Bíblia Legado (Introdução e Livro de Gênesis)

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 87

BÍBLIA SAGRADA

presenteada por

para

data
Bíblia de Estudo Legado
Edição em língua portuguesa do texto da King James 1611

Direito de tradução do texto bíblico reservado à Bv Books Editora


Direito de tradução dos comentários reservado à Editora IAGE

Certificado de Registro ISBN:


Capa Luxo Preta: 978 65 87748 16 0
Capa Luxo Marrom: 978 65 87748 16 0
Capa Luxo Azul: 978 65 87748 16 0

Editora IAGE
Instituto de Agricultura e Evangelismo
Caixa postal 85, CEP: 37930-000 – Capitólio – MG
Iage.vidanocampo@gmail.com
www.comunidadeiage.com.br
(37) 99964-2699

local de elaboração
Capitólio, MG – Brasil
edição
Bíblia de Estudo Legado – Com Comentários de Ellen G. White
coordenador geral do projeto
Silverino Küll
capa
Harry Haimnarine
projeto gráfico e diagramação
Rafael Alt
mapas
Denis Mendes de Moraes
tradução dos textos de e. g. white
Equipe IAGE
revisão de tradução
1º edição
Cleuma Nascimento
2021
revisão da língua portuguesa tiragem
Aline Fanelli, Cleuma Nascimento , Marcílio Luciano 10 mil exemplares
linguistas que assessoraram a obra impressão
Cleuma Nascimento Geográfica SP
Valdomiro Polidoro Impresso no Brasil / Printed in Brazil
BIOGR AFIA DE

Ellen G. White

No dia 26 de novembro de 1827, nasceram as gêmeas Ellen e Elisabete na casa de Robert e Eunice Harmon. A peque-
na fazenda da colina ficava perto da vila de Gorham, Maine, cerca de dezenove quilômetros a leste de Portland, Maine,
no nordeste dos Estados Unidos. Poucos anos depois do nascimento das gêmeas, Robert Harmon se mudou para a cida-
de de Portland onde se dedicou à manufatura de chapéus.
Aos nove anos de idade, Ellen sofreu um grave acidente que quase lhe custou a vida. Ela atravessava a praça da cida-
de na companhia de sua irmã gêmea e de uma colega quando uma pedra, arremessada por uma garota de aproximada-
mente treze anos, lhe atingiu o nariz, fazendo-a desmaiar. Após acordar, tentou ir caminhando para casa, mas sentiu-se
atordoada e teve que ser carregada por sua irmã e pela colega. Por conta do acidente, Ellen acabou ficando inconscien-
te durante três semanas e ninguém, além de sua mãe, acreditava que ela seria capaz de se reestabelecer. Contudo, Ellen
recobrou a consciência e lentamente foi recuperando as forças. Nos anos seguintes, ela sofreu grandemente como resul-
tado deste sério ferimento no nariz, especialmente no que se refere à educação.
Durante dois anos, Ellen não podia respirar pelo nariz e pouco frequentou a escola. Ela não conseguia reter na memó-
ria o que aprendia. A mesma menina que lhe arremessou a pedra foi nomeada monitora pela professora para ajudá-la
com os estudos. A menina era meiga e paciente com Ellen e se mostrava triste ao vê-la lutando com as dificuldades para
aprender. Ellen sofria com o sistema nervoso abalado, mãos trêmulas, tontura e tosse. A mais forte luta da juventude de-
la foi decidir seguir o conselho dado por suas professoras: abandonar a escola e não retomar os estudos antes que sua
saúde melhorasse.
Ellen foi incapaz de continuar os trabalhos escolares, e parecia a todos que a menina, antes tão promissora, não po-
deria viver por muito tempo. No ano de 1840, ela assistiu à reunião campal metodista em Buxton, Maine, e lá, com a ida-
de de 12 anos, entregou o coração a Deus. Voltando para casa, por sua insistência, foi batizada por imersão pelo ministro
metodista nas ondas revoltas do Oceano Atlântico, que banhava as praias de Portland, e nesse mesmo dia foi recebida
como membro da Igreja Metodista.
Juntamente com outros membros da família, Ellen assistiu às reuniões adventistas em Portland em 1840. Em 1842,
aceitou plenamente os pontos de vista apresentados por Guilherme Miller e seus companheiros e, confiantemente, aguar-
dou a volta do Salvador em 1843, e depois em 1844.
Ellen era fervorosa obreira missionária trabalhando com seus jovens companheiros, e fazia sua parte em proclamar a
mensagem do advento. Muitas vezes trabalhava longas horas com abnegação a fim de poder obter recursos para propa-
gar a preciosa mensagem a outros. Após o grande desapontamento de 22 de outubro de 1844, assim como outros, ela
buscou fervorosamente a Deus por luz e direção nos dias de perplexidade que se seguiram. No tempo crítico, quando
muitos estavam vacilando ou abandonando sua experiência adventista, juntou-se Ellen Harmon a quatro outras irmãs no
culto familiar enquanto estava na casa de um companheiro de fé, no sul de Portland, numa manhã do fim de dezembro.
8 a Biografia de Ellen G. White  b
O céu parecia escuro perto do grupo em oração, e ao repousar o poder de Deus sobre Ellen, perdeu ela a noção do am-
biente terreno e, numa visão, testemunhou as viagens do povo do advento para a cidade de Deus. (Primeiros Escritos, p.
13-20). Quando a jovem de dezessete anos relatou, tremendo e relutantemente, essa visão aos crentes em Portland, ela
foi aceita como luz de Deus. Atendendo à direção do Senhor, viajou com amigos e parentes de um lugar para outro, con-
forme a oportunidade, relatando aos grupos esparsos de crentes no advento o que lhe fora revelado, tanto na primeira
visão, como nas que se sucederam.
Em uma viagem a Orrington, Maine, Ellen encontrou um jovem pregador, Tiago White, que contava então vinte e quatro
anos de idade. Como os trabalhos de ambos, ocasionalmente, faziam com que eles se encontrassem, brotou-lhes uma
afeição mútua que, depois de se certificarem de que o Senhor os estava guiando, levou-os a se unirem mais tarde em ma-
trimônio, em agosto de 1846.
Nas primeiras poucas semanas que se seguiram ao casamento, Tiago e Ellen entregaram-se ao estudo cuidadoso de
um folhetinho de quarenta e seis páginas publicado pelo pastor José Bates, em New Bedford, Massachusetts, intitulado
The Seventh-day Sabbath (O Sábado do Sétimo Dia), e que apresentava evidências das Escrituras quanto à santidade do
sétimo dia. Claramente viram a exatidão dos pontos de vista apresentados, e aceitaram a luz. Cerca de seis meses mais
tarde, no sábado, 7 de abril de 1847, estando a irmã White em visão, foi-lhe mostrada a lei de Deus no santuário celestial
com uma auréola de luz ao redor do quarto mandamento. Essa visão trouxe uma mais clara compreensão da importân-
cia da verdade do sábado, e confirmou a confiança do povo do advento nela. (Primeiros Escritos, p. 32-35) Os primeiros
dias da experiência de casados de Tiago e Ellen White foram repletos de pobreza e, às vezes, de angústia. Nesse período,
os obreiros dependiam do trabalho de suas mãos para seu apoio financeiro, de modo que o tempo de Tiago White dividia-
-se entre trabalhar e pregar, e ganhar a vida na floresta, na estrada de ferro ou no campo de feno. No dia 26 de agosto
de 1847 chegou ao lar da família White o primeiro filho, Henrique.
O diário de Ellen White, da última parte da década de 1850, revela que nem todo o seu tempo foi dedicado a escre-
ver e à obra pública, posto que os deveres do lar, os contatos amigáveis com os vizinhos, especialmente os que estavam
em necessidade, exigiam-lhe atenção, e às vezes ajudava a dobrar e a costurar jornais e folhetos, quando havia acúmulo
de trabalho no escritório da Review and Herald. No outono de 1860, a família White compunha-se de seis pessoas, com
quatro meninos ativos, que iam de poucas semanas a treze anos de idade. Tristemente a criança mais nova, Herbert, vi-
veu apenas poucos meses. Sua morte trouxe a primeira separação no círculo familiar.
Em 1863, Tiago e Ellen White visitaram Otsego, Michigan, no fim de semana, para animar os obreiros evangélicos lo-
cais. Enquanto o grupo de obreiros se ajoelhava em oração, no começo do sábado, foi dada a Ellen White uma visão bem
abrangente da relação da saúde física com a espiritualidade, da importância de seguir princípios corretos no regime e no
cuidado do corpo, e dos benefícios dos remédios da natureza – ar puro, luz solar, exercício físico, água pura, alimentação
saudável, repouso, temperança e confiança no poder de Deus. Antes dessa visão, pouca atenção ou tempo tinham-se da-
do a questões de saúde, e vários dos sobrecarregados ministros haviam sido obrigados a parar, durante alguns períodos
de tempo, em decorrência de sofrerem com enfermidades. Essa revelação a Ellen White, em 06 de junho de 1863, impres-
sionou os chefes da igreja recém-organizada com a importância da reforma de saúde. Os primeiros líderes da obra fica-
ram extremamente impressionados com a importância da reforma da saúde, devido à morte prematura de Henrique Whi-
te, aos dezesseis anos, devido à grave enfermidade do pastor Tiago White, que por três anos se afastou do trabalho, como
também devido aos sofrimentos de vários outros ministros.
Os longos anos de excessivo trabalho mental e físico de Tiago White haviam-lhe diminuído as forças vitais, e ele entrou
no descanso em Battle Creek na tarde do sábado, 06 de agosto de 1881. Em pé, ao lado do corpo inerte do esposo, du-
rante o serviço funerário, embora privada de sua companhia e assistência, Ellen White prometeu a si mesma avançar na
obra que lhe fora confiada. Ellen White, na costa do Pacifico, sentindo profundamente a perda do companheiro, ardoro-
samente empenhou-se em escrever os capítulos do quarto e último volume da série The Spirit of Prophecy. Nesse volume
há tanto tempo esperado, foi apresentada a história do conflito desde a destruição de Jerusalém até o fim dos tempos.
Reconhecendo que poucos dias lhe restavam, Ellen White empenhou-se, com todo o ardor, na rápida produção de certo
número de livros que apresentavam instruções essenciais à igreja, Testemunhos para a Igreja, v.9 foi publicado em 1909.
Em 1911 foi concluído Atos dos Apóstolos. Em 1913 foi publicado Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, e em
1914 foi terminado e enviado para o prelo o manuscrito de Obreiros Evangélicos. Os meses finais de atividade da vida da
Sra. White foram dedicados ao livro Profetas e Reis.
Na manhã do sábado, 13 de fevereiro de 1915, ao entrar Ellen White em seu confortável gabinete de estudos, trope-
çou e caiu, e viu que não podia levantar-se. Foram buscar auxílio e logo se verificou que o acidente era sério. O exame
de raio X revelou uma fratura no quadril, e a Sra. White ficou durante cinco meses confinada à cama ou na cadeira de ro-
das. Suas palavras a amigos e parentes, durante as últimas semanas de vida, indicam um sentimento de alegria e o sen-
so de ter realizado fielmente a obra que o Senhor lhe confiara, confiança de que a obra de Deus avançaria até seu triunfo
a Biografia de Ellen G. White ,  b 9

final, mas também a preocupação de que os membros individuais


da igreja, especialmente nossos jovens, reconhecessem o tem-
po em que estávamos e o sério preparo necessário para encon-
trar o Senhor em Sua vinda. Os trabalhos da vida de Ellen White
terminaram em 16 de julho de 1915, na idade de oitenta e sete
anos, e foi posta a descansar ao lado do esposo, no cemitério de
Oak Hill, em Batlle Creek, Michigan. Embora a voz esteja silente
e a pena infatigável descansando, contudo, as preciosas pala-
vras de instrução, conselho, admoestação e encorajamento so-
brevivem, para guiar a igreja remanescente até o fim do conflito
e o dia da vitória final.
Ellen Gould White (1827-1915) viveu a maior parte de sua vi-
da durante o século XIX, e seus escritos têm impactado milhões
de pessoas ao redor do mundo.
Durante toda a sua vida, ela escreveu mais de 5.000 artigos
e 49 livros, mas hoje, incluindo compilações de seus manuscri-
tos, mais de 100 obras estão disponíveis em inglês, e cerca de
70 em português. Ellen G. White é a escritora mais traduzida em
toda a história da literatura. Seus escritos abrangem uma ampla
variedade de tópicos, incluindo religião, educação, saúde, rela-
ções sociais, evangelismo, profecias, trabalho de publicações, nu-
trição e administração. Sua obra-prima sobre o viver cristão feliz,
Caminho a Cristo, já foi publicada em cerca de 150 idiomas. Os
adventistas do sétimo dia creem que a Sra. White era mais que
uma escritora talentosa, ela foi apontada por Deus para ser uma mensageira especial a fim de atrair a atenção de todos
para as Santas Escrituras, e para ajudá-los a se prepararem para a segunda vinda de Cristo.
Dos 17 anos até o seu falecimento, aos 87 anos, Deus lhe deu cerca de 2.000 sonhos e visões. As visões variavam em
duração, podendo ser de menos de um minuto até cerca de quatro horas. O conhecimento e conselhos recebidos atra-
vés dessas revelações foram por ela registrados a fim de serem compartilhados com outros. Assim, seus escritos são acei-
tos pelos adventistas do sétimo dia como inspirados, e a qualidade excepcional dessas obras é reconhecida mesmo pe-
los leitores ocasionais.
Abreviaturas
dos escritos de EGW

Títulos em Português

AA - Atos dos Apóstolos MCP 1 - Mente Caráter e Personalidade, v. 1


BS - Beneficência Social MCP 2 - Mente Caráter e Personalidade, v. 2
Ca - Carta MDC - O Maior Discurso de Cristo
CBA - Comentário Bíblico Adventista ME 1 - Mensagens Escolhidas, v. 1
CBV - A Ciência do Bom Viver ME 2 - Mensagens Escolhidas, v. 2
CC - Caminho a Cristo ME 3 - Mensagens Escolhidas, v. 3
CE - O Colportor Evangelista MJ - Mensagens aos Jovens
CJN - Cartas a Jovens Namorados MM CD - Meditação Matinal O Cuidado de Deus
CPPE - Conselhos aos Pais, Professores e MM CT - Meditação Matinal Cristo Triunfante
Estudantes MM EDD - Meditação Matinal Este Dia Com
CS - Cristo em Seu Santuário Deus
CSE - Conselhos Sobre Educação MM Ex - Meditação Matinal Exaltai-O
CSM - Conselhos Sobre Mordomia MM FF - Meditação Matinal Filhos e Filhas de
CSRA - Conselhos Sobre o Regime Alimentar Deus
CSS - Conselhos Sobre Saúde MM FV - Meditação Matinal A Fé Pela Qual Eu
DT - No Deserto da Tentação Vivo
DTN - O Desejado de Todas as Nações MM JMM - Meditação Matinal Jesus Meu
Ed - Educação Modelo
EF - Eventos Finais MM LC - Meditação Matinal Nos Lugares
Ev - Evangelismo Celestiais
FEC - Fundamentos da Educação Cristã MM Mar - Meditação Matinal Maranata, O
FO - Fé e Obras Senhor Logo Vem
GC - O Grande Conflito MM MCH - Meditação Matinal Minha
HR - História da Redenção Consagração Hoje
LA - O Lar Adventista MM MG - Meditação Matinal Maravilhosa Graça
Materiais 1888 1 - Materiais de 1888, v. 1 MM NAV - Meditação Matina Nossa Alta
Materiais 1888 2 - Materiais de 1888, v. 2 Vocação
Materiais 1888 3 - Materiais de 1888, v. 3 MM OA - Meditação Matinal Olhando Para o
Materiais 1888 4 - Materiais de 1888, v. 4 Alto
12 Abreviaturas dos escritos de EGW

MM PC - Meditação Matinal Para Conhecê-Lo T 1 - Testemunhos Para Igreja, v. 1


MM RC - Meditação Matinal Refletindo a Cristo T 2 - Testemunhos Para Igreja, v. 2
MM RP - Meditação Matinal E Recebereis Poder T 3 - Testemunhos Para Igreja, v. 3
MM VF - Meditação Matinal Vidas que Falam T 4 - Testemunhos Para Igreja, v. 4
MS - Medicina e Salvação T 5 - Testemunhos Para Igreja, v. 5
OC - Orientação da Criança T 6 - Testemunhos Para Igreja, v. 6
OE - Obreiros Evangélicos T 7 - Testemunhos Para Igreja, v. 7
PAFC - Paulo, o Apóstolo da Fé e da Coragem T 8 - Testemunhos Para Igreja, v. 8
PE - Primeiros Escritos T 9 - Testemunhos Para Igreja, v. 9
PJ - Parábolas de Jesus TM - Testemunhos Para Ministros e Obreiros
PP - Patriarcas e Profetas Evangélicos
PR - Profetas e Reis TS 1 - Testemunhos Seletos, v. 1
Sa - Santificação TS 2 - Testemunhos Seletos, v. 2
SC - Serviço Cristão TS 3 - Testemunhos Seletos, v. 3
SpM 1 - Spalding e Magan, v. 1 VA - A Verdade Sobre os Anjos
SpM 2 - Spalding e Magan, v. 2 VC - Vida no Campo
SpM 3 - Spalding e Magan, v. 3 VDE - A Vida Devocional de Enoque
Te - Temperança VE - Vida e Ensinos
TE - Testemunhos Especiais VJ - Vida de Jesus

Títulos em Inglês

BE - Bible Echo SG 1 - Spiritual Gifts, v. 1


CK - Coleção Kress SG 2 - Spiritual Gifts, v. 2
GCB - The General Conference Bulletin SG 3 - Spiritual Gifts, v. 3
GH - The Gospel Herald SG 4 - Spiritual Gifts, v. 4
HS - Historical Sketches of the Foreign Missions SpT - Special Testimonies for Ministers and Workers
LP - Sketches from the life of Paul SP 1 - The Spirit of Prophecy, v. 1
MR - Manuscript Releases SP 2 - The Spirit of Prophecy, v. 2
Ms - Manuscript SP 3 - The Spirit of Prophecy, v. 3
NL - A New Life SP 4 - The Spirit of Prophecy, v. 4
RFAC - Redemption: Or the First Advent of Christ ST - Signs of the Times
RH - Review and Herald SW - Southern Watchman
RMC - Redemption: or the Miracles of Christ THR - The Health Reformer
RTP - Redemption: The Teachings of Paul TSW - The Southern Work
SaT- Sermons and Talks YI - Youth Instructor
Índice dos
Livros da Bíblia

Antigo Testamento
Abrev. Cap. Pág. Abrev. Cap. Pág.
Gênesis Gn 50 17 Eclesiastes Ec 12 726
Êxodo Êx 40 87 Cantares Ct 8 736
Levítico Lv 27 138 Isaías Is 66 742
Números Nm 36 174 Jeremias Jr 52 810
Deuteronômio Dt 34 222 Lamentações Lm 5 872
Josué Js 24 259 Ezequiel Ez 48 880
Juízes Jz 21 291 Daniel Dn 12 937
Rute Rt 4 321 Oseias Os 14 972
1 Samuel 1 Sm 31 326 Joel Jl 3 981
2 Samuel 2 Sm 24 371 Amós Am 9 986
1 Reis 1 Rs 22 401 Obadias Ob 1 994
2 Reis 2 Rs 25 443 Jonas Jn 4 997
1 Crônicas 1 Cr 29 478 Miqueias Mq 7 1001
2 Crônicas 2 Cr 36 510 Naum Na 3 1008
Esdras Ed 10 548 Habacuque Hc 3 1012
Neemias Ne 13 560 Sofonias Sf 3 1016
Ester Et 10 578 Ageu Ag 2 1020
Jó Jó 42 588 Zacarias Zc 14 1024
Salmos Sl 150 617 Malaquias Ml 4 1037
Provérbios Pv 31 695
Esta Bíblia segue a tradição de se manter quatro páginas em branco entre o Antigo e o Novo Testamentos, em referência aos quatrocentos
anos de silêncio intertestamentário.
Novo Testamento
Abrev. Cap. Pág. Abrev. Cap. Pág.
Mateus Mt 28 1051 1 Timóteo 1 Tm 6 1400
Marcos Mc 16 1110 2 Timóteo 2 Tm 4 1408
Lucas Lc 24 1138 Tito Tt 3 1416
João Jo 21 1186 Filemom Fm 1 1419
Atos At 28 1234 Hebreus Hb 13 1422
Romanos Rm 16 1283 Tiago Tg 5 1445
1 Coríntios 1 Co 16 1309 1 Pedro 1 Pe 5 1453
2 Coríntios 2 Co 13 1334 2 Pedro 2 Pe 3 1460
Gálatas Gl 6 1354 1 João 1 Jo 5 1467
Efésios Ef 6 1364 2 João 2 Jo 1 1476
Filipenses Fp 4 1375 3 João 3 Jo 1 1478
Colossenses Cl 4 1382 Judas Jd 1 1480
1 Tessalonicenses 1 Ts 5 1389 Apocalipse Ap 22 1483
2 Tessalonicenses 2 Ts 3 1395
O LEGADO DO

Antigo Testamento
O LIVRO DE

Gênesis

Título: Inúmeros estudiosos designam o livro de Gênesis de acordo com a primeira palavra do texto hebraico, bereshith, ou seja,
“no princípio”. Entretanto, o Talmude judaico o chama de “livro da criação do mundo”. O nome “Gênesis”, que significa “origem” ou
“fonte”, foi tirado da Septuaginta, onde esse termo foi usado pela primeira vez para designar o conteúdo do livro. Esse seria o vo-
lume um do conjunto de cinco livros chamado Pentateuco.

Autoria: A autoria atribuída a Moisés nunca foi questionada, nem por judeus e nem por cristãos. Na verdade, usando como supor-
te o Novo Testamento, observa-se que os últimos escritores bíblicos — e até mesmo o próprio Jesus — atribuíam os cinco volumes
denominados Pentateuco a Moisés ao usarem-no como frequente referência (Mc 10:2-9; 12:26). Ademais, para os que creem nas
visões proféticas de E. G. White, ela foi enfática e direta ao atribuir a autoria desses livros a Moisés. “Durante os primeiros vinte e
cinco séculos da história humana não houve nenhuma revelação escrita. Aqueles dentre os homens que haviam sido feitos recep-
táculos das revelações divinas comunicavam estas verbalmente aos seus descendentes, passando assim o seu conhecimento pa-
ra gerações sucessivas. A revelação escrita data de Moisés, que foi o primeiro compilador dos fatos até então revelados, os quais
enfeixou em volume. Esse trabalho prosseguiu por espaço de mil e seiscentos anos — desde Moisés, o autor do Gênesis, até João
o evangelista, que nos transmitiu por escrito os mais sublimes fatos do evangelho” (GC, 7).

Contexto Histórico: O livro de Gênesis foi escrito muitos séculos após os eventos decorridos. Todas as informações pertinentes ao
povo de Deus, desde a saída do Éden, até Moisés, que foi o primeiro compilador, foram dadas de maneira oral. Em Moisés temos o
início dos registros sagrados; por um lado uma benção para humanidade, e por outro lado um sinal claro de degeneração. Moisés
escreveu o livro de Gênesis enquanto esteve por quarenta anos no deserto de Midiã. “Nos desertos de Midiã, Moisés passou qua-
renta anos como pastor de ovelhas” (Ed, 62). Nesse tempo, “Moisés não apenas obtinha preparo para a grande obra à sua frente,
mas, durante esse período, sob a inspiração divina, escreveu o livro de Gênesis e também o livro de Jó, que seriam lidos com o mais
profundo interesse pelo povo de Deus até o final dos tempos” (ST, 10/02/1880). E. G. White segue na mesma tônica declarando:
“Ali, sob a inspiração do Espírito Santo, escreveu o livro do Gênesis. Os longos anos passados nas solidões do deserto foram ricos
de bênçãos, não somente para Moisés e seu povo, mas para o mundo em todos os séculos subsequentes” (PP, 251).
18 a Gênesis 1 b

A criação para dividir o dia da noite; e que sejam por sinais, e

1 No princípio criou Deus o céu e a terra.


2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas so-

bre a face do abismo. E o espírito de Deus se movia


para estações, e para dias, e anos;
15 e que eles sejam por luzes no firmamento do céu

para dar luz sobre a terra. E assim foi.


sobre a face das águas. 16 E fez Deus duas grandes luzes; a luz maior para go-
3 E disse Deus: Haja luz; e houve luz. vernar o dia, e a luz menor para governar a noite; ele
4 E viu Deus a luz, que isto era bom; e Deus separou também fez as estrelas.
a luz das trevas. 17 E Deus os colocou no firmamento do céu para dar
5 E chamou Deus à luz Dia, e às trevas ele chamou luz sobre a terra;
Noite. E houve a tarde e a manhã, o primeiro dia. 18 e para governar sobre o dia e sobre a noite, e para
6 ¶ E disse Deus: Haja um firmamento no meio das separar a luz das trevas, e Deus viu que isto era bom.
águas, e deixe que separe as águas das águas. 19 E houve a tarde e a manhã, o quarto dia.
7 E fez Deus o firmamento, e separou as águas que es- 20 E disse Deus: Produzam as águas abundantemen-

tavam debaixo do firmamento das águas que estavam te criaturas viventes que se movem, e aves que pos-
acima do firmamento. E assim foi. sam voar acima da terra, no vasto firmamento do céu.
8 E Deus chamou ao firmamento Céu. E houve a tar- 21 E Deus criou grandes baleias, e toda criatura vi-

de e a manhã, o segundo dia. vente que se move, que as águas produziram abun-
9 ¶ E disse Deus: Ajuntem-se as águas sob o céu em dantemente, segundo a sua espécie, e toda ave alada
um lugar, e apareça a terra seca. E assim foi. segundo a sua espécie; e Deus viu que isto era bom.
10 E chamou Deus à terra seca Terra; e ao ajuntamen- 22 E Deus os abençoou, dizendo: Sede frutíferos e

to das águas ele chamou Mares. E Deus viu que is- multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares, e mul-
to era bom. tipliquem-se as aves sobre a terra.
11 E disse Deus: Deixe a terra trazer a relva, a erva 23 E houve a tarde e a manhã, o quinto dia.

produzindo semente, e a árvore frutífera produzin- 24 ¶ E disse Deus: Produza a terra criaturas viventes

do fruto segundo a sua espécie; cuja semente esteja segundo as suas espécies, gado, e seres rastejantes, e
em si mesma, sobre a terra. E assim foi. animais da terra segundo a sua espécie. E assim foi.
12 E a terra produziu a relva, e a erva que dava semen- 25 E fez Deus os animais da terra segundo a sua espé-

te segundo a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja se- cie, e o gado segundo a sua espécie e tudo que ras-
mente estava nela, segundo a sua espécie. E Deus viu teja sobre a terra segundo a sua espécie; e Deus viu
que isto era bom. que isto era bom.
13 E houve a tarde e a manhã, o terceiro dia. 26 ¶ E disse Deus: Façamos um homem à nossa ima-
14 ¶ E disse Deus: Haja luzes no firmamento do céu gem, conforme a nossa semelhança; e que eles tenham
1:1 Jo 1:1,2; Is 42:5; 44:24; 45:12,18 • 1:3 Sl 33:6,9; 2Co 4:6 • 1:5 Sl 74:16 • 1:6 Jr 10:12 • 1:7 Sl 148:4 • 1:9 Sl 104:6-9; Jr 5:22; 2Pe 3:5 • 1:14 Sl 74:16;
Sl 104:19 • 1:16 Sl 136:8; Sl 136:9; Sl 8:3; Is 40:26

1:1-3. Um armazenamento de recursos para o mal. Adão era isento de falta como os era nobre, perfeita em simetria e cheia de be-
(Sl 33:6, 9) – Deus falou, e Suas palavras cria- anjos diante do trono de Deus. Tais coisas são leza (HR, 21).
ram Suas obras no mundo natural. A criação inexplicáveis, mas muita coisa que não po- 1:26-27. Feito à imagem de Deus – O homem
de Deus não é senão um armazenamento de demos compreender agora será esclarecida deveria ter a imagem de Deus, tanto na apa-
recursos disponíveis para que Ele os empregue quando virmos como somos vistos, e conhecer- rência exterior como no caráter... Sua natureza
instantaneamente conforme Sua vontade (Ca mos como somos conhecidos (MM MG, 342). estava em harmonia com a vontade de Deus.
131, 1897). 1:26-27. Adão e Eva foram criados belos – Ao A mente era capaz de compreender as coisas
1:26-27. A formação do homem – Amor infini- sair Adão das mãos do Criador, era de nobre es- divinas. As afeições eram puras; os apetites e
to; quão grande é! O mundo foi feito por Deus tatura e perfeita simetria. Tinha mais de duas paixões estavam sob o domínio da razão. Ele
para que o Céu fosse maior. Deseja uma fa- vezes o tamanho dos homens que hoje vivem era santo e feliz, tendo a imagem de Deus, e
mília maior de seres criados inteligentes (Ms sobre a Terra, e era bem proporcionado. Suas estando em perfeita obediência à Sua vonta-
78, 1901). formas eram perfeitas e cheias de beleza. Sua de (PP, 45).
1:26-27. Criado perfeitamente reto (Ec 7:29) cútis não era branca ou pálida, mas rosada, re- 1:26-27. Feito à imagem de Deus – Ao sair
– Deus criou Adão segundo o Seu próprio ca- luzindo com a rica coloração da saúde. Eva não Adão das mãos do Criador, trazia em sua natu-
ráter, puro e reto. Não havia no Adão original era tão alta quanto Adão. Sua cabeça alcança- reza física, intelectual e espiritual a semelhan-
qualquer propensão corrupta ou tendência va pouco acima dos seus ombros. Ela também ça de seu Criador (Ed, 15).
a Gênesis 2 b 19

domínio sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu,


2 Assim os céus e a terra foram finalizados, e todo

Gn
e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre toda a coi- o seu exército.
sa rastejante que rasteja sobre a terra. 2 E no sétimo dia Deus terminou o trabalho que ha-
27 Assim Deus criou o homem a sua própria imagem, à via realizado; e ele descansou no sétimo dia de todo
imagem de Deus o criou; macho e fêmea ele os criou. o trabalho que havia feito.
28 E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Sede frutí- 3 E Deus abençoou o sétimo dia, e o santificou, por-
feros e multiplicai-vos, e enchei a terra e subjugai-a; que nele ele havia descansado de todo o seu trabalho
e tende domínio sobre os peixes do mar, e sobre as que Deus criou e fez.
aves do céu, e sobre toda a coisa vivente que se mo-
ve sobre a terra. Adão e Eva
29 ¶ E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva   Estas são as gerações dos céus e da terra quando

que dá semente, que está sobre a face de toda a terra, foram criados, no dia em que o S­ enhor Deus fez a ter-
e toda árvore na qual está o fruto de uma árvore que ra e os céus,
produz semente; para vós será para alimento. 5 e toda planta do campo antes de estar na terra, e toda
30 E a todo animal da terra, e a toda ave do céu, e a cada erva do campo antes de crescer; pois o ­Senhor Deus não
coisa que rasteja sobre a terra, em que há vida, eu te- havia feito chover sobre a terra, e não havia homem
nho dado toda erva verde para alimento. E assim foi. para cultivar a terra.
31 E Deus viu todas as coisas que ele havia feito; e 6 Mas ali subia uma neblina da terra, e regava toda a

eis que era muito bom. E houve a tarde e a manhã, face da terra.
o sexto dia. ­ enhor Deus formou o homem do pó da terra, e
7 E o S

1:27 Gn 5:2; Mt 19:4; Mc 10:6 • 1:28 Gn 9:1,7; Lv 26:9 • 1:29 Sl 104:14 • 1:30 Sl 145:15 • 1:31 Sl 104:24 •  2:2 Êx 20:11; Hb 4:4 • 2:5 Gn 1:11 • 2:7
Gn 3:19; 1Co 15:45

1:26-27. Feito à imagem de Deus – No princí- propósito de Deus era repovoar o Céu com a fa- Consideremos as árvores carregadas de frutas
pio o homem foi criado à semelhança de Deus, mília humana, se ela tivesse demonstrado obe- como um presente de Deus, como se Ele colo-
não somente no caráter, mas na forma e aspec- diência a toda palavra divina. Adão deveria ser casse o fruto em nossas mãos (Ms 114, 1899).
to (GC, 644-645). provado para ver se ele seria obediente, como 1:29. De volta à dieta edênica – Vegetais, fru-
1:26-27. O ser humano, uma nova e distinta os anjos leais, ou desobediente. Se ele tives- tas e grãos devem compor nossa alimentação.
classe – Com profundo gozo, todo o Céu ficou se passado no teste, teria instruído seus filhos Nem um grama de carne deve entrar nos nos-
interessado na criação do mundo e do homem. apenas no caminho da lealdade. Sua mente e sos estômagos. Comer carne não é natural. De-
Era os seres humanos uma classe nova e distin- pensamentos teriam sido como a mente e os vemos voltar ao propósito original de Deus na
ta. “À imagem de Deus” foram criados, e o pro- pensamentos de Deus. Ele teria sido ensinado criação do homem (SpM 2, 197).
pósito do Criador era que eles povoassem a Ter- por Deus como Sua Criação e edifício. Seu ca- 1:29. A dieta que Deus proveu – Deus está
ra. Eles deveriam viver em estreita comunhão ráter teria sido modelado de acordo com o ca- atuando em favor de Seu povo. Ele não quer que
com o Céu, recebendo poder da Fonte de todo ráter de Deus (Ca 91, 1900). fiquem sem recursos. Está reconduzindo-os ao
poder. Sustentados por Deus, eles deveriam vi- 1:27. Lúcifer teve ciúmes por não ser consul- regime alimentar fornecido originalmente ao ho-
ver vidas sem pecado (RH, 11/02/1902). tado sobre a criação do homem – Sua forma mem. Esse regime deve consistir em alimentos
1:26-27. Quase como os anjos – Depois dos era perfeita, seu porte nobre e majestoso. Mas feitos com produtos que Ele proveu. Os produ-
seres angélicos, a família, formada à imagem de quando Deus disse a Seu Filho: “Façamos o ho- tos principais usados na preparação desses ali-
Deus, é a mais nobre de Suas obras. Ele dese- mem à Nossa imagem” (Gn 1:26), Satanás te- mentos serão frutas, cereais e oleaginosas, mas
ja que se tornem tudo quanto lhes tem tornado ve ciúmes de Jesus. Ele desejava ser consultado várias raízes também serão usadas (T 7, 125).
possível ser, e que façam o melhor que possam sobre a formação do homem, e porque não o foi, 1:29. Simplicidade é o que Deus espera – Nos
com as faculdades de que os dotou (CBV, 397). encheu-se de inveja, ciúmes e ódio (PE, 145). cereais, nas frutas, nas verduras e nas nozes,
1:26-27. Criados para uma missão especial 1:29. Frutos em nossas mãos (Sl 104:14) – encontram-se todos os elementos alimentares
– Deus criou o homem para Sua própria gló- O Senhor concedeu de Sua vida às árvores e de que necessitamos. Se viermos ao Senhor em
ria, a fim de que, depois de testada e provada, às plantas de Sua criação. Sua palavra pode simplicidade de mente, Ele nos ensinará como
a família humana pudesse tornar-se uma com aumentar ou diminuir o fruto da terra. Se os preparar alimentos saudáveis, livres da conta-
a família celestial. O propósito de Deus era re- homens abrissem seu entendimento para dis- minação de alimentos cárneos (CSRA, 92).
povoar o Céu com a família humana (VA, 49). cernir a relação entre a natureza e o Deus da 2:1-3. Literalmente sete dias (Êx 20:8-11) – O
1:26-27. Repovoar o Céu após o teste de fi- natureza, poderiam ouvir os fiéis reconhecimen- ciclo semanal de sete dias literais, seis para o
delidade (Gn 1:26; Is 43:6, 7) – Deus criou o tos do poder do Criador. Sem a vida que emana trabalho e o sétimo para o descanso, que tem
homem para a glória divina, para que, depois de Deus, a natureza morreria. As obras criadas sido preservado e transmitido através da histó-
de testado e provado, a família humana pu- são dEle e dependem dEle. Ele confere proprie- ria bíblica, teve sua origem na grande realidade
desse se tornar uma com a família celestial. O dade vivificante a tudo que a natureza produz. dos primeiros sete dias (MM Ex, 52).
20 a Gênesis 2 b

soprou nas suas narinas o sopro da vida; e o homem vai para o leste da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates.
se tornou uma alma vivente. 15 E o S­ enhor Deus tomou o homem, e o colocou no
8 ¶ E o ­Senhor Deus plantou um jardim na direção jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo.
leste no Éden; e ali ele colocou o homem a quem ha- 16 E o S
­ enhor Deus ordenou ao homem, dizendo: De
via formado. toda árvore do jardim tu poderás comer livremente;
9 E da terra o S
­ enhor Deus fez crescer toda árvore que 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal,

