AULA 03 - Resfriamento Intermediário
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RESFRIAMENTO INTERMEDIÁRIO
Para grandes diferenças de temperatura (condensação muito alta e/ou ebulição
muito baixa), onde exige-se um trabalho de compressão muito grande, divide-se a
compressão em dois ou mais estágios, refrigerando os vapores entre cada estágio.
Com este procedimento, contorna-se as dificuldades decorrentes de uma
relação de compressão muito elevada, não somente do ponto de vista construtivo, como
também termodinâmico.
De maneira geral, para o R-717, comprime-se em dois estágios, quando a
relação de compressão é da ordem de 8 à 9.
Na realidade, o fator determinante para o estabelecimento de uma compressão
múltipla se dá em função do rendimento gravimétrico.
Toda energia absorvida por um compressor, não é efetivamente transformada
em trabalho de compressão, parte se perde sob a forma de calor, o qual, transferido para
o fluido, acarreta um maior aquecimento do mesmo, aumentando seu volume específico
e também reexpansão (neste caso além do ciclo termodinâmico, também contribuem
características construtivas do compressor), diminuindo a massa de fluido realmente
aspirada.
Desta maneira, pode-se estabelecer uma relação direta entre rendimento
gravimétrico e relação de compressão. 2
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- Evita a alteração das propriedades mecânicas das válvulas por temperaturas elevadas
na descarga;
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Processos de resfriamento
saída de vapor
entrada de líquido
injeção de
líquido
descarga do
estágio de baixa
baixa
velocidade
saída de líquido
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Embora o sistema de duplo estágio normalmente adotado seja o com RI do tipo aberto,
existe uma variação deste modelo aplicada quando o mesmo sofre ampliações e a capacidade
de geração de massa de vapor torna-se insuficiente, optando-se pela injeção direta de líquido
na descarga do compressor do estágio de baixa, através de um sistema de expansão,
promovendo o rebaixamento da temperatura à níveis estipulados para a aspiração do
compressor do estágio de alta.
Em relação ao ciclo
termodinâmico, o comportamento
do sistema não se altera em
relação ao sistema com resfriador
intermediário aberto, pois
simplesmente retira-se para fora
do RI a parcela de vapor gerada
para rebaixamento da temperatura
de descarga do compressor do
estágio de baixa.
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O vapor superaquecido da descarga do compressor do estágio de baixa (CpLS), têm sua
pressão equalizada em “a”, para pressão intermediária, quando em contato com os vapores saturados
secos (X=1), provenientes do vaso de expansão (VE). A mistura faz com a temperatura seja
relativamente rebaixada em 2”, com um valor entre o vapor superaquecido à alta temperatura em T2 e o
vapor saturado seco na sucção do compressor do estágio de alta à T2’. O líquido proveniente do
condensador (Cd), em 4, ao passar pela válvula expansora de injeção de líquido, sofre uma
transformação adiabática em 4’, rebaixando sua temperatura à pressão intermediária, sendo injetada em
“b”, uma massa de refrigerante específica para que se atinja T2’.
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Após a expansão na válvula, o vapor saturado úmido, em sua maior parte na fase
líquida, atinge as condições térmicas necessárias para absorver calor.
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Para as válvulas de orifício, do tipo de parede grossa com arestas vivas, a sua
capacidade pode ser calculada a partir da expressão:
𝐺ℎ = 3600𝜇𝐴𝑣𝑐 𝛾 [𝑘𝑔𝑓Τℎ]
𝛾 = 𝑥𝛾𝑉𝑝𝑐 + (1 − 𝑥)𝛾𝐿𝑝𝑐
𝑘
ℎ𝐿𝑎𝑑 − ℎ𝐿𝑝𝑐 2 𝑘−1
𝑥= 𝑝𝑐 = 𝑝𝑐𝑑
ℎ𝑉𝑝𝑐 − ℎ𝐿𝑝𝑐 𝑘+1
*Cd = 0,61
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EXERCÍCIOS
2) Desenvolva um layout para o mesmo sistema da primeira questão, com RI sem mistura,
para operação com água, disponível à 20 °C e outro com o próprio fluido, como
agentes do resfriamento intermediário. Compare e discuta todos sistemas calculados.