5-Anexo Vii-Termo de Referencia

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AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE

DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA


ELABORAÇÃO DO PROJETO EXECUTIVO DE ARQUITETURA, PAISAGISMO E
COMPLEMENTARES DE ENGENHARIA DO HABITACIONAL SÍTIO SALAMANTA II, LOCALIZADO
NO BAIRRO DO PINA, NA CIDADE DO RECIFE.

1. OBJETO

Contratação de empresa especializada para elaboração do Projeto Executivo de Arquitetura,


Paisagismo e Complementares de Engenharia do Habitacional Sítio Salamanta II, localizado no
bairro do Pina, na cidade do Recife.

2. JUSTIFICATIVA

A elaboração dos projetos executivos para o Habitacional Sítio Salamanta II visa subsidiar a futura
contratação das obras de implantação do referido Habitacional, que irá abrigar famílias de baixa
renda, em terreno localizado na Rua Thomé Gibson s/n, no Bairro do Pina, na cidade do Recife,
situado em Zona Especial de interesse Social - ZEIS II.

3. OBJETIVO

Este Termo de Referência tem por objetivo, descrever o roteiro das atividades necessárias ao
desenvolvimento dos projetos executivos de arquitetura, paisagismo e complementares de
engenharia do Habitacional Sítio Salamanta II a ser construído em terreno localizado em ZEIS II,
bairro do Pina, na cidade do Recife.

O documento está fundamentado no conceito de desenvolvimento urbano sustentável, que busca o


equilíbrio entre os aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais, por meio de estratégias e
ações de infraestruturas, urbanísticas, paisagísticas e arquitetônicas, que deverão ser realizados e
apresentados à Autarquia de Urbanização do Recife da Prefeitura do Recife (URB Recife), com vistas
ao roteiro das atividades necessárias ao desenvolvimento dos projetos.

Estão também descritas neste Termo de Referência, a área de abrangência dos projetos em termo de
extensão espacial, o nível de estudo necessário para a concepção de cada um deles e seus
dimensionamentos definitivos.

Os projetos a serem desenvolvidos deverão obedecer às normas técnicas da Associação Brasileira de


Normas Técnicas - ABNT e instruções normativas e de serviços exigidas pela URB Recife, além dos
prazos máximos estabelecidos para seu desenvolvimento, bem como o padrão e a forma de
apresentação dos diversos componentes, de modo a garantir a perfeita execução e
acompanhamento dos serviços.

4. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

No desenvolvimento dos projetos, deverão ser adotadas definições, conceitos, critérios, parâmetros,
metodologias, informações e procedimentos aprovados pela URB Recife e atendidas as leis, códigos,
decretos, normas técnicas da ABNT e das concessionárias das redes públicas locais pertinentes,
quanto aos projetos desenvolvidos, em condições plenas de acessibilidade, segurança, conforto,
funcionalidade e operacionalidade dos espaços e equipamentos projetados, considerando os
aspectos Econômicos, Ambientais e Técnicos, descritos a seguir.

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4.1. Critérios Econômicos


Os projetos finais deverão apresentar soluções de economicidade quanto aos aspectos técnicos e
especificação de materiais. Sempre que possível, deverão apresentar especificação de materiais de
grande durabilidade, funcionalidade e que demandem pouca manutenção e simples reposição.
Todos os materiais a serem especificados deverão ser de primeira qualidade.

Não será admitida a especificação de marcas comerciais, em conformidade com a legislação vigente.
Será necessária, portanto, a perfeita especificação dos materiais através de desenhos de detalhes e
descrição de suas características nos memoriais descritivos. Quando for necessária a indicação de
fabricantes, esta será como padrão de equivalência técnica.

Além disso, deverão ser estudadas e justificadas as soluções escolhidas e os materiais especificados
para todos os equipamentos, simplificando a estrutura e detalhamento na medida do possível sem
perda de funcionalidade.

Os projetos finais deverão contemplar soluções de eficiência energética, como placas solares, para
atender a demanda das áreas comuns da edificação e áreas externas. Devem considerar soluções
práticas e acessíveis para o reuso de água pluviais, para manutenção de hortas e pomares, entre
outras.

Deverá ser prevista a implantação de bicicletário, para a guarda de forma segura e como incentivo
ao uso de veículos não motorizados. Também deverá ser prevista lixeira que atenda aos critérios de
coleta seletiva.

4.2. Critérios Ambientais


Os projetos finais deverão considerar a área de influência imediata do empreendimento, as
características topográficas locais e as redes de infraestrutura existentes; bem como, evitar a
derrubada de árvores.

Deverão, ainda, utilizar materiais, métodos construtivos e sistemas de instalações adequados e em


harmonia com as edificações existentes e com as condições do local da implantação.

Nos projetos finais não poderão ser especificados materiais que contenham asbesto (amianto) em
sua composição. Além disso, deverá ser dada preferência a materiais com baixas emissões de
carbono em sua fabricação.

4.3. Critérios Técnicos


As alternativas apresentadas nos projetos deverão atender aos parâmetros estabelecidos pela
Prefeitura do Recife, em especial aos Órgãos responsáveis, Secretaria de Política Urbana e
Licenciamento da Prefeitura do Recife- SEPUL, Superintendência de Patrimônio da União - SPU,
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Prefeitura do Recife - SMAS, Agência Estadual de
Meio Ambiente - CPRH, Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife – CTTU, Autarquia de
Urbanização do Recife – URB, Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana – EMLURB, Corpo de
Bombeiros, COMPESA, NEOENERGIA, dentre outros.

Os projetos deverão ser elaborados em conformidade com as normas pertinentes, a exemplo das
NBRs 15575/2013 e 9050/2015 da ABNT, normas municipais e Código de Obras local.

Os projetos devem prever a implantação de calçadas, complementação ou adequação de calçadas


existentes, bem como todos os elementos necessários à compatibilização e continuidade do tráfego

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de pedestres, ciclistas e veículos motorizados.

5. ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROJETO E PLANO CONCEITUAL

A área do projeto situa-se na Rua Thomé Gibson, no bairro do Pina, nas proximidades da Via
Mangue, conforme imagem a seguir.

Fig. 1 Mapa de situação e limite da área de intervenção do projeto.

Como pode-se observar, a área disponibilizada está segmentada para implantação do Habitacional
que deverá conter o mínimo de 110 unidades habitacionais, com área aproximada de
45m²/apartamento, e 8 boxes comerciais, conforme Projetos Conceituais constantes do Anexo A.

As unidades habitacionais deverão ser compostas por 2 (dois) quartos, banheiro, cozinha e sala.
Com relação a sacada, esta deverá ser estudada, quanto a segurança do guarda-corpo.

6. CONDIÇÕES PARA ELABORAÇÃO DOS PROJETOS

6.1. Aspectos Gerais


Para o desenvolvimento dos projetos deverá ser levado em conta os aspectos ambientais específicos
da região, tais como: condições climáticas, características do solo, preservação ecológica etc; bem
como deverá ser respeitada a legislação ambiental vigente.

Os orçamentos deverão ser elaborados de acordo com o pré-dimensionamento tendo como base
os preços da tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índice da Construção Civil -SINAPI.
Os itens não constantes da tabela mencionada deverão ser obtidos mediante composição de custo
e/ou discussão com a equipe técnica da URB Recife, devendo ser utilizadas cotações (mínimo três
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por item) de fornecedores idôneos do mercado.

Após a aprovação dos serviços pelos técnicos da URB Recife, a contratada encaminhará aos órgãos
competentes designados para concessão das devidas licenças, tais como COMPESA, SMAS e outros.

Todos os documentos que compõem os estudos deverão ser datados, identificados e assinados pelo
responsável técnico pelo projeto, com a devida identificação das revisões realizadas.

Os serviços também deverão considerar:

a) As condicionantes impostas pela Lei nº 4.771/1/65 (Código Florestal) e suas alterações;


b) As condicionantes impostas pela SMAS, órgão ambiental responsável pela emissão da
licença prévia (LP) e, posteriormente, das licenças de implantação e operação;
c) As condicionantes impostas pela SEPUL, responsável pela definição de estratégias de
desenvolvimentos urbano sustentável, e análise de intervenções com impacto no desenho
urbano do município;
d) As recomendações técnicas definidas pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira – ICPS;
e) O Plano Diretor de Gestão e Manejo das Águas Pluviais e Drenagem Urbana do Recife –
PDDR; e,
f) As normas de desempenho de edificações NBR 15575.

6.2. Georreferenciamento
No início do desenvolvimento dos projetos deverá ser estabelecida uma origem comum, com as
coordenadas X, Y, Z. Estas coordenadas deverão ser georreferenciadas no sistema SIRGAS 2000 e
desenhadas em UTM no plano topográfico para o município de Recife (25S).

A origem comum deverá ser orientadora ao desenvolvimento da modelagem de todas as disciplinas,


desde os Estudos Técnicos Preliminares, a fim de que, quando sobrepostas, em um único arquivo,
estejam locadas na mesma localização espacial. Os modelos deslocados da posição original não
serão aprovados.

6.3. CDE – Common Data Environment


Conforme consta da ISO 19650-1, o CDE é a fonte de informações, utilizada para coletar, gerenciar e
disseminar cada conjunto de informações por meio de um processo gerenciado. Sendo assim, além
da disponibilização em nuvem dos arquivos, deverá ser estabelecido um fluxo de comunicação,
constante do BEP, a fim de que o gerenciamento destas informações ocorra a contento. Com a
aplicação do CDE, serão minimizadas as falhas de comunicação entre as equipes, o uso de versões de
projeto ultrapassadas, entre outros.

Sugere-se que a estrutura de pastas para o CDE seja:

• Em execução – para os arquivos não finalizados;


• Entregue – para arquivos finalizados e verificados pela CONTRATADA (deverão ser
mantidas todas as versões entregues);
• Analisados – para arquivos analisados pela CONTRATANTE;
• Aprovados – para os arquivos finais aprovados.

Entretanto, a CONTRATADA poderá propor uma nova estrutura, caso deseje, quando da elaboração
do BEP. Cabe ressaltar que os custos relativos à implantação e manutenção do CDE serão à cargo da
CONTRATADA.

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Tendo em vista que um dos princípios da metodologia BIM é a interoperabilidade, a troca de


informações dos dados BIM deverão ocorrer em arquivos de formato aberto IFC e BFC. O Sistema de
Classificação da Informação deverá seguir os padrões da NBR 15965 e excepcionalidades serão
tratadas individualmente – a validação se dará no BEP.

7. MODELAGEM BIM

Toda a modelagem 3D, compatibilização entre disciplinas, fornecimento de relatórios, conteúdo das
planilhas, quantitativos e/quaisquer outros documentos gerados a partir do modelo BIM 3D é de
total responsabilidade da CONTRATADA.

Os projetos arquitetônicos e os projetos de engenharia deverão, obrigatoriamente, ser


desenvolvidos com o uso de softwares BIM, devendo ser entregue nos seguintes formatos:

a) Esquema IFC 2x3, com Model View Definition (MVD) igual a Coordination View Version 2.0
– por ser a extensão pública para o Gerenciamento e Interoperabilidade de informações e
dados de projeto, conforme definição da ISO-PAS-16739:2013;
b) No(s) formato(s) nativo(s) do(s) software(s) de modelagem utilizado.
Sendo assim, os softwares escolhidos devem importar e exportar corretamente as
informações para IFC. Quaisquer exceções devem sem tratadas junto à URB.

O modelo BIM 3D consolidado deve ser modelado conforme a sequência construtiva, ficando a
CONTRATADA obrigada a entregar o modelo BIM 3D e seus componentes. A URB poderá reproduzir
todo o conteúdo presente no modelo em outros contextos.

A CONTRATADA deverá ainda realizar a compatibilização multidisciplinar a partir dos arquivos de


cada disciplina modelada em BIM, em ambiente colaborativo, com acompanhamento simultâneo da
FISCALIZAÇÃO. A responsabilidade pelos custos de instalação e manutenção do ambiente
colaborativo será integralmente da CONTRATADA.

Os conflitos deverão ser resolvidos e compatibilizados durante o projeto, conforme detalhado no


plano de execução BIM. Este plano deverá ser desenvolvido pela CONTRATADA no início dos
trabalhos, conforme descrito na seção de Atividades Previstas.

Todas as pranchas de documentação do modelo BIM 3D consolidado, a cada etapa, deverão ser
exportadas para arquivos em padrão .dwg (compatível com o Autocad 2018, ou versão inferior) e
também deverão ser disponibilizadas em formato .pdf, assinadas pelos responsáveis técnicos e com
suas respectivas ART - Anotação de Responsabilidade Técnica - e RRT - Registro de
Responsabilidade Técnica. Essa documentação será composta pelos desenhos e memoriais,
atendendo ao conteúdo especificado neste Termo de Referência.

A seguir, será apresentada a tabela contendo as etapas, descrições de desenvolvimento BIM de


projetos e a representação gráfica.

