texto, para
caracterizar-se como tal, deve apresentar coerência e coesão. A ideia central do texto
não pode de forma alguma ser comprometida, portanto, é de responsabilidade
do autor utilizar os conectivos adequados para transmitir a ideia que pretende. O
contexto no qual o texto é produzido também interfere no resultado.
61
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
E
IMPORTANT
62
TÓPICO 3 | O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS
Creme de abacate
Ingredientes:
3 xícaras de polpa de abacate
suco de 1 limão
3 colheres de sopa de açúcar
Modo de fazer:
Bata o abacate, ligeiramente, no liquidificador com o suco de limão.
Acrescente o açúcar e bata levemente de novo. Leve à geladeira apenas por 30
minutos e sirva.
Marcuschi (2010) ainda afirma que o gênero textual constitui textos que
são empiricamente realizados para cumprir determinadas funções em situações
comunicativas específicas. Pode-se afirmar que há um número praticamente
ilimitado de gêneros, organizados dentro de um conjunto aberto e determinados
pela composição, função, estilo e canal de comunicação por meio do qual ele é
veiculado. Já o tipo textual possui características mais fáceis de identificar e é mais
restrito. De acordo com Marcuschi (2010, p. 83), “[...] os gêneros textuais funcionam
como paradigmas porque nos oferecem modelos de comunicação para que esta
seja eficaz, não só verbalmente como também através da produção escrita”.
Quando o autor decide que vai produzir um texto, ele tem que escolher de
que forma deseja transmitir a mensagem, por exemplo, se ele decidir comunicar
algo a alguém que mora em outro país, ou ele enviará um e-mail ou enviará uma
carta. Suponhamos que ele decida escrever uma carta. Para esta carta haverá
uma estrutura que, no caso, é o tipo textual, que se apresentará em forma de
gênero, a carta em si. Marcuschi (2010) afirma que, mesmo que essa carta não
fosse assinada ou datada, por exemplo, ela não deixaria de ser uma carta, pois
cumpre sua função dentro da comunicação.
DICAS
Para que você, futuro professor de Língua Portuguesa, possa utilizar os gêneros
textuais com seus alunos em sala de aula, é de fundamental importância que seja feito um
levantamento a partir da realidade dos alunos para poder trabalhar os gêneros que mais
estão próximos à realidade deles. Este levantamento é necessário para saber o que é ou não
importante que eles saibam. Um exemplo: o gênero textual carta quase não é mais trabalhado,
pois cedeu lugar ao gênero textual e-mail. Você, professor, precisa estar atualizado também
com relação às redes sociais, que a cada dia evoluem. Elas também são gêneros textuais.
63
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
Em meio a uma frente fria que atingiu o Rio nesta quarta-feira (27), a
cidade teve o seu dia mais frio em 2016 nesta quinta-feira (28) em pleno
outono. Segundo o Alerta Rio, foram registrados 16,6º C na estação do
Alto da Boa Vista, na Zona Norte do Rio. Já a maior temperatura foi
registrada na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, com 25,4º C.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram
registrados 17,2º C também no Alto da Boa Vista. A máxima do
dia divulgada pelo instituto foi registrada na Saúde: 23,6º C. Os
ventos fortes causaram ressaca em vários pontos do litoral carioca,
incluindo Arpoador, na Zona Sul, e Piratininga, em Niterói, na Região
Metropolitana (G1, 2016, s.p.).
64
TÓPICO 3 | O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS
MATO OU MORRO
Já este texto tem por intenção criar humor. Não há aí intenção de transmitir
uma mensagem ou de informar algo, apenas divertir o leitor.
UNI
FONTE: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/02/charge-cabo-de-guerra.html>.
Acesso em: 4 ago. 2016.
65
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
TEXTO 1
TEXTO 2
66
TÓPICO 3 | O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS
FIGURA 12 - MAFALDA
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_SekuPoIqqTo/TUxAMg45zqI/AAAAAAAAA0w/atupKgthj8Q/
s640/Mafalda+-+05+-+Dedo+Importante+2.jpg>. Acesso em: 10 maio 2016.
67
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
Neste caso, Mafalda usa a palavra indicador com duplo significado: o dedo
indicador X o indicador do desemprego, o que atribui humor à tira. Neste caso, a
palavra indicador possui mais de um significado, desencadeando, portanto, um
fenômeno chamado polissemia. A polissemia ocorre quando uma palavra possui
mais de um significado, dependendo do contexto no qual ela está inserida. Por
exemplo: a palavra manga pode ser de uma camisa ou a fruta da mangueira.
FIGURA 13 - ANÚNCIO
FONTE: <http://portugues.uol.com.br/public/conteudo/images/anuncio-publicitario(1).jpg>.
Acesso em: 25 abr. 2016.
68
TÓPICO 3 | O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS
3 Contato inicial com o tema em estudo: passar aos alunos uma explicação detalhada
da ambiguidade, a partir de textos de autores que trabalhem com a temática.
5
Organização e sistematização do conhecimento sobre ambiguidade:
estudo detalhado de situação de produção, quais são as principais dúvidas e
dificuldades durante a pesquisa e produção de textos ambíguos.
69
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
70
TÓPICO 3 | O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS
• Estabeleça objetivos. Eles devem ficar claros aos alunos e demonstrarem que cada
conhecimento apresentado possui sua importância. O aluno deve compreender
que nada no projeto é em vão: tudo tem uma razão para ser estudado.
• Discuta a avaliação. Ela deve mostrar que o aluno foi ou não capaz de
compreender o todo, inclusive o objetivo da interdisciplinaridade, a partir da
fusão dos conteúdos estudados.
UNI
Um texto, para abarcar todos estes termos, deve ser coerente e coeso. As ideias
apresentadas no início não devem ser contraditórias. O texto que flui automaticamente
abarca todos estes processos.
71
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
TEXTO 1
TEXTO 2
72
TÓPICO 3 | O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS
TEXTO 3
Desta vez, o poema saiu sem esforço, como se já estivesse pronto dentro
de mim. Gosto desse poema porque vejo nele, em escorço, toda a minha vida;
e também porque parece que nele soube transmitir a tantas outras pessoas a
visão e promessa da minha adolescência - essa Pasárgada onde podemos viver
pelo sonho o que a vida madrasta não nos quis dar. Não sou arquiteto, como
meu pai desejava, não fiz nenhuma casa, mas reconstruí, e “não como forma
imperfeita neste mundo de aparências”, uma cidade ilustre, que hoje não é
mais a Pasárgada de Ciro e sim a “minha” Pasárgada. [...]
FONTE: LEON, L. M. M. O léxico no poema Vou-me embora pra Pasárgada de Manuel Bandeira.
[s.l: s.n., s.d.]. <http://www.filologia.org.br/viicnlf/anais/caderno06-12.html>. Acesso em: 10 ago. 2016.
73
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
TEXTO 4
FONTE: <https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/09/31/35/0931357eb99bea019f-
3f403a7856a872.jpg>. Acesso em: 21 mar. 2016.
FIGURA 15 - MONALISA
FONTE: <http://2.bp.blogspot.com/-_wQYtbqX2u4/Uml4psRTFDI/AAAAAAAAY1E/q9sANnlo_-c/
s1600/mon+bijou+bombril+carlos+moreno+monalisa+em+1998.jpg>. Acesso em: 28 jun. 2016.
De acordo com Koch e Travaglia (1990), cabe ressaltar que os fatores citados
sempre aparecerão no texto inter-relacionados e estabelecendo a coerência textual.
Assim, o texto é visto como uma organização de elementos que permite que o emissor
transmita uma mensagem de forma eficaz ao seu receptor. Para que o emissor consiga
colocar estes fatores todos no texto, é necessário observar o gênero textual.
75
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
Aqui, o professor já pode pedir para que os alunos observem que há mais
de uma rima, e que elas sempre aparecem de forma sequencial. Se for o caso, o
professor já pode explicar os tipos de rimas (interpolada, encadeada). O aluno já
deve ter observado que um poema se estrutura em estrofes. Como o objetivo é
trabalhar com sonetos, ele poderá ler com eles um soneto.
76
TÓPICO 3 | O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS
77
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
Que tal uma sequência didática para incrementar suas aulas de produção
textual? Veja esta sugestão de sequência para a produção de Histórias em
Quadrinhos.
1 Produção inicial
Objetivo: Estabelecer o primeiro contato com o gênero textual.
Procedimentos: i. Conduzir os estudantes até a biblioteca da escola. ii. Orientá-
los a escolher gibis, conforme o título que mais chamar a atenção e fazerem
a leitura. iii. Promover um momento de socialização, no qual cada estudante
contará de forma resumida a história lida.
Recursos: Gibis
Tempo previsto: 1 aula (50 minutos)
3 Comparação de textos
Objetivo: Estabelecer a diferença entre um texto em prosa e uma HQ.
Procedimentos: i. Apresentar para os estudantes a HQ “Cascão – Os 3
Porquinhos”, de Maurício de Sousa. ii. Fazer uma leitura coletiva, cada pessoa
lê um quadrinho. iii. Estabelecer uma conversa informal sobre o texto lido,
indicando quais os aspectos que mais chamaram atenção. iv. Perguntar aos
estudantes quais as diferenças percebidas entre o conto lido na aula anterior e
o quadrinho em estudo. A diferença se dá apenas na forma como a história é
contada? E a estética do texto, em que se diferenciam? v. Em seguida, propor
uma interpretação escrita do texto, estabelecendo um paralelo entre o conto e a
HQ. vi. Correção da interpretação escrita.
