05 - Os Pensadores - Newton
05 - Os Pensadores - Newton
05 - Os Pensadores - Newton
ISAAC NEWTON não foi propriamente um filósofo. Não formulou uma teoria
do ser, nem uma ética, nem uma completa teoria do conhecimento. Não é
possível, porém, compreender a maior parte da reflexão filosófica do século XVllI e
seus desenvolvimentos posteriores sem se conhecer sua física e sua mecânica
celeste. Sua principal obra, Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, constitui -
no dizer de Wilhelm Windel - band - "um fundamento duradouro das ciências
naturais, válido para o futuro, com toda perfeição possível de uma ciência
particular". Os Princípios sintetizam, íntima e completamente, as duas grandes
correntes metodológicas da ciência moderna - a matematização e a experiência -,
unindo e superando o empirismo de Francis Bacon (1561-1626) e o racionalismo
de Descartes (1596-1650).
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LACEY, Hugh Mattew – Vida e Obra, In: Newton – Os Pensadores, S.Paulo, Nova Cultura, 1996.
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MATEMÁTICO, FÌSICO E TEÒLOGO
Dois anos após a publicação dos Princípios, Newton foi eleito membro do
Parlamento como representante da Universidade de Cambridge, cargo que
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deixaria, em 1690, com a dissolução do Parlamento. Em 1701 seria novamente
eleito, mas sua atuação nos negócios políticos não teve nenhum relevo.
Ocupações mais importantes foram a direção da Casa da Moeda, em 1695, e a
presidência da Royal Society desde 1703 até 1727, data de sua morte. A Royal
Society desempenhou papel extremamente significativo na vida científica inglesa,
congregando todos os elementos de relevo nas ciências da época.
Nos últimos vinte anos de sua vida, Newton não fez mais nenhuma
contribuição significativa para a história das ciências. Dedicou-se a assuntos
teológicos, chegando mesmo a considerá-los, na opinião de muitos historiadores,
mais importantes do que a física e a matemática. Entre os escritos dessa época
destacam-se as Observações sobre as Profecias de Daniel e do Apocalipse de
São João, publicadas em 1733.
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AS BASES DA FÌSICA MODERNA
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celestes as forças de gravidade pelas quais os corpos tendem para o Sol e para
os vários planetas".
Newton não fica somente no exemplo e vai muito além, expressando sua fé
numa concepção mecânica de toda a Natureza: "Oxalá pudéssemos também
derivar dos princípios mecânicos os outros fenômenos da Natureza, por meio do
mesmo gênero de argumentos, porque muitas razões me levam a suspeitar que
todos esses fenômenos podem depender de certas forças pelas quais as
partículas dos corpos, por causas ainda desconhecidas, ou se impelem
mutuamente, juntando-se segundo figuras regulares, ou são repelidas e
retrocedem umas em relação às outras. Ignorando essas forças, os filósofos
tentaram em vão até agora a pesquisa da Natureza. Espero, no entanto, que os
princípios aqui estabelecidos tragam alguma luz sobre esse ponto ou sobre algum
método melhor de filosofar".
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ESPAÇO E TEMPO ABSOLUTOS
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caso está em repouso em relação às estrelas fixas. Essa a razão de não se poder
utilizar a Terra como sistema inercial, pois está acelerada em relação ao Sol.
Contudo, sendo a Terra o habitat de qualquer observador, as medidas por ele
mesmo realizadas evidenciarão, em alguns casos, erros devidos ao movimento
relativo do próprio observador. Nesse caso, ou se desprezam os erros (desde que
sua magnitude não seja relevante), ou se atribuem a certas "forças fictícias" esses
erros, isto é, as acelerações oriundas da própria aceleração do sistema. Essas
dificuldades de ordem lógica, contudo, não chegam a obscurecer o extraordinário
valor operacional das leis newtonianas.
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CRONOLOGIA
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BIBLIOGRAFIA
LACEY, H. M.: A Linguagem do Espaço e do Tempo, Editora Perspectiva,
São Paulo, 1972.
