Iluminacao Publica
Iluminacao Publica
Iluminacao Publica
ILUMINAÇÃO
Autor: João Gabriel P. Almeida
PÚBLICA
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
ILUMINAÇÃO
ARQUITETURAL URBANA
CIDADES INTELIGENTES
BELO HORIZONTE/ MG
MARÇO 2020
EQUIPE TÉCNICA
AUTORES
Bruno Henrique Ferreira Soares - Engenheiro Eletricista, especialista em IP
Frederico Ferreira Vasconcelos - Engenheiro Civil e Sanitarista
João Gabriel Pereira de Almeida - Engenheiro Eletricista especialista em IP
PROJETO GRÁFICO
Júlia Dutra Souza - Em formação em Arquitetura e Urbanismo
Belo Horizonte
Março, 2021
SUMÁRIO
Introdução | 04
Highlights | 06
Requisitos básicos | 12
3
Introdução
A iluminação urbana determina a
característica da imagem noturna da cidade.
A maneira pela qual uma cidade é iluminada
além de revelar sua natureza física, também
direciona o seu uso durante o período
noturno.
Uma cidade com ruas e estradas bem
iluminadas deve manter equilíbrio entre
aspectos essenciais, funcionais e eletivos
(iluminação de fachadas, monumentos,
infraestrutura e paisagens). Um bom
projetista de iluminação deverá buscar
sempre oportunidades para criar uma
iluminação essencial e ao mesmo tempo
inovadora.
Na iluminação de vias para trafego de
veículos motorizados, o principal objetivo é
produzir rápida, precisa e confortável visão
no período noturno, permitindo trânsito
seguro. No caso de áreas residenciais e vias
exclusivas para pedestres, é necessário obter
níveis específicos de iluminância de modo
a orientar o deslocamento das pessoas
durante a noite, favorecendo a segurança
dos cidadãos.
A mera iluminação funcional, fornecida
para a circulação de veículos e pedestres
(balizadas pela NBR 5101 – Iluminação
pública - procedimentos), não terá,
necessariamente, as qualidades visuais que
proporcionam atração e prazer aos usuários.
4
Desta forma, pode-se compreender
que existe distinção entre iluminação
funcional e iluminação projetada e planejada
de maneira abrangente (expressão visual).
Como a iluminação urbana também
representa importante fatia no consumo
de energia das cidades e fonte potencial
de poluição luminosa, um bom diagnóstico
de iluminação deve fornecer orientações
claras para alcançar o equilíbrio ideal entre
consumo de energia e benefícios de uma
cidade bem iluminada.
Outro aspecto importante da
iluminação urbana, refere-se às inúmeras
possibilidades na implementação de
funcionalidades conhecidas nas “SMART
CITIES” ou cidades inteligentes, a se iniciar
pela telegestão ou telemetria da Iluminação,
que poderá vir embarcada na tecnologia
LED. A partir do uso da rede de Iluminação
pública como base para coleta de dados,
são infinitas as opções que se apresentam
nestes projetos.
Estudos econômicos comprovam
que investimentos em iluminação pública
e monumental produzem retornos
significativos em termos de aumento do
número de visitantes nas cidades e do
gasto per capita com turismo e comércio
local com consequente aumento de
arrecadação municipal.
5
Highlights
Iluminação Pública
Favorecimento
do turismo e
Melhoria nas condições economia local
Valorização de monumentos,
praças e parques através da de trafego noturno nas
iluminação cidades e rodovias
Cidades
Inteligentes
Favorecimento das
Melhoria significativa no meio ruas de comércio
ambiente urbano nas cidades
6
Highlights
80
mil horas
Benefícios das soluções LED
7
Eficiência energética na iluminação
pública em LED - questões ambientais
Soluções inovadoras em iluminação externa devem sempre abordar as questões ambientais
e as pressões crescentes que buscam redução de custos nos orçamentos municipais.
De maneira prática, bonita, eficiente e sustentável, as soluções em iluminação LED unem
economias notáveis no consumo de energia e redução das emissões de CO2. Uma de suas maiores
vantagens para o meio ambiente é a ausência de mercúrio em sua composição. Além disso, a vida
útil do LED é de até 25 vezes superior às lâmpadas convencionais (HID), promovendo inclusive a
redução da quantidade de lixo gerado por descarte de materiais.
A iluminação pública em LED propicia alta qualidade de luz necessária para tornar as rodovias
e ruas das cidades mais seguras e acolhedoras, reduzindo custos de gestão e manutenção da
iluminação de todas as formas possíveis, além de melhorar a visibilidade para os motoristas e a
qualidade de vida na cidade.
A gestão pública está sob constante pressão para reduzir o custo energético e os impactos
ambientais, sem comprometer a segurança dos munícipes. As modernas soluções em iluminação
LED podem ajudar a responder a essa necessidade.
8
Cidades bem iluminadas - valorização da
economia local e turismo
Iluminação dos edifícios históricos de Shanghai Iluminação urbana em LED na cidade de Davos
em LED
9
Projeto de melhoria na eficientização
energética - município modelo
JURÍDICO FINANCEIRO
ENGENHARIA
10
1ª etapa - projeto
MUNICÍPIO
Contrata o EMPRESA DE
projeto1 PROJETOS
Entrega o projeto
30 a 60 dias
1
Contratação do projeto: através de licitação própria ou P.M.I. (Proposta de
Manifestação de Interesse)
2ª etapa - obra
Contrata a EMPRESA
MUNICÍPIO
execução da obra 2 INSTALADORA
2
Contratação da obra: através de licitação de Concessão, “TurnKey” (luminária
instalada) ou Contrato de Desempenho.
3
Considera-se que com 3 equipes instaladoras é razoável se trocar 1.500 pontos de
iluminação LED públicas por mês.