Recursos: fotocópias
Tempo previsto: 2 aulas (100 minutos)
78
TÓPICO 3 | O TEXTO E A COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS
7 Analisando vídeos
Objetivo: Analisar os vídeos, verificando os diferentes valores entre quem mora
no campo e quem mora na cidade.
Procedimentos: i. Sensibilizar a turma para apreciação dos vídeos. ii. Exibir
os vídeos “Na roça é diferente” e “Chico Bento na roça”. iii. Estimular os
estudantes a explicitarem o que mais chamou atenção no vídeo (linguagem,
79
UNIDADE 1 | APLICAÇÕES DA ORALIDADE E DA ESCRITA: A ARGUMENTAÇÃO E O RACIOCÍNIO
FONTE: SANTOS, Elane et al. A sequência didática como faclitadora do ensino de leitura e escrita
a partir de gêneros textuais. Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos. Cadernos do
CNLF, Vol. XVII, n. 3 - Minicursos e Oficinas. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2013.
80
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
• O texto sempre será escrito com alguma finalidade (de alguém, para alguém
que está em determinado lugar, em determinado contexto).
81
• A informatividade é o fator que analisa a importância das informações a serem
transmitidas por determinado texto.
82
AUTOATIVIDADE
FONTE: Operários, 1933, óleo sobre tela, 150x205 cm, (P122), Acervo Artístico-Cultural dos
Palácios do Governo do Estado de São Paulo
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de ensino contém três tópicos. No final de cada um deles, você
encontrará atividades que contribuirão para a apropriação dos conteúdos.
85
86
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico. A partir desta unidade, mais especificamente neste
tópico, estudaremos de modo mais aprofundado os tipos textuais e os gêneros.
Ao longo desta etapa de seus estudos você conhecerá as principais características
e compreenderá o funcionamento de cada um dos tipos textuais. A partir desta
análise, você compreenderá que cada um possui determinada função dentro da
língua portuguesa.
2 TEXTO NARRATIVO
Quem nunca ouviu ou contou uma história? Seja na escola, no ambiente
familiar ou entre amigos, sempre ouvimos e contamos histórias. Quando
realizamos esta ação, estamos narrando algo, ou seja, mesmo que informalmente,
estamos produzindo um texto narrativo. De acordo com Andrade e Medeiros
(2001), a narrativa estrutura-se em quatro fases. A primeira é a criação da
expectativa, ou seja, o momento no qual são apresentados o espaço, o tempo, os
personagens. Em seguida, há a quebra da expectativa, que é, conforme Andrade
e Medeiros (2001), resultado da movimentação dos personagens. A terceira fase é
a tentativa de resolução do conflito, que busca solucionar o problema do enredo,
e a avaliação constitui a última fase, que é uma lição de moral ou uma conclusão
acerca do que ocorreu ao longo da narrativa.
a) Narrador: é aquele que conta a história. O narrador pode ser onisciente neutro,
onisciente intruso ou personagem.
87
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
Já era dia quando os irmãos decidiram voltar para casa. O trajeto era longo, mas
eles permaneceram acordados, conversando e mantiveram-se atentos ao caminho. Quando
chegaram em casa, a mãe aflita ainda os esperava acordada.
88
TÓPICO 1 | A TIPOLOGIA TEXTUAL: PRÁTICA E ANÁLISE DOS DIFERENTES TIPOS DE TEXTOS
89
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
Texto 1
Durante a reunião, o funcionário questionou:
- Quando teremos acesso às novas planilhas de gestão?
Nervoso com a interrupção, o gerente respondeu:
- Assim que estiverem prontas, as disponibilizaremos.
Texto 2
Durante a reunião, o funcionário perguntou quando teriam acesso às novas
planilhas de gestão. O gerente, nervoso com a interrupção, respondeu que, assim que
estiverem prontas, eles as disponibilizarão.
Texto 3
Durante a reunião, o funcionário perguntou quando teriam acesso às novas
planilhas de gestão. – Assim que prontas, as disponibilizaremos – disse o gerente, nervoso
com a interrupção.
90
TÓPICO 1 | A TIPOLOGIA TEXTUAL: PRÁTICA E ANÁLISE DOS DIFERENTES TIPOS DE TEXTOS
Recuperei o bom senso, por um instante, mas não durou mais que isso,
pois, novamente, brotam outros pensamentos: o nascimento dos filhos e a
ascensão profissional.
Minutos depois, tudo acabara. Diante de mim havia só um espelho,
cujo reflexo já não era de um cenário fantasioso de minha mente.
3 TEXTO DESCRITIVO
Descrever. Este é o verbo que caracteriza o texto descritivo. Observe o
texto que segue:
Na praia, vimos um belo pássaro. Ele era grande, acinzentado. Com patas grandes,
que se destacavam do restante do corpo. Seu bico, curvado e longo, era interessante de se
observar. O pássaro voava com as asas abertas em círculos e, de vez em quando, vinha ao
chão, mas por pouco tempo. Andava de um lado para outro, e logo levantava voo. Depois
de um tempo, descobrimos que o pássaro era uma bela gaivota.
91
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
UNI
Que tipo de descrição você acha que é esta? Acertou quem disse objetiva.
Aqui, estão sendo dadas informações precisas acerca de um determinado homem.
Não são expostas as impressões do autor do texto. Agora, observe a descrição do
mesmo homem:
O homem era alto e moreno. Pele ressecada pelo vento, cabelos lindos, encaracolados,
que lhe cobriam a nuca. Seus olhos eram da cor da madeira, e uma marca no olho mostrava
que, no passado, ele lutou. Sua roupa descrevia sua humildade: casaco, calça rasgada e
chinelos de dedo.
92
TÓPICO 1 | A TIPOLOGIA TEXTUAL: PRÁTICA E ANÁLISE DOS DIFERENTES TIPOS DE TEXTOS
Neste caso, foi feita a descrição do mesmo homem, porém, aqui estão
colocadas as impressões do autor. Em uma descrição rica em detalhes, podem
aparecer características de ambos os tipos de descrição. Este recurso a torna mais
completa e facilita o alcance do objetivo proposto.
QUADRO 3 - DESCRIÇÃO
Assim como cada tipologia caracteriza-se por exercer uma função social
específica (TRAVAGLIA, 1991), a descrição também possui suas funções. Devemos
saber utilizar corretamente cada um dos tipos de descrição no momento específico
de interação, por exemplo, descrever uma pessoa pela qual nós sentimos afeto
não é o mesmo que descrever uma pessoa para a elaboração de um retrato falado.
4 TEXTO DISSERTATIVO
Vamos lá, acadêmico! Você já estudou dois dos cinco tipos textuais, que,
de acordo com Travaglia (1991), definem-se como aqueles que podem instaurar
um modo de interação, de acordo com perspectivas que podem variar. Que tal
estudarmos mais um deles?
93
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
4.1 DISSERTAÇÃO-EXPOSIÇÃO
A dissertação-exposição, conforme o nome já nos sugere, expõe temas
que estejam sendo veiculados e discutidos amplamente na mídia. Os fatos são
apenas apresentados, não havendo uma discussão acerca do que está sendo
abordado. Isso ocorre porque, como os fatos são conhecidos por todos, pois
já foram divulgados através dos veículos de comunicação, não há muito a ser
argumentado. A seguir, apresentamos um excerto de uma dissertação-exposição.
4.2 DISSERTAÇÃO-ARGUMENTAÇÃO
Agora, observe a diferença que há na composição de uma dissertação-
argumentação: enquanto a dissertação-exposição apenas expõe, a dissertação-
argumentação nos leva a refletir mais acerca do tema que está sendo abordado.
Seu principal foco é formar a opinião do leitor. Este tipo de texto abre para uma
discussão maior, sendo que argumentos são desenvolvidos para defender a ideia
exposta. Observe a seguir um exemplo de dissertação-argumentação:
94
TÓPICO 1 | A TIPOLOGIA TEXTUAL: PRÁTICA E ANÁLISE DOS DIFERENTES TIPOS DE TEXTOS
DICAS
5 TEXTO INJUNTIVO
O tipo textual injuntivo tem por intenção, de acordo com Duarte (2015),
orientar e, em alguns casos, ordenar, sendo marcado pelo caráter instrucional. No
gênero injuntivo, podemos citar como exemplos a bula de medicamentos, o manual
de instruções, textos de autoajuda e outros textos que tenham como finalidade
a orientação acerca de como utilizar algum produto, montar algum objeto ou
manusear algum eletrônico ou, ainda, de como agir em determinada situação.
95
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
aquáticas
sabão
Você Mesmo
96
TÓPICO 1 | A TIPOLOGIA TEXTUAL: PRÁTICA E ANÁLISE DOS DIFERENTES TIPOS DE TEXTOS
A função do texto injuntivo vai além de informar, por isso, difere muito do
texto jornalístico. Ele, além de informar, ensina, orienta, explica e não tem como
objetivo convencer o leitor acerca de algo. Outra característica do texto injuntivo
é que ele deve ser escrito em uma linguagem simples e direta, para que o leitor
consiga compreender o que está escrito sem haver maiores problemas. Um manual
de uma máquina de lavar, por exemplo, deve ser escrito levando em consideração
que o leitor pode não ter conhecimento algum sobre instalação. Veja:
Manual de Instruções
Instalação: Prefira sempre os serviços da Rede de Assistência Técnica
Brastemp para realizar desde a instalação até a manutenção de seus produtos
com tranquilidade e segurança.
1° passo: Veja se a tomada onde o produto será instalado tem o novo padrão
plugue, segundo o INMETRO.
2° passo: Verifique se a tensão da rede elétrica no local de instalação é a mesma
indicada na etiqueta do plugue da sua lavadora.
