Anatomia Artistica 2

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ANATOMIA Como desenhar o

ARTÍSTICA 2
corpo humano de
forma esquemática

MICHEL LAURICELLA
ANATOMIA Como desenhar o

ARTÍSTICA 2
corpo humano de
forma esquemática

MICHEL LAURICELLA

TRADUÇÃO
JULIA DA ROSA SIMÕES

São Paulo, 2021


SUMÁRIO
5 Apresentação

6 Introdução

21 Cabeça e pescoço

39 Tronco

59 Membro superior

79 Membro inferior

96 Referências bibliográficas
APRESENTAÇÃO

O tema deste livro é a esquematização zer, mas esperamos que a construção


do corpo humano no intuito de facilitar do boneco simplifique seu trabalho e
o desenho de imaginação. Na intro- enriqueça seu repertório de poses.
dução, partimos da forma complexa,
observável ao vivo, e, passando por O desenho de observação, baseado
uma análise da anatomia, deduzimos em modelo vivo, a nossos olhos per-
as formas mais simples que melhor manece indispensável e insubstituível.
se aproximam da silhueta e permitem Se você se dispôs a somente desenhar
variar as posturas. As proporções aqui a partir da observação, a simplificação
usadas são as do indivíduo adulto e aqui proposta talvez empobreça seu
foram reduzidas ao essencial, sem desenho e o torne menos apurado.
distinção de sexo ou idade. O boneco Este livro fará todo sentido quando
resultante é, portanto, neutro e asse- você desenhar sem modelo. Se es-
xuado, mas a construção de formas colher redesenhar os modelos aqui
complexas no espaço pode justificar, sugeridos, não hesite em mudar as
num primeiro momento, a perda de poses e as proporções. O importante é
informações. Recorreremos a volumes estimular seu desenho de imaginação.
simples, como caixas e cilindros, que Além disso, o trabalho com volumes
com suas faces e elipses representarão simples deverá facilitar sua compreen-
a orientação dos segmentos do corpo. são das pregas da pele e das roupas,
Todo o trabalho de detalhamento (su- que muitas vezes coincidem com as
tilezas dos contornos, características elipses que usaremos no lugar das ar-
dos personagens etc.) restará por fa- ticulações.

apresentação - 5
INTRODUÇÃO
A fim de evitar a repetição de um re- ma ovoide, a bacia será reduzida a uma
pertório de poses memorizadas, pro- simples caixa que aflora sob a pele em
pomos um desenho de imaginação seu contorno superior. As formas das
baseado num conjunto restrito de articulações do cotovelo e do joelho
formas geométricas, mais fáceis de se devem à ossatura. As extremidades
dispor segundo nossas necessidades. (mãos e pés) são em grande parte ós-
Caixas e cilindros serão dominantes seas e sua esquematização também
nesse repertório de formas, mas nos parte do esqueleto. Este livro está di-
basearemos no esqueleto o máximo vidido em quatro grandes capítulos:
possível. Assim, a cabeça será inteira- cabeça e pescoço, tronco, membro
mente construída segundo o esquema superior, membro inferior.
do crânio, a caixa torácica terá uma for-

6 | anatomia artística 2
4

2 A nádega (gordura) se confunde com


os músculos glúteos (4). Ela é dese-
5 nhada como uma linha que cobre pelo
lado e por trás a articulação do quadril.
Esse volume se fixa entre o quadríceps
e os isquiotibiais (5).
O joelho merece uma forma própria.
Trata-se de uma zona articular em que
os ossos dominam. Quase sempre o
representamos por meio de uma sim-
ples forma cúbica, a fim de reforçar,
como no cotovelo, a presença dura e
6
angulosa do esqueleto. Às vezes re-
7
finaremos seu desenho marcando a
presença da rótula.
A perna entre o joelho e o tornozelo é
desenhada como um cone alongado.
Aqui encontramos as mesmas caracte-
rísticas do antebraço: formas carnudas
e musculares na parte de cima, ten-
dinosas e ósseas perto do tornozelo.
Nem sempre resistiremos a desenhar o
perfil da perna dobrando-a um pouco
para torná-la mais atraente.

16 | anatomia artística 2
Note-se que numa vista de perfil na po- músculos extensores – mais exatamen-
sição em pé, os segmentos coxa e per- te o tibial anterior (7) – deixam a tíbia à
na não ficam perfeitamente alinhados flor da pele na parte da frente.
um acima do outro. A coxa levemente O pé é composto por três partes prin-
proeminente projeta a sombra do joe- cipais: o calcanhar (calcâneo), o dorso
lho sobre o dorso do pé, à frente da (arqueado e convexo) e os dedos. As-
articulação do tornozelo. Isso se deve à sim como o polegar, o dedão só tem
divisão desigual dos volumes muscula- duas falanges, em vez das três de to-
res sobre a coxa e a perna propriamen- dos os outros, inclusive o mínimo (suas
te dita. De fato, o fêmur é inteiramente duas últimas falanges são tão pequenas
recoberto pela musculatura da coxa, que parecem formar apenas uma).
especialmente pelo potente quadrí- Assim como na mão, os ossos do-
ceps à frente, ao passo que, na perna, minam as formas vistas de cima, ao
a panturrilha – músculos gêmeos ou passo que a planta é protegida por um
gastrocnêmios (6) – é posterior, e os colchão de gordura.

introdução - 17
22 | Cabeça e pescoço - rosto
Fig. 1

Fig. 2

Fig. 1: caixa torácica, versão “caixa”.


Fig. 2: versão “ovo”.

40 | Tronco - relação caixa torácica/bacia


Fig. 3: preservar a forma ovoide permite
acentuar a cavidade da axila.

Fig. 4
Fig. 3

Fig. 4 e 5: los músculos


abdominais formam uma cinta
entre a caixa torácica
e a bacia.

Fig. 5

relação caixa torácica/bacia - Tronco | 41


Fig. 1 e 2: as secções ovais
dos braços e antebraços
são perpendiculares.

Fig. 1

Fig. 2

Fig. 4: a articulação do cotovelo Fig. 3: três grupos


encontra-se a meio caminho musculares desenham
entre o topo do ombro e a o antebraço.
mão (no “soco”). O dedo
médio equivale ao dorso
da mão + o punho.
Fig. 3
A primeira falange de
cada dedo (menos a do
polegar) equivale às duas seguintes.

Fig. 4

60 | Membro superior - proporções


Fig. 5

Fig. 5: a cabeça do
úmero (área em cinza)
influencia a forma do
ombro na parte da frente
sob o deltoide.

Fig. 6

Fig. 6: a ulna (ou osso cúbito) marca


uma fronteira óssea sobre todo o
comprimento do antebraço, do cotovelo
ao punho (lado dedo mínimo).

marcos ósseos - Membro superior | 61


Fig. 1

Fig. 2

Fig. 1: uma linha oblíqua separa a coxa em dois


volumes (quadríceps/adutores).
Fig. 2: da articulação do quadril ao chão,
a meia altura pode estar sob a rótula.

80 | Membro inferior - proporções


proporções - Membro inferior | 81
94 | Membro inferior - pé
pé - Membro inferior | 95

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