é agradável à vista, e boa para alimento; e também a dela tu não comerás. Pois no dia em que dela come-
árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do co- res, tu certamente morrerás.
nhecimento do bem e do mal. 18 ¶ E o ­Senhor Deus disse: Não é bom que o homem
10 E um rio saía do Éden para regar o jardim; e dali par- esteja sozinho; eu farei uma ajudadora adequada pa-
tia-se, e tornava-se quatro cabeças. ra ele.
11 O nome do primeiro é Pisom; este é o que circunda 19 E da terra o ­Senhor Deus formou todo animal do

toda a terra de Ávila, onde há ouro; campo, e toda ave do ar; e os levou até Adão para ver
12 e o ouro dessa terra é bom; ali há bdélio e a pedra como ele lhes chamaria. E como quer que Adão cha-
ônix. masse cada criatura vivente, este era o seu nome.
13 E o nome do segundo rio é Giom; esse é o mesmo 20 E Adão deu nomes a todo o gado, e a toda ave do

que circunda toda a terra de Cuxe. céu, e a todo animal do campo; mas para Adão não foi
14 E o nome do terceiro rio é Hidéquel; este é o que encontrada uma ajudadora adequada.
2:9 Gn 3:22,24; Ap 2:7; 22:2,14,19 • 2:14 Dn 10:4 • 2:17 Rm 5:12; 6:23  

2:7. O homem sob a supervisão de Deus (I Co escala. Se Adão, ao ser criado, não houvesse caramanchéis os ramos das videiras, forman-
3:9; At 17:28) – O organismo físico do homem sido dotado de vinte vezes maior vitalidade do do moradias de beleza natural, árvores vivas
está sob a supervisão de Deus; mas não é co- que os homens possuem agora, a humanida- e folhagens, carregadas de fragrantes frutos
mo um relógio que é acionado e continua an- de, com seus presentes métodos de vida que (HR, 22).
dando por conta própria. O coração bate, uma constituem uma violação da lei natural, já esta- 2:16-17. As sementes da morte: obras de Sa-
pulsação segue a outra, uma respiração ocorre ria extinta. Por ocasião do primeiro advento de tanás (Jo 8:44; Gn 3:4) – Cristo nunca plantou
após a outra, mas todo o ser está sob a super- Cristo, o gênero humano degenerara tão rapi- as sementes da morte no organismo. Satanás
visão de Deus. “Vós sois lavoura de Deus e edi- damente que um acúmulo de doenças pesava plantou essas sementes quando tentou Adão a
fício de Deus” (I Co 3:9). Em Deus vivemos, e sobre aquela geração, suscitando uma torren- comer da árvore do conhecimento, o que im-
nos movemos, e existimos. Cada batida do co- te de aflição e uma carga de sofrimento indes- plicava em desobediência a Deus (ME 2, 288).
ração, cada respiração é a inspiração dAquele critível (CSE, 9). 2:16-17. Por que não foram destruídos ime-
que soprou nas narinas de Adão o sopro de vi- 2:8. Adão foi coroado rei no Éden (Sl 8) – Adão diatamente? (Jo 3:16; Rm 6:23; 5:18-19) –
da, a inspiração do Deus onipresente, o grande foi coroado rei do Éden. Ele recebeu o domínio No momento em que o homem se rendeu à
EU SOU (RH, 08/11/1898). sobre todos os seres vivos que Deus havia cria- tentação de Satanás, e fez precisamente o que
2:7. Do pó à imagem de Deus: participantes do. O Senhor abençoou Adão e Eva com uma Deus lhe dissera para não fazer, Cristo – o Fi-
da natureza de divina (II Pe 1:4) – O Senhor inteligência que Ele não deu a nenhuma outra lho de Deus – esteve de pé entre os mortos e
criou o ser humano do pó da terra. Deus tornou criatura. Ele fez de Adão o governante legítimo os vivos (Nm 16:48), dizendo: “Caia sobre Mim
Adão participante de Sua vida, de Sua nature- de todas as obras das Suas mãos. O homem, a penalidade. Ficarei em lugar do homem. Ele
za. Foi soprado nele o fôlego do Todo-Poderoso, criado à imagem divina, podia contemplar e terá outra oportunidade” (MM FV, 75).
e ele se tornou alma vivente. Adão era perfeito apreciar na natureza as obras gloriosas de 2:16-17. A pena de morte não foi aplicada
em forma, forte, belo, puro, portador da ima- Deus (RH, 24/02/1874). ime­dia­ta­mente (Ap 13:8) – Adão ouviu as pa-
gem de seu Criador (Ms 102, 1903). 2:15. Éden: uma miniatura do Céu – Adão ti- lavras do tentador e caiu em pecado quan-
A energia física preservada por um longo tem- nha temas como motivos de contemplação nas do se rendeu à insinuação. No seu caso, por
po – O homem saiu das mãos de seu Criador obras de Deus no Éden, que era o Céu em minia- que a pena de morte não foi aplicada ime-
perfeito em sua organização e bonito em for- tura. Deus não criou o homem meramente para diatamente? Porque Ele encontrou uma ma-
ma. O fato de, durante seis mil anos, resistirem contemplar as Suas grandiosas obras. Foi por neira de resgatá-lo. O unigênito Filho de Deus
ao peso cada vez maior de doenças e crimes, é isso que Ele lhe deu mãos para trabalhar, bem se ofereceu para tomar sobre si o pecado do
uma prova conclusiva do poder de resistência como mente e coração para meditar. Se a feli- homem e fazer a expiação da raça caída. Não
com o qual foi dotado no princípio (CSRA, 117). cidade do homem consistisse em não fazer na- poderia haver perdão pelo pecado se essa ex-
Adão foi criado com energia vital vinte ve- da, o Criador não teria designado um trabalho piação não tivesse sido feita. Se Deus tivesse
zes maior que hoje – Foram necessários mais para Adão. O homem deveria encontrar a felici- perdoado o pecado de Adão sem expiação, o
de dois mil anos de crimes e de complacên- dade no trabalho e na meditação (MCP 2, 602). pecado teria sido imortalizado e perpetua-
cia com as paixões inferiores para trazer so- 2:15. A feliz atividade de Adão e Eva – O feliz do com uma ousadia que não teria restrições
bre a humanidade doenças físicas em grande trabalho de Adão e Eva era moldar em belos (RH, 23/04/1901).
a Gênesis 3 b 21

21 E o ­Senhor Deus fez um profundo sono cair sobre A desobediência do homem

Gn
Adão, e ele dormiu; e ele tomou uma de suas coste-
las, e fechou a carne em seu lugar;
22 e da costela que o ­Senhor Deus havia tirado do ho-
3 Ora, a serpente era mais sutil do que qualquer ani-
mal do campo que o ­Senhor Deus havia feito. E ela
disse à mulher: Sim, Deus tem dito: Não comereis de
mem, ele fez uma mulher, e a levou ao homem. toda árvore do ­jardim?
2 E a mulher disse à serpente: Nós podemos comer do
23 E Adão disse: Esta agora é osso dos meus ossos, e
fruto das árvores do jardim;
carne da minha carne; ela será chamada Mulher, por- 3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim,
que ela foi tomada de dentro do Homem. Deus disse: Não comereis dele, nem o tocareis, para
24 Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se
que não morrais.
apegará à sua mulher, e eles serão uma carne. 4 E a serpente disse à mulher: Certamente não mor­-
25 E estavam os dois nus, o homem e sua mulher, e não rereis.
estavam envergonhados. 5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes,

2:23 Ef 5:28‑30; • 2:24 Mt 19:5; Mc 10:7,8; 1Co 6:16; Ef 5:31 • 2:25 Gn 3:7,10,11 • 3:1 2Co 11:3; Ap 12:9; 20:2

2:24. Ser uma só carne, uma fusão necessá- Estavam revestidos de uma cobertura de luz e por causa do descaso do homem pelas coisas
ria – Quando o Senhor apresentou Eva a Adão, glória, como os anjos usam. Enquanto viveram que Deus ordenou para protegê-lo dos terríveis
os anjos de Deus foram testemunhas da ceri- em obediência a Deus, esta veste de luz conti- males existentes (DT, 88-89).
mônia. Mas existem poucos casais que estão nuou a cobri-los (HR, 21). 3:1. Satanás usa instrumentos – No Éden, Sa-
completamente unidos quando a cerimônia de A veste branca de inocência foi usada por nos- tanás usou a serpente como seu instrumento.
casamento é realizada. A forma das palavras sos primeiros pais, quando foram postos por Hoje ele usa os membros da família humana,
faladas para os dois que tomam o voto matri- Deus no santo Éden. Eles viviam em perfeita con- esforçando-se por meio de todo tipo de astú-
monial não os torna uma unidade. Em sua vida formidade com a vontade de Deus.Todas as suas cia e engano para criar obstáculos no caminho
futura deve ocorrer uma fusão dos dois no casa- afeições eram dedicadas ao Pai celestial. Luz be- da justiça, disposto para que os redimidos do
mento. Pode ser estabelecida uma união real- la e suave, a luz de Deus, envolvia o santo par. Es- Senhor andem por ele (Ca 91, 1900).
mente feliz se cada um der ao outro verdadei- se vestido de luz era um símbolo de suas vestes 3:4. “Certamente não morrerás” – “Sim, Deus
ra afeição de coração (Materiais 1888 3, 391). espirituais de celeste inocência (PJ, 310-311). tem dito: Não comereis de toda árvore do jar-
Mas o tempo tira do casamento o romance 3:1-6. Quedas consecutivas – Se a humanida- dim?” (Gn 3:1).Até aí eram verdadeiras as pala-
com o qual a imaginação uma vez o revestiu, e de tivesse deixado de pecar quando Adão foi vras do tentador; na maneira de as proferir, po-
então o pensamento encontra guarida na men- expulso do Éden, estaríamos hoje em condi- rém, havia disfarçado desprezo pelas palavras
te por meio das sugestões de Satanás: “Não nos ções muito mais elevadas física, mental e mo- de Deus. Havia encoberta negação, uma dúvida
amamos um ao outro como supúnhamos”. Expul- ralmente. Mas, enquanto os seres humanos da veracidade divina. Satanás procurara infun-
sai tal pensamento da mente. Não vos demoreis lamentam a queda de Adão, que resultou em dir no espírito de Eva a ideia de que Deus não
sobre ele. Que cada um, esquecido de si mesmo, uma calamidade tão indizível, eles desobede- faria aquilo que dissera; que a retenção de tão
se recuse a entreter as ideias que Satanás ficaria cem às ordens expressas de Deus, como Adão belo fruto era uma contradição de Seu amor
feliz em ter-vos abrigado (Materiais 1888 3, 391). o fez, embora tenham seu exemplo para aler- e compaixão para com o homem (DTN, 118).
Demasiadas vezes se entra numa relação tá-los de agir como ele agiu na violação da lei 3:4. Eva cede aos encantos da serpente – O
matrimonial sem consideração adequada; nin- de Deus. Eu gostaria que a humanidade tives- tentador colheu um fruto e passou-o a Eva. Ela
guém deve se casar com incerteza. Mas se não se cessado de pecar! Pecado que teve início tomou-o nas mãos. Veja, disse o tentador, vocês
tiverem considerado devidamente este assun- com Adão. Mas houve uma sucessão de que- foram proibidos de até mesmo tocar o fruto,
to, e depois do casamento se perceberem de das. Os seres humanos não ficam cautelosos pois morreriam. Ele lhe disse que ela não cor-
natureza diferente e susceptíveis de colher infe- com a experiência da queda de Adão. Eles con- reria maior perigo comendo-o, do que tocando-
licidade em lugar de alegria, que não insinuem descendem com apetite e paixão em violação -o ou manuseando-o. Eva foi encorajada, pois
na mente da outra pessoa o fato de que o seu direta da lei de Deus e, ao mesmo tempo, con- não sentiu de imediato os sinais do desagra-
casamento foi imprudente. Que nenhuma ter- tinuam a lamentar a transgressão de Adão que do divino. Pensou que as palavras do tentador
ceira pessoa se familiarize com o assunto, mas introduziu o pecado no mundo. Desde os dias eram inteiramente sábias e corretas. Comeu, e
cada um, no temor de Deus, procure compreen- de Adão até os nossos, houve uma sucessão ficou encantada com o fruto. Este lhe pareceu
der e ajudar o outro (Materiais 1888 3, 394). de quedas em todos os tipos de crimes; e ca- agradável ao paladar, e ela começou a imagi-
A troca mútua de amor ajuda a superar a dú- da queda maior que a outra. Deus não criou nar como seria sentir em si mesma os maravi-
vida – Maridos e esposas devem sentir ser o seres tão desprovidos de saúde, beleza e po- lhosos efeitos do mesmo (SP 1, 37).
seu privilégio e dever dar privacidade ao inter- der moral como o que existe agora no mundo. 3:4. Eva foi seduzida – Eva sentiu-se lisonjeada
câmbio de sinais de amor entre si (Materiais Doenças de todos os tipos têm aumentado ter- e bajulada (SP 1, 36).
1888 3, 393). rivelmente na humanidade. Isso não ocorre por 3:4-5. Não há mudanças na propaganda de
2:25. Vestidos de luz – Esse casal, que não ti- uma providência especial de Deus, mas ocor- Satanás – Deus não consulta nossas opiniões
nha pecados, não usavam vestes artificiais. re diretamente contra a Sua vontade. Isso veio ou preferências. Sabe o que os seres humanos
22 a Gênesis 3 b

então vossos olhos serão abertos, e vós sereis como seu fruto, e o comeu, e deu também a seu marido, e
deuses, conhecendo o bem e o mal. ele o comeu com ela.
6 E quando a mulher viu que a árvore era boa para ali- 7 E os olhos de ambos foram abertos, e eles souberam

mento, e que era agradável aos olhos, e uma árvore que estavam nus; e coseram folhas de figos, e fizeram
a ser desejada para fazer alguém sábio, ela tomou do para si aventais.
3:6 1Tm 2:14

não sabem — os resultados futuros de cada própria e supremacia. Assim, Adão e Eva sofre- pensamentos, dos quais o Senhor disse — refe-
movimento — e, portanto, nossos olhos devem ram a ação de Satanás até que a restrição de rindo-se aos habitantes do mundo antigo — que
estar voltados para Ele e não para as vantagens Deus foi rompida, e eles, sob o mestre da men- eles eram continuamente maus (MM RC, 48).
mundanas apresentadas por Satanás. Satanás tira, começaram a receber o conhecimento que A tentação foi afastada de Adão o máximo
nos diz que, se dermos ouvido as suas palavras, Deus lhes recusara (MM FF, 183). possível – O plano de salvação foi organizado
cresceremos em conhecimento. “Vós sereis co- 3:6. A queda de Adão é inexplicável – Qual foi de tal maneira que, quando Adão foi colocado
mo deuses,” ele disse a Eva, “se comerdes da a força do ataque contra Adão que causou sua à prova, a tentação foi removida dele o máximo
árvore proibida por Deus”. O teste dado a Adão queda? Não foi o pecado inerente; pois Deus possível. Quando foi tentado, Adão não estava
e Eva foi muito pequeno e fácil, mas eles não criou Adão de acordo com o caráter divino, pu- com fome (ST, 04/04/1900).
suportaram. Eles desobedeceram a Deus, e es- ro e justo. Não havia princípios corruptos no O homem é um ser livre – Deus tinha poder pa-
sa transgressão abriu as comportas da calami- primeiro Adão nem propensões ou tendências ra impedir que Adão tocasse no fruto proibido;
dade em nosso mundo (Ms 50, 1893). para o mal. Adão era tão puro quanto os anjos mas se o tivesse feito, Satanás teria uma descul-
3:6. Receberam um teste fácil – Com que inten- diante do trono de Deus. Essas coisas são inex- pa para acusar o governo de Deus como arbitrá-
so interesse o Universo inteiro observou o confli- plicáveis. Porém, muitas coisas que não pode- rio. O homem não teria sido um ser moral livre,
to que decidiria a posição de Adão e Eva! Quão mos entender agora serão esclarecidas quando mas uma mera máquina (RH, 04/06/1901).
atentamente os anjos ouviram as palavras de virmos como somos vistos e conhecermos co- Fora dado todo incentivo para que eles perma-
Satanás, o originador do pecado, quando ele co- mo somos conhecidos (Ca 191, 1899). necessem fiéis – Certamente, não era o propó-
locou suas próprias ideias acima dos manda- 3:6. Eva foi o instrumento que Satanás usou sito de Deus que o homem fosse pecaminoso.
mentos de Deus e tentou tornar a lei de Deus – Tão logo Eva desobedeceu, tornou-se um po- Ele criou Adão puro e nobre, sem nenhuma ten-
sem efeito através de seu raciocínio enganoso! deroso agente para ocasionar a ruína do es- dência para o mal. Ele o colocou no Éden, on-
Quão ansiosamente eles esperaram para ver se poso (HR, 35). de tinha todo incentivo para permanecer leal e
o santo casal seria enganado pelo tentador e se 3:1-6. (Ec 1:13-18) – Século após século, a obediente. A lei foi colocada em seu redor co-
renderia a seus artifícios! Eles se perguntaram: curiosidade dos homens os induziu a procurar mo uma salvaguarda (RH, 04/06/1901).
Transferirão Adão e Eva sua fé e amor do Pai e a árvore do conhecimento, e frequentemente 3:7. As folhas de figueira não cobrem o peca-
do Filho para Satanás? Aceitarão suas mentiras pensam que estão colhendo os frutos mais im- do – Tanto Adão como Eva comeram o fruto e
como verdadeiras? Eles sabiam que o casal po- portantes, quando — à semelhança das pesqui- obtiveram um conhecimento que, se tivessem
deria abster-se de pegar e comer do fruto, obe- sas de Salomão — descobrem que tudo é vaida- obedecido a Deus, nunca teriam possuído —
decendo, assim, à ordem positiva de Deus, ou de e nulidade em comparação com a ciência da uma experiência de desobediência e desleal-
violar a ordem expressa de seu Criador. Eles re- verdadeira santidade, que abrirá as portas da dade a Deus — o conhecimento que estavam
ceberam um teste fácil, e não havia necessidade cidade de Deus. A ambição humana foi à pro- nus. As vestes da inocência desapareceram,
de comer da árvore proibida. Tudo que eles pre- cura do tipo de conhecimento que proporciona uma cobertura vinda de Deus que os cercava.
cisavam havia sido fornecido (ST, 12/05/1890). glória, autoexaltação e supremacia. Assim, Sa- Eles então substituíram a roupa celestial cos-
3:6. Tão somente ganharam um conhecimen- tanás trabalhou em Adão e Eva até que as res- turando vestes de folhas de figueira.
to do pecado e seus resultados – Se Adão e trições de Deus foram quebradas em pedaços e Esta é a cobertura que os transgressores da
Eva nunca tivessem tocado na árvore proibida, eles começaram sua educação sob o mestre da lei de Deus têm usado desde os dias da de-
o Senhor lhes teria transmitido conhecimento mentira, para que pudessem ter o conhecimen- sobediência de Adão e Eva. Costuraram folhas
— um conhecimento sobre o qual a maldição to de que Deus os havia proibido: conhecer as de figueira para cobrir a nudez causada pela
do pecado não repousava — que lhes traria ale- consequências da transgressão (Ms 67, 1898). transgressão. As folhas de figueira representam
gria eterna. O único conhecimento que eles ob- A queda quebrou a cadeia de ouro da obediência os argumentos usados para cobrir a desobe-
tiveram com sua desobediência foi o conheci- – Adão se rendeu à tentação e, como temos tão diência. Quando o Senhor chama a atenção de
mento do pecado e de seus resultados... claro diante de nós a questão do pecado e suas homens e mulheres para a verdade, a confec-
Século após século, a curiosidade do homem consequências, pode-se ler da causa para o efei- ção de vestes de folhas de figueira começa a
o tem levado a buscar a árvore da ciência; e to e ver que não é a magnitude do ato que cons- esconder a nudez da alma. Mas a nudez do pe-
muitas vezes ele pensa que está colhendo fru- titui o pecado, mas a desobediência à vontade cador não é coberta. Todos os argumentos re-
tos essenciais, quando, como aconteceu com expressa de Deus, que é uma virtual negação de unidos na forma de remendos por todos aque-
os conhecimentos de Salomão, verificam-se Deus e uma rejeição às leis de seu governo. [...] les que se interessam por essa costura frágil de
totalmente vãos e nulos em comparação com A queda de nossos primeiros pais quebrou nada valerá (RH, 15/11/1898).
aquela verdadeira santidade que lhe abrirá as a cadeia de ouro da obediência implícita da 3:7-11. Envolveram-se em mantos de igno-
portas da cidade de Deus. A ambição huma- vontade humana à divina. A obediência não é rância – Se Adão e Eva nunca tivessem deso-
na tem estado em busca daquela espécie de mais considerada uma necessidade absolu- bedecido ao Criador, eles teriam permaneci-
conhecimento que lhe trará glória, exaltação ta. Os seres humanos seguem seus próprios do no caminho da perfeita justiça, e poderiam
a Gênesis 3 b 23

8 E eles ouviram a voz do S­ enhor Deus andando pelo tu fizeste? E a mulher disse: A serpente me enganou,

Gn
jardim no frescor do dia. E Adão e sua mulher se es- e eu comi.
conderam da presença do S­ enhor Deus entre as ár- 14 E o S
­ enhor Deus disse à serpente: Porque tu fizeste
vores do jardim. isso, tu és amaldiçoada acima de todo gado, e acima
9 E o S
­ enhor Deus chamou a Adão, e lhe disse: On- de todo animal do campo; sobre o teu ventre tu anda-
de tu estás? rás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
10 E ele disse: Eu ouvi a tua voz no jardim e tive me- 15 E eu colocarei inimizade entre ti e a mulher, e en-

do, porque eu estava nu, e me escondi. tre a tua semente e a sua semente; ela ferirá a tua ca-
11 E ele disse: Quem te contou que estavas nu? Tu beça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
comeste da árvore da qual eu te ordenei que não 16 À mulher ele disse: Eu multiplicarei grandemente

comesses? o teu sofrimento e a tua concepção. Com sofrimento


12 E o homem disse: A mulher que tu me deste para terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e
estar comigo, ela me deu da árvore e eu comi. ele governará sobre ti.
13 E o ­Senhor Deus disse à mulher: O que é isto que 17 E a Adão ele disse: Porque tu escutaste a voz de tua

3:8 Jó 31:33 • 3:15 1Jo 3:8; Rm 16:20 • 3:17 Rm 8:20-22; Ec 2:23

conhecer e compreender a Deus. Mas quando humanidade. Mediante Ele, somente, poderia 3:17-18. A maldição sobre toda a criação –
ouviram a voz do tentador e pecaram contra se cumprir o propósito de Deus de impedir que Toda a natureza está confusa, pois Deus im-
Deus, a luz das vestes da inocência celestial se o paganismo e a idolatria se tornassem univer- pediu a Terra de cumprir o propósito que havia
afastou deles; e, separados das vestes da ino- sais. A promessa de Sua vinda foi a estrela de originalmente designado. Não há paz para os
cência, eles se envolveram nos mantos escu- esperança que derramou seus raios brilhantes ímpios, diz o Senhor. A maldição de Deus es-
ros da ignorância de Deus. A luz clara e perfeita através do deserto sobre o qual a igreja devia tá sobre tudo que fora criado (Ms 76a, 1901).
que até então os cercara havia iluminado tu- abrir caminho para a consumação de suas es- Devido à desobediência, a primeira maldição
do de que se aproximavam. Mas privados des- peranças (Materiais 1888 2, 176). foi pronunciada sobre posteridade de Adão e
sa luz celestial, os descendentes de Adão não 3:15. Primeiro indício de redenção – Para o ho- sobre a Terra. A segunda maldição veio sobre a
podiam mais reconhecer o caráter de Deus em mem, a primeira indicação de redenção foi da- Terra logo após que Caim matou o seu irmão,
suas obras criadas (ME 1, 291). da na sentença pronunciada sobre Satanás, no Abel.A terceira e mais terrível maldição de Deus
3:15. Adão conhecia a lei original – Quando fo- jardim. Declarou o Senhor: “E eu colocarei inimi- veio sobre a Terra com o dilúvio (CSRA, 373).
ram criados, Adão e Eva tinham conhecimento zade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e A Terra tem sentido cada vez mais forte a mal-
da lei original de Deus. Estava impressa em seus a sua semente; ela ferirá a tua cabeça, e tu lhe dição – Antes do dilúvio, a primeira folha que
corações, e eles conheciam as exigências da lei ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). Esta sentença, caiu e foi encontrada no chão causou grande
sobre si. Quando eles violaram a lei de Deus e proferida aos ouvidos de nossos primeiros pais, tristeza àqueles que temiam a Deus. Eles se la-
caíram de seu estado de feliz inocência, tornan- foi para eles uma promessa. Ao mesmo tempo mentaram com isso como lamentamos a per-
do-se pecadores, o futuro da raça caída não foi em que predizia guerra entre o homem e Sata- da de um amigo querido. Na folha murcha, eles
aliviado por um único raio de esperança. Deus te- nás, declarava que o poder do grande adversá- podiam ver evidências da maldição e da dete-
ve compaixão deles e Cristo concebeu o plano de rio finalmente seria quebrado. Adão e Eva acha- rioração da natureza (SG 4a, 155).
sua salvação assumindo Ele a culpa. Quando a vam-se como criminosos diante do justo Juiz, (Rm 8:22) – O pecado do homem trouxe um
maldição foi pronunciada sobre a Terra e sobre o esperando a sentença em que pela transgressão resultado seguro: decadência, deformidade e
homem, havia uma promessa em relação à mal- tinham incorrido; mas antes que ouvissem da vi- morte. Hoje, o mundo todo está manchado,
dição: que através de Cristo havia esperança e da de lutas e tristezas que devia ser a sua por- corrompido, afetado por uma doença mortal.
perdão pela transgressão da lei de Deus. Embora ção, ou o decreto de que deviam voltar ao pó, A Terra geme sob a contínua transgressão de
o abatimento e as trevas pairassem como uma escutaram palavras que não poderiam deixar de seus habitantes (Ca 22, 1900).
mortalha sobre o futuro, no entanto, na promes- lhes dar esperança. Posto que devessem sofrer A maldição do Senhor está sobre a Terra, sobre
sa do Redentor, a estrela da esperança iluminava pelo poder de seu forte adversário, poderiam os homens, sobre os animais, sobre os peixes do
o futuro sombrio. A primeira pregação do evan- olhar no futuro para a vitória final (PP, 65-66). mar, e quando a transgressão se tornar quase
gelho foi feita por Cristo a Adão. Adão e Eva ex- 3:15. Uma profecia muito significativa – “E eu universal, a maldição poderá se tornar tão ampla
perimentaram sincera tristeza e arrependimento colocarei inimizade entre ti e a mulher, e entre e profunda quanto a transgressão (Ca 59, 1898).
por sua culpa. Eles creram na preciosa promes- a tua semente e a sua semente; ela ferirá a tua Evidência do amor contínuo de Deus – Após a
sa de Deus e foram salvos da ruína completa cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). transgressão de Adão, Deus poderia ter destruí-
(RH, 29/04/1875). A sentença divina pronunciada contra Satanás do todos os botões que se abrissem e todas as
3:15. A promessa de um Salvador – No Éden, depois da queda do homem foi também uma flores, ou poderia ter impedido sua fragrância,
o evangelho de um Salvador vindouro foi pro- profecia, abrangendo todos os séculos até ao tão agradável aos sentidos. Na terra seca e ma-
clamado. Tão logo foi dada a promessa de que final do tempo, e prefigurando o grande confli- culada pela maldição, no matagal, nos cardos,
a semente da mulher feriria a cabeça da ser- to em que se empenhariam todas as raças dos nos espinheiros e no joio, podemos ler a lei da
pente, Cristo foi revelado como o Redentor da homens que vivessem sobre a Terra (GC, 505). condenação. Mas na delicada cor e no perfume
24 a Gênesis 3 b

mulher, e comeste da árvore, da qual eu te ordenei 20 E Adão chamou o nome de sua mulher Eva, porque
dizendo: Tu não comerás dela, amaldiçoada é a terra ela foi a mãe de todos os viventes.
por tua causa; com sofrimento tu comerás dela todos 21 Para Adão e também para sua mulher o ­Senhor

os dias da tua vida. Deus fez vestes de pele, e os vestiu.


