Manual Analise Rda 2 0
Manual Analise Rda 2 0
Manual Analise Rda 2 0
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9.7. Projetos de laboratórios ........................................................................................................... 35
9.8. Projetos de Formação e Capacitação ........................................................................................ 36
9.9. ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA TRATAMENTO DOS DISPÊNDIOS ............................................. 37
9.10. Dispêndios com auditoria independente ............................................................................. 45
9.11. Dispêndios com Fundo de Investimento à Capitalização de Empresas de Base Tecnológica -
FIP 46
10. CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 46
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VERSÃO DO DOCUMENTO
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1. INTRODUÇÃO
5
2. ESCOPO
Servir de guia para a análise dos relatórios descritivos das atividades de pesquisa,
desenvolvimento e inovação (RDAs) apresentados pelas empresas beneficiárias dos incentivos
decorrentes da Lei nº 8.248, de 1991.
Esta análise deve, de acordo com as Portarias, instruções, manuais e metodologia de análise
expedidos pelo MCTI, verificar e atestar a veracidade das informações prestadas pelas
empresas, referentes (i) aos valores devidos a título de contrapartida de investimento em
atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) na área de Tecnologias da
Informação e Comunicações (TICs); (ii) à conformidade dessas atividades com aquelas
especificadas no art. 2º do Decreto nº 10.356, de 20 de maio de 2020; e (iii) ao seu
enquadramento como dispêndios elegíveis nos termos do art. 12 deste Decreto.
3. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Esta seção reúne os principais termos empregados neste documento e sua respectiva
conceituação, especialmente no que se refere à análise de enquadramento dos projetos como
sendo de PD&I e à análise dos dispêndios.
ADEQUAÇÃO (DISPÊNDIOS): dispêndios adequados são aqueles que apresentam
correspondência quantitativa com o objetivo, escopo, prazos e demais recursos
para a execução do projeto específico, ou seja, possuem volumes e valores
compatíveis com o projeto desenvolvido pela empresa e são justificados.
ÁREAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO– TIC: Informática,
Computação, Engenharias Elétrica, Eletrônica e Mecatrônica (ou Controle e
Automação), Telecomunicações e correlatas.
ANO-BASE: Para fins deste documento, corresponde ao período entre 1º de janeiro
e 31 de dezembro de cada ano em que ocorre o fato gerador da obrigação e equivale
ao ano calendário definido na lei n° 8248/1991. Importante frisar que os dispêndios
poderão ser realizados até 31 de março do ano subsequente ao ano-base
ATIVIDADE / FUNÇÃO DE CARÁTER TECNOLÓGICO: atividade ou função de natureza
finalística com ênfase na atuação em pesquisa, desenvolvimento e engenharia, isto
é, funções associadas ao desenvolvimento tecnológico.
ATIVIDADE EXPERIMENTAL OU DE VALIDAÇÃO: atividade executada para testar ou
validar hipóteses, novos conhecimentos ou novas práticas. Tem um caráter
investigativo. Atividades de mera verificação de funcionamento ou conformidade
de especificações não são consideradas como investigativas ou experimentais.
ATIVIDADE INVESTIGATIVA: atividade metódica e consciente para descobrir algo
que não é conhecido de antemão.
CONTEÚDO TÉCNICO-CIENTÍFICO DE UM PROJETO DE TIC: conhecimentos,
capacidades e práticas especializadas embasadas na teoria ou na experimentação
científica em áreas de TIC. É o caso do desenvolvimento e engenharia, mas não é o
caso de produção ou manutenção.
CONTEXTUALIZAÇÃO DAS ETAPAS: descrição que relaciona as etapas ao escopo e às
circunstâncias de um projeto específico.
DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL: trabalho sistemático, baseado em
conhecimento existente, obtido de pesquisa ou da experiência prática, e dirigido
para produzir novos materiais, produtos ou dispositivos, para implementar novos
processos, sistemas ou serviços ou aperfeiçoar substancialmente aqueles já
produzidos ou implantados.
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DESENVOLVIMENTO: procedimento para levar os conceitos de produto ou de
processo, aplicando conhecimentos científicos e de engenharia, através de uma
série de etapas definidas, a fim de prová-los, refiná-los e aprontá-los para a
aplicação comercial.
DISPÊNDIOS: São os gastos na execução ou contratação das atividades especificadas
no Art. 2º do Decreto nº 10.256/2020 e definidas no Art. 12 do mesmo Decreto.
ESCOPO DO PROJETO: conjunto de informações que contém o objetivo do projeto e
as atividades para alcançar tal objetivo, sendo que juntos são uma fonte de indícios
para identificar o problema técnico-científico do projeto.
ESTRUTURA ABRANGENTE DE ETAPAS: subdivisão do trabalho cuja descrição
contém a maioria das etapas necessárias para atingir o objetivo específico do
projeto, contextualizadas com seu escopo.
ESTRUTURA DE ETAPAS MAIS RELEVANTES: subdivisão do trabalho cuja descrição
contém apenas as etapas imprescindíveis para atingir o objetivo específico do
projeto, contextualizadas com seu escopo.
ELEGIBILIDADE DE DISPÊNDIOS: Dispêndios elegíveis são aqueles classificados
dentro das categorias relacionadas no art. 2º do Decreto 10.356/2020, de 2006, e
que são associados a alguma das atividades descritas no art. 12 desse mesmo
diploma legal.
FATURAMENTO DE CONTRAPARTIDA (Lei 8.248/91): É o resultado do cálculo do
faturamento bruto de produtos incentivados no mercado interno, deduzidos os
tributos recolhidos decorrentes da comercialização (IPI, PIS/COFINS e ICMS),
aquisições de bens incentivados e devoluções. É o valor utilizado para a base de
cálculo das obrigações de investimentos da Lei 8.248/91 anteriormente à publicação
da Lei 13.969/2019.
FATURAMENTO DE CONTRAPARTIDA (Lei 10.369/2019): É o resultado do cálculo do
faturamento bruto de produtos incentivados no mercado interno, deduzidos os
tributos recolhidos decorrentes da comercialização (IPI e ICMS-ST) e devoluções. É
o valor utilizado para a base de cálculo das obrigações de investimentos da Lei
10.369/2019.
FUNÇÃO FINALÍSTICA EM TIC: função profissional que tem por finalidade gerar
conhecimentos, produtos, processos, componentes, sistemas ou serviços com foco
em atividades de desenvolvimento ou de engenharia.
FUNÇÃO NÃO FINALÍSTICA EM TIC: função que emprega TIC, mas cujo foco está na
produção, manutenção, administração, vendas ou outra função organizacional não
técnico-científica.
INDÍCIO: afirmação que ajuda a inferir ou supor uma estimativa sobre alguma coisa.
No presente contexto, o indício ajuda a inferir com razoável segurança o
atendimento a um determinado critério ou atributo no processo de análise de um
projeto.
INFORMAÇÕES ABRANGENTES DE UM CURSO OU TREINAMENTO: informações tais
como nome da instituição, ementa detalhada, carga horária, público alvo e valor do
curso.
INFORMAÇÕES MAIS RELEVANTES DE UM CURSO OU TREINAMENTO: informações
tais como nome da instituição, nome do curso, ementa breve e valor do curso.
MÉTODO PARA ANÁLISE DE DISPÊNDIOS: sequência estruturada de passos para
aplicação dos atributos para análise dos dispêndios de projetos de PD&I e linha de
corte adotada para determinar se o dispêndio é aprovado.
MÉTODO PARA ANÁLISE DO ENQUADRAMENTO COMO PD&I: sequência
estruturada de passos para aplicação dos critérios de enquadramento de projetos
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como sendo de PD&I e linha de corte adotada para determinar se um projeto é
aprovado.
