Curso de Pós-Graduação Lato Sensu Núcleo de Pós-Graduação E Extensão Faveni

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_CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU


NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI

Para se construir uma escola com ensino de qualidade, o


supervisor\orientador tem papel importante na qualificação
profissional, e no bom andamento da rotina escolar.

Vanderlei Framil Melo

Itajubá/MG

2019
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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU


NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI

Para se construir uma escola com ensino de qualidade, o


supervisor\orientador tem papel importante na qualificação
profissional, e no bom andamento da rotina escolar.

Vanderlei Framil Melo

Artigo científico apresentado ao Núcleo de Pós-


graduação e Extensão – FAVENI como requisito parcial
para obtenção do título Metodologia de ORIENTAÇÃO
ESCOLAR E SUPERVISÃO.

Itajubá, MG

2019

Vanderlei Framil Melo Para se construir uma escola com ensino de qualidade,
precisamos investir na qualificação profissional, 2019. Número total de folhas 15pg.
Trabalho de Conclusão de Curso (Pós Graduação) Sistema de Ensino Presencial
Conectado, Universidade Faveni, Itajubá, 2019.
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RESUMO
O estudo se faz presente na discussão, através de revisão bibliográfica, em saber como
o supervisor e o orientador educacional são importantes para o bom desenvolvimento na
rede educacional. Caracterizamos no decorrer do estudo, que o orientador e o
supervisor precisam estar conectados, para que possam orientar toda a comunidade
escolar, frisando o bom funcionamento da mesma. Estes profissionais precisam estar
bem preparados, para poderem lidar com as dificuldades que fazem parte do meio
educacional, e acima de tudo tentar buscar soluções junto à comunidade escolar. Sabe-
se que a maior dificuldade enfrentada pelos orientadores e supervisores, hoje em dia
nas escolas, é a ausência e o desinteresse por parte de alguns pais, que transferiram
todas as suas responsabilidades educacionais para a escola.

Palavras Chave: Supervisor, Orientador, Escola, Professores, Pais, Educação.


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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------5

2 Capítulo 1 Supervisor Escolar: na perspectiva histórica---------------------------------------7

2.1.1 . A importância do Supervisor\Orientador na Escola --------------------------------------9

2.1.2 Como o supervisor pode ajudar na formação continuada dos professores--------10

3.Capítulo 2 QUAL O PAPEL DO SUPERVISOR\ORIENTADOR PERANTE A EDUCAÇÃO


INCLUSIVA?----------------------------------------------------------------------------------------------------11

3.2 .1O trabalho do supervisor escolar para a comunidade ----------------------------------12

3.Capítulo 3 Dificuldades enfrentadas pelo supervisor\orientador --------------------------13

3.3.1Obstáculos enfrentados pelo supervisor escolar no planejamento pedagógico--14

4- Considerações Finais--------------------------------------------------------------------------------15

5 - Referências-------------------------------------------------------------------------------------------16
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INTRODUÇÃO:

O presente estudo faz-se necessário, para que possamos entender qual


é de fato a relação que o supervisor e o orientador possuem com a comunidade escolar.
Sabemos que, para estes cargos é preciso que haja qualificação do profissional, respeito e
empatia para saber ouvir e orientar a todos com firmeza e sabedoria.

O orientador e supervisor devem ser criativos, procurando soluções para


os problemas educacionais, criando condições que favoreçam o emergir da criatividade dos
professores e dos alunos, ser sensível às novas correntes educacionais e abertos a novas
ideias e procedimentos. Orientação Educacional deve ser parte integrante do Plano Curricular
da Escola e estar presente em suas etapas básicas: reflexão, decisão, execução e avaliação.

O orientador e o supervisor educacional têm como função orientar os


alunos no conhecimento pessoal, social e cultural, fazendo com que o mesmo interaja e
intervenha no contexto onde está inserido, sendo capaz de tomar decisões a partir do que se
conhece como pessoa e colaborador atuante na comunidade onde vive. Ainda cabe-lhe o
papel de planejar, coordenar e programar ações inerentes ao espaço escolar e comunidade,
como também, participar das mesmas identificando as características pertinentes da escola,
da comunidade e das atividades executadas.