18 Espinhos e cardos também produzirá para ti; e co- 22 ¶ E o S­ enhor Deus disse: Eis que o homem se tor-
merás a erva do campo; nou como um de nós, para conhecer o bem e o mal;
19 no suor da tua face comerás o pão, até que retornes e agora, para que ele não estenda sua mão, e to-
à terra, pois dela tu foste tirado; porque pó tu és, e ao me também da árvore da vida, e coma, e viva para
pó tu retornarás. sempre;
3:19 Gn 2:7; Sl 90:3; Ec 12:7 • 3:22 Ap 22:14

das flores podemos saber que Deus ainda nos o Filho de Deus se apresentou como a garantia 3:21. O resgate deteve a pena imediata –
ama, e que sua misericórdia não foi completa- da raça humana com tanto poder para impe- Adão ouviu as palavras do tentador e, cedendo
mente retirada da Terra (ME 1, 291). dir a condenação pronunciada sobre o culpa- a suas insinuações, caiu em pecado. Por que
3:16-17. A execução da sentença é mantida, do como quando Ele morreu na cruz do Calvário. não foi a pena de morte aplicada imediata-
porém, adiada – Deus reteve por um tempo a Que amor! Que prodigiosa condescendência! mente em seu caso? Porque se achou um res-
execução completa da sentença de morte pro- O Rei da glória Se dispõe a humilhar-Se pela hu- gate (RH, 23/04/1901).
nunciada ao homem. Satanás exultou por ter manidade caída! Ele colocaria os Seus pés nos 3:21. Continente do Céu – Jesus Se tornou o
quebrado para sempre o elo entre o Céu e a Ter- passos de Adão. Tomaria a natureza do homem Redentor do mundo com perfeita obediência a
ra. Contudo, ele estava completamente engana- caído e empenhar-Se-ia em luta com o forte toda palavra que sai da boca de Deus. Ele redi-
do e seria desapontado. O Pai colocou o mundo inimigo que triunfou sobre Adão. Ele venceria a miu a infeliz queda de Adão, unindo a Terra, que
nas mãos de Seu Filho para resgatá-lo da mal- Satanás, e assim abriria o caminho para liber- havia sido divorciada de Deus pelo pecado,
dição, do fracasso e da queda de Adão (DT, 24). tar da infelicidade oriunda da falha e queda de com o continente do Céu (BE, 06/08/1894).
3:17-19. Por meio da dor e sofrimento o ho- Adão a todos que nEle cressem. (MM MG, 21). 3:21. Reunidos com a esfera da glória – Em-
mem teria seu sustento – Disse Deus a Adão e 3:21. Cristo tomou o lugar do Adão caído – A bora a Terra tenha sido separada do continen-
a todos os seus descendentes: “no suor da tua grande obra da redenção só poderia ser efe- te dos Céus e removida de sua comunhão, Je-
face comerás o pão” (Gn 3:19), pois a partir de tuada pelo Redentor ao tomar o lugar do Adão sus a ligou novamente com a esfera da glória
agora a terra deverá ser cultivada sob as des- caído. Levando sobre Si os pecados do mundo, (MM FF, 244).
vantagens da transgressão. “Espinhos e cardos Ele poderia palmilhar o caminho em que Adão 3:21. Uma instantânea substituição – No mo-
[a terra] também produzirá para ti” (Gn 3:18) tropeçou. Suportaria uma prova infinitamente mento em que o homem cedeu às tentações
(Ms 84, 1897). mais severa do que aquela que Adão falhou em de Satanás fazendo justamente o que Deus
Não há lugar na Terra onde a trilha da serpen- suportar. Creditaria à conta do homem, ao der- lhe dissera para não fazer, Cristo, o Filho de
te não seja vista e onde sua picada venenosa rotar o tentador por meio da obediência, Sua Deus, colocou-Se entre os vivos e os mortos
não seja sentida. Toda a Terra está contamina- pureza de caráter e serena integridade, impu- (Nm 16:48), dizendo: “Que o castigo caia so-
da por causa de seus moradores. A maldição tando ao homem Sua justiça, para que, em Seu bre mim. Estarei no lugar do homem. Ele terá
está aumentando à medida que a transgres- nome, o ser humano pudesse superar o inimigo outra oportunidade” (MM FV, 75).
são aumenta (Ca 22, 1900). por iniciativa própria (DT, 21-22). 3:21. Surgem da cruz os primeiros raios de
3:18. A amálgama trouxe plantas e animais de 3:21.Adão vê o Filho de Deus na morte do cor- esperança – Anjos celestiais patentearam am-
nova ordem – Nenhuma planta nociva foi colo- deiro sacrifical – Ao matar Adão a inocente víti- plamente a nossos primeiros pais o plano con-
cada no grande jardim do Senhor, mas depois ma, pareceu-lhe estar derramando o sangue do cebido para a sua salvação. Foi dito a Adão e
que Adão e Eva pecaram, brotaram ervas vene- Filho de Deus por sua própria mão. Sabia que sua companheira que, mesmo em face de seu
nosas. Na parábola do semeador, foi pergunta- se tivesse permanecido firme em Deus e leal à grande pecado, não seriam eles abandona-
do ao Senhor da casa: “Senhor, tu não semeas- Sua santa lei não teria existido a morte de ani- dos ao domínio de Satanás. O Filho de Deus
te boa semente no teu campo? De onde então mais nem de homens (HR, 50). Se oferecera para expiar, com Sua própria vida,
vem esse joio?” O Mestre respondeu: “Um ini- 3:21. Cristo colocou os pés nos passos de a transgressão deles. Um período de graça lhes
migo é quem fez isso” (Mt 13:27, 28). Todo o Adão – Que amor! Que admirável condescen- seria concedido e, mediante o arrependimento
joio é semeado pelo maligno. Cada erva nociva dência! O rei da glória disposto a Se humilhar, e a fé em Cristo, poderiam de novo tornar-se fi-
é de sua semeadura; e com seus métodos en- descendo ao nível da humanidade caída! Ele lhos de Deus (PP, 66).
genhosos de amálgama, ele corrompeu a terra colocaria os pés nos passos de Adão. Ele as- 3:21. Obediência é a condição para comer
com joio (ME 2, 288-289). sumiria a natureza caída do homem e entraria da árvore (Ap 22:2, 14) – A transgressão dos
3:21. Conferir comentário de EGW em Rm 8:3; em combate para enfrentar o poderoso inimigo requisitos de Deus excluiu Adão do jardim do
Is 7:14-16 e Hb 2:17. que triunfou sobre Adão. Ele derrotaria Satanás Éden. Uma espada flamejante foi colocada
3:21. Cristo, a garantia imediata e segura – As- e, ao fazê-lo, abriria o caminho para a reden- ao redor da árvore da vida para que o homem
sim que houve pecado, houve um Salvador. Cris- ção de todos os que cressem nEle, salvando-os não a alcançasse e participasse dela, imor-
to sabia que sofreria, e ainda assim Ele se tornou da ignomínia do fracasso e queda de Adão (RH, talizando o pecado. A condição para comer
o substituto do homem. Assim que Adão pecou, 24/02/1874). da árvore da vida era obediência a todos os
a Gênesis 4 b 25

23 o S­ enhor Deus, portanto, o lançou fora do jardim


 E ela também teve Abel, irmão dele. E Abel era um
2

Gn
do Éden, para cultivar a terra da qual fora tomado.
guardador de ovelhas, mas Caim era cultivador da
24 Assim ele expulsou o homem, e colocou no leste do
terra.
jardim do Éden querubins, e uma espada flamejante,3 E no passar do tempo, aconteceu que Caim trouxe
que se voltava a todos os lados para guardar o cami-
do fruto da terra uma oferta ao S­ enhor.
nho para a árvore da vida. 4 E Abel, ele também trouxe das primícias e da gordu-

Caim e Abel ra do seu rebanho. E o S­ enhor teve consideração por

4 E Adão conheceu Eva, sua mulher; e ela conce- Abel e por sua oferta;
beu e teve Caim, e disse: Concebi um homem do 5 mas por Caim e por sua oferta ele não teve considera-
­Senhor. ção. E Caim ficou muito irado, e o seu semblante caiu.
4:4 Hb 11:4

mandamentos de Deus. Adão caiu por sua de- no sacrifício. No entanto, sendo Caim o mais assemelhava à oferta de Caim. Ele trouxe ao
sobediência e, pelo pecado, perdeu todo direi- velho, não se atentou para o conselho de seu Senhor o fruto da terra, que, em si mesmo, é
to de usar tanto o fruto vivificante da árvore que irmão (VA, 64). aceitável aos olhos de Deus. Muito bom era, na
estava no meio do jardim, como também suas 4:1-5. Um substituto aceito nesse meio tem- verdade, o fruto; mas faltava a virtude da ofer-
folhas, que são para a cura dos povos. po (Gn 2:17) – Por causa de sua culpa, o ho- ta — o sangue de Cristo, representado pelo san-
A obediência através de Jesus Cristo dá ao ho- mem caído não podia mais ir diretamente gue do cordeiro imolado. O mesmo acontece
mem perfeição de caráter e direito de participar diante de Deus com suas súplicas, pois a trans- com sermões destituídos de Cristo. Os homens
da árvore da vida. As condições para participar gressão da lei divina colocou uma barreira in- não são por eles aguilhoados até ao coração;
novamente do fruto da árvore são claramente transponível entre o Deus santo e o transgres- não são levados a indagar: “Que devo fazer pa-
apresentadas no testemunho de Jesus Cristo a sor. Porém, foi elaborado um plano para que a ra me salvar?” (Materiais 1888 2, 567-568).
João: “Abençoados são aqueles que praticam sentença de morte caísse sobre um substituto. Muitos sermões pregados são destituídos de
seus mandamentos, para que eles tenham di- Deve haver derramamento de sangue no plano Cristo, assim como a oferta de Caim; e inteli-
reito à árvore da vida, e possam adentrar pelos da redenção, pois a morte deve intervir como gências celestiais olham com espanto e triste-
portões da cidade” (Ap 22:14) (Ms 72, 1901). resultado do pecado do ser humano. Os ani- za sobre a oferta sem valor e contaminada. Se
3:24. Não haverá mais espada flamejante mais dos sacrifícios prefiguravam a Cristo. En- os homens pudessem perceber como os seus
diante da nossa árvore da vida (Mt 4:4; Jo quanto isso, na vítima imolada, o homem veria cultos são considerados pelo Céu, se humilha-
6:63) – “Está escrito” é o evangelho que de- o cumprimento das palavras de Deus: “Tu cer- riam diante de Deus (Materiais 1888 3, 181).
vemos pregar. Nenhuma espada flamejante é tamente morrerás” (RH, 03/03/1874). 4:3. Caim acreditava que Deus havia sido mui-
colocada na frente desta árvore da vida. Todos 4:3. Caim não estava preocupado com a quali- to severo com Adão, seu pai – Abel estava de-
os que queiram podem participar dela. Não há dade de seu sacrifício – Caim não estava preo- terminado a adorar a Deus de acordo com a
poder que possa proibir qualquer alma de par- cupado em trazer nem mesmo o melhor dos direção que Deus havia dado. Isso desagra-
ticipar do fruto da árvore da vida. Todos podem frutos. Abel aconselhou a seu irmão que não dou Caim. Ele pensou que seus próprios planos
comer e viver eternamente (Ca 20, 1900). viesse diante do Senhor sem o sangue do sacri- eram melhores, e que o Senhor chegaria a seus
4:1-5. A oferta deve ser aspergida com san- fício. Caim, sendo o primogênito, não quis ouvir termos. Caim, em sua oferta, não reconheceu
gue – Em cada oferta dedicada a Deus deve- seu irmão. Desprezou seu conselho e, com dúvi- a sua dependência de Cristo. Ele pensou que
-se reconhecer a grande dádiva; essa dádiva é o da e murmuração com respeito à necessidade o seu pai, Adão, fora tratado duramente ao ser
único meio capaz de tornar nosso serviço acei- das ofertas cerimoniais, apresentou uma oferta expulso do Éden. A ideia de manter esse peca-
tável a Ele. Quando Abel ofereceu os primogêni- de frutos. Mas Deus não a aceitou (HR, 52-53). do sempre diante da mente e oferecer o sangue
tos do rebanho, ele reconheceu Deus, não ape- 4:3. Divergência no caráter – Caim e Abel, fi- do cordeiro morto como uma confissão de toda
nas como o doador de suas bênçãos temporais, lhos de Adão, diferiam grandemente em cará- a dependência de um Poder fora de si mesmo
mas também o doador do Salvador. A oferta de ter. Abel temia a Deus. Caim, porém, acariciava era uma tortura para o espírito de Caim. Sen-
Abel foi a melhor oferta que ele pôde apresen- sentimentos de rebeldia, e murmurava contra do o irmão mais velho, pensou que Abel devia
tar, pois foi especificamente o que o Senhor pe- Deus por causa da maldição pronunciada so- seguir o seu exemplo. Quando a oferta de Abel
diu. Mas Caim trouxe apenas os frutos da terra, e bre a Terra e sobre o gênero humano em virtu- foi aceita por Deus, o fogo santo consumindo o
sua oferta não foi aceita pelo Senhor. Ele não ex- de do pecado de Adão (HR, 52). sacrifício, a ira de Caim foi extremamente gran-
pressou a fé em Cristo. Todas as nossas ofertas 4:3. Ministros oferecem a oferta de Caim – de. O Senhor condescendeu em explicar-lhe as
devem ser aspergidas com o sangue da expia- Muitos de nossos ministros só fazem sermões, coisas, mas ele não se reconciliou com Deus,
ção. Sendo uma propriedade adquirida pelo Fi- apresentando o assunto de maneira argumen- e Abel tornou-se aborrecível, porque Deus lhe
lho de Deus, devemos dar ao Senhor nossas pró- tativa e mal mencionando o poder salvador do mostrou favor. Ficou tão irado que matou o seu
prias vidas individualmente (RH, 24/11/1896). Redentor. Não tendo eles mesmos comido do irmão (Materiais 1888 3, 504).
4:1-5. Caim não errou por falta de advertên- pão vivo do Céu, seu testemunho carece de 4:4. Deus aceita a oferta de Abel, mas rejeita a
cia – Abel aconselhou seu irmão a não compa- substância e do sangue salvífico de Jesus Cris- de Caim – Tinham sido instruídos [Caim e Abel]
recer diante de Deus sem o sangue requerido to, que purifica de todo pecado. Sua oferta se com respeito à provisão feita para a salvação
26 a Gênesis 4 b

6 E o ­Senhor disse a Caim: Por que estás irado? E por 12 quando tu cultivares a terra, ela não te dará mais a
que o teu semblante está caído? sua força; fugitivo e errante serás na terra.
7 Se tu fazes bem, não serás aceito? E se não fazes 13 E Caim disse ao S ­ enhor: Meu castigo é maior do
bem, o pecado jaz à porta. E para ti será o desejo de- que eu posso suportar.
le, e tu deves governar sobre ele. 14 Eis que tu me expulsaste neste dia da face da terra;
8 E Caim falou com Abel, seu irmão; e aconteceu que, e de tua face eu estarei escondido; e serei fugitivo e
quando eles estavam no campo, Caim se levantou errante na terra. E acontecerá que todo aquele que
contra Abel, seu irmão, e o assassinou. me encontrar me matará.
9 ¶ E o ­Senhor disse a Caim: Onde está Abel, teu irmão? 15 E o ­Senhor lhe disse: Portanto, todo aquele que ma-

E ele disse: Eu não sei; sou eu guardador do meu irmão? tar Caim, a vingança será tomada sobre ele sete ve-
10 E ele disse: O que tu fizeste? A voz do sangue de teu zes. E o ­Senhor fixou uma marca sobre Caim, para que
irmão está clamando a mim desde a terra. qualquer que o achasse não o matasse.
11 E agora tu és amaldiçoado desde a terra, que abriu a 16 ¶ E Caim saiu da presença do S ­ enhor, e habitou na
sua boca para receber o sangue do teu irmão da tua mão; terra de Node, no leste do Éden.
4:8 Mt 23:35; 1Jo 3:12 • 4:14 Sl 51:11; Nm 35:19, 21,27,33 • 4:15 Ez 9:4,6

da raça humana. Deles era requerido que pra- enraivecido, e sua ira cresceu e ardeu contra harmonia entre os dois irmãos e a discórdia era
ticassem um sistema de humilde obediência, Abel, até levá-lo a matar o irmão (SG 3, 47-48). inevitável. Abel não podia condescender com
mostrando sua reverência a Deus e sua fé no 4:6. Deus toma nota de todo ato – O Senhor Caim sem se tornar culpado de desobediência
Redentor prometido, dependendo dEle, me- viu a ira de Caim, viu que seu semblante havia às ordens específicas de Deus (Ca 16, 1897).
diante a morte dos primogênitos do rebanho decaído. Assim, é revelado o quão intimamen- 4:8. Caim estava cheio de desconfiança e rai-
e a solene apresentação do sangue como uma te o Senhor toma nota de toda ação, de todas va – Satanás é o pai da descrença, murmura-
oferta queimada a Deus. as tentativas e propósitos, sim, até a expressão ção e rebelião. Ele encheu Caim de desconfian-
[Caim] não estava disposto a seguir estrita- do rosto. Sim, mesmo que o homem não diga ça e raiva contra seu irmão inocente e contra
mente o plano de obediência, procurar um cor- nada, expressa sua recusa em continuar no ca- Deus, porque seu sacrifício foi recusado e o de
deiro e oferecê-lo com os frutos da terra. Mera- minho de Deus e em cumprir Sua vontade... Abel foi aceito. E assassinou seu irmão em sua
mente tomou do fruto da terra e desrespeitou Quando não podemos seguir os impulsos do ira insana (DT, 28).
as exigências de Deus. próprio coração rebelde, e somos impedidos 4:15. O sinal de Caim – Deus deu a cada ho-
Abel trouxe dos primogênitos de seu reba- de realizar a própria vontade perversa e não mem sua obra, e se alguém se afasta da obra
nho e do melhor, como Deus havia ordenado; santificada, o Senhor pode nos perguntar: “Por que Deus lhe deu para realizar a obra de Sata-
e cheio de fé no Messias por vir, e com humil- que estás irado? E por que o teu semblante es- nás, para profanar seu próprio corpo, ou levar
de reverência, apresentou sua oferta. Deus a tá caído?” Tais manifestações revelam que os outrem a pecar, essa obra do homem é amaldi-
aceitou. Uma luz brilhou do Céu e consumiu homens estão irritados porque não podem pro- çoada, e o sinal de Caim é colocado sobre ele.
a oferta de Abel. Caim não observou manifes- ceder de acordo com as artimanhas e armadi- A ruína de sua vítima clamará a Deus, como fez
tação de que sua oferta houvesse sido aceita. lhas de Satanás, e, por isso, manifestam um es- o sangue de Abel (RH, 06/03/1894).
Irou-se com o Senhor e com seu irmão. Deus pírito semelhante ao de Caim (Ms 77, 1897). Qualquer homem, ministro ou leigo, que pro-
condescendeu em enviar um anjo para conver- 4:7. Caim não exercia o poder da vontade – A cura forçar ou governar a razão de qualquer ou-
sar com ele. vontade é o poder que governa a natureza do tra pessoa, torna-se um instrumento de Satanás
O anjo inquiriu quanto à razão de sua ira e homem, trazendo todas as outras faculdades para realizar sua obra e carrega o sinal de Caim
lhe informou de que se ele fizesse o bem e obe- sob sua influência. A vontade não é gosto ou à vista do universo celestial (Ms 29, 1911).
decesse às orientações dadas por Deus, Ele o inclinação, mas é o poder de decidir, que ope- 4:16. A história de Caim foi uma ilustração pa-
aceitaria e estimaria sua oferta. Mas se ele não ra nos filhos dos homens para a obediência a ra o Universo expectante – Ao poupar a vida do
se submetesse humildemente aos planos divi- Deus ou para a desobediência (OC, 209). primeiro homicida, apresentou Deus diante de
nos, crendo e obedecendo, Deus não poderia Conquanto a calúnia possa enegrecer a re- todo Universo uma lição que indicava o grande
aceitar a oferta. O anjo declarou a Caim que is- putação, não pode manchar o caráter. Este se conflito.A tenebrosa experiência de Caim e seus
so não era injustiça da parte de Deus, ou par- encontra sob a guarda de Deus. Enquanto não descendentes foi uma viva ilustração do que te-
cialidade mostrada para com Abel, mas que era consentirmos em pecar, não há poder, diabó- ria sido o resultado de permitir o pecador viver
em virtude de seu pecado e desobediência à lico ou humano, que nos possa trazer uma nó- para sempre, para prosseguir com sua rebelião
expressa ordem de Deus que Ele não aceita- doa à alma. Um homem cujo coração está fir- contra Deus.A paciência de Deus apenas tornou
ria a oferta; no entanto, se ele agisse correta- me em Deus é, na hora de suas mais aflitivas o ímpio mais ousado e desafiador em sua iniqui-
mente, seria aceito por Deus... Mas mesmo de- provações e desanimadoras circunstâncias, dade. Passados quinze séculos da pronunciada
pois de ser assim fielmente instruído, Caim não o mesmo que era quando em prosperidade, sentença sobre Caim, o Universo testemunhou
se arrependeu... Em sua inveja e orgulho, con- quando sobre ele pareciam estar a luz e o fa- os frutos de sua influência e exemplo, no crime e
tendeu com Abel e o reprovou... Enquanto Abel vor de Deus (MDC, 32). corrupção que inundaram a Terra.Tornou-se ma-
justificava o plano de Deus, Caim tornou-se 4:8. Foi inevitável a discórdia – Não havia nifesto que a sentença de morte pronunciada
a Gênesis 5 b 27

17 E Caim conheceu sua mulher, e ela concebeu, e teve


 macho e fêmea ele os criou; e os abençoou, e chamou
2

Gn
Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome seu nome Adão, no dia em que eles foram criados.
da cidade de Enoque, conforme o nome do seu filho. 3 ¶ E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho

à sua própria semelhança, segundo a sua imagem, e


18 E a Enoque nasceu Irade, e Irade gerou Meujael, e

Meujael gerou Metusael, e Metusael gerou Lameque. chamou seu nome Sete.
19 ¶ E Lameque tomou para si duas esposas. O nome 4 E os dias de Adão, depois de ter gerado Sete foram

de uma era Ada, e o nome da outra Zilá. oitocentos anos, e gerou filhos e filhas.
5 E todos os dias que Adão viveu foram novecentos e
20 E Ada teve Jabal; ele foi o pai dos que habitam em

tendas, e dos que têm gado. trinta anos, e morreu.


6 E Sete viveu cento e cinco anos, e gerou Enos.
21 E o nome de seu irmão era Jubal. Ele foi o pai de to-

dos os que manuseiam a harpa e o órgão. 7 E Sete viveu, depois que gerou Enos, oitocentos e
22 E Zilá, ela também teve Tubalcaim, um instrutor sete anos, e gerou filhos e filhas.
8 E todos os dias de Sete foram novecentos e doze
de todo artífice de bronze e ferro; e a irmã de Tubal-
caim era Naamá. anos, e morreu.
23 E Lameque disse a suas mulheres, Ada e Zilá: Ou-9 ¶ E Enos viveu noventa anos e gerou Cainã.
10 E Enos viveu, depois que gerou Cainã, oitocentos
vi a minha voz, mulheres de Lameque, escutai as mi-
nhas palavras, pois eu matei um homem pela minha e quinze anos, e gerou filhos e filhas.
11 E todos os dias de Enos foram novecentos e cinco
ferida e um jovem pelo meu sofrimento.
24 Se Caim for vingado sete vezes, Lameque certa- anos, e morreu.
12 ¶ E Cainã viveu setenta anos, e gerou Maalaleel.
mente setenta vezes sete.
13 E Cainã viveu, depois que gerou Maalaleel, oito-
25 ¶ E Adão conheceu novamente sua mulher; e ela te-

ve um filho, e chamou seu nome Sete, porque Deus, centos e quarenta anos, e gerou filhos e filhas.
14 E todos os dias de Cainã foram novecentos e dez
ela disse, me designou outra semente no lugar de
Abel, a quem Caim matou. anos, e morreu.
26 E a Sete, também nasceu um filho; e ele chamou 15 ¶ E Maalaleel viveu sessenta e cinco anos, e ge-

seu nome Enos. Então os homens começaram a in- rou Jerede.


16 E Maalaleel viveu, depois que gerou Jerede, oito-
vocar o nome do S­ enhor.
centos e trinta anos, e gerou filhos e filhas.
Descendentes de Adão 17 E todos os dias de Maalaleel foram oitocentos e no-

5 Este é o livro das gerações de Adão. No dia em venta e cinco anos, e morreu.
que Deus criou o homem, à semelhança de Deus 18 ¶ E Jerede viveu cento e sessenta e dois anos, e ge-
ele o fez; rou Enoque.
4:24 ver 15 • 4:25 Gn 5:3 • 4:26 Gn 12:8; 1Rs 18:24; Jl 2:32; Sf 3:9; 1Co 1:2 • 5:1 Gn 1:27; Ef 4:24; Cl 3:10 • 5:2 Gn 1:27• 5:5 Gn 3:19

contra a raça decaída, pela transgressão da lei apenas feito sermões, apresentando os assun- Caim, Lameque, o quinto descendente, acres-
de Deus, era não somente justa, mas misericor- tos por meio de argumentos, e mencionando centou a poligamia (PP, 81).
diosa. Quanto mais vivessem os homens em pe- pouco o poder salvador do Redentor. Seu tes- 4:25. Sete tinha estatura mais nobre do que
cado, mais perdidos se tornariam. A sentença temunho era destituído do sangue salvador de Caim ou Abel – Sete era mais alto que Caim
divina, abreviando uma carreira de desenfreada Cristo. Sua oferta assemelhava-se à de Caim. ou Abel e parecia mais com Adão do que qual-
iniquidade, e livrando o mundo da influência dos Traziam ao Senhor os frutos da terra, os quais quer outro filho dele. Os descendentes de Se-
que se tornaram endurecidos na rebeldia, era eram, em si mesmos, aceitáveis aos olhos de te se separaram dos descendentes ímpios de
uma bênção e não maldição (PP, 78). Deus. Muito bom era, na verdade, o fruto; mas, Caim. Eles mantinham o conhecimento da von-
Ofertas de Caim – Muitas observações têm si- a virtude da oferta – o sangue do Cordeiro mor- tade de Deus, enquanto a ímpia raça de Caim
do feitas ao fato de, em seus discursos, nossos to, representando o sangue de Cristo — isso fal- não respeitava Deus ou seus sagrados manda-
oradores haverem salientado mais a lei, e não tava. O mesmo acontece com sermões desti- mentos (SG 3, 60).
a Cristo. Essa afirmação não é estritamente ve- tuídos de Cristo. Os homens não são por eles 5:3. Sete era semelhante a Adão – A Adão foi
rídica; mas, não haverá para ela alguma razão? aguilhoados até ao coração; não são levados a dado outro filho, para ser o herdeiro da pro-
Não têm acaso ocupado o púlpito homens que indagar: “O que eu devo fazer para ser salvo?” messa divina, herdeiro da primogenitura es-
não possuem experiência genuína nas coisas (At 16:30) (OE, 156). piritual. O nome de Sete, dado a este filho,
de Deus, homens que não receberam a justi- 4:23. Lameque iniciou a poligamia – Ao crime significava “designado”, ou “compensação”;
ça de Cristo? Muitos de nossos pastores têm de assassínio, para o qual preparara o caminho “porque Deus”, disse a mãe, “me designou
28 a Gênesis 5 b

19 E Jerede viveu, depois que gerou Enoque, oitocen- 22 E Enoque andou com Deus depois que gerou Matu-
tos anos, e gerou filhos e filhas. salém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas.
20 E todos os dias de Jerede foram novecentos e ses- 23 E todos os dias de Enoque foram trezentos e ses-

senta e dois anos, e morreu. senta e cinco anos.


21 ¶ E Enoque viveu sessenta e cinco anos, e gerou a 24 E Enoque caminhava com Deus, e ele não estava

Matusalém. mais, pois Deus o tomou.


5:22 ver 24; Gn 6:9; Mq 6:8 • 5:24 2Rs 2:1,11; Hb 11:5

outra semente no lugar de Abel, a quem Caim com as coisas. Ele lutou para se conformar à a advertência. Alguns deles se tornaram vito-
matou” (Gn 4:25). Sete era de estatura mais semelhança divina (Ca 169, 1903). riosos e morreram antes do dilúvio. Mas mui-
nobre do que Caim ou Abel e parecia-se mui- 5:22. Como andava Enoque com Deus – En- tos viveram por tanto tempo cercados pela in-
to mais com Adão do que os demais filhos. Ti- quanto você confiar no Pai celeste para rece- fluência corrupta do pecado, que não puderam
nha caráter digno, seguindo as pegadas de Abel ber a ajuda que necessita, Ele não vos aban- suportar a justiça (Ms 42, 1900).
(PP, 80). donará. Deus tem um Céu cheio de bênçãos 5:22. Enoque representa aqueles que estarão
5:22-24. Enoque via Deus somente pela fé – para derramar sobre os que com fervor bus- vivendo nos últimos dias – O piedoso caráter
Enoque viu Deus ao seu lado? Somente pela cam esta ajuda que somente Ele pode con- desse profeta representa o estado de santida-
fé. Ele sabia que o Senhor estava lá e se ape- ceder. Enoque caminhava com Deus porque de que deve ser atingido por aqueles que serão
gou firmemente aos princípios da verdade. Nós pela fé contemplava a Jesus, pedindo Sua di- “redimidos da Terra” (Ap 14:3) por ocasião da
também devemos andar com Deus. Quando fi- reção, e crendo que cada palavra pronunciada segunda vinda de Cristo (PP, 88-89).
zermos isso, nosso rosto brilhará com o brilho se cumpriria. Ele se manteve próximo de Deus, Enoque é uma ilustração dos que serão tras-
da presença divina e, quando nos encontrar- obedecendo toda palavra de Deus... A vida de ladados sem experimentar a morte – Enoque é
mos, falaremos sobre o poder de Deus, dizen- Enoque foi uma vida de maravilhosa unidade. representante daqueles que ficarão vivos sobre
do: “Louvado seja Deus. O Senhor é bom, e a Cristo era seu companheiro. Vivia ele em íntima a Terra e serão trasladados sem experimentar a
palavra do Senhor é boa” (Ms 17, 1903). comunhão com Deus (Ms 111, 1898). morte. Representa o grupo que deverá viver en-
Cristo, um companheiro constante – Podemos 5:22. Enoque andou com Deus porque esta- tre os perigos dos últimos dias, estes que esta-
ter o que Enoque tinha. Podemos ter Cristo co- va em harmonia com Ele – O andar de Enoque rão rodeados de toda corrupção, vileza, peca-
mo nosso companheiro constante. Enoque an- com Deus não foi em arrebatamento de senti- do e iniquidade, mas ainda assim se manterão
dou com Deus e, quando foi tentado por Sata- dos ou visão, mas em todos os deveres da vida imaculados (VA, 68).
nás, pôde falar com Deus sobre isso. Ele não diária. Não se tornou um eremita, excluindo-se Enoque residia no campo – Como guardadores
inteiramente do mundo; pois tinha uma obra dos mandamentos de Deus, precisamos deixar
tinha o “está escrito” como nós temos, mas ti-
a fazer para Deus no mundo. Na família e em as cidades. Assim como fez Enoque, devemos
nha conhecimento de seu companheiro celes-
suas relações com os homens, como esposo e trabalhar nas cidades, mas não residir nelas
tial. Ele fez de Deus seu conselheiro e estava in-
como pai, como amigo, cidadão, foi ele um ser- (Ms 85, 1899).
timamente ligado a Jesus. Por proceder assim,
vo do Senhor, constante, inabalável. Morar no campo e atuar pelas cidades – As ci-
Enoque foi honrado. Ele foi trasladado para o
O coração de Enoque estava em harmonia dades devem ser trabalhadas de postos avan-
Céu sem ver a morte. E aqueles que serão tras-
com a vontade de Deus; afinal “podem dois çados. Disse o mensageiro de Deus: “As cida-
ladados no final dos tempos serão aqueles que caminhar juntos, se não estiverem de acordo?” des não serão advertidas? Sim, não por morar
tiveram comunhão com Deus na Terra. Aqueles (Am 3:3). E este santo andar perdurou por tre- nelas o povo de Deus, mas visitando-as, a fim
que demonstrarem que sua vida está escondi- zentos anos. Poucos cristãos há que não se- de adverti-las do que está para sobrevir à Ter-
da com Cristo em Deus O representarão conti- riam muito mais fervorosos e dedicados se sou- ra” (Ca 182, 1902).
nuamente em todas as práticas de sua vida. O bessem que tinham apenas pouco tempo para 5:24. Nenhuma escuridão moral era tão den-
egoísmo será cortado na raiz (Ms 38, 1897). viver, ou que a vinda de Cristo estava prestes a sa – Enoque andou com Deus, mas a história
Enoque lutou para ter a imagem divina – Va- ocorrer. A fé de Enoque, porém, tornou-se mais sagrada nos revela como estava o mundo ao
mos entender a fraqueza da humanidade e forte, o seu amor mais ardente, com o perpas- seu redor: “E Deus viu que a maldade do ho-
onde o homem falha em sua autossuficiên- sar dos séculos (PP, 85). mem era grande na Terra, e que toda a ima-
cia. Então seremos preenchidos com o dese- Morava em uma atmosfera pura – Enoque não ginação dos pensamentos do seu coração era
jo de ser exatamente o que Deus deseja que morava com os ímpios. Não estabeleceu sua apenas vil continuamente” (Gn 6:5). A vida re-
sejamos: puros, nobres, santificados. Estare- morada em Sodoma pensando salvar os so- ta de Enoque estava em forte contraste com
mos com fome e sede da justiça de Cristo. Ser domitas. Ele, junto com sua família, se colo- os ímpios que o cercavam. Sua piedade, pure-
semelhante a Deus será o desejo dominante cou onde a atmosfera era a mais pura possível. za e integridade imutável foram o resultado de
da alma. Desse lugar, ele, às vezes, se dirigia aos habi- sua caminhada com Deus, enquanto a impie-
Esse é o desejo que encheu o coração de Eno- tantes do mundo com a mensagem dada por dade do mundo foi o resultado de sua cami-
que. E lemos que ele andou com Deus. Ele es- Deus. Todas as visitas ao mundo lhe eram pe- nhada com o enganador da humanidade. Nun-
tudou o caráter de Deus com um propósito. Ele nosas. Ele viu e entendeu algo sobre a lepra do ca houve e nunca haverá uma era em que as
não delineou o seu comportamento ou exaltou pecado. Depois de proclamar sua mensagem, trevas morais sejam tão densas como quando
sua própria vontade como se tivesse pensado ele sempre levava consigo, de volta ao seu lo- Enoque viveu uma vida de justiça irrepreensí-
que estava totalmente qualificado para lidar cal de retiro, alguns dos que haviam recebido vel (Ms 43, 1900).
a Gênesis 5 b 29

Enoque, o primeiro profeta – Enoque foi o pri- Enoque estabeleceu o modelo de como deve- bondade, misericórdia, terna compaixão, sim-

Gn
meiro profeta entre os homens. Profeticamente, mos trabalhar em prol das cidades – As cida- patia, paciência, mansidão, humildade e amor.
ele previu a segunda vinda de Cristo ao nosso des devem ser trabalhadas. Os milhões que vi- Sua associação com Cristo dia a dia transfor-
mundo e Sua obra naquele tempo. Sua vida foi vem nestes centros congestionados devem mou-o à imagem dAquele com quem ele esta-
um exemplo de cristianismo consistente. So- ouvir a mensagem do terceiro anjo. Esse tra- va tão intimamente ligado (VDE, 50).
mente lábios sagrados devem apresentar as balho devia ter sido desenvolvido rapidamen- Comungando assim com Deus, Enoque veio a
palavras de Deus na forma de acusações e jul- te nos últimos anos. Um começo tem sido feito, refletir mais e mais a imagem divina. Seu rosto
gamentos. Sua profecia não é encontrada nos pelo qual louvamos a Deus. Postos afastados estava radiante com a santa luz, a mesma luz
escritos do Antigo Testamento. Podemos nunca da cidade estão sendo estabelecidos, de onde, que resplandece na face de Jesus. Quando saía
encontrar um livro que descreva as obras de como Enoque antigamente, os nossos obreiros destas comunhões divinas, até mesmo o ímpio
Enoque, mas o profeta de Deus, Judas, as men- podem visitar as cidades e fazer um serviço fiel contemplava com admiração a impressão do
ciona. (Jd 1:14) (Ms 43, 1900). (VDE, 29). Céu sobre seu rosto (VDE, 51).
5:24. Todos podem ser como Enoque – Enoque Um trabalho diligente é requerido agora. Nes- Enoque andava com Deus – Nós lemos que
era um homem representativo, mas ele não era ta crise, nenhum esforço débil será bem-suce- Enoque andou com Deus trezentos anos. Isso
elogiado, não era exaltado; ele simplesmente dido. Em todo o nosso trabalho na cidade, de- foi um tempo muito longo para estar em comu-
fez o que todo filho e filha de Adão pode fa- vemos buscar almas. Planos sábios devem ser nhão com Ele. Enoque conversava com Deus,
zer (VDE, 18). estabelecidos, a fim de que esse trabalho pos- porque era agradável para ele, ... e amou a
Muitos consideram Enoque como um homem sa ser feito para o máximo proveito. Cada vez companhia de Deus (VDE, 88).
a quem Deus deu o poder especial para viver mais, à medida que o mal aumenta nas gran- Enoque andou com Deus trezentos anos an-
uma vida mais santa do que podemos viver. des cidades, teremos de trabalhar com elas a tes de sua trasladação para o Céu. Ele tinha o
Mas o caráter do homem que era tão santo partir de centros afastados. Esta é a maneira testemunho diário de que seus caminhos agra-
que foi trasladado para o Céu sem ver a mor- como Enoque trabalhou nos dias antes do di- davam a Deus. Por que não deveriam todos
te é uma representação do caráter a ser atingi- lúvio, quando a maldade era abundante em ca- os cristãos seguir a Cristo como fez esse ser-
do por aqueles que serão trasladados quando da comunidade populosa, e quando a violência vo fiel? Você ama a Jesus a ponto de caminhar
Cristo vier nas nuvens do céu. A vida de Enoque estava na Terra (VDE, 29). com Ele por um longo caminho? Será que a no-
não era mais exemplar do que pode ser a vi- Como guardadores dos mandamentos de tícia de Sua vinda é uma mensagem de alegria
da de todos que mantêm uma estreita ligação Deus, devemos deixar as cidades. Como fez
ao seu coração? Você considera que o serviço
com Deus (VDE, 18). Enoque, devemos trabalhar nas cidades, mas
para Cristo seja um serviço proveitoso? Como
5:24. Para a alma que realmente crê, a verda- não morar nelas (VDE, 30).
você pode ganhar outros para a verdade se o
de irá efetuar em sua vida os princípios revela- Enoque se isolava para receber de Deus orien-
seu coração não está no trabalho e você não
dos na vida de Cristo. De Enoque está escrito tações – Ele [Enoque] escolheu separar-se de-
vê incomparáveis encantos em seu Redentor?
que seus caminhos agradaram a Deus; e sem les [os ímpios], e passava grande parte de seu
A oração de Cristo foi para que Ele fosse glorifi-
fé é impossível agradar a Deus. Nenhum fio de tempo em solidão, o qual dedicou à reflexão e
grosseria ou egoísmo foi tecido na malha que à oração. Ele esperou diante de Deus e orou cado naqueles que havia deixado na Terra pa-
este servo de Deus estava tecendo em sua vida para saber a Sua vontade mais perfeitamente ra realizar a Sua obra, e nós não glorificamos a
diária (VDE, 19). para que pudesse realizá-la. Deus conversou nosso Redentor quando nos queixamos das di-
Tudo que Enoque fazia era com propósito de com Enoque mediante Seus anjos e deu-lhe ficuldades do caminho e murmuramos das pro-
honrar a Deus – Enoque andou com Deus. Ele instrução divina. Ele o fez saber que não iria to- vidências de Deus (VDE, 89).
honrou a Deus em cada assunto da vida. Em lerar para sempre o homem em sua rebelião — Enoque não se preocupava com opiniões
sua casa e em seu negócio, ele perguntava: que Seu propósito era destruir a raça pecado- alheias – Podemos falar com Jesus. Podemos
“Será que isto vai ser aceitável ao Senhor?” ra trazendo um dilúvio sobre a Terra (VDE, 33). falar com Ele como Enoque falou com Deus. Ele
(VDE, 23). Ele [Enoque] se reunia com o justo e o ímpio, podia dizer a seu Senhor tudo sobre suas pro-
Enoque ia ao mundo para salvar os do mundo em datas estabelecidas, e trabalhava para que vações. Aqui está a maneira como Enoque an-
– Ele [Enoque] não fez sua morada com os ím- o ímpio se arrependesse do seu mau caminho, dou com Deus, e quando a luz brilhava sobre
pios. Ele não se instalou em Sodoma, pensan- e o instruía no temor de Deus, enquanto ensi- o seu caminho, ele não esperava para dizer:
do em salvar Sodoma. Ele colocou a si mesmo nava aqueles que tinham o conhecimento de “O que meus amigos e parentes irão dizer de
e sua família onde a atmosfera seria tão pura Deus a servi-Lo com maior perfeição. Ele per- mim se eu tomar este curso?” Não, ele fazia o
quanto possível. Então, às vezes ele ia aos ha- manecia com eles, na medida em que pudes- que era correto quaisquer que fossem as con-
bitantes do mundo com sua mensagem dada se beneficiá-los por sua conversação piedosa e sequências (VDE, 98).
por Deus. Cada visita que fazia ao mundo era santo exemplo, e então, retirava-se por um pe- Enoque representa os santos dos últimos dias
dolorosa para ele. Ele viu e compreendeu algo ríodo de toda a sociedade — do justo e dos idó- – Enoque tinha um caráter marcante, e muitos
da lepra do pecado. Depois de proclamar sua latras escarnecedores — para permanecer na olham para sua vida como algo acima do que
mensagem, sempre levava consigo, para o seu solidão, com fome e sede da comunhão com os mortais em geral podem alcançar. A vida e o
local de retiro, alguns que tinham recebido a Deus, e daquele conhecimento divino que só caráter de Enoque representam a vida e o ca-
advertência. Alguns deles se tornaram vence- Ele poderia lhe dar (VDE, 50). ráter de todos os que serão trasladados quan-
dores, e morreram antes do dilúvio. Mas alguns Enoque revelou em sua vida o caráter perfei- do Cristo vier. Sua vida era o que a vida de cada
tinham vivido tanto tempo na influência corrup- to de Jesus – [Enoque] estava sempre sob a indivíduo pode ser se vier a viver perto de Deus.
tora do pecado que eles não podiam suportar influência de Jesus. Ele refletiu o caráter de Devemos lembrar que Enoque foi cercado por
a justiça (VDE, 27). Cristo, exibindo as mesmas qualidades em influências profanas, depravadas (VDE, 104).
30 a Gênesis 6 b