PERTINÊNCIA DE DISPÊNDIOS: dispêndios pertinentes são aqueles qualitativamente
consistentes com o projeto em análise; isto é, são concernentes ao escopo e ao
objetivo do projeto específico e cuja aplicação e necessidade para o projeto estão
justificadas no RDA.
PROBLEMA TÉCNICO-CIENTÍFICO EM TIC: problema cuja solução requer a aplicação
de conhecimentos e práticas baseados em princípios científicos (por exemplo, os
problemas de engenharia).
PROJETO DE TIC: projeto cujo escopo está contido numa área de Tecnologia da
Informação e Comunicação ou está associado a um produto reconhecido como
sendo de TIC por força de portaria que estabelece o PPB.
PROJETO DE FORMAÇÃO OU CAPACITAÇÃO: projeto cuja atividade principal é a
formação ou capacitação de recursos humanos. No contexto de aplicação da Lei de
Informática, requer conteúdo que capacite o recurso a eventualmente atuar em
projetos de PD&I.
PROJETO DE PD&I STRICTO SENSU: projeto de pesquisa básica, de pesquisa aplicada,
de desenvolvimento experimental. No contexto de aplicação da Lei de Informática,
inclui ainda projeto de desenvolvimento de produto ou processo de TIC (ver
PROJETO DE TIC).
SIGNIFICATIVAMENTE APERFEIÇOADO: produto, processo, etc., que exibe
desempenho melhorado em razão de mudanças decorrentes de uma atividade
investigativa em materiais, componentes, peças, funcionalidades, performance (no
caso de produtos); ou em métodos, técnicas ou procedimentos (no caso de
processos). Essa melhoria não deve ser óbvia, pois do contrário dispensaria o
requisito de “atividade investigativa”.
SOLUÇÃO: quaisquer conhecimentos, materiais, dispositivos, componentes, partes,
produtos, processos, programas de computador, sistemas ou serviços, que tenham
sido gerados para resolver o desafio tecnológico atacado pelo projeto. Observe-se
que a “solução” pode ser qualquer uma dessas formas de resultado ou
simplesmente um aperfeiçoamento significativo de um produto, processo, etc. já
existente.
TÉCNICA: método ou procedimento para executar alguma coisa.
TÉCNICAS OPERACIONAIS: técnicas ou procedimentos especializados que permitem
efetuar operações de produção, de manutenção, de administração, de vendas ou
de outras funções organizacionais não técnico-científicas.
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4. AVALIAÇÃO DOS REQUISITOS PARA FRUIÇÃO DOS BENEFÍCIOS
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5.1. PPB de produto incentivado com meta de pontuação definida por
Portaria:
Para os produtos incentivados que contenham metas de pontuação definidas por meio da
portaria de PPB, as empresas deverão declarar no RDA a pontuação atingida pela pessoa jurídica
habilitada no processo produtivo básico específico (PA) e a meta de pontuação definida no
processo produtivo básico específico (MPD).
Os valores de PA a serem declarados sobre cada produto incentivado deverão estar em
consonância com a Portaria Interministerial SEPEC/ME/SEXEC/MCTI nº 46, de 09.10.2019, e em
especial com seu Art. 2º:
“Art. 2º A pontuação acumulada pela empresa será o somatório dos pontos
atingidos em cada etapa produtiva.
§ 1º Serão pontuadas as etapas produtivas realizadas no País.
§ 2º A pontuação indicada em cada etapa produtiva será a pontuação máxima
atingível pela empresa habilitada na referida etapa.
§ 3º A pontuação atingida em cada etapa produtiva será determinada pelo número
de realizações desta etapa no País em relação ao número total da produção ou em
relação ao número desta etapa produtiva realizada na produção total, o que for
maior.”
Nos casos em que houver pontuações acumuladas distintas para mais de um modelo de um
produto incentivado, a empresa deverá calcular a média ponderada das pontuações atingidas
por cada modelo de produto incentivado e o resultado deverá ser declarado no campo
apropriado (PA) do respectivo produto no RDA.
As empresas beneficiárias poderão organizar as informações sobre a memória de cálculo
utilizada para o cálculo da PA de cada produto incentivado, incluindo os respectivos modelos, a
quantidade produzida relativa ao faturamento declarado, demonstrando a forma do
atingimento da pontuação em cada uma das etapas produtivas, na forma da tabela a seguir:
Modelo Quantidade PA
A 200 58
B 150 59
C 150 61
D 200 56
E 300 55
Total 1000 57,3
Pontuação Acumulada 57,3
Para os processos produtivos básicos que não definam metas de pontuação, a pessoa
jurídica habilitada deverá cumprir com os termos definidos em portaria interministerial,
comprovando seu atendimento de forma anexa ao RDA, e utilizar a relação PA/MPD igual a 1
(um) para os casos de geração do certificado de crédito financeiro no regime anual.
No ato declaração do RDA a pessoa jurídica habilitada deverá informar se foram cumpridas
as etapas de produção previstas nas Portarias de PPB vigentes, o que será atestado por meio de
procedimentos e regulamentações estabelecidas pelos órgãos envolvidos.
Além dos casos previstos nos itens 5.1 e 5.2, a pontuação obtida por meio de investimento
em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Adicional (PD&IA), estabelecida nos processos
produtivos básicos, ou em substituição a etapas produtivas, deve ser informada e avaliada
conjuntamente com os demais investimentos em PD&I declarados no RDA.
Durante o ano calendário, caso a empresa tenha seguido orientações para cumprimento
do PPB de portarias distintas (baseadas em etapas e baseadas em meta de pontuação), deverá
declarar no RDA as informações totais do faturamento do produto incentivado e apresentar os
valores PA e MPD apenas sobre a parcela relativa aos respectivos PPB dos produtos incentivados
que seguiram a Portaria baseada em pontuação, sem prejuízo das demais orientações
estabelecidas no item 5.1 deste Manual. As informações específicas sobre a parcela dos
produtos cujo cumprimento do PPB seguiu as orientações de portaria baseada em etapas
deverão ser detalhadas nos campos de observações ou mesmo em arquivo anexo ao RDA.
Caso a pessoa jurídica habilitada não tenha cumprido total ou parcialmente as etapas ou
metas previstas nas Portarias de PPB, serão aplicadas as sanções previstas na legislação de forma
proporcional ao descumprimento do processo produtivo básico.
Após o recebimento pelo MCTI do Relatório Demonstrativo Anual (RDA) as informações
afetas ao cumprimento do PPB poderão ser auditadas e serão encaminhadas para o Ministério
da Economia, com vistas a sua utilização na realização dos procedimentos específicos para
fiscalização do PPB, conforme legislação e regulamentação aplicável.
Caso o produto habilitado siga mais de uma portaria de PPB, a empresa deverá declarar no
campo apropriado pelo sistema o valor de PA e MPD do produto/modelo os valores
correspondentes ao modelo com maior relevância no faturamento declarado.
O projeto apresentado pela empresa pode ser enquadrado como sendo de PD&I em
Tecnologias da Informação e Comunicação, segundo o art. 2º do Decreto nº
10.356/2020?
Os dispêndios apontados no projeto são elegíveis, pertinentes e estão adequados,
conforme o art. 12 do Decreto nº 10.356/2020?
O processo de avaliação deve seguir os seguintes passos:
6.1. Pré-análise
Neste passo devem ser verificadas as seguintes informações sobre os projetos de um RDA:
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Se as atividades se referem ou estão relacionadas de forma complementar a outras
realizadas nas áreas de Tecnologias da Informação e Comunicação;
Se os campos do relatório foram preenchidos com informações que podem ser
avaliadas;
Se as atividades foram desenvolvidas dentro do período válido para o ano base
relativo ao RDA apresentado.