Todo esforço da equipe gestora acaba se relacionando diretamente com


as condições de exercer seu papel de articulador e promotor de uma educação cidadã e de
qualidade, o que remete ao domínio específico para exercer a gestão política. Saber ser,
saber conviver e saber propor ideias para o bem da escola remete, inicialmente, as suas
lideranças.

Medina (2002) diz que o supervisor escolar e orientador educacional que


pensar a escola, como instituição social e espaço para aquisição de conhecimento, que
precisa ser repensada de forma dialética, certamente proporcionará um novo espaço,
diferentemente do espaço escolar que, de acordo com a história da educação, teve ocupação
e características do controle e do refúgio burocrático.

Com isso podemos analisar o quanto estes gestores são importantes


para o bom funcionamento da escola, eles são mediadores entre professores e alunos, alunos
e direção e principalmente entre professores e pais. Esta união será importante para que
tenhamos uma educação de qualidade.
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O objetivo geral deste trabalho é entender como o supervisor e o


orientador pode fazer pelo bom funcionamento da escola, qual metodologia usar para
despertar o interesse dos alunos e principalmente como trazer os pais de volta para
participarem da vida escolar de seus filhos.

A justificativa desse trabalho é necessária para que possamos entender


como funciona uma escola no seu cotidiano, como deve ser a relação entre os profissionais
da Educação com os seus alunos e com os pais dos mesmos.

Utilizando como linha de pesquisa “metodologia de ensino” levantam-se


os seguintes questionamentos: o que é um orientador\supervisor? O que eles fazem para
orientar os seus professores, alunos e pais? Qual metodologia deve ser usada para se manter
um ensino de qualidade? Como o supervisor \ orientador deve se preparar? Essa pesquisa
será realizada e baseada em estudos que foram feitos por diversos autores que buscam
compreender a relação entre o orientador \ superviso no processo de ensino e aprendizagem.

No 1º capítulo será feito o relato sobre a função e importância de um


supervisor \orientador para a comunidade escolar.

Para o 2º capítulo abordaremos o tema que aborda a relação entre o


supervisor\orientador em relação à educação especial, o que se pode fazer e como fazer, qual
a importância de se manter um elo entre o professor e o responsável pelo educando.

O terceiro capítulo abordará toda dificuldade que o supervisor\orientador


enfrenta na comunidade escolar, onde a ausência familiar se arrasta há anos no meio
educacional, ajustes para reuniões pedagógicas, cursos de capacitação para professores,
entre tantos outros problemas.

Sabemos, que supervisor\orientador escolar, precisa ter conhecimento e


sabedoria, para que possa repassar todas as orientações pedagógicas para os professores,
alunos e pais, sem ser arrogante e impositor em suas ideias. Como nos diz Medina (1997)
Assim o Supervisor torna-se um parceiro político pedagógico do professor que contribui para
integrar e desintegrar, organizar e desorganizar o pensamento do professor num movimento
de participação continuada no qual os saberes e os conhecimentos se confrontam. As
sínteses colhidas nos confrontos são referências que sustentam a ação do professor como
regente de classe. Nesta problematização está implícita a ação que integra professor 27 e
supervisor com a comunidade na qual a escola se insere. (p. 32)
7

2- Capítulo 1 – Supervisor \Orientador Escolar: na perspectiva histórica

A Supervisão Escolar tem suas origens relacionadas à Supervisão


Empresarial cujas funções estão ligadas ao modo de produção capitalista, objetivando a
racionalização do trabalho como meio de aumentar os índices de produtividade. A partir
de 1841, a figura do Supervisor começa a ser implantada nas escolas e tinha como
função verificar as atividades docentes, a fim de garantir um melhor desempenho da
escola em sua tarefa educativa.

Data de 1931 o primeiro registro legal sobre a atuação do Supervisor


Escolar no Brasil. Neste período estes profissionais executavam as normas ‘prescritas’
pelos órgãos superiores, e eram chamados de ’orientadores pedagógicos’ ou
‘orientadores de escola’, tendo como função básica à inspeção (ANJOS, 1988).