11
Requisitos básicos
Requisitos básicos para Tipos de vias para
um sistema de IP eficiente iluminação pública
Um sistema de iluminação pública A NBR 5101-2018 - Iluminação Pública
é eficiente quando satisfaz aos seguintes procedimentos - estabelece os tipos de vias
requisitos: públicas de acordo com a sua natureza e
• a luz chega aonde se necessita; função. Assim, as vias públicas podem ser
definidas como:
• está adequado às respectivas
classificações do espaço público
Vias urbanas:
(vias exclusivas de trânsito de
• via de trânsito rápido;
carros, calçadas, praia, praças, etc.);
• via arterial;
• proporciona aos munícipes uma • via coletora;
sensação de conforto visual e de • via local.
segurança;
Vias rurais:
• contribui para o embelezamento
• rodovias;
dos ambientes urbanos,
• estradas.
monumentos históricos e edifícios
públicos;
12
A NBR 5101–2018 também estabelece a Classificação de uma via em função do tráfego
motorizado
classificação das vias públicas de acordo com
o volume de tráfego noturno de veículos e/ Classificação Número de veículos por hora
ou de pedestres que passam nessa via num
período de 1 hora. Leve (L) 150 a 500
Desta forma a NBR define cinco tipos
Médio (M) 501 a 1.200
de vias de iluminação denominada de V1 a
V5, sendo a V1 as vias de trânsito rápido Intenso (I) Acima de 1.200
e alta velocidade de tráfego e as V5 as
vias locais e/ou de conexões menos
Classificação de uma via em função do trânsito de
importantes, com volume de tráfego leve. pedestres
A figura abaixo ilustra os tipos de vias
segundo os critérios da NBR 5.101-2018*. Classificação Pedestres cruzando a via
* Observação importante: Já esta disponível Sem (S) Como nas vias Arteriais
para consulta pública a nova norma NBR5101, que
entrará em vigor no primeiro semestre de 2021. Como nas vias Residenciais
Leve (L)
médias
Como nas vias Comerciais
Médio (M)
secundárias
Classificação em função
Como nas vias Comerciais
do volume de tráfego em Intenso (I)
principais
vias públicas
A NBR 5101:2018 também estabelece A NBR 5101:2018 define também
a classificação das vias públicas de acordo cinco Classes de Iluminação (de V1 a V5)
com o volume de tráfego noturno de veículos conforme apresentado na tabela a seguir.
e/ou de pedestres que passam nessa via Os estudos luminotécnicos prévios
num período de 1 hora. As tabelas a seguir e consequente definição das luminárias
apresentam essas classificações. (potências e fluxos luminosos ideias)
foram baseados nestes parâmetros pré
estabelecidos.
13
Classes de Iluminação para Vias Públicas
Níveis de iluminação em
Descrição da via Classe vias públicas
Experiências realizadas na Europa e
Vias de trânsito rápido; vias
EUA constataram que, visando assegurar
de alta velocidade de tráfego,
uma boa visão a pedestres e motoristas,
com separação de pistas, sem
cruzamento em nível e com devem ser utilizados níveis de iluminância
controle de acesso; vias de trânsito variando entre 3 e 60 lux. Dentro desta faixa,
rápido em geral; Autoestradas. o poder de percepção do condutor de um
Volume de tráfego intenso V1
veículo aumenta consideravelmente, mas para
V2
Volume de tráfego médio valores acima de 60 lux o ganho é pequeno.
Vale ressaltar que os EUA e a Europa, em suas
respectivas normas e recomendações para
Vias arteriais; vias de alta velocidade
projetos de iluminação pública, vêm retirando
de tráfego com separação de pistas;
vias de mão dupla, com cruzamento os critérios de iluminância e trabalhando
e travessias de pedestre eventuais preferencialmente com os índices de
em pontos bem definidos, vias luminância geral e longitudinal.
rurais de mão dupla com separação Com base nesses resultados, a ABNT,
por canteiro ou obstáculo. através da Norma NBR 5101:2018, foram
Volume de tráfego intenso V1 fixados os níveis mínimos de luminância e
Volume de tráfego médio V2
iluminância necessários à iluminação de vias
públicas, de acordo com sua importância, tipo
Iluminância (lux)
14
A tabela a seguir apresenta os valores de luminância média mínima (Lmed), uniformidade
global mínima (UO) e uniformidade longitudinal mínima (UL) obrigatórios para as vias V1, V2 e
V3.
Níveis de luminância e uniformidade (V1, V2 e V3)
15
Estudos luminotécnicos - por trechos típicos
Os estudos luminotécnicos efetuados CARACTERÍSTICAS ATUAIS
servem para esclarecimento, por meio deste
Características Trecho típico 1 Trecho típico 2
pré-projeto, da metodologia utilizada com
Tipo do
foco a se definir a fotometria, potência e Alameda Av.