Os projetos de PD&I stricto sensu devem ser avaliados por meio de um conjunto de quatro
critérios do modelo de referência:
Critério C1 – Existência de problema técnico-científico: um projeto contempla em
seus objetivos, no todo ou em parte, a execução de atividades de natureza
tecnológica que levem à resolução de um problema técnico-científico na área de
Tecnologia da Informação e Comunicação. A aplicação deste critério consiste em
identificar, nas informações fornecidas pela empresa nos campos do RDA, o objetivo
do projeto e as etapas realizadas dentro do período do ano-base.
Critério C2 – Execução sistemática: contextualizando as suas etapas com o escopo
do projeto: um projeto geralmente é executado de forma sistemática, com etapas
de cunho tecnológico, estruturadas com vistas a alcançar seus objetivos e
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devidamente contextualizadas com o seu escopo. A aplicação deste critério objetiva
identificar quais foram as atividades realizadas no período do ano-base e se elas têm
relação direta com o objetivo do projeto.
Critério C3 – Existência de atividades investigativas: geralmente um projeto
contempla atividades investigativas, de validação ou experimentais que contribuem
para comprovar o atingimento dos seus objetivos e a resolução do problema
técnico-científico. A aplicação deste critério objetiva identificar se entre as
atividades realizadas no ano-base houve a necessidade de realização de testes e
qual a natureza deles.
Critério C4 – Existência de um elemento de novidade tecnológica: o resultado do
projeto pode apresentar elemento de novidade tecnológica (conhecimento,
produto, processo, característica ou propriedade do resultado, etc.), isto é, um
acréscimo de conhecimentos ou práticas ao acervo tecnológico existente (novos
conhecimentos, materiais, produtos, processos, etc. ou, pelo menos,
aperfeiçoamentos significativos nesses materiais, produtos, processos, etc.). A
aplicação deste critério tem por finalidade identificar se algum desses elementos
está presente nas etapas completadas dentro do ano base mesmo que ainda não
tenha sido alcançado o objetivo principal do projeto.
A metodologia categorizou a avaliação de cada critério em graus que variam de 0 a 3. Cada
grau reflete características identificadas no projeto. A atribuição dos graus pelo analista é
baseada na verificação de indícios identificados no RDA. Os graus adotados pela metodologia
para cada critério e a explicação de cada um deles são apresentados na tabela seguinte.
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Critério C1 C2 C3 C4
Atributo Problema técnico- científico Contextualização das etapas Atividade investigativa Elemento de novidade
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Os indícios apontam para uma estrutura de Os indícios apontam que os resultados
Os indícios apontam para um problema etapas de natureza técnico-científica para Os indícios apontam etapas relativas a gerados no âmbito da execução do projeto
técnico-científico explícito cuja solução já atingir o objetivo definido, com as etapas testes, experimentos ou similares que incorporam acréscimo de conhecimento ou
existe, mas a empresa precisa criar e mais relevantes identificadas e comprovam não só o correto práticas ao acervo (novos conhecimentos,
Grau 2 aplicar a sua própria solução para o contextualizadas com o objetivo e escopo funcionamento da solução desenvolvida, e materiais, produtos, processos etc., ou
problema, pois existe alguma limitação do projeto, demonstrando que as também outros testes mais sofisticados aperfeiçoamentos significativos), mas não
técnica, legal ou comercial para reproduzir atividades foram executadas pela empresa, (desempenho, simulação, estresse etc), há comparação explícita com outros
ou executar a solução já existente. pela sua contratada ou pela ICT, quando for ainda que sem descrição extensiva. conhecimentos, materiais, produtos,
o caso. processos etc disponíveis.
Os indícios apontam para resultados
Os indícios apontam que as etapas relativas
Os indícios apontam que o projeto não tem Os indícios apontam para uma estrutura de gerados no âmbito da execução do projeto
a testes, experimentos ou similares se
problema técnico-científico, pois a empresa etapas de natureza não técnico-científica, - produtos, componentes, sistemas etc.,
Grau 1 restringem à mera comprovação do correto
reproduz ou executa alguma solução meramente operacionais ou ainda, mas que não representam acréscimo de
funcionamento da solução (homologação,
conhecida. referentes à aquisição da solução. conhecimentos ou práticas ao acervo
teste funcional ou apenas unitário etc).
existente.
Não há indícios para identificar as etapas
ou há descrição das etapas, mas elas não
Há descrição do projeto, mas ela não estão contextualizadas com o escopo A descrição do projeto não demonstra os
Não há atividade investigativa na descrição
Grau 0 fornece indícios para decidir pela existência específico do projeto ou ainda não resultados esperados ou alcançados com a
do projeto.
de problema técnico-científico a resolver. permitem identificar se foram executadas sua execução.
pela empresa, por sua contratada ou pela
ICT conveniada, conforme o caso.
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É importante ressaltar que os valores dos graus (0 a 3) não guardam entre si uma relação
qualitativa. Assim, um projeto que recebeu grau 1 no critério 1 pode se referir a uma evolução
de produto pertencente ao portfólio da empresa com incorporação de novas tecnologias
disponíveis no mercado, enquanto que um projeto que recebeu grau 3 no mesmo critério pode
se tratar de uma pesquisa referente à produção de nova tecnologia em ambiente acadêmico.
Ambos serão enquadráveis dependendo da combinação com os graus recebidos nos outros
critérios.
Da mesma forma como ocorre com os projetos de PD&I stricto sensu, a legislação também
trata dos projetos nos quais a atividade principal é a formação ou capacitação de recursos
humanos. No contexto de aplicação da Lei de Informática, requer-se conteúdo que capacite o
recurso a eventualmente atuar em projetos de PD&I.
Dadas as particularidades que este tipo de atividade possui, o modelo de referência
contempla critérios específicos, que foram elaborados a partir do previsto nas normas
aplicáveis. Portanto, quando da análise de um projeto de capacitação e formação, os critérios
C1 a C4 (dos projetos de PD&I stricto sensu) não são levados em consideração – e vice-versa.
Os critérios do modelo de referência para avaliação de projetos de capacitação e formação
são os seguintes:
Critério C5 – Conteúdo: O conteúdo do treinamento tem características técnico-
científicas ou características técnicas não operacionais derivadas de fundamentos
técnico-científicos. A aplicação deste critério objetiva identificar se o tipo de
conhecimento adquirido capacita o recurso a realizar atividades de PD&I, mesmo
que não haja uma aplicação imediata destes conhecimentos.
Critério C6 – Nível: O nível do curso de formação ou capacitação profissional para
aperfeiçoamento e desenvolvimento de RH em tecnologias da informação e
comunicação é de nível médio ou superior. A aplicação deste critério tem como
finalidade diferenciar a formação regular de nível superior (graduação ou pós-
graduação) de treinamentos com vistas à aquisição de conhecimentos em
tecnologias específicas.
Critério C7 – Existência efetiva de pessoal formado /capacitado ou em processo de
formação / capacitação: ou seja, os resultados devem demonstrar o atendimento
do objetivo dos incisos IV do art. 24 do Decreto nº 5.906/2006 e V do art. 2º do
Decreto 10.356/2020. Este critério é utilizado para identificar a perspectiva de
aplicação do conhecimento adquirido.
Todos os projetos de capacitação e formação também serão avaliados com base em indícios
e terão graus de 0 a 3 conferidos para cada um dos três critérios. Mas uma vez, é importante
ressaltar que os valores dos graus não guardam entre si uma relação de evolução. O
enquadramento é definido pela combinação dos graus recebidos em cada um dos critérios:
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Critério C5 C6 C7
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6.5. Método de análise das atividades de Pesquisa e Desenvolvimento em
Tecnologia da Informação e Comunicação
PD&I stricto sensu: grau maior ou igual a 1, no critério C1, e grau maior ou igual a
2, no critério C2.