NAGEL, E.: The Structure of Science, Nova York, 1961.
MORE, L. T.: lsaac Newton, Nova York, 1962.
ANDRADE, E. N. C.: Sir lsaac Newton, Londres, 1961.
COHEN, I. B.: Franklin and Newton, Filadélfia, 1956.
WHITESIDE, D. T.: The Expanding World of Newtonian Research in History
of Science, voI. I (1962), 16-29.
BUCHDALL,G.:The lmage of Newton and Locke in the Age of Reason,
Londres, 1961.
D'ABRO, A: The Rise of the New Physics,Nova York, 1951.
DIJKSTERHUIES, E J.:The Mechanization of the World Picture, Oxford,
1961.
HALL, A R.: From Galileo to Newton, Nova York, 1963.
BURTT, E. A: The Metaphysical Foundations of Modern Science, Garden
City, Nova York, 1955.
BUTTERFlELD, H.: The Origins of Modern Science, Nova York, 1958.
JAMMER, M.: Concepts of Space, Cambridge, Massachusetts, 1957.
KOYRÉ, A: From the Closed World to the Infinite Universe, Nova York,
1958.
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SIR ISAAC NEWTON
PRINCÌPIOS MATEMÁTICOS DA FILOSOFIA NATURAL*
Tradução de Carlos Lopes de Mattos, Pablo Rubén Mariconda e
Luiz Possas (Escólio geral)
PREFÁCIO AO LEITOR
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A palavra "mecânica" vem do grego "mekhané", que significa "máquina",
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rigor a arte de medir. Mas, enquanto as artes manuais versam principalmente
sobre o movimento dos corpos, acontece que vulgarmente se refira a geometria à
grandeza, mas a mecânica ao movimento. Nesse sentido a mecânica racional
será a ciência dos movimentos que resultam de quaisquer forças, e das forças
exigidas para produzir esses movimentos, propostas e demonstradas com
exatidão. Essa parte da mecânica foi cultivada pelos antigos nas cinco potências
relativas às artes manuais. Eles consideraram a gravidade (que não é um poder
manual) apenas no mover os pesos por esses poderes. Nós, porém, cuidando não
das artes mas da filosofia, e não das potências manuais mas das naturais,
tratamos sobretudo do que se refere à gravidade, leveza, força elástica,
resistência dos fluidos e forças semelhantes, atrativas ou impulsivas; e, por
conseguinte, apresento esta obra como os Princípios Matemáticos da Filosofia.
Com efeito, a dificuldade precípua da filosofia parece consistir em que se
investiguem, a partir dos fenômenos dos movimentos, as forças da natureza,
demonstrando-se a seguir, por meio dessas forças, os outros fenômenos. A isso
se destinam as proposições gerais do primeiro e segundo livros. No terceiro,
porém, dou um exemplo disso por meio da explicação do sistema mundano. Aí, de
fato, pelas proposições matematicamente demonstradas nos livros anteriores,
derivam-se dos fenômenos celestes as forças de gravidade pelas quais os corpos
tendem para o sol e os vários planetas. Depois deduzo dessas forças, por
proposições também matemáticas, o movimento dos planetas, dos cometas, da
lua e do mar. Oxalá pudéssemos também derivar os outros fenômenos da
natureza dos princípios mecânicos, por meio do mesmo gênero de argumentos,
porque muitas razões me levam a suspeitar que todos esses fenômenos podem
depender de certas forças pelas quais as partículas dos corpos,por causas ainda
desconhecidas, ou se impelem mutuamente, juntando-se segundo figuras
regulares, ou são repelidas e retrocedem umas em relação às outras. Ignorando
essas forças, os filósofos tentaram em vão até agora a pesquisa da natureza.
Espero, no entanto, que os princípios aqui estabelecidos tragam alguma luz sobre
esse ponto ou sobre algum método melhor de filosofar.