Logradouro
fluxo luminoso das luminárias LED mais
Nome do Vinícius de Dr. Olavo G.
adequadas para se substituir a iluminação Logradouro Moraes Pinto
convencional, atualmente existente em no
Classificação V4 V2
município amostral. Visa demonstrar que a (Via Local/ Acesso (Via de trânsito
da via pela restrito/ tráfego rápido/ arterial/
escolha das Luminárias mais apropriadas NBR5101 médio) tráfego médio)
para a correta “Eficientização” do parque,
deve ser definida através de projetos prévios Largura da Via 6,0 metros 9,0 metros
e não através mera analogia na substituição
P4 P2
de potências de Luminárias HID para a Classificação (Passeio de bairros
(Passeio de
tecnologia LED. do passeio residenciais/
avenida/ praças/
pela NBR5101 praças/área de área de lazer)
Para realização dos estudos lazer)
16
Estudos luminotécnicos - por trechos típicos
RESUMO DE RESULTADOS -
PROPOSTA DE LUMINÁRIAS LED
TRECHO TÍPICO 1 (V4/P4)
Requisito Valor
Características
Trecho típico 1 Trecho típico 2
da obtido no
fotométricas
NBR5101 cálculo
Iluminância
Passeio 3,00 lux 7,12 lux
Philips média (Emed)
Modelo Philips BRP371 A LED168
(lado do
BRP221 LED70 4S3 poste)
Luminária 5S NW 150W DME Uniformidade (U) 0,20 0,30
NW 55W DW1 P7
NEMA7P
Iluminância
10,00 lux 11,14 lux
Potência média (Emed)
55 W 150 W Via
e Fluxo
luminoso 7.000 lm 16.800 lm Uniformidade (U) 0,20 0,31
Iluminância
Passeio 3,00 lux 11,48 lux
média (Emed)
Tipo da (lado
LED - 0° LED - 0°
luminária oposto) Uniformidade (U) 0,20 0,53
172 W 55 W Iluminância
20,00 lux 33,45 lux
1 68,0% média (Emed)
Via
Uniformidade (U) 0,30 0,39
Iluminância
Passeio 10,00 lux 15,57 lux
média (Emed)
2
438 W 150 W
65,8% (lado
oposto) Uniformidade (U) 0,25 0,57
17
Relatório do trecho típico 1
Trecho típico 1
18
Trecho típico 1
N° do artigo
Nome do artigo
Equipagem 1x
22578 - 1 - SIGNIFY - LUMINARIA LED - BRP221 LED70_4S3_NW 55W DW1 P7.ies (unilateral em cima)
19
Trecho típico 2
Relatório doResumo
trecho típico 2Trecho típico 2 · Alternativa 1
(em direcção EN 13201:2015)
Trecho típico 1 Densidade de potência (Dp) 0.013 W/lx*m² - Densidade de energia (De): é o
fator que indica o consumo anual
19640 - 1 - Philips - Densidade de energia (De) 1.4 kWh/m² yr 642.6 kWh/yr de energia em função das áreas
Luminária LED - BRP371 A
LED168-5S_NW 150W DME
(passeio, rua) que são iluminadas.
NEMA7P.ies (unilateral em
cima )
20
Trecho típico 2
N° do artigo
Nome do artigo
Equipagem 1x
19640 - 1 - Philips - Luminária LED - BRP371 A LED168-5S_NW 150W DME NEMA7P.ies (unilateral em
cima)
Distância entre postes 32.000 m
21
Documentos básicos necessários -
DEMONSTRATIVO DO FATURAMENTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA
Município: Sao Lourenco Mês/Ano: 2020/06
respectivos municípios
Detalhamento dos Dados
Lâmpadas e Reatores
Contas de energia - situação
Tipo
de
Potência
Unitária da(un)atual
Quantidade
(kW)do município
Subtotal
Potência
Unitária do
Acresc/ Potência
Potência
Dedução Total
Unitária modelo
Consumo
(kWh)
Lâmpada Lâmpada Reator Total (kW) (kW)
(W) (W) (W)
DEMONSTRATIVO DO FATURAMENTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA
LED 150 0,00 150,00 6 0,90 0,00 0,90 298,32
Município:
VME Sao Lourenco80 9,60 89,60 Mês/Ano:
515 2020/06
46,14 0,00 46,14 15.295,35
Instalação:
VME 3003297127
125 13,75 138,75 Período
481 de Faturamento:
66,74 13.05.2020
0,00 a 10.06.2020
66,74 22.121,89
Nº do
VMECliente: 7005343439
250 25,00 275,00 Dias
152 de Faturamento:
41,80 29 0,00 h/dia: 11:26
41,80 13.855,45
VME 400 36,00 436,00 12 5,23 0,00 5,23 1.734,25
MET 150 23,00 Detalhamento
173,00 14 dos Dados
2,42 0,00 2,42 802,82
MET DEMONSTRATIVO
250 30,00 DO FATURAMENTO
280,00 25 DA
7,00 ILUMINAÇÃO
0,00 PÚBLICA
7,00 2.320,29
Lâmpadas e Reatores
MET Sao Lourenco
Município: 400 40,00 440,00 34
Mês/Ano:
Quantidade 14,96
2020/06
Subtotal 0,00
Acresc/ 14,96
Potência 4.958,79
Consumo
Tipo Potência Potência Potência
OUT
Instalação:
de 50 da
3003297127
Unitária 0,00 do
Unitária 50,00
Unitária 2
Período
(un) 0,10
