CONTO
CONTO
CONTO
ALUNO (a):
NÚMERO: TURMA:
Quem não se lembra de uma história bonita contada por nossos pais ou avós? De boca
em boca, as histórias vão passando através das gerações, e assim viajam mundo afora … se
entrelaçam, se modificam e seguem seu caminho, eternizando-se. Em toda família, há sempre
um contador de histórias. Quem conta histórias na sua família? Que tipo de histórias você
prefere? A escola é um bom lugar para se contar e ouvir histórias? O que podemos encontrar no
mundo maravilhoso das histórias?
Começaremos com a seguinte leitura:
OS DOIS PEQUENOS E A BRUXA
Era uma vez uma mulher que tinha um filho e uma filha. Um dia a mãe mandou o filho
buscar cinco réis de tremoços e depois disse para os dois:
- Meus dois filhinhos, até onde acharem as casquinhas de tremoços, vão andando pelo
caminho afora, e em chegando ao mato lá me hão de encontrar apanhando lenha.
Os pequenos assim fizeram.
Depois da mãe sair, foram andando pelas castanhas de tremoços que ela ia deitando
para o chão, mas não a encontraram.
Como já era noite, viram ao longe uma luz acesa. Foram caminhando para lá e viram uma
velha a frigir bolos.
A velha era cega de um olho, e o pequeno foi pela banda do olho cego e furtou- lhe um
bolo, porque estava com muita fome.
Ela, julgando que era o gato, disse:
-Sape, gato! Bula que não bula, que te importa a ti?
O pequeno disse para a irmã:
- Agora vai lá tu!
A pequena respondeu:
- Não vou lá que eu pego- me a rir!
O pequeno disse que ela havia de ir, e a irmã não teve mais remédio, e foi. Foi pelo lado
do olho cego e tirou outro bolo.
A velha, que julgava outra vez que era o gato, disse:
- Sape, gato! Bula que não bula, que te importa a ti?
A pequena largou- se a rir.
A velha voltou- se, viu os dois pequenos e disse para eles:
- Ai, sois vós, meus netinhos! Comei, comei para engordar.
Depois agarrou neles e meteu- os num caixão cheio de castanhas.
No outro dia chegou ao caixão e disse para eles:
- Deitai os vossos dedinhos, meus netinhos, que é para ver se estais gordinhos.
Os pequenos deitaram o rabo de um gato, que acharam dentro do caixão.
A velha disse então:
- Saí, meus netinhos, que já estão gordinhos.
Tirou- os para fora do caixão e disse- lhes para irem à linha com lenha.
Os pequenos foram para o mato por uma banda, e a velha foi por outra. Quando
chegaram a um certo lugar, encontraram uma fada.
A fada disse- lhes:
- Andais à lenha, meninos, para aquecer o forno, mas a velha quer assar- vos neles!
Depois contou que a velha havia de dizer para eles: Sentai-vos, meus netinhos, nesta
pazinha, para vos ver balhar dentro do forno! E que eles lhe haviam de dizer que se sentasse ela
primeiro, para eles verem como era.
A fada foi- se embora.
Daí a pouco encontraram- se os pequenos com a velha do mato.
Apanharam a lenha toda que tinham cortado e foram para casa acender o forno.
Depois de acenderem o forno, a velha varreu- o muito bem varrido e depois disse para
eles:
- Sentai- vos, meus netinhos, nesta pazinha, para vos ver balhar dentro do forno!
Os pequenos responderam como a fada os tinha ensinado:
- Sentai- vos aqui primeiro, avozinha, nesta pazinha, para nós vos vermos balhar dentro
do forno!
A velha, como queria assá-los, sentou- se na pá, e eles mal a viram sentada, empurraram
a pá para dentro do forno.
A bruxa deu um grande estouro e morreu queimada, e os pequenos ficaram senhores da
casa e de tudo quanto ela tinha.
Fonte:CONSIGLIERI, Pedroso. Contos populares portugueses. São Paulo: Landy,
2001.Coleção Tecendo Linguagens. Língua Portuguesa p. 142.
PERGUNTAS SOBRE O CONTO:
Vamos pensar sobre o conto?
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3) O que vocês sentiram ao lerem este conto? Medo? Curiosidade? Ou outros
sentimentos? Quais?
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6) Você gostou do final deste conto? Ou poderia ser diferente? Dê sua sugestão.
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8) E o final do conto de que você se lembrou? É parecido com o final da história que
você acabou de ler?
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9) Há algo mais que você gostaria de comentar sobre o conto? Fique à vontade.
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TEXTO E CONSTRUÇÃO
Flávio de Souza inspira-se em " A Bela Adormecida" e escreve uma versão moderna do
conto. Leia o texto: “O príncipe desencantado” e observe as diferenças entre ele e o conto “A Bela
Adormecida”.