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Na publicação dessa obra o muito perspicaz e eruditíssimo senhor
Edmundo Halley ajudou-me não só a corrigir os erros tipógraficos e a preparar as
figuras geométricas, mas também foi quem me levou à edição do trabalho. Com
efeito, quando obteve minhas demonstrações da figura das órbitas celestes,
insistiu comigo para que as comunicasse à Sociedade Real, a qual depois, graças
a seus amáveis encorajamentos e rogos, levou-me a pensar em publicá-Ias.
Porém, depois que comecei a considerar a desigualdade dos movimentos lunares
e algumas outras coisas a respeito das leis e medidas da gravidade ou outras
forças; e as figuras que devem ser descritas pelos corpos atraídos conforme as
ditas leis; o movimento de muitos corpos entre si; o movimento dos corpos nos
meios resistentes; as forças, densidades e movimentos dos meios; as órbitas dos
cometas e coisas semelhantes; vendo tudo isso, julguei dever adiar esta edição, a
fim de estudar tais pontos e publicar tudo junto. As coisas relativas aos
movimentos lunares (sendo imperfeitas) foram colocadas nos corolários da
Proposição LXVI para evitar de ser obrigado a prapô-las e demonstrá-Ias, uma por
uma, com um método mais prolixo do que o merecia o assunto, interrompendo a
série das outras proposições. Algumas coisas, achadas mais tarde, foram por mim
introduzidas em lugares menos indicados, de preferência a modificar o número
das proposições e citações. Peço de coração que as coisas que aqui deixo sejam
lidas com indulgência, e que meus defeitos, num campo tão difícil, não sejam tanto
procurados com vistas à censura, como com a finalidade de serem remediados
pelos novos esforços dos leitores.
Cambridge, Trinity College, 8 de maio de 1686 (2ª edição, que traz um
segundo prefácio)
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DEFINIÇÕES
DEFINIÇÃO I
DEFINIÇÃO II
DEFINIÇÃO III
A força inata (ínsita) da matéria é um poder de resistir pelo qual cada corpo,
enquanto depende dele, persevera em seu estado, seja de descanso,seja de
movimento uniforme em linha reta.
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Essa força é sempre proporcional a seu corpo, e não difere da inércia da
massa senão no nosso modo de conceber. E pela inércia da matéria que todo
corpo dificilmente sai de seu estado de descanso ou de movimento. Logo, a força
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inata pode ser chamada pelo nome muito sugestivo de força de inércia. Mas um
corpo só exerce essa força quando da mutação de seu estado por outra força
impressa em si; e o exercício dessa força pode ser considerado sob o duplo
aspecto de resistência e de ímpeto: resistência, enquanto, para conservar o seu
estado, o corpo se opõe à força impressa; ímpeto, enquanto o mesmo corpo,
dificilmente cedendo à força do obstáculo oposto, esforça-se por mudar o estado
deste. Atribui-se usualmente a resistência aos corpos em repouso, e o ímpeto aos
que se movem, mas o movimento e o descanso, enquanto concebidos pelo vulgo,
apenas se distinguem relativamente um do outro, nem se acham sempre em
repouso os corpos que o vulgo considera parados.
DEFINIÇÃO IV
A ação impressa é uma ação exercida sobre um corpo para mudar seu
estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta.
DEFINIÇÃO V
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Enquanto admite uma força de inércia como "força inata", Newton mostra que ainda não se libertara
completamente das "qualidades ocultas" da física antiga.
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Assim é a gravidade, pela qual o corpo tende ao centro da terra, a força
magnética, pela qual o ferro tende ao centro do ímã, e aquela força, seja qual for,
pela qual os planetas são continuamente afastados dos movimentos retilíneos,
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obrigados a seguir linhas curvas. A quantidade, porém, da força centrípeta é de
três espécies: absoluta, aceleradora e motriz.
