Comunicação Não Violenta
Comunicação Não Violenta
comunicação não-
violenta. Não importa o lugar que você esteja ou lugar que você veio, você vai precisar dela. A
boa notícia é que a comunicação não-violenta é uma habilidade que pode ser aprendida por
qualquer pessoa.
A sua preocupação com a postura defensiva e as reações por meio da violência começaram
ainda na sua infância, em 1943, quando presenciou experiências negativas na escola por ser
judeu e pelo contexto social da época com os conflitos raciais nos Estados Unidos.
Quando utilizamos a habilidade fazemos uma reformulação ao falar e ouvir o outro. Em vez de
responder inconscientemente e imediatamente, ouvimos com atenção e pensamos no sentido
e desejo manifestado por trás daquela ação humana. Dessa forma, conseguimos
nos expressar de forma clara, empática, honesta e respeitosa.
1. Observação (Ouvir)
O primeiro processo da CNV é a observação. Aqui deve ser levado em conta o contexto em que a
situação está acontecendo. A CNV busca a consciência do indivíduo de separar a observação da
avaliação. Aumentando a possibilidade de que o outro ouça a mensagem que realmente deseja
ser transmitida.
2. Sentimento (Indagar)
O segundo processo da CNV é o sentimento, o maior desafio é ter consciência da emoção que é
transmitida naquele momento. É preciso se permitir olhar de forma clara e assertiva todos nossos
sentimentos. Trocar o que eu acho por como eu me sinto realmente.
3. Necessidade (compreender)
A necessidade está ligada ao sentimento, por trás de todo sentimento existe uma necessidade e
por trás de toda necessidade existe um sentimento. Quando alguém expressa suas necessidades
com consciência, as chances delas serem atendidas aumentam.
4. Pedido (argumentar)
Após manifestar o que estamos observando, é preciso fazer o pedido. É essencial expressar o
que estamos pedindo de forma clara, positiva, consciente, assim garantindo que a mensagem
enviada é a mesma recebida.
Dessa forma, se você não tiver certeza que seu pedido foi atendido, reformule o pedido para
saber se foi compreendido. Se ainda tem dúvida, peça ao receptor da mensagem para repetir o
que entendeu.
Quando outra pessoa não atende o pedido, a pessoa pode perceber a mensagem como uma
exigência. Portanto, o pedido deve ser objetivo e bem definido com base na empatia.
A maior parte das pessoas cresceram usando uma comunicação moralizadora influenciadas por
visões do rótulo e fazendo comparações. Por exemplo: a necessidade de utilizar termos para
controlar o ambiente desejável, decidir o que é errado, imperfeito, incorreto. Quanto mais as
pessoas utilizam julgamentos moralizadores, mais estão ensinando comportamentos que
bloqueiam sentimentos de necessidades, de pedidos e compreensão.
3. Negação da responsabilidade
Você pode ver a seguir a lista de vocabulários de atendimento e não atendimento de acordo com
a comunicação verbal dos sentimentos. Ajudando a identificar de forma clara as emoções que
você está sentindo.
Calmo
Relaxado
Conectado
Descansado
Renovado
Contente
Feliz
Alegre
Animado
Esperançoso
Inspirado
Energizado
Alerta
Disposto
Grato
Empoderado
Motivado
Concentrado
Curioso
Interessado
Bem-humorado
Amoroso
Centrado
Seguro
Aliviado
Otimista
Satisfeito
Pleno
Com Raiva
Furioso
Aborrecido
Exausto
Estafado
Deprimido
Triste
Sozinho
Desencorajado
Desanimado
Desesperançoso
Irritado
Receoso
Desconfortável
Chateado
Agitado
Frustrado
Desconcentrado
Surpreso
Tenso
Com medo
Preocupado
Pessimista
Cansado
Fragilizado
Envergonhado
Confuso
Ansioso
Essa lista foi retirada, compilada e revisada pelo Instituto CNV Brasil, das listas de distintos
autores da CNV, incluindo Marshall Rosenberg.
Exemplos para prática da comunicação não-violenta (CNV)
Primeiro, observe o que está acontecendo no contexto que você está inserido sem fazer
julgamentos; procure identificar atitudes ou gestos que te agradem ou não naquela situação.
Segundo, tente compreender o sentimento que você está tendo, se é de alegria, tristeza, raiva,
mágoa, etc.
Exemplo 1
“Nas últimas 2 vezes em que conversamos sobre não deixar a toalha em cima da cama, vi que
você se alterou e me pareceu um pouco irritado (observação) e isto me deixa chateada
(sentimento), porque estou me sentido cansada (necessidade), ficaria feliz se você estendesse a
toalha no varal, se possível ao sol (pedido).”
Exemplo 2
“Enzo, quando eu vejo seus brinquedos espalhados pela casa (observação), fico furiosa com
essa situação (sentimento), porque preciso de espaço organizado para andar (necessidade).
Você poderia guardar seus brinquedos depois de brincar, isso ajudaria a evitar
acidentes (pedido).”
Exemplo 3
“Sempre que falamos sobre política no almoço de domingo, vejo que você se altera e me parece
bravo (observação). Isso me deixa receoso e triste (sentimento), porque eu acredito que
poderíamos conversar sobre política trazendo os nossos pontos de vistas, mesmo que eles sejam
contrários (necessidade). Gostaria de entender seu posicionamento e que você me escutasse
(pedido).