de Faturamento:
(kW) 0,00
13.05.2020
Dedução 0,10
a 10.06.2020
Total 33,15
(kWh)
OUT
NºLâmpada
do 70
Lâmpada
Cliente: 7005343439 0,00
Reator Total
70,00 2 de Faturamento:
Dias 0,14 29 (kW) h/dia: 11:26(kW)
0,00 0,14 46,41
OUT (W)
100 (W)
0,00 (W)
100,00 2 0,20 0,00 0,20 66,29
LED
OUT 150
125 0,00
0,00 150,00
125,00 6
37 0,90
4,63 0,00
0,00 0,90
4,63 298,32
1.533,05
VME 80 9,60
Detalhamento
89,60 515
dos Dados
46,14 0,00 46,14 15.295,35
OUT 150 0,00 150,00 2 0,30 0,00 0,30 99,44
VME 125 13,75 Lâmpadas481
138,75 e Reatores
66,74 0,00 66,74 22.121,89
VSO 70 14,00 84,00 557 46,79 0,00 46,79 15.508,82
Tipo
VME Potência
250 Potência
25,00 Potência
275,00 Quantidade
152 Subtotal
41,80 Acresc/
0,00 Potência
41,80 Consumo
13.855,45
VSO 100 17,00 117,00 1.867 218,44 0,00 218,44 72.405,98
de Unitária da Unitária do Unitária (un) (kW) Dedução Total (kWh)
VME
VSO 400
150 36,00
22,00 436,00
172,00 12
760 5,23
130,72 0,00
0,00 5,23
130,72 1.734,25
43.329,76
Lâmpada Lâmpada Reator Total (kW) (kW)
MET
VSO 150
250
(W) 23,00
30,00
(W) 173,00
280,00
(W) 14
839 2,42
234,92 0,00
0,00 2,42
234,92 802,82
77.868,93
MET
VSO
LED 250
350
150 30,00
36,00
0,00 280,00
386,00
150,00 25
12
6 7,00
4,63
0,90 0,00
0,00
0,00 7,00
4,63
0,90 2.320,29
1.535,37
298,32
MET
VSO
VME 400
400
80 40,00
38,00
9,60 440,00
438,00
89,60 34
202
515 14,96
88,48
46,14 0,00
0,00
0,00 14,96
88,48
46,14 4.958,79
29.327,14
15.295,35
OUT
VME 50
125 0,00
Total 13,75 50,00
138,75 2
5.521
481 0,10
914,54
66,74 0,00
0,00
0,00 0,10
914,54
66,74 33,15
303.141,50
22.121,89
OUT
VME 70
250 0,00
25,00 70,00
275,00 2
152 0,14
41,80 0,00
0,00 0,14
41,80 46,41
13.855,45
OUT
VME 100
400 0,00
36,00 100,00
436,00 2
12 0,20
5,23 0,00
0,00 0,20
5,23 66,29
1.734,25
OUT
MET 125
150 0,00
23,00 125,00
173,00 37
14 4,63
2,42 0,00
0,00 4,63
2,42 1.533,05
802,82
OUT
MET 150
250 0,00
30,00 150,00
280,00 2
25 0,30
7,00 0,00
0,00 0,30
7,00 99,44
2.320,29
VSO
MET 70
400 14,00
40,00 84,00
440,00 557
34 46,79
14,96 0,00
0,00 46,79
14,96 15.508,82
4.958,79
VSO
OUT 100
50 17,00
0,00 117,00
50,00 1.867
2 218,44
0,10 0,00
0,00 218,44
0,10 72.405,98
33,15
VSO
OUT 150
70 22,00
0,00 172,00
70,00 760
2 130,72
0,14 0,00
0,00 130,72
0,14 43.329,76
46,41
VSO
OUT 250
100 30,00
0,00 280,00
100,00 839
2 234,92
0,20 0,00
0,00 234,92
0,20 77.868,93
66,29
VSO
OUT 350
125 36,00
0,00 386,00
125,00 12
37 4,63
4,63 0,00
0,00 4,63
4,63 1.535,37
1.533,05
VSO
OUT 400
150 38,00
0,00 438,00
150,00 202
2 88,48
0,30 0,00
0,00 88,48
0,30 29.327,14
99,44
VSO 70 Total 14,00 84,00 5.521
557 914,54
46,79 0,00
0,00 914,54
46,79 303.141,50
15.508,82
VSO 100 17,00 117,00 1.867 218,44 0,00 218,44 72.405,98
Relés
VSO 150 22,00 172,00 760 130,72 0,00 130,72 43.329,76
Quantidade Considerada Potência Unitária (W) Potência Total (W) Consumo (kWh)
VSO 250 30,00 280,00 839 234,92 0,00 234,92 77.868,93
4.421 1,20 5.305,20 1.756,86
VSO 350 36,00 386,00 12 4,63 0,00 4,63 1.535,37
VSO 400 38,00 438,00 202 88,48 0,00 88,48 29.327,14
Consumo Faturado Total
Total 5.521 914,54 0,00 914,54 303.141,50
Lâmpadas + Reatores + Relés (kWh)
304.898
Relés
Quantidade Considerada Potência Unitária (W) Potência Total (W) Consumo (kWh)
4.421 1,20 5.305,20 1.756,86
CARTILHA - ILUMINAÇÃO PÚBLICA - R00
Consumo Faturado Total
Lâmpadas + Reatores + Relés (kWh)
304.898
Relés
22
Quantidade Considerada Potência Unitária (W) Potência Total (W) Consumo (kWh)
CENTRO
7005343439 3003297127
37470-000 SAO LOURENCO, MG Referente a Vencimento Valor a pagar (R$)
CNPJ 18.188.219/0001-21
JUN/2020 20/07/2020 133.839,81
NOTA FISCAL - CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA - SÉRIE U - Nº 043424955 - PTA Nº 45.000014006.81 REIMPRESSÃO
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PLANILHA SITUAÇÃO ATUAL -
ILUMINAÇÃO CONVENCIONAL ATUAL - MUNICÍPIO MODELO
Horas Diárias de operação da Iluminação Pública 11:26:00
Dias de funcionamento (Mês) 29
Horas Totais p/ Ponto 331,47
Tarifa Iluminação Pública (Grupo B4a) kW/h: R$ 0,43896596
Lâmpada, Reatores e Luminárias
Potência Potência
