Mat. Medieval - História
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Idade Média
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Matheus Santos
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Matheus Santos
Idade Média
Apesar de haverem moedas nesse período, as Europa. Tal fato possibilitou a maior
mesmas eram pouco utilizadas tendo em vista disseminação de monastérios e escolas
que as relações comerciais estagnaram desde a católicas, e posteriormente o surgimento das
derrocada do Império Romano do ocidente, o primeiras universidades. Além disto, avanços
que ocasionava na maior troca de produtos e no âmbito literário, da pintura e da arquitetura
mercadorias, principalmente gêneros se fazem presente, exibindo construção de
alimentícios cultivados no feudo. grandes catedrais e das primeiras obras em
Dentre os produtos comumente cultivados, “línguas vernáculas”, além do Latim.
destacam-se os cereais: cevada, trigo, centeio e • Baixa Idade Média (Séc. X - XVI):
aveia, além de leguminosas como favas e
ervilhas, e frutas como as uvas. A produção
destes gêneros caracterizava-se por técnicas
rudimentares, o que acabava gerando uma
baixa produtividade e possibilitando o negócio
somente do excedente de sua produção.
Os servos da gleba eram os responsáveis pelo
cultivo, trato e colheita dos gêneros plantados
na terra feudal. Antes de realizar o trabalho na
terra que lhe foi cedida, era necessário realizar
serviços nas instalações de seu senhor, sendo
uma obrigação tradicionalmente conhecida
como “corveia”. Outros impostos senhorias era
Representação paisagística deste período
a “banalidade”, referente ao pagamento servil
Do Séc. X em diante, notamos uma série de
pelo uso das instalações do senhor, como o
transformações sociais e econômicas que
forno e o moinho, e a “talha”, imposto sobre a
alteraram profundamente a forma com que o
produção no manso servil. Vale destacar que
feudalismo estava estruturado. A paisagem em
os servos eram a camada popular mais humilde
torno dos castelos alterou-se aos poucos, dando
e de menor prestígio na sociedade medieval,
lugar a retomada da vida urbana e comercial e
pois não possuíam terra e, portanto, não
urbana. Tal transformação foi possível,
detinham vassalos.
principalmente, pelo fato das invasões
bárbaras terem cessado. Esta transformação foi
combustível essencial para que no Séc. XI
houvesse o “Renascimento Comercial e
Urbano”, momento em que houve a expansão
dos horizontes comerciais europeus, gerando
polos urbanos de intenso fluxo comercial que
contrastavam radicalmente com a realidade
rural feudal. Os explorados servos da gleba,
passaram a vislumbrar novas possibilidades
sociais para além do sistema feudal que não
lhes beneficiava. Processo que culminou com
as revoltas camponesas do Séc. XIV, em
Calendário Medieval para produção
Ao alvorecer do Séc. IX, as relações políticas, inúmeras localidades, entre estas na Inglaterra
sociais e econômicas da sociedade feudal e as mais violentas na França, conhecidas
como as “Jacquerie”. Fazendo com que
encontravam-se solidificadas e
houvesse a forma de produção servil fosse
potencializaram avanços em algumas áreas,
extinta e os laços de vassalagem com seus
principalmente na confirmação da Igreja
senhores rompidos.
Católica enquanto instituição hegemônica da
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Referências Bibliográficas:
ANDERSON, Perry. Passagens da antiguidade ao
feudalismo. Editora brasiliense, 1987.
BASCHET, Jérôme; FEUDAL, A. Civilização feudal:
do ano 1000 à colonização da América. São Paulo:
Globo, 2006.
BLOCH, Marc. Os Reis Taumaturgos: Estudo sobre
o caráter sobrenatural do poder régio na França e na
Inglaterra. EDIPRO, 2020.
O triunfo da morte. Pieter Bruegel, 1562.
JUNIOR, Hilário Franco. O Feudalismo. São Paulo:
As péssimas condições higiênicas, somada a Editora brasiliense, 1983.
mentalidade supersticiosa e as rudimentares
técnicas medicinais foram elementos que se LE GOFF, Jacques; DE MONTREMY, Jean-
Maurice. Em busca da idade média. Civilização
fizeram presentes durante toda a Idade Média.
Brasileira, 2006.
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