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ETAPA DESCRIÇÃO LOD REPRESENTAÇÃO


Estudos A representação é realizada 100
Técnicos genericamente, não sendo necessário
Preliminares se assemelhar ao desenho, mas deve
existir um símbolo ou uma forma sem
detalhes. Mostra somente sua
existência, mas não sua real situação
ou localização, é útil na fase de pré-
projeto.
ProjetoBásico A representação é realizada como um 300
sistema, objetos, possui uma forma
mais definida em termos de
quantidades, tamanho, forma,
posicionamento e orientação, dessa
forma não será necessário conferir as
informações.
A informação não geométrica pode
estar associada aos elementos do
modelo.
Projeto A representação é realizada como um 400
Executivo sistema (conjunto), objetos, ou
montagem específica em termos de
quantidades, tamanho, forma,
posicionamento, orientação com
informações de detalhamento,
fabricação, montagem e instalação.
Todos os elementos no modelo devem
estar claramente precisos. A
informação não geométrica pode
estar
associada aos elementos do modelo.

8. ATIVIDADES PREVISTAS

Para desenvolvimento dos projetos, foram estabelecidas as seguintes etapas:

a) Etapa 1, composta pelo BEP – BIM Execution Plan e pelo Estudo Técnico Preliminar;
b) Etapa 2, correspondente ao Projeto Básico; e
c) Etapa 3, composta pelo Projeto Executivo;

O escopo básico de trabalho necessário ao desenvolvimento das etapas que compõem o objeto do
presente Termo de Referência, consistirá das atividades abaixo discriminadas.

Cabe destacar que, ao final de cada Etapa, a partir da Etapa 2, deverão ser entregues imagens
renderizadas em alta resolução do modelo, em consonância com a fase de projeto, bem como vídeos
para melhor compreensão da intervenção.

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8.1. Etapa 1
8.1.1. BEP – BIM Execution Plan
O BEP tem por objetivo garantir o desenvolvimento dos trabalhos de forma assertiva, contendo
todas as informações necessárias para execução das atividades, tais como:

a) Matriz de Responsabilidades, definindo todos os envolvidos no processo, baseando-se na


equipe técnica informada na Licitação;
b) Definição de todos os softwares (incluindo versões) e hardwares que serão utilizados;
c) Definição dos fluxos de trabalho e cronograma de entregas (incluindo reuniões de kick-off
e periódicas de acompanhamento dos trabalhos), com base no cronograma de referência
(respeitando o prazo de 180 dias);
d) Definição dos pontos de referência para vinculação dos modelos que compõem o projeto;
e) Definição dos procedimentos de gestão da informação, colaboração e comunicação;
f) Definição das nomenclaturas e procedimentos para organização dos arquivos (com base nos
códigos fornecidos neste TR);

O BEP deverá ser aprovado pela URB e atualizado pela CONTRATADA sempre que ocorrerem
mudanças no que fora estabelecido.

8.1.2. Estudos Técnicos Preliminares


Deverão ser feitas as coletas de dados de todos os elementos existentes disponíveis, na Prefeitura e
demais órgãos municipais, estaduais e federais, que diga respeito à área em estudo, tais como,
projetos, relatórios operacionais, planos diretores e os projetos de loteamento, aprovados pela
Prefeitura do Recife - PCR, que contemplem imóveis lindeiros à área objeto do projeto, constantes
do acervo dos órgãos competentes da Prefeitura do Recife.

A contratada deverá se reunir com os técnicos da URB Recife para aprovação prévia dos parâmetros
que deverão ser utilizados no detalhamento dos projetos. Esses parâmetros deverão ser propostos
pela CONTRATADA, objeto dos levantamentos/estudos/projetos já realizados, da sua experiência e
das normas a considerar, e sua aprovação deverá constar em uma ata de reunião.

Deverão ser apresentadas à URB Recife as diversas alternativas possíveis de serem implementadas,
com seus custos de implantação e operação e sugerir aquela que a contratada eleger como a melhor,
apresentando relatório contendo as justificativas técnicas da indicação.

Em qualquer época, até a aprovação final dos Estudos Técnicos Preliminares, a URB Recife poderá
solicitar complementações, esclarecimentos e/ou reformulações dos mesmos, sem que haja ônus
adicional à mesma.

Os Estudos Técnicos Preliminares objetivam estabelecer fundamentos técnicos e científicos para


elaboração dos projetos executivos, objeto do presente Termo de Referência; e será composto por:

g) Estudos Topográficos;
h) Estudos Geotécnicos;
i) Estudos Hidrológicos;
j) Estudos de Drenagem;
k) Estudos para implantação, ampliação e/ou remanejamento condicionado de rede de
distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento de água, esgotamento
sanitário e outras estruturas de utilidade pública;

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A perfeita adequação técnico-econômica do projeto à sua finalidade, dependerá da amplitude e da


precisão dos estudos preliminares a serem realizados. Se, no desenvolvimento desses estudos para
obtenção das informações técnicas, for verificada a conveniência de alterações nas diretrizes básicas
estabelecidas, objeto do presente Termo de Referência, a justificativa deverá ser apresentada à URB
para aprovação.

8.1.2.1. Estudos Topográficos


Os estudos topográficos terão como objetivo a preparação de base planialtimétrica cadastral,
suficientemente detalhada para permitir o desenvolvimento dos projetos executivos em todas as
suas etapas, considerando como base as já existentes, e, quando for o caso, adequando e/ou
complementando, utilizando também as plantas de loteamento existente e aprovadas pela PCR.

Deverão ser obedecidas as especificações técnicas para levantamento topográfico constantes do


boletim técnico 34 da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no que não for
conflitante com o presente Termo de Referência. Deverão, ainda, ser apresentados memoriais
justificativos dos estudos topográficos (com originais das cadernetas de campo) das áreas objeto
deste Termo de Referência.

Os equipamentos e softwares a serem utilizados em campo e escritório, em todas as fases do


projeto, devem ser relacionados e descritos tecnicamente na proposta técnica da CONTRATADA, e
possuir certificado de calibração, emitido por instituição acreditada e dentro do prazo de validade,
de modo a garantir a boa qualidade dos dados, a eliminação de erros sistemáticos e a redução de
erros aleatórios.

A base cartográfica será atualizada e/ou elaborada através da utilização de levantamentos


topográficos, usando-se equipamentos compatíveis com a precisão da base cartográfica das plantas
fornecidas pela Prefeitura, principalmente para a localização de postes, árvores de grande porte e
elementos componentes do sistema de drenagem.

As plantas deverão conter ainda, todas as informações de interesse do projeto, conforme relação a
seguir:

a) Levantamento cadastral da faixa de projeto, devendo ser levantados todos os pontos de


interesse do projeto, tais como, benfeitorias existentes, árvores/palmeiras, obras-de-arte
especiais, obras-de-arte corrente, dispositivos de drenagem superficial, placas de
sinalização vertical, obras complementares, obras de contenção, redes de serviços
públicos (água potável, água pluvial, esgoto, redes elétricas e de telefonia);
b) Levantamento topográfico completo dos locais de interseções (locação, nivelamento,
seções, cadastro) dos acessos às edificações lindeiras, assim como das interseções com
ruas e avenidas;
c) Levantamento das informações que subsidiarão os demais projetos;
d) Levantamento das informações que subsidiarão os projetos de desapropriações (caso
necessário), e desmembramentos, com elaboração de laudos de avaliação das edificações
afetadas.

Os trabalhos serão desenvolvidos de acordo com as Normas Técnicas da ABNT, especialmente a


NBR 13.133/94 (utilizada como referência para fiscalização dos trabalhos de levantamento
topográfico), e recomendações dos órgãos competentes.

A CONTRATADA deverá entregar à CONTRATANTE um plano de trabalho das etapas a serem

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realizadas - com descrição de detalhes, metodologias, softwares, aparelhagem (marcas, modelos e


seus nº de série) e certificados de calibração quando couber (ver NBR 13.133/94) - necessárias ao
desenvolvimento dos trabalhos, que deverá ser aprovado pela contratante antes de se começarem
os levantamentos in loco. Quanto à metodologia e desenvolvimento das etapas do levantamento,
deve-se permitir o controle e acompanhamento por parte do contratante. Deve ser recolhida a
respectiva ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do responsável técnico pelos
levantamentos de campo para fins de comprovação de responsabilidade técnica, a ser apresentada
na etapa da entrega do plano de trabalho citado.

Quando do planejamento dos trabalhos, caso haja a necessidade por parte da contratada de
utilização de dados cartográficos, devem ser usadas como referência as plantas e bases de dados
fornecidas pela Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br/ESIG).

8.1.2.1.1. Principais produtos a serem entregues referentes aos Estudos Topográficos


a) Relatórios contendo todos os estudos e levantamentos relativos às áreas objeto de estudo;
b) Plantas do levantamento topográfico em escala compatível com a visualização adequada
das informações, com curvas de nível a cada metro, nas quais constarão todos os dados
obtidos nos levantamentos, apresentadas em coordenadas do tipo UTM;
c) Cópias de todas as cadernetas de campo, referentes aos serviços de locação, nivelamento e
contranivelamento, secções, cadastro e estudo de obras, também em meio digital;
d) Relatórios e ajustamento do processamento GPS, bem como seus dados brutos de rastreio.
e) Mapas digitais da base cartográfica e base cadastral;
f) Relatório contendo descritivo literal de itinerário e de amarração dos pontos da Rede de
Referência Cartográfica, bem como os respectivos croquis;

8.1.2.2. Estudos Geotécnicos


Os estudos geotécnicos tem por objetivo fornecer informações para a elaboração dos projetos de
cálculo estrutural das edificações do habitacional. Os trabalhos constarão basicamente de
prospecções diversas com ou sem coleta de amostras e de ensaios de laboratório, visando à
caracterização dos materiais, que ocorrem no subsolo dos terrenos.

No local, serão feitos furos de sondagens a percussão tipo STP (Standard Penetration Test), de
acordo com os procedimentos estabelecidos pela NBR 6484. Considerando que a área de projeção
da edificação é de aproximadamente 1.286,00 m², de acordo com a NBR 8036, deverão ser
realizados, no mínimo, 7 furos de sondagem. A profundidade dos furos deverá ser avaliada pelo
projetista, de acordo com o disposto no item 4.1.2 da referida norma.

8.1.2.2.1. Principais produtos a serem entregues referentes aos Estudos Geotécnicos


a) Relatório contendo a concepção dos estudos e resumo dos resultados obtidos, incluindo-
se os perfis individuais de sondagem;
b) Desenhos da locação, em planta baixa, de todos os furos de sondagem;
c) Relatórios dos ensaios com todos eles anexados;
d) Relatórios de viabilidade técnica de suporte do solo.

8.1.2.3. Estudos Hidrológicos


Os estudos hidrológicos estabelecerão os parâmetros necessários para equacionamento e
dimensionamento dos projetos de microdrenagem e macrodrenagem, quando competir.

Elementos de referência para os Estudos Hidrológicos:

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a) Plantas e base de dados do Sistema de Informação Geográfica – Recife, relativos aos


trechos em referência;
b) Série cronológica de precipitações pluviométricas atualizada, na cidade de Recife e Região
Metropolitana, não apresentando defasagem superior a 5 (cinco) anos com relação à data
do projeto de drenagem (coletar dados do Instituto Nacional de Meteorologia);
c) Levantamentos topográficos fornecidos pelos estudos;
d) Estabelecer equação da chuva, histograma mensal e correlações intensidade x duração x
frequência;
e) Verificação das condições de operacionalidade e conservação da jusante de drenagem
indicada e sua compatibilidade com o projeto de drenagem.

Com base nas plantas e base de dados do Sistema de Informação Geográfica – Recife, relativos aos
trechos em referência, serão delimitadas, com a precisão necessária e requerida, as bacias e sub-
bacias hidrográficas de contribuição para cada sistema de drenagem, devendo-se respeitar os
tempos de recorrência considerando a classificação do local em relação ao seu uso.

8.1.2.4. Estudos de Drenagem


O estudo para dimensionamento do sistema de drenagem será fundamentado nas bacias
hidrográficas, no Projeto Geométrico, no existente e na estrutura de drenagem receptora para
destino final das águas.

Será elaborado levantamento de estrutura de drenagem existente na via e nas interligações,


caracterizando-as quanto ao tipo (galeria, canal, canaleta), seção, declividade, varão e estado de
conservação. A hipótese de aproveitamento deste sistema deverá ser objeto de análise e a conclusão
apresentada no projeto Executivo de Engenharia.

O destino final para as águas drenadas pelo novo sistema será especificado textualmente, avaliando
as suas capacidades hidráulicas em absorver a drenagem projetada. Além disso, deverá ser
apresentada solução conceitual (a ser detalhada nas demais etapas) para solução da influência de
maré na drenagem da área em questão.

8.1.2.5. Estudos para ampliação, implantação e/ou remanejamento condicionado de rede


de distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento de água,
esgotamento sanitário e outras estruturas de utilidade pública
Os estudos têm como finalidade básica verificar as condições estruturais e operacionais de rede de
distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento de água, esgotamento sanitário e
outras estruturas de utilidade pública, que interfiram nas áreas destinadas às intervenções, objeto
deste Termo de Referência, com a finalidade de atender à nova situação urbana.

Deve-se considerar a existência, no terreno, de uma torre piezométrica, que atende ao habitacional
existente, deverá ser avaliada a possibilidade de sua ampliação para permitir o abastecimento do
novo habitacional. Na impossibilidade da permanência da torre piezométrica, deverá ser proposta
alternativa de solução para o abastecimento de água para ambos habitacionais.