Tipo de Potência Unitária Quantidade Potência Consumo
Unitária do Unitária
Lâmpada da Lâmpada (W) (UN) Total (kW) (kWh)
Reator (W) Total (W)
80 9,60 89,60 515 46,14 15.295,35
VAPOR DE 125 13,75 138,75 481 66,74 22.121,89
MERCÚRIO 250 25,00 275,00 152 41,80 13.855,45
400 36,00 436,00 12 5,23 1.734,25
70 14,00 84,00 557 46,79 15.508,82
100 17,00 117,00 1.867 218,44 72.405,98
VAPOR DE 150 22,00 172,00 760 130,72 43.329,76
SÓDIO 250 30,00 280,00 839 234,92 77.868,93
350 36,00 386,00 12 4,63 1.535,37
400 38,00 438,00 202 88,48 29.327,14
150 23,00 173,00 14 2,42 802,82
VAPOR
250 30,00 280,00 25 7,00 2.320,29
METÁLICO
400 40,00 440,00 34 14,96 4.958,79
50 0,00 50,00 2 0,10 33,15
70 0,00 70,00 2 0,14 46,41
LED 100 0,00 100,00 2 0,20 66,29
125 0,00 125,00 37 4,63 1.533,05
150 0,00 150,00 8 1,20 397,76
Subtotal 1 5.521,00 914,54 303.141,50
Relés
Quantidade Considerada Potência Unitária (W) Potência Total (W) Consumo (kWh)
4.421 1,20 5.305,20 1.756,87
Subtotal 2 1.756,87
Consumo Total Faturado
Subtotal 1 (Luminárias) + (Reatores) + (Luminárias) - kWh 303.141,50
Subtotal 2 (Relés) - kWh 1.756,87
Total Faturado 304.898,00
Valores Faturados
Descrição Quantidade Tarifa/Preço - Com impostos Valor Total
Energia Elétrica kWh 304.898,00 R$ 0,43896596 R$ 133.839,84
Valor Total da Fatura R$ 133.839,84
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PLANILHA SITUAÇÃO PROJETADA -
ILUMINAÇÃO LED PROPOSTA - MUNICÍPIO MODELO
Horas Diárias de operação da Iluminação Pública 11:26:00
Dias de funcionamento (Mês) 29
Horas Totais p/ Ponto 331,47
Tarifa Iluminação Pública (Grupo B4a) kW/h: R$ 0,43896596
Lâmpada, Reatores e Luminárias
Potência Potência
Tipo de Potência Unitária Quantidade Potência Consumo
Unitária do Unitária
Lâmpada da Lâmpada (W) (UN) Total (kW) (kWh)
Reator (W) Total (W)
30 0,00 30,00 515 15,45 5.121,21
60 0,00 60,00 481 28,86 9.566,22
100 0,00 100,00 152 15,20 5.038,34
60 0,00 60,00 12 0,72 238,66
30 0,00 30,00 557 16,71 5.538,86
60 0,00 60,00 1.867 112,02 37.131,27
80 0,00 80,00 760 60,80 20.153,38
120 0,00 120,00 839 100,68 33.372,40
150 0,00 150,00 12 1,80 596,65
LED
150 0,00 150,00 202 30,30 10.043,54
80 0,00 80,00 14 1,12 371,25
120 0,00 120,00 25 3,00 994,41
180 0,00 180,00 34 6,12 2.028,60
60 0,00 60,00 2 0,12 39,78
60 0,00 60,00 2 0,12 39,78
100 0,00 100,00 2 0,20 66,29
100 0,00 100,00 37 3,70 1.226,44
120 0,00 120,00 8 0,96 318,21
Subtotal 1 5.521,00 397,88 131.885,28
Relés
Quantidade Considerada Potência Unitária (W) Potência Total (W) Consumo (kWh)
4.421 1,20 5.305,20 1.756,87
Subtotal 2 1.756,87
Consumo Total Faturado
Subtotal 1 (Luminárias) + (Reatores) + (Luminárias) - kWh 131.885,28
Subtotal 2 (Relés) - kWh 1.756,87
Total Faturado 133.642,00
Valores Faturados
Descrição Quantidade Tarifa/Preço - Com impostos Valor Total
Energia Elétrica kWh 133.642,00 R$ 0,43896596 R$ 58.664,29
Valor Total da Fatura R$ 58.664,29
1 - MATERIAIS E INSUMOS
PREÇO SEM BDI PREÇO COM BDI
ITEM DESCRIÇÃO QUANT.
UNITÁRIO TOTAL UNITÁRIO TOTAL
LUMINÁRIAS PÚBLICAS VIÁRIAS POTÊNCIA MÁXIMA 30W; FLUXO
LUMINOSO MINIMO 3.300LM; FATOR DE POTÊNCIA > 0,92;
1 1.074 R$ 596,72 R$ 640.877,28 R$ 739,93 R$ 794.684,82
TEMPERATURA DE COR 4.000K, E DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO.
LUMINÁRIAS PÚBLICAS VIÁRIAS POTÊNCIA MÁXIMA 60W; FLUXO
LUMINOSO MINIMO 6.600LM; FATOR DE POTÊNCIA > 0,92;
2 2.257 R$ 660,47 R$ 1.490.680,79 R$ 818,98 R$ 1.848.437,86
TEMPERATURA DE COR 4.000K, E DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO.
LUMINÁRIAS PÚBLICAS VIÁRIAS POTÊNCIA MÁXIMA 100W; FLUXO
LUMINOSO MINIMO 11.000LM; FATOR DE POTÊNCIA > 0,92;
3 813 R$ 724,12 R$ 588.709,56 R$ 897,91 R$ 730.000,83
TEMPERATURA DE COR 4.000K, E DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO.
LUMINÁRIAS PÚBLICAS VIÁRIAS POTÊNCIA MÁXIMA 150W; FLUXO
LUMINOSO MINIMO 16.500LM; FATOR DE POTÊNCIA > 0,92;
4 160 R$ 860,68 R$ 137.708,80 R$ 1.067,24 R$ 170.758,40
TEMPERATURA DE COR 4.000K, E DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO.
