Economia Goiana
Economia Goiana
Economia Goiana
De acordo com o Instituto Mauro Borges (2016), mudanças econômicas estruturais ocorreram no estado de Goiás nas
últimas décadas. A indústria, embora apresente taxas de crescimento menores do que as demais atividades, tem participa-
do de mudanças importantes na economia de Goiás.
O setor sucroalcooleiro e as indústrias automobilísticas estão contribuindo para o avanço industrial do estado. Os mu-
nicípios de Anápolis e Catalão destacam-se pela formação de polos industriais. Em Rio Verde, as agroindústrias têm elevado
a participação produtiva da região no estado.
Nota-se que o setor industrial tem se desenvolvido, sobretudo, pela forte integração das agroindústrias com a agrope-
cuária moderna. Segundo o IMB (2016), o PIB (Produto Interno Bruto) de Goiás cresceu em razão do novo recente quadro
de dinamização das atividades industriais desenvolvidas no estado. Além disso, a localização geográfica privilegiada de
Goiás em relação ao território nacional e a produção e exploração de matérias-primas, também contribuíram para o maior
desenvolvimento econômico de Goiás no período recente.
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HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS E GOIÂNIA
Os anos 2000 marcam o início de uma maior participação do setor industrial na economia de Goiás. O IMB (2016), cita:
“a instalação da Perdigão Agroindustrial (hoje Brasil Foods) em Rio Verde, a montadora de veículos Hyundai, os laboratórios
Teuto e Neo Química, entre outros, do setor farmacêutico em Anápolis e Mitsubishi em Catalão. Também houve elevação
dos investimentos para beneficiamento da produção mineral e para usinas de produção de etanol”1.
Cerca de 20 municípios possuem pelo menos uma indústria com relevância em seus territórios. As indústrias estão
ligadas a setores diversos, como: geração de energia, mineração, fármacos, automobilísticas e alimentos (IMB, 2016). Os
municípios com maior densidade industrial são: Goiânia, Anápolis e Rio Verde. O município de Itumbiara também participa
da produção industrial, mas em menor escala.
Em Goiás, aposta-se na diversificação de modais de transporte: rodoviário, ferroviário, aeroviário, hidroviário e dutoviá-
rio, que fazem a ligação do estado com o restante do Brasil. No que se refere às rodovias, as condições gerais de qualidade
e sinalização são consideradas de padrão médio.
Goiás conta com 685 quilômetros da Ferrovia Centro - Atlântica, que atende as demandas da região sudeste de Goiás
e do Distrito Federal. O Instituto Mauro Borges (2016, p. 48)2: “A FCA tem 7.080 km de extensão e é considerada o principal
e mais eficiente eixo de conexão entre as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Integra grandes portos como
os de Vitória-ES, Santos-SP, Angra dos Reis-RJ, de Salvador-BA e Porto Seco de Anápolis-GO”. E, “é um grande corredor
de importação e exportação de produtos para Goiás como: açúcar, adubos e fertilizantes, derivados de petróleo e álcool,
produtos siderúrgicos, soja e farelo de soja, fosfato, ferro-gusa, minérios, contêineres e carga geral”. A Ferrovia Norte-Sul
localiza-se entre Anápolis – GO e Palmas – TO, e vai até o porto de Itaqui, no Maranhão. A ferrovia Norte-Sul também faz a
ponte entre Anápolis e Estrela D’Oeste, município paulista.
Em Goiás, há quatro aeroportos utilizados para voos domésticos regulares e não regulares, localizam-se nos municípios:
Goiânia, Rio Verde, Caldas Novas e Minaçu. De acordo com informações do IMB (2016), o modal aéreo passou por melho-
rias com a instalação do aeroporto de cargas em Anápolis. Em 2016, também entrou em funcionamento um novo aeroporto
em Goiânia, com aumento significativo de capacidade de transporte de passageiros.
A hidrovia Tietê-Paraná possui cerca de 2.400 quilômetros de extensão. O trecho de maior importância é o percurso de
São Simão (Goiás) a Pederneiras (São Paulo). São escoadas cerca de 2, 5 milhões de toneladas de grãos e farelos do Cento
Oeste. “O Complexo Portuário de São Simão, localizado à margem direita do Rio Paranaíba, no sul de Goiás, transporta
madeira, carvão, adubo e areia, mas também, grandes empresas transportam soja, farelo de soja e milho” (IMB, 2016, p. 49).
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HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS E GOIÂNIA
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HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS E GOIÂNIA
O estado de Goiás foi dividido em dez regiões para fins de planejamento estratégico governamental:
• A região do Entorno do Distrito Federal
• A região metropolitana de Goiânia
• As regiões Norte Goiano e Nordeste Goiano, delimitadas a partir de características socioeconômicas e espaciais.
• As outras seis regiões foram definidas a partir dos principais eixos rodoviários do estado.
O objetivo deste projeto de regionalização foi planejar e gerir investimentos governamentais com o intuito de minimi-
zar os desequilíbrios regionais goianos.
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HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS E GOIÂNIA
De acordo com os estudos realizados por Salgado, Arrais e Lima (2010, p. 130), a desigualdade regional do território
goiano foi provocada pelo modelo de integração regional à economia nacional. Os grandes projetos nacionais, como a
Marcha para o Oeste, amplos projetos expansão rodoviária, a construção de Goiânia e Brasília, entre outros investimentos
em infraestrutura e de modernização agrícola, “atingiram o território goiano de forma diferenciada e, em pouco tempo,
mudaram o perfil de sua economia”.
Na década de 1990, Goiás apresentava importantes desigualdades regionais. Os espaços metropolitanos, compreendi-
dos pela Região Metropolitana de Goiânia e a região do Entorno do Distrito Federal, apresentavam alta densidade demo-
gráfica em relação ao estado, concentrando a maior parte da população goiana (SALGADO; ARRAIS; LIMA, 2010). Atual-
mente, no que se refere a distribuição populacional, este perfil l ainda vigora em Goiás. O Noroeste Goiano e o Nordeste
Goianos são as regiões que apresentam os menores contingentes populacionais:
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