O desenvolvimento dos estudos obedecerá às normas e especificações técnicas oficiais concernentes


a cada segmento necessário ao cumprimento do objeto do presente Termo de Referência.

Toda e qualquer estrutura de utilidade pública que interferir na implantação dos projetos de
urbanismo, paisagismo, arquitetura e engenharia previstos será identificada, cadastrada e objeto de
estudo para relocação. Este cadastramento ficará a cargo da Contratada.

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8.2. Etapa 2 – Projetos Básicos


Os Projetos Básicos deverão estar fundamentados no Projeto Conceitual de Arquitetura e
Urbanismo já elaborado (Anexo A). Constituem a etapa de desenvolvimento das soluções
urbanísticas, paisagísticas e arquitetônicas, dos projetos de engenharia e complementares. Devem
apresentar desenhos que representem as informações técnicas de seus elementos, instalações e
componentes, ainda não completadas ou definitivas, entretanto necessárias para o desenvolvimento
dos projetos executivos e suficientes à contratação dos serviços correspondentes do
empreendimento em Licitação.

Consistem na representação do conjunto de informações técnicas necessárias à análise e aprovação


pelas autoridades competentes, da concepção do empreendimento e dos seus elementos, com base
nas exigências legais e à obtenção das licenças e demais documentos indispensáveis para as
atividades da construção, cuja responsabilidade pelos trâmites e aprovação caberá à contratada.
Taxas, emolumentos e demais custos legais advindos da tramitação legal deverão ser arcados pela
CONTRATADA.

Os projetos deverão ser apresentados em escala e nível de informação compatível para sua
avaliação pela URB Recife e/ou por órgãos de análise com definições quanto às especificações de
materiais e componentes, que permitam o seu levantamento quantitativo e consequente orçamento.

Essa etapa visa, também, a estabelecer a compatibilização entre a concepção e definições dos
projetos de urbanismo, paisagismo e arquitetura com a engenharia e os projetos complementares,
de modo a mensurar a exequibilidade das soluções e o seu impacto financeiro.

8.2.1. Projeto Básico de Arquitetura, Paisagismo e Urbanismo


Elaborado a partir do Projeto Conceitual de Arquitetura e Urbanismo (Anexo A), será desenvolvido
o Projeto Básico de Arquitetura, Paisagismo e Urbanismo, onde serão definidas as diretrizes
projetuais da intervenção. Nesta etapa, serão apresentados os seguintes produtos, extraídos do
Modelo:

i) Plantas de situação;
ii) Planta de zoneamento, indicando o agenciamento dos espaços e áreas verdes;
iii) Plantas de locação e coberta;
iv) Planta de agenciamento, com proposta de paginação de piso, com a especificação de
materiais adequados, de fácil manutenção e reposição, e que atenda aos princípios
básicos regulamentados pela NBR 9050;
v) Planta de vegetação;
vi) Planta de locação de equipamentos e mobiliário urbano (incluindo indicação de postes e
luminárias, de lógica, de voz e dados);
vii) Plantas de cortes e elevações;
viii) Plantas de locação dos pontos elétricos e de água;
ix) Plantas baixas;
x) Memorial Descritivo;
xi) Especificações técnicas de todos os serviços, incluindo as obras de edificações;
xii) Modelo 3D com a representação do Projeto Básico.

8.2.2. Projeto Básico dos complementares de Engenharia


Todos os projetos das disciplinas de engenharia elencadas a seguir, cujo detalhamento do escopo se
dará no subitem 8.3, deverão ser entregues a nível de Projeto Básico e conforme estabelecido no
item 7.
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As plantas, cortes e documentações (memoriais descritivos, especificações técnicas e memória de


cálculo) deverão ser elaborados a partir Modelo, para estas disciplinas:

a) Projeto Estrutural;
b) Projeto de Instalações Hidrossanitárias;
c) Projeto de Captação de Águas Pluviais;
d) Projeto de Instalações Elétricas e Iluminação Externa;
e) Projeto de Instalações de Gás;
f) Projeto de Sistema de Proteção contra choques elétricos, descargas
atmosféricas/aterramento – SPDA
g) Projeto de Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio
h) Projeto de Cabeamento Estruturado (dados e voz/wifi)
i) Projeto de Geometria;
j) Projeto de Terraplenagem;
k) Projeto de Drenagem;
l) Projeto de Pavimentação;
m) Estudo Técnico Ambiental;
n) Planilha Orçamentária.

Cabe ressaltar, conforme explanado anteriormente, que o nível de informação apresentada deve ser
suficiente à contratação dos serviços correspondentes do empreendimento em Licitação.

8.2.3. Estudo Técnico Ambiental


A Contratada será responsável pela elaboração de Estudo Técnico Ambiental – ETA, conforme
Termo de Referência específico a ser emitido pela SMAS/ Prefeitura do Recife. O ETA é uma das
modalidades de Avaliação de Impacto Ambiental, contemplando a Lei Municipal 17.171/2005,
sendo exigido por se tratar de uma obra de significativo impacto ambiental sobre o ambiente
urbano.

8.2.3.1. Objetivos
O ETA tem como objetivo subsidiar a avaliação de impactos ambientais causados nas fases de
implantação e operação de uma atividade ou empreendimento, permitindo relacionar diretrizes e
medidas para mitigar ou compensar os impactos ambientais adversos decorrentes.

No processo de licenciamento ambiental a avaliação de impacto ambiental constitui requisito


essencial para a concessão da LP do empreendimento.

8.2.3.2. Forma de apresentação


O ETA deverá ser entregue para aprovação junto à SMAS em duas vias impressas, em formato A4, e
uma em meio digital. Fotografias, gráficos, mapas, quadros e tabelas deverão ser apresentados com
as devidas legendas, escalas e demais elementos pertinentes, e citadas as respectivas fontes.

8.2.3.3. Conteúdo e desenvolvimento do ETA


O ETA deve ser desenvolvido de forma a possibilitar uma clara compreensão do projeto em suas
principais características, atividades, insumos, formas de energia utilizadas, resíduos, efluentes e
emissões a serem produzidos, bem como, da área afetada direta e indiretamente pelo
empreendimento, apresentando as medidas necessárias para mitigar os impactos ambientais
decorrentes, em conformidade com as normas legais. Deverá conter no mínimo:

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DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

8.2.3.3.1. Informações Gerais


a) Identificação do empreendimento;
b) Identificação e qualificação do empreendedor (nome e razão social, número dos registros
legais; endereço completo e telefone dos responsáveis legais e pessoas de contato);
c) Identificação da empresa consultora;
d) Identificação do(s) profissional(ais) responsável(eis) pelo ETA e dos técnicos e
consultores que participarem do mesmo, com as respectivas Anotações de
Responsabilidade Técnica – ART.
e) Características da Atividade ou Empreendimento:
f) Localização do empreendimento;
g) Detalhamento das atividades em cada etapa do projeto;
h) Alternativas tecnológicas e locacionais do projeto, confrontando-as com a hipótese de não
execução;
i) Estimativa da mão-de-obra empregada nas diversas etapas do projeto;
j) Cronograma detalhado da obra com planejamento de execução dos diversos trechos e
“obras d’arte” previstas, principalmente pontes e viadutos;
k) Levantamento das obras de arte existentes, com previsão e detalhamento das ampliações,
alterações e recuperações necessárias;
l) Descrição e indicação cartográfica dos trechos que serão ampliados e das pontes e demais
obras d’arte que serão reformadas ou construídas;
m) Descrição e indicação cartográfica dos trechos onde haverá
necessidade de desapropriação / remoção de edificações em face da implantação
das obras projetadas;
n) Descrição das alternativas tecnológicas para execução de obras de travessia de cursos
d’água;
o) Previsão das alternativas de desvios de trânsito;
p) Estimativa dos volumes dos diversos tipos de resíduos gerados e previsão dos recicláveis
e das condições de armazenamento temporário e disposição final do “bota-fora”;
q) Descrição das instalações de apoio (canteiro de obras) e respectivos componentes
potencialmente os geradores de impactos ambientais (suprimento de água, instalações de
esgotos, de armazenamento e manuseio de combustíveis e produtos tóxicos, resíduos
sólidos, etc).

8.2.4. Planilha Orçamentária


A Planilha Orçamentária e seus documentos complementares, cujo detalhamento do escopo se dará
no subitem 8.3, deverão ser entregues a nível de Projeto Básico. Os quantitativos deverão ser
extraídos dos respectivos modelos.

Durante a reunião de kick-off, deverá ser apresentado pela equipe da URB o modelo de
apresentação da Planilha Orçamentária e considerações para desenvolvimento do trabalho.

Cabe ressaltar, conforme explanado anteriormente, que o nível de informação apresentada deve ser
suficiente à contratação dos serviços correspondentes do empreendimento em Licitação.

8.2.5. Documentações complementares


O Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC e o Plano de Execução das
Obras, cujo detalhamento do escopo se dará no subitem 8.3, bem como os Estudos Ambientais,
deverão ser entregues a nível de Projeto Básico.

Cabe ressaltar, conforme explanado anteriormente, que o nível de informação apresentado deve ser
13
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

suficiente à contratação dos serviços correspondentes do empreendimento em Licitação.

8.3. Etapa 3 – Projetos Executivos


Constituem a versão com maior detalhamento do Modelo, e extraída em plantas, cortes, elevações e
detalhamento executivo - desenhos dos pormenores necessários à execução da obra, em escala
adequada à sua exata interpretação, bem como no caderno de encargos e procedimentos,
especificações técnicas dos materiais a serem empregados na execução das obras, memoriais
descritivos e memórias de cálculo de todas as disciplinas. Nesta fase, deverão ser atualizadas e
entregues as imagens renderizadas e o vídeo de apresentação do projeto.

Todos os projetos executivos deverão ser aprovados e entregues à URB Recife devidamente
revisados e compatibilizados, apresentando desenhos que representam as informações técnicas de
seus elementos, instalações e componentes, detalhadas, completas e definitivas, necessárias para a
execução da obra.

Para todas as disciplinas de projeto, deverão ser entregues as Especificações Técnicas, constituintes
dos Memoriais Descritivos, compostas por:

i) Definição: contendo a completa caracterização do item e sua aplicação em relação aos


projetos;
ii) Especificação dos Materiais: caracterização, de maneira unívoca, dos materiais a serem
utilizados;
iii) Equipamentos: indicação dos equipamentos a serem utilizados;
iv) Local de aplicação: indicação dos locais de aplicação dos materiais, serviços e
equipamentos;
v) Execução: apresentação dos métodos executivos recomendados, descritos em sequência
lógica de execução;
vi) Controle: determinação dos Métodos de Avaliação da quantidade dos materiais e serviços,
Técnicas de Execução e Normas a serem seguidas em conformidade com os projetos;
vii) Medição e Pagamento: determinação dos critérios e composição de cada item de medição e
sua forma de pagamento.

8.3.1. Projeto Executivo de Arquitetura, Paisagismo e Urbanismo


8.3.1.1. Projeto Executivo de Arquitetura
Elaborado a partir da aprovação do projeto básico, constitui-se na solução definitiva do projeto
arquitetônico, compatibilizado com o projeto de estrutura e demais projetos complementares.
Deverá conter, de forma clara e precisa, todos os detalhes construtivos e indicações necessárias à
perfeita interpretação dos elementos para a execução dos serviços e obras.

Os detalhes dos elementos da edificação e de seus componentes construtivos poderão ser


apresentados em cadernos anexos onde conste sua representação gráfica, em conformidade com a
Norma NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura, Especificações, Critérios de Execução,
Recebimento e Medição, que poderão ser padrões.

