02 - Implementaç o de Sistema de Acesso Remoto Móvel
02 - Implementaç o de Sistema de Acesso Remoto Móvel
02 - Implementaç o de Sistema de Acesso Remoto Móvel
MONOGRAFIA
Curitiba
2013
JOSÉ NUNES PALMEIRA
CURITIBA
2013
RESUMO
The present monograph approaches the study of a pilot project established in the
Parana’s State Police Department through a model of remote access to the
services offered in the police stations unit’s networks. The application access
services were usually offered in the local internal networks. The model has been
adopted to find the best solution of access, considering that the structure doesn’t
cover all the police organization as one, but only the unit located in the city of
Marechal Cândido Rondon, State of Paraná. This model involves the installation
of a link in the local network, and, in this connection, configuring a Virtual Private
Network (VPN) server. Afterwards, it implicates in the use of a netbook with 3G
mobile phone network access in one of the police vehicles and by that,
accomplishing the connection with the internal systems. Even with the deficiencies
in the 3G connection, the system is in use and with expansion perspectives as the
3G connection quality improves.
1. INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
2. REFERENCIAL TEÓRICO
1 Operação Arrastão: são operações montadas com a participação de vários policiais, utilizando algumas
viaturas e estes saem em um bairro ou região identificada como necessária a atuação mais enérgica, e
por meio de abordagens tanto de pessoas nas ruas, quanto em estabelecimentos comerciais a fim de
proporcionar mais tranquilidade pública.
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Quando se tem dois computadores isolados, ainda não temos uma rede, pois os
computadores não trocam informações (SANTOS, 2009). Já quando se tem dois micros
conectados, podemos dizer que há uma ligação em rede, conforme a observa-se na figura
2 a seguir:
Mesmo que dois computadores estejam ligados em rede, ficam bastante limitados
quanto as funcionalidades de estarem efetivamente em rede, porém, já há a possibilidade
de troca de informação, o que é precisamente o conceito básico de uma rede de
computadores.
Algumas topologias físicas usadas em redes locais são mostrada na figura 3 a
seguir: a topologia em estrela (a), em que existe um nó central ligado a todos os outros
nós e por onde é passado todas as mensagens; a topologia em anel (b), que consiste em
varias máquinas interligadas por meio de um caminho fechado que trabalham como repe-
tidores, até que a mensagem seja retirada da rede pelo nó de destino; e a topologia em
barramento (c), nessa topologia todos os nós se ligam ao mesmo meio de transmissão e
cada nó pode ver todas as informações transmitidas (SOARES; LEMOS; COLCHER,
1995).
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É uma rede de dados de alta velocidade, de poucos erros, que abrange uma área
geográfica relativamente pequena (até cerca de mil metros). As redes locais
conectam estações de trabalho, periféricos, terminais e outros dispositivos em um
único edifício ou outra área limitada geograficamente.
(CISCO, NETWORK ACADEMY, Módulo 4, Cap. 1, Slide 1.0.1.1, 2013)
Já uma MAN também pode ser descrita como uma rede que interliga
equipamentos em uma área maior do que uma LAN. A “Metro Ethernet” é uma tecnologia
de rede em rápida evolução que amplia a Ethernet até redes públicas mantidas por
empresas de telecomunicação (CCNA, Network Academy, Modulo 4, Capítulo 1 - Slide
1.3.5.3).
Entre os benefícios da MAN pode-se citar, despesas e administração reduzidos, a
integração simplificada com redes existentes e a produtividade melhorada.
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Nesse contexto, como a própria figura 6 a seguir define, a LAN utiliza recursos da
WAN para atingir suas metas de conexão.
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• Economia;
• Segurança;
• Escalabilidade;
• Compatibilidade com tecnologia de banda larga.
Este modelo, utiliza uma conexão criptografada entre redes privadas em uma
rede pública, isto por meio de conexões virtuais chamadas de túneis VPN roteados pela
Internet da rede privada corporativa para o local remoto (CCNA, Network Academy,
Modulo 4, Capítulo 1 - Slide 1.3.5.2).
Importante ressaltar que essa figura, refere-se a rede veicular com a finalidade de
segurança no trânsito, com veículos todos interagindo entre si, para uma melhoria em
diversas situações de tráfego.
