7 Midi
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7 Midi
MIDI
Para produzirmos boa música, com uma grande variedade de timbres à nossa
disposição, não precisamos mais comprar vários teclados e vários módulos de som.
Basta instalarmos os novos e poderosos instrumentos virtuais, um teclado e uma
interface MIDI em nossos computadores.
No entanto, a popularidade dos arquivos MIDI (.mid) que circulam na internet
com versões de músicas famosas, tocados em placas de multimídia de baixa qualidade,
ainda mais populares que os arquivos, leva vários produtores iniciantes ao perigoso
equívoco de subestimar ou desprezar uma das mais importantes ferramentas da
produção musical.
As placas de multimídia e as placas on board, conhecidas nas lojas de
informática como ‘placas de som’, são acessíveis e desempenham diversas funções.
Feitas para jogos e para sonorizar os programas de modo geral, devem seu baixo custo
aos conversores A/D (analógico/digital) e D/A (digital/analógico) e outros
componentes, como o sintetizador “embutido”, que não são exatamente os melhores do
mercado, muito pelo contrário.
Um dos passatempos preferidos dos internautas é baixar e trocar arquivos .mid
com músicas conhecidas seqüenciadas. São arquivos leves, rápidos de baixar, e existem
aos milhões, com todo tipo de música, covers instrumentais de sucessos seqüenciados
por músicos do mundo todo, muitos destes ainda sem prática. Como a qualidade sonora
das placas de multimídia, especialmente a dos seus sintetizadores, também costuma
deixar a desejar, isto causa nos leigos a impressão de que todos os arquivos MIDI são
ruins. Ou pior, que a tecnologia MIDI é que não presta.
E muitos jovens músicos se iniciam nas artes da produção musical com um
conceito totalmente equivocado. Põem a culpa da má qualidade na tecnologia MIDI,
descartando o seu uso no estúdio ou no palco e perdendo a chance de usar uma
utilíssima ferramenta que, muitas vezes, responde pela maior parte dos recursos usados
numa gravação.
Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, fica cada vez mais fácil
produzirmos qualquer estilo de música com infinitos timbres e sonoridades de altíssima
qualidade. Esse grande avanço se deve a dois fatores. Primeiro, o desenvolvimento dos
computadores pessoais; depois, a evolução dos samplers, sintetizadores e outros
instrumentos virtuais, hoje indispensáveis para todo gênero de produção musical.
Uma grande quantidade de fabricantes lança a todo momento milhares de
instrumentos virtuais e samples (as amostras de sons e loops dos samplers). Os
principais beneficiários do crescente desenvolvimento dessa nova tecnologia são os
músicos e produtores, que agora trabalham escutando timbres tão realistas quanto os dos
instrumentos acústicos, elétricos e eletrônicos originais, ao contrário dos sons gerados
por placas de multimídia. Assim, é possível agradar desde o músico erudito até o DJ,
passando pelos artistas pop e os compositores do cinema, do teatro e da TV.
Contudo, muitos dos nossos novos instrumentos usam enormes coleções de
sonoridades, também chamadas ‘bibliotecas’ ou até ‘livrarias’, algumas ocupando 16,
30, 65 gigabytes e outras ainda maiores, exigindo discos rígidos grandes e rápidos,
muita memória RAM e muito processamento em tempo real.
Os controladores mais comuns são os teclados, desde que tenham a saída MIDI
out. Hoje, é comum os controladores terem uma conexão USB, o que significa que a
interface MIDI vem embutida no teclado, dispensando a placa MIDI do computador. Uma
solução prática e barata. Neste caso, evitemos o uso de alimentação elétrica do teclado
através do cabo USB. É melhor ligá-lo na tomada.
Controladores alternativos são instrumentos MIDI fabricados com o intuito
exclusivo de se adaptarem melhor às necessidades técnicas de cada instrumentista. Para se
tocarem samplers e sintetizadores, não é necessário o conhecimento do teclado.