DEFINIÇÃO VI
Assim é que a força magnética se toma maior num imã e menor em outro. 5
DEFINIÇÃO VII
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Na 2ª edição, o A. alonga-se muito mais. Fala da força centrípeta que segura a pedra na funda, força sem a
qual (e sem a gravidade e a resistência do meio) a pedra seguiria indefinidamente em linha reta. Passa em
seguida a referir-se à lua, que gira, graças à gravidade ou outra força qualquer, em redor da terra; essa força
não poderia ser diminuta demais (porque então não conseguiria fazer a lua desviar-se da terra), nem forte
demais (porque então a lua cairia sobre a terra). Cabe aos matemáticos determinar a quantidade justa da
força.
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Na 2ª edição acrescentou-se: "conforme seu tamanho e energia de intensidade".
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DEFINIÇÃO VIII
Assim, o peso é maior num corpo maior, e menor num menor; e, no mesmo
corpo, é maior perto da terra e menor nos céus. Essa força é o centripetismo ou
propensão de todo o corpo para o centro, ou, por assim dizer, seu peso,
conhecendo-se sempre pela força que lhe é contrária e que é igual, capaz de
impedir a descida do corpo.
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Na edição seguinte o A. porá essas forças na ordem que segue: motrizes, aceleradoras e absolutas.
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força aceleradora sobre cada uma das partículas do corpo é a força motriz do
todo. Conseqüentemente, junto à superfície da terra, onde a gravidade
aceleradora ou força da gravidade é a mesma em todos os corpos, a gravidade
motriz, ou peso, é como o corpo; mas se subirmos às regiões onde a gravidade
aceleradora se torna menor, o peso também diminuirá, e sempre será como o
corpo multiplicado pela gravidade aceleradora. Assim, nas regiões onde a
gravidade da aceleração é duplamente menor, o peso do corpo dupla ou
triplamente menor será quatro ou seis vezes menor.
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Escólio
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I. O tempo absoluto, verdadeiro e matemático flui sempre igual por si
mesmo e por sua natureza, sem relação com nenhuma coisa externa, chamando-
se com outro nome "duração"; o tempo relativo, aparente e vulgar é certa medida
sensível e externa de duração por meio do movimento (seja exata, seja desigual),
a qual vulgarmente se usa em vez do tempo verdadeiro, como são a hora, o dia, o
mês, o ano.
II. O espaço absoluto, por sua natureza, sem nenhuma relação com algo
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Para Newton o tempo e o espaço seriam absolutos. Discute-se muito, porém, qual o verdadeiro sentido
dessa expressão.
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III. O lugar é uma parte do espaço que um corpo ocupa, e, com relação ao
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e ao vento, para o Ocidente com a velocidade de 10 partes, mas se o navegante
andar no navio para o Oriente com uma parte da velocidade, mover-se-á
verdadeira e absolutamente no espaço imóvel, para o Oriente, com 10 001 partes
da velocidade, e relativamente na terra, para o Ocidente, com nove partes da
velocidade.
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Alusão a Aristóteles, que definia o tempo como "numeração do movimento segundo o antes e o depois".
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pelas posições e distâncias das coisas em relação a um determinado corpo, que
consideramos imóvel; a seguir também calculamos todos os movimentos
relativamente a esses lugares, enquanto concebemos os corpos como transferidos
destes. É assim que empregamos em vez dos lugares e movimentos absolutos os
relativos, sem nenhum inconveniente na vida comum: na filosofia, entretanto,
devemos fazer abstração dos sentidos. Pode, na realidade, acontecer que
nenhum corpo, ao qual os lugares e movimentos se refiram, esteja de fato parado.
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em relação à interior, ou como a casca em relação ao cerne, pois que, movida a
casca, o cerne também, como parte do todo, se moverá, sem a translação da
casca vizinha.
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relativo, conservando-se o verdadeiro, e ser conservado, mudando - se o
verdadeiro; logo, o movimento verdadeiro não consiste de maneira alguma em tais
relações.