3° passo: Nunca altere ou use o cabo de força de maneira diferente da
recomendada. Se o cabo de força estiver danificado, chame a Rede de Serviços
Brastemp para substituí-lo.
4° passo: Verifique se o local de instalação possui as condições adequadas
indicadas no Manual do Consumidor:
- A pressão da água para abastecimento deve corresponder a um nível de 2 a
80 m acima do nível da torneira;
- Recomenda-se que haja uma torneira exclusiva para a correta instalação da
mangueira de entrada;
- É obrigatória a utilização de uma torneira com rosca ¾ de polegada para
a instalação da mangueira de entrada de água, a não utilização dela pode
gerar vazamentos.
- A mangueira de saída deve ser instalada no tanque (utilizando a curva
plástica) ou em um cano exclusivo para o escoamento, com diâmetro mínimo
de 5 cm. O final da mangueira deve estar a uma altura de 0,85 a 1,20 m para
o correto funcionamento da Lavadora.
Caso o local de instalação não tenha as condições adequadas, providencie
as modificações, consultando um profissional de sua confiança.”
97
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
AUTOATIVIDADE
BOLO DE FELICIDADE
Ingredientes:
1 xícara de Amizade;
1 xícara de Paciência;
2 xícaras de Compreensão;
1 xícara de Humildade;
1 copo grande (transbordando) de Alegria;
1 pitada de Bom Humor;
1 colher de sopa de Fé.
Modo de fazer:
6 TEXTO EXPOSITIVO
Este tipo textual é escrito com a intenção de apresentar um conceito ou
ideia. Colóquios, seminários, artigos, palestras podem ser inclusos nesta sequência
tipológica de base. Como recursos linguísticos, geralmente o autor utiliza a
definição, a comparação, a informação e a enumeração. Os textos expositivos
podem classificar-se em expositivo-argumentativo e expositivo-informativo.
98
TÓPICO 1 | A TIPOLOGIA TEXTUAL: PRÁTICA E ANÁLISE DOS DIFERENTES TIPOS DE TEXTOS
FONTE: <http://educacao.globo.com/portugues/assunto/textoargumentativo/argumentacao.
html>. Acesso em: 12 jul. 2016.
99
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
Carolina Vellei
Quantas vezes você já leu um texto e não entendeu nada do que estava
escrito ali? Leu, releu e, mesmo assim, ainda ficou com um nó na cabeça? Eu
mesma já fiquei assim muitas vezes! Pensando nisso, listamos quatro técnicas para
fazer de você um mestre na interpretação! Depois disso, vai ficar fácil entender
até os mais complexos manuais de instrução (ok, talvez nem tanto, mas você vai
arrebentar no vestibular!).
Sabendo disso, aqui vão quatro dicas para fazer com que você consiga
atingir essas três etapas! Confira a seguir:
100
TÓPICO 1 | A TIPOLOGIA TEXTUAL: PRÁTICA E ANÁLISE DOS DIFERENTES TIPOS DE TEXTOS
2) Faça paráfrases
Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases,
que é uma explicação ou uma nova apresentação do texto, seguindo as ideias
do autor, mas sem copiar fielmente as palavras dele. Existem diversos tipos de
paráfrase, só que as mais interessantes para quem está estudando para o vestibular
são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e a paráfrase-esquema.
– Paráfrase-resumo: comece sublinhando as ideias principais, selecione as
palavras-chave que identificar no texto e parta para o resumo. Atente-se ao
fato de que resumir não é copiar partes, mas sim fazer uma indicação, com suas
próprias palavras, das ideias básicas do que estava escrito.
– Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a
sua participação com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as
qualidades e defeitos da produção, justificando o porquê.
– Paráfrase-esquema: depois de encontrar as ideias ou palavras básicas de um
texto, esse tipo de paráfrase apresenta o esqueleto do texto em tópicos ou em
pequenas frases. Você pode usar setinhas, canetas coloridas para diferenciar as
palavras do seu esquema… Vai do seu gosto!
3) Leia no papel
Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias
de mistério em um Kindle, um tipo de leitor digital, foram significantemente
piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que aqueles que leram a mesma
história em papel. Os pesquisadores justificam que a falta de possibilidade de virar
as páginas pra frente e pra trás ou controlar o texto fisicamente (fazendo notas
e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e reduz a memória de longo
prazo do texto e, portanto, a sua capacidade de interpretar o que aprendemos. Ou
seja, sempre que possível, estude por livros de papel ou imprima as explicações
(claro, fazendo um uso sábio do papel, sem desperdícios!). Vale fazer notas em
cadernos, pois já foi provado também que quem faz anotações à mão consegue
lembrar melhor do que estuda.
101
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
Depois de treinar bastante e ler muito, você estará pronto para interpretar
os mais diversos tipos de texto! Mãos à obra!
FONTE: <http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/dicas-estudo/2015/03/13/veja-4-tecnicas-para-
virar-um-especialista-em-interpretacao-de-texto/>. Acesso em: 12 jul. 2016.
102
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O bom uso dos tipos textuais dá ao autor a possibilidade de deixar mais claras
as suas intenções ao escrever o texto.
• No texto descritivo, o autor escreve suas impressões acerca do que está sendo
descrito e revela aspectos físicos e psicológicos.
• O texto injuntivo tem por intenção orientar e, em alguns casos, ordenar, sendo
marcado pelo caráter instrucional.
103
AUTOATIVIDADE
a) vender um produto;
b) ensinar um procedimento;
c) fazer humor;
d) expor uma opinião;
e) informar e aconselhar.
104
A violência é outro aspeto negativo da televisão, em geral. As crianças
e os jovens tendem a imitar os comportamentos violentos dos heróis, o que
pode colocar em risco a vida deles. O mesmo acontece com o visionamento de
cenas de sexo. As crianças formam uma imagem distorcida da sua sexualidade,
potenciando a prática precoce de sexo e suscitando distúrbios afetivos.
FONTE: <http://bastaexistirparasesercompleto.blogspot.com.br/2014/01/texto-expositivo.
html>. Acesso em: 21 ago. 2016.
105
106
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Nesta etapa de estudos, você conhecerá quais são as principais características
linguísticas dos textos e o que faz com que se classifiquem em determinados gêneros.
Conforme já estudamos, dependendo da intenção de cada texto, são necessários
alguns cuidados para que se consiga alcançar os objetivos propostos. Está pronto
para estudar alguns dos gêneros textuais mais utilizados no dia a dia?
2 TEXTOS JORNALÍSTICOS
Todos nós, em algum momento de nossas vidas, já lemos um jornal
impresso, assistimos a um pela televisão, ouvimos pelo rádio ou o lemos pela
internet. Os jornais são veículos de comunicação muito presentes no dia a dia de
todas as pessoas, pois sua função básica é comunicar. Através dos jornais, podemos
saber o que ocorre na nossa comunidade, no nosso país e no restante do mundo.
107
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
108
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
FONTE: <http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2016/04/crianca-de-dois-anos-e-
sequestrada-em-salgueiro-no-sertao-de-pe.html>. Acesso em: 27 maio 2016.
Cada jornal atinge um determinado público-alvo, o que faz com que sua
estrutura seja direcionada a este determinado público. Por exemplo, a notícia lida
se trata de uma notícia de âmbito policial, ou seja, informa os leitores acerca de um
sequestro. Certamente, ela interessará mais a pessoas adultas, que procuram manter-se
informadas acerca dos acontecimentos da região e do mundo. Veja esta outra notícia:
109
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
FONTE: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2015/08/1669001-food-trucks-para-
criancas-sao-atracao-em-shoppings-de-sao-paulo.shtml>. Acesso em: 21 ago. 2016.
UNI
A Folhinha de São Paulo é uma sessão do jornal Folha de são Paulo dedicada a
notícias relacionadas ao público infantil. Existem, hoje, vários outros jornais especificamente
direcionados ao público infantil e adolescente, nos quais todas as notícias e reportagens são
adaptadas ao seu linguajar.
110
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
Tipos de argumento
111
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
112
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
A elevação nos preços das passagens aéreas foi notável no ano passado.
Elas ficaram 53% mais caras. Isso se deu porque a demanda foi maior do que
a oferta, dessa forma, as empresas perceberam que a renda também havia se
elevado. O número de pessoas que passaram a optar pela viagem de avião para
se locomover dentro do país cresceu consideravelmente. De janeiro a novembro
de 2011, 16,63% foi o aumento no número de passageiros em relação ao mesmo
período de 2010.
Isso ocorre porque a condição financeira da família brasileira melhorou
e a facilitação na compra de passagens aéreas também, com melhores condições
de crédito. Sendo assim, há espaço para os preços subirem, pois por mais que
encareçam, ainda é possível comprá-las mesmo em parcelas. Nunca voar de
aviãozinho pra buscar o seu benzinho foi tão fácil! [...]
113
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
AUTOATIVIDADE
Ivan Marques
Carolina Ricardo
114
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
Recente pesquisa realizada pelo Sou da Paz com mais de 14 mil armas
apreendidas pela polícia na cidade de São Paulo demonstra que 80% delas têm
origem nacional, tendo entrado legalmente no mercado e, em algum momento,
foram desviadas para a mão de criminosos. Essa mesma pesquisa aponta que
64% das armas apreendidas nas mãos de criminosos foram fabricadas antes do
estatuto, o que comprova que o descontrole sobre as armas é nocivo até hoje
para a segurança pública.
Quem defende a revogação do estatuto diz ainda que o controle atual
sobre as armas é falho. Mas como explicar que o novo projeto de lei apresentado
passa a permitir que civis andem armados nas ruas, que mais de 600 munições
possam ser compradas anualmente e por arma, que se reduza a idade mínima
para o porte de armas para 21 anos e que se reduzam penas de crimes como o
"comércio ilegal de arma de fogo"?