As Fachadas deverão ser apresentadas nas formas abaixo consideradas, com especificação dos
materiais empregados para seu revestimento, bem como todos os detalhes, medidas, espessuras,
juntas e espaçamentos necessários a aplicação de acordo com as normas técnicas especificas para
fachadas e revestimentos. Deverá ser considerado o mapa geral das esquadrias, contendo a
definição do material, tipo e espessura do vidro, ferragens, acabamento e o movimento das peças,
sejam elas verticais ou horizontais, pertinentes às fachadas.
14
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

Deverão ser apresentados, no mínimo, as seguintes informações extraídas do Modelo:

a) Planta Geral (escala 1:100), apresentando todos os ambientes com suas funções definidas,
referência de eixos com o projeto estrutural, discriminação das especificações dos
revestimentos e compatibilizada com demais especialidades, com orientação,
representação das características planialtimétricas (terreno e vias de acesso), geométrico
do projeto implantado e vias laterais, cotadas e alinhadas em relação a um ponto de
referência preestabelecida, identificação de postes, árvores, calçamentos e demais
elementos construídos, caso existentes, indicação de elementos a remover ou demolir (se
existirem), etc.;
b) Plantas de locação e coberta (escala 1:100) contendo projeção da estrutura de
sustentação, sistema de impermeabilização, arremates, rufas e assentamento de telhado,
indicação de materiais e acabamentos, posição e dimensionamento de todos os elementos
(telhas, estrutura de apoio e fixação, terças, calhas, rufos, contra rufos, juntas de
dilatação), indicação de sentido de escoamento de águas, etc.;
c) Plantas baixas (escala 1:50) e das áreas que exijam melhor detalhamento (escala 1:20),
contendo: cotas gerais, cotas de níveis, medidas internas, espessuras de paredes,
dimensões de aberturas, dimensão de vãos de portas e janelas, alturas de peitoris, locação
de equipamentos, lay out, etc., quadro de esquadrias (representado, em planta, por
legenda ou símbolo), quadro com especificação de materiais e acabamentos
(representado, em planta, por legenda, símbolo ou hachura), indicação de cortes e
elevações e indicação dos detalhes;
d) Cortes transversais e longitudinais (escala 1:50), contendo: indicação de pé-direito, cotas
de níveis acabados, altura de vãos, dimensionamento de estruturas, dimensionamento de
platibandas e indicação de detalhes necessários a melhor compreensão do projeto;
e) Elevações das fachadas nas escalas 1:50, indicando aberturas, esquadrias, alturas e níveis,
acabamentos e chamadas para detalhes especiais;
f) Quadro geral de esquadrias relacionando tipo, localização, quantidade, dimensionamento
(largura x altura x peitoril), material (madeira, alumínio, vidro, etc.), ferragens e mecânica
de movimento das peças (giro, correr, pivotante, etc.);
g) Detalhes de componentes arquitetônicos (esquadrias metálicas e de madeira, brises,
guarda-corpo, corrimão, etc.) representados e dimensionados, através de plantas, cortes e
elevações, com as ampliações necessárias a perfeita compreensão e execução;
h) Plantas detalhadas de todos os forros, incluindo locação dos pontos de iluminação com a
respectiva legenda indicativa do tipo de luminária e lâmpada especificada;
i) Planta detalhada de paginação de piso e parede na escala adequada à perfeita compreensão
e execução;
j) Planta baixa com indicação dos pontos elétricos, de telefonia, de lógica, sonorização, etc.,
pretendidos, devidamente locados e cotados em função do layout proposto e com as
respectivas especificações;
k) Memorial Descritivo.

8.3.1.2. Projeto Executivo de Paisagismo


Elaborado a partir da aprovação do projeto básico, o Projeto Executivo de Paisagismo compreende
as áreas externas aos edifícios, devendo estar perfeitamente adequado às normas de acessibilidade
da ABNT, conforme já mencionado.

As soluções deverão contemplar hortas, pomar e playground ao projeto, com ponto de água próximo
para irrigação. Também deverão ser considerados os materiais dos acessos e circulações, quanto ao
uso e à manutenção, principalmente próximos a lixeira de coleta seletiva e bicicletário.
15
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DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

Deverão ser apresentados, no mínimo, as seguintes informações extraídas do Modelo:

a) Plano global de zoneamento paisagístico (implantação) usando como referencial de


amarração os eixos do projeto geométrico e/ou arquitetônico com todos os elementos
conferidos e compatibilizados, representados, em planta, por código ou convenções, de
toda a vegetação existente ou proposta;
b) Representação da conformação final do terreno, com indicação das curvas de nível e de
pontos baixos para coleta de águas pluviais; inclusive, cortes do terreno em escalas (escala
sugerida 1:100);
c) Definição de todo o espaço externo ao tráfego de pedestres, veículo e bicicletas, e seu
tratamento: acessos de pedestres e veículos, pisos, calçamentos, meios-fios, canteiros,
muros, cercas, divisórias de canteiros, escadas, rampas e demais elementos, todos com
identificação, dimensões e locação definitiva;
d) Locação, em planta, de todos os equipamentos fixos ou móveis, tais como portões, gradis,
bancos, lixeiras, placas, postes, caixas, etc. Detalhamento (escalas sugeridas 1:5 a 1:20)
daqueles equipamentos especificados pelo Paisagismo;
e) Planta de paisagismo com a locação, em planta, das espécies vegetais propostas,
especificações (denominações científica e popular) e quantitativos das espécies vegetais
propostas;
f) Locação das redes e pontos de consumo (hidráulica, elétrica, etc.) necessários ao
desenvolvimento dos projetos complementares de drenagem, iluminação e força, de
pavimentação e outros, definindo o percurso das redes de forma a evitar interferências
com os canteiros previstos ou existentes;
g) Relatório com especificações das necessidades de correção química e orgânica do solo e o
correspondente manual de manutenção.
h) Memorial Descritivo.

8.3.2. Projeto Executivo Estrutural


O Projeto Estrutural compreende o detalhamento completo da estrutura concebida e dimensionada,
incluindo a fundação. Deverá conter, de forma clara e precisa, todos os detalhes construtivos
necessários à perfeita execução da estrutura de concreto e/ou metálica.

Deverá ser desenvolvido com base nos resultados de sondagem do terreno, por sistema de concreto
armado ou estrutura metálica ou outro sistema estrutural, devidamente justificado tecnicamente,
em função do projeto arquitetônico, detalhado de forma compatível com apresentação de produtos
gráficos necessários à sua execução.

Deverão ser apresentados, no mínimo, as seguintes informações extraídas do Modelo:

a) Plantas de locação geral das fundações;


b) Planta de cargas;
c) Plantas de forma com cortes longitudinais e transversais, plantas baixas, detalhes
estruturais e arquitetônicos, locação da obra etc., apresentados em escalas convenientes;
d) Plantas de armação com indicação de sua disposição nas peças da estrutura, tipos de
emendas adotadas, diâmetro, número das posições, quantidades, comprimentos e
ganchos, contendo uma lista geral de armação de todos os elementos estruturais
representados em cada folha a Tabela Resumo de Armação (bitola, comprimento e peso);
e) Plantas de cimbramentos especiais;
f) Plano de lançamento de concreto com indicação da ordem de procedência da concretagem e
detalhes das juntas do referido lançamento;
16
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

g) Memória de Cálculo (contendo normas, especificações e métodos construtivos adotados;


bibliografia; materiais e taxas de trabalho; cálculo e dimensionamento detalhado de todas
as peças; envoltórios e recobrimentos; cálculo de cimbramentos especiais; discriminação
dos serviços e respectivas quantidades com unidades de medição)
h) Memorial Descritivo

8.3.3. Projeto Executivo de Instalações Hidrossanitárias, Captação de Águas Pluviais e


Impermeabilização
O sistema de instalações hidrossanitárias associado à captação de águas pluviais deverá prever o
reuso de águas tratadas e o aproveitamento das águas de chuva para fins não potáveis.

8.3.3.1. Projeto Executivo de Instalações Hidrossanitárias


Deverá ser elaborado de acordo com as necessidades da edificação e diretrizes da concessionária de
serviço público local. Os projetos deverão conter todas as informações necessárias para a sua
perfeita interpretação e execução da obra.

Deverão ser analisadas as condicionantes locais para que se obtenham todas as informações
preliminares necessárias para o desenvolvimento do projeto. Em seguida, deverá ser alinhado com a
URB Recife um briefing inicial para que sejam definidas as diretrizes básicas de projeto e as
tecnologias a serem utilizadas.

O projeto de água fria incluirá:

i) Indicação do ponto de captação e projeto da rede de captação de água;


ii) Solução para alimentação de todos os pontos hidráulicos da edificação (vasos, lavatórios,
duchas, pias, torneiras, pomar, horta etc.);
iii) Ventilação do sistema, conjunto de tubulações, registros, válvulas e acessórios, contendo
hidrômetro e ramal de abastecimento da concessionária, ramal de alimentação predial,
reserva inferior e superior, elevatória e rede de distribuição predial;
iv) Dimensionamento e indicação da tubulação dos drenos de ar-condicionado. O projeto de
esgotamento sanitário incluirá:
v) Ligação de aparelhos, sifões e caixas sifonadas, caixas de gordura, ramais internos e externos
de esgoto, tubo de queda, ventilação, subcoletor e destinação final.
vi) Estação de tratamento de esgoto;
vii) Todos os projetos deverão ter indicação de detalhamentos de montagens, tubulações,
fixações e outros elementos, se necessários à compreensão da execução da obra. Todas as
pranchas do projeto deverão contemplar legenda com os símbolos e as abreviações
adotados, além de isométricos e/ou vistas com a representação dos trajetos e comandos,
informando todas as peças e as dimensões necessárias. Deverão ser atendidas todas as
normas técnicas e a legislação vigente.

Deverão ser apresentados, no mínimo, as seguintes informações extraídas do Modelo:

a) Cortes;
b) Chamadas para os detalhes executivos devidamente endereçados;
c) Detalhes dos forros por onde passarão as instalações;
d) Detalhes de todos os furos necessários, nos elementos de estrutura e de todas as peças a
serem embutidas ou fixadas nas estruturas de concreto ou metálicas, para passagem e
suporte da instalação;
e) Detalhe da ligação com a rede existente;
17
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DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

f) Detalhes de todas as colunas e ventilações;


g) Detalhes de todas as caixas e poços de visitas;
h) Outros detalhes específicos necessários à plena execução do serviço;
i) Planta da estação (escalas sugeridas 1:100) com traçado e dimensionamento de redes e
tubulações de distribuição de água fria coleta e captação de águas pluviais e esgoto;
j) Planta da coberta, barrilete e caixa d'água (escala sugerida 1:200) com traçado e
dimensionamento das redes;
k) Isométricos gerais e esquemas de tubulações em escala 1:20;
l) Dimensionamento do cavalete e da ligação do esgoto conforme indicação das
concessionárias locais;
m) Memória de Cálculo;
n) Memorial descritivo.

Cabe ressaltar que o projeto da estação de tratamento de esgoto deverá ser aprovado junto ao
CPRH, bem como o ponto de lançamento dos efluentes tratados.

8.3.3.2. Projeto Executivo de Captação de Águas Pluviais


O projeto de captação de águas pluviais deverá contemplar a solução e o detalhamento dos
dispositivos e acessórios do sistema de água pluvial da edificação, incluindo:

a) Delimitação da área de contribuição para calhas e condutores;


b) Dispositivos de coleta em coberturas (ralos, calhas, rufos, rincões, bandejas, buzinotes, etc.);
c) Definição das seções das calhas e dos condutores, seus respectivos dimensionamentos e
desenvolvimentos;
d) Sistemas propostos para coleta e transporte das águas pluviais, na superfície do solo e pisos
externos;
e) Rede subterrânea coletora com a definição de todas as suas características e detalhamento,
contemplando, caixas de inspeção (CI’s), caixas de passagem e poços de visita (PV’s);
f) Esquema geral em corte ou perspectiva da instalação; lançamento em galerias públicas ou
em águas de domínio público;
g) Declividades, desenvolvimentos, diâmetros de cada ramal, calhas e bocais de ligação aos
condutores;
h) Legenda com os símbolos e as abreviações adotados em cada prancha.
i) Deverão ser atendidas todas as normas técnicas e a legislação vigente. O projeto deverá
ainda apresentar: memória de cálculo, memorial descritivo, lista de materiais completa e
especificações técnicas necessárias para a contratação e a execução da obra.

8.3.3.3. Projeto Executivo de Impermeabilização


O projeto de impermeabilização deverá ser adequado a cada caso particular, como coberturas,
reservatórios de água, áreas molhadas e outros e será solucionado em função da forma da estrutura,
movimentação, temperatura e umidade relativa do local, efeito arquitetônico e utilização da
superfície (passagens, terraços e outras).

Cada solução deverá levar em consideração as propriedades dos componentes e do sistema, como
impermeabilidade, resiliência (resistência ao choque), vida útil, resistência mecânica e isolação
térmica. O projeto deverá estar compatibilizado com o projeto de Arquitetura, Estrutura e demais
disciplinas, observando a não interferência entre os elementos dos diversos sistemas da edificação.

Deverão ser apresentados os seguintes produtos gráficos, extraídos do Modelo:

18
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DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

a) Plantas de todos os pavimentos, com destino e medidas internas de todos os


compartimentos, espessura de paredes, material e tipo de acabamento, e indicações de
cortes, elevações, ampliações e detalhes onde haverá impermeabilização;
b) Escoamento das águas, a posição das calhas, condutores e beirais, reservatórios, “domus”,
rufos e demais e elementos, inclusive tipo de impermeabilização, juntas de dilatação,
aberturas e equipamentos, sempre com indicação de material e demais informações
necessárias;
c) Cortes das edificações onde fique demonstrado o pé direito dos compartimentos, alturas
das paredes e barras impermeáveis, altura de platibandas, cotas de nível de escadas e
patamares, cotas de piso acabado, tudo sempre com indicação clara dos respectivos
materiais de execução e acabamento onde houver impermeabilização de paredes e outros
elementos de proteção contra a umidade;
d) Ampliações, se for o caso, de áreas molhadas ou especiais, com indicação de equipamentos
e aparelhos hidráulico-sanitários, indicando seu tipo e detalhes necessários;
e) Memorial Descritivo;

8.3.4. Projeto Executivo de Instalações Elétricas e Iluminação Externa


Os projetos de Instalações Elétricas e de Iluminação Externa deverão considerar a implantação de
placas solares. Sendo assim, a CONTRATADA deverá apresentar nos projetos o cálculo de demanda,
a localização das referidas placas, bem como o sistema de alimentação da rede. Caso o referido
sistema não seja suficiente para a demanda calculada, deverá ser prevista a ligação com a rede da
NEOENERGIA.

