O capítulo discute as dicotomias público e privado, importantes para delimitar o campo de estudo do Estado. A distinção entre esferas pública e privada resultou em debates entre liberais e socialistas, que defendem interesses individuais versus coletivos. Também são abordados os antagonismos entre Lei e Contrato, Justiça Comutativa e Distributiva. Por fim, alerta-se que a distinção entre público e privado não pode ser confundida com acesso aberto versus restrito.
O capítulo discute as dicotomias público e privado, importantes para delimitar o campo de estudo do Estado. A distinção entre esferas pública e privada resultou em debates entre liberais e socialistas, que defendem interesses individuais versus coletivos. Também são abordados os antagonismos entre Lei e Contrato, Justiça Comutativa e Distributiva. Por fim, alerta-se que a distinção entre público e privado não pode ser confundida com acesso aberto versus restrito.
O capítulo discute as dicotomias público e privado, importantes para delimitar o campo de estudo do Estado. A distinção entre esferas pública e privada resultou em debates entre liberais e socialistas, que defendem interesses individuais versus coletivos. Também são abordados os antagonismos entre Lei e Contrato, Justiça Comutativa e Distributiva. Por fim, alerta-se que a distinção entre público e privado não pode ser confundida com acesso aberto versus restrito.
O capítulo discute as dicotomias público e privado, importantes para delimitar o campo de estudo do Estado. A distinção entre esferas pública e privada resultou em debates entre liberais e socialistas, que defendem interesses individuais versus coletivos. Também são abordados os antagonismos entre Lei e Contrato, Justiça Comutativa e Distributiva. Por fim, alerta-se que a distinção entre público e privado não pode ser confundida com acesso aberto versus restrito.
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UNEB
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCH I BACHARELADO EM DIREITO
Nome: Ana Maria Nogueira de Freitas
Turma: 1º Semestre Noturno Disciplina: Teoria Geral do Estado; Professor: Cloves dos Santos Araújo
Referência bibliográfica: BOBBIO, Norberto. Estado, governo e sociedade. 14 ed. São
Paulo: Ed. Paz e terra, 2009. Estado, governo e sociedade – Cap. 1
Norberto Bobbio inicia o capítulo fazendo referência à obra do imperador
Justiniano I, chefe do Império Bizantino, responsável pela construção do Corpus luris Civilis (que também pode ser chamado de Codex Justinianus). Este trabalho foi o primeiro registro do Direito Romano, então, a respeito dos termos público e privado nos pensamentos político e social do Ocidente. Logo em seguida, o autor afirma que o uso dos termos supracitados resultou no fato de que tais vocábulos se tornaram "uma daquelas 'grandes dicotomias" (BOBBIO, 2012, p. 13). As dicotomias referenciadas servem para fornecer bases teóricas para o campo de investigação, delimitando, representando e ordenando a área de estudo em questão. Em seguida, são estabelecidas duas condições de distinção para a caracterização de uma grande dicotomia que, em resumo, requerem a existência de duas esferas, capazes de englobarem um universo, e que sejam reciprocamente exclusivas, sendo que um elemento encontrado na primeira não pode, ao mesmo tempo, ser encontrado na segunda. "Para cada uma das situações a que convém o uso da dicotomia, as duas respectivas esferas podem ser diversas, cada uma delas ora maior, ora menor, ou por um ou por outro dos termos. " (BOBBIO, 2012, P. 14). Compreende-se que a discussão sobre as esferas público e privada é geralmente acompanhada por juízos de valor historicamente contrapostos, como pode ser observado na oposição dos discursos defendidos por teóricos liberais e teóricos socialistas. Resumidamente, liberais são caracterizados pela defesa plena das liberdades individuais, em uma forma de governo no qual o Estado interviria minimamente nas questões econômicas; a corrente de pensamento socialista, entretanto, atua no sentido de defesa dos interesses do corpo coletivo, em detrimento das liberdades individuais, atuando ativamente na economia para a promoção de igualdades econômica, social e política. Ainda sobre as dicotomias correspondentes, "público e privado", encontram-se, além da diferenciação estabelecida entre sociedade de iguais e sociedade de desiguais, os antagonismos observados entre Lei e Contrato, Justiça Comutativa e Justiça distributiva. A justiça comutativa também é encontrada quando, no direito civil e no direito penal, respectivamente, justa é a indenização correspondente à dimensão do dano; e justa é a pena correspondente ao mal realizado. Por sua vez, a justiça distributiva se caracteriza por inspirar a autoridade pública na distribuição de honras ou de obrigações. A expansão e a difusão do Direito Romano ocidental podem ser consideradas o marco de afirmação do Direito Privado na localidade. O privado é tido como materialização e a manifestação dos interesses da burguesia. O direito público, por sua vez, também é criticado por Marx, não em sua forma de direito, mas na concepção de Estado e de Poder Político. "Praticamente, o primado do público significa o aumento da intervenção estatal na regulação coativa dos comportamentos dos indivíduos e dos grupos infra estatais, ou seja, o caminho inverso ao da emancipação da sociedade civil em relação ao Estado" (BOBBIO, 2012, p. 25). Para encerrar este capítulo, tem-se que não pode ser confundida a dicotomia público / privado do conceito de "público" como algo aberto à população, onde ela possui acesso a algo; nem podendo ser confundida a dicotomia da concepção de "privado' como aquilo que se faz num restrito círculo de indivíduos. O autor encerra o capítulo estabelecendo a consideração de que, embora em Estados democráticos o público vê o poder mais do que em um Estado autocrático, com o advento da tecnologia na memorização dos dados pessoais dos indivíduos; aos detentores do poder será possível ver o público de maneira bem mais ampla que no passado; com um poder incomparavelmente maior ao mais absoluto dos monarcas de Estados autocráticos.
Transplantes Normativos e algumas refrações da sua utilização em decisões judiciais: Análise de posições do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e dos Tribunais Superiores brasileiros