A prática pedagógica da Supervisão Escolar e da Orientação


Educacional como um trabalho integrado é uma proposta que surge ocupando o lugar de
uma postura tradicional, de um trabalho totalmente técnico – e, em uma determinada
época, alienante - que passou por vários períodos de transformação, desde o
surgimento das ações destes profissionais no processo de educação formal.

Segundo Néreci (apud URBANETZ e SILVA, 2008) a supervisão escolar


passou por três importantes fazes, sendo essas a “fiscalizadora”, que se confunde com
inspeção escolar, sendo sua atuação preocupada com o cumprimento de prazos e leis.
A seguinte fase foi a “construtiva”, que se preocupava com o trabalho de orientação dos
professores, corrigindo supostas falhas e orientando-os sobre os procedimentos a serem
seguidos. A terceira e atual fase é a “criativa”, em que houve a separação da supervisão
escolar da inspeção escolar, buscando a direção do aperfeiçoamento das pessoas
envolvidas no processo de ensino-aprendizagem.

Com referência a orientação educacional, podemos dizer que sua


trajetória não foi diferente, surgindo da necessidade de se especializar o trabalho
docente e de organizar o trabalho escolar, iniciando-se aos moldes da especialização do
mundo do trabalho, tendo como principio uma orientação educacional tecnicista
(URBANETZ e SILVA, 2008).

A Supervisão Escolar foi implantada para atender às exigências do


sistema educacional que trazia em seu contexto a racionalização, eficiência e a
produtividade como valores absolutos. O supervisor é aquele profissional que desde
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sempre é professor, vivencia experiências em sala de aula, interage com os alunos,


ensina, aprende, sistematiza conhecimentos além dos específicos de sala de aula e, na
trajetória de ser professor/supervisor, torna-se, ao mesmo tempo, um pesquisador do
cotidiano de escola sempre recomeçada.

A Supervisão Escolar e a Orientação Educacional se responsabilizam


pela articulação das ações pedagógicas, na busca pela construção e execução do
planejamento escolar, do cumprimento da grade curricular, buscando a adequação da
aprendizagem às demandas sociais da comunidade local.

O supervisor escolar e o orientador educacional, no contexto atual,


precisam junto verificar, analisar e buscar novas propostas de ressignificação do papel
da escola, objetivando, através das ações pedagógicas, reflexos positivos na qualidade
de ensino ofertada pela instituição de forma coletiva e democrática.

Nérici (1978), nos fala que o supervisor democrático caracteriza-se pela


habilidade de respeitar a individualidade dos seus companheiros de trabalho, estimular a
iniciativa e criatividade dos professores, e, aplicar possíveis normas de relações
humanas, estimulando o espírito de grupo entre os protagonistas do processo ensino-
aprendizagem. A escola e a família devem estar em unidade para que o cidadão que
ingressar na sociedade esteja em harmonia com a mesma, e isso vai depender
unicamente dos meios em que ela for educada.

Prado (1981, p. 9) afirma que, embora em momentos difíceis “A família


como toda instituição social, apesar dos conflitos é a única que engloba o indivíduo em
toda a sua história de vida pessoal”. Os pais são as ferramentas que a escola ainda não
está usando no sentido amplo. Neles se encontra o apoio do professor e da escola
quando se fala em busca de conhecimento. Através dos pais em casa é que o aluno
consegue reavaliar a caminhada escolar, não só nos momentos negativos, nas
dificuldades, mas também nas obras conquistadas, no que deu certo. 

Macedo (1994, p.199) aborda essa questão afirmando que com a


participação da “família no processo de ensino aprendizagem, a criança ganha confiança
vendo que todos se interessam por ela, e também porque você passa a conhecer quais
são as dificuldades e quais os conhecimentos da criança.”. Szymanski (2001, p. 53)
explica que “Uma instituição não substitui uma família, mas com atendimento adequado,
pode dar condições para a criança e o adolescente desenvolverem uma vida saudável
no futuro”.
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1.1. A importância do Supervisor\Orientador na Escola

O orientador educacional no exercício de seu papel possui atribuições


que estão regulamentadas pelo decreto n° 72846 de 26 de Setembro de 1973. Tais
atribuições são divididas em: privativas e participativas. As atribuições privativas
correspondem ao planejamento e coordenação de ações na escola e comunidade, como
também, na implementação e funcionamento de serviços de orientação educacional. As
atribuições participativas caracterizam-se pela participação nas atividades escolares e
na identificação das características inerentes a essas atividades.