Capacitação e formação: grau maior ou igual a 2, nos critérios C5, C6 e C7.
Quando o projeto obtiver grau inferior aos mínimos estabelecidos, será considerado como
não enquadrado como Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia da Informação e
Comunicação, uma vez que o não atendimento dos critérios reflete o não atendimento aos
requisitos legais. O não enquadramento significa uma das situações a seguir:
As informações prestadas no RDA apresentaram indícios suficientes de que o projeto não
possui características de atividade de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia da Informação
e Comunicação, nos termos da Lei de Informática.
A empresa não forneceu no RDA informações suficientes para que se identifiquem as
características do projeto. Casos que se enquadrem nesta condição são considerados pela
metodologia como Não Enquadrados por falta de Informação. Em tais casos, o analista fica
impossibilitado de emitir um juízo técnico de valor, prejudicando a aplicação do método no
projeto analisado.
O fluxograma simplificado demonstra as possíveis situações de qualquer projeto de PD&I
stricto sensu relatado no RDA:
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Figura Erro! Nenhum texto com o estilo especificado foi encontrado no documento.-1 - Fluxograma
simplificado de enquadramento.
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6.6. Modelo de referência para análise de dispêndios das atividades de
Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia da Informação e
Comunicação
Quando um projeto for considerado como “enquadrado”, “não enquadrado por falta de
informação” ou ainda “não enquadrado”, nos termos previstos no método e modelo de análise
de atividades de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia da Informação e Comunicação,
deverá ser feita a avaliação dos respectivos dispêndios.
O método para análise de dispêndios consiste na avaliação individual dos atributos e
justificativa de cada rubrica apresentada. De acordo com o procedimento anual de prestação de
contas da Lei de Informática, os valores informados em cada rubrica da tabela do ‘Perfil de
Investimentos’ do RDA, devem ser discriminados no campo ‘Descrição de Investimentos’ do
Sigplani, incluindo as devidas justificativas.
Com base no modelo de análise de dispêndios, o analista analisará os atributos de
elegibilidade, pertinência e adequação de cada rubrica relatada. A avaliação de cada item
resultará no valor SIM ou NÃO para cada um dos três atributos.
Para que um dispêndio seja aprovado, ele precisa obter valor SIM nos três atributos, ou
seja, necessariamente precisa ser elegível, pertinente e adequado. Nas situações em que um ou
mais atributos recebam valor NÃO, o dispêndio (ou parte dele, desde que seja possível a
segregação) será considerado glosado.
Também em alinhamento com os propósitos de incremento na transparência das
atividades de análise e propiciando uma maior compreensão pelas empresas, a avaliação será
fundamentada e, quando possível, apresentará orientações e comentários no Relatório
Conclusivo emitido.
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6.8. Avaliação do cumprimento das obrigações de investimento em PD&I
– Lei 8.248/91.
De acordo com o Art. 11 da Lei nº 8.248/91, no texto original, para fazer jus aos benefícios
previstos neste artigo, as empresas que tenham como finalidade a produção de bens e serviços
de tecnologias da informação e comunicação deverão investir, anualmente, no mínimo 5%
(cinco por cento) do seu faturamento bruto no mercado interno, decorrente da comercialização
de bens e serviços de tecnologias da informação e comunicação incentivados na forma desta
Lei, deduzidos os tributos e as devoluções correspondentes a tais comercializações e o valor das
aquisições de produtos incentivados na forma desta lei. Ao longo do tempo os percentuais de
investimento foram alterados criando as seguintes situações:
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a empresa se encontra, bem como se o produto possui portaria de reconhecimento de bem
desenvolvido no país (no caso apenas do crédito trimestral).
A Lei 13.969/2019 define fórmulas de cálculo tanto para as modalidades trimestral quanto
anual. No crédito trimestral, define-se PD&IM como sendo a aplicação em atividade de pesquisa,
desenvolvimento e inovação realizados no trimestre, M e p o multiplicador e percentual
limitante, que são definidos a depender do produto e região de sua fabricação, e VC o crédito
gerado. Dessa forma, obtém-se a seguinte relação:
𝑉𝐶 = 𝑃𝐷&𝑀 × 𝑀
(Crédito Trimestral)
No caso do crédito anual, além das variáveis definidas no crédito trimestral, acrescentam-
se à fórmula o PA, pontuação obtida pelo produto relativa às etapas de PPB cumpridas, MPD, a
meta de pontuação a ser obtida para o produto, e PD&IC, valor de aplicação complementar a
ser utilizado caso o produto não tenha cumprido sua meta de pontuação. Dessa forma, a relação
de geração de crédito na modalidade anual segue:
SUDAM/SUDENE/CENTRO-
3,24 12,97% 2,41 12,97%
OESTE
SUDAM/SUDENE/CENTRO-
OESTE 3,41 13,65%
com TecNac
Demais Regiões
3,41 13,65%
com TecNac
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montante de crédito financeiro gerado pela empresa beneficiária no ano calendário serão
automaticamente apresentados no RDA, as quais devem ser verificadas de acordo a legislação
e regulamentação que tratam sobre os percentuais mínimos de obrigação de investimentos em
PD&I.
Os procedimentos a serem adotados e relatórios a serem emitidos pelas empresas de
auditoria devem seguir as orientações de Comunicado Técnico a ser emitido pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC), e pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
(IBRACON).
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46 % de sua base de cálculo:
a) No mínimo 10 % em depósitos trimestrais no FNDCT; e
b) No mínimo 20% em convênio com centros ou institutos de pesquisa ou
entidades de ensino credenciada pelo CATI; e
c) No mínimo 16% em convênio com centros ou institutos de pesquisa ou
entidades de ensino com sede estabelecimento principal no Norte/Nordeste e
Centro Oeste credenciadas pelo CATI; OU
d) Em programas e projetos de interesse nacional nas áreas de tecnologias da
informação e comunicação considerados prioritários pelo CATI (PPI), em
substituição aos percentuais de aplicação (a), (b) e (c)
54 % de sua base de cálculo poderá ser aplicado nas modalidades (a), (b), (c), (d) ou
em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação realizadas diretamente
pelas próprias empresas (projetos próprios), ou por elas contratadas com outras
empresas, ou com instituições de ensino e pesquisa, bem como nas modalidades
previstas nos incisos I, II e IV do §18 do art. 11 da Lei 8.248/1991.
As empresas com faturamento bruto anual inferior a R$30.000.000,00 (trinta milhões de
reais), não têm percentuais mínimos de obrigação a cumprir nas formas de investimento
descritas acima podendo aplicar livremente a sua obrigação de investimento em quaisquer das
formas descritas acima.
A Lei 8.248/91 ainda previa a aplicação de percentuais diferentes sobre o faturamento de
contrapartida a depender da região e tipo de produto – se era classificado como unidade de
processamento digital (UPD) ou não – mas a Lei 13.969/2019 revogou os artigos
correspondentes, excluindo a diferenciação para o benefício de geração de crédito.
A emissão dos boletos para depósito no FNDCT tanto na modalidade trimestral, conforme
o item “a” acima descrito, como também nas demais opções de depósitos neste fundo previstas
na regulamentação da Lei nº 8.248/1991, deverá ser realizada, necessariamente, por meio do
endereço eletrônico https://inovacaodigital.mcti.gov.br/.
Os investimentos em PPI, conforme mencionado no item “d”, deverão ser realizados por
meio do endereço eletrônico https://ppi.facti.com.br/boleto.html.