25 E Matusalém viveu cento e oitenta e sete anos, e 31 E todos os dias de Lameque foram setecentos e
gerou Lameque. setenta e sete anos, e morreu.
26 E Matusalém viveu, depois que gerou Lameque, se- 32 E Noé tinha quinhentos anos de idade; e Noé ge-

tecentos e oitenta e dois anos, e gerou filhos e filhas. rou Sem, Cam e Jafé.
27 E todos os dias de Matusalém foram novecentos e

sessenta e nove anos, e morreu. A maldade do homem


28 ¶ E Lameque viveu cento e oitenta e dois anos, e

gerou um filho.
29 E ele chamou seu nome Noé, dizendo: Este deve
6 E aconteceu que, quando os homens começaram
a se multiplicar sobre a face da terra, e filhas lhes
nasceram,
confortar-nos com respeito ao nosso trabalho e ao la- 2 os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram

bor das nossas mãos, por causa da terra que o S­ enhor belas; e tomaram para si esposas de todas que escolheram.
amaldiçoou. 3 E o S­ enhor disse: Meu Espírito não contenderá sem-
30 E Lameque viveu, depois que gerou Noé, quinhen- pre com o homem, pois ele também é carne. Porém,
tos e noventa e cinco anos, e gerou filhos e filhas. seus dias serão cento e vinte anos.
5:29 Gn 3:17

Enoque, separando-se do mundo, e passan- um símbolo representativo de Cristo. Este san- enquanto a arca estava em construção, as vo-
do muito de seu tempo em oração e comunhão to homem foi escolhido por Deus para denun- zes de Noé, Enoque, e muitos outros foram ou-
com Deus, representa o leal povo de Deus nos ciar a impiedade do mundo e evidenciar que é vidas em advertência e súplica. E cada golpe
últimos dias que irá se separar do mundo possível ao homem guardar toda a lei de Deus desferido na arca era uma mensagem de ad-
(VDE, 138). (VDE, 122-123). vertência (VDE, 113).
Enoque não se tornou poluído com as iniqui- 6:1-2. A cooperação com Deus evita a ado- Enoque deu seu testemunho sem hesitar – Os
dades existentes em seus dias; por que nos ração à maneira de Caim – Se o ser huma- habitantes do mundo antediluviano tinham a
tornaríamos poluídos em nossos dias? (VDE, no tivesse cooperado com Deus, não haveria advertência que lhes fora dada antes de sua
107). adoradores à maneira de Caim. O exemplo de ruína; mas a advertência não foi atendida. Eles
Adão, Enoque e Noé eram homens represen- obediência de Abel teria sido seguido. A hu- recusaram ouvir as palavras de Noé; zomba-
tativos. O próprio Jesus era o seu educador. manidade poderia ter cumprido a vontade de ram de sua mensagem. Homens justos vive-
Deus não designara que devessem construir Deus. Eles poderiam ter obedecido a sua lei e, ram naquela geração. Antes da destruição do
um muro de isolamento em torno de si. De- se obedecessem, teriam encontrado a salva- mundo antediluviano, Enoque deu seu teste-
veriam ser portadores de luz, representando a ção. Deus e o universo celestial os teriam aju- munho sem hesitação. E, em visão profética,
Cristo, e, portanto, representantes de Deus. Es- dado a manter a semelhança divina. A longevi- viu a condição do mundo no tempo presente
tes homens, em seus dias, deveriam fazer jus- dade teria sido preservada, e Deus se deleitaria (MM Ex, 372).
tamente o que Cristo ordenou a Seus discípulos no trabalho de suas mãos (RH, 27/12/1898). As vozes de Noé e Matusalém foram ouvidas
quando Ele estava entre eles como Seu profes- 6:3. Deus pregou através de Matusalém, Noé – Deus resolveu purificar o mundo com um di-
sor [Mt 5:14 citado] (VDE, 109). e outros (I Pe 3:18-21) – Cento e vinte anos foi lúvio, mas sua misericórdia e amor deram aos
Deus, por meio de Enoque, desmascarou Sa- o tempo de graça que Deus concedeu a eles, e antediluvianos um tempo de graça de cento e
tanás – Enoque era um professor público da durante esse tempo foi a palavra pregada por vinte anos. Durante esse tempo, enquanto a ar-
verdade na época em que viveu. Ensinou a ver- meio de Matusalém, Noé e muitos outros de ca estava sendo construída, as vozes de Noé,
dade; viveu a verdade; e o caráter do profes- seus servos. Se eles tivessem ouvido as pala- Matusalém e muitos outros foram ouvidas em
sor que andava com Deus estava em todos os vras das fiéis testemunhas, se tivessem se arre- admoestações e súplicas, e cada golpe dado
sentidos em harmonia com a grandeza e san- pendido e retornado à sua lealdade, Deus não na arca era uma mensagem de advertência
tidade de sua missão. Era um profeta que fala- os teria destruído (RH, 23/04/1901). (MM Ex, 372).
va ao ser movido pelo Espírito Santo. Era uma 6:3. Cento e vinte anos de abundante graça Enquanto uns criam, outros se apostatavam
luz em meio à escuridão moral, um homem pa- – Por entre a corrupção prevalecente, Matu- – Deus revelou Seu propósito a Noé e reco-
drão, um homem que andava com Deus, sen- salém, Noé, e muitos outros trabalhavam para mendou-lhe que advertisse o povo enquan-
do obediente à lei de Deus — aquela lei que preservar vivo o conhecimento do verdadeiro to construía uma arca na qual os obedientes
Satanás havia se recusado a obedecer, e que Deus e conter a onda dos males morais. Cento pudessem encontrar abrigo até haver passa-
Adão havia transgredido; que Abel obedecera, e vinte anos antes do dilúvio o Senhor, por meio do a indignação divina. Por cento e vinte anos,
e por causa de sua obediência foi assassinado. de um santo anjo, declarou a Noé o Seu propó- Noé proclamou a mensagem de advertência
E agora Deus iria demonstrar ao Universo a fal- sito e ordenou-lhe construir uma arca (PP, 92). ao mundo antediluviano; mas apenas alguns
sidade da acusação de Satanás: que o homem 6:3. Cada martelada dada na arca era um cha- se arrependeram. Alguns dos carpinteiros que
não pode guardar a lei de Deus. Ele demons- mado – Deus determinou purificar o mundo por ele empregou para construir a arca creram na
traria que embora o homem tivesse pecado, ele um dilúvio; mas, em misericórdia e amor, Ele mensagem, mas morreram antes do dilúvio; ou-
poderia de tal maneira relacionar-se com Deus deu aos antediluvianos um período de graça tros conversos de Noé apostataram. Os justos
que teria a mente e o espírito de Deus e seria de cento e vinte anos. Durante esse tempo, sobre a Terra eram poucos, e só oito viveram
a Gênesis 6 b 31

4 Havia gigantes na terra naqueles dias, e também de- na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos do

Gn
pois disso, quando os filhos de Deus entraram às filhas seu coração era apenas vil continuamente.
dos homens, e elas lhes geraram filhos, estes se tor- 6 E arrependeu-se o S ­ enhor de haver feito o homem
naram homens poderosos que eram na antiguidade, na terra, e isso o afligia em seu coração.
homens de renome. 7 E o S
­ enhor disse: Eu destruirei o homem a quem
5 ¶ E Deus viu que a maldade do homem era grande criei da face da terra; tanto o homem quanto o animal,
6:5 Gn 8:21 • 6:6 Is 63:10

até entrar na arca. Estes foram Noé e sua fa- qualificados em planejamento e destreza fo- verdadeiro conhecimento estão sob a influên-
mília (FEC, 504). ram autorizados a cuidar do trabalho. Cada pe- cia do pai da mentira, cujo trabalho sempre foi
Muitos dos que creram permaneceram na fé dra do templo estava preparada para ocupar o de transformar a verdade de Deus em menti-
e morreram triunfantes (Ms 35, 1906). exatamente o seu lugar antes de ser levada ao ra (SG 4a, 154-156).
A experiência de Enoque era um sermão con- templo. E o templo foi erguido sem o som do 6:4. Gigantes antes do dilúvio – Na primeira
vincente (Jd 14, 15) – O sermão pregado por golpe de um machado ou de um martelo. Não ressurreição, todos emergem com imortal vi-
Enoque e sua trasladação para o Céu eram ar- há edifício como tal no mundo no que diz res- gor, mas na segunda, todos os sinais da maldi-
gumentos convincentes para todos os que vi- peito à beleza, riqueza e esplendor. ção são vistos. Todos surgem como desceram
viam em seu tempo. Argumento que Matu- Existem muitas invenções e avanços, além à sepultura. Aqueles que viveram antes do di-
salém e Noé poderiam usar com poder para de máquinas que economizam esforços, que lúvio saem com sua estatura gigantesca, mais
mostrar que os justos podiam ser trasladados os antigos não possuíam. Eles não precisavam que o dobro da altura dos homens que agora
(MM Ex, 372). delas... vivem na Terra, e bem proporcionais. As gera-
A associação com os incrédulos causou per- Quanto maior o tempo que a Terra tem esta- ções após o dilúvio eram de menor estatura
da – Aqueles que creram quando Noé come- do sob a maldição, mais difícil tem sido para (SG 3, 83).
çou a construir a arca perderam a fé ao se as- o ser humano cultivá-la e torná-la produtiva. À 6:5-6. Deus suportou longamente os antedi-
sociarem com os incrédulos que despertaram medida que o solo tem se tornado mais impro- luvianos – Por séculos Deus suportou os habi-
as antigas paixões por diversão e pompa (RH, dutivo, tem sido necessário duplicar o trabalho tantes do velho mundo. Mas, finalmente, a cul-
15/09/1904). para trabalhar o solo. Deus criou homens com pa alcançou o seu limite. [Gn 6:5-6 citado]. Ele
Cristo em guerra nos dias de Noé (I Jo 3:8) engenhosidade para construir implementos deixou o Seu lugar para punir os habitantes da
– “Para este propósito o Filho de Deus foi ma- que aliviam as tarefas na terra que geme sob Terra e, através de um dilúvio, purificou-a de
nifestado: para que pudesse destruir as obras a maldição. Mas Deus não esteve em todas as sua iniquidade (Materiais 1888 2, 177-178).
do diabo”. Cristo estava envolvido nesta guerra invenções do homem. Em grande medida, Sa- 6:5. A degeneração os levou da frivolidade aos
nos dias de Noé. Foi Sua voz que falou aos ha- tanás tem controlado as mentes dos homens e pecados degradantes – Temos a história dos
bitantes do mundo antigo em mensagens de as tem direcionado a novas invenções que fi- antediluvianos e das cidades da planície, cuja
advertência, reprovação e convite. Ele conce- zeram com que eles se esquecessem de Deus. conduta degenerou da leviandade e frivolidade
deu às pessoas um tempo de graça de cento e No que diz respeito ao vigor intelectual, os para pecados degradantes que fizeram derra-
vinte anos, período em que eles poderiam ter que vivem hoje não podem ser comparados mar a ira de Deus em uma terrível destruição,
se arrependido. Mas eles preferiram os enga- com os da antiguidade. Muito se perdeu da a fim de eliminar da Terra a maldição de seus
nos de Satanás e pereceram nas águas do di- antiga destreza dos antediluvianos em relação contaminadores. A propensão e paixão domi-
lúvio (RH, 12/03/1901). ao que possui a geração atual. Pois quem vive navam a razão. O eu era o deus deles, e o co-
Decepção do progresso – O verdadeiro co- nesta era degenerada não pode se comparar nhecimento do Altíssimo foi quase apagado pe-
nhecimento diminuiu a cada geração suces- em engenho e perícia com o conhecimento de la complacência egoísta de paixões corruptas
sivamente. Deus é infinito, e os primeiros ha- homens vigorosos que viveram quase mil anos. (Ca 74, 1896).
bitantes da Terra receberam suas instruções Os antediluvianos viveram muitas centenas 6:5. Eles perverteram o que era lícito – O pe-
dAquele Deus infinito que criou o mundo. Aque- de anos e, quando tinham cem anos, eram cado dos antediluvianos consistiu em perverter
les que receberam conhecimento diretamente considerados jovens. Aquelas pessoas longe- o que era em si mesmo legítimo. Eles corrom-
da infinita sabedoria não eram deficientes em vas tinham mentes saudáveis em corpos sau- peram os dons de Deus usando-os para agra-
conhecimento. dáveis. Sua força mental e física era tão gran- dar seus desejos egoístas. A complacência com
Deus instruiu Noé sobre como fazer a imen- de que a geração fraca de hoje não pode ser o apetite e as baixas paixões tornou seus pen-
sa arca para a salvação dele e de sua família. comparada a eles. As pessoas da antiguidade samentos completamente corruptos. Os ante-
Ele também instruiu Moisés sobre como fazer tinham quase mil anos para adquirir conheci- diluvianos eram escravos de Satanás; guiados
o tabernáculo, os bordados e artesanato que mento. Eles entravam em plena atividade en- e controlados por ele (Ms 24, 1891).
adornariam o santuário. As mulheres fizeram tre os sessenta e cem anos, aproximadamente 6:5. Corrompido mediante um apetite perver-
os bordados de prata e ouro com grande enge- o tempo em que os de maior longevidade hoje tido – Os habitantes do mundo no tempo de
nhosidade. Não faltaram homens hábeis que já fizeram sua parte no curto espaço de vida e Noé foram destruídos porque foram corrompi-
fizeram o trabalho de construir a arca, o taber- não estão mais ativos. Aqueles que são enga- dos pela condescendência do apetite perverti-
náculo e os vasos de ouro maciço. nados e lisonjeados com a falsidade de que na do (THR, 01/10/1872).
Deus deu a Davi um modelo do templo que atual era há verdadeiro progresso e que a ra- 6:5. Intemperança, o pecado dos antedi-
Salomão construiu. Somente os homens mais ça humana nos últimos séculos progrediu no luvianos – O pecado do mundo de Noé foi a
32 a Gênesis 7 b

e a coisa rastejante, e as aves do céu; pois me arrepen- lateral, lhe farás com andares, inferior, um segundo
di de havê-los feito. e um terceiro.
8 Mas Noé encontrou graça aos olhos do S ­ enhor. 17 E eis que eu mesmo trago um dilúvio de águas so-

bre a terra, para destruir toda a carne em que há so-


Noé constrói a arca pro de vida de debaixo do céu. E toda coisa que está
9 ¶ Estas são as gerações de Noé: Noé foi um ho-
na terra morrerá.
mem justo e perfeito nas suas gerações, e Noé anda- 18 Mas contigo eu estabelecerei o meu pacto; e tu en-
va com Deus. trarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mu-
10 E Noé gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé.
lheres de teus filhos contigo.
11 A terra também estava corrompida diante de Deus, 19
 E de toda coisa vivente de toda a carne, dois de cada
e a terra estava cheia de violência. espécie, tu trarás para dentro da arca, para guardá-los
12 E Deus olhou para a terra, e eis que ela estava cor-
vivos contigo; eles serão macho e fêmea.
rompida, pois toda a carne havia corrompido seu ca- 20 De aves segundo a sua espécie, e de gado segundo
minho sobre a terra. a sua espécie, de toda coisa rastejante da terra segun-
13 E Deus disse a Noé: O fim de toda a carne chegou
do a sua espécie, dois de cada espécie virão a ti, para
diante de mim; pois a terra está cheia de violência guardá-los vivos.
por meio deles; e eis que eu os destruirei com a terra. 21 E tomarás para ti de todo alimento que se come, e o
14 ¶ Faze para ti uma arca de madeira de gofer; farás
ajuntarás a ti, e será por alimento para ti, e para eles.
compartimentos na arca e a betumarás por dentro e 22 Assim fez Noé; segundo tudo o que Deus lhe orde-
por fora com betume. nou, assim ele fez.
15 E esta é a forma em que tu a farás: O comprimen-

to da arca será trezentos côvados; a sua largura de O dilúvio


cinquenta côvados; e a sua altura de trinta côvados.
16 Uma janela farás para a arca, e em um côvado a 7
E o S­ enhor disse a Noé: Vem tu e toda a tua casa
para dentro da arca; pois a ti eu vi como justo dian-
acabarás em cima; e a porta da arca colocarás em sua te de mim nesta geração.
6:8 Gn 19:19;• Êx 33:12,13, 17; Lc 1:30; At 7:46 • 6:9 Hb 11:7; 2Pe 2:5; Gn 5:22 • 6:12 Sl 14:1‑3 • 6:14 Êx 2:3 • 6:20 Gn 7:15 • 6:22 Gn 7:5,9,16 •
7:1 Gn 6:9

intemperança, e hoje o pecado demonstrado 6:12-13. Noé foi ridicularizado – Antes da des- 6:14. Descendentes de Enoque ajudaram a
pela intemperança no comer e no beber é tão truição do mundo antigo por um dilúvio, havia construir a arca – Enoque instruiu sua famí-
acentuado que Deus o não tolerará para sem- homens talentosos, homens que possuíam ha- lia em relação ao dilúvio; Matusalém, o filho
pre... O homem leva ao excesso aquilo que é bilidade e conhecimento. Mas eles foram cor- de Enoque, ouviu a pregação de seu neto, Noé,
lícito, e todo o seu organismo sofre as conse- rompidos em seus pensamentos porque excluí- que fielmente advertiu os habitantes do velho
quências da violação das leis que o Senhor es- ram Deus de seus planos e conselhos. Foram mundo que o dilúvio estava vindo sobre a Ter-
tabeleceu (MM VF, 35). sábios em fazer o que Deus nunca lhes havia di- ra. Matusalém e seus filhos e netos viveram na
6:9. Deus precisa de homens como Noé hoje to; sábios para fazer o mal. O Senhor viu que seu época da construção da arca. Eles, com alguns
– Noé pregou a justiça de Deus, Jonas instou a exemplo seria prejudicial para os que nasceriam outros, receberam instruções de Noé e ajuda-
cidade de Nínive ao arrependimento, e há um depois, por isso tomou o assunto em Suas mãos. ram-no a construir a arca (VDE, 24).
trabalho semelhante a ser feito hoje. Há, agora, Por cento e vinte anos Ele enviou advertências 6:14. Nem todos que construíram a arca ne-
mais de um Noé para fazer o trabalho, e mais por meio de Seu servo Noé. Mas eles usaram o la entraram – Os homens podem trabalhar em
de um Jonas para proclamar a Palavra do Se- tempo de graça tão misericordiosamente con- ligação com a obra de Deus como fizeram os
nhor (Materiais 1888 2, 293). cedido para ridicularizar Noé. Eles o ironizaram carpinteiros de Noé, e ainda assim resistir às
6:11. Eles adoravam sua própria complacên- e criticaram. Eles riram dele por seu extraordiná- influências divinas (Materiais 1888 4, 28).
cia e promoveram o crime – Eles cultuavam a rio fervor e intensa paixão manifestada ao falar 6:17. Carvão e petróleo, elementos na des-
condescendência própria, comer, beber, diver- dos castigos que ele declarou que Deus cumpri- truição final (II Pe 3:10; Ap 14:10) – Aquelas
tir-se – e recorriam a atos de violência e crime ria com certeza. Conversavam sobre ciência e as árvores majestosas que Deus fez crescer na Ter-
se seus desejos e paixões fossem restringidos. leis que governam a natureza e ridicularizavam ra para o benefício dos habitantes do mundo
Nos dias de Noé, a esmagadora maioria opu- então as palavras de Noé, chamando-o de faná- antigo, e que eles costumavam transformá-las
nha-se à verdade e se encantava com uma tra- tico e louco. A paciência de Deus se esgotou, e em ídolos e se corrompiam, Deus as reservou
ma de falsidades. A Terra estava cheia de vio- disse a Noé: “O fim de toda carne chegou dian- na Terra na forma de carvão e petróleo para
lência. Guerra, crime, assassinato estavam na te de Mim; pois a Terra está cheia de violência usá-los como instrumentos de sua destruição
ordem do dia. Assim será antes da segunda vin- por meio deles; e eis que Eu os destruirei com a final. Assim como Ele usou as águas que esta-
da de Cristo (Ms 24, 1891). Terra” (Gn 6:13) (Ms 29, 1890). vam no interior da Terra no momento do dilúvio
a Gênesis 7 b 33

2 De todo animal limpo tomarás para ti de sete em se- 10 E aconteceu que, depois dos sete dias, as águas do

Gn
te, o macho e sua fêmea, e dos animais que não são dilúvio estavam sobre a terra.
limpos de dois em dois, o macho e sua fêmea. 11 ¶ No ano seiscentos da vida de Noé, no segundo
3 Das aves do céu também de sete em sete, o macho mês, no décimo sétimo dia do mês, no mesmo dia to-
e sua fêmea, para manter viva a semente sobre a fa- das as fontes do grande abismo foram rompidas, e as
ce de toda a terra. janelas do céu foram abertas.
4 Pois em mais sete dias, eu farei chover sobre a terra 12 E a chuva esteve sobre a terra quarenta dias e qua-

quarenta dias e quarenta noites, e toda substância vi- renta noites.


va que eu fiz, destruirei da face da terra. 13 Nesse mesmo dia entraram na arca Noé, e Sem, e
5 E Noé fez de acordo com tudo o que o ­Senhor lhe Cam, e Jafé, os filhos de Noé, e a mulher de Noé, e
ordenou. com eles as três mulheres de seus filhos.
6 E Noé tinha seiscentos anos de idade quando o di- 14 Eles, e todo animal segundo a sua espécie, e todo o

lúvio de águas veio sobre a terra. gado segundo a sua espécie, e toda coisa que rasteja
7 ¶ E entrou na arca Noé, e seus filhos, e sua mulher, sobre a terra segundo a sua espécie, e toda ave segun-
e as mulheres de seus filhos com ele, por causa das do a sua espécie, pássaro de toda espécie.
águas do dilúvio. 15 E entraram para Noé na arca, de dois em dois de to-
8 Dos animais limpos, e dos animais que não são lim- da a carne em que há o sopro de vida.
pos, e das aves, e de toda coisa que rasteja sobre a terra, 16 E aqueles que entraram, entraram macho e fêmea
9 entraram de dois em dois até Noé na arca, o macho de toda a carne, conforme Deus lhe ordenara, e o
e a fêmea, conforme Deus ordenara a Noé. ­Senhor o fechou dentro.
7:2 Lv 10:10; 11:1‑47 • 7:11 Ez 26:19; Gn 8:2

como armas de Seu arsenal para destruir a ra- Como o ser humano obteve seu conhecimen- necessária para realizar seu grande plano (Ca
ça antediluviana, assim também, no final dos to que o levou a criar invenções? Do Senhor, 175, 1896).
mil anos, Ele usará o fogo que está no centro estudando a formação e os hábitos de diferen- 7:12. O poder do dilúvio – Rochas foram ar-
da Terra como arma reservada para a destrui- tes animais. Cada animal é um livro didático, remessadas a centenas de metros de altura.
ção final, não apenas das gerações sucessivas e do uso que eles dão ao corpo e das armas Jatos de água surgiam da Terra com indescri-
do dilúvio, mas também da raça antediluviana que lhes são fornecidas, a humanidade apren- tível força, lançando maciças rochas a cente-
que pereceu com o dilúvio (SG 3, 87). deu a fabricar aparatos multifuncionais. Se as nas de metros de altura, para em seguida caí-
7:11. Deus rejeita quem O rejeita – Isto, oh, is- pessoas pudessem saber quantas obras de ar- rem e serem sepultadas nas profundezas da
to é o que se faz necessário nos corações de tes foram perdidas no nosso mundo, elas não Terra (VA, 70).
todas as nossas instituições! É o conhecimen- com tanta eloquência da idade das trevas. Se 7:16. Um poderoso anjo fechou a porta da ar-
to de Deus; e os homens não devem levantar- alguém pudesse ver como Deus trabalhou por ca, encerrando, assim, a porta da graça pa-
-se em sua própria sabedoria finita, como fez o meio de Seus instrumentos humanos, falaria ra a geração antediluviana – A misericórdia
antigo Israel — retirar-se das mãos de Deus e com menos ousadia das artes do mundo ante- havia cessado os seus rogos pela raça culpa-
crer que, em sua sabedoria humana e suposta diluviano. Em muitos aspectos, mais coisas do da. Os animais do campo e as aves do céu ti-
nham entrado no lugar de refúgio. Noé e sua
esperteza, podem fazer muito melhor quando que se sabe hoje foram perdidas no grande di-
casa estavam dentro da arca; “e o Senhor o fe-
deixados à sua própria imaginação. Assim pen- lúvio. Contemplando o mundo, Deus viu que o
chou dentro” (Gn 7:16). Viu-se um lampejo de
savam os habitantes do mundo destruído pe- intelecto que Ele havia dado ao ser humano era
luz deslumbrante, e uma nuvem de glória, mais
lo dilúvio. Quando decidiram firmemente que pervertido, que a imaginação dos pensamentos vívida que o relâmpago, desceu do céu e pai-
não tinham necessidade de Deus, então o Se- do seu coração era continuamente má. Deus rou diante da entrada da arca. A porta maciça,
nhor decidiu que não tinha necessidade deles, havia dado conhecimento a esses homens. Ele que era impossível àqueles que estavam den-
e eles e todas as suas obras iníquas pereceram lhes dera ideias valiosas para que pudessem tro fechar, girou vagarosamente ao seu lugar
nas águas do dilúvio. Oh, Deus, faze-nos saber realizar o plano divino. Mas o Senhor viu que por meio de mãos invisíveis. Noé ficou encerra-
os Teus caminhos e que possamos preferir ser aqueles a quem Ele designara para possuir sa- do, e os que rejeitaram a misericórdia de Deus,
conduzidos e guiados pelo Teu infalível conse- bedoria, tato e julgamento, estavam usando excluídos. O selo do Céu estava naquela porta;
lho (Materiais 1888 2, 435). todas as faculdades da mente para glorificar Deus a havia fechado, e somente Deus a pode-
7:12. Grandes obras de arte e invenções pere- o próprio eu. Através das águas do dilúvio, Ele ria abrir. Assim, quando Cristo terminar Sua in-
ceram – No dilúvio, pereceram as maiores cria- destruiu a longeva raça da Terra, e, com ela, pe- tercessão pelo homem culpado, antes de Sua
ções de arte e engenhosidade humana do que receu o conhecimento que eles haviam usado vinda nas nuvens do céu, fechar-se-á a porta
as conhecidas no mundo de hoje. As artes des- apenas para o mal. Quando a Terra foi repovoa- da misericórdia (PP, 98).
truídas eram maiores em número do que as ar- da, o Senhor deu em menor grau Sua sabedoria Tudo estava pronto para o fechamento da ar-
tes atuais (MM VF, 34). aos homens, dando-lhes apenas a capacidade ca, o que não podia ser feito por Noé pelo lado
34 a Gênesis 8 b

17 E o dilúvio esteve quarenta dias sobre a terra; e as 5 E as águas diminuíram continuamente até o décimo
águas aumentaram, e levantaram a arca, e ela foi ele- mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, foram
vada sobre a terra. vistos os topos dos montes.
18 E as águas prevaleceram, e foram aumentadas gran- 6 ¶ E aconteceu que, ao fim de quarenta dias, Noé

demente sobre a terra; e a arca andava sobre a face abriu a janela da arca que ele fizera.
das águas. 7 E ele enviou um corvo, que saindo, ia e voltava, até
19 E as águas prevaleceram excessivamente sobre a secar as águas de sobre a terra.
terra; e todos os montes altos, que estavam debaixo 8 Ele também enviou uma pomba, para ver se as águas

de todo o céu, foram cobertos. haviam diminuído da face da terra;


20 Quinze côvados acima as águas prevaleceram; e os 9 mas a pomba não encontrou descanso para a so-

montes foram ­cobertos. la de seu pé, e ela retornou para ele na arca, pois as
21 E morreu toda a carne que se movia sobre a terra, águas estavam sobre a face de toda a terra. Então, ele
tanto as aves, quanto o gado e os animais, e toda coi- estendeu sua mão e a tomou, e a puxou para si para
sa rastejante que rasteja sobre a terra, e todo homem. dentro da arca.
22 Todos aqueles em cujas narinas estava o sopro de 10 E ele ficou mais outros sete dias, e novamente en-

vida, e tudo que estava na terra seca morreu. viou a pomba para fora da arca,
23 E foi destruída toda substância viva que estava so- 11 e a pomba veio a ele à tarde, e eis que no seu bico es-

bre a face da terra, tanto o homem, quanto o gado, e tava uma folha de oliveira arrancada. Assim Noé sou-
as coisas rastejantes e as aves do céu; e eles foram des- be que as águas haviam diminuído de sobre a terra.
12 E ele ficou mais outros sete dias, e enviou a pomba,
truídos da terra; e somente Noé permaneceu vivo, e
aqueles que estavam com ele na arca. que não mais retornou a ele.
24 E as águas prevaleceram sobre a terra cento e cin- 13 ¶ E aconteceu, no seiscentésimo primeiro ano, no

quenta dias. primeiro mês, no primeiro dia do mês, que as águas fo-
ram secas de sobre a terra. E Noé removeu a cobertura

8 E Deus lembrou de Noé, e de toda coisa viven-


te, e de todo o gado que estava com ele na arca;
e Deus fez um vento passar sobre a terra, e as águas
da arca, e olhou, e eis que a face da terra estava seca.
14 E no segundo mês, no vigésimo sétimo dia do mês,

a terra estava seca.


se diminuíram. 15 ¶ E Deus falou a Noé, dizendo:
2 Também as fontes do abismo e as janelas do céu fo- 16 Vai adiante da arca, tu e tua mulher e teus filhos, e

ram fechadas, e a chuva do céu foi contida; as mulheres de teus filhos contigo.
3 e as águas retornaram de sobre a terra continuamen- 17 Traze toda coisa vivente que está contigo, de toda

te; e após o fim dos cento e cinquenta dias as águas carne, tanto das aves, quanto do gado e de toda coisa
foram diminuídas. rastejante que rasteja sobre a terra; que eles possam
4 E a arca descansou no sétimo mês, no décimo séti- procriar abundantemente na terra, e sejam frutíferos,
mo dia do mês, sobre os montes de Ararate. e se multipliquem sobre a terra.
7:21 Gn 6:7,13 • 7:23 Mt 24:39; Lc 17:27; 2Pe 2:5 • 8:17 Gn 1:22

de dentro. Um anjo foi visto pela multidão es- preservou sementes e as trouxe para a arca, e àquela família que saísse da arca, levando con-
carnecedora, descendo do Céu e coberto de Deus, por Seu poder milagroso, preservou al- sigo todos os seres vivos que ali haviam perma-
luz, como um relâmpago. Ele fechou a maciça guns dos diferentes tipos de árvores e arbus- necido (VA, 71).
porta, e então tomou outra vez seu caminho em tos vivos para as gerações futuras. Logo após o 8:16-17. Deus permitiu o uso da carne para
direção ao Céu (SP 1, 72). dilúvio, árvores e plantas pareciam brotar das diminuir a longevidade do homem – Deus per-
7:21-23. Guardados pela fé em Cristo – Foi próprias rochas. Na providência de Deus, al- mitiu que a carne de animais mortos fosse co-
Cristo quem manteve a arca em segurança no gumas sementes foram espalhadas e levadas mida pelos antigos, embora soubesse que por
meio das ondas agitadas e furiosas, porque os para as fendas das rochas e lá foram escondi- assim fazerem, a vida dos homens seria en-
que nela estavam tinham fé em serem preser- das em segurança para o uso futuro da huma- curtada. Mas quando tirou o Seu povo esco-
vados por Seu poder (RH, 12/03/1901). nidade (SG 3, 76). lhido da terra do Egito, Ele não lhes deu car-
8:13. Sementes e algumas plantas foram pre- 8:14-16. Noé foi convidado a sair da arca pe- ne para comer, mas os alimentou com o pão
servadas – As belas árvores e arbustos que lo Anjo do Senhor – Deus falou a Noé por in- do Céu. Quando murmuraram contra a comida
dão flores foram destruídos. No entanto, Noé termédio do anjo que abriu a porta, e ordenou designada pelo Céu e pediram carne, Deus lhes
a Gênesis 9 b 35