O Supervisor Escolar é um profissional especializado em manter a


motivação do corpo docente, deve ser criativo e dinâmico, buscando constantemente ser
transformador, trabalhando em parceria, exercitando o trabalho de equipe, integrando a
escola com a família e a comunidade em geral.

O supervisor faz a transposição da teoria para a prática escolar, reflete


sobre o trabalho em sala de aula, estuda e usa as teorias para fundamentar o fazer e o
pensar dos docentes. Um bom supervisor deve apresentar em seu perfil as seguintes
características: auxiliador, orientador, dinâmico, acessível, eficiente, capaz, produtivo,
apoiador, inovador, integrador, cooperativo, facilitador, criativo, interessado, colaborador,
seguro, incentivador, atencioso, atualizado, com conhecimento e amigo.

Alarcão (2004, p. 35), refere-se a este profissional como líder, definindo


como objeto de seu trabalho “o desenvolvimento qualitativo da organização escolar e
dos que nela realizam seu trabalho de estudar, ensinar ou apoiar a função educativa por
meio de aprendizagens individuais e coletivas”.

Vasconcelos (2002) define o supervisor como o articulador do Projeto


Político-Pedagógico da instituição no campo pedagógico, estabelecendo contatos entre
os campos administrativos e comunitários. Tem a função de organizar a reflexão, a
participação e os meios de concretizar a tarefa da escola, a qual é propiciar que todos os
alunos aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos.

Sabe-se que o supervisor escolar é o articulador do trabalho pedagógico


da Escola, coordenando e integrando o trabalho dos professores, dos alunos e seus
familiares em torno da proposta pedagógica visando o bem comum, na utilização dos
procedimentos e recursos didáticos mais adequados à concessão dos objetivos
curriculares, visando uma educação de qualidade para todos.
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1. 2 Como o supervisor pode ajudar na formação continuada dos professores

Alves (2011) nos diz que a superação das novas atribuições ao


supervisor escolar é um permanente desafio, pois em uma escola democrática compete
ao supervisor criar condições para que os educadores possam rever suas práticas
pedagógicas.

O papel da supervisão escolar é promover e contribuir na formação


continuada de professores, proporcionar aos docentes momentos que aprimorem sua
formação, precisa também motivar sua equipe a valorizar e aproveitar bem esses
momentos. Porém o professor deve estar disposto a rever sua prática e a sua própria
formação.

Nóvoa, 2002 nos diz que a formação continuada surge com objetivo não
apenas de investigar os conhecimentos dos profissionais da educação, mas de
transformar os conceitos, contribuir para o melhor desenvolvimento da sua prática e
simultaneamente para o progresso efetivo da instituição onde trabalha e
consequentemente de seus integrantes, para uma prática pedagógica com qualidade.

Para Grinspun, 2012 o supervisor coordenador pedagógico, no


desempenho do papel de gestor da formação continuada docente, tem a
responsabilidade de elaborar e desenvolver atividades relevantes que mostrem a
importância da formação continuada para o docente, pois, o trabalho do professor não
se esgota na sala de aula, ele continua nos debates durante as reuniões de horário
complementar, na reflexão dos problemas que ocorrem na escola, no planejamento e na
avaliação constante do seu trabalho, sendo capaz de propiciar momentos de estudos e
reflexões junto aos educadores em ambiente escolar.

Dessa forma o trabalho do supervisor coordenador pedagógico, centrado


inicialmente no professor e consequentemente beneficiará o aluno, seus familiares e
depois a escola propriamente dita.