8.3.4.1. Projeto Executivo de Instalações Elétricas


Compreende o sistema de instalações elétricas das edificações. Deverão ser seguidas as orientações
constantes das legislações técnicas vigentes, especialmente normas da ABNT e Neoenergia.

Na elaboração do projeto, deverá ser previsto 1 ponto de ar-condicionado, em cada um dos quartos.

Deverão ser apresentados os seguintes produtos gráficos, extraídos do Modelo:

a) Planta baixa e cortes (escala ≥ 1:100) com indicação de todos os pontos do sistema
elétrico, de telecomunicações e para-raios, inclusive lançamento das tubulações com
fiações, com indicação das tubulações aparentes e embutidas, indicação de subestação, se
for o caso, da entrada de energia, medidores e distribuição dos pontos de iluminação
interna e externa, e tomadas de uso geral;
b) Localização física dos equipamentos de ar-condicionado;
c) Esquemas elétricos de cada equipamento de ar-condicionado;
d) Disposição e fixação de cada equipamento de ar-condicionado;
e) Quadro de cargas;
f) Diagramas unifilares;
g) Detalhes de ligação e sustentação;
h) Memorial descritivo;

8.3.4.2. Projeto Executivo de Iluminação Pública


O projeto será desenvolvido e elaborado obedecendo às normas e especificações técnicas relativas
às redes alimentadoras, de distribuição e de iluminação pública necessárias ao atendimento das
áreas objeto das intervenções.

Será elaborado cadastro de linha de transmissão, subestação, rede alimentadora, rede distribuidora
19
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DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

e do sistema de iluminação externa, estabelecendo a capacidade de potência e possível queda de


tensão com a ampliação requerida por este projeto.

O projeto executivo constará de memorial descritivo justificando e estabelecendo a adoção de


coeficientes, parâmetros e conceitos para a solução eleita, obedecendo, exclusivamente, as normas e
especificações técnicas concernentes ao tipo de serviço e exigidas atualmente.

A memória de cálculo será apresentada estabelecendo todas as etapas necessárias a um projeto


executivo:

i) Subestação;
ii) Rede alimentadora;
iii) Rede de distribuição;
iv) Dimensionamento das redes necessárias;
v) Condutores (bitola e tipo);
vi) Transformadores;
vii) Postes;
viii) Iluminação pública.

As soluções pertinentes deverão ser subsidiadas pelos projetos de Arquitetura, Urbanismo e


Paisagismo. Por se tratar de serviço especializado, o projetista deverá dimensionar a rede de
iluminação externa, com transformadores para atender a demanda, luminárias, cabos e estruturas
aéreas, que deverão obedecer às normas da NEOENERGIA.

Para a elaboração do projeto de iluminação serão determinados os seguintes elementos:

i) Localização e espaçamento dos postes – em função dos níveis de iluminação e relações de


uniformidade requeridos, considerando os aspectos de manutenção, rede de
abastecimento, economia e segurança;
ii) Alturas de montagem – função da eficiência e economia, níveis de iluminação e relações de
uniformidade requeridos, manutenção, características não ofuscantes das luminárias e
outros;
iii) Características construtivas e estruturais dos postes;
iv) Tipo de luminárias – em função da economia, eficiência, altura de montagem, níveis e
uniformidade da iluminação requerida;
v) Tipo e características cromáticas das lâmpadas – em função dos níveis de iluminação,
espaçamento, altura de montagem, entre outras;
vi) Rede de abastecimento e distribuição e seu detalhamento.

Deverão ser apresentados os seguintes elementos, extraídos do modelo:

a) Plantas em escala adequada, contendo a localização dos postes e redes de distribuição;


b) Detalhes arquitetônicos e construtivos dos postes de iluminação em escala compatível
com o tipo de dispositivo;
c) Estudo luminotécnico;
d) Tipo e detalhes das luminárias e lâmpadas;
e) Tipo e detalhes construtivos de montagem e ancoragem dos postes;
f) Detalhamento das interferências;
g) Apresentação do projeto de instalações elétricas através de memorial descritivo do
projeto e locação dos pontos dessas instalações;
h) Planta baixa (escala ≥ 1:100) com indicação de todos os pontos do sistema elétrico e de
20
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

lançamento das tubulações e fiações, com indicação das tubulações embutidas;


i) Plantas e cortes em escala 1:100 ou 1:50 com indicação de subestação, se for o caso, da
entrada de energia, medidores e distribuição dos pontos de Iluminação;
j) Diagrama dos quadros de luz e força;
k) Detalhes de ligação e sustentação;
l) Memorial Descritivo.

Caso seja necessário, deverá ser apresentado projeto indicando as áreas em que haverá necessidade
de remanejamento das redes existentes de serviços públicos e outros obstáculos que possam
eventualmente interferir com a posterior execução da obra, bem como implantar as novas redes de
acordo com as necessidades futuras. Estes projetos objetivam, ainda, eliminar os conflitos com redes
ou obstáculos de concessionárias ou órgãos públicos.

Quando ocorrerem interferências, a CONTRATADA deverá solicitar aos mesmos informações,


cadastros, projetos existentes, planos de ampliação etc., relativos a tais instalações e ao local da
obra. De posse desses dados, a CONTRATADA deverá realizar estudos dessas interferências com o
projeto em desenvolvimento, e em seguida, conjuntamente com os órgãos envolvidos, detalhar
soluções que eliminem os conflitos gerados pelo projeto. Especial enfoque deverá ser dado no
tocante à complexidade da interferência e ao prazo para a sua eliminação, remanejamento ou
proteção, de tal forma a que se disponha na época das obras, desembaraço total da faixa e das áreas
de interesse.

Deverá ser apresentado orçamento das concessionárias para execução dos serviços que se fizerem
necessários. Este projeto será elaborado em comum acordo com as concessionárias envolvidas.
Aquelas que optarem por desenvolverem seus projetos, deverão fornecer a planilha orçamentária
referente aos serviços a serem executados, incluindo os materiais a serem utilizados. Aquelas que
optarem pelo fornecimento de seu cadastro, a contratada deverá elaborar o projeto executivo e,
consequentemente, a planilha orçamentária. Este material deverá ser enviado à Concessionária para
aprovação.

8.3.5. Projeto Executivo de Gás Canalizado


O projeto de gás canalizado deverá conter todas as informações necessárias para a sua perfeita
interpretação e execução da obra. Deverão ser analisadas as condicionantes locais, para que se
obtenham todas as informações preliminares necessárias para o desenvolvimento do projeto. Em
seguida, deverá ser alinhado com a URB Recife um briefing inicial para que sejam definidas as
diretrizes básicas de projeto e as tecnologias a serem utilizadas.

O projeto deverá contemplar a solução e o detalhamento das instalações de gás canalizado da


edificação, incluindo:

a) Planta de locação com implantação da edificação no terreno e entorno imediato;


b) Indicação dos locais de previstos de instalação de gás;
c) Definição do espaço destinado ao abrigo de botijões e pontos (central GLP) com indicação
de capacidade volumétrica, central de abastecimento final;
d) Definições e detalhamento das redes de distribuição, redes primárias e secundárias;
e) Abrigo de medidores; definições de materiais e dimensionamento de dutos; parâmetros de
estanqueidade;
f) Definição dos fatores de simultaneidade; definições de tubos rígidos e flexíveis;
g) Definição de válvulas e registros;
h) Diretrizes para teste da rede implantada;
21
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

i) Legenda com os símbolos e as abreviações adotados em cada prancha.

Deverão ser atendidas todas as normas técnicas e a legislação vigente. O projeto deverá ainda
apresentar: memória de cálculo, memorial descritivo, lista de materiais completa e especificações
técnicas necessárias para a contratação e a execução da obra.

8.3.6. Projeto Executivo de Sistema de Proteção contra choques elétricos, descargas


atmosféricas/aterramento – SPDA
Deve ser elaborado em conformidade com a NBR 5419 e demais normas pertinentes, prevendo
proteção das instalações contra surto provocado por descarga atmosférica, transitórios ou falhas de
operação e sistema de aterramento específico, com previsão de ligação equipotencial à malha de
terra do SPDA.

Deverão ser apresentados os seguintes elementos, extraídos do modelo:

a) Planta Baixa com detalhes em escala apropriada para melhor representação;


b) Detalhes do caminhamento das barras e do aterramento adotado;
c) Detalhes das caixas equalização;
d) Cobertura: detalhes das barras captoras e da gaiola de Faraday, se o sistema for adotado;
e) Especificações e legenda da simbologia utilizada;
f) Memória de Cálculo;
g) Memorial Descritivo.

8.3.7. Projeto Executivo de Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio


O projeto do sistema de prevenção e combate a incêndio poderá prever os seguintes subsistemas,
conforme exigências do Corpo de Bombeiros:

i) Sistema de Hidrantes: obedecerá, no que for aplicável, às normas do IRB e do Corpo de


Bombeiros local. Compreendido pelos reservatórios, redes de distribuição, pontos de
alimentação, registros, mangueiras e esguichos, protegerá as dependências dos edifícios,
constará dos seguintes elementos: Plantas gerais de locação e marcação de redes;
Diagramas verticais e isométricos; Definição de reservatório e bombas.
ii) Sistema de Extintores Portáteis: obedecerá, no que for aplicável, ao que estabelecem as
normas do IRB e do Corpo de Bombeiros local. O sistema de proteção por extintores
portáteis protegerá as dependências do edifício. O projeto indicará: Plantas de locação por
pavimento; Detalhes de marcação e identificação; Tipo, capacidade e localização dos
equipamentos.
Deverão ser apresentados os seguintes elementos, extraídos do modelo:
a) Plantas e cortes para representação do sistema adotado;
b) Plantas de detalhes do sistema;
c) Memória de cálculo;
d) Memorial descritivo;
e) Demais documentos solicitados pelo Corpo de Bombeiros.

Ressalta-se que a CONTRATADA será responsável pela aprovação dos projetos no Corpo de
Bombeiros e deverá revisá-los quantas vezes for necessário, quando solicitado pelo referido órgão.

8.3.8. Projeto Executivo de Cabeamento Estruturado (dados e voz/wifi)


Este projeto tem por objetivo organizar e unificar as instalações de cabeamento existentes e de
novos sistemas que forem adotados.
22
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

As tomadas de telefonia devem ser distribuídas nos ambientes da forma mais uniforme possível e de
acordo com o layout, de acordo como o número de pontos telefônicos previstos. Deverão ser
projetados os percursos das tubulações primárias, secundárias e de entrada do edifício, bem como
as redes.

O projeto de cabeamento deve ser harmonizado com os projetos de arquitetura, de estrutura e das
outras instalações de forma a integrar e harmonizar o projeto de telefonia com os demais sistemas,
prevendo, ainda, a instalação interna e externa em tubulação, eletrocalhas ou posteamento com
segmento UTP (interno) ou de fibra ótica (interno ou externo).

Para a Rede de Comunicação de Dados, nas áreas onde se fizer necessário, seguindo os mesmos
critérios de dimensionamento, distribuição e instalação da rede de telefonia e podendo-se utilizar a
mesma tubulação ou calhas, será executada a interligação dos diversos equipamentos de terminas
de dados.

Deverão ser obedecidas às seguintes condições gerais:

i) Obter os projetos de arquitetura, estrutura e demais instalações, de maneira a poder


integrar e harmonizar o projeto de telefonia e rede de dados com os demais sistemas;
ii) Observar as recomendações, critérios técnicos e padronizações da Agência Nacional de
Telecomunicações - ANATEL;
iii) Conhecer as atividades previstas para a edificação, o tipo e o número de usuários e
determinar as necessidades de equipamentos e pontos de telefonia e de dados;
iv) Utilizar soluções de custos de manutenção e operação compatíveis com o custo de
instalação do sistema;
v) Dimensionar os equipamentos do sistema dentro de padrões disponíveis no mercado
nacional.
O esquema do sistema de telefonia deverá apresentar a configuração da rede, a posição das
emendas, as capacidades, os diâmetros dos condutores e distribuição dos cabos da rede interna, os
comprimentos desses cabos, a quantidade, a localização e distribuição dos blocos terminais
internos, as cargas de cada caixa de distribuição, as cargas acumuladas e o número ideal de pares
terminados em cada trecho.

Deverão ser apresentados os seguintes elementos, extraídos do modelo:

a) Planta geral de cada nível da edificação, preferencialmente em escala 1:50, contendo as


caixas de saída, painéis de distribuição, hub’s, servidores e infraestrutura para passagem dos
cabos, caminhamento e respectivas identificações dos mesmos;
b) Desenhos esquemáticos de interligação;
c) Diagramas de blocos;
d) Identificação das tubulações e circuitos que não permita dúvidas na fase de execução,
adotando critérios uniformes e sequência lógica;
e) Detalhes do sistema de aterramento;
f) Legenda das convenções utilizadas;
g) Corte esquemático detalhado do distribuidor geral da edificação, mostrando a disposição
dos blocos da rede interna e do lado da rede externa;
h) Detalhes gerais da caixa subterrânea de entrada ou entrada aérea, poços de elevação e
cubículos de distribuição;
i) Detalhes de todos os furos necessários nos elementos de estrutura, para passagem e suporte
da instalação quando for necessário;

23
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

j) Memorial Descritivo.