18 E Noé foi adiante, e seus filhos e sua mulher, e as vós; assim como a erva verde, eu vos tenho dado to-

Gn
mulheres de seus filhos com ele. das as coisas.
19 E saíram da arca todo animal, toda coisa rastejan- 4 Mas a carne com a sua vida, que é o sangue dela,
te, e toda ave, e tudo que rasteja sobre a terra, segun- não comereis.
do as suas espécies. 5 E, certamente, vosso sangue das vossas vidas eu re-
20 ¶ E Noé construiu um altar ao ­Senhor; e tomou de
quererei; da mão de todo animal requererei, e da mão
todo animal limpo, e de toda ave limpa, e ofereceu do homem, e da mão de todo irmão do homem reque-
ofertas queimadas sobre o altar. rerei a vida do homem.
21 E o S
­ enhor cheirou um aroma doce, e o S­ enhor dis- 6 Quem assim derramar o sangue do homem, pelo ho-
se em seu coração: Eu não amaldiçoarei novamen- mem seu sangue será derramado, pois à imagem de
te a terra por causa do homem; pois a imaginação Deus ele fez o homem.
do coração do homem é má desde a sua juventude. 7 E vós, sede fecundos e multiplicai-vos, povoai abun-
Tampouco eu ferirei novamente toda coisa vivente, dantemente a terra, e multiplicai-vos nela.
como o fiz. 8 ¶ E Deus falou a Noé, e a seus filhos com ele, dizendo:
22 Enquanto a terra permanecer, tempo de semeadu-
9 E eu, eis que eu estabeleço meu pacto convosco, e
ra e de colheita, e frio e calor, e verão e inverno, e dia
com vossa semente depois de vós,
e noite não cessarão. 10 e com toda criatura vivente que está convosco, das

Pacto de Deus com Noé aves, do gado e de todo animal da terra convosco; de

9  E Deus abençoou Noé e seus filhos, e lhes disse:


Sede frutíferos e multiplicai-vos, e enchei a terra.
2 E o temor de vós e o pavor de vós estará sobre todo
todos os que saem da arca, a todo animal da terra.
11 E eu estabelecerei o meu pacto convosco; não será

mais destruída toda carne pelas águas de um dilúvio,


animal da terra, e sobre toda ave do céu, sobre tudo nem haverá mais dilúvio para destruir a terra.
que se move sobre a terra, e sobre todos os peixes do 12 E Deus disse: Este é o sinal do pacto que fiz entre

mar; em vossas mãos eles foram entregues. mim e vós, e toda criatura vivente que está convos-
3 Toda coisa viva que se move será por alimento para co, para as gerações perpétuas.
8:20 Gn 12:7,8; Gn 22:2,13; Êx 10:25 • 8:21 Lv 1:9,13; 2Co 2:15; Gn 3:17; Gn 9:11,15; Is 54:9 • 9:1 Gn 1:22 • 9:3 Gn 1:29 • 9:4 Lv 3:17; 17:10-14;
Dt 12:16, 23-25; 1Sm 14:33 • 9:5 Êx 21:28-32; Gn 4:10 • 9:6 Êx 21:12,14; Lv 24:17; Mt 26:52; • Gn 1:26 • 9:7 Gn 1:22 • 9:9 Gn 6:18 • 9:12 Gn 17:11 •

enviou codornizes, mas a consequência de sua excessivamente, e seu apetite pervertido não má influência e violência cruel. Isso levaria a
rebelião foi sentida rapidamente. Comeram em conhecia limites (ME 2, 412). um estado de coisas semelhante ao que exis-
excesso da carne assim fornecida, e enquan- 9:1-3. Noé teme os resultados do dilúvio – De- tia antes do dilúvio. Deus precisa punir os as-
to a carne ainda estava entre os dentes, mui- pois de sair da arca, olhou Noé os fortes ani- sassinos. Ele dá vida e tirará a vida se essa vi-
tos deles morreram. Nosso povo faria bem em mais ferozes que com ele saíram; olhou tam- da se tornar um terror e uma ameaça (Ms 126,
estudar essa experiência dos filhos de Israel e bém para sua família de apenas oito pessoas, 1901).
aprender a lição que ela ensina (SpM 3, 233). e sentiu grande temor de que as feras fossem 9:12-13. O arco da aliança de Deus simboliza
Depois do dilúvio, o povo comeu à vontade do destruí-los. Mas o Senhor enviou um anjo a Seu o amor de Cristo que circunda a Terra – Quan-
alimento animal. Deus viu que os caminhos do servo com esta mensagem: “E o temor de vós do contemplamos esse arco, o selo e sinal da
homem eram corruptos, e que o mesmo esta- e o pavor de vós estará sobre todo animal da promessa de Deus ao homem, de que a tem-
va disposto a exaltar-se orgulhosamente con- terra, e sobre toda ave do céu, sobre tudo que pestade de sua ira não mais devastará nosso
tra seu Criador, seguindo as inclinações de seu se move sobre a terra, e sobre todos os peixes mundo pelas águas de um dilúvio, deduzimos
coração. E permitiu Ele que aquela raça de gen- do mar; em vossas mãos eles foram entregues. que existem outros olhos que não são os olhos
te longeva comesse alimento animal, a fim de Toda coisa viva que se move será por alimento finitos que estão contemplando essa cena glo-
abreviar sua vida pecaminosa. Logo após o di- para vós; assim como a erva verde, Eu vos dei riosa. Os anjos se alegram ao ver este sinal pre-
lúvio, o gênero humano começou a decrescer todas as coisas” (Gn 9:2 e 3) (VA, 71). cioso do amor de Deus pela humanidade. O Re-
rapidamente em tamanho e na extensão dos 9:6. Deus protege os direitos dos homens – dentor do mundo contempla-o, pois Cristo o fez
anos (CSRA, 373). Deus protege os direitos dos homens com mui- aparecer nos céus como um sinal ou aliança
Antes do dilúvio Deus não havia permitido to cuidado. Ele estabeleceu uma punição para da promessa feita aos homens. O próprio Deus
o uso de alimento cárneo – Os habitantes quem cometesse assassinato voluntariamen- observa o arco nas nuvens e se lembra de Sua
do Velho Mundo eram intemperantes no co- te. “Quem assim derramar o sangue do ho- aliança eterna entre Ele e o ser humano.
mer e beber. Queriam pratos de carne, embo- mem, pelo homem seu sangue será derrama- Após a terrível demonstração do poder pu-
ra Deus não lhes houvesse dado permissão de do” (Gn 9:6). Se um assassino fosse deixado nitivo de Deus, manifestado na destruição do
comerem alimento animal. Comiam e bebiam sem punição, ele arruinaria a outros por sua mundo antigo pelo dilúvio, Deus sabia que o
36 a Gênesis 10 b

13 Eu ponho o meu arco na nuvem, e isto será por si-  E Cam, o pai de Canaã, viu a nudez de seu pai, e
22

nal do pacto entre mim e a terra. contou a seus dois irmãos que estavam fora.
14 E acontecerá, quando eu trouxer uma nuvem sobre 23 E Sem e Jafé tomaram uma capa, e a puseram sobre

a terra, que o arco será visto na nuvem. os seus ombros, e viraram para trás, e cobriram a nu-
15 E eu lembrarei do meu pacto, que está entre mim dez de seu pai; e suas faces estavam viradas para trás,
e vós e toda criatura vivente de toda a carne; e as e eles não viram a nudez de seu pai.
águas não mais se tornarão um dilúvio para destruir 24 E Noé despertou de seu vinho, e soube o que seu fi-

toda a carne. lho mais novo havia feito a ele.


16 E o arco estará na nuvem; e eu olharei para ele, pa- 25 E ele disse: Amaldiçoado seja Canaã; servo de ser-

ra que eu me lembre do pacto eterno entre Deus e vos ele será para seus irmãos.
toda criatura vivente de toda carne que está sobre a 26 E ele disse: Abençoado seja o S
­ enhor Deus de Sem;
terra. e Canaã será o seu servo.
17 E Deus disse a Noé: Este é o sinal do pacto, que 27 E Deus alargará Jafé, e ele habitará nas tendas de

eu estabeleci entre mim e toda carne que está so- Sem; e Canaã será o seu servo.
bre a terra. 28 ¶ E Noé viveu, depois do dilúvio, trezentos e cin-

quenta anos.
A embriaguez de Noé 29 E todos os dias de Noé foram novecentos e cinquen-
18 ¶ E os filhos de Noé, que saíram da arca, foram:
ta anos, e ele morreu.
Sem, Cam e Jafé; e Cam é o pai de Canaã.
19 Estes são os três filhos de Noé; e por eles toda a ter- Os descendentes de Noé
ra foi povoada.
20 E Noé começou a ser lavrador, e ele plantou uma

vinha.
10
Ora, estas são as gerações dos filhos de Noé,
Sem, Cam e Jafé. E a eles nasceram filhos de-
pois do dilúvio.
21 E ele bebeu do vinho, e ficou embriagado, e ele fi- 2 Os filhos de Jafé: Gomer, e Magogue, e Madai, e Ja-

cou desnudo dentro da sua tenda. vã, e Tubal, e Meseque, e Tiras.


9:15 Lv 26:42,45 • 9:16 Gn 17:7,13,19 • 9:17 ver 12; Gn 17:11 • 9:25 ver 18; Gn 25:23

medo surgiria naqueles que haviam sido sal- Quando olhamos o belo espetáculo, podemos nem punição, não haveria estabilidade para o
vos da destruição toda vez que as nuvens se nos alegrar em Deus, certos de que Ele próprio governo de Deus. É a mistura de juízo e miseri-
acumulassem, e ribombassem os trovões, e os está contemplando esse sinal de Sua aliança córdia que torna a salvação plena e completa.
relâmpagos brilhassem; e que o som da tem- e que, ao fazê-lo, lembra-Se de Seus filhos da É a fusão dos dois que nos leva a contemplar
pestade e o derramamento das águas dos céus Terra. Ele não ignora suas aflições, seus perigos o Redentor do mundo e a lei de Jeová, e a ex-
causariam terror em seus corações por medo e testes. Podemos nos alegrar com esperança, clamar: “Tua brandura me vieste a engrande-
de que outro dilúvio viesse sobre eles. Mas aqui pois o arco da aliança de Deus está sobre nós. cer” (II Sm 22:36). Sabemos que o evangelho
está o amor de Deus na promessa: “E Deus dis- Ele nunca Se esquecerá de Seus filhos de quem é um sistema perfeito e completo, que revela
se: Este é o sinal do pacto que fiz entre Mim e cuida. Quão difícil é para a finita mente do ho- a imutabilidade da lei divina. Ele instila no co-
vós, e toda criatura vivente que está convosco, mem entender o amor e a ternura peculiar de ração esperança e amor a Deus. A misericórdia
para as gerações perpétuas. Eu ponho o Meu Deus e Sua incomparável condescendência nos convida a entrar pelas portas na cidade de
arco na nuvem, e isto será por sinal do pacto quando Ele disse: “Verei o arco nas nuvens e Deus, e a justiça se compraz em conceder a to-
entre Mim e a Terra. E acontecerá, quando Eu Me lembrarei de ti” (RH, 26/02/1880). da pessoa obediente amplos privilégios como
trouxer uma nuvem sobre a Terra, que o arco 9:13. O arco da promessa – O arco-íris acima do membro da família real, filho do Rei celestial.
será visto na nuvem. E Eu Me lembrarei do Meu trono, o arco da promessa, testifica a todo o mun- Se fôssemos defeituosos no caráter, não pode-
pacto, que está entre Mim e vós e toda criatura do que Deus jamais esquecerá o Seu povo em ríamos passar pelas portas que a misericórdia
vivente de toda a carne; e as águas não mais sua luta contra o mal (Materiais 1888 2, 367). abriu para os obedientes, pois a justiça per-
se tornarão um dilúvio para destruir toda a car- O arco representa a misericórdia e justiça de manece junto à entrada e exige santidade de
ne” (Gn 9:12-15). Deus – Assim como o arco nas nuvens é forma- todos os que desejam ver a Deus. Caso se ex-
A família de Noé observava com admiração e do pela união da luz solar e da chuva, assim tinguisse a justiça e fosse possível que a miseri-
reverência, misturada com alegria, aquele sinal o arco-íris que circunda o trono representa o córdia divina abrisse as portas para toda a raça
da misericórdia de Deus que cruzava os céus. O poder conjunto da misericórdia e justiça. Não humana, sem levar em conta o caráter, haveria
arco representa o amor de Cristo que circunda é só a justiça que deve ser mantida, pois isso pior condição de descontentamento e rebelião
a Terra e atinge os mais altos Céus, colocando apagaria a glória do arco-íris da promessa so- no Céu do que antes da expulsão de Satanás.
os homens em comunhão com Deus e unindo bre o trono; os homens poderiam ver somente Seriam quebradas a paz, a felicidade e a har-
a Terra ao Céu. a penalidade da lei. Se não houvesse justiça monia do Céu (Materiais 1888 2, 368).
a Gênesis 11 b 37

3 E os filhos de Gomer: Asquenaz, e Rifate, e Togarma. 22 Os filhos de Sem: Elão, e Assur, e Arfaxade, e Lu-

Gn
4 E os filhos de Javã: Elisá, e Társis, Quitim, e Dodanim. de, e Arã.
5 Por estes, foram divididas as ilhas dos Gentios nas 23 E os filhos de Arã: Uz, e Hul, e Geter, e Más.

suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo 24 E Arfaxade gerou Salá; e Salá gerou Éber.

as suas famílias, entre as suas nações. 25 E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pe-
6 ¶ E os filhos de Cam: Cuxe, e Mizraim, e Pute, e Canaã. legue, pois em seus dias foi dividida a terra; e o nome
7 E os filhos de Cuxe: Sebá, e Havilá, e Sabtá, e Raamá, do seu irmão foi Joctã.
26 E Joctã gerou Almodá, e Selefe, e Hazarmavé, e
e Sabtecá; e os filhos de Raamá: Sebá e Dedã.
8 E Cuxe gerou Ninrode; este começou a ser pode- Jerá,
27 e Hadorão, e Usal, e Dicla,
roso na terra.
9 Ele foi um caçador poderoso diante do S 28 e Obal, e Abimael, e Sabá,
­ enhor, pelo
29 e Ofir, e Havilá, e Jobabe; todos estes eram filhos
que é dito: Como Ninrode, poderoso caçador dian-
te do S­ enhor. de Joctã.
30 E sua habitação foi desde Messa, quando se vai pa-
10 E no começo do seu reino estavam Babel, e Ereque,

e Acade, e Calné na terra de Sinar. ra Sefar, um monte do leste.


31 Estes são os filhos de Sem, segundo as suas famí-
11 Daquela terra saiu Assíria e edificou Nínive, e a ci-

dade de Reobote-Ir, e Calá. lias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas
12 E Resen, entre Nínive e Calá; esta mesma é uma nações.
32 Estas são as famílias dos filhos de Noé, segundo as
grande cidade.
13 E Mizraim gerou Ludim, e Anamim, e Leabim, e suas gerações, em suas nações; e por estas foram as
Naftuim, nações divididas na terra depois do ­dilúvio.
14 e Patrusim, e Casluim (de quem vieram os filis-
A torre de Babel

11
teus), e Caftorim. E toda a terra era de uma língua, e de uma fala.
15 ¶ E Canaã gerou Sidom, seu primogênito, e Hete, 2 E aconteceu que, eles viajando do leste, acha-
16 e o jebuseu, e o amorreu, e o girgaseu,
ram uma planície na terra de Sinar, e eles habitaram
17 e o heveu, e o arqueu, e o sineu,
ali.
18 e o arvadeu, e o zemareu, e o hamateu, e depois as 3 E eles disseram uns aos outros: Vamos, façamos tijo-
famílias dos cananeus foram espalhadas. los e queimemo-los. E eles tiveram tijolos por pedra,
19 E o termo dos cananeus era desde Sidom, quando
e betume por argamassa.
se vai para Gerar, até Gaza; quando se vai para Sodo- 4 E eles disseram: Vamos, edifiquemos para nós uma
ma, e Gomorra, e Admá, e Zeboim até Lasa. cidade e uma torre, cujo topo possa alcançar o céu.
20 Estes são os filhos de Cam, segundo as suas famí- E façamos para nós um nome, para que não sejamos
lias, segundo as suas línguas, em suas terras, e em espalhados sobre a face de toda a terra.
suas nações. 5 E o S
­ enhor desceu para ver a cidade e a torre que os
21 ¶ A Sem também nasceram filhos, o pai de todos os filhos dos homens edificavam.
filhos de Éber, e o irmão mais velho de Jafé. ­ enhor disse: Eis que o povo é um, e todos eles
6 E o S

10:3 38:6 • 10:4 Jn 1:3 • 10:6 ver 15; Gn 9:18 • 10:10 Gn 11:9 • 10:11 Mq 5:6 • 10:15 ver 6; Gn 9:18• 10:19 Gn 13:12; 17:8 • 10:21 ver 24; Nm 24:24
• 10:23 Jó 1:1 • 10:24 ver 21 • 10:32 ver 1; Gn 9:19 • 11:4 Dt 1:28 • 11:5 ver 7; Gn 18:21

11:2-9. Os homens retomaram as hostilida- contra Deus. Os habitantes da planície de Si- e aperfeiçoadas, teriam desviado a mente da
des – Assim que a Terra foi repovoada, os ho- nar estabeleceram seu reino para sua própria lealdade aos estatutos divinos, e a lei de Jeo-
mens retomaram sua hostilidade contra Deus exaltação, não para a glória de Deus. Se ti- vá teria sido desprezada e esquecida. Homens
e o Céu. Eles transmitiram sua inimizade aos vessem tido sucesso, prevaleceria uma gran- determinados, inspirados e instigados pelo pri-
seus descendentes, como se a habilidade e ar- de potência que baniria a justiça e inauguraria meiro grande rebelde, teriam resistido a tudo
tifícios de enganar os homens e perpetuá-los uma nova religião. O mundo teria sido corrom- o que estava em seus planos ou em seus erros.
naquela guerra antinatural tivessem sido um pido. A mistura de ideias religiosas com teo- Em vez dos preceitos divinos, eles teriam pos-
legado sagrado (Ca 4, 1896). rias errôneas terminaria fechando as portas to leis feitas de acordo com os desejos de seu
11:3-7. Uma confederação que nasceu da re- para a paz, a felicidade e a segurança. Essas coração egoísta, a fim de cumprir seus propó-
belião – Essa confederação nasceu da rebelião hipóteses, essas teorias errôneas, realizadas sitos (RH, 10/12/1903).
38 a Gênesis 12 b

têm uma língua. E isto eles começam a fazer, e agora 21 E Reú viveu, depois que gerou Serugue, duzentos
nada lhes será restrito, do que eles imaginam fazer. e sete anos, e gerou filhos e filhas.
7 Vamos, desçamos, e ali confundamos a língua de- 22 E Serugue viveu trinta anos, e gerou Naor.

les, para que eles não possam entender a fala uns dos 23 E Serugue viveu, depois que gerou Naor, duzentos

outros. anos, e gerou filhos e filhas.


8 Assim, o ­Senhor os espalhou dali sobre a face de toda 24 E Naor viveu vinte e nove anos, e gerou Terá.
25 E Naor viveu, depois que gerou Terá, cento e deze-
a terra; e eles deixaram de edificar a cidade.
9 Por isso, o nome dela é chamado Babel; porque o nove anos, e gerou filhos e filhas.
26 E Terá viveu setenta anos, e gerou Abrão, Naor e
­Senhor ali confundiu a língua de toda a terra. E a partir
dali o ­Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra. Harã.

Os descendentes de Sem Os descendentes de Terá


  Estas são as gerações de Sem: Sem tinha cem
10 ¶   Ora, estas são as gerações de Terá: Terá gerou
27 ¶

anos de idade, e gerou Arfaxade dois anos depois do Abrão, Naor e Harã, e Harã gerou Ló.
28 E Harã morreu antes de seu pai Terá, na terra do seu
dilúvio.
11 E Sem viveu, depois que gerou Arfaxade, quinhen- nascimento, em Ur dos caldeus.
29 E Abrão e Naor tomaram esposas para si; o nome da
tos anos, e gerou filhos e filhas.
12 E Arfaxade viveu trinta e cinco anos, e gerou Salá. esposa de Abrão era Sarai, e o nome da esposa de Naor
13 E Arfaxade viveu, depois que gerou Salá, quatro-
era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá.
30 Mas Sarai era estéril, e ela não tinha filhos.
centos e três anos, e gerou filhos e filhas. 31 E Terá tomou Abrão, seu filho, e Ló, filho de Harã,
14 E Salá viveu trinta anos, e gerou Éber.
15 E Salá viveu, depois que gerou Éber, quatrocentos
filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, esposa de seu fi-
lho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus para ir à
e três anos, e gerou filhos e filhas. terra de Canaã; e eles vieram até Harã e habitaram ali.
16 E Éber viveu trinta e quatro anos, e gerou Pelegue.
32 E os dias de Terá foram duzentos e cinco anos; e
17 E Éber viveu, depois que gerou Pelegue, quatrocen-
morreu Terá em Harã.
tos e trinta anos, e gerou filhos e filhas.
18 E Pelegue viveu trinta anos, e gerou Reú. O chamado de Abrão
19 E Pelegue viveu, depois que gerou Reú, duzentos

e nove anos, e gerou filhos e filhas.


20 E Reú viveu trinta e dois anos, e gerou Serugue.
12 Ora, o S­ enhor havia dito a Abrão: Sai-te do teu
país, e da tua parentela, e da casa de teu pai,
para uma terra que eu te mostrarei.
11:7 Gn 1:26; Gn 42:23 • 11:8 Lc 1:51 • 11:26 Js 24:2 • 11:27 ver 31; Gn 12:4 • 11:29 Gn 17:15 • 11:30 Gn 16:1 • 11:31 Gn 15:7; Ne 9:7; At 7:4 • 12:1
At 7:3; Hb 11:8

11:7-8. Deus através de um anjo confunde as mandamentos do Céu haveriam de beber as representante de Sua verdade, tomou-o de sua
línguas – Exaltaram-se contra Deus. Mas Ele águas do dilúvio, foi exemplificada a verdade terra, para fora de sua parentela, e pô-lo à par-
não permitiria que completassem sua obra. A da Palavra de Deus. te. Desejava moldá-lo de acordo com o Seu
torre havia alcançado grande altura quando o Após o dilúvio, mais uma vez os habitantes próprio modelo. Desejava ensiná-lo de acordo
Senhor enviou seu anjo para confundi-los em da Terra se multiplicaram e a impiedade tam- com o Seu plano. Não lhe devia ser imposto o
seu trabalho... Os anjos confundiram sua lin- bém aumentou.A idolatria tornou-se quase uni- molde dos mestres do mundo. Devia ser en-
guagem. Um raio do céu, como sinal da ira di- versal e, finalmente, o Senhor deixou os trans- sinado a ordenar seus filhos e sua casa após
vina, destruiu a parte superior da torre, lançan- gressores endurecidos seguirem seus maus ele, de modo que guardassem o caminho do
do-a por terra (VA, 72). caminhos, enquanto Ele escolhia Abraão, da li- Senhor, fizessem justiça e juízo. Esta é a obra
11:28. A ordem natural das coisas se rompe – nhagem de Sem, e fez dele o defensor de sua que Deus quer que façamos. Deseja que com-
Era tão raro o filho morrer antes do pai que tal lei para as gerações futuras. Veio-lhe a mensa- preendamos como governar nossa família, co-
acontecimento foi considerado digno de nota gem: “Ora, o Senhor havia dito a Abrão: Sai-te mo controlar os filhos, como ordenar nossa ca-
(RH, 13/12/1881). do teu país, e da tua parentela, e da casa de sa para que guarde o caminho do Senhor (ME
12:1-4. Abraão é escolhido dentre uma gera- teu pai, para uma terra que Eu te mostrarei” 1, 409-410).
ção idólatra – A raça rebelde foi exterminada (Gn 12:1). Pela fé Abraão obedeceu “e saiu sem A família de Abraão é influenciada pela fal-
pelo dilúvio. A morte constituiu o seu quinhão. saber para onde ia” (Hb 11:8) (FEC, 504, 505). sa adoração – Naquela época, a idolatria es-
Pelo cumprimento da advertência profética de 12:1. Um vaso escolhido e separado para o tava sendo rapidamente introduzida e estava
que todos quantos não quisessem guardar os Senhor – Quando Deus escolheu Abraão como em conflito com o culto ao Deus verdadeiro.
a Gênesis 13 b 39

2  E eu farei de ti uma grande nação, e eu te abençoa- 13 Dize, suplico-te, que tu és minha irmã, para que eu

Gn
rei, e farei teu nome grande; e tu serás uma bênção. possa ficar bem por tua causa, e a minha alma vive-
3 E eu abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoa- rá por causa de ti.
rei os que te amaldiçoarem, e em ti todas as famílias 14 ¶ E aconteceu que, quando Abrão havia chegado

da terra serão abençoadas. ao Egito, os egípcios viram a mulher, e que ela era
4 Assim, Abrão partiu, como o S ­ enhor lhe havia fala- muito formosa.
do, e Ló foi com ele. E Abrão tinha setenta e cinco 15 Também os príncipes do Faraó a viram, e a elogiaram

anos de idade quando ele partiu de Harã. diante do Faraó, e a mulher foi levada à casa do Faraó.
5 E Abrão tomou Sarai, sua esposa, e Ló, filho de seu 16 E ele tratou bem a Abrão por causa dela. E ele teve

irmão, e todas as posses que haviam ajuntado, e as ovelhas, e bois, e jumentos, e servos, e servas, e ju-
almas que eles tinham obtido em Harã, e eles saí- mentas e camelos.
ram para a terra de Canaã, e para a terra de Canaã 17 E o ­Senhor atormentou Faraó e a sua casa com gran-

eles vieram. des pragas por causa de Sarai, esposa de Abrão.


6 ¶ E Abrão passou pela terra até o lugar de Siquém, 18 E Faraó chamou Abrão, e disse: O que é isto que

até a planície de Moré. E os cananeus estavam nes- tu me fizeste? Por que não me disseste que ela era
se tempo na terra. tua esposa?
7 E o S­ enhor apareceu a Abrão e disse: À tua semen- 19 Por que disseste: Ela é minha irmã? Portanto eu a

te eu darei esta terra; e ali ele edificou um altar ao tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis a tua
­Senhor, que lhe apareceu. esposa. Toma-a e vai no teu caminho.
8 E ele moveu-se dali para o monte ao leste de Betel, 20 E Faraó ordenou aos seus homens com respeito a

e armou sua tenda, tendo Betel ao oeste e Ai ao les- ele; e eles o mandaram embora, e a sua esposa, e a tu-
te. E ali ele edificou um altar ao S­ enhor, e invocou o do que ele tinha.
nome do S­ enhor.
9 E Abrão viajou, indo adiante para o sul. Abrão e Ló se separam

10 ¶
Abrão no Egito
  E houve fome na terra, e Abrão desceu para o Egi-
13 E Abrão saiu do Egito para o sul, ele, e sua es-
posa, e tudo que tinha, e Ló com ele.
2 E Abrão era muito rico em gado, em prata e em ouro.

to para peregrinar ali, pois a fome era severa na terra. 3 E ele foi em suas viagens do sul até Betel, até o lugar
11 E aconteceu que, quando ele estava prestes a en- em que sua tenda havia estado no início, entre Betel
trar no Egito, ele disse a Sarai, sua esposa: Eis que eu e Ai,
sei que tu és uma mulher formosa à vista. 4 até o lugar do altar, que ele fizera ali no início. E ali
12 Por isso, acontecerá que, quando os egípcios te vi- Abrão invocou o nome do S­ enhor.
rem, eles dirão: Esta é a esposa dele. E me matarão, 5 ¶ E Ló também, que foi com Abrão, tinha rebanhos,

mas te manterão viva. e gado, e tendas.


12:2 Gn 17:2,4; 18:18 • 12:3 Gn 27:29; Nu 24:9; Gn 22:18; 26:4; At 3:25; Gl 3:8 • 12:5 Gn 14:14 • 12:7 Gn 17:1; Gn 13:15,17; Sl 105:9‑11 • 12:8 Gn 13:3
• 12:17 1Cr 16:21 • 13:4 Gn 12:7

Mas Abraão não se tornou um idólatra. Em- e viu-o, e alegrou-se” (Jo 8:56). Como Abraão é a aliança da graça. “Pela graça sois salvos”
bora seu próprio pai tenha hesitado entre a sabia da vinda do Redentor? Deus lhe deu luz (Ef 2:5)... Filhos desobedientes? Não, obedien-
adoração verdadeira e a falsa, e embora as sobre o futuro. Ele anteviu o tempo em que o tes a todos os mandamentos divinos. Se não é
falsas teorias e práticas idólatras se misturas- Salvador viria a esta Terra com Sua divindade possível guardar os mandamentos, então por
sem ao seu conhecimento da verdade, Abraão velada pela humanidade. Pela fé, viu o Reden- que Deus faz da obediência a seus manda-
permaneceu a salvo dessa aberração. Ele não tor do mundo vindo como Deus em carne. Ele mentos a prova de que o amamos? (Ca 16,
tinha vergonha de sua fé e não fez nenhum viu o peso da culpa ser removido da humani- 1892).
esforço para esconder o fato de que confia- dade e colocado no substituto divino (Ms 31, 12:6-7. Os altares erigidos por Abrão prega-
va em Deus. Ele “edificou um altar ao Senhor, 1889). vam – Nos anos subsequentes, houve os que,
e invocou o nome do Senhor” (Gn 12:8) (YI, A observância dos mandamentos sob a alian- entre os cananeus errantes, receberam instru-
04/03/1897). ça abraâmica (Ef 2:5, 8) – Se, sob a aliança ção de Abraão; e, quando quer que um desses
12:2-3. Abraão viu o Redentor vindouro (Jo abraâmica, não fosse possível aos seres hu- vinha àquele altar, sabia quem havia estado ali
8:56; Gl 3:8) – Cristo disse aos fariseus: “Vos- manos guardar os mandamentos de Deus, to- antes; e, depois de armar a tenda, reparava o
so pai Abraão regozijou-se de ver o Meu dia; dos estaríamos perdidos. A aliança abraâmica altar, e ali adorava o Deus vivo (PP, 128).
40 a Gênesis 14 b

6  E a terra não foi capaz de comportá-los, para que 14 ¶


  E o ­Senhor disse a Abrão, depois que Ló se apartou
eles pudessem habitar juntos. Porque eram muitos os dele: Eleva agora os teus olhos, e olha do lugar em que es-
seus bens, de modo que não puderam habitar juntos. tás para o norte, e para o sul, e para o leste, e para o oeste.
7 E houve contenda entre os pastores do gado de 15 Porque toda a terra que tu vês, para sempre eu te

Abrão e os pastores do gado de Ló, e os cananeus e os darei, e à tua semente.


perizeus habitavam na terra nesse tempo. 16 E eu farei a tua semente como o pó da terra, de mo-
8 E Abrão disse a Ló: Que não haja contenda, eu te do que se um homem puder contar o pó da terra, en-
suplico, entre mim e ti, e entre meus pastores e teus tão também a tua semente será contada.
pastores, pois somos irmãos. 17 Levanta-te, caminha pela terra no seu comprimen-
9 Não está a terra toda diante de ti? Suplico-te que te
to e na sua largura, pois a ti eu a darei.
apartes de mim. Se tomares a esquerda, então eu irei 18 Então Abrão removeu a sua tenda, e veio e habitou
para a direita. Se te apartares para a direita, então eu na planície de Manre, que é Hebrom, e ali edificou
irei para a esquerda. um altar ao S­ enhor.
10 E Ló levantou os olhos, e viu toda a planície do

Jordão, que era bem regada em todo lugar, antes do Abrão liberta Ló
­Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra, como o jar-
dim do ­Senhor, como a terra do Egito, quando se entra
em Zoar.
14  E aconteceu nos dias de Anrafel, rei de Sinar,
Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de
Elão, e Tidal, rei de nações,
11 Então, Ló escolheu para si toda a planície do Jordão, e 2 que estes fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, a

Ló viajou para o leste, e eles se apartaram um do outro. Birsa, rei de Gomorra, a Sinabe, rei de Admá, e a Se-
12 Abrão habitou na terra de Canaã, e Ló habitou nas meber, rei de Zeboim, e ao rei de Bela, que é Zoar.
cidades da planície, e armou sua tenda em direção 3 Todos estes foram reunidos no vale de Sidim, que

a Sodoma. é o mar de sal.


13 Mas os homens de Sodoma eram extremamente 4 Eles serviram doze anos a Quedorlaomer, e no déci-

perversos e pecadores diante do S­ enhor. mo terceiro ano se rebelaram.