Dentro dessa lógica de formação continuada do professor, o supervisor


precisa estar atento ao entendimento dos professores sobre a educação, ao mesmo
tempo em que observa o processo de formação do conhecimento do aluno, para poder
auxiliar no aprimoramento da base epistemológica do professor e melhorar o suporte
para suas ações pedagógicas (MIZIARA, 2005).
11

Capítulo 2 QUAL O PAPEL DO SUPERVISOR\ORIENTADOR PERANTE A


EDUCAÇÃO INCLUSIVA?

Ultimamente as nossas escolas estão recebendo em seus meio alunos


com diversas síndromes desconhecidas pelos professores, entre elas o TEA onde cada
criança apresenta um comportamento diferenciado, deixando o professor sem saber
como trabalhar com este aluno.

Por isso, o supervisor\orientador precisa estar atento para ajudar o


professor e principalmente o aluno em seu processo de aprendizagem. Para que este
processo aconteça é importante que supervisor\orientador faça uma parceria junto à
família para saber como é a rotina do aluno, sua dificuldade, seu relacionamento com
outras pessoas, o que o amedronta se faz atividades extraclasses.

Para que de fato a Educação Inclusiva aconteça necessitamos de


atitudes, de praticas na atuação de nossos colegas supervisores, os mesmos sejam
capacitados e engajados para uma educação de qualidade e principalmente uma
educação inclusiva de qualidade, pois como nos diz Vasconcellos (2002,71): [...] é
preciso ter pessoas altamente qualificadas neste âmbito a fim de ajudar na coordenação
da travessia, não como o ‘iluminado’, dono da verdade, mas naquela perspectiva que
apontamos do intelectual orgânico: alguém que ajuda o grupo na tomada de consciência
do que está vivendo para além das estratégias de intransparências que estão a nos
salientar, a preparação a nos preparar, a ajudar o aluno [...].

O Supervisor deve dar uma atenção à formação continuada do professor


para que exercite sua autonomia e aplique suas capacidades na adaptação do currículo,
e da instrução para atender às necessidades especiais dos alunos, bem como para
colaborar com a aprendizagem destes educandos. Ele deve preparar reuniões de trocas
de experiências entre educadores, seminários, grupos de estudos, manuais, com o
objetivo de capacitar a todos para assumirem com dinamismo e excelência a sua
profissão.

No sistema pedagógico atual o supervisor tem o papel de consultar os


contextos, identificar as mudanças no desenvolvimento do aluno através de atividades e
de estímulos. Por fim, cabe ao orientador escolar fazer parte da realidade social do
aluno, de suas contradições e de seus conflitos, para realizar, desta forma, uma
mediação entre o aluno e a sociedade.
12

2 .1O trabalho do supervisor escolar para a comunidade

O Supervisor \Orientador deve ser alguém sereno e estável, capaz de


harmonizar as informações com tranquilidade no ambiente de trabalho, trazendo,
portanto, sua contribuição para uma escola humanista, transformadora, livre, justa e
libertadora, fatores que implicam em uma educação de qualidade.

O trabalho do Supervisor |Orientador Escolar é de grande importância


para o crescimento e desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem dentro da
instituição escolar, através dele que acontece toda a ligação entre professor, família,
direção e aluno.

O Supervisor deve ser capaz de proporcionar ao educando e ao


educador meios para a construção de um aprendizado sólido, significativo, natural.

Por isso, Medina (1995, p.153) afirma que “o supervisor tem como objeto
de trabalho a produção do professor – o aprender do aluno – e preocupa-se de modo
especial com a qualidade dessa produção.” Portanto, o objeto de trabalho do supervisor
é a aprendizagem do aluno através do professor. Consideramos o papel fundamental do
supervisor: ser o grande harmonizador do ambiente da escola.

A relação entre professor e supervisor \ orientador é oferecer subsídios


para que o aluno se sinta seguro na construção de sua aprendizagem, tendo em vista
que cada aluno aprende no seu tempo e a sua maneira e ao supervisor cabe orientar o
professor no desenvolvimento de jogos e atividades lúdicas, levando, assim, o aluno ao
prazer de aprender.