A figura abaixo ilustra as modalidades de aplicações e percentuais mínimos de
investimentos em PD&I realizados em cumprimento às obrigações originadas pela fruição do
benefício da Lei nº 8.248/1991 (Investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação mínimo
- PD&IM):
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26
7. PRODUÇÃO TERCEIRIZADA - ASSUNÇÃO
27
8. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
Esse capítulo trata de orientações restritas a determinados anos base, que se estendem
apenas durante sua vigência e são motivadas por situações específicas ocorridas no período.
RETROAGE PARA O
REDAÇÃO DO DECRETO 10.602/2021 JUSTIFICATIVA
ANO BASE 2020?
Art. 13-A. Para fins de cumprimento do percentual mínimo Item que resgata o dispositivo “órfão”
exigido no art... do Decreto 5.906/2006. Não conflita
I - os dispêndios de que trata o art. 12 deste Decreto, com regulamentação anteriormente
correspondentes à execução de atividades de PD&I realizadas em vigor.
SIM
até 31 de março do ano subsequente, desde que não
computadas cumulativamente para cumprimento da
obrigação de investimento em PD&I para mais de um ano-
calendário;
§ 7o Os dispêndios efetivamente realizados nos termos dos Item que resgata o dispositivo do
incisos I e II do caput poderão ser integralmente computados Decreto 5.906/2006. Visa manter
como aplicações de que tratam os incisos I e II do § 1o do art. o modus operandi da legislação.
11 da Lei nº 8.248, de 1991, desde que a instituição SIM
conveniada mantenha o compromisso de utilizar os bens,
adquiridos ou construídos, em atividades de PD&I até o final
do período de depreciação.
Art. 13-A. Para fins de cumprimento do percentual mínimo Item que resgata o dispositivo “órfão”
exigido no art... do Decreto 5.906/2006. Não conflita
III - eventual pagamento antecipado a terceiros para a com regulamentação anteriormente
execução de atividades de pesquisa e desenvolvimento de SIM em vigor.
que trata o inciso I deste artigo, desde que seu valor não seja
superior a vinte por cento da correspondente obrigação de
investimento em PD&I do ano-calendário.
Art. 12.... A redação do novo Decreto
II - aquisição, implantação, ampliação ou modernização de 10.602/2021 foi motivada para retirar
infraestrutura física e de laboratórios de PD&I, realizadas e dubiedade sobre o anterior dispositivo
SIM
justificadas no âmbito de investimento em PD&I. contigo no Decreto 10.356/2020.
Entende-se que não afeta o modo
operacional da Lei de Informática.
§ 3o Os gastos de que trata o II do caput não poderão A redação do novo Decreto
exceder vinte por cento do total de investimentos da 10.602/2021 foi motivada para retirar
empresa incentivada no âmbito de convênios com ICT, SIM ambiguidade sobre o anterior
previstos nos incisos I e II, do § 1º do art. 11 da Lei nº 8.248, dispositivo contigo no Decreto
de 1991. 10.356/2020. Entende-se que não
28
afeta o modo operacional da Lei de
Informática.
§ 8o Poderá ser admitida a aplicação dos recursos Item que resgata o dispositivo “órfão”
mencionados nos incisos I e II do § 1o do art. 11 da Lei nº do Decreto 5.906/2006. Não conflita
8.248, de 1991, na contratação de projetos de pesquisa, SIM com regulamentação anteriormente
desenvolvimento e inovação com empresas vinculadas a em vigor.
incubadoras credenciadas pelo CATI.
§ 6o Para fins da declaração de que trata o caput, os Este item resgata a possibilidade
dispêndios relativos ao inciso III do art. 12 e a aplicação alinha-se com as práticas adotadas
prevista no inciso II do 13-A deste Decreto poderão ser pelo setor produtivo no que se refere
considerados pelo regime contábil de competência. ao pagamento dos vencimentos de
seus colaboradores que atuem em
PD&I. Relativo ao pagamento da 4ª
parcela do FNDCT trimestral, cuja
SIM
competência se dá nos meses de
outubro, novembro e dezembro, o
fato de não computar o pagamento
feito em janeiro do ano subsequente
pode prejudicar a geração do
certificado de crédito financeiro das
empresas.
Art. 30 .... Item que resgata o dispositivo “órfão”
§ 7o Na elaboração do demonstrativo de que trata o inciso I do Decreto 5.906/2006. Não conflita
do caput deste artigo, admitir-se-á a apresentação de
com regulamentação anteriormente
relatório simplificado, em que a empresa poderá, em
substituição ao apontamento de cada investimento realizado em vigor.
com fulcro nos incisos V a X do caput do art. 12, declarar o No entanto, a nova redação trouxe
gasto equivalente a vinte por cento da totalidade dos mudanças no percentual de
dispêndios previstos nos incisos I a IV do caput do art. 12, substituição de dispêndios. Com isso, a
desde que efetivamente aplicado em atividades de PD&I, sem NÃO aplicação deste novo dispositivo para
prejuízo da possibilidade de fiscalização da aplicação desses
valores, quando necessário. o ano base 2020 pode prejudicar o
cumprimento das obrigações de
investimento das empresas
beneficiárias da Lei de Informática.
Portanto, entendemos que este
dispositivo somente deve ser aplicado
para o ano base 2021 em diante.
Art. 26... Este novo dispositivo foi introduzido
§ 7o A pessoa jurídica habilitada com mais de um no novo Decreto 10.602/2021 para dar
estabelecimento poderá gerar crédito financeiro relativo a maior segurança jurídica ao conceito
um período de apuração trimestral ou anual, desde que cada de “pessoa jurídica habilitada”, sendo,
estabelecimento opte por uma única modalidade em cada portanto, facultado à
ano-calendário. estabelecimentos habilitados a opção
do regime de apuração do crédito
SIM
financeiro. Entende-se que este
dispositivo pode ser aplicado para a
apuração a partir da publicação do
mencionado Decreto, o que abrangerá
ao regimente de apuração do quarto
trimestre de 2020 ou ao regime anual
de 2020.
VC = PD&IM * M * (PA/MPD) + PD&IM + (PD&IC/2,5) As alterações aplicadas foram somente
...................................................................................... para corrigir e aplicar os sinais dos
PD&IC = valor do investimento em Pesquisa, operadores, indicando nas expressões
Desenvolvimento e Inovação Complementar, aplicado pela correspondentes de forma a ressaltar
SIM que se trata de divisão ao invés de
pessoa jurídica habilitada, excedente ao valor do PD&IM e
utilizado, opcionalmente, para atingir os percentuais subtração.
máximos estabelecidos na Seção IV do Capítulo V, quando a
apuração da relação PA/MPD for inferior a um. ” (NR)
Art. 2o Consideram-se atividades de pesquisa, Esta alteração no Art. 2º trouxe nova
desenvolvimento e inovação para fins do disposto neste redação às atividades consideradas
Decreto: como sendo de PD&I. Além disso, um
I – pesquisa básica: trabalho experimental ou teórico dos tipos, que estava associada à
NÃO
executado primariamente para a aquisição de novo testes, ensaios e consultoria, foi
conhecimento dos fundamentos subjacentes aos fenômenos reclassificado e associado ao dispêndio
de Serviços Técnicos.
Com essa modificação estrutural,
29
e fatos observáveis, sem qualquer aplicação particular ou uso entendemos que a retroatividade
em vista; pode prejudicar às empresas
II – pesquisa aplicada: pesquisa original realizada com o beneficiárias da Lei de Informática.
objetivo de adquirir conhecimento, na qual é primariamente Assim, deve-se aplicar somente para o
dirigida a um objetivo ou a um alvo prático específico; ano base 2021.