13:7 Gn 26:20,21 • 13:10 Gn 19:22, 30​; • Gn 2:8-10; Gn 19:17‑29 • 13:13 Gn 18:20; 2Pe 2:8 • 13:15 Gn 12:7; Gl 3:16 • 13:17 Nm 13:17‑25 • 13:18
Gn 14:13,24 • 14:3 Nm 34:3,12; Js 3:16

13:10. Ló fez uma escolha comprometedo- 13:11. A mulher de Ló foi a responsável pe- 13:13. As cidades atuais foram representa-
ra – Ló poderia ter preservado sua família de la separação de Abraão e Ló – A esposa de Ló das por Sodoma – As cidades modernas estão-
muitos males, se não tivesse feito a sua casa foi mulher egoísta, irreligiosa, e sua influência -se rapidamente transformando em Sodomas e
nesta pecaminosa e contaminada cidade. Tu- exerceu-se no sentido de separar de Abraão o Gomorras. Numerosos são os dias de folga; as
do o que Ló e sua família fizeram em Sodo- seu marido. Se não fosse por causa dela, Ló ondas da agitação e do prazer desviam milha-
ma [para ajudá-los] poderia ter sido feito por não teria permanecido em Sodoma, e não te- res de pessoas dos austeros deveres da vida.
eles, mesmo se tivessem residido num lugar ria se privado do conselho do patriarca sábio Os esportes enervantes — o teatro, as corridas
a certa distância da cidade. Enoque andou e temente a Deus. A influência de sua esposa de cavalos, os jogos de azar, as bebidas e as or-
com Deus, contudo, ele não viveu no meio de e as relações entretidas naquela ímpia cidade gias — despertam ao máximo todas as paixões.
qualquer cidade corrompida com todo o tipo tê-lo-iam levado a apostatar de Deus, se não A juventude é levada de roldão pela onda po-
de violência e iniquidade, como Ló em Sodo- tivesse sido a instrução fiel que cedo recebe- pular. Os que se deixam dominar pelas diver-
ma (VDE, 27). ra de Abraão. O casamento de Ló e sua escolha sões abrem a porta para um dilúvio de tenta-
13:10-11. Ló entrou rico em Sodoma, mas de Sodoma como residência foram os primei- ções. Dedicam-se a divertimentos sociais e a
saiu sem nada – [Ló] escolheu uma terra que ros elos em uma cadeia de acontecimentos re- irrefletida hilaridade. Passam de uma a outra
tinha uma excelente localização e prometia pletos de males para o mundo durante muitas forma de dissipação, até perderem tanto o de-
grandes lucros. Como resultado de sua escolha, gerações (PP, 174). sejo como a capacidade de viver de maneira
Ló entrou rico e saiu sem nada. Há uma enor- Ló estava convencido de seu erro – Ló esco- útil. Esfriam as aspirações religiosas; debilita-
me diferença no resultado final se uma pessoa lheu como sua morada Sodoma, porque viu -se a vida espiritual. As mais nobres faculdades
se colocar onde pode receber a melhor ajuda vantagens do ponto de vista mundano. Mas da alma, numa palavra, tudo quanto liga o ho-
possível das influências corretas ou se prefe- depois que ele se estabeleceu e se enriqueceu mem ao mundo espiritual, é envilecido. Sob a
re escolher as vantagens temporais. Há muitos com os tesouros terrenos, convenceu-se de que influência de coligações patronais e em con-
caminhos que levam a Sodoma. Todos nós pre- cometera um erro ao não levar em conta o nível sequência de sindicatos e greves operárias as
cisamos de colírio para poder discernir o cami- moral da comunidade em que iria estabelecer condições de vida nas cidades pioram cons-
nho que leva a Deus (Ca 109, 1899). seu lar (RH, 14/11/1882). tantemente (TS 1, 326).
a Gênesis 15 b 41

5 E no décimo quarto ano veio Quedorlaomer, e os 16 E ele trouxe de volta todos os bens, e também trou-

Gn
reis que estavam com ele, e feriram os refains em As- xe novamente o seu irmão Ló, e seus bens, e também
terote-Carnaim, e os zuzins em Hã, e os emins em as mulheres, e o povo.
Savé-Quiriataim,
6 e os horeus no seu monte Seir, até El-Parã, que fica Melquisedeque abençoa Abrão
17 ¶
  E o rei de Sodoma saiu para encontrá-lo depois do
junto ao deserto.
7 E eles retornaram, e vieram a En-Mispate, que é Ca- seu retorno do massacre a Quedorlaomer e os reis que
des, e feriram toda a terra dos amalequitas, e também estavam com ele, no vale de Savé, que é o vale do rei.
18 E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho,
os amorreus, que habitavam em Hazazom-Tamar.
8 E saiu o rei de Sodoma, e o rei de Gomorra, e o rei de e ele era o sacerdote do Deus Altíssimo.
19 E ele o abençoou, e disse: Bendito seja Abrão do
Admá, e o rei de Zeboim, e o rei de Bela (esta é Zoar)
e se ajuntaram à batalha contra eles no vale de Sidim, Deus Altíssimo, criador do céu e da terra.
20 E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou teus
9 contra Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei das

nações, e Anrafel, rei de Sinar, e Arioque, rei de Ela- inimigos em tuas mãos. E lhe deu dízimos de tudo.
21 E o rei de Sodoma disse a Abrão: Dá-me as pessoas,
sar; quatro reis contra cinco.
10 E o vale de Sidim estava cheio de poços de betume,
e toma os bens para ti.
22 E Abrão disse ao rei de Sodoma: Eu levanto a mi-
e os reis de Sodoma e Gomorra fugiram, e caíram ali,
nha mão ao ­Senhor, o Deus Altíssimo, o possuidor
e os restantes fugiram para o monte.
11 E eles tomaram todos os bens de Sodoma e Go-
do céu e da terra,
23 que não tomarei nem um fio, nem a correia de uma
morra, e todos os seus mantimentos, e foram no seu
sandália, e que não tomarei coisa alguma que é tua,
caminho. para que não digas: Eu enriqueci a Abrão,
12 E eles tomaram Ló, filho do irmão de Abrão, que ha-
24 salvo tão somente o que os jovens comeram, e a par-
bitava em Sodoma, e os seus bens, e partiram. te dos homens que foram comigo, Aner, Escol e Manre;
13 ¶ E veio um que havia escapado, e contou a Abrão,
que eles tomem a sua parte.
o hebreu, pois ele habitava na planície de Manre, o
amorreu, irmão de Escol e irmão de Aner; e estes O pacto de Deus com Abrão
eram confederados de Abrão.
14 E quando Abrão ouviu que o seu irmão foi levado cati-

vo, ele armou os seus servos treinados, nascidos na sua


15  Depois dessas coisas, a palavra do ­Senhor veio
a Abrão em uma visão, dizendo: Não temas,
Abrão; eu sou o teu escudo, e a tua recompensa será
própria casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã. infinitamente grande.
15 E ele se dividiu contra eles, ele e seus servos, à noi- 2 E Abrão disse: Senhor DEUS, o que me darás, visto

te, e os feriu e os perseguiu até Hobá, que está à es- que ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é
querda de Damasco. Eliézer de Damasco?
14:6 Dt 2:12,22 • 14:13 ver 24; Gn 13:18 • 14:14 Gn 15:3 • 14:17 2Sm 18:18 • 14:18 Sl 110:4; Hb 5:6; Hb 7:2 • 14:19 ver 22 • 14:20 Gn 24:27; Hb 7:4
15:1 Gn 21:17; 26:24; Is 41:10,13,14; Dt 33:29

14:18-20. Melquisedeque, um representan- Ele o tirou de seu país e o apartou de sua fa- 14:20. O sistema do dízimo remonta aos dias
te de Cristo – Deus nunca ficou sem teste- mília, pondo-o a parte. Desejava moldá-lo de de Adão (Gn 28:22; Lv 27:30) – O sistema do
munhas na Terra. Melquisedeque, em certa acordo com Seu próprio modelo. Queria en- dízimo remonta aos dias anteriores de Moisés.
época, representou o Senhor Jesus Cristo em siná-lo de acordo com Seus próprios planos. As ofertas foram apresentadas a Deus para
pessoa para revelar a verdade do Céu e per- Não lhe devia ser imposto o molde dos mes- propósitos religiosos, mesmo antes de Moisés
petuar a lei de Deus... (Ca 190, 1905). tres do mundo. Devia ser ensinado a orde- receber o plano do dízimo em detalhes; isso
Foi Cristo quem falou mediante Melquisede- nar seus filhos e sua casa após ele, de modo remonta aos dias de Adão. No cumprimento
que, o sacerdote do Deus Altíssimo. Melquise- que guardassem o caminho do Senhor, fizes- dos requisitos de Deus, por meio de ofertas,
deque não era Cristo, mas era a voz de Deus sem justiça e juízo. Esta é a obra que Deus manifestava-se apreço pelas misericórdias e
no mundo, o representante do Pai. E atra- quer que façamos. Deseja que compreenda- bênçãos divinas. Gerações subsequentes fi-
vés de todas as gerações do passado, Cris- mos como governar nossa família, como con- zeram o mesmo, e o plano foi praticado por
to tem falado; Cristo guiou Seu povo, e tem trolar os filhos, como ordenar nossa casa pa- Abraão, que deu o dízimo a Melquisedeque, o
sido a luz do mundo. Quando Deus escolheu ra que guarde o caminho do Senhor (ME 1, sacerdote do Deus Altíssimo. O mesmo princí-
Abraão como representante de Sua verdade, 409-410). pio existia nos dias de Jó (CM, 69).
42 a Gênesis 16 b

3 E Abrão disse: Eis que não me deste semente, e eis 13 E ele disse a Abrão: Saibas com certeza que tua
que um nascido na minha casa é meu herdeiro. semente será estrangeira na terra que não é sua,
­ enhor veio a ele, dizendo: Es-
4 E eis que a palavra do S e os servirão, e eles os afligirão por quatrocentos
te não será teu herdeiro, mas o que sairá de tuas pró- anos.
prias entranhas será teu herdeiro. 14 E também a essa nação, a quem eles servirão, eu jul-
5 E ele o trouxe para fora e disse: Olha agora para o garei, e depois eles sairão com grandes posses.
céu, e conta as estrelas, se tu fores capaz de contá-las; 15 E tu irás para os teus pais em paz, tu serás sepulta-
e lhe disse: Assim será a tua semente. do em boa velhice.
6 E ele creu no ­Senhor, e ele lhe atribuiu isto por 16 Mas na quarta geração, eles virão para cá nova-
justiça. mente, pois a iniquidade dos amorreus ainda não es-
7 E ele disse-lhe: Eu sou o ­Senhor que te trouxe de tá completa.
Ur dos Caldeus, para te dar esta terra para herdá-la. 17 E aconteceu que, quando o sol se pôs, e ficou escu-
8 E ele disse: Senhor DEUS, como eu saberei que hei
ro, eis que um forno de fumaça e uma lâmpada acesa
de herdá-la? passaram entre aqueles pedaços.
9 E ele lhe disse: Toma para mim uma novilha de três 18 No mesmo dia, o S ­ enhor fez um pacto com Abrão,
anos de idade, e uma cabra de três anos de idade, e dizendo: À tua semente eu dei esta terra, do rio do
um carneiro de três anos de idade, e uma rola e um Egito até o grande rio, o rio Eufrates:
pombinho. 19 os queneus, e os quenezeus, e os cadmoneus,
10 E tomou para ele todos estes, e os dividiu ao meio, 20 e os heteus, e os ferezeus, e os refains,
e colocou cada parte na frente da outra, mas as aves 21 e os amorreus, e os cananeus, e os girgaseus, e os
ele não dividiu. jebuseus.
11 E quando as aves desciam sobre as carcaças, Abrão

as enxotava. Agar e o nascimento de Ismael


12 E quando o sol estava se pondo, um profundo sono

caiu sobre Abrão, e eis que um horror de grande es-


curidão caiu sobre ele.
16  Ora, Sarai, esposa de Abrão, não lhe gerava
filhos, mas ela tinha uma serva, uma egípcia,
cujo nome era Agar.
15:5 Rm 4:18; Hb 11:12 • 15:6 Rm 4:3, 20-24; Gl 3:6; Tg 2:23 • 15:12 Gn 2:21 • 15:13 Êx 12:40; At 7:6,17 • 15:14 At 7:7; Êx 12:32‑38 • 15:15 Gn 25:8

15:9-11. Não deixe nada macular seu sacrifí- 21:26). Finalmente, sofreram as calamidades relação às nações, cidades e indivíduos. Mas
cio – Vigiai tão fielmente como Abraão para im- devido ao contínuo e voluntário desrespeito à quando é evidente que eles não recorrem a Ele
pedir que corvos ou outras aves de rapina pou- lei de Deus (RH, 12/07/1906). para que tenham vida, os castigos cairão sobre
sem sobre vosso sacrifício e oferenda a Deus. A rejeição da luz levou os amorreus à destrui- eles. Chegou o tempo em que o juízo de Deus
Todo pensamento de dúvida deve ser monito- ção (Ec 8:11, 12) – Os amorreus eram habitan- caiu sobre amorreus, e chegará o tempo em
rado de tal maneira que não se manifeste em tes de Canaã, e o Senhor prometeu a terra de que todos os transgressores de Sua lei saberão
palavras. A luz sempre foge de palavras que Canaã aos israelitas; mas um longo tempo teve que Deus de forma alguma justifica o culpado
honram os poderes das trevas. A vida de nosso que passar antes que Seu povo a possuísse. Ele (RH, 02/05/1893).
Senhor ressurreto deve em nós manifestar-se declarou a razão pela qual esse intervalo de- 15:17-18. Através de um forno, Deus apresen-
diariamente (ME 2, 243). veria passar. Ele lhes disse que as iniquidades ta como seria a experiência de Israel no Egito
15:16. Deus prolongou sua longanimidade dos amorreus ainda não haviam atingido seu – Ordenou-se em seguida a Moisés que tomas-
por amor aos amorreus que eram bons – Nos auge, e sua expulsão e extermínio não pode- se cinzas do forno, e as espalhasse “para o céu
dias de Abraão, o Senhor declarou: “a iniqui- riam ser justificadas até que tivessem enchido à vista de Faraó” (Êx 9:8). Este ato era profun-
dade dos amorreus ainda não está comple- a taça de sua iniquidade. A idolatria e o peca- damente significativo. Quatrocentos anos an-
ta”. Naquele momento, Ele não teria permitido do caracterizavam seu comportamento, mas a tes, mostrara Deus a Abraão a opressão futura
que eles fossem destruídos. Nisso, a paciência medida de sua culpa não era de tal ordem que de Seu povo sob a figura de uma fornalha fu-
de Deus é revelada. Os amorreus eram inimi- eles pudessem ser entregues à destruição. Em megante e uma tocha de fogo. Declarara que
gos da lei de Deus; eles não creram nEle como seu amor e compaixão, Deus faria a luz brilhar mandaria juízos sobre os seus opressores e ti-
verdadeiro Deus; mas entre eles havia algumas sobre eles de forma mais distinta; Ele lhes da- raria os cativos com grande riqueza. No Egito,
pessoas boas e, amando a esses poucos de- ria oportunidade de contemplar o trabalho de Israel durante muito tempo desfalecia na for-
monstrou paciência por muito tempo. Séculos Seu maravilhoso poder para que não houves- nalha da aflição. Esse ato de Moisés era-lhes
depois, quando os israelitas voltaram do Egi- se desculpa para seu mau comportamento. É segurança de que Deus Se lembrava de Seu
to para a terra prometida, os amorreus foram assim que Deus trata com as nações. Por certo concerto, e de que era vindo o tempo para o
expulsos “de diante dos filhos de Israel” (I Rs período de graça, Ele manifesta tolerância em seu livramento (PP, 267).
a Gênesis 17 b 43

2 E Sarai disse a Abrão: Eis que o S­ enhor me tem im- 14 Portanto o poço foi chamado Beer-Laai-Roi; e eis

Gn
pedido de gerar; suplico-te, entra na minha serva; po- que ele está entre Cades e Berede.
de ser que eu possa obter filhos por ela. E Abrão ou- 15 ¶ E Agar gerou um filho a Abrão; e Abrão chamou o

viu à voz de Sarai. nome de seu filho, que Agar lhe gerou, Ismael.
3 E Sarai, esposa de Abrão, tomou Agar, sua serva, a 16 E era Abrão da idade de oitenta e seis anos quando

egípcia, depois de Abrão ter habitado dez anos na ter- Agar gerou Ismael a Abrão.
ra de Canaã, e a deu por mulher a seu marido.
4 ¶ E ele entrou em Agar, e ela concebeu. E vendo ela O pacto da circuncisão
que tinha concebido, sua senhora foi desprezada a
seus olhos.
5 E Sarai disse a Abrão: Meu erro seja sobre ti; eu dei
17 E quando Abrão era da idade de noventa e no-
ve anos, o S­ enhor apareceu a Abrão, e lhe dis-
se: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda diante de
minha serva em teu seio, e quando ela viu que havia mim, e sê perfeito.
2 E eu farei o meu pacto entre mim e ti, e multiplicar-
concebido, fui desprezada aos seus olhos; o S­ enhor
julgue entre mim e ti. -te-ei excessivamente.
6 Mas Abrão disse a Sarai: Eis que tua serva está em 3 E Abrão caiu sobre a sua face, e Deus falou com ele,

tua mão. Faze a ela como te apraz. E quando Sarai a dizendo:


4 Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e tu
tratou severamente, ela fugiu da sua face.
7 ¶ E o anjo do ­Senhor a achou junto a uma fonte serás um pai de muitas nações.
5 O teu nome não se chamará mais Abrão, mas teu no-
de água no deserto, junto à fonte no caminho para
Sur. me será Abraão, pois pai de muitas nações eu te fiz.
8 E ele disse: Agar, serva de Sarai, de onde tu vieste? 6 E eu te farei extremamente fértil, e farei nações de

E para onde vais? E ela disse: Eu fujo da face da mi- ti, e reis sairão de ti.
nha senhora Sarai. 7 E eu estabelecerei o meu pacto entre mim e ti, e tua
9 E o anjo do S­ enhor lhe disse: Volta a tua senhora, e semente depois de ti nas suas gerações, para um pac-
sujeita-te debaixo das suas mãos. to eterno, para ser um Deus para ti, e para tua semen-
10 E o anjo do ­Senhor lhe disse: Eu multiplicarei a tua te depois de ti.
semente tão excessivamente, que não será contada 8 E eu darei a ti, e para a tua semente depois de ti, a ter-

por seu grande número. ra em que és estrangeiro, toda a terra de Canaã, para
­ enhor lhe disse: Eis que tu estás com fi-
11 E o anjo do S possessão eterna, e eu serei seu Deus.
lho, e gerarás um filho, e chamarás seu nome Ismael; 9 ¶ E Deus disse a Abraão: Portanto, tu guardarás o

porque o S­ enhor ouviu a tua aflição. meu pacto, tu, e tua semente depois de ti nas suas
12 E ele será homem selvagem; sua mão será contra to- gerações.
do homem, e a mão de todo homem contra ele; e ele 10 Este é o meu pacto, que guardareis, entre mim e

habitará na presença de todos os seus irmãos. vós e tua semente depois de ti: Todo filho homem en-
13 E ela invocou o nome do ­Senhor que com ela fala- tre vós será circuncidado.
va: Tu és Deus que me vê; pois ela disse: Não olhei eu 11 E vós circuncidareis a carne do vosso prepúcio, e

também para aquele que me vê? será um sinal do pacto entre mim e vós.
16:2 Gn 30:3,4, 9,10 • 16:3 Gn 12:5 • 16:5 Gn 31:53 • 16:12 Gn 25:18 • 17:1 Gn 28:3; Dt 18:13 • 17:5 ver 15; Ne 9:7; Rm 4:17 • 17:6 Gn 35:11 •
17:7 Rm 9:8; Gl 3:16 • 17:8 Gn 12:7 • 17:10 ver 23; At 7:8 • 17:11 Rm 4:11

17:1. Estar na presença de Deus e andar pe- atentamente com a mente e o coração a Sua 17:7. Deus novamente faz a promessa que de
lo caminho que Ele designar – O que signi- voz, Suas instruções, Suas ordens e repreen- Abraão e Sara seria Sua descendência – De-
fica estar diante do Senhor? Significa dese- sões, para que possamos entender os Seus pois do nascimento de Ismael, o Senhor mani-
jar o Seu caminho acima de todas as coisas mandamentos. Isso é andar com Deus e es- festou-Se outra vez a Abraão e disse: “E Eu es-
para que a vontade do Senhor seja plena- tar em pé diante do Senhor. Que o eu mor- tabelecerei o Meu pacto entre Mim e ti, e tua
mente manifestada em nós, e que nada se- ra em ti, e que tenhas ideias humildes de ti semente depois de ti nas suas gerações para
ja feito de nossa própria vontade, mas so- mesmo; não estás apto para ser professor, a um pacto eterno” (Gn 17:7). Outra vez o Se-
mente o que Lhe agrade e promova a Sua menos que sejas um aprendiz diariamente na nhor repetiu por intermédio de Seu anjo a pro-
glória. O eu é colocado de lado; preste- causa e obra do Mestre (Materiais 1888 2, messa de dar um filho a Sara, e que ela seria
mos atenção aos sinais do Senhor, ouçamos 196-197). mãe de muitas nações (SP 1, 96).
44 a Gênesis 18 b

12  E aquele que tem oito dias será circuncidado en- 24 E Abraão era da idade de noventa e nove anos,
tre vós, todo filho homem nas vossas gerações, aque- quando ele foi circuncidado na carne de seu prepúcio.
le que é nascido em casa, ou comprado com dinhei- 25 E Ismael, seu filho, era da idade de treze anos quan-

ro de algum estrangeiro, que não é da tua semente. do ele foi circuncidado na carne de seu prepúcio.
13 Aquele que é nascido em tua casa, e aquele que é 26 No mesmo dia foi circuncidado Abraão e seu fi-

comprado com teu dinheiro deverá ser circuncida- lho Ismael.


do; e meu pacto estará na vossa carne como um pac- 27 E todos os homens de sua casa, nascidos na casa, e

to eterno. comprados com dinheiro de estrangeiros, foram cir-


14 E o homem incircunciso cuja carne do seu prepú- cuncidados com ele.
cio não for circuncidada, esta alma será cortada de
seu povo; ele quebrou o meu pacto. Promessa do nascimento de Isaque
15 ¶ E Deus disse a Abraão: Quanto a Sarai, tua es-

posa, não chamarás seu nome Sarai, mas Sara será


18
do dia.
E o S­ enhor apareceu a ele nas planícies de Man-
re, e ele sentou-se à porta da tenda no calor
seu nome. 2 E ele elevou seus olhos e olhou, e eis que três ho-
16 E eu a abençoarei, e te darei também um filho de-
mens estavam em pé com ele; e quando ele os viu,
la; e a abençoarei, e ela será uma mãe de nações; reis
ele correu da porta da tenda para encontrá-los, e se
de povos virão dela. curvou em direção a terra,
17 Então Abraão caiu sobre sua face e riu, e disse no
3 e disse: Meu Senhor, se agora eu encontrei favor
seu coração: Nascerá um filho àquele que tem cem aos teus olhos, suplico que não passes de teu servo.
anos de idade? E gerará Sara, com noventa anos de 4 Pegue um pouco de água, peço-vos, e lavai os vos-
idade? sos pés e descansai debaixo da árvore.
18 E Abraão disse a Deus: Que Ismael possa viver dian-
5 E trarei um bocado de pão, e confortai os vossos co-
te de ti! rações; depois disso, passareis adiante, pois para is-
19 E Deus disse: Sara, tua esposa, de fato te gerará um
to vieste a vosso servo. E eles disseram: Faze como
filho, e tu chamarás seu nome Isaque. E eu estabele- disseste.
cerei o meu pacto com ele como pacto eterno, e com 6 E Abraão se apressou para dentro da tenda até Sara,
sua semente depois dele. e disse: Prepara depressa três medidas de farinha fi-
20 E quanto a Ismael, eu te ouvi: Eis que o tenho aben-
na, amasse-a e faça bolos sobre a ­lareira.
çoado, e o farei frutífero, e o multiplicarei excessiva- 7 E Abraão correu para o rebanho, e trouxe um novi-
mente; doze príncipes ele gerará, e eu farei dele uma lho tenro e bom, e o deu a um jovem, e ele se apres-
grande nação. sou em prepará-lo.
21 Mas, o meu pacto eu estabelecerei com Isaque, 8 E ele pegou manteiga, e leite, e o novilho que havia
que Sara te gerará neste tempo determinado, no pró- preparado, e o colocou diante deles; e ele ficou em
ximo ano. pé junto deles debaixo da árvore, e eles comeram.
22 E deixou de falar com ele, ascendeu Deus de jun- 9 ¶ E eles lhe disseram: Onde está Sara, tua esposa? E
to de Abraão. ele disse: Eis que está na tenda.
23 ¶ E Abraão tomou Ismael, seu filho, e todos os que 10 E ele disse: Eu certamente retornarei a ti de acor-
haviam nascido em sua casa, e todos os que haviam do com o tempo da vida; e eis que Sara, tua esposa,
sido comprados com seu dinheiro, todo homem entre terá um filho. E Sara o ouviu na porta da tenda, que
os homens da casa de Abraão, e circuncidou a carne de estava atrás dele.
seu prepúcio no mesmo dia, como Deus lhe havia dito. 11 Ora, Abraão e Sara eram velhos e bem adiantados

17:12 Lv 12:3 • 17:17 Gn 18:12; 21:6 • 17:19 Gn 18:14; 21:2 • 17:20 Gn 16:10; Gn 25:12-16; Gn 21:18 • 18:1 Gn 13:18; 14:13 • 18:2 ver 16,22; Hb 13:2
• 18:4 Gn 19:2; 43:24 • 18:10 Rm 9:9 • 18:11 Gn 17:17; Rm 4:19

18:1-2. Abraão falava livremente com os an- 18:1-3. Abraão hospeda anjos sem saber – entrevista com os anjos apresenta também um
jos – Deus conferiu grande honra a Abraão. An- Quando juízos estavam para cair sobre Sodo- belo exemplo de hospitalidade (VA, 73).
jos do Céu andavam e falavam com ele como ma, este fato não lhe foi oculto e ele se tornou
faz um amigo a outro (VA, 73). intercessor junto a Deus pelos pecadores. Sua
a Gênesis 19 b 45

em idade, e cessou de estar com Sara a maneira das 26 E o S­ enhor disse: Se eu achar em Sodoma cinquen-

Gn
mulheres. ta justos na cidade, então eu pouparei todo o lugar
12 Por isso, Sara riu dentro de si, dizendo: Depois de por causa deles.
tão envelhecida, eu terei prazer, e meu senhor sen- 27 E Abraão respondeu e disse: Eis que agora resolvi

do também velho? falar ao Senhor, que sou somente pó e cinzas.


13 E o S
­ enhor disse a Abraão: Por que Sara riu, dizen- 28 Se porventura faltarem cinco dos cinquenta jus-

do: É verdade que eu, que sou velha, gerarei uma tos, tu destruirás toda a cidade pela falta de cinco?
criança? E ele disse: Se eu achar ali quarenta e cinco, eu não
14 Há alguma coisa difícil demais para o S ­ enhor? No a destruirei.
tempo determinado, eu retornarei a ti, de acordo com 29 E falou-lhe mais uma vez e disse: Se porventura se

o tempo de vida, e Sara terá um filho. acharem quarenta ali. E ele disse: Não o farei por cau-
15 Então Sara negou, dizendo: Eu não ri, pois ela esta- sa dos quarenta.
va com medo. E ele disse: Não, mas tu riste. 30 E ele lhe disse: Oh! Não se ire o Senhor, e eu falarei:

Se porventura se acharem trinta ali. E ele disse: Não


Sodoma e Gomorra o farei, se eu encontrar trinta ali.
16 ¶
  E os homens se levantaram dali, e olharam pa- 31 E ele disse: Eis que agora ousei falar ao Senhor: Se
ra Sodoma; e Abraão foi com eles para levá-los ao porventura houver vinte ali. E ele disse: Não a des-
caminho. truirei por causa dos vinte.
17 E o ­Senhor disse: Eu ocultarei de Abraão as coisas 32 E ele disse: Oh! Não se ire o Senhor, e ainda eu fa-
que faço, larei somente esta vez. Se porventura se encontra-
18 vendo que Abraão certamente se tornará uma na-
rem dez ali. E ele disse: Não a destruirei por causa dos
ção grande e poderosa, e todas as nações da terra se- dez.
rão abençoadas nele? 33 E o S­ enhor foi pelo seu caminho, assim que deixou
19 Porque eu o conheço, que ele ordenará a seus filhos
de falar com Abraão, e Abraão retornou ao seu ­lugar.
e sua casa depois dele, e eles guardarão o caminho do
­Senhor, para fazer justiça e juízo, para que o S­ enhor Destruição de Sodoma e Gomorra
possa trazer sobre Abraão aquilo que dele tem falado.
20 E o ­Senhor disse: Porque o clamor de Sodoma e Go-

morra é grande, e porque o seu pecado é muito grave,


19 E vieram dois anjos a Sodoma ao entardecer; e
Ló estava sentado no portão de Sodoma. E Ló,
vendo-os, levantou-se para encontrá-los, e ele cur-
21 eu descerei agora e verei se eles fizeram segundo o vou-se com a sua face em direção a terra;
clamor que veio a mim, e se não, eu saberei. 2 e ele disse: Eis, agora, meus senhores, entrai, rogo-
22 E os homens voltaram as suas faces dali, e foram -vos, na casa de vosso servo, e ficai a noite toda, e la-
em direção a Sodoma, mas Abraão ainda estava em vai vossos pés, e levantareis cedo e ireis no vosso ca-
pé diante do S­ enhor. minho. E eles disseram: Não! Nós permaneceremos
23 ¶ E Abraão se aproximou e disse: Tu destruirás tam- na rua toda noite.
bém os justos com os ímpios? 3 E insistiu com eles grandemente, e foram com ele,
24 Se porventura houver cinquenta justos na cidade, e entraram em sua casa; e ele lhes fez um banquete,
tu destruirás também e não pouparás o lugar por cau- e assou pão ázimo, e eles comeram.
sa dos cinquenta justos que estão nela? 4 ¶ Mas antes que eles se deitassem, os homens da ci-
25 Esteja longe de ti fazer segundo essa maneira, ma- dade, até os homens de Sodoma, rodearam a casa to-
tar os justos com os ímpios; e que os justos sejam co- da, tanto velhos como os jovens, todo o povo de ca-
mo os ímpios, isso esteja longe de ti. Não fará justiça da quarteirão.
o Juiz de toda a terra? 5 E eles chamaram Ló, e lhe disseram: Onde estão os

18:12 Gn 17:17; 21:6; 1Pe 3:6 • 18:14 Jr 32:17,27; Lc 1:37 • 18:18 Gl 3:8 • 18:19 Dt 4:9,10; 6:7 • 18:23 Nm 16:22 • 18:24 Jr 5:1 • 18:25 Jó 8:3,20;
Is 3:10,11 • 18:27 Gn 2:7; 3:19 • 19:3 Gn 18:6 • 19:5 Jz 19:22; Rm 1:24‑27

18:19. O cumprimento das condições traz sob as quais Deus prometeu ser Sua força, eles seus lares (RH, 21/05/1895).
bênção – Se os pais cumprissem as condições não deixariam de receber a bênção divina em
46 a Gênesis 19 b

homens que vieram a ti esta noite? Traze-os fora até duas filhas, que estão aqui, para que não sejas consu-
nós, para que possamos conhecê-los. mido na iniquidade da cidade.
6 E Ló saiu à porta até eles, e fechou a porta atrás de si; 16 E enquanto ele demorava, os homens seguraram a
7 e disse: Rogo-vos, irmãos, que não venhais a agir tão sua mão e a mão de sua esposa, e a mão de suas duas
perversamente. filhas; o ­Senhor foi misericordioso com eles, e tiraram-
8 Eis que eu tenho duas filhas que não conheceram -no, e puseram-no fora da cidade.
homem. Suplico-vos, deixai que eu as traga a vós, e 17 ¶ E aconteceu que, quando os haviam trazido pa-

fazei a elas o que for bom aos vossos olhos; porém a ra fora dali, ele disse: Foge por tua vida, não olhes pa-
estes homens não façais nada; pois, eles vieram sob a ra trás, nem fiques em toda esta planície; foge para o
sombra do meu telhado. monte, para que não sejas consumido.
9 E eles disseram: Para trás. E eles disseram novamen- 18 E Ló lhes disse: Oh! Assim não, meu Senhor;

te: Este indivíduo veio aqui para peregrinar, e ele quer 19 eis que agora teu servo encontrou graça aos teus

ser juiz; agora agiremos pior contigo do que com eles. olhos, e tu magnificaste a tua misericórdia, que mos-
E pressionaram severamente sobre o homem, sobre traste ao salvar a minha vida, e eu não posso fugir
Ló, e chegaram perto de quebrar a porta. para o monte, para que o mal não me alcance, e eu
10 Mas os homens estenderam suas mãos, e puxaram morra.
Ló para dentro da casa até eles, e fecharam a porta. 20 Eis que esta cidade está próxima para fugir, e é pe-
11 E eles feriram os homens que estavam à porta da quena. Oh! Deixa que eu fuja para lá (não é peque-
casa com cegueira, tanto pequenos quanto grandes, na?) e minha alma viverá.
de modo que se cansaram tentando achar a porta. 21 E ele lhe disse: Vê, aceitei-te também com respei-
12 ¶ E os homens disseram a Ló: Tens mais alguém to a esta coisa, que eu não derrubarei esta cidade, pe-
aqui? Genro, e teus filhos e tuas filhas e qualquer um la qual tu falaste.
que tiveres na cidade? Traze-os para fora deste lugar. 22 Apressa-te, fuja para lá, pois eu não posso fazer coi-
13 Porque destruiremos este lugar, porque o clamor sa alguma até que tu chegues lá. Por isso se chamou
deles tem subido diante da face do ­Senhor, e o ­Senhor o nome da cidade Zoar.
nos enviou para destruí-lo. 23 ¶ O sol havia se levantado sobre a terra quando Ló
14 E Ló saiu, e falou a seus genros, que haviam casa- entrou em Zoar.
do com suas filhas, e disse: Levantai-vos, saí deste lu- 24 Então, o ­Senhor fez chover sobre Sodoma e sobre

gar, porque o S­ enhor destruirá esta cidade. Mas ele Gomorra enxofre e fogo do S­ enhor desde o céu.
parecia com alguém que zombava dos seus genros. 25 E ele derrubou aquelas cidades, e toda a planície, e
15 ¶ E quando a manhã surgiu, então os anjos apressa- todos os habitantes das cidades, e o que crescia sobre
ram Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua esposa, e tuas a terra.
19:9 Êx 2:14 • 19:12 Gn 7:1 • 19:13 1Cr 21:15 • 19:14 Nm 16:21 • 19:17 ver 26 • 19:24 Dt 29:23; Is 1:9; 13:19; Lc 17:29 • 19:26 ver 17; Lc 17:32

19:12-14. Sodoma passou dos limites da mi- 19:14. Ló foi ridicularizado por seus genros – custosas habitações, jardins e vinhedos, e as
sericórdia divina – Os sodomitas haviam ultra- Os genros de Ló estavam divertindo-se à custa multidões divertidas, à caça de prazeres, as
passado o limite da misericórdia, e antes da dos temores e advertências do velho, já de es- quais ainda na noite anterior insultaram os
destruição não lhes foi concedido mais luz. Se pírito enfraquecido (PP, 162). mensageiros do Céu – tudo foi consumido. O
o aviso tivesse passado por aquelas cidades 19:16. Ló paralisado – Ló ficou paralisa- fumo da conflagração subia como o fumo de
da planície e lhes tivesse sido informado exa- do diante das grandes calamidades que es- uma grande fornalha. E o belo vale de Sidim
tamente o que estava por vir, quem daria cré- tavam prestes a ocorrer; ficou assombra- tornou-se uma desolação, um lugar que nunca
dito? Eles não teriam aceitado a mensagem do de aflição diante da ideia de abandonar mais seria construído ou habitado, testemunha
mais do que os genros de Ló, e Deus sabia dis- tudo que considerava precioso no mundo a todas as gerações da certeza dos juízos de
so (Ms 19a, 1886). (T4, 111). Deus sobre os transgressores (PP, 162).
19:12-14. Ló teme sair de Sodoma por consi- 19:24. Desce fogo do céu e consome tudo – 19:24. A paciência de Deus tem limites – No
derá-la um lugar seguro para viver – Mas Ló, Súbita e inesperadamente, como se fora o es- exercício da longanimidade de Deus, Ele dá às
confuso e aterrorizado, alegava que não podia trondo de um trovão provindo de um céu sem nações um determinado período de graça, mas
fazer conforme lhe era exigido, para que não nuvens, desencadeou a tempestade. O Senhor há um ponto que, se for ultrapassado, haverá a
acontecesse surpreendê-lo algum mal e ele fez chover do céu enxofre e fogo sobre as cida- visitação de Deus em Sua indignação; Ele pu-
morresse (PP, 161). des e a fértil planície; seus palácios e templos, nirá (Materiais 1888 2, 52).
a Gênesis 20 b 47