O que se pode aproveitar no projeto pretendido é o modo infraestruturado citado
no desenho, onde o veículo representa a viatura policial ligada em uma rede de pontos de
acesso (APs), distribuída pela cidade, e com isso sendo possível realizar a conexão via
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aos sistemas de consulta policiais, é a quantidade de estações que uma CCC pode
gerenciar e o número de assinantes máximo que é vinculado pela política de operação de
cada empresa, relacionando assim a qualidade do serviço fornecido.
Este fator é importante devido a grande quantidade de reclamações atualmente
referentes a telefonia móvel, bem como o projeto apresenta problema quanto a
funcionalidade devido a esta ineficiência, ou seja, a política das empresas leva a
constatação que o número de assinantes está além da capacidade do sistema, isto será
tratado no capítulo 3: Implementação – Sistema Embarcado em viatura Policial Militar.
Matriz de Comutação
Esta parte da CCC é semelhante a uma central telefônica comum. Responsável
pela interconexão com a rede fixa e a comutação entre os terminais móveis (VARGAS,
2002).
Transcoder
Responsável pela transparência e interconexão entre a CCC e as estações ERB,
que funcionam com canais de voz de 16 Kb/s. Como as interconexões com as outras
operadores de telefonia fixa, longa distância e celular são feitas via canais de 64 Kb/s, é
responsabilidade do transcoder fazer a conversão entre elas (VARGAS, 2002).
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2 HSDPA – Pacote de Acesso de Link para Baixo de Alta Velocidade, em uma tradução livre.
3 HSUPA – Pacote de Acesso de Link para Cima, em uma tradução livre.
4 WCDMA – Acesso Múltiplo por Divisão de Codigo “Wideband”, em tradução livre.
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geração (2G), que possui como principal diferença o seu sinal e canais de voz digitais,
além de fornecer a possibilidade de comunicação de dados desde seu lançamento. Uma
geração intermediária foi implementada com o lançamento da tecnologia GPRS, definida
como 2,5 G, esta marcação na evolução se deve com a introdução da técnica de
transmissão de dados por pacotes de dados. Em seguida, com o advento de novas
tecnologias como UMTS, SHDPA, HSUPA e WCDMA levaram a outra definição, a terceira
geração – 3G. Por fim, o atual lançamento do 4G (de quarta geração) em fase de
implementação, tendo como protótipo em algumas capitais do pais prometem o que há de
mais moderno e veloz no campo de transferência de dados (VARGAS, 2002).
vídeo, radares e sonares, etc. Por fim, aplicações de sistemas embarcados do tipo de
comunicações e redes, àquelas que realizam chaveamento e distribuição de informações
(CUNHA, 2008).
Dentre esses tipos citados, constata-se que no projeto ora desenvolvido, as
aplicações de sistemas embarcados de propósito geral está intimamente ligado com a dos
tipos de comunicação e redes, pois é basicamente um computador de mesa, com a
funcionalidade de comunicar-se à Internet, instalado em uma viatura.
Também, no caso do sistema, possui a característica de tamanho e peso
pequeno, pois o netbook possui dimensões reduzidas. Além o baixo consumo de energia,
que também é obtida do sistema elétrico do próprio veículo.
Destacando também a robustez do equipamento, que ressalvada as devidas
fragilidades, quando do uso, o equipamento não apresentou nenhum tipo de avaria
quando em operação no ambiente proposto. Nesse item, é importante citar, que foi
analisado a utilização de Tablets, pois possuem algumas funcionalidades, como
portabilidade, produtividade, entretenimento e adaptabilidade (DARIVA, 2011).
Porém, ao avaliar cada uma dessas funcionalidades, para o uso proposto, a
portabilidade e produtividade seriam as principais características que poderiam definir
esse equipamento como o ideal. Porém, a portabilidade, ao mesmo tempo pode ser uma
desvantagem, pois o serviço de policiamento é sempre muito dinâmico e imprevisível, a
qualquer momento pode e sempre ocorre uma perseguição, uma abordagem repentina,
com isso, esse equipamento estando nas mãos do policial, fatalmente poderia danificá-lo.
Por outro lado, o entretenimento e adaptabilidade não seriam recursos influentes
no processo de escolha, tendo em vista que esses requisitos nada contribuem para o uso
proposto para o equipamento.
Assim, como é um projeto piloto e novamente levando-se em conta o custo, a
adoção de um netbook foi a que mais se adaptou ao objetivo pretendido, principalmente
por que havia a parceria no desenvolvimento do suporte para fixar o equipamento na
viatura.