III – desenvolvimento experimental: trabalho sistemático,
baseado em conhecimento pré-existente e voltado para
produzir novos produtos e processos ou aperfeiçoar os já
existentes;
IV – inovação tecnológica: a implementação de um produto
(bens e serviços) ou processo tecnológico novo ou
significativamente aprimorado, nos termos do disposto no
inciso IV do caput do art. 2º da Lei nº 10.973, de 2004;
V – formação ou capacitação profissional técnica, de nível
superior ou de pós-graduação, nas áreas de tecnologias da
informação e comunicação, incluindo computação;
engenharias elétrica, eletrônica, mecatrônica,
telecomunicações e correlatos, reconhecidos pelo Ministério
da Educação.
Parágrafo único. O Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações regulamentará a aplicação da inovação
tecnológica, de que trata o inciso IV deste artigo, para os fins
dos investimentos em atividades de PD&I previstos neste
Decreto.
Art. 2o Ficam revogados os §§ 5o e 6o do art. 36 do Decreto A alteração teve por objetivo sanar a
no 5.906, de 26 de setembro de 2006. questão da competência com relação
ao tratamento para aplicação de
sanções com relação às infrações
SIM
ocorridas no regime anterior (no
contexto do Decreto 5.906/2006),
relativamente ao tratamento adotado
no Decreto 10.356/2020.
30
9. ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA O ENQUADRAMENTO COMO PD&I
Nessa etapa, as datas de início e fim do projeto devem ser verificadas, pois a execução do
projeto deve estar contida dentro do período do ano-base avaliado.
ID Situação Recomendação
São projetos que começam e terminam em anos base diferentes, ou o projeto começa e
termina no mesmo ano-base, porém no ano base anterior há um projeto muito semelhante com
a execução de atividades diferentes e gerando resultado diferente, caracterizando a
continuidade do projeto. Para identificar esta situação, o analista deve consultar o RDA do ano
anterior antes de iniciar a análise de um RDA.
A avaliação de cada ano é independente, ou seja, é possível aprovar o projeto em um ano
e reprová-lo em outro.
ID Situação Recomendação
Só cabe aprovação, se for o caso, no primeiro ano. Para os
anos seguintes, deve-se colocar uma observação: o projeto
tem a mesma descrição do ano anterior; por não ter
apresentado nenhuma evolução, não foi aprovado. O
princípio aqui adotado é o da “contextualização temporal”,
isto é, o projeto deve ter uma evolução ao longo tempo.
No primeiro ano, deve-se avaliar normalmente. Se no ano
Descrição do projeto é a mesma em todos os
seguinte, não houver descrição do que foi executado no
1 anos em que ele é apresentado.
período, atribui-se C2 = 0 porque não há descrição que
informe o que foi feito no ano (não há informação sobre a
“contextualização temporal” do projeto).
Incluir uma frase de justificativa. Pode-se incluir a
observação "Não é possível identificar o que foi executado
no ano base" OU "Não é possível identificar o que foi
executado no ano base que justifique a evolução do
31
projeto".
ID Situação Recomendação
É o que ocorre no versionamento de produtos. Se as
Casos de RDA contendo mais de um projeto,
diferenças estão claras, analisar o enquadramento de todas
nos quais o objeto apresenta características
as versões.
iguais ou semelhantes, diferindo apenas em
Para o projeto ser aprovado, a sua descrição deve dar
detalhes que não interferem na avaliação dos
indícios do problema particular que foi resolvido e dos
1 critérios.
resultados gerados naquele projeto específico.
Exemplo: a empresa apresenta vários projetos
Se não há elementos para caracterizar a “individualidade” do
semelhantes separadamente, um para cada
projeto, atribuir C2 = 0, pois não há descrição que informe
produto da sua linha.
claramente o que foi feito para cada projeto.
32
Dois projetos para desenvolvimento do
mesmo produto para clientes diferentes,
Aplica-se o mesmo raciocínio do caso anterior.
3 sendo a estrutura e texto dos projetos
similares.
ID Situação Recomendação
Projetos referentes a melhorias no processo Caso não existam indícios de atividades de PD&I, como
1 produtivo, como a automatização da linha de atividades centrais do projeto, este não pode ser
produção. enquadrado como sendo de PD&I.
Ensaios e testes devem estar claramente vinculados a projetos de PD&I, sendo necessário
descrever o que está sendo investigado ou fazer menção aos projetos de PD&I a que estão
vinculados. Do contrário, são considerados como atividades operacionais, C2 = 1 e não são
enquadrados.
ID Situação Recomendação
Convênio com ICT para realização de ensaios Projetos exclusivamente de ensaios/testes de rotina da
para a empresa, ou projeto que é um guarda- empresa não devem ser considerados como PD&I, mesmo se
chuva dos ensaios que são realizados com os forem testes exigidos por agência reguladora ou INMETRO.
1
diversos produtos da empresa. Os ensaios devem estar vinculados a um projeto de PD&I, e
estes vínculos devem estar explícitos na descrição do projeto
33
no RDA do ano base ou em RDA do ano base anterior. Caso
contrário deve ser atribuído grau C2 = 1.
A descrição do projeto apresenta A simples menção sobre o tipo de teste realizado significa
simplesmente o tipo de teste realizado. C3=0.
Não há uma descrição sobre como o teste foi Se existir uma descrição sobre como o teste foi realizado,
planejado, executado e seus resultados. Por por exemplo, seu planejamento, sua execução ou seus
2
exemplo: teste de campo, teste sistêmico, resultados então analisar C3 segundo a metodologia.
teste de desempenho, teste unitário, teste de
confiabilidade, teste de stress etc.
Declaração de projeto de consultoria A partir novo Decreto 10.602/2021, as atividades de
científica e tecnológica, ensaios e testes. consultoria científica e tecnológica, de ensaios e de testes
que sejam caracterizadas como uma prestação de serviço
deverá ser declarada no RDA como dispêndios de Serviços
Técnicos e estes associados a projetos de PD&I. As
alterações tiveram o propósito de reduzir a subjetividade e
divergências de entendimento, que frequentemente
geravam impasses na avaliação dos RDAs, e muitas vezes
contribuíram para a geração de passivo, com ganhos
marginais na manutenção dessas possibilidades de
3 enquadramento, em que não se encontra um consenso com
base na literatura.
Contudo, cabe ressaltar que as atividades de ensaios e de
testes, que fazem parte do ciclo de desenvolvimento do
projeto, podem ser enquadráveis como atividades de
pesquisa e inovação, caracterizando-se como uma etapa do
projeto de PD&I, desde que sejam realizadas de forma
estruturada, com objetivos, problemas técnico-científicos e
descrição vinculada aos projetos a que se referem, devendo
estar descrita de uma forma clara, explícita e
contextualizada para os alcances dos objetivos propostos.
ID Situação Recomendação
O projeto tem como objetivo apenas adequar o Se houver indícios fortes que não foi uma questão
produto a alguma norma, padrão ou protocolo ou apenas operacional, C2 ≠ 1.
ainda homologar o produto no Inmetro, Anatel ou
equivalente, sem a execução clara de atividade de
PD&I.
Observação: quando a homologação for uma
1
etapa dentro de um projeto de PD&I, o dispêndio
com essa homologação é elegível. Por exemplo,
um novo produto de telefonia que necessita de
homologação da Anatel antes de ser lançado no
mercado
Projetos de implementação ou adequação a Projetos de processos de gestão não são TIC, reprovar na
normas relativas a processos de gestão pré-análise.
administrativa ou de produção, por exemplo,
2
programa de qualidade, ROHS, certificação CMM,
mps.Br, Certics e similares.