O Supervisor escolar deve proporcionar aos alunos uma escola que tem
como função principal respeitar e valorizar as experiências de vida do educando,
proporcionando aos alunos com dificuldades de aprendizagem um atendimento
diferenciado que valorize seus pontos positivos e para que o mesmo possa superar seus
pontos negativos. Ele deve buscar junto aos professores e a família estratégias que
favoreçam a aprendizagem dos alunos e a solução de problemas detectados na classe.

Para que a escola possa construir-se dentro do seu Projeto Político


Pedagógico ela não pode desconsiderar nunca que é necessário contar com a
participação de todos e na busca dessa motivação, desse “mover para a ação”, que não
se dá por “convocação”, mas “com coração” – o papel do supervisor é essencial como
articulador desse projeto juntamente com toda a comunidade escolar.
13

Capítulo 3 Dificuldades enfrentadas pelo supervisor\orientador

São infinitos os desafios enfrentados diariamente pelo profissional da


supervisão escolar, sendo muito diversificados. Terá de estar com toda sua atenção
voltada às características de cada professor, ao pensar e ao fazer de cada professor.

Dentre os principais desafios do supervisor escolar, encontram-se: a


falta de previsão legal em relação à sua própria profissão; a falta de formação
continuada para si; e o desconhecimento da comunidade escolar da sua importância
dentro da escola. Esse profissional é responsável pela formação continuada de
professores, entretanto, não recebe, também, uma formação que dê continuidade aos
seus conhecimentos.

Ainda, recebe muitas vezes um salário equivalente ao de professor,


sendo que desempenha um cargo técnico com carga horária diferenciada. Além disso,
muitos integrantes da escola desconhecem qual é, de fato, sua função, os quais são
suas responsabilidades.  Tempo para a formação dos docentes, quando os mesmos têm
dificuldade de encontrar esse tempo, e muitas vezes o professor não consegue nem ao
menos participar das reuniões de formação. Também se observa supervisores
desgastados por problemas disciplinares dos alunos, mediando, entre pais e
professores, um ponto de equilíbrio que defina procedimentos de controle dos alunos
indisciplinados.

Em alguns momentos, vê-se na situação de recorrer aos pais destes,


que, em contrapartida, também encarregam os supervisores de enquadrarem os alunos
nas regras sociais de bom comportamento e respeito ao próximo, buscar superar a
aversão que sofrem por parte de alguns professores; saber lidar com as faltas dos
professores e incentivar que ele tenha compromisso com a instituição, fazer superar a
visão tecnicista e fragmentada do trabalho pedagógico, resgatando-o em sua totalidade;
trabalhar com a interdisciplinaridade que exige muito tempo de planejamento, o que é
difícil hoje devido ao grande acúmulo de projetos em que os educadores precisam lidar
superar a ausência da família na escola; criar e fortalecer espaços de participação e
vivências inclusivas.

Enfim o supervisor precisa estar atento com todos estes problemas para
que possa de maneira correta, justa e democrática auxiliar os seus professores e alunos
para que ambos possam ter uma convivência respeitosa e de aprendizagem.
14

3-1 Obstáculos enfrentados pelo supervisor escolar no planejamento pedagógico

O coordenador enfrenta o desafio de construir seu perfil de atuação


contribuindo para a melhoria da qualidade da escola e das condições de exercício
profissional dos docentes

Para Vasconcelos (2006, p. 84), o coordenador\ supervisor se envolve


com diversas questões, “currículo, construção do conhecimento, aprendizagem, relações
interpessoais, ética, disciplina, avaliação da aprendizagem, relacionamento com a
comunidade, recursos didáticos entre tantos outros”.

Sabe-se que a atuação da escola a respeito dos alunos não corresponde


às exigências da atualidade para vencer os obstáculos da época presente e do futuro,
de modo a compreender que a aprendizagem dos discentes não termina com um
diploma e que ele deve ser preparado para exercer sua cidadania.

Esse é mais um desafio para o coordenador pedagógico, que precisa


agir diretamente no enfrentamento dessas demandas sociais, com uma proposta
educativa que traga uma visão clara de planejamento, objetivos, conteúdos, metodologia
e avaliação.

Numa formação contínua e continuada (Coimbra, Marques & Martins,


2012), o maior desafio do papel do supervisor/coordenador pedagógico está em atuar
estrategicamente, a fim de envolver todos os docentes no processo de formação
continuada, tanto para os professores veteranos, quanto para os recém-formados.