8.3.9. Projeto Executivo de Geometria


O projeto geométrico será composto dos elementos estabelecidos: Alinhamento Horizontal;
Alinhamento Vertical; Seções Transversais; Notas de Serviço do Greide.

8.3.9.1. Alinhamento Horizontal


O alinhamento horizontal será desenvolvido com base nos eixos de locação estabelecidos para o
terreno, obedecendo a melhor adequação quanto à geometria definida por normas e especificações
técnicas e a interferência em imóveis e estruturas para serviços de utilidade pública.

8.3.9.2. Alinhamento Vertical


O alinhamento vertical será desenvolvido com base nos eixos de locação estabelecidos para o
terreno, em observância às cotas de soleiras de edificações e outras cotas não condicionadas à
alteração em razão do projeto. A declividade mínima está condicionada à drenagem. As curvas de
concordância vertical terão comprimento obedecendo à hierarquia da via

Os perfis serão extraídos do Modelo nas escalas: Horizontal – 1:250 e Vertical – 1:25. Em casos
especiais poderão ser também utilizadas as escalas, Horizontal – 1:500 e Vertical – 1:50.

As cotas mínimas de greide serão definidas em observância aos parâmetros do estudo hidrológico e
ao regime de drenagem adequado às contribuições e declividades.

8.3.9.3. Seção Transversal


Definição, em função dos dados e/ou conclusões dos estudos geotécnicos e outros pertinentes ou
aplicáveis. Deverão ser elaborados desenhos independentes mostrando as seções transversais tipo,
com todos os seus elementos e indicando:

a) Dados e dimensões da superfície acabada;


b) Ponto de aplicação do greide;
c) Meios-fios e sarjetas;
d) Estrutura dos pavimentos;
e) Estruturas de drenagem;
f) Valetas, canaletas e sarjetas (tipo e localização);
g) Cercas (tipo e localização);
h) Pontos de parada de ônibus;
i) Localização de travessias de pedestres: passarelas e/ou lombadas eletrônicas;
j) Outros dados necessários ou requeridos para a completa interpretação dos desenhos.

As definições quanto ao corte, aterro e cubações correspondentes serão determinadas através de


seções transversais.

8.3.10. Projeto Executivo de Terraplenagem


O projeto executivo de terraplenagem obedecerá aos parâmetros definidos nos estudos geotécnicos,
projeto geométrico e nos estudos hidrológicos, e será elaborado com base no detalhamento e nos
eventuais ajustes do respectivo projeto básico aprovado. O projeto deverá ser desenvolvido de
forma a se minimizar a necessidade de movimento de terra; entretanto, caso ocorra, os projetos
deverão obedecer ao requisitado a seguir.

Quando da existência de solos compressíveis no subleito da área destinada às fundações das


24
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

estruturas pertinentes ao projeto, deverá ser apresentado parecer de especialista em solos moles,
como também ser registrada e especificada as soluções técnicas necessárias e adotadas para cada
caso. Deverão ser indicadas e detalhadas, em nível executivo, as soluções especiais de
terraplenagem sobre solos compressíveis ou turfosos, assim como, serem informadas as alturas
previstas de recalque, acompanhadas de parecer de especialista em solos moles.

Desta forma, o Projeto de Terraplenagem constituir-se-á dos seguintes itens extraídos do Modeo:

a) Cálculo de cubação;
b) Fluxograma dos movimentos de terra, com a classificação dos materiais escavados;
c) Constituição dos aterros, indicando a origem dos materiais a serem empregados nas
diversas camadas e grau da compactação a ser observado;
d) Detalhamento das soluções de fundações para aterros assentes sobre solos moles;
e) Estudo de estabilidade de aterros, com parecer de especialista;
f) Cálculo das distâncias de transporte;
g) Seções transversais-tipo;
h) Emissão das notas de serviço de terraplenagem. As notas de serviços de terraplenagem e
as planilhas do cálculo dos volumes deverão ser apresentadas conforme estimativa de
volumes quantificados;
i) Indicação dos locais de bota-fora para entulhos e solos moles.

8.3.11. Projeto Executivo de Drenagem


Inicialmente, deverá ser feita consulta formal à EMLURB, sobre a situação da drenagem da área
objeto do projeto e sua abrangência, como também a solução técnica a ser adotada, com aprovação a
mesma.

O projeto de drenagem será fundamentado nas bacias hidrográficas, na drenagem existente e no


Projeto Geométrico. Serão calculadas vazões, cotas mínimas e máximas e seções das estruturas
necessárias à captação e transporte das águas, especificando o destino final. As condições atuais do
curso receptor da drenagem projetada, quando ao tipo de seção e revestimento, vazão e
assoreamento, serão verificadas.

O regime de drenagem será adequado à baixa declividade de planície e às contribuições


provenientes de áreas de elevada declividade que se deslocam em velocidades altas. Ratifica-se,
aqui, a necessidade de detalhamento de solução (incluindo equipamentos) para controlar a
influência da maré no sistema de drenagem da região.

O projeto geométrico definirá as características das áreas, relativos à situação, declividade


longitudinais e transversais, sentido de escoamento das águas, poços de visita com tampão e caixas
coletoras dotadas com gaveta ou grade e canaletas a céu aberto com tampas fechadas e vazadas.

Quanto à drenagem existente e pertencente à bacia, objeto de intervenção ou receptora do sistema


projetado, é necessário conhecer a localização, tipo de rede (galeria, canal, canaleta), seção,
declividade, capacidade de vazão e estado de conservação e manutenção.

Sempre que possível, o projeto de drenagem pluvial deverá priorizar o escoamento superficial das
águas pluviais, por meio de sarjetas e canaletas; entretanto, poderá ser constituído de rede de
galerias e dispositivos complementares.

Quando for o caso, distinguir no desenho os dispositivos existentes, os dispositivos a ser demolidos,
os dispositivos a serem prolongados, e os dispositivos projetados através de legendas bem
25
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

definidas. Informar os elementos essenciais ao claro entendimento do sistema de drenagem


existente em relação ao projetado.

Será exigida a indicação da jusante de drenagem para o sistema projetado. Esta jusante deverá estar
satisfatoriamente localizada na planta e no relatório do projeto de drenagem, inclusive com

a indicação de cota de fundo. Em planta de locação do sistema de drenagem, deverá ser indicada a
seção transversal da tubulação, do canal ou da canaleta projetada.

As áreas de jardim deverão possuir sistema de drenagem e irrigação específicos, independentes do


seu entorno, de maneira a evitar conflitos entre as redes de drenagem das águas pluviais, de
esgotamento sanitário e abastecimento de água existentes. O sistema de irrigação dos jardins
deverá ser constituído por aspersores, de forma a funcionar automaticamente nos horários e
períodos de tempo pré-determinados, alimentados por meio de poços amazonas ou artesianos.
Deve-se ainda prever a indicação de soluções para captação e reuso de água, em acordo com a Lei
Municipal n° 18.112/2015.

Deverão ser apresentados os seguintes elementos, extraídos do modelo:

a) Planta da rede coletora, contendo os dados completos de cada trecho, ou seja,


comprimento, diâmetro do coletor, numeração dos poços de visita, localização das caixas-
ralo e destinações finais;
b) Detalhes de poços de visita, caixas-ralo e caixas de passagem;
c) Projetos tipos de todos os dispositivos de drenagem indicados em projeto;
d) Memória de cálculo;
e) Memorial Descritivo.

Os detalhes executivos do projeto deverão ser apresentados em nível de localização, dimensões,


cotas de montante e jusante, declividades, extensões e especificações de materiais. No caso da
existência de bueiros celulares, os projetos dos mesmos deverão também ser desenvolvidos,
incluindo cálculo estrutural e detalhamento de armação.

8.3.12. Projeto Executivo de Pavimentação


Deverão ser fornecidas pela CONTRATADA, seções-tipo do pavimento, com detalhes e espessuras
das camadas e sequência de operações para sua construção.

O critério para definição dos diversos tipos de pavimentos possíveis é o de baixo custo, aliado a
outros fatores, tais como resistência ao tráfego solicitante e facilidade de manutenção. Os serviços
de pavimentação deverão obedecer às especificações vigentes.

Deverão ser apresentados desenhos de cada seção transversal proposta e a variação longitudinal de
espessuras e tipos do pavimento.

8.3.13. Planilha Orçamentária


Deverão ser levantados todos os quantitativos dos itens de serviços projetados, nas unidades e
forma de pagamento indicados nas especificações. Os quantitativos dos serviços deverão ser
separados por obra e vir acompanhados da respectiva memória de cálculo detalhada, e ainda, para
facilitar a análise dos projetos, deverão ser agregados em resumo por etapas de serviço e
codificados de acordo com a tabela do SINAPI.

Os preços unitários devem ser obtidos por consulta à tabela de preços do SINAPI. Para os itens não
26
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

constantes nas tabelas mencionadas, seus preços deverão ser obtidos mediante cotações (mínimo
três por item), de fornecedores idôneos do mercado e aprovados pela URB Recife.

Nos preços apresentados pela Contratada, deverão estar computados:

a) Dimensionamento da equipe de trabalho, equipamentos e materiais necessários ao


desenvolvimento e conclusão efetiva dos serviços e projetos;
b) Os valores referentes a desenhos e cálculos dos serviços.
c) Encargos sociais;
d) Custos das cópias impressas em papel;
e) Custo da mobilização, desmobilização e transporte dos equipamentos (incluindo as
equipes);
f) Overhead (bonificação e despesas indiretas);
g) Taxas de licenciamento nos órgãos competentes.

Para o caso de materiais e equipamentos deverão ser feitas pesquisas de mercado, devendo ser
apresentado um volume em separado com as cópias das propostas dos fornecedores, composições
dos serviços não constantes das tabelas do SINAPI e Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes - DNIT e memória de cálculo dos quantitativos apresentados.

Deverão ser apresentados os cronogramas físico-financeiros das obras, contendo planilha


orçamentária completa, onerada e desonerada, discriminada e detalhada por serviço, bem como o
respectivo memorial de cálculo dos quantitativos.

As planilhas orçamentárias deverão seguir modelo a ser apresentado pela equipe da URB Recife,
durante reunião de partida – kick off do Projeto.

8.3.14. Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC


O Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil - PGRCC deverá estabelecer os
procedimentos necessários para manejo e destinação ambientalmente adequados dos resíduos,
contemplando aspectos referentes à geração, caracterização, triagem, acondicionamento, transporte
e destinação, em conformidade com a legislação vigente, em especial com a Lei Estadual nº
12.008/2001, regulamentada pelo Decreto nº 23.941/2002, Lei Municipal nº 17.072/2005 e a
Resolução CONAMA nº 307/2002, como também as recomendações de acondicionamento e coleta
por parte da Prefeitura do Recife.

8.3.14.1. Descrição Geral do Empreendimento


a) Dados do Empreendedor: Nome, número do registro legal, endereço completo, telefone e
fax, representante(s) legal(ais) (nome, endereço, telefone e fax), pessoa de contato (nome,
CPF, endereço, telefone, fax e e-mail).
b) Identificação do Empreendimento: Razão social, nome fantasia, CNPJ, endereço, CEP,
município, telefone, fax, e-mail, entre outros.
c) Informações Gerais do Empreendimento: Tipologia da obra; Descrição sucinta da
atividade; Número total de funcionários; Horas de trabalho/dia – período de parada/ano;
Área construída e área total do terreno; Área de escavação para fundação; Tecnologias de
construção empregadas; Responsáveis técnicos: pelo empreendimento e pela elaboração
do PGRCC; Cópia do contrato para transporte e destinação final dos resíduos.

8.3.14.2. Inventários do Sistema de Gerenciamento de Resíduos


O diagnóstico da atual situação do sistema de gerenciamento dos resíduos gerados dentro do
27
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

canteiro de obras deverá incluir os seguintes aspectos, dentre outros:

a) Identificação e quantificação dos pontos de geração de resíduos;


b) Estimativa da quantidade de resíduos gerada;
c) Classificação de cada resíduo de acordo com a norma da ABNT NBR 10.004/04;
d) Descrição de todos os procedimentos adotados, tais como, segregação, transporte interno,
acondicionamento, transporte externo e destinação final;
e) Dispositivos de acondicionamento;
f) Ações preventivas direcionadas à não geração e/ou minimização da geração de resíduos;
g) Fiscalização do transporte e disposição final.

8.3.14.3. Proposta de Manejo dos Resíduos


A proposta para manejo dos resíduos de construção e demolição deverá tomar como base o
diagnóstico da situação inicial desses resíduos, além da legislação e normas técnicas vigentes, sejam
no âmbito nacional, estadual ou municipal. Tal planejamento deverá conter propostas de ações que
visem à melhoria da situação inicial diagnosticada, com a descrição de todos os procedimentos e
práticas adotadas, abordando os seguintes aspectos:

a) Política para implementação do plano;


b) Estrutura organizacional;
c) Descrição das técnicas e procedimentos a serem adotados para cada fase de geração de
resíduos, tais como segregação, transporte interno, acondicionamento, transporte externo e
destinação final;
d) Ações de educação e conscientização ambiental de toda equipe envolvida e elaboração de
um Programa de Treinamento e Capacitação dos funcionários;
e) Exercício da responsabilidade sobre o resíduo gerado, através do acompanhamento e
fiscalização dos transportadores e receptores dos resíduos;
f) Cronograma físico de implantação, execução e monitoramento das ações propostas pelo
plano.