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3. IMPLEMENTAÇÃO
Na outra extremidade, a conexão mais viável, foi a por meio da telefonia móvel
(sistema de celular) com tecnologia de terceira geração (3G).
Para situar a funcionalidade do sistema, a figura 17 demonstra onde estão
instaladas as antenas de telefonia móvel (ERB's) na cidade de Marechal Cândido
Rondon, bem como as operadoras que fornecem o serviço na cidade, sendo possível
assim, determinar se será viável o projeto, tendo em vista a funcionalidade da conexão
por meio do enlace estabelecido.
oferecidos pelas operadoras: somente telefonia móvel (celular e conexão 2G) ou conexão
3G. Constatando que apenas a operadora Claro fornece o sistema de conexão para
dados de terceira geração (3G), sendo por isto escolhida.
Para uma análise mais coerente, bem como evitar estudo altamente técnico de
Qualidade de Serviço (QoS), o que fugiria do escopo do projeto, foi adotado como
ambiente referência uma conexão residencial ADSL, distribuída por meio de um ponto de
acesso (AP) marca TECNICOLOR, modelo TD5130, fornecida pela operadora IO,
conforme contrato de 2 Mbps, sendo obtidos e mensurados os seguintes resultados
mostrado na figura 19:
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Por outro lado, ao realizar o uso do protocolo Internet Control Message Protocol
(ICMP), protocolo auxiliar para camada Internet da pilha de protocolos TCP/IP, por meio
do comando em modo texto “ping”, disparando 10 pacotes teste até o endereço do site
www.terra.com.br, foi obtido o mostrado na figura 20 a seguir:
Nessa figura, é possível abstrair que foram enviados 10 pacotes e das estatísticas
resultantes é possível observar que a média ficou em 59.734 milésimos de segundos
(ms).
Diante desse ambiente-parâmetro, em que os valores obtidos servem como
referência, foi realizado os mesmos testes, porém utilizando a conexão por meio da
operadora de telefonia móvel Claro (sistema 3G), e os resultados são os mostrados na
figura 21 a seguir:
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Figura 22 – Medições usando protocolo ICMP, com conexão via telefonia móvel celular 3G de Claro.
Fonte: autoria própria.
5 Empresa Opção Net Telecom – Sediada na cidade de Nova Santa Rosa, oferece serviços de
Comunicação Multimídia, Provedor, Cabeamento Estruturado, Hospedagem física de equipamentos e
Lógica (de sites), Vídeo Monitoramento, Conexão Ponto-a-Ponto, Enlace de Rádio entre outros serviços
na área de tecnologia (http://www.opcaonet.com.br).
6 Empresa tropical Cabines – sediada na cidade de Marechal Cândido Rondon, fundada em 1985 e atua
no ramo de transformação de picapes (www.tropicalcabines.com.br)
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Após o login, acessa-se todos recursos disponíveis, abaixo (figura 24) é mostrado
a tela de administração dos usuários do sistema, porém, por questão de segurança foram
retirads informações relativas aos logins do sistema, bem como endereçamentos IP.
4º Passo: Após clicar em “Criar ...” na figura anterior, será aberta a janela da
figura 26 a seguir onde é possível definir o “Nome da Conexão”, aplicado a opção
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Ao pressionar a tecla “Salvar ...”, a conexão VPN está criada, bastando para
realizar o tunelamento até a rede interna da PMPR, clicar com o botão esquerdo do
mouse novamente sobre o ícone que representa as conexões de rede, como citado
anteriormente, no menu que é aberto, percorrer até a opção do nome da conexão VPN
que acabara de ser criada, realizando assim a conexão com o servidor, alterando o ícone
para este: . Importante notar que o cadeado confirma a conexão VPN foi
É importante ressaltar que o suporte é móvel, pois é composto por duas partes,
uma fixa no painel, e a outra (figura 29 à esquerda) pode ser removida facilmente.
Ao observar o suporte já instalado no veículo, verifica-se que atende a
necessidade, pois o objetivo é ter o netbook em uma posição usável, e isto comprova-se
conforme a figura a seguir.
Como citado anteriormente, em que desde o ano de 1973, nos EUA, já havia
viaturas equipadas com aparelhos celulares para a comunicação com a central.
Diante dessa situação e da evolução tecnológica, surgiu o questionamento de
como está atualmente o uso de tecnologia embarcada no serviço policial, objeto desse
projeto.