34
9.7. Projetos de laboratórios
ID Situação Recomendação
O analista deve identificar no RDA qual projeto ou projetos o
laboratório está vinculado.
Analisar os projetos vinculados como sendo
complementares, isto é, a descrição de um projeto ajuda no
entendimento do outro e vice-versa. Os indícios devem
sempre provir do texto do projeto em análise.
ID Situação Recomendação
Pagamento do curso de graduação ou bolsa A descrição deve conter informações básicas, tais como o
para funcionário. nome do curso e da instituição e o nome do funcionário
beneficiado. Analisar pelos critérios C5 a C7.
1
Do contrário, C5 = 0 (falta de informação ou informação
insuficiente).
Pagamento de cursos de gestão de projeto, Esses cursos não devem ser considerados TIC na pré-análise.
gestão (por ex., ITIL, COBIT, Gerenciamento Se estiverem junto com outros cursos que são de TIC e não
de Projetos) de TIC e similares. houver discriminação dos valores de cada curso, glosar tudo.
Se tiver discriminado o valor de cada curso, glosar apenas o
2
que não for TIC.
Curso implantado em universidade com apoio Analisar C5 a C7. Caso seja mencionada a previsão de alunos
da empresa. formados por ano, aprovar com C7 = 2.
3 Se não houver essa informação, atribuir grau C7 = 0.
Projetos conveniados, onde a ICT é uma Segundo o § 8º, do art. 12, do Decreto nº 10.356/2020, é
incubadora de empresas, credenciada pela permitida a contratação de projetos de pesquisa e
CATI, e o projeto é executado por empresa desenvolvimento com empresas vinculadas a incubadoras
incubada. credenciadas pela CATI.
4
Analisar os projetos de PD&I de acordo com as normas e
regulamentos do MCTI
36
9.9. ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA TRATAMENTO DOS DISPÊNDIOS
A tabela a seguir descreve as principais situações práticas observadas durante a análise dos
dispêndios declarados, em qual atributo se insere a situação (Elegibilidade, Pertinência ou
Adequação), e a recomendação de tratamento.
Atributo
ID Descrição da Ocorrência Recomendação
Correspondente
GERAL
Não há menção ao dispêndio na descrição
1 de investimento, embora conste o valor na
tabela Elegibilidade Não aprovar
Em casos onde há justificativa na descrição
2 de investimentos mas não consta valor na
tabela. Ignorar Ignorar
Há descrição dos dispêndios, e essa
descrição permite concluir que não há
3
relação dos dispêndios com projeto de
PD&I em TIC. Elegibilidade Não aprovar
Há descrição dos dispêndios, e essa
descrição permite concluir que, embora o
4 dispêndio seja elegível, não é demonstrada
a aplicabilidade àquele projeto de PD&I
específico. Pertinência Não aprovar
Há menção aos dispêndios, porém não há
5 justificativa e detalhamento da
aplicabilidade ao projeto de PD&I. Pertinência Não aprovar
Na Descrição de Investimentos, a descrição
apresentada para justificar o valor da
6 Tabela compreende itens elegíveis e não Aprovar somente itens descritos com
elegíveis ou pertinentes e não pertinentes justificativa EPA satisfatória. Glosar os demais
ou adequados e não adequados. Analisar EPA itens, conforme a análise de EPA.
Em qualquer rubrica, o valor descrito no
texto é menor ou igual ao valor da Tabela,
7 ou se número de itens ou quantidade de Aprovar o menor valor dentre o campo
horas descrito no texto é maior do que o descritivo ou da tabela, informando da
valor da Tabela. Analisar EPA situação de divergência.
Aprovar e reclassificar o dispêndio na rubrica
8
Dispêndios lançados em rubricas erradas. Analisar EPA apropriada no ato da análise.
Entende-se que os itens não discriminados
Na descrição dos dispêndios da rubrica há são do mesmo tipo dos que foram
9
menção a itens elegíveis adicionados a mencionados, porém com valor insignificante
expressões como: “e outros”, “etc.” Adequação perante aqueles. Analisar Adequação.
Analisar o projeto em função dos cursos de
TIC discriminados e, se o projeto for
10
Cursos elegíveis (TIC) e não elegíveis (não enquadrado, reprovar os dispêndios
TIC) num mesmo projeto Analisar EPA referentes aos cursos não elegíveis.
Dispêndios em projetos de duração muito
curta (1 a 15 dias) ou em projetos com Verificar atentamente se as atividades
atividades tipicamente curtas mas descritas podem ser executadas no período
11 declaradas num período longo (ex. 1 ano indicado (ou, na situação oposta, se os prazos
para fazer especificações). Nos casos de são exagerados) e se os dispêndios
horas com RH, verificar detalhamento na correspondentes são adequados ao tempo
Rubrica RH. Adequação declarado.
RH
O projeto não tem RH Direto mas tem
12
outras rubricas. EPA Analisar EPA das demais rubricas.
37
Na descrição do investimento, há menção
aos RH Diretos/Indiretos envolvidos (nome,
função, etc..), porém não são descritas as
13 atividades executadas e quais etapas do
projeto o colaborador está associado, de
modo que seja possível identificar
claramente a atuação dos colaboradores. Pertinência Não aprovar
Verificar se há indícios de que as atividades
declaradas do RH Direto/Indireto são
14
incompatíveis com as atividades
desenvolvidas no projeto. Pertinência Não aprovar
Descrição completa de valores e de
atividades de RH Direto no projeto. No
15
entanto, é possível identificar que esses Aprovar e reclassificar o dispêndio na rubrica
dispêndios foram lançados no RH Indireto. EPA apropriada no ato da análise.
Não há informação da quantidade de horas
trabalhadas e/ou valores dispendido por
pessoa no projeto, ou se a quantidade de
horas trabalhadas por pessoa por mês
16
exceder os limites de jornada de trabalho e
horas extras determinados pela legislação
trabalhista vigente, consideradas eventuais
condições pactuadas em Acordo Coletivo. Adequação Não aprovar
Há justificativa das atividades dos RH,
17 porém não são discriminados quais são os
de nível médio e os de nível superior. PA Analisar PA
Há justificativa das atividades dos RH na
descrição de investimento com
discriminação entre níveis médio e
superior. O número de RH e total de
18 dispêndio estão de acordo com a tabela.
Entretanto, há inconsistência entre a
descrição de investimento e a tabela com
relação à quantidade de RH por nível
(superior e médio). PA Analisar PA
Valores diferentes na descrição e na tabela
19
de dispêndios (número de RH e valores) Adequação Ver orientações gerais (tabela GERAL)
Em projetos de Formação e Capacitação Vedada dupla contabilização dos dispêndios
onde há treinamento interno e são com os profissionais que participaram da
20
declaradas na rubrica de RH horas e valores capacitação tanto na rubrica RH como
dos funcionários treinados. PA Treinamento.
38
Projeto continuado em que a compra de
equipamentos é uma etapa do projeto de
23
PD&I para o ano base, prevista na proposta Pertinência/
inicial. Adequação Analisar PA
39
aceitação: nome e tipo de software, data de
aquisição, finalidade.
Dispêndios com equipamentos (bens de
informática/outros) que não apresentam
39 informações mínimas para sua aceitação:
descrição do equipamento, data da
aquisição e finalidade Adequação Não aprovar
Analisar PA. Itens elegíveis desde que tenham
40 Pertinência/ um vínculo, associação, correlação específica
Aluguel (máquina) Adequação com o projeto em análise.