Tudo indica que quem quer a revogação do estatuto quer mesmo é que
se amplie o mercado da poderosa indústria de armas no Brasil, ainda que à
custa de mais mortes. Por fim, há o grande argumento do direito à defesa.
Ninguém é contra o direito individual das pessoas se defenderem. O ponto é
que as armas não defendem. Elas matam. É possível contar nos dedos os casos
em que as armas foram usadas com sucesso para a defesa pessoal.
Em todos os outros casos, elas foram parar nas mãos dos criminosos
ou, pior, usadas para encerrar, de forma fatal, discussões banais em conflitos
entre pessoas que se conheciam. Estamos diante de interesses pouco claros,
que buscam a revogação da lei que estabelece o controle de armas no país. Ou
a sociedade brasileira se posiciona diante deste fato, ou corremos o risco de
voltar à década de 90, com pessoas armadas em cada esquina, acreditando em
sua defesa, mas sem capacidade para usá-las.
FONTE: MARQUES, Ivan. Facilitar porte de armas não melhora defesa pessoal. 24 de abril de
2015. Disponível em <http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2015/04/24/facilitar-porte-de-
armas-nao-melhora-defesa-pessoal.htm>. Acesso em: 27 maio 2016.
115
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
DICAS
Andréia Barros
Entre os tantos desafios já existentes na rotina escolar, está posto mais um.
O bullying escolar - termo sem tradução exata para o português - tem sido cada
vez mais reportado. É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica,
ocorre repetidamente e intencionalmente e ridiculariza, humilha e intimida suas
vítimas. "Ninguém sabe como agir", sentencia a promotora Soraya Escorel, que
compõe a comissão organizadora do I Seminário Paraibano sobre Bullying Escolar,
que reuniu educadores, profissionais da Justiça e representantes de governos nos
dias 28 e 29 de março, em João Pessoa, na Paraíba. "As escolas geralmente se
omitem. Os pais não sabem lidar corretamente. As vítimas e as testemunhas se
calam. O grande desafio é convocar todos para trabalhar no incentivo a uma
cultura de paz e respeito às diferenças individuais", complementa.
116
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
FONTE: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/bullying-preciso-levar-serio-431385.shtml>.
Acesso em: 27 maio 2016.
117
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
Para que a reportagem seja bem elaborada, deve ser tomado muito
cuidado com a linguagem utilizada, que deve ser clara, objetiva e direta, sem
muitos rodeios. É um texto que deve ser compreendido por todos os que o lerem,
portanto, a linguagem deve ser acessível. Neste caso, diferentemente do artigo de
opinião, o autor deve ser totalmente imparcial, e somente informar, sem emitir
opinião sobre o assunto. Andrade e Medeiros (2001) afirmam que é o leitor que
deve tirar suas próprias conclusões.
118
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
Exemplo:
119
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
FONTE: Adaptado de: MALAN, Cecília. G1. Educação no Brasil melhora, mas país continua entre os
piores do mundo. <http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/02/educacao-no-brasil-melhora-
mas-pais-continua-entre-os-piores-do-mundo.html>. Acesso em: 22 out. 2016.
Observe que o trecho sublinhado sinaliza uma fala que procede de uma
conversa realizada com um representante da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). Assim, esta reportagem possui em seu
complemento uma entrevista complementar caracterizada, com a finalidade de
que o leitor compreenda melhor o episódio. A instituição é identificada, pois tem
relevância (observe que se caracteriza como um argumento de autoridade). O
discurso é indireto.
120
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
Por que o senhor defende que deve existir uma gramática brasileira?
Essa ideia de que exista uma coisa chamada “lusofonia”, com vários países de
língua portuguesa, é uma bobagem. É uma posição absolutamente neocolonial
e que não tem nada a ver com a realidade. Não é nada mais do que um projeto
profundamente português. Aqui no Brasil, quando se fala em lusofonia, as
pessoas nem sabem o que é. Somos, no Brasil, 90% dos falantes de português
no mundo. Então, se alguém tem de mandar na língua somos nós, embora
os portugueses achem isso terrível (risos). Eles não têm a menor importância
numérica no mundo, comparando-os ao Brasil, mas ainda têm esse saudosismo
imperial de querer mandar na língua. Mas a coisa é diferente.
FONTE: <http://www.jornalopcao.com.br/entrevistas/o-portugues-brasileiro-precisa-ser-reconhecido-
como-uma-nova-lingua-e-isso-e-uma-decisao-politica-37991/>. Acesso em: 27 maio 2016.
121
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
E
IMPORTANT
No caso das entrevistas por escrito, como você pôde também observar, elas
geralmente possuem um título bem definido (chamado também de manchete).
Neste caso, o título é uma parte da fala do entrevistado. Há também uma
apresentação breve do entrevistado e que pontos serão abordados na entrevista.
Em seguida, são apresentadas ao leitor as perguntas e as respostas, que são
redigidas fielmente ao que foi respondido. As entrevistas (ou parte delas) são
muito usadas nas reportagens.
3 TEXTOS CIENTÍFICOS
A partir de agora, passaremos a estudar um pouco acerca dos textos
científicos. Este tipo de texto busca abordar alguma teoria ou conceito, sempre com
base científica. A linguagem do texto de caráter científico deve ser cuidadosamente
planejada, pois além de clara, não pode dar espaço para duplas interpretações. A
linguagem, por ser científica, muitas vezes possui termos específicos que tornam
este tipo de texto mais voltado ao público-alvo, que varia conforme a área de
conhecimento. Muitas vezes, o texto científico é uma produção que resulta de
alguma experiência ou de pesquisa, conforme veremos adiante.
122
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
E
IMPORTANT
Por ser um gênero textual que abrange textos de extensão maior do que os
demais trabalhados aqui, não colocaremos nenhum exemplo de artigo científico aqui, mas
sugerimos que você visite a página SCIELO e acesse os artigos que lá estão disponibilizados.
Para que o leitor consiga compreender o que está sendo lido em um texto
científico, é necessário que haja conhecimento prévio do assunto tratado, através
da leitura de textos menos complexos. Isto ocorre porque no texto científico a
teoria é tratada de modo mais aprofundado. Quando se trata, por exemplo, de
um texto científico acerca do degelo das calotas polares, este tema será abordado
de forma científica, com amplo aprofundamento no tema e uso de conceitos
específicos da área científica. É diferente, por exemplo, de uma reportagem acerca
do tema, que trará apenas informações relevantes.
3.1 RESUMO
Acadêmico, você deve estar se perguntando: por que resumir um texto?
Qual a finalidade? Bom, a verdade é que se resumo não fosse bom, nossos
professores não insistiriam tanto em nos ensinar ou aconselhar que fosse feito e,
as revistas, eventos e trabalhos não exigiriam um, não é mesmo?
Você deve estar pensando que não é muito fácil expor o texto em um
número reduzido de linhas. Mas, não se preocupe, existem inúmeras dicas a
serem seguidas para que um bom resumo possa ser elaborado.
123
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
NOTA
E
IMPORTANT
124
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
Ainda não conseguiu captar a estrutura? Vamos, então, verificar onde está
a dificuldade no processo de resumir?
AUTOATIVIDADE
( ) Resumo 1
No artigo “A cultura da paz”, Leonardo Boff defende a necessidade de
construirmos a cultura da paz a partir de nós mesmos. O autor considera que isso
é possível, uma vez que o homem é dotado de características genéticas especiais
que lhe permitiriam vencer a violência.
( ) Resumo 2
Leonardo Boff inicia o artigo “A cultura da paz” apontando o fato de que vivemos
em uma cultura que se caracteriza fundamentalmente pela violência. Diante disso,
o autor levanta a questão da possibilidade de essa violência poder ser superada
ou não. Inicialmente, ele apresenta argumentos que sustentam a tese de que seria
possível, pois as próprias características psicológicas humanas e um conjunto de
125
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
126
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
poder dessas forças, Boff (a, c) considera que, nesse momento, é indispensável
estabelecermos uma cultura de paz contra a violência, pois esta estaria nos
levando à extinção da vida humana no planeta (e; g). Segundo o autor, (c) seria
possível construir essa cultura, pelo fato de que os seres humanos são providos
de componentes genéticos que nos permitem sermos sociais, cooperativos,
criadores e dotados de recursos para limitar a violência e de que a essência
de ser humano seria o cuidado (f, g), definido pelo autor (c) como sendo uma
relação amorosa com a realidade, que poderia levar à superação da violência (d,
g). A partir dessas constatações, o teólogo (c) conclui, incitando-nos a despertar
as potencialidades humanas para a paz, construindo a cultura da paz a partir de
nós mesmos, tomando a paz como projeto pessoal e coletivo (e, f, g).
127
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
128
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
129
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
DICAS
130
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
AUTOATIVIDADE
3.2 RESENHA
A resenha é um texto em forma de síntese que expressa a opinião do
autor sobre um fato, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições,
shows, entre outros. Ao escrever uma resenha, você deve levar em consideração
que estará escrevendo para seu professor e/ou tutor que, se indicou a leitura, deve
conhecer a obra. Portanto, ele avaliará não só sua leitura, através do resumo que
faz parte da resenha, mas também sua capacidade de opinar sobre ela (LOUSADA;
ABREU-TARDELLI, 2004).
131
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
NOTA
132
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
“Animais fantásticos e onde habitam” e “Quadribol através dos séculos”) foi uma “novíssima
tradução dos contos feita por Hermione Granger”, a amiga sabida de Harry Potter (d). O livro
de Rowling (a) traz cinco “histórias populares para jovens bruxos e bruxas”, mas que, com as
notas explicativas da autora, podem ser perfeitamente lidas pelos “trouxas” (como Rowling
se refere às pessoas sem poderes mágicos, como nós). Nessas notas, Rowling (a) esclarece
alguns termos próprios do mundo dos bruxos, por exemplo, “inferi”, que “são cadáveres
reanimados por magia” (e).