O PRÍNCIPE DESENCANTADO
Flávio de Souza
O primeiro beijo foi dado em uma princesa que estava dormindo encantada havia cem
anos.
Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar:
PRINCESA - Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
PRÍNCIPE - Sim, minha querida princesa.
PRINCESA - Então nós temos que nos casar, já! Você me beijou, e foi na boca, afinal de
contas não fica bem, não é mesmo?
PRÍNCIPE- É… querida princesa.
PRINCESA - Você tem um castelo, é claro.
PRÍNCIPE - Tenho...princesa.
PRINCESA - E quantos quartos tem o seu castelo, posso saber?
PRÍNCIPE - Trinta e seis.
PRINCESA - Só? Pequeno, hein Mas não faz mal, depois a gente faz umas
reformas...deixa eu pensar quantas amas eu vou ter que contratar... umas quarenta eu acho que
dá!
PRÍNCIPE -Tantas assim?
PRINCESA- Ora, meu caro você não espera que eu vá gastar minhas unhas varrendo,
lavando e passando, não é?
PRÍNCIPE - Mas quarenta amas!
PRINCESA - Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e
já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal
passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal
e...e...joias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas,
semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina!
PRÍNCIPE - Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...
PRINCESA - Não me venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava dormindo e você
veio e me beijou e agora vai querer que eu ande aí como uma gata borralheira? Não, não e não,
e outra vez não e mais uma vez não!
Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido e beijado. Então teve uma
ideia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A
princesa caiu e imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está lá, adormecida.
Parece que a notícia se espalhou, e os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela
dorme, assobiando e olhando para outro lado. (FONTE: SOUZA, Flávio de.Príncipes e princesas,
sapos e lagartos: histórias modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1989.)
IRTEPRETAÇÃO
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2) Qual foi a intenção da princesa ao despertar logo após ter recebido o beijo do
príncipe?
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O dono da bola
Ruth Rocha
O nosso time estava cheio de amigos. O que nós não tínhamos era a bola de futebol. Só
bola de meia, mas não é a mesma coisa. Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca.
Mas, toda vez que nós íamos jogar com Caloca, acontecia a mesma coisa. E era só o juiz marcar
qualquer falta do Caloca que ele gritava logo:
– Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!
– Ah, Caloca, não vá embora, tenha espírito esportivo, jogo é jogo…
– Espírito esportivo, nada! – berrava Caloca. – E não me chame de Caloca, meu nome é
Carlos Alberto!
E assim, Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo.
A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos entrar no campeonato do
nosso bairro. Nós precisávamos treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do jogo.
Mas os treinos nunca chegavam ao fim. Carlos Alberto estava sempre procurando
encrenca:
– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!
– Se eu não for o capitão do time, vou embora!
– Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola!
E quando não se fazia o que ele queria, já sabe, levava a bola embora e adeus, treino.
Catapimba, que era o secretário do clube, resolveu fazer uma reunião:
– Esta reunião é para resolver o caso do Carlos Alberto. Cada vez que ele se zanga,
carrega a bola e acaba com o treino.
Carlos Alberto pulou, vermelhinho de raiva:
– A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser!
– Pois é isso mesmo! – disse o Beto, zangado. – É por isso que nós não vamos ganhar
campeonato nenhum!
– Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de time, que nem bola tem.
E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço.
Aí, Carlos Alberto resolveu jogar bola sozinho. Nós passávamos pela casa dele e víamos.
Ele batia bola com a parede. Acho que a parede era o único amigo que ele tinha. Mas eu acho
que jogar com a parede não deve ser muito divertido. Porque, depois de três dias, o Carlos
Alberto não aguentou mais. Apareceu lá no campinho.
– Se vocês me deixarem jogar, eu empresto a minha bola.
Carlos Alberto estava outro. Jogava direitinho e não criava caso com ninguém.
E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo mundo se abraçou gritando:
– Viva o Estrela-d’Alva Futebol Clube!
– Viva!
– Viva o Catapimba!
– Viva!
– Viva o Carlos Alberto!
– Viva!
Então o Carlos Alberto gritou:
– Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto! Podem me chamar de Caloca!
1) Quem é o protagonista, isto é, o personagem principal da história?
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3) Carlos Alberto costumava fazer chantagem e impor condições para emprestar sua bola de
couro. Comprove a afirmação com uma frase retirada do texto.
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4) Qual era a finalidade da reunião que Catapimba, o secretário do time, resolveu fazer?
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6) Ao final, o time saiu campeão. Se Carlos Alberto tivesse continuado com o mesmo
comportamento de antes, tu achas que o time sairia vitorioso? Justifique sua resposta.