8.3.14.4. Plano de Monitoramento


Deverá conter informações acerca das medidas a serem adotadas para monitoramento da evolução
do sistema de gerenciamento adotado, podendo, quando necessário, propor ações corretivas.

8.3.14.5. Produtos
O PGRCC deverá ser apresentado de acordo com o roteiro exposto, e conter, além das informações
básicas, ilustrações na forma de plantas de localização interna do empreendimento onde constem os
pontos de geração e locais de armazenamento dos resíduos, figuras, gráficos, além das referências
bibliográficas, que deverão obedecer aos critérios estabelecidos pelas Normas da ABNT.

8.3.14.6. Considerações Gerais


O PGRCC deverá ser elaborado por técnico ou equipe técnica habilitada, devendo constar, no
mesmo, o(s) nome(s), registro(s) no(s) Conselho(s) de Classe, devidamente habilitado para tal fim.

O Projeto deverá ser apresentado ao órgão municipal competente (Diretoria de Meio Ambiente da
Prefeitura do Recife), devidamente assinado pelo Responsável Técnico, juntamente com o projeto
do empreendimento para a devida apreciação e, sendo aprovado, comporá o acervo de documentos
apresentados na solicitação de Alvará junto à SEPUL.

As normas e bibliografia abaixo relacionadas deverão servir de base para o desenvolvimento do


28
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DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

PGRCC, além de outras fontes.

a) Resolução CONAMA nº 307/02 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a


gestão dos resíduos da construção.
b) Resolução CONAMA nº 275/01 – Código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta
seletiva.
c) Decreto nº 18.082/98, que regulamenta a Lei nº 16.377/98 - Regulamenta a Lei nº
16.377/98 no que tange ao transporte e disposição de resíduos de construção civil e outros
resíduos não abrangidos pela coleta regular e dá outras providências.
d) Lei Municipal nº 17.072, de 04 de janeiro de 2005, que estabelece as diretrizes e critérios
para o Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil no Recife.
e) NBR 10.004/2004 - Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio
ambiente e à saúde pública.
f) NBR 15.112/04 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo
e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação.
g) NBR 15.113/04 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes. Aterros. Diretrizes
para projeto, implantação e operação.
h) NBR 15.114/04 – Resíduos sólidos da construção civil. Áreas de Reciclagem. Diretrizes para
projeto, implantação e operação.
i) NBR 15.115/04 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil. Execução de
camadas de pavimentação. Procedimentos.
j) NBR 15.116/04 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização
em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos.

8.3.15. Plano de Execução das Obras


O projetista deve apresentar um plano de execução de forma tal que todas as etapas das obras sejam
descritas e projetadas numa sequência lógica e exequível. Essa sequência deve levar em conta os
riscos, cuidados especiais, desvios físicos das águas, tráfego de pedestres e veículos, além das
deformações a que estejam submetidos os processos construtivos. Os quantitativos decorrentes de
itens adicionais ao projeto específico provenientes deste plano devem ser inseridos ao seu
orçamento global.

9. LICENCIAMENTO AMBIENTAL

A Contratada será responsável pela assessoria ao licenciamento ambiental, visando à obtenção das
licenças Prévia e de Instalação.

Além da elaboração do ETA, para obtenção da LP e do Plano Básico Ambiental, para obtenção da LI,
objetos do presente Termo de Referência, a Contratada deverá realizar o acompanhamento
contínuo dos respectivos processos de licenciamento junto ao órgão ambiental, bem como em
outros processos correlatos junto a órgãos ambientais diversos.

A Contratada deverá participar das reuniões técnicas com os órgãos ambientais licenciadores para
apresentação do trabalho durante e após sua finalização.

Devido ao porte e natureza das obras são aplicáveis a respectiva LP e LI, devendo a LP e o ETA
abranger a totalidade das intervenções.

O pedido de LP ambiental deverá ser protocolado na SMAS, acompanhado da apresentação do ETA,


desenvolvido conforme o Termo de Referência emitido por aquele órgão ambiental, devendo

29
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

constar igualmente do procedimento os elementos descritivos necessários do empreendimento e


demais documentos exigidos, conforme formulário próprio disponível na SMAS.

Para LI são requeridos os projetos específicos da obra, com a devida aprovação dos órgãos
competentes, juntamente com os certificados exigíveis para a ocupação e supressão de áreas, e os
projetos básicos ambientais e demais medidas de controle ambiental relacionados no estudo
ambiental e exigidos na LP.

A fase de instalação requer ainda a prévia aprovação dos projetos urbanísticos pela SEPUL, e outros
órgãos competentes, devendo obedecer às diretrizes do Código do Meio Ambiente e Equilíbrio
Ecológico da Cidade do Recife (Lei nº 16.243/96), do Plano Diretor (Lei nº 18.770/20 e Lei
Complementar N°2/2021) utilizar o novo e da Lei de Uso e Ocupação do Solo do Recife (Lei nº
16.176/96) com relação aos gabaritos, afastamentos e outros parâmetros.

A LO será concedida após a conclusão das obras e verificação do cumprimento dos requisitos do
licenciamento ambiental expressos na LP e LI, em especial as medidas de controle ambiental e
exigências determinadas para a operação.

10. PRODUTOS E FORMA DE APRESENTAÇÃO

10.1. PRODUTOS
O objeto do Contrato deverá ser apresentado na forma de produtos sequenciados e em etapas,
constituindo volumes de informações, que obedecerão ao nível de aprofundamento e
desenvolvimento das soluções técnico-construtivas, ou seja:

10.1.1. Etapa 1
• Produto 1 – BEP – BIM Execution Plan;
• Produto 2 – Estudos Técnicos Preliminares;

10.1.2. Etapa 2
• Produto 3 – Projeto básico de Arquitetura/Paisagismo e Urbanismo licitável
• Produto 4 – Projetos básicos complementares de engenharia licitáveis

10.1.3. Etapa 3
• Produto 5 - Projeto Executivo de Arquitetura/Paisagismo e Urbanismo licitável
• Produto 6 - Projetos Executivos complementares de engenharia licitáveis

10.2. FORMA DE APRESENTAÇÃO


Os projetos deverão ser elaborados e apresentados com a utilização da melhor técnica e precisão
necessárias para a compreensão clara e total de todos os projetos.

Apresentam basicamente quatro tipos de produtos, a saber:

• Textos, na forma de relatórios, memoriais, especificações e outros;


• Documentação fotográfica;
• Representações gráficas.

10.2.1. Textos
Deverão ser apresentados em papel no formato A4 (210 x 297)mm, encadernados, com folha de

30
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

rosto contendo:

− Identificação do projeto / intervenção;


− Identificação da etapa do projeto;
− Local e endereço da intervenção;
− Nome do autor / equipe do projeto;
− Assinatura dos autores;
− Data da elaboração do projeto.

10.2.2. Documentação Fotográfica


As fotografias deverão ser apresentadas em fichas individuais, em papel no formato A4,
preferencialmente nas dimensões 10 x 15 cm, em preto e branco, em cores ou impressões de fotos
digitais, com os comentários julgados pertinentes. Deverão conter ainda:

− Planta esquemática com a indicação do ponto de tomada e ângulo da foto;


− Número de ordem e número total das fotos;
− Autor da foto;
− Data, nome e local da foto;
− Fontes, em caso de reprodução.

Outras fotografias poderão estar contidas no corpo dos textos, relacionadas a algum comentário
ou análise.

10.2.3. Peças Gráficas


a) Especificações e formato:

Os desenhos deverão ser apresentados impressos, preferencialmente em papel sulfite, em folhas de


mesmas dimensões, nos seguintes formatos:

A4 = 210 x 297mm; A3 = 297 x 420mm; A2 = 420 x 594mm; A1 = 594 x 841mm

b) Carimbo:

Todas as pranchas serão identificadas por meio de carimbos, no canto inferior direito.

c) Normatização, escalas e convenções:

Os desenhos deverão observar sempre que possível a seguinte normalização:

− Todas convenções deverão estar claramente indicadas nas pranchas;


− Todos os desenhos deverão estar cotados, com indicação das escalas numérica e gráfica.

10.3. OUTRAS OBSERVAÇÕES


As especificações técnicas constantes dos projetos devem obedecer às normas vigentes através das
NBR’s da ABNT, sendo necessário citar a norma específica, descrevendo a especificação do

material e a forma construtiva. Além disso, a Contratada deverá incluir critérios e especificações
especiais quando não contidas nas NBR’s, bem como aplicar os princípios norteadores do Plano
Diretor de Gestão e Manejo das Águas Pluviais e Drenagem Urbana do Recife - PDDR.

31
AUTARQUIA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS

Também consiste na descrição geral dos projetos: as indicações das características principais, seu
tipo estrutural e natureza de suas fundações e a justificativa técnica e econômica das soluções
adotadas, em decorrência dos elementos fornecidos para os projetos.

A CONTRATADA apresentará como produto final o relatório do projeto executivo, consolidado, com
o resumo de seu conteúdo, acompanhado de todos os estudos técnicos preliminares e projetos
devidamente compatibilizados, contemplando as complementações e sugestões apresentadas pela
URB Recife, bem como o orçamento das obras, onde estarão relacionados todos os quantitativos de
serviços e materiais, com os respectivos preços unitários, em 4 (quatro) vias impressas e 4 (quatro)
vias em meio digital, por produto, contendo arquivos editáveis e em formato “pdf”.

Para editoração dos documentos deverá ser utilizado o software Word for Windows, Excel ou
compatíveis. Os arquivos com desenhos deverão ser entregues em extensão dwg e pdf, para
impressão através de plotter, conforme configuração de penas que deverá ser adquirida na
Diretoria de Planejamento e Projetos – DPP da URB Recife. Os modelos deverão ser entregues em
seu formato nativo e em arquivo IFC (conforme descrito anteriormente)

As plantas gráficas de desenho deverão ser impressas na escala indicada no respectivo carimbo, de
forma a possibilitar a perfeita compreensão e visualização do projeto e de seus elementos.

Cada projeto deverá ser apresentado conforme diretrizes ora estabelecidas e normas e
especificações oficiais requeridas para tal procedimento. Todos os seus produtos técnicos (plantas,
memoriais descritivos e justificativos, etc) deverão ser devidamente assinados pelo(s) respectivo(s)
responsável(eis) técnico(s).

11. VALOR REFERENCIAL DE CONTRATAÇÃO E PRAZO DE EXECUÇÃO

O custo previsto para os serviços objeto deste Termo de Referencia está orçado em R$ 525.381,59
(quinhentos e vinte e cinco mil, trezentos e oitenta e um reais e cinquenta e nove centavos),
conforme orçamento estimativo dos serviços que compõem o objeto deste Termo de Referência.

O prazo de vigência do contrato de prestação de serviços, na forma explicitada neste Termo de


Referência, será de 210 (duzentos e dez) dias corridos, e o prazo de execução dos serviços será de
150 (cento e cinquenta) dias consecutivos, contados a partir da emissão da respectiva Ordem de
Serviço, podendo ser estendidos dentro do que rege a legislação vigente.

Os estudos, projetos básicos, projetos executivos e demais serviços técnicos deverão ser realizados
no prazo de vigência do contrato, observados os prazos máximos para entrega dos produtos
discriminados a seguir:

a) ETAPA 1 - Em até 20 (vinte) dias após a Ordem de Serviço:


a.1) Produto 1 – BEP – BIM Execution Plan;
a.2) Produto 2 – Estudos Técnicos Preliminares;
b) ETAPA 2 - Em até 80 (oitenta) dias após a Etapa 1:
b.1) Produto 3 – Projeto básico de Arquitetura/Paisagismo e Urbanismo licitável
b.2) Produto 4 – Projetos básicos complementares de engenharia licitáveis
c) ETAPA 3 - Em até 50 (cinquenta) dias após a Etapa 2:
c.1) Produto 5 - Projeto Executivo de Arquitetura/Paisagismo e Urbanismo licitável
c.2) Produto 6 - Projetos Executivos complementares de engenharia licitáveis

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12. RESPONSABILIDADE TÉCNICA

É de inteira responsabilidade do(s) responsável(eis) técnico(s) a entrega da ART, devidamente


efetivada junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA e o/ou da RRT efetivado
junto ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU, no que competir, relativo a cada serviço
técnico, objeto do presente Termo de Referência, contratado e desenvolvido, inclusive a elaboração
de orçamentos e a serviços extras e eventuais alterações de projeto, objeto de aditivos contratuais.

13. ACOMPANHAMENTO DOS TRABALHOS

O desenvolvimento dos serviços, objeto deste Termo de Referência, deverá contar com o
acompanhamento de equipe constituída por representantes da Diretoria de Planejamento e Projetos
– DPP da URB Recife, que, em conjunto com a Contratada, definirá a forma de acompanhamento,
devendo todas as decisões, documentação técnica e medições serem homologadas pelo técnico
responsável pela equipe de supervisão dos trabalhos.