No mundo dos bruxos, Beedle, poder-se-ia dizer, tem a importância do escritor
dinamarquês Hans Christian Andersen e suas histórias se assemelham em muitos aspectos aos
nossos contos de fada. Aliás, seus contos tiveram o mesmo destino dos nossos contos de fadas,
ou seja, caíram no gosto das crianças e, como lemos no prefácio do livro, são usualmente
contadas antes de dormir. Ademais, como afirma Rowling, nesses contos, assim como costuma
acontecer nos contos de fadas, “a virtude é normalmente premiada e o vício castigado”.
Nos contos de Beedle, no entanto, a magia nem sempre é tão poderosa quanto se
pensa: seus personagens, apesar de serem dotados de poderes mágicos, não conseguem
resolver seus problemas somente com magia. As histórias mostram, desse modo, que, ao
contrário do que se pensa, a mágica pode tanto resolver quanto causar problemas ou pode
também não ter efeito nenhum (f).
Quanto às heroínas do livro, elas são em geral bem diferentes daquelas dos contos
de fada “tradicionais”, ou seja, ao invés de esperarem por um príncipe que as venham
salvar, elas enfrentam o próprio destino. No conto “A Fonte da Sorte”, por exemplo, são
as três bruxas, Asha, Altheda e Amata, que procuram (juntas) a solução para seus próprios
problemas. Elas buscam amor, esperança e a cura para uma doença na chamada “fonte
da sorte”. Ao final da estória, elas alcançam aquilo que desejam, muito mais por méritos
próprios do que pela magia das águas da fonte que, mesmo sem saberem, “não possuíam
encanto algum” (g).
Na verdade, os heróis dos contos não são aqueles com maiores poderes mágicos,
mas sim aqueles que demonstram bom senso e que agem com gentileza. Um exemplo
é “O conto dos três irmãos”, em que o irmão mais novo, ao se confrontar com a Morte
“em pessoa”, não tenta trapaceá-la nem fazer mal a alguém. Desse modo, ao contrário dos
seus irmãos, ele tem um final feliz, pois “acolheu, então, a Morte como uma velha amiga e
acompanhou-a de bom grado, e, iguais, partiram desta vida” (g).
Para aqueles que sentiam falta de Dumbledore, o poderoso mago Diretor
de Hogwarts, J. K. Rowling (a) mata um pouco da saudade: no final de cada conto, há
explicações e comentários do bruxo, os quais foram encontrados após sua morte. Suas
explanações são bem pertinentes: elas mostram, por exemplo, que no mundo dos bruxos
existia um preconceito contra os não bruxos (os “trouxas”), a ponto de excluí-los dos contos,
ou dar-lhes apenas o papel de vilões, e também alertam para o fato de que alguns dos contos
foram censurados ao longo da história e adaptados para que se tornassem “adequados para
as crianças”. (g) Isso se assemelha muito àquilo que aconteceu com os contos de fada de
um modo geral, os quais sofreram mudanças no enredo para que pudessem se adequar
melhor à escola e ao mundo da criança. No entanto, os contos que nos são apresentados
no livro são, segundo Dumbledore, os originais, ou seja, são os contos escritos por Beedle
há muito tempo, sem adaptações (g). Outras questões são trazidas à tona nos contos:
amor, tolerância, sentimentos e, como se viu, até mesmo a morte. Isso porque as histórias
mostram como a magia não pode resolver tudo e o quão inútil é lutar contra a morte. Sabe-
se que a mágica não é capaz de restituir o bem mais precioso: a vida (h).
Os contos, traduzidos por Hermione Granger das runas, são inéditos, com exceção
de “O conto dos três irmãos”, uma história contada para Harry, Rony e Hermione no sétimo
livro da série de aventuras de Harry Potter (no capítulo 21, que leva o mesmo título do
conto), que tem papel crucial no fim da saga do jovem bruxo (i).
Quanto às ilustrações do livro, quem as assina é a própria J. K. Rowling (a), que
doou parte do lucro obtido com a venda de Os Contos de Beedle, o Bardo para o “Children’s
High Level Group”, uma organização responsável por ajudar cerca de um quarto de milhão
de crianças a cada ano (i, j).
133
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
FONTE: <http://cdn3.lendo.org/wp-content/uploads/2009/04/modelo-resenha-critica.pdf>.
Acesso em: 4 jun. 2016.
AUTOATIVIDADE
Autor
Função social do autor
Destinatário real
Imagem que o autor tem que ter de seu destinatário
Tema/objeto
Locais e/ou veículos onde o texto possivelmente circulará
Momento da produção
Objetivo do autor do texto
Aspectos para valorizar o artigo
Restrições em relação ao artigo
Resuma as principais etapas do texto lido, para tanto, inicie escrevendo: O
artigo de (nome do autor), (...). O objetivo do autor (...). Para isso (...). O artigo
divide-se em (...). Primeiro (...). No item seguinte (...). Finalmente (...). O autor
conclui (...).
134
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
4 TEXTOS HUMORÍSTICOS
Acadêmico, será que é possível aprender a língua portuguesa através da
leitura de textos humorísticos? As piadas, as tirinhas humorísticas, as histórias
em quadrinhos, as charges são bons exemplos desse gênero.
FIGURA 17 - HUMOR
FONTE:<http://ginasiocoreau.blogspot.com.br/2013/11/ambiguidade-em-generos-textuais-do.html>.
Acesso em: 19 jun. 2016.
135
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2014/30_letras_
portugues_licenciatura.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2016.
Dessa maneira, permita que seus alunos tenham acesso aos mais variados
gêneros textuais, incluindo os textos humorísticos.
136
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
Assim, para que o leitor entenda melhor o que está acontecendo nas HQs,
há um balão de acordo com cada caso, que objetiva deixar a história com mais
vida e clareza. Observe os principais balões de diálogo:
FONTE: <http://www.eraumavezbrasil.com.br/voce-sabia-que-existem-diversos-tipos-de-
baloes/>. Acesso em: 19 jun. 2016.
137
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
NOTA
NOTA
138
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
4.2 ANEDOTAS
As anedotas são um gênero que proporciona o entretenimento ao receptor
e/ou leitor. Em outras palavras, a anedota é um relato breve de um acontecimento
curioso ou divertido e, muitas vezes, baseado em fatos reais (POSSENTI, 1998).
[...] argumentar que um texto impõe a seus leitores uma leitura única,
sob pena de não entenderem sua razão de ser, não é a mesma coisa que
dizer que o leitor é um receptor passivo de um texto, diante do qual só
lhe resta a mera decodificação, isto é, o agenciamento puro e simples
de seu conhecimento linguístico (POSSENTI, 1998, p. 60).
139
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
FIGURA 19 - ANEDOTA
FIGURA 20 - ANEDOTA
FONTE: <http://casegas.blogspot.com.br/2006/08/anedotahomenagem-aos-senhores-dos.
html>. Acesso em: 20 jun. 2016.
140
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
5 TEXTOS PUBLICITÁRIOS
Você já ouviu falar na expressão “a propaganda é a alma do negócio”? Se
sim, já sabe do que se trata esta sessão. Os textos publicitários são desenvolvidos
para campanhas de publicidade, e podem ser escritos (anúncios, panfletos,
flyers) ou veiculados oralmente (propagandas de rádio). Por mais que não nos
demos conta, os textos publicitários são mais presentes em nossa vida do que
imaginamos e aparecem por toda parte. Comece a observar ao seu redor: quantos
textos publicitários você vê/ouve todos os dias?
FIGURA 21 - DENGUE
141
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
142
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
E
IMPORTANT
FIGURA 23 - CARTAZ
143
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
FONTE: <https://www.todamateria.com.br/o-cartaz-como-genero-textual/>.
Acesso em: 21 ago. 2016.
AUTOATIVIDADE
145
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
FONTE: <https://frasesdavida.wordpress.com/2012/09/07/omo-recruta-familias-pelo-
facebook/>. Acesso em: 21 ago. 2016.
Este cartaz traz informações acerca de um bazar que será realizado. Nele,
há informações relevantes para que os interessados possam comparecer ao bazar,
caso seja de seu interesse.
146
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS DOS TEXTOS
AUTOATIVIDADE
147
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os textos jornalísticos também são conhecidos como matérias, pois têm caráter
informativo.
148
AUTOATIVIDADE
- História em quadrinhos:
FONTE: <http://www.educarx.com/2013/09/interpretacao-de-historia-em-quadrinhos.html>.
Acesso em 21 jun. 2016.
II- tirinha utiliza um recurso para apresentar a fala dos personagens. Este
recurso é:
a) o gesto.
b) a cor.
c) o tipo de letra.
d) o balão.
149
IV- No segundo quadro da tirinha, a fala do menino é marcada com um duplo
ponto de exclamação. Isso reforça:
a) a irritação com o trabalho.
b) o desinteresse pela venda.
c) o apelo para vender.
d) a pressa em vender.
FONTE: <http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-redacao/exercicios-
sobre-interpretacao-charges-tirinhas.htm>. Acesso em: 19 jun. 2016.
150
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Uma boa leitura e escrita são elementos essenciais em qualquer área
de atuação. Saber interpretar diferentes gêneros textuais, compreender suas
diferentes linguagens, fazer inferências estabelecendo relações, são competências
básicas para que o conhecimento e a progressão no seu dia a dia aconteçam de
maneira plena.