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Futebol na raça
Criado na Inglaterra em 1863, ele desembarcou no Brasil 31 anos depois, na forma de
uma bola trazida debaixo do braço pelo estudante paulista Charles Miller. Chegou elitista, racista
e excludente. Quando se organizaram os primeiros campeonatos, lá pelo começo do século, era
esporte de branco, rico, praticado em clubes fechados ou colégios seletos. Negros e pobres
estavam simplesmente proibidos de chegar perto dos gramados, mas mesmo à distância,
perceberam o jogo e deles se agradaram.
Estava ali uma brincadeira feita sob medida para pobre. Não exige equipamento especial
além de um objeto qualquer que possa ser chutado como se fosse bola. Pode ser praticado na
rua, no pátio da escola, no fundo do quintal. O número e o tipo de jogador dependem apenas de
combinação entre as partes. Jogam o forte e o fraco, o baixinho e o altão, o gordo e o magro. (…)
Maurício Cardoso. Revista Veja.
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Velha contrabandista
Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela
fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega –
tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou
ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás.
Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela
adquirira no odontólogo e respondeu:
– É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar
da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha
areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi
embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no
outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na
lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no
saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês
seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa
de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal
propôs:
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não
conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está
passando por aqui todos os dias?
– O senhor promete que não “espaia” ? – quis saber a velhinha.
– Juro – respondeu o fiscal.
– É lambreta.
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4) Explique com suas palavras qual foi o truque da velhinha para enganar o fiscal.
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( ) Diante da promessa do fiscal, ela lhe contou a verdade: era contrabando de lambretas.
( ) Todo dia, a velhinha passava pela fronteira montada numa lambreta, com um saco no
bagageiro.
( ) Durante um mês, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco
era areia.
( ) Então, ele prometeu que não contaria nada a ninguém, mas pediu à velhinha que lhe
dissesse qual era o contrabando que fazia.
Você sabia que a população de micos nos zoos foi muito importante para ajudar a
recuperar a população na natureza? Nas décadas de 80 e 90 cerca de 150 animais foram
trazidos de zoos de vários países para serem reintroduzidos na Mata Atlântica. A parceria com os
zoos vem de longa data e agora foi fortalecida.
Ontem em João Pessoa, no 40º Congresso da Sociedade Brasileira de Zoológicos e
Aquários, a AMLD, através de seu Secretário Executivo Luís Paulo Ferraz, e o presidente da
SZB, Claudio Maas, assinaram um Termo de Cooperação.
A ideia é fortalecer parcerias para o engajamento do público que visita os zoos para
conhecer e participar das ações de conservação. Pretendemos também melhorar a troca de
conhecimento sobre as populações de cativeiro e na natureza, campanhas, venda de produtos da
AMLD nos zoos entre outras ideias.
Além disso, em 2017 a SZB celebrará o ano do Mico-Leão-DOurado, e muita coisa boa
virá por aí. [...]
Encontre 10 palavras, extraídas do texto acima, grafadas com “s”, “ss” ou “z”. Em seguida,
circule-as na notícia.
A M A R A N I S S A D E M M S O T X E T
C O I S A P A R Z S S O U E O V B O A P
B B R A S I L E I R O S I R C E A R E E
O C O N S E R V A N E S T I I N R A S R
S O C Ã O U O D A D R I A T E D A D J B
O Ã L E T N A V I O P D T O D A P N T O
O Ç C A T I S I V P A G K I A M A O S S
Z A N T R A Z I D O S O S S E R G N O C
2° Questão: Assinale, em cada questão, a única palavra mal escrita e corrija-a. (pesquisar no
dicionário).
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Bicho de palha
Contam que um homem muito rico enviuvou e casou novamente, tendo uma filha, Maria,
que se punha mocinha e que era linda. A madrasta antipatizou logo com a enteada e se tomou de
ódio quando teve uma filha e esta era relativamente feia, comparada com Maria.
O homem possuía propriedades espalhadas e vivia viajando, dirigindo seus negócios.
Durava pouco tempo em casa e nesses momentos, Maria passava melhor. Na ausência do pai a
madrasta obrigava-a aos serviços mais rudes e pesados, alimentando-a do que havia de pior e
em quantidades insignificantes.
A vida ficou insuportável para a moça que se consolava rezando e chorando. No
caminho do rio onde ia lavar roupa, encontrava sempre uma velhinha de feições serenas e muito
boa. Maria acabou contando seus sofrimentos e o silêncio para não magoar o pai. A velhinha
animava-a com palavras cheias de doçura. Como a madrasta fosse se tornando mais violenta e
brutal, a enteada resolveu abandonar a casa e ir procurar trabalho longe daquele inferno.
Encontrou-se com a velhinha e confessando sua ideia, a velha concordou, aconselhou-a muito,
deu-lhe a bênção e na despedida, tirou uma varinha pequenina e branca como prata, dizendo:
– Leva esta varinha, Maria, e quando estiveres em perigo, desejo ou sofrimento, deves
dizer: "minha varinha de condão, pelo condão que Deus te deu, dai-me". E tudo sucederá como
pedires.