Após a análise dos projetos executivos, será concedido, caso necessário, a critério da URB Recife, um
prazo adicional de 05 (cinco) dias para ajustes e / ou correções dos serviços técnicos apresentados
pela contratada.

14. CRONOGRAMA GERAL DOS SERVIÇOS E FORMA DE PAGAMENTO

Todos os serviços apresentados, desde que devidamente aprovados pela Diretoria de Planejamento
e Projetos – DPP da URB Recife, deverão ser pagos de acordo com os quantitativos efetivamente
executados e segundo os preços constantes da proposta homologada.

Nos preços apresentados pela Contratada, deverão estar computados:

a) Dimensionamento da equipe de trabalho, equipamentos e materiais necessários ao


desenvolvimento e conclusão efetiva dos serviços e projetos;
b) Os valores referentes a desenhos e cálculos dos serviços;
c) Encargos sociais;
d) Custos das cópias impressas em papel;
e) Custo da mobilização, desmobilização e transporte dos equipamentos (incluindo as
equipes);
f) Overhead (bonificação e despesas indiretas);
g) Taxas de aprovação e licenciamento de projetos nos órgãos competentes.

O modelo de referência para o Cronograma Geral dos Serviços a serem apresentados, objeto do
presente Termo de Referência, está demonstrado no quadro abaixo.

Os serviços deverão estar discriminados, devendo ser concluídos no prazo de 155 (cento e
cinquenta e cinco) dias consecutivos, contados a partir da Ordem de Serviço, podendo ser
estendidos, conforme a legislação vigente.

O pagamento dos serviços será efetuado em 05 (cinco) parcelas, contra apresentação dos trabalhos
e após a sua anuência pela URB Recife, de modo que permita avaliar a progressão dos trabalhos e o
atendimento às recomendações do presente Termo de Referência e obedeça ao seguinte
Cronograma de Desembolso:

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Tabela: Cronograma Geral dos Serviços e Desembolso


PERCENTUAL
PRAZO DE EXECUÇÃO
DISCRIMINAÇÃO PRODUTOS DO VALOR
(MÊS)
GLOBAL (%)
Na entrega e aprovação da Produto 01 e Até 20 (vinte) dias após 15,91%
Etapa 1 Produto 02 a Ordem de Serviço
Na entrega e aprovação da Até 40 (quarenta) dias
Etapa 2A Produto 03 após a Ordem de 9,07%
Serviço
Na entrega e aprovação da Até 100 (cem) dias após
Etapa 2B Produto 04 a Ordem de 39,13%
Serviço
Na entrega e aprovação do Até 110 (cento e dez)
Etapa 3A Produto 05 dias após a Ordem de 6,80%
Serviço
Na entrega e aprovação do Até 150 (cento e
Etapa 3B Produto 06 cinquenta) dias 29,09%
após a Ordem de Serviço

15. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA - HABILITAÇÃO

Para a comprovação da Qualificação Técnica, o licitante deverá apresentar:

i. Comprovante de Inscrição ou Registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA


e/ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU, da região sede da licitante, devidamente
atualizado, no qual conste o nome do(s) responsável(eis) técnico(s);

ii. Em se tratando de empresa não registrada no CREA ou no CAU do Estado de Pernambuco, deverá
apresentar o registro no CREA ou no CAU do Estado de origem, ficando ela, no caso de vencedora
do processo licitatório, obrigada a apresentar o visto do CREA ou CAU do Estado de Pernambuco
antes da assinatura do contrato;
iii. O registro do serviço no CREA-PE, CAU-PE e demais instituições necessárias, ocorrerá por conta
da CONTRATADA, sem ônus para a CONTRATANTE;

iv. A licitante deverá comprovar sua experiência e capacidade operacional na execução de serviço
de características semelhantes ao objeto do presente certame, através de atestado fornecido(s)
por pessoa jurídica de direito público ou privado, em nome da licitante, pertinentes e
compatíveis com o objeto desta licitação, demonstrando aptidão da licitante para o
desempenho dos seguintes serviços e quantidades, considerados de elevada relevância técnica
e valor significativo:

a. Elaboração de projetos executivos de arquitetura, paisagismo e urbanismo de conjunto


residencial multifamiliar, em área mínima construída equivalente a 3.050,30 m², em uma
única obra;
b. Elaboração de projetos executivos complementares de engenharia para conjunto
residencial multifamiliar, em área mínima construída equivalente a 3.050,30 m², em uma
única obra; (cálculo estrutural; de fundações; de instalações hidrossanitárias; de
instalações elétricas e telefônicas; de prevenção e combate a incêndio e de sistema de
proteção contra descargas atmosféricas – SPDA)
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c. Elaboração de estudos preliminares para obras de conjunto residencial multifamiliar, em


área mínima construída equivalente a 3.050,30 m², em uma única obra (topográfico,
geotécnico, hidrológico);
d. Elaboração de projetos executivos complementares de infraestrutura para obras de
conjunto residencial multifamiliar, em área mínima construída equivalente a 3.050,30 m²,
em uma única obra (geométrico; de terraplenagem; de pavimentação; de drenagem; de
iluminação pública);
e. Elaboração de projetos executivos de edificações utilizando a metodologia BIM.

Observação: Serão aceitas as comprovações da capacidade técnico-profissional de


atividades/especialidades diferentes através de um ou mais atestados, emitidos por
pessoas jurídicas de direito público ou privado e certificados pelo CREA e ou CAU, com as
respectivas CAT (Certidões de Acervo Técnico), desde que devidamente configuradas
no(s) mesmo(s).

v. Comprovação de que a licitante possua em seu quadro permanente, na data da licitação, equipe
mínima, com a qualificação requisitada no item vii, conforme quadro a seguir:

FUNÇÃO QUANTIDADE
Coordenador – Engenheiro Civil ou 1
Arquiteto e Urbanista
Arquiteto e Urbanista 1
Engenheiro Civil 1

Observação: Após a contratação, em caso de substituição da equipe mínima, esta deverá


ser realizada por profissionais que tenham qualificações semelhantes, após aprovação da
Fiscalização.

vi. Comprovação de que a licitante possua em seu quadro permanente, na data da licitação,
profissional(ais) registrado(s) no CREA ou CAU, através de CAT e/ou RRT respectivamente,
acompanhadas pelos respectivo(s) atestado(s) de responsabilidade técnica por execução do
serviço de características semelhantes ao objeto do presente certame. Entende-se como de
características semelhantes os serviços:

a) Coordenador(a)

a.1) Engenheiro Civil ou Arquiteto e Urbanista com experiência em coordenação de


projetos executivos de arquitetura, paisagismo e urbanismo de conjunto
residencial multifamiliar;
a.2) Engenheiro Civil ou Arquiteto e Urbanista com experiência em coordenação de
projetos executivos complementares de engenharia para conjunto residencial
multifamiliar (cálculo estrutural; de fundações; de instalações hidrossanitárias; de
instalações elétricas e telefônicas; de prevenção e combate a incêndio e de sistema
de proteção contra descargas atmosféricas – SPDA);
a.3) Engenheiro Civil ou Arquiteto e Urbanista com experiência em coordenação de de
estudos preliminares para obras de conjunto residencial multifamiliar
(topográfico, geotécnico, hidrológico);
a.4) Engenheiro Civil ou Arquiteto e Urbanista com experiência em coordenação de
projetos executivos complementares de infraestrutura para obras de conjunto

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residencial multifamiliar (geométrico; de terraplenagem; de pavimentação; de


drenagem; de iluminação pública);
a.5) Engenheiro Civil ou Arquiteto e Urbanista com experiência em coordenação de
projetos executivos de edificações utilizando a metodologia BIM.

b) Arquiteto(a) e Urbanista
b.1) Arquiteto e Urbanista com experiência em elaboração de projetos executivos de
arquitetura, paisagismo e urbanismo de conjunto residencial multifamiliar;
b.2) Arquiteto e Urbanista com experiência em elaboração de projetos executivos de
edificações utilizando a metodologia BIM.

c) Engenheiro(a) Civil

c.1) Engenheiro Civil com experiência em elaboração de projetos executivos


complementares de engenharia para conjunto residencial multifamiliar (cálculo
estrutural; de fundações; de instalações hidrossanitárias);
c.2) Engenheiro Civil com experiência em elaboração de estudos preliminares para
obras de conjunto residencial multifamiliar (topográfico, geotécnico, hidrológico);
c.3) Engenheiro Civil com experiência em elaboração de projetos executivos
complementares de infraestrutura para obras de conjunto residencial
multifamiliar (geométrico; de terraplenagem; de pavimentação; de drenagem);
c.4) Engenheiro Civil com experiência em elaboração de projetos executivos de
edificações utilizando a metodologia BIM.

Observação: Serão aceitas as comprovações da capacidade técnico-profissional de


atividades/especialidades diferentes através de um ou mais atestados, emitidos por
pessoas jurídicas de direito público ou privado e certificados pelo CREA e ou CAU, com as
respectivas CAT’s, desde que devidamente configuradas no(s) mesmo(s).

vii.Comprovação do vínculo do profissional, engenheiro ou arquiteto detentor do atestado técnico


deverá ser realizada mediante cópia autenticada dos seguintes documentos: no caso de
empregado da empresa, por meio da Carteira de Trabalho e Previdência Social; no caso de sócio,
através do contrato/estatuto social; no caso de prestador de serviços, mediante contrato escrito
firmado com o licitante ou declaração de compromisso de vinculação futura, caso o licitante se
sagre vencedor do certame.
viii. Declaração da licitante de disponibilidade de Equipe Técnica, devendo mencionar que estes
integrarão a sua equipe na execução dos serviços caso venha a ser contratado.
ix. A licitante deverá apresentar atestado de visita ao local dos serviços, a ser fornecido pela
Diretoria de Planejamento e Projetos da URB Recife, em nome da licitante, constando que a
empresa, através do(s) seu(s) responsável(eis) técnico(s) ou de um engenheiro civil/arquiteto
por ele designado legalmente, que deve ser um profissional habilitado conforme legislação,
constando que o mesmo visitou o local onde serão executados os serviços, tomando
conhecimento de todos os aspectos físicos que possam influir direta ou indiretamente na
execução dos mesmos, até o 3º (terceiro) dia útil anterior à data marcada para abertura dos
envelopes.
x. Para marcar visita ao local da execução das obras, a licitante deverá contatar antecipadamente
com a Diretoria de Planejamento e Projetos da URB Recife pelo telefone: (81) 3355-5155.
xi. Caso a licitante não queira realizar a visita na forma do subitem acima, deverá apresentar em
substituição ao atestado de visita, uma declaração formal assinada pelo seu responsável técnico,

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sob as penalidades da lei, de que tem pleno conhecimento das condições e peculiaridades
inerentes à natureza e do escopo dos serviços, bem como das exigências ambientais, assumindo
total responsabilidade por esse fato e que não utilizará deste para quaisquer questionamentos
futuros que ensejem avenças técnicas ou financeiras com a URB- Recife.

16. CONSIDERAÇÕES GERAIS

a) Será exigido documento comprobatório de visita ao local de interesse deste Termo de


Referência expressando conhecimento de causa, quando da apresentação da proposta de
intenções e preços.
b) Os projetos deverão conter, de forma clara e precisa, de acordo com a natureza e
complexidade do serviço, as indicações necessárias à perfeita interpretação dos elementos
para aprovação junto aos órgãos competentes, fixação de prazos e execução das obras.
c) Todos os projetos devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado, sendo
indispensável identificação do autor e sua assinatura em cada uma das peças gráficas e
documentos produzidos.
d) Os estudos, serviços, projetos e suas formas de apresentação, objeto do presente Termo de
Referência, serão elaborados em obediência às Normas Brasileiras, Especificações Técnicas
e diretrizes estabelecidas e pertinentes exigidas pela URB Recife, bem como à legislação
ambiental e, caso necessário, às normas da autoridade marítima para obras sobre e às
margens das águas jurisdicionais brasileiras vigentes.
e) É obrigatório a apresentação textual de interpretações, conceituações, memórias de cálculos
e justificativas técnicas das soluções adotadas, fundamentadas nas leis das ciências e nas
especificações técnicas atuais para os serviços requeridos que regem os objetos pertinentes
a cada estudo e projeto de engenharia.
f) A utilização de dados cartográficos relativos à área objeto de estudo, necessários ao
desenvolvimento dos projetos, deverá ter como referência as plantas e base de dados do
Sistema de Informação Geográfica – Recife, fornecidos pela Prefeitura do Recife através do
site www.recife.pe.gov.br/ESIG.

17. ANEXOS

Anexo A – Projeto Conceitual de Arquitetura e Urbanismo do Habitacional Sítio Salamanta II

Recife, 10 de maio de 2022.

DÂMARIS TAVARES
Gerente Geral de Projetos de Infraestrutura
Autarquia de Urbanização do Recife - URB RECIFE

LUANA GENTIL
Diretora de Planejamento e Projetos – DPP
Autarquia de Urbanização do Recife - URB RECIFE
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