LUMINÁRIAS PÚBLICAS VIÁRIAS POTÊNCIA MÁXIMA 180W; FLUXO
LUMINOSO MINIMO 19.800LM; FATOR DE POTÊNCIA > 0,92;
5 853 R$ 1.095,39 R$ 934.367,67 R$ 1.358,28 R$ 1.158.612,84
TEMPERATURA DE COR 4.000K, E DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO.
LUMINÁRIAS PÚBLICAS VIÁRIAS POTÊNCIA MÁXIMA 230W; FLUXO
LUMINOSO MINIMO 25.300LM; FATOR DE POTÊNCIA > 0,92;
6 248 R$ 1.106,88 R$ 274.506,24 R$ 1.372,53 R$ 340.387,44
TEMPERATURA DE COR 4.000K, E DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO.
LUMINÁRIA PÚBLICA ORNAMENTAL PARA USO EM TOPO DE POSTE,
POTÊNCIA MÁXIMA DE 70W, FLUXO LUMINOSO MÍNIMO DE 6.300
7 93 R$ 2.247,59 R$ 209.025,87 R$ 2.787,01 R$ 259.191,93
LM, FATOR DE POTÊNCIA >0,92, TEMPERATURA DE COR 3.000K, E
DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO.
26
TEMPERATURA DE COR 4.000K, E DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO.
LUMINÁRIAS PÚBLICAS VIÁRIAS POTÊNCIA MÁXIMA 180W; FLUXO
LUMINOSO MINIMO 19.800LM; FATOR DE POTÊNCIA > 0,92;
5 853 R$ 1.095,39 R$ 934.367,67 R$ 1.358,28 R$ 1.158.612,84
TEMPERATURA DE COR 4.000K, E DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO. Planilha Orçamentaria
LUMINÁRIAS PÚBLICAS VIÁRIAS POTÊNCIA MÁXIMA 230W; FLUXO
LUMINOSO MINIMO 25.300LM; FATOR DE POTÊNCIA > 0,92;
6 248 R$ 1.106,88 R$ 274.506,24 R$ 1.372,53 R$ 340.387,44
TEMPERATURA DE COR 4.000K, E DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO. Prefeitura Municipal de São Lorenço
LUMINÁRIA PÚBLICA ORNAMENTAL PARA USO EM TOPO DE POSTE,
POTÊNCIA MÁXIMA DE 70W, FLUXO LUMINOSO MÍNIMO DE 6.300
OBJETO:
7 Projeto Básico de Melhoria da Eficiência Energética na Iluminação Pública93 do Município de São Lourenço/MG
R$ 2.247,59 R$ 209.025,87 R$ 2.787,01 R$ 259.191,93
LM, FATOR DE POTÊNCIA >0,92, TEMPERATURA DE COR 3.000K, E
Cotação de Mercado
REFERÊN DEMAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS CONTIDAS NO PROJETO BÁSICO.
CREA: 40.865/D-MG ART Nº:
RESPON
João Gabriel Pereira De Almeida
Planilha Orçamentaria
LÂMPADA PARA LAMPIÃO E/OU LUMINÁRIA ORNAMENTAL TIPO
DATA: 02/12/20 BDI : 24,00%
27
Valorização dos monumentos - por meio
da luz artificial
Introdução Porque iluminar o
Se por um lado a cena diurna depende patrimônio
da iluminação proveniente diretamente do
O objetivo principal da implantação
sol e da abóbada celeste, à noite a cena muda
de um sistema de iluminação de destaque
de forma significativa. A cor da luz emitida
é a valorização do patrimônio e a criação
pelas lâmpadas instaladas é completamente
de eventos que possibilitem uma nova e
diferente da luz natural. A aparência visual
inusitada fruição dos bens, servindo para
do ambiente urbano é um componente
ressaltar e potencializar os seus valores.
importante na atração ou interesse na vida
Entretanto, manipular as formas de uma
noturna do município para o desfrute de
edificação através do jogo de luz e sombras
seus habitantes e turistas. Neste contexto a
não é uma tarefa fácil e nos obriga a um
iluminação pública torna-se um instrumento
estudo detalhado do impacto que essa nova
importante para o embelezamento da
iluminação irá causar.
cidade, agregando–lhe valores como objeto
A nova iluminação deverá se
de apreciação, criando cartões postais
transformar em um convite aos locais,
incentivando a divulgação do município em
visitantes e ao público em geral, a conhecer
propagandas, valorizando e destacando
melhor o patrimônio, acrescentado valor
lugares, prédios e vias de circulação.
às edificações e incentivando melhores
Ou seja, a iluminação urbana é um
comportamentos sociais.
meio eficaz para promoção de atividades
Nos últimos tempos, é cada vez mais
como o lazer, comércio, a indústria do
comum observar como os municípios
turismo e a imagem do espaço urbano,
históricos como Salvador, Rio de Janeiro,
podendo inclusive transformar uma fachada
Ouro Preto, São Lourenço, Tiradentes ou
em um recurso atrativo que, de outro modo,
Diamantina, destinos turísticos há muito
poderia passar despercebida.
tempo explorados, empregando para sua
divulgação, imagens noturnas de seus
centros históricos com seus monumentos
iluminados e em destaque na paisagem
noturna dessas cidades.
28
Entretanto, em países da Europa e na as linhas mestras que um projetista de
China, por exemplo, já é possível assistir a iluminação deva seguir no momento de
uma escalada sem proporções na iluminação realização dos projetos. Na maioria das vezes
de fachadas e monumentos, levando a aprovação de um projeto luminotécnico
a um emprego exagerado de produtos junto a esses organismos fica mais a cargo
luminotécnicos que acabam por distorcer do profissional responsável por aquela
por completo a edificação iluminada bem aprovação, do que de uma metodologia
como o entorno dessa edificação. estudada e padronizada.