Maria agradeceu muito e fugiu. Antes, obedecendo ao conselho da velha, fez uma grande
capa de palha entrançada com um capuz onde havia passagem para olhar, e meteu-se dentro.
Depois de muito andar, chegou a uma cidade importante. Pediu emprego num palácio e lhe
disseram não haver mais lugar. Ia saindo, triste e com fome, quando um empregado lembrou que
precisavam de alguém para lavar as salas, corredores e escadas e limpar os aposentos da
criadagem. Maria aceitou o encargo e, graças ao seu vestido singular, só a chamavam "Bicho de
Palha". Suja, silenciosa, retirada pelos cantos, trabalhando sempre, Bicho de Palha não
incomodava ninguém e todos a toleravam.
O palácio era de um príncipe moço, bem feito e airoso, que ainda tinha mãe, e estava na
idade de casar. Noutro palácio, no lado oposto da cidade, realizariam festas durante três dias. As
moças estavam alvoroçadas com os bailes, assistidos pelos rapazes da sociedade. No palácio a
conversa versava sobre os bailes. Amas, visitantes e criadas comentavam a organização e o
esplendor das três noites elegantes.
Finalmente chegou a primeira noite. Bicho de Palha, através dos orifícios de sua
máscara, olhava o príncipe e o amava sinceramente. Rondava, discretamente, por perto dele,
ansiando por uma ordem. Já de tarde, não havendo outra empregada por ali, o príncipe gritou:
– Bicho de Palha! Traga uma bacia com água...
Bicho de Palha levou a bacia e o príncipe lavou o rosto. Depois, todos foram para o baile,
uns para dançar e outros para ver. Ficando sozinha no seu quarto escuro, Bicho de Palha despiu
a capa, pegou a varinha e comandou como a velhinha lhe ensinara:
– Minha varinha de condão! Pelo condão que Deus te deu, dai-me uma carruagem de
prata e um vestido da cor do campo com todas as suas flores.
Palavras ditas, apareceu a carruagem de prata, cocheiros e servos, um vestido
completo, do diadema aos sapatinhos cor do campo com todas as suas flores.
Bicho de Palha vestiu-se, tomou a carruagem e foi para o baile onde causou sensação. O
príncipe veio imediatamente saudá-la e só dançou com ela, não permitindo que os outros moços
se aproximassem. Confessou que estava impressionado e perguntou onde ela residia. Bicho de
Palha ensinou:
– Moro na Rua das Bacias...
À meia-noite em ponto, pretextando ir respirar o ar livre, a moça correu para sua
carruagem que desapareceu na estrada. O príncipe ficou inconsolável e saiu da festa logo a
seguir.
(....)
(Ribeiro, José. Brasil no folclore. 3ª ed. revista e ampliada. Rio de Janeiro, Editora Aurora,
sd, p.83-87)
3° Questão: Observe as palavras grifadas acima e dê suas respectivas definições (com auxílio do
dicionário).
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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Leia:
Quino, o ‘pai’ da Mafalda
Questão 2 – Na passagem “Desde criança, sempre gostou de desenhar.”, o vocábulo grifado foi
usado para indicar uma circunstância de:
( ) modo.
( ) tempo.
( ) intensidade.
Questão 3 – No trecho “Ele publicou sua primeira tirinha aos 22 anos [...]”, o pronome destacado:
( ) retoma Quino.
( ) anuncia Quino.
( ) interpela Quino.
TIRINHAS
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
1º) Ao comentar com Calvin: “Mas você só tem seis anos”, o tigre Haroldo queria dizer que
a) não havia folhas de papel em número suficiente para que Calvin escrevesse tudo o que
desejava.
b) Calvin ainda era pequeno e tinha acumulado poucas experiências vividas para escrever uma
autobiografia.
c) Calvin ainda não sabia escrever textos, pois tinha apenas 6 anos de idade.
d) escrever autobiografia era uma perda de tempo; Calvin deveria fazer primeiro o dever de casa.
a) triste.
b) preocupada.
c) alegre.
d) indignada.
2ª) A expressão do pai de Mafalda no último quadrinho revela que ele ficou
a) com raiva.
b) triste.
c) confuso.
d) alegre.
a) promover reflexão.
d) causar humor.
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a) ( ) dor.
c) ( ) tristeza.
b) ( ) desanimo.
d) ( ) alegria.
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a) Linguagem verbal ( )
b) Linguagem não verbal ( )
c) Linguagem mista ( )
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2 - Os emojis foram criados em 1999 pelo designer japonês Shigetaka Kurita com o intuito de
aprimorar a comunicação da população japonesa. Sobre essa linguagem é correto afirmar:
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Bons estudos!!!
Prof. Cida