OBRAS CIVIS
A finalidade das obras consiste em atender
o Processo Produtivo Básico (PPB) ou para
41
áreas distintas às destinadas à realização de
PD&I. Elegibilidade Não aprovar
Há menção às obras realizadas e sua
justificativa no projeto. Porém não há
42 menção da data de execução e/ou
identificação da pessoa física ou jurídica
executora. Pertinência Não aprovar
Projeto Próprio - Há justificativa para a obra
realizada, assim como suas etapas e
valores. Porém, o valor informado na
43
rubrica não especifica se o valor do
dispêndio se refere ao seu total ou à sua Pertinência
depreciação. Adequação Não aprovar
Projeto Conveniado, ICT - Há justificativa
para a obra realizada, data, dados da
44
empresa ou pessoa física executora, assim Pertinência
como suas etapas e valores. Adequação São elegíveis. Analisar PA
LIVROS E PERIÓDICOS
Os dispêndios são pertinentes, porém não
45 há declaração nominal ou agrupada dos
livros e periódicos adquiridos. Adequação Não aprovar
Existe declaração nominal dos livros ou
46 periódicos por item. Entretanto, não há
declaração de seus valores. Adequação Não aprovar
Pertinência
48 Assinatura mensal ou anual de periódicos São elegíveis. Analisar PA
Adequação
São mencionados os gastos com material Analisar PA. Não há necessidade de serem
Pertinência
51 de consumo e sua finalidade no projeto, na discriminados item a item, bastando serem
Adequação
descrição do investimento. especificados por tipo e/ou utilização.
40
Aquisição de material importado de
Pertinência Analisar PA. As tarifas fazem parte do custo
52 consume e/ou de protótipo discriminando
Adequação de aquisição do material. Analisar PA
o preço e tarifas de importação e/ou frete.
42
OUTROS CORRELATOS
O item se caracteriza como “Outros
Correlatos” quando apresenta um vínculo,
Definição associação, correlação específica com o
projeto em análise e não está classificado em
nenhuma das outras rubricas.
Caso o item seja específico ao projeto, será
Geral ELEGÍVEL, observada as ocorrências e
condições da ID 1 da tabela (GERAL).
Caso o item não seja específico ao projeto,
somente será ELEGÍVEL se estiver claramente
descrito que faz parte de uma segregação de
Declaração de valores atribuídos por meio de um rateio
Investimento proporcional, preferencialmente indicando
76 Próprio seus direcionadores de rateio (ex. Nº de RH,
área ocupada, valor do projeto …). Consultar
ID 2 da tabela (GERAL).
Caso o item não seja específico ao projeto,
somente será ELEGÍVEL se estiver claramente
Condição de Elegibilidade
descrito que faz parte de uma segregação de
valores atribuídos por meio de um rateio
Declaração de proporcional, preferencialmente indicando
Investimento em seus direcionadores de rateio (ex. Nº de RH,
Convênio área ocupada, valor do projeto …). Consultar
ID 2 da tabela (GERAL). Porém, em alguns
casos, se o rateio não está explícito na
descrição, pode ser aceito se declarado em
Custos Incorridos.
Aluguel (espaço físico locado fora da
empresa ou ICT)
Aluguel de linha privada de telefonia ou
canal Internet
Assessoria jurídica (ex.: apoio sobre
regulamentação da Anatel num projeto de
telefones celulares.)
43
Água
Aluguel (espaço físico)
Aluguel de prédio para a ICT.
Despesas com biblioteca técnica,
reprografia.
Energia
Internet
IPTU
ISSQN
Manutenção de equipamentos de uso geral
(ex.: PCs, notebooks, impressoras)
Manutenção de laboratório ou ambiente
(ex.: elétrica, marcenaria, ar condicionado)
78 Prevenção contra incêndios e desastres
naturais
Seguro patrimonial
Serviço de segurança
Serviço de suporte administrativo (ex.
compras, finanças, administração de RH)
Serviço de suporte de informática (ex.:
operação de rede, suporte ao usuário,
operação de data center)
Serviços de manutenção e limpeza dos Analisar PA. Itens não específicos ao projeto
prédios. são elegíveis desde que tenham em sua
Telefonia descrição referência explícita de segregação
* Transporte de RH: acesso ao local de de valores atribuídos por meio de um rateio
trabalho (Fretado) PA proporcional.
Consultoria específica para submissão de
PPB, elaboração de RDA, prestação de
contas, treinamento nessas tarefas,
assessoria jurídica sobre a Lei de
Informática
Despesas com editais, avisos em jornal,
DOU.
Hospedagem de servidores corporativos de
79 aplicativos ou armazenamento
Renovação das licenças de softwares
corporativos (ERP)
Serviços de manutenção e limpeza do
terreno e jardinagem.
Serviços de alimentação, tais como coffee
break e outras refeições. Não aprovar. Despesa cujo vínculo com o
Tarifas bancárias, juros e multas Elegibilidade projeto não se justifica.
Aluguel de carro (Viagens)
Renovação das licenças de softwares
diversos (sistemas operacionais, pacotes
80
"office")
Transporte de RH: deslocamentos de Analisar EPA. Reclassificar os dispêndios
interesse do projeto (Viagens) Pertinência lançados em rubrica errada.
Itens declarados como “Outros Correlatos”
que deveria, estar lançados em Serviços
81
(ex.: Manutenção de equipamento
específico ao projeto) EPA Analisar EPA
CUSTOS INCORRIDOS PROJETOS CONVENIADOS
82 Caso os valores do dispêndio ultrapassem Aprovar até o valor limite elegível. Glosar o
os valores limites: 20% Elegibilidade excedente.
44
83 Projeto cujos dispêndios foram totalmente Não aprovar os dispêndios com Custos
reprovados. Pertinência Incorridos.
84 Projeto cujos dispêndios foram Aprovar até o valor máximo proporcional aos
parcialmente reprovados. Pertinência dispêndios aprovados.
Descrição Recomendação
De acordo com o Decreto nº 5906, de 2006, na elaboração dos relatórios, admitir-se-á a utilização de relatório
simplificado, no qual a empresa poderá, em substituição aos dispêndios previstos nos incisos de IV a X do caput
do art. 25, adotar os seguintes percentuais aplicados sobre a totalidade dos demais dispêndios efetuados nas
atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias da informação e comunicação:
86
I - trinta por cento quando se tratar de projetos executados em convênio com instituições de ensino e
pesquisa credenciadas pelo CATI; e
- vinte por cento nos demais casos.
Montante principal é o somatório dos dispêndios com os incisos I,
II e III;
I – Equipamentos e softwares;
87 II – Obras Civis;
III - Recursos humanos diretos;
Avaliação de Dispêndios: Montante Devem ser detalhados e justificados e serão avaliados de acordo
Principal com a metodologia.
Não será cobrada nenhuma comprovação referente aos
dispêndios dos incisos:
IV- RH indiretos;
V- Livros e periódicos;
88 VI- Materiais de consumo;
VII - Viagens;
VIII - Treinamento;
IX - Serviços; e
Avaliação de Dispêndios: Demais Rubricas X - Outros correlatos.
45
9.11. Dispêndios com Fundo de Investimento à Capitalização de
Empresas de Base Tecnológica - FIP
APLICAÇÕES
Registro do fundo na Elegibilidade Verificar se o fundo possui registro na CVM e reprovar aplicações
93
CVM em caso negativo.
10.CONCLUSÃO
As tabelas de orientação prática descritas na seção 9 deste Manual não são exaustivas,
podendo o analista encontrar situações não previstas nesse documento, sobre os quais deverá
utilizar os princípios da legalidade, impessoalidade, celeridade, finalidade, razoabilidade,
proporcionalidade e moralidade, em conjunto com os dispositivos estabelecidos nos respectivos
decretos e leis vigentes, para a correta tomada de decisão sobre os casos não previstos nesse
Manual.
46