Bakhtin (1988, p. 71) explica que os gêneros “[...] são tipos de enunciados
relativamente estáveis e normativos, que se constituem historicamente, elaborados
pelas esferas de utilização da língua”. Nesta linha de raciocínio, compreendemos
que esses enunciados estão ligados às diferentes situações sociais que constituem
outros gêneros com particularidades próprias.
151
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
2 E-MAIL
O correio eletrônico, ou simplesmente o e-mail, é uma das principais,
senão a principal, ferramenta de comunicação utilizada pelas instituições e
pelas pessoas, tanto formalmente como informalmente, para o envio de avisos,
documentos, recados. Tal preferência pode ter advindo pelo seu baixo custo ou
pela sua celeridade.
FIGURA 28 - O E-MAIL
152
TÓPICO 3 | OS GÊNEROS DA ESFERA COMERCIAL
Não há uma receita para que a escrita de um e-mail seja perfeita, pois ela
dependerá dos níveis de conhecimento e de cultura de cada um. No entanto,
podemos prestar atenção nas dicas descritas a seguir e tentar exercitar tal prática.
O assunto do e-mail deve ser uma síntese do texto, então torne-o descritivo.
Observe alguns exemplos: é muito vago escrever no item assunto: “Convite”;
transforme-o em descritivo: “Convite para inauguração de filial” (GOLD, 2005).
Realizada esta parte inicial, redija o e-mail com atenção. Utilize palavras
educadas quando perguntar alguma coisa ou solicitar algo. Por exemplo: para pedir
que alguém envie um formulário, escreva “gentileza encaminhar o formulário...”
ou “por favor, encaminhe o formulário”. Nunca escreva diretamente: “encaminhe
o formulário”. Demonstre polidez.
153
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
O uso das gírias necessita ser evitado, pois elas podem gerar
constrangimento. A linguagem utilizada precisa estar clara e de fácil entendimento.
Dessa maneira, verifique a ortografia e a gramática.
Você acredita que concluiu? Nada disso, revise tudo novamente e procure
por erros escondidos, observando se a mensagem que pretende transmitir está
realmente clara. Se achar necessário, você pode solicitar a confirmação de leitura,
pois além de útil, você pode aguardar a resposta sem aflições.
Exemplo 1:
De: Teresa
Para: Eric Chaves, Alberto Cotrim
Assunto: Reunião
Turma,
Vocês não podem se atrasar pra reunião de quinta-feira, às 14. Temos
vários assuntos
para analisar. Tragam esses assuntos já estudados, OK?
Até,
Teresa
Exemplo 2:
De: Teresa
Para: Eric Chaves, Alberto Cotrim
Assunto: Reunião
Pessoal,
Estou confirmando nossa reunião de quinta-feira, às 14 horas. Não se
atrasem, pois temos vários assuntos para analisar. Vocês estão sabendo que
as conclusões deverão ser apresentadas à diretoria na segunda-feira, portanto,
tragam já os assuntos estudados.
Um abraço,
Teresa
154
TÓPICO 3 | OS GÊNEROS DA ESFERA COMERCIAL
Exemplo 3:
De: Teresa
Para: Eric Chaves, Alberto Cotrim
Assunto: Reunião
Equipe,
Estou confirmando a reunião da próxima quinta-feira, às 14 horas. Solicito
que não se atrasem, pois temos vários assuntos para analisar. Como as conclusões
serão apresentadas à diretoria na próxima segunda-feira, tragam os assuntos
devidamente
estudados.
Atenciosamente,
Teresa Cunha
Diretora do setor I
(47) 33840000 ramal 123
E
IMPORTANT
155
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
3 OFÍCIO
O ofício é uma comunicação escrita, formal, utilizada no serviço público e
também no privado, trocada entre autoridades que exercem as mesmas funções
ou entre funcionários com cargos inferiores, para seus superiores hierárquicos,
com o propósito de fazer uma comunicação, solicitação e/ou reivindicação oficial.
Os ofícios podem ser feitos para pedir alguma coisa para uma autoridade
ou para uma troca de informações administrativas, solicitações, agradecimentos,
ordem, entre outros.
Segundo Flores (2002, p. 19), o ofício tem como função "o tratamento de
assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e por estes órgãos
com particularidades”.
DICAS
156
TÓPICO 3 | OS GÊNEROS DA ESFERA COMERCIAL
157
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
DICAS
Atenciosamente,
Ex.mo Sr. Vice-Almirante
JOSÉ DA SILVA PEREIRA
DD. Comandante do 2º Distrito Naval
Rua Conceição da Praia, 335
40015-250 - Salvador (BA)
158
TÓPICO 3 | OS GÊNEROS DA ESFERA COMERCIAL
4 CARTA COMERCIAL
A carta comercial, apesar de ser substituída por muitas instituições pelo
e-mail, é um documento muito comum no comércio, setor bancário, na indústria,
setor de serviços, entre outros segmentos. Ela é um documento com o objetivo de
se fazer uma comunicação comercial e/ou empresarial.
No que se refere ao conteúdo, ela pode ser definida por distintas intenções,
como o agradecimento por um serviço prestado, a solicitação de um determinado
orçamento, a cobrança na melhoria de algum serviço prestado, a cobrança
financeira, entre outras.
159
UNIDADE 2 | GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS
DICAS
4.1 MODELO
Visualize um modelo de carta comercial e tente encontrar os elementos
que estudamos:
FONTE: <http://www.noticiasautomotivas.com.br/toyota-nos-manda-uma-carta-de-
desculpas/.>. Acesso em: 3 jul. 2016.
160
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
161
AUTOATIVIDADE
E-mail A:
De: antonio@gmail.com
Para: joana@terra.com
Assunto: atividade - IMPORTANTE
Data: 07/07/16
Sem mais,
Antônio da Silva,
Tutor da disciplina de Metodologia Científica.
E-mail B:
ASSUNTO: Treinamento
Prezados Senhores,
Em resposta à sua gentil solicitação a nós enviada pelo digníssimo
representante de V. Sa., Sr. Eldoro da Cunha, vimos, através desta, informar
que já se encontram à sua disposição as salas A1 e A2 para o treinamento dos
novos estagiários.
Conforme contato pessoal com o representante supracitado de V. Sas., as salas
deverão ser utilizadas nos dias 28 e 29 de julho, das 8 às 17h.
Outrossim, comunicamos que o custo total pelo uso das salas e dos
equipamentos sofrerá um desconto de 10% (dez por cento), de acordo com o
que ficou estabelecido em nossa última reunião, em 20-5-2016.
Sem mais que se nos possa apresentar para o momento, despedimo-nos.
Atenciosamente,
162
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de ensino contém três tópicos. No final de cada um deles você
encontrará atividades que contribuirão para a apropriação dos conteúdos.
TÓPICO 2 – A HIPERTEXTUALIDADE
163
164
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O letramento e/ou os letramentos vieram para nos levar a pensar em um
ensino e em uma aprendizagem além da codificação e decodificação, isto é, o(s)
letramento(s) inicia(m) uma compreensão diferenciada, baseada nos usos sociais
da linguagem escrita. Podemos antecipar que o(s) letramento(s) implica(m) os
usos e práticas sociais que fazemos da escrita e não apenas o que aprendemos de
maneira formal na escola. Devemos considerar então todas as atividades em que
nos envolvemos, a partir da escrita, como família, escola, igreja, mídias. Dionísio
(2007, p. 9-11) nos ensina que
165
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
UNI
FONTE: <http://pibidvagnerreis.blogspot.com.br/2013/12/a-era-digital-vs-o-presente.html>.
Acesso em: 25 fev. 2016.
A figura que aborda a era digital considera uma compreensão, mesmo que
nas entrelinhas, desse tipo de letramento, que é relativamente recente. Por vezes,
somos surpreendidos com o novo e necessitamos pesquisar, estudar e refletir
sobre o uso correto e suas implicações. Este tópico visa contextualizar o letramento
digital na temática do(s) letramentos(s) e, ainda, refletir sobre as mudanças que a
mediação da tecnologia digital tem propiciado no campo da linguagem.
166
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
Afinal, o que significa ler em pleno século XXI? Ontem, líamos apenas em
papel, hoje, lemos no papel e no digital. Será que a utilização da internet mudou
ou mudará a nossa relação com a leitura? Vamos conversar um pouco sobre isso?
AUTOATIVIDADE
167
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Acreditamos que quem mais lê livros em suporte digital é também quem mais
lê livros em impresso. Contudo, a leitura digital, para muitos, pode ter um conceito
vago, isto é, ela pode restringir-se aos Tweets, e-mails, posts do Facebook, e-books,
revistas em apps e blogues em páginas da web. Diante disso, cabe nos questionarmos
se estamos perante novas formas de leitura ou perante novos leitores?
168
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
Dessa maneira, o texto vem adquirindo cada vez mais novas configurações
e essas diferentes maneiras textuais nos dão a possibilidade de perceber que o texto
hoje é algo multimodal. Dionísio (2007) define o texto multimodal como um processo
de construção textual advindo da mobilização de diferentes modos de representação.
Podemos compreender como modos de representação a imagem, a entonação, os
efeitos visuais, os gestos, as cores, as músicas, ou, ainda, os recursos semióticos.
FONTE: <http://letramento-modulo4.forumfacil.net/t16-charges-de-trabalho>.
Acesso em: 20 de fev. 2016.
169
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
AUTOATIVIDADE
170
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
D- O juízo que Mafalda faz em relação ao mundo não é dito, mas inferido.
Essa inferência é também construída pela mudança de enquadramento no
último quadro, o que permite observar-se, com mais nitidez, a expressão
facial dos personagens.