A partir das considerações resumidas São muito comuns hoje em dia visões
nos parágrafos anteriores, recomenda- diferentes do que se pode ou não fazer em
se que as administrações municipais e termos de projetos de iluminação, em função
os órgãos de defesa e preservação do do nível de atuação (município/estado/
patrimônio estabeleçam norma e critérios federação) ou do órgão que está responsável
que regulamentem a elaboração e pela aprovação de determinado projeto. Na
implantação de projetos de iluminação em verdade, o que é mais preocupante é que
edifícios e/ou monumentos históricos. essa falta de regulamentação acaba por
prejudicar a conservação de uma maneira
29
• ecossistema: observar o impacto da iluminação no ecossistema local. Pássaros,
morcegos, tartarugas e outros animais podem sofrer consequências significativas por
conta da iluminação artificial mal projetada;
• uso racional da energia: atualmente, principalmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste
do Brasil passam por uma crise energética, causada pela longa estiagem e também por
isso os projetos de iluminação do patrimônio devem sempre se balizar pelo uso de
equipamentos eficientes e seguros;
• luz intrusa: nas grandes cidades, a iluminação ornamental não poderá causar desconforto
ou prejuízo à qualidade de vida aos vizinhos das edificações iluminadas.
30
Simulação computacional do projeto de iluminação das fachadas da Igreja de São Francisco, em
Ouro Preto/MG. Elaborado pela CEILUX - Centro de excelência em iluminação em 2015.
31
Projeto de iluminação do Complexo Cultural da Praça da Liberdade -
Belo Horizonte/MG
32
Simulação computacional do projeto de iluminação do Completo Cultural da Praça da liberdade, em
Belo Horizonte/MG. Elaborado pela CEILUX - Centro de excelência em iluminação em 2015.
33
Modelo de financiamento e/ ou
contratação sugeridos para Iluminação
Pública
Após a análise preliminar das na eficiência energética da iluminação
diversas demandas no setor de Iluminação pública ainda nesta gestão;
Pública e Saneamento Básico, sugerimos
• Interesse dos municípios em
soluções com embasamento técnico de
criar Superávit na arrecadação da
engenharia, econômico-financeiro e jurídico
Contribuição para Iluminação Pública
de forma a viabilizar a resolução definitiva
- CIP.
das demandas, sempre pautados pelos
princípios que regem a administração Podemos destacar algumas vantagens para
pública e o processo licitatório, em especial o Município em relação às modalidades de
os princípios da eficiência, da vantajosidade contratação sugeridas:
e da sustentabilidade.
• A não oneração dos Municípios durante
Dentre as principais demandas o período de implantação e execução
verificadas, destacam-se: dos projetos, as margens de manobra
financeira;
• Carência técnica para elaboração,
implantação e gestão de projetos de • Modalidades de contratação não
iluminação pública; sujeitas aos limites de crédito das
prefeituras;
• Necessidade de implantação de um
sistema de iluminação de qualidade • Processos licitatórios regidos pela Lei
nas vias públicas urbanas e rurais; 8666/93 ou Lei 8.987/95;
34
BOT (Built, Operate and Transfer)
A concessão comum de serviço público, prevista na Lei 8.987/95, caracteriza-se pelos
contratos firmados entre empresas privadas e a Administração Pública, cujo objeto é a prestação
de serviços públicos direto aos usuários, ou seja, a empresa concessionária executa todo projeto
contratado, remunerando-se das tarifas que são pagas pelos usuários. É considerado um contrato
autossustentável financeiramente, pois não depende de subsídios da Administração Pública. As
fontes de remuneração do concessionário serão a receita tarifária e (eventualmente) receitas
acessórias ou alternativas.
Costuma-se dissociar a concessão em duas partes, a 1ª fase, ou fase inicial, em que são
realizadas as obras/ serviços e a 2ª fase ou fase de operação, período de efetiva prestação do
serviço público.
Disponibilização do serviço
INVESTIMENTO AMORTIZAÇÃO
* Fase preparatória: Investimento em obras e equipamentos, com vistas a criar e aparelhar a infraestrutura
necessária para a prestação do serviço.
** Fase de operação: Período de prestação de serviço público, ao longo do qual os investimentos serão amortizados.
35
E por fim, o modelo denominado Segundo LUIZA RANGEL DE MORAES, “O
BOT (Built, Operate and Transfer), com fator primordial no BOT, é o equacionamento
conceito por LUIZA RANGEL DE MORAES das formas de captação ou obtenção dos
(R. Dir. Adm.,Rio de Janeiro, 212: 135- recursos financeiros compatíveis com a
150,abr./jun. 1998), em trabalho intitulado maturação e a viabilidade do projeto, que
“Considerações Sobre Bot - Project está diretamente ligado com a identificação
Finance E Suas Aplicações Em Concessões e mitigação dos diversos riscos envolvidos”.
De Serviços Públicos”: (Op. loc. Cit.)
36
concessionária seja remunerado e sobre o particular, incidindo o controle de
amortizado mediante a exploração do serviço fiscalização das cortes de contas.
ou da obra por prazo determinado” (art. 2º,
inciso II). Contrato de desempenho
A legislação admite a possibilidade
Para melhor alcance dos objetivos
de que os contratos de concessão comum
pretendidos com a concessão do
e PPP estabeleçam a remuneração atrelada
serviço público pela modalidade de BOT,
à performance do concessionário, isso
sugere se ainda que a remuneração seja
significa que a remuneração será impactada
atrelada a critérios objetivos, previamente
pelo cumprimento ou descumprimento de
estabelecidos, hábeis a aferir a efetividade/
indicadores de desempenho previamente
desempenho dos serviços prestados.
estabelecidos. A remuneração do
Locação de Ativos concessionário será ampliada ou reduzida
na proporção do atendimento dessas metas.