26 ¶
  Mas a sua esposa olhou para trás por detrás dele, 35  E elas fizeram seu pai beber vinho naquela noite

Gn
e ela se tornou um pilar de sal. também; e a mais jovem se levantou, e deitou-se com
27 ¶ E Abraão levantou-se cedo de manhã e foi para ele, e ele não percebeu quando ela deitou, nem quan-
o lugar onde havia estado de pé diante do S­ enhor. do ela se levantou.
28 E ele olhou para Sodoma e Gomorra, e para toda a 36 Assim, as duas filhas de Ló conceberam de seu pai.

terra da planície, e eis que viu a fumaça da terra que 37 E a primogênita deu à luz um filho, e chamou seu

subia como fumaça de uma fornalha. nome Moabe; este mesmo é o pai dos moabitas até
29 ¶ E aconteceu que, quando Deus destruiu as cida- este dia.
des da planície, Deus lembrou-se de Abraão e retirou 38 E a mais jovem, ela também deu à luz um filho, e

Ló do meio da destruição, quando ele derrubou as ci- chamou seu nome Ben-Ami; este mesmo é o pai dos
dades em que Ló habitara. filhos de Amom até este dia.
Ló e suas filhas Abraão e Abimeleque
30 ¶
  E Ló subiu de Zoar, e habitou no monte, e suas
duas filhas com ele, pois ele temia habitar em Zoar;
e ele habitou em uma caverna, ele e suas duas filhas.
20 E Abraão viajou dali para a terra do sul, e habi-
tou entre Cades e Sur, e peregrinou em Gerar.
2 E Abraão disse de Sara, sua esposa: Ela é minha ir-
31 E a primogênita disse à mais jovem: Nosso pai está mã. E Abimeleque, rei de Gerar, enviou e tomou Sara.
velho, e não há homem na terra para entrar a nós, se- 3 Mas Deus veio a Abimeleque em um sonho à noi-

gundo a maneira de toda a terra; te, e lhe disse: Eis que és nada mais que um homem
32 vem, façamos nosso pai beber vinho, e deitaremos morto, pela mulher que tomaste, pois ela é a mulher
com ele, para que possamos preservar semente de de um homem.
nosso pai. 4 Mas Abimeleque não havia se aproximado dela. E ele
33 E elas fizeram seu pai beber vinho naquela noite; e a disse: Senhor, tu matarás também uma nação justa?
primogênita entrou e deitou com seu pai, e ele não per- 5 Não me disse ele: Ela é minha irmã? E ela também

cebeu quando ela deitou, nem quando ela se levantou. disse: Ele é meu irmão. Na integridade de meu cora-
34 E aconteceu que, no dia seguinte, a primogênita ção e na inocência das minhas mãos eu fiz isso.
disse à mais jovem: Eis que eu deitei com meu pai na 6 E Deus lhe disse em um sonho: Sim, eu sei que o fi-

noite passada; demos-lhe de beber vinho esta noite zeste na integridade de teu coração; pois também eu
também, e entra tu, e deita com ele, para que possa- te impedi de pecar contra mim; por isso não te per-
mos preservar a semente de nosso pai. miti tocá-la.
19:27 Gn 18:22 • 19:28 Ap 18:9 • 19:37 Dt 2:9 • 19:38 Dt 2:19 • 20:1 Gn 18:1 • 20:2 ver 12; Gn 12:13; 26:7

19:26. A letargia de Ló fez com que sua espo- 19:30. Ló teme ficar em Zoar e foge destituí- os moabitas e amonitas, foram tribos vis, idó-
sa saísse de Sodoma, mas com que Sodoma do de tudo para as montanhas – Apenas pou- latras, rebeldes a Deus, e inimigos de Seu povo
não saísse dela – Mas um dos fugitivos aven- co tempo habitou Ló em Zoar. A iniquidade pre- (PP, 167-168).
turou-se a lançar um olhar para trás, para a ci- valecia ali como em Sodoma, e ele temeu ficar A motivação de Ló era boa, mas insensata, e
dade condenada, e se tornou um monumento pelo receio de ser destruída a cidade. Não mui- condenou sua família – Quando Ló entrou em
do juízo de Deus. Se o próprio Ló não houvesse to tempo depois Zoar foi consumida, conforme Sodoma, inteiramente se propunha ele conser-
manifestado hesitação em obedecer à adver- fora o intuito de Deus (PP, 167). var-se livre da iniquidade, e ordenar a sua ca-
tência do anjo, antes tivesse ansiosamente fu- 19:31-38. As filhas de Ló estavam contami- sa depois dele. Mas, de maneira bem paten-
gido para as montanhas, sem uma palavra de nadas pelos pecados de Sodoma – Ló encami- te, fracassou. As influências corruptoras em
insistência ou súplica, sua esposa teria tam- nhou-se para as montanhas e habitou em uma redor dele tiveram efeito sobre sua fé, e a re-
bém podido escapar. A influência de seu exem- caverna, despojado de tudo aquilo por cujo lação de seus filhos para com os habitantes
plo tê-la-ia salvo do pecado que selou a sua amor ousara sujeitar sua família às influências de Sodoma ligaram até certo ponto seus inte-
sorte. Mas a hesitação e demora dele fizeram de uma cidade ímpia. Mas a maldição de So- resses com os deles. O resultado está diante
com que ela considerasse levianamente a ad- doma seguiu-o mesmo ali. A conduta pecami- de nós.
vertência divina. Ao mesmo tempo em que seu nosa de suas filhas foi o resultado das más as- Muitos ainda estão cometendo erro seme-
corpo estava sobre a planície, o coração apega- sociações naquele vil lugar. A corrupção moral lhante. Escolhendo um lar, olham mais para as
va-se a Sodoma, e ela pereceu com a mesma. da cidade se entretecera de tal maneira com vantagens temporais que podem adquirir do
Rebelara-se contra Deus porque Seus juízos en- o caráter delas que não podiam discernir en- que para as influências morais e sociais que
volviam na ruína as posses e os filhos (PP, 161). tre o bem e o mal. A única posteridade de Ló, cercarão a eles e suas famílias (PP,168).
48 a Gênesis 21 b
7 Agora, portanto, restitui ao homem sua mulher, pois 3 E Abraão chamou o nome de seu filho que lhe nas-
ele é um profeta, e ele orará por ti, e tu viverás; e se tu ceu, que Sara lhe concebeu, Isaque.
não a restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e 4 E Abraão circuncidou seu filho Isaque, sendo ele de

todos os que são teus. oito dias de idade, como Deus lhe ordenara.
8 Por isso, Abimeleque levantou-se cedo de manhã, 5 E Abraão era da idade de cem anos quando seu filho

e chamou todos os seus servos, e contou todas estas Isaque lhe nasceu.
coisas em seus ouvidos. E os homens temeram muito. 6 ¶ E Sara disse: Deus me fez rir, de modo que todos
9 Então Abimeleque chamou Abraão, e lhe disse: os que ouvirem rirão comigo.
O que nos fizeste? E em que eu te ofendi, para que 7 E ela disse: Quem teria dito a Abraão que Sara da-

trouxesses sobre mim e sobre meu reino um gran- ria de mamar a filhos? Pois eu lhe dei um filho em
de pecado? Tu fizeste-me coisas que não deviam sua velhice.
ser feitas.
10 E Abimeleque disse a Abraão: O que tu viste para A partida de Agar e Ismael
fazeres tal coisa?  E o menino cresceu, e foi desmamado. E Abraão fez
8

11 E Abraão disse: Porque pensei: Certamente o te- um grande banquete no mesmo dia em que Isaque
mor de Deus não está neste lugar, e eles me matarão foi desmamado.
9 ¶ E Sara viu o filho de Agar, a egípcia, que ela dera a
por causa de minha mulher.
12 E, na verdade, ela é minha irmã; ela é a filha de Abraão, zombando.
10 Por isso ela disse a Abraão: Lança fora esta serva e
meu pai, mas não a filha de minha mãe; e ela se tor-
nou minha mulher. seu filho, porque o filho dessa serva não será herdei-
13 E aconteceu que, quando Deus me fez peregrinar ro com meu filho, com Isaque.
11 E a coisa pareceu muito grave aos olhos de Abraão
desde a casa de meu pai, eu disse a ela: Esta é a bon-
dade que tu me mostrarás: em todo lugar aonde che- por causa de seu filho.
12 ¶ E Deus disse a Abraão: Não seja isso grave a tua
garmos, dirás de mim: Ele é meu irmão.
14 E Abimeleque tomou ovelhas, e bois, e servos, e ser-vista por causa do rapaz, e por causa da tua serva. Em
tudo que Sara disser, dá ouvidos à sua voz, porque em
vas, e os deu a Abraão, e lhe restituiu Sara, sua esposa.
15 E Abimeleque disse: Eis que a minha terra está dian-Isaque será chamada a tua semente.
13 E também do filho da serva eu farei uma nação, por-
te de ti; habita onde te agradar.
que ele é tua semente.
16 E a Sara ele disse: Eis que eu dei a teu irmão mil pe-
14 E Abraão se levantou cedo de manhã, e tomou pão,
ças de prata. Servirão de honra para ti, para todos os
que estão contigo e com todos os outros; assim ela e um odre de água, e os deu a Agar, pondo-os sobre o
foi repreendida. seu ombro, e ao filho, e a despediu. E ela partiu, e pe-
17 ¶ Então Abraão orou a Deus; e Deus curou Abi- regrinou pelo deserto de Berseba.
15 E a água do odre foi consumida, e ela colocou o fi-
meleque, e sua esposa, e suas servas; e elas geraram
filhos. lho debaixo de um dos arbustos.
18 Porque o S 16 E ela foi sentar-se em frente dele a boa distância,
­ enhor havia fechado totalmente os úte-
ros da casa de Abimeleque por causa de Sara, espo- como a de um tiro de arco. Pois ela disse: Que eu não
sa de Abraão. veja a morte da criança. E sentada em frente dele, le-
vantou sua voz e chorou.
O nascimento de Isaque 17 E Deus ouviu a voz do menino. E o anjo de Deus

21  E o S­ enhor visitou a Sara como ele dissera, chamou Agar desde o céu, e lhe disse: Que te aflige,
e fez o S­ enhor a Sara como ele tinha falado. Agar? Não temas, pois Deus ouviu a voz do menino
2 Pois Sara concebeu e gerou um filho a Abraão em de onde ele está.

sua velhice, no tempo estabelecido de que Deus lhe 18 Ergue-te, levanta o menino nos teus braços, pois fa-
falara. rei dele uma grande nação.
20:7 ver 17; 1Sm 7:5; Jó 42:8 • 20:11 Sl 36:1; Gn 12:12; 26:7 • 20:14 Gn 12:16 • 20:15 Gn 13:9 •  20:18 Gn 12:17 • 21:2 Gl 4:22; Hb 11:11 • 21:3
Gn 17:19 • 21:4 Gn 17:10,12; At 7:8 • 21:6 Gn 17:17 • 21:10 Gl 4:30 • 21:11 Gn 17:18 • 21:12 Rm 9:7; Hb 11:18 • 21:17 Êx 3:7
a Gênesis 22 b 49

19 E Deus abriu-lhe os olhos, e ela viu um poço de 31 Por isso, chamou aquele lugar Berseba, porque am-

Gn
água. E foi, e encheu o odre com água, e deu de be- bos juraram ali.
ber ao menino. 32 Assim, eles fizeram um pacto em Berseba; então le-
20 E Deus estava com o menino, e ele cresceu e habi- vantaram-se Abimeleque e Ficol, o capitão-chefe do
tou no deserto, e se tornou um arqueiro. seu exército, e eles retornaram à terra dos filisteus.
21 E ele habitou no deserto de Parã; e sua mãe lhe to- 33 ¶ E Abraão plantou um bosque em Berseba, e invo-

mou uma mulher da terra do Egito. cou ali o nome do S­ enhor, o Deus eterno.
34 E Abraão peregrinou na terra dos filisteus muitos
Pacto entre Abraão e Abimeleque dias.
22 ¶
  E aconteceu naquele tempo que Abimeleque e
Ficol, capitão-chefe de seu exército, falou a Abraão, Deus ordena a Abraão que sacrifique Isaque
dizendo: Deus está contigo em tudo que tu fazes;
23 por isso, agora, jura a mim por Deus que não agirás

falsamente comigo, nem com meu filho, nem com


22 E aconteceu depois destas coisas, que Deus
provou Abraão, e lhe disse: Abraão; e ele dis-
se: Eis-me aqui.
o filho de meu filho, mas, de acordo com a bondade 2 E ele disse: Toma agora o teu filho, teu único filho

que eu te fiz, tu farás comigo, e para com a terra na Isaque, a quem tu amas, e vai para a terra de Moriá,
qual peregrinaste. e oferece-o ali como oferta queimada sobre um dos
24 E Abraão disse: Eu jurarei. montes que eu te direi.
25 E Abraão repreendeu Abimeleque por causa de um 3 ¶ E Abraão levantou-se cedo de manhã e selou seu

poço de água, que os servos de Abimeleque tinham jumento, e tomou consigo dois de seus servos, e Isa-
tomado violentamente. que, seu filho, e cortou a lenha para a oferta quei-
26 E Abimeleque disse: Eu não sei quem fez isso, nem mada, e se levantou e foi para o lugar que Deus lhe
tampouco me contaste, nem ouvi a respeito disso, a dissera.
não ser hoje. 4 Então, no terceiro dia, Abraão levantou seus olhos,
27 E Abraão tomou ovelhas e bois, e os deu a Abime- e viu o lugar de longe.
leque, e os dois fizeram um pacto. 5 E Abraão disse aos seus servos: Ficai aqui com o ju-
28 E Abraão pôs à parte sete cordeiras do rebanho. mento, e eu e o menino vamos adiante para adorar,
29 E Abimeleque disse a Abraão: O que significam es- e voltaremos a vós.
sas sete cordeiras que puseste à parte? 6 E Abraão pegou a lenha da oferta queimada, e a co-
30 E ele disse: Estas sete cordeiras tomarás da minha locou sobre Isaque, seu filho; e ele tomou o fogo em
mão, para que sejam uma testemunha para mim de sua mão, e uma faca; e foram os dois juntos.
que eu cavei este poço. 7 E Isaque falou a Abraão, seu pai, e disse: Meu pai,

21:20 Gn  28:15 • 21:21 Gn  24:4,38 • 21:25 Gn  26:15,18, 20‑22 • 21:27 Gn  26:28,31 • 21:30 Gn  31:44,47, 48,50,52 • 22:1 Dt  8:2,16; Hb  11:17;
Tg 1:12,13 • 22:2 Jo 3:16 • 22:6 Jo 19:17

21:21. Ismael se voltou para o verdadeiro um incômodo e aflição aos descendentes de onipotente Protetor, são vencidos. Eles sepa-
Deus no fim de sua vida – Os primeiros ensi- Isaque (PP, 174). ram-se de Deus. Não dão evidências de que an-
nos de Abraão não foram destituídos de efeito 22:1. Deus permitiu certas circunstâncias pa- dam no caminho de Deus (ST, 27/05/1897).
sobre Ismael, mas a influência de suas mulhe- ra os provarem (Tg 1:13) – O que é tentação? É 22:1. Quando Abraão recebeu essa terrível in-
res teve como resultado estabelecer a idolatria o meio pelo qual aqueles que afirmam ser filhos cumbência, ele tinha cento e vinte anos e Isa-
em sua família. Separado do pai, e amargurado de Deus são examinados e provados. Lemos que que vinte – No tempo em que recebeu esta or-
pela contenda e discórdia de um lar destituído Deus provou a Abraão; que provou os filhos de dem, havia Abraão atingido a idade de cento e
do amor e temor de Deus, Ismael foi compelido Israel (Gn 22:1; Dt 13:3). Isso significa que Ele vinte anos. Era considerado como homem ido-
a escolher a vida selvagem e pilhante de che- permitiu que as circunstâncias existissem pa- so, mesmo em sua geração (PP, 147).
fe do deserto, sendo sua mão contra todos e a ra provar-lhes a fé e fossem levados a procurar 22:2. O sacrifício de Isaque é um emblema do
mão de todos contra ele (Gn 16:12). Em seus Sua ajuda. Deus permite que a tentação venha sacrifício de Jesus – Ali estava o Monte Moriá,
últimos dias arrependeu-se de seus maus ca- ao seu povo hoje para que eles possam enten- onde o filho da promessa, como vítima submis-
minhos e voltou ao Deus de seu pai; mas per- der que Ele é seu ajudador. Se eles se aproxi- sa, havia sido ligado ao altar — emblema da
maneceu o cunho de caráter dado à sua poste- mam dEle quando são tentados, Ele os fortalece oferenda do Filho de Deus (GC, 18).
ridade. A poderosa nação que dele descendera para enfrentar a tentação. Mas caso se rendam 22:4. Três dias de agonia – Durante todo o
foi um povo turbulento, gentio, que sempre foi ao inimigo, descuidando de estar próximo ao dia Abraão esperou que um anjo viesse para
50 a Gênesis 22 b

e ele disse: Aqui estou, meu filho. E ele disse: Eis o 10  E Abraão estendeu sua mão, e tomou a faca para
fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para a ofer- imolar seu filho.
ta queimada? 11 E o anjo do S
­ enhor o chamou do céu e disse: Abraão,
8 E Abraão disse: Meu filho, Deus proverá para si um Abraão; e ele disse: Aqui estou.
cordeiro para a oferta queimada; então foram os dois 12 E ele disse: Não ponhas a tua mão sobre o menino,

juntos. nem faças alguma coisa com ele. Porque agora eu sei
9 E eles chegaram ao lugar de que Deus lhe dissera; que temes a Deus, vendo que não negaste a mim teu
e Abraão construiu ali um altar, e pôs em ordem a le- filho, teu único filho.
nha, e amarrou Isaque, seu filho, e o pôs no altar so- 13 E Abraão levantou seus olhos, e olhou, e eis detrás

bre a lenha. dele um carneiro, preso pelos chifres em um arbusto;


22:12 ver 2; Jo 3:16 • 22:13 Rm 8:32

abençoá-lo e confortá-lo, ou talvez revogar o e oferece-o ali como oferta queimada sobre mesmo. Fora-lhe dada a ordem: “Toma agora
mandato de Deus; mas nenhum mensageiro de um dos montes que Eu te direi” (Gn 22:2). E o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem
misericórdia apareceu... um segundo longo dia Abraão obedeceu a Deus. Não buscou con- amas, e oferece-o... em holocausto” (Gn 22:2).
concluiu-se, outra noite em vigília é dedicada sultar os seus sentimentos, porém, com no- Sobre o altar do sacrifício, depôs ele o filho da
à humilhação e oração, e começa então a jor- bre fé, preparou-se para jornada, confiando promessa, o filho em quem se concentravam
nada do terceiro dia (VA, 79). em Deus... Oh! Que prova para o fiel pai! Os suas esperanças... Essa terrível prova foi impos-
22:9. A integridade de Abraão foi a causa da anjos maravilharam-se contemplando aquela ta a Abraão, a fim de poder ver o dia de Cristo e
submissão de Isaque – Isaque é amarrado pe- cena (T1, 454). compreender o grande amor de Deus para com
las mãos trementes e amorosas do compassivo 22:12. Toda dádiva pertence ao Senhor – A o mundo, tão grande que, para erguê-lo da de-
pai, porque assim o dissera Deus. O filho sub- prova de Abraão foi a mais rigorosa que pode- gradação, entregou Seu único Filho a tão ver-
mete-se ao sacrifício, porque acredita na inte- ria sobrevir a um ser humano. Se falhasse nela, gonhosa morte (DTN, 468-469).
gridade de seu pai. ... Esse ato de fé da parte de ele nunca teria sido apresentado à humanida- Isaque, um símbolo de Cristo – Deus preten-
Abraão é registrado para nosso benefício. Ensi- de como o pai dos fiéis. Se tivesse se desviado dia que a oferta de Isaque prefigurasse o sacri-
na-nos a grande lição de confiança nas reivin- da ordem de Deus, o mundo teria perdido um fício de Seu Filho. Isaque era um símbolo do
dicações de Deus, por mais rigorosas e pungen- exemplo inspirador de fé e obediência sem re- Filho de Deus, oferecido como sacrifício pelos
tes que sejam; e isso ensina aos filhos perfeita servas. A lição foi dada para brilhar através dos pecados do mundo. Deus desejava impressio-
submissão a seus pais e a Deus. Pela obediên- séculos, para que aprendamos que nada é pre- nar Abraão com o evangelho da salvação pa-
cia de Abraão, é-nos ensinado que coisa algu- cioso demais para ser negado a Deus. Quan- ra os homens; a fim de transformar a verda-
ma é demasiado preciosa para darmos ao Se- do consideramos que cada dom pertence ao de em realidade e provar sua fé solicitou Ele
nhor (OC, 225). Senhor, para ser usado em Seu serviço, garan- que Abraão matasse seu amado Isaque. Toda a
22:10-12. O Céu aplaudiu a fidelidade de timos a bênção celestial. Devolva a Deus os agonia que Abraão sofreu durante aquela prova
Abraão – Deus desejou provar a lealdade de bens que Ele lhe confiou, e mais lhe serão con- sombria e terrível teve o propósito de impres-
Seu servo perante todo o Céu para demonstrar fiados. Guarde seus bens para si mesmo, e vo- sionar profundamente seu entendimento acer-
que nada menos que perfeita obediência pode cê não receberá nenhuma recompensa nesta ca do plano de redenção para o homem caído.
ser aceita, e para patentear de maneira mais vida, e perderá a recompensa da vida futura Ele foi levado a entender, em sua própria expe-
ampla, perante eles, o plano da salvação. Seres (YI, 06/06/1901). riência, quão grande era a abnegação do Deus
celestiais foram testemunhas daquela cena em 22:13. O cordeiro tipificava Cristo – Ninguém, infinito em dar a Seu Filho para salvar o ho-
que a fé de Abraão e a submissão de Isaque fo- dentre os ouvintes, nem mesmo o que as pro- mem da ruína (YI, 01/03/1900).
ram provadas. A prova foi muito mais severa do ferira, discerniu a importância dessas palavras: No cordeiro provido em lugar de Isaque, viu
que aquela a que Adão havia sido submetido. A “O Cordeiro de Deus”. Sobre o monte Moriá, Abraão um símbolo dAquele que morreria pelos
conformação com a proibição imposta a nos- ouvira Abraão a pergunta do filho: “Meu pai, pecados da humanidade (DTN, 112).
sos primeiros pais não envolvia sofrimentos; onde está o cordeiro para o holocausto?” O O memorial monte Moriá – Estava ali o mon-
mas a ordem dada a Abraão exigia o mais an- pai respondera: “Deus proverá para Si o cor- te Moriá, onde o filho da promessa, como sub-
gustioso sacrifício. O Céu inteiro contemplava deiro para o holocausto, meu filho” (Gn 22:7 missa vítima, havia sido ligado ao altar, uma
com espanto e admiração a estrita obediência e 8). E no cordeiro divinamente provido em lu- representação da oferenda do Filho de Deus
de Abraão. O Céu todo aplaudiu sua fidelida- gar de Isaque, Abraão viu um símbolo dAque- (GC, 18).
de. As acusações de Satanás demonstraram- le que havia de morrer pelos pecados dos ho- O amplo benefício da prova requerida de
-se falsas (PP, 155). mens (DTN, 68). Abraão – O sacrifício exigido de Abraão não foi
22:10-12. Um espetáculo para o Universo 22:13. Abraão desejava ver o dia de Cristo – somente para seu próprio bem, nem apenas
expectante comtemplar – Foi me apresen- Abraão desejara grandemente ver o prometi- para o benefício das gerações que se segui-
tado o caso de Abraão. Deus lhe disse: “To- do Salvador... Foi-lhe dada uma visão do divi- ram; mas também foi para instrução dos se-
ma agora o teu filho, teu único filho Isaque, no sacrifício pelo pecado. Desse sacrifício tinha res destituídos de pecado, no Céu e em outros
a quem tu amas, e vai para a terra de Moriá, ele uma ilustração no que se passara consigo mundos (PP, 154).
a Gênesis 23 b 51

e Abraão foi e tomou o carneiro, e o ofereceu como 6 Ouve-nos, meu senhor; tu és um príncipe poderoso

Gn
oferta queimada no lugar de seu filho. entre nós; na escolha dos nossos sepulcros, sepulta
14 E Abraão chamou o nome daquele lugar: Jeová-Ji- a tua falecida; ninguém de nós reterá de ti seu sepul-
ré, como se diz até este dia: No monte do S­ enhor ele cro, para que possas sepultar a tua falecida.
será visto. 7 E Abraão levantou-se e curvou-se diante do povo da
15 ¶ E o anjo do S
­ enhor chamou a Abraão do céu uma terra, aos filhos de Hete.
segunda vez, 8 E falou com eles, dizendo: Se é de vossa vontade que
16 e disse: Por mim mesmo jurei, diz o ­Senhor, pois eu sepulte a minha falecida distante da minha vista,
porque tu fizeste tal coisa, e não negaste teu filho, ouvi-me e intercedei por mim a Efrom, filho de Zoar;
teu único filho; 9 para que ele possa me dar a caverna de Macpela, que
17 em bênção eu te abençoarei, e em multiplicação eu ele tem, que está na extremidade do seu campo; pois
multiplicarei tua semente como as estrelas do céu, e não importa o preço que custe, ele me dará como pos-
como a areia que está sobre a beira do mar; e a tua se- se para lugar de sepultamento entre vós.
mente possuirá o portão dos seus inimigos; 10 E Efrom habitava entre os filhos de Hete, e Efrom,
18 e em tua semente todas as nações da terra serão
o heteu, respondeu a Abraão aos ouvidos dos filhos
abençoadas, porque tu obedeceste à minha voz. de Hete, de todos os que entravam pela porta da ci-
19 Então Abraão voltou aos seus servos, e eles se le-
dade, dizendo:
vantaram e foram juntos a Berseba; e Abraão habi- 11 Não, meu senhor, ouve-me: O campo eu te dou, e
tou em Berseba. a caverna que está nele, eu a dou para ti; na presen-
ça dos filhos do meu povo eu te dou; sepulta a tua
Os filhos de Naor
20 ¶
falecida.
  E depois destas coisas, comunicaram a Abraão, 12 E Abraão curvou-se diante do povo da terra.
dizendo: Eis que Milca, ela também gerou filhos a 13 E ele falou a Efrom aos ouvidos do povo da terra,
teu irmão Naor.
21 Uz, seu primogênito, e Buz, seu irmão, e Quemuel,
dizendo: Mas se tu o deres, te suplico, ouve-me: Dar-
-te-ei dinheiro pelo campo; toma-o de mim, e eu se-
o pai de Arã,
22 e Quésede, e Hazo, e Pildas, e Jidlafe, e Betuel.
pultarei ali a minha falecida.
14 E Efrom respondeu a Abraão, dizendo lhe:
23 E Betuel gerou Rebeca; estes oito Milca deu a Naor,
15 Meu senhor, ouve-me, a terra vale quatrocentos si-
irmão de Abraão.
24 E a sua concubina, cujo nome era Reumá, lhe ge-
clos de prata; o que é isso entre mim e ti? Por isso, se-
rou também Tebá, e Gaã, e Taás, e Maaca. pulta tua falecida.
16 E Abraão ouviu a Efrom; e Abraão pesou a prata pa-

Morte e sepultamento de Sara ra Efrom, da qual ele tinha falado aos ouvidos dos fi-

23 E Sara tinha cento e vinte e sete anos de idade;


estes foram os anos da vida de Sara.
2 E Sara morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom,
lhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, dinheiro
corrente entre os mercadores.
17 ¶ E o campo de Efrom, que estava em Macpela, que

na terra de Canaã; e Abraão veio lamentar por Sara, estava diante de Manre, o campo e a caverna que es-
e chorar por ela. tava nele, e todas as árvores que estavam no campo,
3 ¶ E Abraão levantou-se de diante de seu corpo, e fa- que estavam em todas as extremidades ao redor, fo-
lou aos filhos de Hete, dizendo: ram confirmados,
4 Eu sou um estrangeiro e peregrino convosco; dai- 18 para Abraão como possessão na presença dos filhos

-me a posse de um lugar de sepultamento convosco, de Hete, diante de todos os que entravam no portão
para que eu possa sepultar a minha falecida de dian- da cidade.
te da minha vista. 19 E depois disso, Abraão sepultou Sara, sua esposa,
5 E os filhos de Hete responderam a Abraão, dizendo- na caverna do campo de Macpela, diante de Manre,
-lhe: que é Hebrom na terra de Canaã.
22:16 Hb 6:13 • 22:17 Hb 6:14; Gn 15:5; • Gn 26:24 • 22:17 Gn 24:60 • 22:18 At 3:25; Gl 3:8 • 22:23 Gn 24:15 • 23:2 Js 14:15 • 23:4 Sl 105:12;
Hb 11:9,13 • 23:6 • Gn 14:14-16; 24:35 • 23:10 Rt 4:4 • 23:16 Jr 32:9 • 23:17 Gn 25:9; 49:30-32; 50:13
52 a Gênesis 24 b

20  E o campo, e a caverna que está nele, foram con- rogo-te, dá-me bom êxito neste dia, e mostra bonda-
firmados a Abraão pelos filhos de Hete para posse de de para com meu senhor Abraão.
um lugar de sepultamento. 13 Eis que eu estou em pé aqui junto ao poço de água;

e as filhas dos homens da cidade saem para tirar água;


Abraão busca esposa para Isaque 14 E seja, pois, que a donzela a quem eu disser: Inclina

24 E Abraão era velho e bem avançado em ida- o teu cântaro e beberei, e ela responder: Bebe, e tam-
de; e o ­Senhor havia abençoado Abraão em bém darei de beber aos teus camelos, essa seja a que
todas as coisas. designaste para o teu servo Isaque, e por ela saberei
2 E Abraão disse ao servo mais velho de sua casa, que
que tens misericórdia para com meu senhor.
governava sobre tudo o que ele tinha: Rogo-te que po- 15 ¶ E aconteceu que, antes que ele terminasse de fa-
nhas tua mão debaixo da minha coxa; lar, eis que saiu Rebeca, que era nascida a Betuel, fi-
3 e eu te farei jurar pelo S
­ enhor, o Deus do céu, e o lho de Milca, esposa de Naor, irmão de Abraão, com
Deus da terra, que tu não tomarás mulher para meu seu cântaro sobre seu ombro.
filho dentre as filhas dos cananeus, entre os quais 16 E a donzela era muito formosa à vista, uma virgem,
eu habito; nem homem algum a conhecia, e ela desceu ao poço,
4 mas irás à minha terra, e à minha parentela, e toma-
e encheu seu cântaro, e subiu.
rás uma mulher para meu filho Isaque. 17 E o servo correu para encontrá-la, e disse: Permite-
5 E o servo lhe disse: Se porventura a mulher não qui-
-me, rogo-te, beber um pouco da água de teu cântaro.
ser seguir-me para esta terra, eu deixarei levar teu fi- 18 E ela disse: Bebe, meu senhor; e ela se apressou
lho novamente para a terra de onde tu vieste? e abaixou seu cântaro sobre sua mão, e lhe deu de
6 E Abraão lhe disse: Cuida para que não leves meu fi-
beber.
lho para lá novamente. 19 E, acabando ela de lhe dar de beber, disse: Eu tam-
7 ¶ O S ­ enhor Deus do céu, que me tirou da casa de bém tirarei água para os teus camelos, até que te-
meu pai, e da terra de minha parentela, e que falou nham bebido.
comigo, e que jurou para mim, dizendo: À tua semen- 20 E ela se apressou e esvaziou o seu cântaro no co-
te eu darei esta terra, ele enviará o seu anjo adiante cho, e correu novamente para o poço para tirar água,
de ti, e tu tomarás para o meu filho uma mulher de lá. e tirou para todos os seus camelos.
8 E se a mulher não quiser te seguir, então tu estarás 21 E o homem estava admirado de vê-la, e ficou em

livre deste meu juramento; somente não leves o meu paz, para saber se o S­ enhor havia feito prosperar sua
filho para lá novamente. viagem ou não.
9 E o servo colocou sua mão debaixo da coxa de 22 E aconteceu que, quando os camelos haviam acaba-

Abraão, seu senhor, e jurou a ele acerca deste assunto. do de beber, que o homem tomou um brinco de ouro
10 ¶ E o servo tomou dez camelos dos camelos do seu de meio siclo de peso, e dois braceletes para as mãos

senhor, e partiu; pois todos os bens de seu senhor es- dela, do peso de dez siclos de ouro.
tavam em suas mãos. E ele se levantou, e foi à Meso- 23 E disse: De quem tu és filha? Dize-me, suplico-te.
potâmia, para a cidade de Naor. Há lugar na casa de teu pai para nos alojarmos?
11 E ele fez seus camelos se ajoelharem fora da cida- 24 E ela lhe disse: Eu sou a filha de Betuel, filho de Mil-

de, junto a um poço de água na hora da tarde, a hora ca, o que deu à luz a Naor.
em que as mulheres saem para tirar água. 25 E ela disse além disso a ele: Nós temos tanto palha
12 E ele disse: Ó ­Senhor Deus de meu senhor Abraão, quanto forragem suficientes, e lugar para se alojar.