Cada controlador combina melhor com certos timbres e pior com outros. O
músico deve escolher aquele que melhor se adapta a sua técnica instrumental, procurando
manter também um teclado para facilitar a execução de encadeamentos harmônicos e de
toques de bateria e percussão, nem sempre possíveis em outros tipos de controladores.
Existem também superfícies de controle para acionar as mesas virtuais e outros recursos
dos programas gravadores/seqüenciadores e dos instrumentos virtuais. Também usam MIDI
para se comunicar com os programas.
O seqüenciador é o “gravador” das informações MIDI. Ele registra o que é
tocado, edita e executa o material no gerador de som. Podemos usar os seqüenciadores
físicos, as groove boxes e as baterias eletrônicas. Os programas de computador são mais
confortáveis e completos e menos portáteis. O Sonar, o Cubase, o Logic e o Digital
Performer são os mais completos e os mais usados. Veja mais em Seqüenciamento
MIDI no Sonar.
Os geradores de som são o sintetizador e o sampler. São o próprio som do
sistema MIDI. Além de todos os antigos modelos em forma de teclados ou racks,
contamos hoje em dia com excelentes programas sintetizadores e samplers virtuais.
Com uma placa de som de qualidade, podemos utilizar inúmeros instrumentos que,
efetivamente, transformam nossos computadores em estúdios completos. Veja mais em
Sintetizadores e Samplers.
O estúdio MIDI pode, ainda, ser todo concentrado num teclado do tipo
workstation. Essas estações de trabalho agregam teclado, seqüenciador e
sintetizador/sampler/bateria numa única peça de hardware. O Roland Fantom (sem
sampler), o Korg Triton e o Kurzweil K-2600 são exemplos desses teclados três-em-um.
Um programa que leva este conceito de estação de trabalho MIDI para o
computador é o Reason, da Propellerheads. Muito versátil, contém seqüenciador,
sintetizadores, samplers, ‘máquinas’ de loops e baterias, além dos efeitos, mas sem
perder o conceito do hardware, com conexões de cabos e toda a cultura “analógica” dos
racks de teclados e de efeitos conectados às mesas de som.
As conexões MIDI são bem simples: três soquetes do tipo "DIN" ou "Philips"
de cinco pinos, idênticos aos utilizados para áudio em antigos equipamentos europeus,
porém com função totalmente diferente, geralmente localizados na parte traseira do
instrumento. As inscrições "MIDI in" (entrada), " MIDI out" e " MIDI thru" (saídas)
determinam suas funções.
Pelo MIDI out os dados são transmitidos do instrumento em que tocamos para
outro instrumento ou para o computador. O MIDI in recebe as informações
transmitidas de outro instrumento.
Numa ligação básica, um teclado master ("mestre” ou “controlador") manda os
dados sobre a execução musical pela saída MIDI out. O teclado slave ("escravo") recebe
esses dados pela entrada MIDI in. Ouvimos os dois teclados.
Na ilustração, tocamos no
primeiro teclado e ouvimos o som dos
três, desde que todos também estejam
conectados à mesa de som.
Se, contudo, tocarmos no
segundo ou no terceiro instrumento,
só conseguiremos ouvir o seu próprio
som. A saída MIDI thru não permite
enviar as informações geradas no
instrumento, só aquelas que forem
recebidas pelo MIDI in.
Sem a conexão MIDI thru não
seria possível expandirmos o sistema.
Teríamos a conexão de dois
instrumentos e nada mais. Graças ao
MIDI thru podemos ligar uma série
de instrumentos.
Na figura à direita,
tocando o instrumento 1, ouvimos 1 e 2.
Ao tocarmos o teclado 2, ouviremos os sons dos
teclados 2, 3 e 1.
Tocando o teclado 3, só ouvimos o seu som.
logomarca “GM” e toda placa de multimídia têm esse banco de 128 presets sintetizados,
garantindo a escolha automática dos timbres.