Para dirimir essa dúvida, realizada pesquisa sobre o tema, e nesta foi encontrada
a empresa MXT Industrial7, a qual atua no fornecimento de produtos voltados para a
Segurança Pública, conforme divulgado em seu site:
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por se tratar de um projeto piloto e individual, foi considerado vários fatores para
implementação do serviço, mas o decisivo para a grande maioria das escolhas foi o custo.
Isto se deve pela dificuldade de mover recursos do estado, que centralizado na capital
torna complexo, porém, também assumindo a dificuldade de elaborar projetos, o que
talvez seja o grande fator de não haver uma participação efetiva da esfera estadual.
Por outro lado, quando se projeta um sistema, por mais que a teoria reforça a
viabilidade técnica, a aplicação prática e funcional será decisivo na definição funcional ou
não, ou seja, a implementação será o fator preponderante na definição da efetividade ou
não.
Nesse caso, ao buscar formas de implementar e, ao consultar a teoria funcional,
nos pareceu que a efetividade do serviço seria satisfatória, porém ao realizar a
implementação efetiva do sistema, comprovou-se que o grande limitador é a deficiência
do sistema de telefonia móvel celular, que não fornece um serviço de qualidade
satisfatória.
O gargalo do projeto, é a péssima conexão obtida com a Internet utilizando a
telefonia móvel (3G), isto utilizando a única operadora que oferece este serviço na
localidade que fora implementada. Isto se comprova com a constante reclamação por
parte dos usuários que se vê na mídia atualmente.
Sobre uma outra perspectiva, vemos que não está longe de se realizar o que aqui
foi proposto, é possível perceber que a tecnologia atualmente existe e permite
perfeitamente a implementação ampla do modelo descrito. O que falta é movimentar os
diversos órgãos responsáveis, tanto estatais como as empresa privadas que forneçam um
serviço que atenda as necessidades.
Mesmo assim, o projeto ora implementado, que está em funcionamento, possui
na sua essência a utilidade funcional que não é difícil perceber ser necessária e muito
interessante para o trabalho policial. O fato é que por ser um projeto piloto, portanto
experimental e devido as limitações impostas pela tecnologia móvel celular, ainda não
oferece condições de expansão.
Também é fato, que esse é o caminho, a busca de ferramentas tecnológicas para
melhorar os processos produtivos, como ocorre nos mais diferentes segmentos, seja no
produtivo ou na prestação de serviços. No segmento público, também deve ser buscado
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8 WIMAX é uma tecnologia padronizada de rede sem fio que permite substituir as tecnologias de acesso de
banda larga por cabo e ADSL – Disponível em:
<http://www.efagundes.com/artigos/WiMAX.htm#sthash.iAGz7klo.dpuf>. Acesso em: 24 jul. 2013.
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REFERÊNCIAS
ANTÓNIO, F.; VAZÃO, T.; VARELA, A. Uma proposta de Rede Veicular com
Arquitetura IP e Acesso por Wifi. 2009. Disponível em:
<http://cnm.tagus.inesc-id.pt/files/Antonio-Minho-After-Revision.pdf>. Acesso em: 10 jul.
2013.
CASSOL, D. Mau sinal: O que anda acontecendo com a telefonia celular no Brasil.
Revista Desafios do Desenvolvimento, Ano 9. Ed. 75 – 2012.
Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?
option=com_content&view=article&id=2867:catid=28&Itemid=23>. Acessado em: 16 jul.
2013.
PARANÁ. Lei nº 16.576, de 29 de Setembro de 2010: Lei que Fixa o efetivo da Polícia
Militar do Paraná. Disponível em:
<http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?
action=exibir&codAto=56283&codItemAto=436588>. Acesso em: 12 jul. 2013.
PARANÁ TV. Computador de bordo nas viaturas vai agilizar serviço da Polícia
Rodoviária do Estado. Disponível em:
<http://globotv.globo.com/rpc/parana-tv-1a-edicao-londrina/v/computador-de-bordo-nas-
viaturas-vai-agilizar-servico-da-policia-rodoviaria-do-estado/2241551/>. Acesso em 19 de
jul. 2013.
ROTHMAN, P.; Veja como funcionam os tablets nas viaturas da PM. Disponível em:
<http://info.abril.com.br/tvinfo-novo/info-ar/veja-como-funcionam-tablets-viaturas-pm-
2c9f94b532ac8da20132bb2bc8b212ba.shtml>. Acesso em: 19 jul. 2013.
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