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essas translações. Só há um verdadeiro movimento circular de qualquer corpo que
gira, correspondendo ao único esforço, como seu efeito próprio e adequado, ao
passo que os movimentos relativos, consoante as várias relações, com os corpos
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externos, são inúmeros, e, como as relações, são completamente destituídos de
efeitos verdadeiros, a não ser enquanto participam daquele verdadeiro e único
movimento. Segue-se que no sistema daqueles conforme os quais nosso céu gira
abaixo do céu das estrelas fixas, carregando consigo os planetas, 10 estes e todas
as partes do céu, que relativamente descansam em seu céu próximo, na verdade
se movem. De fato, mudam suas posições mas em relação às outras (o que não
se dá com os corpos em repouso verdadeiro), e, carregados por seu céu,
participam de seu movimento, e, como partes dos todos que giram, esforçam-se
por afastar-se de seus eixos.
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As relações, segundo Aristóteles (seguido neste ponto por Newton), têm apenas um "ser para", variando
conforme os termos a que se destinam e sendo destituídas de efeitos verdadeiros, como se dirá logo após.
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Sistema dos que admitem que o mundo é formado por esferas (ou céus), com as quais giram os planetas,
na esfera inferior, e as estrelas fixas, na superior.
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Deixou-se na edição seguinte esta referência à Sagrada Escritura, para dizer-se que os que assim pensam
vão contra a exatidão da linguagem.
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espaço imóvel em que os corpos se movem de verdade não caem sob os
sentidos. A causa, entretanto, não está de todo perdida, porque há argumentos
que suprem esse defeito, em parte provindos dos movimentos aparentes, os quais
constituem diferenças dos movimentos verdadeiros, em parte oriundos das forças
que são causas e efeitos desses movimentos. Se, p.ex., dois globos, com
determinada distância entre si e ligados por um cordão, forem movimentados ao
redor do centro comum de gravidade, conhecer-se-á pela tensão do fio o esforço
dos globos por afastar-se do eixo do movimento, e, daí, poderemos calcular a
quantidade do movimento circular. Em seguida, se forem impressas ao mesmo
tempo em ambas as faces dos globos quaisquer forças iguais, a fim de aumentar
ou diminuir o movimento circular, poderemos inferir pela tensão aumentada ou
diminuída do cordão o aumento ou diminuição do movimento; e daí se poderiam
encontrar afinal as faces dos globos em que se devessem imprimir as forças para
que o movimento atingisse o máximo, i. e., as faces posteriores, ou aquelas que
vêm depois no movimento circular. Ora, conhecidas as faces que se seguem, e as
faces opostas, as que precedem, conhecer-se-ia a determinação do movimento.
Dessa maneira, poder-se-ia chegar tanto à quantidade quanto à determinação
deste movimento circular num vácuo imenso, onde não houvesse nada de externo
e sensível, com que os globos pudessem ser comparados. Mas se se
estabelecessem nesse espaço alguns corpos remotos que guardassem certa
posição entre si, como são as estrelas fixas nas nossas regiões, não se poderia,
de fato, saber pela translação relativa dos globos entre os corpos se o movimento
deveria ser atribuído a estes ou àqueles. Se, porém, se prestasse atenção ao fio e
se se verificasse que sua tensão é aquela que o movimento dos globos exige,
poderíamos concluir que o movimento é dos globos e chegar afinal, pela
translação dos globos entre os corpos, à determinação desse movimento. Mas
inferir os movimentos verdadeiros de suas causas, de seus efeitos e de suas
diferenças aparentes, ou, inversamente, deduzir dos movimentos, quer
verdadeiros quer aparentes, suas causas e efeitos, é o que se ensinará com mais
particularidades nas páginas seguintes. É para esse fim que compus este
trabalho.
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AXIOMAS OU LEIS DO MOVIMENTO
LEI I
LEI II
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LEI III
A uma ação sempre se opõe uma reação igual, ou seja, as ações de dois
corpos um sobre o outro sempre são iguais e se dirigem a partes contrárias.
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