171
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Vamos adiante!
FIGURA 32 – LETRAMENTO
FONTE: <https://fsgeducacao.wordpress.com/2011/09/16/as-dimensoes-do-aprender-a-ler-e
a-escrever/>. Acesso em: 23 fev. 2016.
172
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
NOTA
FONTE: <http://www.partes.com.br/2013/09/13/letramentosmultiplos/#.VtD0BvkrJdg>.
Acesso em: 25 fev. 2016.
AUTOATIVIDADE
173
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
FIGURA 34 – LETRAMENTOS
FONTE: <http://www.aliancaeabc.com.br/usw/produto/alfabetizacao-e-letramento/>.
Acesso em: 28 fev. 2016.
174
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
não apenas da cultura, mas também das estruturas de poder numa sociedade”
(KLEIMAN, 2008, p. 38), ou seja, o modelo de letramento ideológico dá ênfase
à interação social, à pluralidade de práticas e às relações de poder envolvidas,
em contraponto à concepção de um letramento dominante como a do modelo
autônomo, que veremos adiante.
175
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Nessa tirinha, as aspas indicam ironia, pois o ato de queimar a roupa não
seria acidental, e sim proposital. Isso ocorre nos eventos de letramento, em que os
textos têm papel central em atividades específicas e regulares, a linguagem escrita,
portanto, faz parte diretamente das interações humanas (BARTON; HAMILTON,
2000). Nesse sentido, os eventos de letramento são os episódios observáveis que
surgem das práticas de letramento (da sua ordem ideológica, cultural e social),
nos quais se investigam situações específicas da língua escrita, como “um evento
de letramento acadêmico”, embora seja um conceito empregado de forma isolada
ao deixar de contemplar os significados construídos acerca da leitura e da escrita
na sociedade em geral (STREET, 2003).
FONTE: <http://hipertextoegenerosdigitais.blogspot.com.br/2012/07/letramento-digital.html>.
Acesso em: 26 fev. 2016.
176
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
A figura nos faz pensar que as duas senhoras são analfabetas digitais, não
sabendo interpretar o que quer dizer o código de barras. Os letramentos, neste
caso específico, o digital, devem estar inseridos em todas as classes sociais e em
todas as etapas da educação, por serem de grande valia para a vida diária, já
que não nos adianta apenas saber decodificar, necessitamos estar letrados para
compreender as mensagens num todo.
DICAS
Depois de tanta leitura e reflexão, que tal ver um bom filme e ainda aprender
de maneira prazerosa? O filme O Sorriso de Monalisa apresenta em seu enredo belíssimas
cenas acerca de um determinado tempo histórico, exemplificando aulas com conflitos entre
os mundos do letramento. Vamos lá, pois a pipoca deve estar pronta!
FONTE: <https://cinehaus.wordpress.com/2008/12/08/o-sorriso-de-mona-lisa-2003/>.
Acesso em: 29 fev. 2016.
177
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
É por este motivo que, por vezes, você deve ter ouvido que um sujeito
alfabetizado pode não ser letrado, e isso procede, pois esse sujeito pode não possuir
o hábito da leitura e, por este motivo, não conseguir responder às necessidades
sociais que a escrita e a leitura demandam.
DICAS
Que tal repensar todos esses conceitos ouvindo uma música muito
interessante? A música de Gabriel, O Pensador: “Estudo Errado”, escrita em 1995, faz uma
crítica ao sistema educacional da época. A música traz o olhar de um aluno frente à escola
que atua através do ensino tradicional, provocando questionamentos sobre o estudar e os
efeitos que isso causa na educação plena do estudante.
178
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
Dessa maneira, podemos concluir que ser alfabetizado é saber ler e escrever.
Já estar na condição de letrado é saber ler e ainda produzir textos, de gêneros e temas
variados. Assim, letrar é mais que alfabetizar, e o essencial é que a alfabetização se
desenvolva em um contexto de letramento, pois alfabetizar letrando é ensinar a ler e
escrever, levando em conta que a linguagem é um fenômeno social.
FONTE: <http://megaarquivo.com/2013/05/03/8142-mega-tecnologias-a-escrita/>.
Acesso em: 28 fev. 2016.
179
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
UNI
180
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
NOTA
FONTE: <http://pt.slideshare.net/Sufea/formas-de-comunicao-no-ead-estratgias-sncronas-e-
assncronas>. Acesso em: 1º mar. 2016.
181
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Nesse mesmo viés, o letramento digital vai além de ler e apertar telas ou,
ainda, de se utilizar programas no computador, isso pertence à inclusão digital.
O letramento digital necessita de fluência tecnológica, isto é, ela, a fluência, se
aproxima do conceito de letramento como prática social e não como aprendizagem
de uma tecnologia. Isso pode se assemelhar à alfabetização, no sentido de ser
capaz de identificar letras e não ao letramento, que engloba o ato de ler e escrever
nas práticas sociais. Você percebe que o letramento digital atribui significados
a informações advindas de textos constituídos por gráficos, palavras, sons e/
ou imagens, ou seja, para sermos letrados digitalmente, necessitamos dominar
as regras que compõem essa prática social e empregá-las na produção e na
representação de conhecimentos (ALMEIDA, 2005).
182
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
FONTE: <http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-
sobre-terceira-revolucao-industrial.htm>. Acesso em: 14 mar. 2016.
183
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Você consegue perceber que a tirinha apresentada faz uma crítica aos
aparelhos tecnológicos que têm muitas e variadas funções, inclusive memória,
possibilitando um acúmulo ainda maior de informações que, por fim, acabam
não sendo absorvidas pelos seus usuários em razão da dita praticidade?
AUTOATIVIDADE
Leia o texto abaixo e responda à questão de número 15, que fez parte
da avaliação do ENADE/2011 para o curso de Letras, repensando o que você
estudou até o momento sobre a internet:
Qual é a primeira coisa que você faz quando entra na internet? Checa seu
e-mail, dá uma olhadinha no Twitter, confere as atualizações dos seus contatos
no Facebook? Há diversos estudos comprovando que interagir com outras
pessoas, principalmente com amigos, é o que mais fazemos na internet. Só
o Facebook já tem mais de 500 milhões de usuários, que, juntos, passam 700
bilhões de minutos por mês conectados ao site - que chegou a superar o Google
em número de acessos diários. [...] e está transformando nossas relações: tornou
muito mais fácil manter contato com os amigos e conhecer gente nova. Mas será
que as amizades on-line não fazem com que as pessoas acabem se isolando e
tenham menos amigos off-line, “de verdade”? Essa tese, geralmente citada nos
debates sobre o assunto, foi criada em 1995 pelo sociólogo americano Robert
Putnam. E provavelmente está errada. Uma pesquisa feita pela Universidade
de Toronto constatou que a internet faz você ter mais amigos — dentro e fora
da rede. Durante a década passada, período de surgimento e ascensão dos
sites de rede social, o número médio de amizades das pessoas cresceu. E os
chamados heavy users, que passam mais tempo na internet, foram os que
ganharam mais amigos no mundo real — 38% mais. Já quem não usava a
internet ampliou suas amizades em apenas 4,6%.
184
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
D- A internet raramente cria amizades do zero - na maior parte dos casos, ela
funciona como potencializadora de relações que já haviam se insinuado na
vida real.
E- A internet inova (e é uma enorme inovação, diga-se de passagem) quando
torna realidade a “cauda longa”, que é a capacidade de elevar ao infinito as
possibilidades de interação.
Precisamos ter cuidado para não confundir o que supriu e, ainda supre,
muitas das nossas necessidades com a perda da característica natural do ser
humano, que é o convívio e a interação social.
185
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
FONTE: <http://joveminterativo.com/2011/a-tecnologia-e-o-casamento-7-dicas-para-melhorar-
o-convivio/>. Acesso em: 15 mar. 2016.
Assim, a mesma ferramenta que nos serve como subsídio de ajuda pode
nos prejudicar, tudo depende da maneira como a utilizamos. Precisamos usar
todas as ferramentas tecnológicas com sabedoria e entendimento para que esse
ser humano em transformação tenha resultados positivos.
Não perca o foco, relaxe, interaja com seus colegas e continue conosco!
186
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
187
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
FIGURA 42 – TECNOLOGIA
Observe-os:
188
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
FONTE: <http://www.superdownloads.com.br/download/139/web-2-icons-linux/>.
Acesso em: 27 mar. 2016.
Neste mesmo viés, as escolas têm percebido o quanto é importante o uso das
tecnologias para a aprendizagem e para o ensino. Em pleno século XXI, pensar em
ensinar e aprender sem o uso dos diversos aparatos tecnológicos é a mesma coisa
que deixar de acompanhar a evolução que está na essência da humanidade. Temos
consciência de que muitas escolas e também muitos professores ainda se baseiam em
metodologias de ensino ultrapassadas, mesmo coexistindo, ao lado de sua sala de
aula, um laboratório de informática com computadores de última geração.
189
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
O que não deve ser esquecida é a conscientização do professor para com seus
alunos no que diz respeito ao uso alienado das mídias e da pesquisa na internet,
ou seja, não podemos, como professores, solicitar uma pesquisa e pedir aos alunos
que apenas imprimam o texto e o entreguem para gerar uma nota. Necessitamos
orientar nossos alunos à leitura reflexiva de informações diversas, nos meios
digitais, para que eles possam fazer descobertas que venham a ser compartilhadas
e debatidas com um posicionamento científico e crítico em sala de aula.
190
TÓPICO 1 | O LETRAMENTO NA ERA DIGITAL
NOTA
191
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O modelo autônomo, segundo Kleiman (1995, p. 21), “[...] está associado quase
que causalmente com o progresso, a civilização, a mobilidade social”.