A alternativa da locação de ativos
O objetivo primordial da remuneração
também se destaca pela necessidade
por performance é ampliar a eficiência na
eminente da implantação de projetos
execução dos contratos, incrementando o
de melhoria da eficiência energética na
incentivo para que o concessionário persiga
Iluminação Pública, que proporcione redução
níveis mais exigentes para a qualidade do
dos custos de energia, melhoria dos níveis de
serviço prestado.
iluminância e dos fatores de uniformidade,
com consequente aumento dos níveis de Aplicáveis a projetos cujos resultados
segurança para a sociedade através da geram receitas suficientes para amortização
utilização de tecnologia sustentável; do investimento realizado pelo parceiro
privado, os contratos de desempenho
A modalidade sugerida, Locação de
(do inglês, performance contracts) são
Ativos, importa na cessão do direito real
ideais para financiar a implantação
de uso dos ativos de Iluminação Pública à
de projetos de eficiência energética,
empresa vencedora da licitação. No aspecto
modernização eletromecânica, automação
jurídico devem ser observadas as disposições
de processos, controle e redução de perdas
da Lei 8.666/93 e da LC 101/2000 (LRF),
de água, aumento de volumes reservados e
tratando-se de contrato atípico, submetido a
otimizações operacionais.
regime de direito público, com a incidência do
poder de império da administração pública
37
A figura a seguir sintetiza a relação entre as entidades envolvidas no processo de contrato
de desempenho durante a etapa de execução das obras e durante a etapa de desempenho a ser
adotada pelas Prefeituras.
VENDEDOR LICITAÇÃO
Construção
ADMINISTRAÇÃO Liberação de AGENTE
PÚBLICA SPE FINANCEIRO
Recursos
Fiscalização
Garantias
Contrato de
desempenho
ADMINISTRAÇÃO Pagamento de AGENTE
PÚBLICA SPE FINANCEIRO
Empréstimos
Pagamento VMA*
Garantias
38
técnico de agências internacionais da
Alemanha (GIZ) e dos E.U.A. (USAID e USEPA)
em programas de eficiência energética e
aproveitamento de metano em aterros
A Fábrica de Projetos é o resultado sanitários no Brasil e na América Central.
da união de uma equipe composta por Autor de diversas publicações sobre o tema,
renomados profissionais do mercado com foi diretor de engenharia de autarquia
expertise técnica, jurídica e econômico municipal (município de 50.000 habitantes).
financeira, de amplo conhecimento responsável pelo abastecimento de água,
nas matérias da áreas de Saneamento, esgotamento sanitário, drenagem pluvial e
Iluminação Pública e Energia, prontos resíduos sólidos urbano.
a auxiliar os municípios brasileiros Engenheiro consultor associado da
na formatação e desenvolvimento Fábrica de Projetos.
de políticas públicas voltadas a estes
importantes setores. João Gabriel Pereira de Almeida
Engenheiro eletricista pela Pontifícia
Equipe técnica Universidade Católica de Minas Gerais
Frederico Ferreira de Vasconcelos (1985), Pós Graduação em Engenharia
Econômica pela Fundação Dom Cabral
Engenheiro civil com ênfase em
(1999) Mais de 21 anos de experiência
hidráulica pela UFMG (2001), pós-graduação
como Engenheiro Coordenador de Projetos
em engenharia ambiental (IETEC-2003) e
na CEMIG. Trabalhou como analista para
fontes alternativas de energia (UFLA-2004) e
desenvolvimento de novos projetos de
MBA Gestão de Negócios. Ampla experiência
investimento nas áreas de eletrônica
no Brasil e no Exterior em projetos básicos e
e automobilismo no INDI - Agência de
executivos, estudos de viabilidade técnica e
Promoção de Investimentos e Comércio
econômica, modelagens de parcerias público-
Exterior do Estado de Minas Gerais de 2007
privadas, projetos de eficiência energética,
a 2012. Especialista design de iluminação
planos municipais de saneamento básico e
(único credenciado pela empresa DIAL-
fiscalização de obras de abastecimento de
Alemanha a ministrar treinamentos DIALUX
água, esgotamento sanitário, tratamento
no Brasil).
de resíduos sólidos urbanos, irrigação e
Engenheiro consultor associado da
recursos hídricos. Atuou como assessor
Fábrica de Projetos.
39
Manoel Furtado de Oliveira Junior
Engenheiro civil pela Escola de Engenharia Kennedy (1976), pós-graduação em engenharia
de transporte e gestão de empresas pela Fundação Getúlio Vargas de SP. Com mais de 45 anos
de experiência profissional, teve oportunidade de participar de diversas obras de engenharia na
Sabesp, como exemplo o Projeto SANEGRAN, maior emissário de esgoto da América Latina. Atuou
como superintendente comercial da Sabesp, trabalhando como gestor e comercialmente nos
contratos dos projetos de licitação de tratamento d’água do Alto Tietê e do sistema Cantareira,
maior sistema de tratamento de água do Brasil, além de ser responsável pela construção do
Reservatório R3 deste sistema.
Morou na Itália, França e Inglaterra para aprender e transferir a tecnologia de privatização de
saneamento para o Brasil, sendo responsável pela primeira privatização do sistema de tratamento
de água do Brasil, a do sistema de tratamento de água do Alto Tietê pela Construtora Andrade
Gutierrez.
Engenheiro consultor associado da Fábrica de Projetos.
40
engenharia@fabricadeprojetos.eng.br
contato@fabricadeprojetos.eng.br