A maior dificuldade, que o supervisor\orientador enfrenta no ambiente


escolar, é sem dúvida a falta de diálogo ou compreensão do que foi dito. Infelizmente
muitas informações pedagógicas são distorcidas por alguns professores que não
aceitam sugestões na maneira de como devam executá-las. Com isso o andamento da
rotina escolar, fica comprometido, prejudicando a aprendizagem do aluno, gera um clima
de competição deixando o ambiente pesado.

Percebe-se que falta uma união de ideias, entre a escola e a sociedade,


onde uma entenda que precisa da outra e juntas os resultados serão melhores.

Estas dificuldades precisam ser trabalhadas para se chegarem a um


consenso que busque colocar o ensino e aprendizagem acima de tudo, principalmente
das divergências de opiniões, prevalecendo o bom andamento da escola.
15

4-Considerações Finais

Com a realização deste trabalho, percebe-se o quanto é difícil manter a


ordem e o bom andamento de uma instituição escolar, que muitas vezes sobrecarrega o
supervisor\orientador e até os outros profissionais que trabalham no local.

O supervisor\orientador é responsável por manter a organização no


ambiente escolar, dando suporte para os professores planejarem suas atividades de
acordo com as necessidades de suas turmas, busca uma confraternização entre pais e
professores, professores e alunos, professores e professores.

É de sua responsabilidade tentar entender o que gera desconforto na


aprendizagem do aluno, onde busca ter uma conversa com o mesmo para saber como é
sua rotina familiar, uma vez que problemas familiares afetam e muito o psicológico do
aluno o prejudicando em sua aprendizagem.

Este profissional é o articulador de repassar aos professores todas as


mudanças que estão ocorrendo em nosso ensino. Ele precisa estudar todas estas
mudanças, entender cada alteração para que os professores entendam e busquem
novas maneiras para aprimorarem a aprendizagem de seus alunos.

Enfim, o supervisor\orientador é aquele profissional que não mede


esforços para manter a qualidade de ensino dos seus alunos, buscando capacitar os
seus professores, e até mesmo a sua própria capacitação.

Faz o intercâmbio entre a escola e família, buscando sempre a


qualidade e o bom andamento da rotina escolar onde todos são responsáveis em manter
a qualidade de ensino.
16

5- Referências

RANGEL, Mary (Org.). Supervisão pedagógica: princípios e práticas. Campinas: Papirus,


2002.

RAPHAEL, Hélia S.; QUAGLIO, Paschoal et al. MAIA, Graziela Z. Abdian (Org.);
Administração e supervisão escolar: questões para o novo milênio. São Paulo: Pioneira
Thomson, 2003.

SANTOS, Andréa Oliveira dos. A formação em supervisão educacional e o exercício do


cargo de diretor escolar. Monografia do Curso de Pós- Graduação em Nível de
Especialização em Supervisão Educacional da URCAMP, 2004.

SAVIANI, Dermeval. Transformações do capitalismo, do mundo do trabalho e da


educação. In: LOMBARDI, José Claudinei; SAVIANI, Dermeval & SANFELICE, José Luiz
(orgs). Capitalismo, trabalho e educação. São Paulo: Autores Associados, 2002.

SILVA, Edina, Antonia da. Supervisão escolar. Porto Alegre: AGE, 2002.

URBANETZ, Sandra Terezinha, SILVA, Simone Zampier da. Orientação e supervisão


escolar: caminhos e perspectivas. Curitiba: Ibpex, 2008

ALVES, Nilda. (Coord.). Educação & supervisão: o trabalho coletivo na escola. 13. ed.
São Paulo: Cortez, 2011.

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BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares


nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, V.1. 1997.

FERREIRA, Naura Silva C. (Coord.). Supervisão educacional para uma escola de


qualidade: da formação à ação. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2003.

FURASI, José Cerchi. Formação contínua de educadores na escola e em outras.


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GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. 8 ed. São Paulo: Ática, 2001.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da sua escola pública: a pedagogia crítico-


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