192
AUTOATIVIDADE
193
194
UNIDADE 3
TÓPICO 2
A HIPERTEXTUALIDADE
1 INTRODUÇÃO
O ambiente virtual e todos os novos aparatos tecnológicos remodelaram a
leitura e, consequentemente, a escrita. Passar a escrever do papel para a tela implica
desenvolver diferentes habilidades. O texto da tela do computador nos ofereceu
mais permissividade como leitores e também como escritores, as práticas de leitura e
escrita passaram a expressar certa automatização. A linearidade e a sequência de um
texto foram substituídas pelo hipertexto, no qual o usuário não lê metodicamente,
mas tem contato com uma abundância de textos e de contextos, que cada vez mais se
articulam entre si e entre outros, e outros, dispostos em uma rede ilimitada.
NOTA
Você sabia? “A metáfora ‘navegar’ costuma ser usada para designar o movimento
que o leitor (usuário do computador) realiza ao escolher as conexões entre os diferentes
textos através dos quais vai colher as informações de seu interesse” (DIAS, 2004, p. 1-2).
195
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
NOTA
196
TÓPICO 2 | A HIPERTEXTUALIDADE
FONTE: <http://estertecnoeducacao.blogspot.com.br/2012/06/o-uso-da-tecnologia-na-
educacao.html>. Acesso em: 28 mar. 2016.
NOTA
197
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Sobre a ideia dos ambientes virtuais, que reinventam o ato de estar perto,
Santos (2003, p. 223) postula que:
198
TÓPICO 2 | A HIPERTEXTUALIDADE
FONTE: <http://ruicomarte.blogspot.com.br/p/praticas-de-sucesso.html>.
Acesso em: 27 mar. 2016.
199
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Para Kristeva (1969, p. 85), “[...] todo texto se constrói como um mosaico
de citações, todo texto é a absorção e transformação de outro texto”, assim, a
intertextualidade não é composta somente do hipertexto, ou do texto, mas da
linguagem humana. Lobo-Sousa (2008) nos ensina que:
3 OS GÊNEROS DIGITAIS
Você já deve ter percebido que novas condutas se fizeram necessárias
com a introdução da internet e das comunidades virtuais no nosso meio. Nós
educadores, ou futuros educadores, necessitamos utilizar de maneira eficiente
essas novas ferramentas para que elas se tornem
200
TÓPICO 2 | A HIPERTEXTUALIDADE
essas novas ferramentas para que elas se tornem nossas aliadas no ensino e na
aprendizagem cotidiana. Já discutimos que o domínio dessas ferramentas auxilia
tanto o apoio metodológico, como também a maneira de desenvolver no aluno
uma postura crítica, diante, por exemplo, do ato de ler e de escrever.
NOTA
201
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
AUTOATIVIDADE
De: antonio@gmail.compela
Para: eber.furlani@gmail.com
Data: 02/05/12
Prezado Senhor Eber,
Atenciosamente,
Ricardo Bastos,
Gerente Geral de Comunicação, Relações Públicas e Governamentais.
202
TÓPICO 2 | A HIPERTEXTUALIDADE
FONTE: <http://www.noticiasautomotivas.com.br/toyota-nos-manda-uma-carta-de-
desculpas/>. Acesso em: 3 jul. 2016.
Linguagem
Objetividade da mensagem
Assunto
Vocativo
Despedida
Assinatura
203
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
NOTA
204
TÓPICO 2 | A HIPERTEXTUALIDADE
3.1.2 O internetês
FIGURA 46 – INTERNETÊS
Sobre a fala e a escrita, Marcuschi (2003, p. 46) ainda nos ensina que “em
todas suas formas de manifestação textual, são normatizadas”, [...] “não operam
nem se constituem em uma única dimensão expressiva, mas são multissistêmicas”
[...] “a escrita está na ordem ideológica da avaliação [...] em sua relação com a
fala”. Dessa maneira, percebemos que não há como sustentar a ideia de que a
escrita representa a fala, ou seja, a escrita não representa a fala, elas são diferentes,
conforme as atividades diárias que utilizamos.
Hilgert (2006, p. 18) afirma que “nos limites deste contexto [da fala escrita]
[...]a escrita, em conjunto com outras condições de produção da conversação
na internet, vai imprimir características próprias para este tipo de interação”,
pois o texto falado, porém escrito, é marcado por fatores não linguísticos, sem
planejamento prévio e regado de informalidade.
205
UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
FIGURA 47 - EXPRESSÕES
FONTE: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23512>.
Acesso em: 13 abr. 2016.
206
TÓPICO 2 | A HIPERTEXTUALIDADE
NOTA
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UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
FIGURA 48 - EMOTICONS
Mas, afinal, será que essas mídias, que estão ganhando cada vez mais
espaço, afetam o papel da leitura e da escrita?
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TÓPICO 2 | A HIPERTEXTUALIDADE
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UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
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TÓPICO 2 | A HIPERTEXTUALIDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
Perri Klass
The New York Times
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“Esse mito de que a caligrafia é apenas uma habilidade motora simplesmente
está errado. Usamos as partes motoras do nosso cérebro, o planejamento motor,
o controle motor, mas muito mais importante é a região do órgão onde o visual e
a linguagem se unem, os giros fusiformes, onde os estímulos visuais realmente se
tornam letras e palavras escritas”, afirma Virginia Berninger.
“As letras que elas produzem são muito bagunçadas e variáveis, e isso na
verdade é bom para o modo como as crianças aprendem as coisas. Esse parece ser
um dos grandes benefícios da escrita à mão”, conta Larin James.
212
Virginia diz que a pesquisa sugere que crianças precisam de um treinamento
introdutório em letras de fôrma, depois, mais dois anos de aprendizado e prática de
letra cursiva, começando na terceira série, e então a atenção sistemática para a digitação.
Como pediatra, acho que pode ser mais um caso em que deveríamos
tomar cuidado para que a atração do mundo digital não leve embora experiências
significativas que podem ter impacto real no desenvolvimento rápido do cérebro
das crianças. Dominar a caligrafia, mesmo com letras bagunçadas e tudo, é uma
maneira de se apropriar da escrita de maneira profunda.
FONTE: <http://estilo.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2016/06/23/escrever-a-mao-
e-importante-para-o-desenvolvimento-do-cerebro-das-criancas.htm>. Acesso em: 17 jul. 2016.
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RESUMO DO TÓPICO 2
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AUTOATIVIDADE
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I- Ele é um tipo de gênero textual que pode ser encontrado somente na
internet. Desde a década de 60, marco de sua criação, se previa que o
hipertexto se desenvolveria em um tipo de texto eletrônico.
II- Foi na década de 60 que o termo hipertexto foi criado pelo filósofo e sociólogo
Ted Nelson. Nos primórdios da informática, Nelson já vislumbrava os
textos eletrônicos disponíveis em suportes inteligentes e interativos.
III- O hipertexto é uma forma organizacional que também pode ser encontrada
no papel, embora seja comum relacioná-lo com os textos virtuais. Ele é um
tipo de intertextualidade que está relacionado à evolução da maneira de
se ler e escrever.
IV- O hipertexto é um texto maior formado por outros elementos textuais
através de links e hiperlinks, que permitem criar um processo de leitura
não linear e não hierarquizada.
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UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Quantas vezes você já leu um texto e ao término não entendeu nada
ou quase nada do que estava escrito? Isso acontece quando lemos tanto livros
impressos como digitais, contudo nos digitais perdemos mais a atenção devido
aos links e outros elementos que desviam nossa concentração.
Para tanto, é preciso um olhar crítico nos textos que a internet nos oferece,
e este é o papel do professor. Ele necessita orientar a busca, a seleção e até o
gerenciamento das informações que estão disponíveis na rede.
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TÓPICO 3 | A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL NA ERA DIGITAL
AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Isso também pode acontecer com os textos virtuais em sala de aula. Muitos
textos da internet são, de maneira geral, coloquiais, no sentido de serem mediados
por truques de estilo. A internet não inventou a coloquialidade, mas ela fez com
que passassem a soar com mais naturalidade e tudo isso pode ser aproveitado
pelo professor na sala de aula.
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TÓPICO 3 | A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL NA ERA DIGITAL
• O primeiro ponto de vista dos usos da linguagem é que temos uma pontuação
minimalista, uma ortografia bizarra, com muitas siglas, abreviaturas, estruturas
frasais pouco ortodoxas e uma escrita semialfabética. Por exemplo, a palavra
“hoje”, na rede, escreve-se “Og”.
• Outro ponto parte da natureza enunciativa dessa linguagem é que ela integra
mais semioses do que usualmente, tendo em vista a natureza do meio com
uma participação intensa e menos pessoal, surgindo a hiperpessoalidade.
A internet transmuta, de maneira complexa, gêneros existentes, desenvolve
alguns realmente novos e mescla vários outros. Podemos citar como exemplos
de semiose no nosso cotidiano: o cartão vermelho no ato de expulsão em um
jogo esportivo, o ícone preto utilizado no status do Facebook indicando luto,
gesto com o polegar para dizer que está tudo bem, placas de trânsito orientando
os motoristas, entre outros.
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UNIDADE 3 | NOVAS FORMAS DE LEITURA E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
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RESUMO DO TÓPICO 3
223
AUTOATIVIDADE
Chega!
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos.
Minha boca procura a “Canção do Exílio”.
Como era mesmo a “Canção do Exílio”?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
onde canta o sabiá!
2 Observe a charge:
FONTE: <http://www.ozenildojunior.com.br/wpcontent/uploads/2013/06/Charge.jpg>.
Acesso em: 29 maio 2016.
224
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ANOTAÇÕES
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