General MIDI, fruto de um acordo entre os fabricantes de sintetizadores e de
computadores, é um padrão composto de uma lista de 128 sons dispostos num banco,
sempre na mesma ordem, além de alguns controles de efeitos. As baterias e percussões
são distribuídas ao longo do teclado, em que cada tecla (MIDI note) aciona um diferente
tambor, prato ou efeito. Temos diversos drum sets ou drum kits (baterias), como GM
drum set e brush drum set. O canal MIDI 10 é reservado para as baterias.
General Standard (GS), da Roland, Extra General (XG), da Yamaha, assim como
General MIDI 2, são evoluções do padrão GM, embora menos universais, menos
‘genéricas’.
Esta é a lista de sons GM:
01. Piano Acústico 033. Contrabaixo (Pizz.) 065. Sax Soprano 097. Pingos
002. Piano Brilhante 034. Baixo (Dedilhado) 066. Sax Alto 098. Soundtrack
003. Piano Elétrico 035. Baixo (Palheta) 067. Sax Tenor 099. Cristal
004. Piano Honky Tonk 036. Baixo Fretless 068. Sax Barítono 100. Atmosfera
005. Piano Rhodes 037. Baixo (Slap) 1 069. Oboé 101. Brilho
006. Piano (Chorus) 038. Baixo (Slap) 2 070. Corne Inglês 102. Gnomo
007. Cravo 039. Baixo Sintetizado 1 071. Fagote 103. Ecos
008. Clavinete 040. Baixo Sintetizado 2 072. Clarinete 104. Ficção Científica
009. Celesta 041. Violino 073. Flautim 105. Cítara
010. Glockenspiel 042. Viola 074. Flauta 106. Banjo
011. Caixinha de Música 043. Violoncelo 075. Flauta-Doce 107. Shamisen
012. Vibrafone 044. Contrabaixo (Arco) 076. Flauta de Pan 108. Koto
013. Marimba 045. Cordas (Vibrato) 077. Garrafas (Sopro) 109. Calimba
014. Xilofone 046. Cordas (Pizzicato) 078. Shakuhachi 110. Gaita de Fole
015. Carrilhão 047. Harpa 079. Assovio 111. Rabeca
016. Dulcimer 048. Tímpanos 080. Ocarina 112. Shanai
017. Órgão Hammond 049. Cordas 081. Onda Quadrada 113. Sininhos
018. Órgão Percussivo 050. Cordas (Legato) 082. Onda Dente-de-Serra 114. Agogô
019. Órgão de Rock 051. Cordas Sintetizadas 1 083. Órgão a Vapor 115. Latas
020. Órgão de Igreja 052. Cordas Sintetizadas 2 084. Trompa de caça 116. Woodblock
021. Reed Organ 053. Coro (“Aah”) 085. Charango 117. Tambor Taiko
022. Acordeão 054. Vozes (“Du-du”) 086. Solovox 118. Tom-Tom Melódico
023. Gaita de Boca 055. Voz Sintetizada 087. Quintas 119. Tom-Tom Simmons
024. Bandoneon 056. Ataque Orquestral 088. Baixo + Solo 120. Prato (Surdina)
025. Violão (Cordas de Nylon) 057. Trompete 089. Cama 1 (Fantasia) 121. Trastejar de Violão
026. Violão (Cordas de Aço) 058. Trombone 090. Cama 2 (Quente) 122. Sopro
027. Guitarra de Jazz 059. Tuba 091. Cama 3 (Polysynth) 123. Beira-Mar
028. Guitarra Limpa 060. Trompete (Surdina) 092. Cama 4 (Coro) 124. Pássaros
029. Guit. Abafada (“Picapau”) 061. Trompa 093. Cama 5 (Dobrada) 125. Telefone
030. Guitarra (Overdrive) 062. Naipe de Metais 094. Cama 6 (Metálica) 126. Helicóptero
031. Guitarra (Distorção) 063. Metais Sintetizados 1 095. Cama 7 (Celestial) 127. Aplauso
032. Harmônicos de Guitarra 064. Metais Sintetizados 2 096. Cama 8 (Sweep) 128. Tiro