24:1 ver 35 • 24:3 Gn 14:19 • 24:4 Gn 12:1 • 24:7 Gl 3:16; Gn 12:7; 13:15; Êx 23:20,23 • 24:11 ver 13; 1Sm 9:11 • 24:12 ver 27,42,48; Gn 26:24;
Êx 3:6,15,16 • 24:15 Gn 22:23 • 24:16 Gn 26:7

24:1-3. Abraão entendia muito bem os resul- 24:7. Abraão escolhe um homem de discer- e fiel serviço... “O Senhor, Deus do Céu”, disse
tados de um casamento equivocado – Para nimento para buscar uma esposa pra Isa- ele, “que me tirou da casa de meu pai e da ter-
Abraão, a escolha de uma esposa para seu fi- que – Abraão confiou este importante assun- ra da minha parentela... Ele enviará o Seu anjo
lho era um assunto de suma importância, ele to “ao servo mais velho de sua casa” [Eliézer] adiante de ti” (Gn 24:7) (VA, 81).
anelava que seu filho se casasse com alguém (Gn 24:2), homem de piedade, experiência, e
que não o afastasse de Deus (VA, 80). juízo são, que lhe havia prestado prolongado
a Gênesis 24 b 53

26 E o homem curvou sua cabeça, e adorou ao S­ enhor. fores à minha parentela; e se eles não te derem uma,

Gn
27 E ele disse: Bendito seja o S­ enhor Deus de meu se- estarás livre do meu juramento.
nhor Abraão, que não deixou desamparado meu se- 42 E eu vim neste dia para este poço, e disse: Ó ­Senhor

nhor sem misericórdia e verdade. Eu estando no ca- Deus de meu senhor Abraão, se agora tu fizeres pros-
minho, o S­ enhor me conduziu à casa dos irmãos de perar o caminho em que eu ando,
meu senhor. 43 eis que estou em pé junto ao poço de água, e acon-
28 E a donzela correu, e contou aos da casa de sua tecerá que, quando uma virgem vier para tirar água,
mãe estas coisas. e eu disser a ela: Dá-me, rogo-te, um pouco de água
29 ¶ E Rebeca tinha um irmão, e seu nome era Labão; de teu cântaro para beber,
e Labão correu até o homem, junto ao poço. 44 e ela me disser: Bebe tu, e eu tirarei também para
30 E aconteceu que, quando ele viu o brinco e os bra- teus camelos, seja esta a mulher que o S­ enhor desig-
celetes nas mãos de sua irmã, e quando ele ouviu as nou para o filho de meu senhor.
palavras de Rebeca, sua irmã, dizendo: Assim falou 45 E antes que eu tivesse acabado de falar em meu co-

o homem comigo, que ele veio ao homem, e eis que ração, eis que Rebeca veio com seu cântaro no seu
ele estava em pé junto aos camelos diante do poço. ombro, e ela desceu ao poço e tirou água. E eu lhe dis-
31 E ele disse: Vem, bendito do S ­ enhor. Por que es- se: Permite-me que eu beba, rogo-te.
tás em pé aí fora? Pois eu preparei a casa, e lugar pa- 46 E ela se apressou, e baixou seu cântaro de seu om-

ra os camelos. bro, e disse: Bebe, e eu darei de beber também aos


32 ¶ E o homem entrou na casa, e ele desatou os seus teus camelos. Assim eu bebi, e ela fez os camelos be-
camelos, e deu palha e forragem aos camelos, e água berem também.
para lavar seus pés, e os pés dos homens que esta- 47 E eu lhe perguntei, e disse: De quem tu és filha? E

vam com ele. ela disse: A filha de Betuel, filho de Naor, que Milca
33 E foi posto alimento diante dele para comer, mas lhe deu, e eu coloquei o brinco sobre a sua face, e os
ele disse: Não comerei, até que eu tenha dito a minha braceletes nas suas mãos.
incumbência. E ele disse: Fala. 48 E eu curvei a minha cabeça, e adorei ao S ­ enhor, e
34 E ele disse: Eu sou o servo de Abraão. bendisse ao S­ enhor, Deus do meu senhor Abraão, que
35 E o ­Senhor abençoou meu senhor grandemente, havia me conduzido no caminho certo para tomar a
e ele tornou-se grande; e ele lhe deu rebanhos, e ga- filha do irmão de meu senhor para seu filho.
do, e prata, e ouro, e servos, e servas, e camelos e 49 E agora, se quiserdes agir de forma bondosa e verda-

jumentos. deira com meu senhor, dizei-mo; e se não, dizei-mo, pa-


36 E Sara, esposa de meu senhor, deu um filho a meu ra que eu possa tornar para a direita ou para a esquerda.
senhor quando ela já estava velha, e a ele deu ele tu- 50 Então Labão e Betuel responderam e disseram: A

do que possui. coisa procede do S­ enhor; não podemos falar-te mal


37 E meu senhor me fez jurar, dizendo: Tu não toma- ou bem.
rás mulher para meu filho dentre as filhas dos cana- 51 Eis que Rebeca está diante de ti, toma-a e vai. E dei-

neus, em cuja terra eu habito; xa que ela seja a mulher do filho de teu senhor, como
38 mas tu irás à casa de meu pai, e à minha parentela, o S­ enhor disse.
para tomar uma mulher para meu filho. 52 E aconteceu que, quando o servo de Abraão ou-
39 E eu disse ao meu senhor: E se porventura a mulher viu as palavras deles, adorou ao S­ enhor, curvando-
não quiser me seguir. -se à terra.
40 E ele me disse: O ­Senhor, diante de quem eu ando, 53 E o servo trouxe joias de prata, e joias de ouro, e

enviará seu anjo contigo, e prosperará o teu caminho; vestes e os deu a Rebeca, e ele deu coisas preciosas
e tu tomarás uma mulher para meu filho da minha pa- também ao seu irmão e à sua mãe.
rentela, e da casa de meu pai. 54 E eles comeram e beberam, ele e os homens que
41 Então tu estarás livre deste meu juramento, quando estavam com ele, e passaram toda a noite. E se
24:26 ver 48,52 • 24:29 ver 4; Gn 29:5,12,13 •  24:31 Gn 26:29 • 24:32 Gn 43:24; Jz 19:21 • 24:35 ver 1 • 24:36 Gn 21:2,10; Gn 25:5 • 24:37 ver 3
• 24:39 ver 5 • 24:40 ver 7 • 24:41 ver 8 • 24:42 ver 12 • 24:43 ver 13 • 24:45 1Sm 1:13;•  ver 15 • 24:48 ver 26 • 24:49 Gn 47:29; Js 2:14 • 24:50
Sl 118:23; Gn 31:7,24, 29,42 • 24:52 ver 26 • 24:54 ver 56,59
54 a Gênesis 25 b

levantaram de manhã, e ele disse: Enviai-me a meu 5¶


  E Abraão deu tudo o que ele tinha para Isaque.
senhor. 6 Mas aos filhos das concubinas, que Abraão tinha,
55 E o irmão dela e a sua mãe disseram: Deixa que a Abraão deu presentes, e ainda em vida os enviou
donzela fique conosco alguns dias, pelo menos dez, para longe de seu filho Isaque, ao leste, para a ter-
e depois disso, ela irá. ra oriental.
56 E ele lhes disse: Não me detenhais, vendo que o

­Senhor tem prosperado o meu caminho. Enviai-me Morte e sepultamento de Abraão


para que eu possa ir ao meu senhor. 7 E estes são os dias dos anos da vida de Abraão, que
57 E eles disseram: Chamaremos a donzela, e pergun- ele viveu, cento e setenta e cinco anos.
8 Então Abraão entregou o espírito, e morreu em boa
taremos de sua boca.
58 E eles chamaram Rebeca, e lhe disseram: Tu queres velhice, um homem velho, e cheio de anos. E foi re-
ir com este homem? E ela disse: Eu irei. unido ao seu povo.
59 E eles enviaram Rebeca, sua irmã, e sua ama, e o 9 E seus filhos, Isaque e Ismael, o sepultaram na ca-

servo de Abraão, e seus homens. verna de Macpela, no campo de Efrom, filho de Zoar,
60 E eles abençoaram Rebeca, e lhe disseram: Tu és o heteu, que está diante de Manre;
nossa irmã, seja a mãe de milhares de milhões, e que 10 no campo que Abraão comprou dos filhos de Hete,

a tua semente possua o portão dos que te odeiam. ali foi Abraão sepultado, e Sara, sua esposa.
61 ¶ E Rebeca se levantou, e suas donzelas, e monta- 11 ¶ E aconteceu que, depois da morte de Abraão,

ram em seus camelos, e seguiram o homem. E o ser- Deus abençoou seu filho Isaque, e Isaque habitou
vo tomou Rebeca, e foi pelo seu caminho. junto ao poço Beer-Laai-Rói.
62 E Isaque veio do caminho do poço Beer-Laai-Rói,

pois ele habitava na terra do sul. Os descendentes de Ismael


63 E Isaque saiu para meditar no campo ao anoitecer.   Agora, estas são as gerações de Ismael, filho de
12 ¶

E ele levantou seus olhos, e viu, e eis que os camelos Abraão, que Agar, a egípcia, serva de Sara, gerou pa-
estavam vindo. ra Abraão,
64 E Rebeca levantou seus olhos, e quando ela viu Isa- 13 e estes são os nomes dos filhos de Ismael, pelos seus

que, desceu do camelo, nomes, de acordo com suas gerações: O primogênito


65 pois ela havia dito ao servo: Que homem é este de Ismael era Nebaiote, e Quedar, e Adbeel, e Mibsão,
14 e Misma, e Dumá, e Massá,
que anda no campo ao nosso encontro? E o servo ha-
15 e Hadade, e Tema, e Jetur, e Nafis, e Quedemá.
via dito: É meu senhor. Por isso, ela tomou um véu
16 Estes são os filhos de Ismael, e estes são seus no-
e se cobriu.
66 E o servo contou a Isaque todas as coisas que ele mes, pelas suas aldeias, e pelas suas fortalezas; doze
havia feito. príncipes de acordo com suas nações.
67 E Isaque a levou para a tenda de Sara, sua mãe, e to- 17 E estes são os anos da vida de Ismael, cento e trinta

mou Rebeca, e ela se tornou sua esposa. E ele a amou, e sete anos, e ele entregou o espírito e morreu, e foi
e Isaque foi confortado após a morte de sua mãe. reunido ao seu povo.
18 E eles habitaram desde Havilá até Sur, que está em
Os descendentes de Abraão e Quetura frente ao Egito, quando se vai para a Assíria. E ele

25 Então Abraão tomou novamente uma mulher, morreu na presença de todos os seus irmãos.
e o seu nome era Quetura.
2 E ela lhe gerou Zinrã, e Jocsã, e Medã, e Midiã, e Jis- Nascimento de Jacó e Esaú
baque, e Suá. 19 ¶ E estas são as gerações de Isaque, filho de Abraão;
3 E Jocsã gerou Seba e Dedã; e os filhos de Dedã foram Abraão gerou Isaque.

Assurim, e Letusim, e Leumim. 20 E Isaque era da idade de quarenta anos quando ele
4 E os filhos de Midiã foram Efá, e Efer, e Enoque, e tomou como esposa Rebeca, filha de Betuel, o sírio

Abida, e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura. de Padã-Arã, irmã de Labão, o sírio.
24:59 Gn 35:8 • 24:60 Gn 17:16; Gn 22:17 • 24:62 Gn 16:14; 25:11 • 24:63 Sl 1:2; 77:12; 119:15,27,48, 97,148; 143:5 •  25:5 Gn 24:36 • 25:8 Gn 15:15;
Gn 35:29; 49:29,33 • 25:10 Gn 23:16 • 25:12 Gn 16:15 • 25:16 Gn 17:20 • 25:17 ver 8 • 25:18 Gn 16:12 • 25:20 Gn 24:29
a Gênesis 26 b 55

21  E Isaque intercedeu ao S­ enhor pela sua esposa, por- 32 E Esaú disse: Eis que eu estou a ponto de morrer,

Gn
que ela era estéril. E o ­Senhor ouviu a intercessão de- de que me serve essa primogenitura?
le, e Rebeca, sua esposa, concebeu. 33 E Jacó disse: Jura-me neste dia. E ele lhe jurou, e
22 E os filhos lutavam dentro dela, e ela disse: Se é vendeu sua primogenitura a Jacó.
assim, por que sou eu assim? E ela foi consultar ao 34 Então Jacó deu a Esaú pão e ensopado de lentilhas.

­Senhor. E ele comeu e bebeu, e se levantou, e foi pelo seu ca-


23 E o ­Senhor lhe disse: Duas nações estão no teu ven- minho. Assim Esaú desprezou sua primogenitura.
tre, e dois tipos de povos se dividirão das tuas entra-
nhas; e um povo será mais forte do que o outro povo, Isaque e Abimeleque
e o mais velho servirá ao mais novo.
24 ¶ E cumprindo os seus dias para dar à luz, eis que 26 E houve fome na terra, além da primeira fome
que houve nos dias de Abraão. E Isaque foi a
Abimeleque, rei dos filisteus, até Gerar.
havia gêmeos em seu ventre.
2 E o ­Senhor apareceu a ele, e disse: Não desças ao Egi-
25 E o primeiro saiu ruivo, todo ele peludo como uma

veste de pelo, e chamaram o seu nome Esaú. to. Habita na terra que eu te direi.
3 Peregrina nesta terra, e eu serei contigo, e te aben-
26 E depois dele veio seu irmão, e sua mão segurou

no calcanhar de Esaú, e seu nome foi chamado Ja- çoarei; pois a ti, e à tua semente, eu darei todas estas
có. E Isaque era da idade de sessenta anos quando regiões. E eu farei o juramento que jurei a Abraão, teu
ela os gerou. pai,
4 e eu farei tua semente multiplicar como as estrelas do

Esaú vende sua primogenitura céu, e darei à tua semente todas estas regiões. E em tua
27 E os meninos cresceram; e Esaú era um caçador semente serão abençoadas todas as nações da terra,
habilidoso, um homem do campo. E Jacó era um ho- 5 porque Abraão obedeceu à minha voz, e guardou

mem simples, habitando em tendas. minha ordem, meus mandamentos, meus estatutos
28 E Isaque amou Esaú, porque ele comia da sua caça; e minhas leis.
mas Rebeca amou Jacó. 6 ¶ E Isaque habitou em Gerar.
29 ¶ E Jacó cozeu um ensopado; e Esaú veio do cam- 7 E os homens do lugar lhe perguntaram acerca de sua

po, e ele estava desfalecendo. esposa, e ele disse: Ela é minha irmã, pois ele temia
30 E Esaú disse a Jacó: Dá-me de comer, rogo-te, des- dizer: Ela é minha esposa; para que, dizia ele, os ho-
se ensopado vermelho, pois eu estou desfalecendo. mens do lugar não me matem por causa de Rebeca,
Por isso, seu nome foi chamado Edom. pois ela era formosa à vista.
31 E Jacó disse: Vende-me neste dia a tua primo­ge- 8 E aconteceu que, quando ele já estava lá um longo

nitura. tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhou pela janela


25:23 Gn 27:29,40; Ml 1:3; Rm 9:11,12 • 25:25 Gn 27:11 • 25:26 Os 12:3; Gn 27:36 • 25:33 Hb 12:16 • 26:1 Gn 12:10; Gn 20:1 • 26:2 Gn 12:7; Gn 12:1
• 26:3 Gn 12:2; 22:16-18; Gn 12:7; 13:15 • 26:4 Gn 15:5; 22:17 • 26:7 Gn 12:13; 20:2,12

25:29-34. A primogenitura perdeu seu valor e se eu vender agora, posso comprá-lo facilmen- era sagrado e deveria ter sido apreciado como
santidade (Hb 12:16, 17) – Esaú se sentia es- te novamente... Quando ele tentou recuperá- sagrado. Ele vendeu sua primogenitura pelo pe-
pecial e fortemente atraído por certo alimento -lo comprando-o, mesmo à custa de um gran- queno prazer de satisfazer seu desejo momen-
e, durante tanto tempo, agradou-se a si mes- de sacrifício, ele não pôde fazê-lo... Ele buscou tâneo, e isso determinou o curso subsequente
mo, e não sentiu a necessidade de se afastar ansiosamente o arrependimento, mesmo com de sua vida. Para Esaú, um pedaço de comi-
do cobiçado e tentador prato. Ele refletiu, e não lágrimas, mas tudo foi em vão. Ele desprezara da valia mais do que o serviço de seu Mestre
fez nenhum esforço especial para restringir seu a bênção, e o Senhor a tirou dele para sempre (Ca 5, 1877).
apetite, até que o poder daquela comida supe- (RH, 27/04/1886). Há muitíssimos que são semelhantes a Esaú.
rasse todas as outras considerações e o con- Esaú, um símbolo daqueles que desprezam Ele representa aqueles que não provaram pri-
trolasse, e ele imaginou que sofreria um gran- privilégios especiais – Esaú passou pelo pon- vilégios que são seus, comprados para eles a
de desconforto e até a morte se não pudesse to crucial de sua vida sem o saber. O que ele um preço infinito e, em troca, têm vendido sua
obter aquele prato. Quanto mais pensava sobre considerou que valia a pena pensar foi o ato primogenitura por algum prazer no apetite ou
isso, mais seu desejo se fortalecia, até que o que revelou as características predominantes por amor ao lucro (MM VF, 61).
direito de primogenitura, que era sagrado, per- em seu caráter. Ele mostrou sua escolha, mos- 26:8. O casamento torna o homem completo –
deu seu valor e santidade. Ele pensou: bem, trou sua verdadeira consideração pelo o que Quando os princípios divinos são reconhecidos
56 a Gênesis 27 b

e viu, e eis que Isaque estava brincando com Rebe- Reobote. E ele disse: Pois agora o S­ enhor fez um lu-
ca, sua esposa. gar para nós, e seremos frutíferos na terra.
9 E Abimeleque chamou Isaque, e disse: Eis que ela 23 E ele foi dali para Berseba.

certamente é tua esposa. E como tu disseste: Ela é mi- 24 E o ­Senhor apareceu a ele naquela mesma noite, e

nha irmã? E Isaque lhe disse: Porque eu disse: Para disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas,
que eu não morra por causa dela. pois eu estou contigo, e te abençoarei, e multiplicarei
10 E Abimeleque disse: O que é isto que tu nos fi- tua semente por causa do meu servo Abraão.
zeste? Alguém do povo poderia facilmente ter dei- 25 E ele edificou um altar ali, e invocou o nome do

tado com tua mulher, e tu poderias ter trazido culpa ­Senhor, e armou sua tenda ali, e ali os servos de Isa-
sobre nós. que cavaram um poço.
11 E Abimeleque ordenou a todo o seu povo, dizen- 26 ¶ Então, Abimeleque foi até ele de Gerar, com Au-
do: Quem tocar neste homem ou em sua esposa cer- sate, um de seus amigos, e Ficol, o capitão-chefe de
tamente morrerá. seu exército.
12 Então Isaque semeou naquela terra, e recebeu no 27 E Isaque lhes disse: Por que vindes a mim, visto que
mesmo ano cem vezes; e o S­ enhor o abençoou. vós me odiais, e me enviastes de vós?
13 E o homem se engrandeceu e foi adiante e cresceu 28 E eles disseram: Vimos que certamente o ­Senhor
até ser muito grande. estava contigo, e dissemos: Que haja agora um jura-
14 Porque ele tinha posses de rebanhos, e posses de mento entre nós, entre nós e ti, e façamos um pac-
gado, e uma grande quantidade de servos; e os filis- to contigo,
teus o invejaram. 29 de que tu não nos farás mal, assim como não te toca-
15 Porquanto, todos os poços que os servos de seu pai
mos, e assim como fizemos a ti, somente o bem, e te en-
haviam cavado nos dias de Abraão, seu pai, os filis- viamos de nós em paz. Tu és agora o bendito do S­ enhor.
teus haviam fechado e enchido com terra. 30 E ele lhes fez um banquete, e eles comeram e
16 E Abimeleque disse a Isaque: Sai de nós, pois és
beberam.
muito mais poderoso do que nós. 31 E eles se levantaram cedo de manhã, e juraram um
17 ¶ E Isaque partiu dali, e armou sua tenda no vale de
ao outro. E Isaque os despediu, e eles partiram dele
Gerar, e habitou ali. em paz.
18 E Isaque cavou novamente os poços de água que 32 E aconteceu no mesmo dia que os servos de Isaque
eles haviam cavado nos dias de Abraão, seu pai; pois vieram, e lhe falaram com respeito ao poço que ha-
os filisteus os haviam fechado depois da morte de viam cavado, e lhe disseram: Nós encontramos água.
Abraão. E ele chamou os seus nomes segundo os no- 33 E ele chamou-o Seba. Por isso o nome da cidade é
mes pelos quais seu pai os havia chamado. Berseba até este dia.
19 E os servos de Isaque cavaram no vale, e encontra- 34 ¶ E Esaú era da idade de quarenta anos quando ele
ram ali um poço de águas correntes. tomou por mulher Judite, a filha de Beeri, o heteu, e
20 E os pastores de Gerar contenderam com os pasto-
Basemate, filha de Elom, o heteu,
res de Isaque, dizendo: A água é nossa. E ele chamou o 35 Que foram para Isaque e Rebeca uma amargura
nome do poço Eseque, porque contenderam com ele. de espírito.
21 E eles cavaram um outro poço, e contenderam por

aquele também, e chamou o nome dele Sitna. Isaque abençoa Jacó


22 E ele partiu dali e cavou outro poço, e por aque-

le eles não contenderam, e chamou o nome dele 27 E aconteceu que, quando Isaque era velho e
seus olhos estavam escuros, de modo que ele
26:10 Gn 20:9 • 26:12 ver 3 • 26:15 Gn 21:30 • 26:22 Gn 17:6 •  26:24 Gn 24:12; Gn 17:7 • 26:25 Gn 12:7,8; 13:4,18; Sl 116:17 • 26:26 Gn 21:22 •
26:28 Gn 21:22 • 26:31 Gn 21:31 • 26:34 Gn 36:2 • 26:35 Gn 27:46

e obedecidos nesta relação, o casamento é O vínculo da família é o mais íntimo, o mais em devida consideração as suas responsabili-
uma bênção; preserva a pureza e felicidade do terno e sagrado de todos na Terra. Foi designa- dades (CBV, 356-357).
gênero humano, provê as necessidades sociais do a ser uma bênção à humanidade. E assim
do homem, eleva a natureza física, intelectual o é sempre que se entre para o casamento in-
e moral (PP, 46). teligentemente, no temor de Deus, e tomando
a Gênesis 27 b 57

não podia ver, ele chamou Esaú, seu filho mais ve- 19  E Jacó disse a seu pai: Eu sou Esaú, teu primogêni-

Gn
lho, e lhe disse: Meu filho; e ele lhe disse: Eis que eu to. Eu fiz de acordo como tu me ordenaste. Levanta-
estou aqui. -te, rogo-te, senta-te e come da minha caça, para que
2 E ele disse: Eis que agora eu estou velho, e não sei o tua alma me abençoe.
dia da minha morte. 20 E Isaque disse a seu filho: Como é que tu a achas-
3 Agora, portanto, rogo-te, toma as tuas armas, tua te tão rapidamente, meu filho? E ele disse: Porque o
aljava e o teu arco, e sai ao campo, e traz-me alguma ­Senhor, teu Deus, a trouxe a mim.
caça, 21 E Isaque disse a Jacó: Aproxima-te, rogo-te, para
4 e faz-me uma carne saborosa, tal como eu gosto, e que eu possa sentir-te, meu filho, se tu és verdadeira-
traze-a para mim, para que eu possa comer, para que mente o meu filho Esaú ou não.
a minha alma te abençoe antes que eu morra. 22 E Jacó se aproximou de Isaque, seu pai. E ele o sen-
5 E Rebeca ouviu quando Isaque falou com Esaú, seu tiu, e disse: A voz é a voz de Jacó, mas as mãos são as
filho. E Esaú foi ao campo para caçar alguma caça e mãos de Esaú.
trazê-la. 23 E ele não o discerniu, porque suas mãos eram pe-
6 ¶ E Rebeca falou a Jacó, seu filho, dizendo: Eis que ludas, como as mãos de seu irmão Esaú, então ele o
eu ouvi teu pai falar com Esaú, teu irmão, dizendo: abençoou.
7 Traz-me uma caça, e faz-me uma carne saborosa, 24 E ele disse: És tu verdadeiramente meu filho Esaú?

para que eu coma e te abençoe diante do ­Senhor an- E ele disse: Eu sou.
tes da minha morte. 25 E ele disse: Traze-a para perto de mim, e eu come-
8 Agora, portanto, meu filho, obedece à minha voz de rei da caça de meu filho, para que a minha alma possa
acordo com o que eu te ordenar. te abençoar. E ele a trouxe para perto dele, e ele co-
9 Vai agora ao rebanho e traz-me de lá das cabras dois meu, e lhe trouxe vinho, e ele bebeu.
bons cabritos, e eu farei deles uma carne saborosa pa- 26 E seu pai Isaque lhe disse: Aproxima-te agora, e bei-

ra teu pai, tal como ele gosta. ja-me, meu filho.


10 E tu a levarás a teu pai, para que ele coma e para que 27 E ele se aproximou, e o beijou. E ele cheirava o

ele te abençoe antes da sua morte. cheiro das suas vestes, e o abençoou, e disse: Vê, o
11 E Jacó disse a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú, meu cheiro de meu filho é como o cheiro do campo que o
irmão, é um homem peludo, e eu sou um homem liso; ­Senhor abençoou.
12 se porventura meu pai me tocar, eu lhe parecerei 28 Por isso, Deus te dê do orvalho do céu, e da gordu-

como um enganador, e eu trarei maldição sobre mim, ra da terra, e abundância de trigo e vinho.
e não bênção. 29 Que povos te sirvam, e nações se curvem a ti. Sê se-
13 E sua mãe lhe disse: Sobre mim esteja a tua mal- nhor sobre teus irmãos; e que os filhos de tua mãe se
dição, meu filho. Somente obedece à minha voz, e curvem a ti. Maldito seja todo o que te amaldiçoar, e
vai, e traze-mos. bendito seja o que te abençoar.
14 E ele foi, e buscou, e os trouxe à sua mãe. E sua mãe 30 ¶ E aconteceu que, assim que Isaque havia acabado de

fez uma carne saborosa, tal como seu pai gostava. abençoar Jacó, e Jacó havia acabado de sair da presen-
15 E Rebeca tomou os melhores vestidos de Esaú, seu ça de Isaque, seu pai, Esaú, seu irmão, veio de sua caça.
filho mais velho, que estavam com ela na casa, e as 31 E ele também havia feito uma carne saborosa, e a

colocou sobre Jacó, seu filho mais novo. trouxe para o seu pai, e disse a seu pai: Levanta-te,
16 E ela colocou as peles dos cabritos sobre as mãos meu pai e coma da caça de seu filho, para que a tua
dele, e sobre a lisura do seu pescoço. alma me abençoe.
17 E ela deu a carne saborosa e o pão que ela havia pre- 32 E Isaque, seu pai, lhe disse: Quem és tu? E ele dis-

parado na mão de seu filho Jacó. se: Eu sou teu filho, teu primogênito Esaú.
18 ¶ E ele foi a seu pai, e disse: Meu pai. E ele disse: Aqui 33  E Isaque estremeceu excessivamente, e disse:
estou. Quem és tu, meu filho? Quem? Onde está aquele que tomou a caça, e a trouxe
27:3 Gn 25:27 • 27:8 ver 13,43 • 27:11 Gn 25:25 • 27:12 ver 22 • 27:15 ver 27 • 27:19 ver 4 • 27:21 ver 12 • 27:23 ver 16 • 27:25 ver 4 • 27:27
Hb 11:20; Ct 4:11 • 27:28 Dt 33:13; Dt 33:28 • 27:29 Is 49:7,23; Gn 9:25; 25:23; Gn 12:3 • 27:31 ver 4 • 27:33 Gn 28:3,4; Rm 11:29
58 a Gênesis 28 b

a mim, e eu comi de tudo antes de tu vires, e o aben- te buscar de lá. Por que ficaria eu privada de ambos
çoei? Sim, e ele será abençoado. em um só dia?
34 E quando Esaú ouviu as palavras de seu pai, ele cho- 46 E Rebeca disse a Isaque: Eu estou cansada da vida

rou com grande e amargo clamor, e disse a seu pai: por causa das filhas de Hete. Se Jacó tomar uma mu-
Abençoa-me também a mim, ó meu pai! lher das filhas de Hete, como estas que são as filhas
35 E ele disse: Teu irmão veio com sutileza, e tomou da terra, que bem a vida me fará?
a tua bênção.
36 E ele disse: Não é o seu nome com razão chamado

Jacó? Pois ele me suplantou duas vezes: ele tomou


a minha primogenitura, e eis que agora tomou a mi-
28 E Isaque chamou Jacó e o abençoou, e orde-
nou-lhe, dizendo: Não tomarás mulher das fi-
lhas de Canaã.
2 Levanta-te, vai a Padã-Arã, à casa de Betuel, pai de
nha bênção. E ele disse: Tu não reservaste uma bên-
ção para mim? tua mãe, e toma mulher para ti, dentre as filhas de La-
37 E Isaque respondeu a Esaú: Eis que eu fiz dele teu bão, irmão de tua mãe.
3 E o Deus Todo-poderoso te abençoe, e te faça fru-
senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; e
com trigo e vinho o sustentei. E o que farei agora a tífero, e te multiplique, para que tu possas ser uma
ti, meu filho? multidão de povos,
38 E Esaú disse a seu pai: Tens somente uma bênção, 4 e te dê a bênção de Abraão, a ti, e a tua semente con-

meu pai? Abençoa-me a mim também, ó meu pai! E tigo, para que herdes a terra em que és estrangeiro,
Esaú levantou sua voz e chorou. que Deus deu a Abraão.
39 E Isaque, seu pai, respondeu e lhe disse: Eis que a 5 E Isaque enviou Jacó, e ele foi a Padã-Arã até La-

tua habitação será da gordura da terra, e do orvalho bão, filho de Betuel, o sírio, o irmão de Rebeca, mãe
de cima do céu. de Jacó e Esaú.
40 E por tua espada viverás, e servirás ao teu irmão. E 6 ¶ Quando Esaú viu que Isaque havia abençoado Jacó,

acontecerá que, quando tiveres domínio, quebrarás e o enviara a Padã-Arã, para tomar uma mulher de lá, e
o seu jugo do teu pescoço. que quando ele o abençoou lhe deu uma ordem, dizen-
do: Tu não tomarás mulher dentre as filhas de Canaã,
Jacó foge de Esaú 7 e que Jacó obedeceu ao seu pai e a sua mãe, e foi pa-
41 ¶
  E Esaú odiou Jacó por causa da bênção com que ra Padã-Arã,
seu pai o abençoou. E Esaú disse em seu coração: Os 8 Esaú vendo que as filhas de Canaã não agradavam
dias de luto pelo meu pai estão próximos; então eu a Isaque, seu pai,
matarei o meu irmão Jacó. 9 então, foi Esaú a Ismael, e tomou para ser sua espo-
42 E estas palavras de Esaú, seu filho mais velho, foram
sa, além das mulheres que ele tinha, a Maalate filha
relatadas a Rebeca. E ela enviou e chamou Jacó, seu fi- de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nebaiote.
lho mais novo, e lhe disse: Eis que teu irmão Esaú, no
tocante a ti, está se confortando, propondo matar-te. O sonho de Jacó em Betel
43 Por isso, agora, meu filho, obedece à minha voz 10 ¶ E Jacó saiu de Berseba, e foi em direção a Harã.

e levanta-te; foge para Labão, meu irmão, em Harã, 11 E ele chegou a um certo lugar, e ali ficou a noite to-
44 e fica com ele alguns dias, até que a fúria de teu ir- da, porque o sol estava posto, e ele tomou umas pe-

mão passe, dras daquele lugar e as colocou como seu travessei-


45 até que a ira de teu irmão se afaste de ti, e ele es- ro, e se deitou naquele lugar para dormir.

queça aquilo que tu fizeste a ele. Então enviarei para 12 E ele sonhou, e eis que uma escada estava posta
27:34 Hb 12:17 • 27:36 Gn 25:26; Gn 25:33 • 27:37 ver 28 • 27:38 Hb 12:17 • 27:39 ver 28 • 27:40 Gn 25:23; 2Rs 8:20‑22 • 27:43 Gn 11:31 • 27:46
Gn 26:35 • 28:1 Gn 24:3 • 28:3 Gn 17:1; Gn 17:6 • 28:4 Gn 12:2,3; Gn 17:8 • 28:8 Gn 26:35 • 28:12 Jo 1:51

28:12. Os que sobem devem firmar bem os quando preferimos nossas conveniências e van- riquezas terrenas. Se nos tornarmos especialis-
seus pés (Jo 1:51) – Jesus é a escada para o tagens pessoais acima das coisas de Deus. Não tas na arte de subir, aprenderemos que, quan-
Céu... e Deus nos exorta a subir por ela. Mas há salvação nos bens ou nos recursos terrenais. do subimos, devemos abandonar todos os obs-
não podemos fazê-lo enquanto estivermos car- Um homem não é exaltado aos olhos de Deus táculos. Quem sobe deve manter firme os pés
regados de tesouros terrenos. Prejudicamo-nos nem é considerado bom por Ele porque possui em cada degrau da escada (ST, 01/02/1899).
a Gênesis 29 b 59

sobre a terra, e o seu topo alcançava o céu, e eis que 19 E ele chamou o nome daquele lugar Betel; mas no

Gn
os anjos de Deus subiam e desciam por ela. começo o nome daquela cidade era chamado de Luz.
13 E eis que o S­ enhor estava em pé acima dela, e dis- 20 E Jacó jurou um juramento, dizendo: Se Deus for

se: Eu sou o ­Senhor Deus de Abraão, teu pai, e o Deus comigo, e me guardar neste caminho em que eu vou,
de Isaque. A terra em que estás deitado, darei a ti e e me der pão para comer, e vestes para vestir,
à tua semente. 21 de modo que eu torne novamente à casa de meu pai
14 E tua semente será como o pó da terra, e tu serás em paz, então que o S­ enhor seja o meu Deus,
espalhado para o ocidente, e para o oriente, e para o 22 e esta pedra, que tenho posto como um pilar, será
norte, e para o sul. E em ti e em tua semente todas as a casa de Deus, e de tudo que tu me deres eu certa-
famílias da terra serão abençoadas. mente te darei o dízimo.
15 E eis que eu estou contigo, e te guardarei em todos

os lugares aos quais tu fores, e te trarei novamente a Jacó encontra-se com Raquel
esta terra; pois eu não te deixarei, até que eu tenha
feito aquilo que eu tenho falado.
16 ¶ E Jacó despertou de seu sono, e disse: Certamen-
29 Então, Jacó seguiu na sua jornada, e veio à ter-
ra do povo do oriente.
2 E ele olhou, e eis um poço no campo, e eis que ali

te o S­ enhor está neste lugar, e eu não o sabia. havia três rebanhos de ovelhas deitados junto a ele,
17 E ele estava temeroso, e disse: Quão terrível é este porque daquele poço davam de beber aos rebanhos,
lugar! Este não é outro senão a casa de Deus, e este e uma grande pedra estava sobre a boca do poço.
é o portão do céu. 3 E ali estavam reunidos todos os rebanhos, e remo-
18 E Jacó levantou-se cedo de manhã, e tomou a pedra viam a pedra da boca do poço, e davam de beber às
que tinha posto como seu travesseiro, e a colocou co- ovelhas, e colocavam a pedra no lugar novamente so-
mo um pilar, e derramou óleo no topo dela. bre a boca do ­poço.
28:13 Gn 26:24; Gn 13:15 • 28:14 Gn 26:4; Gn 12:3; 18:18; 22:18; Gl 3:8 • 28:17 Êx 3:5; Js 5:15 • 28:19 Jz 1:23,26 • 28:20 Gn 31:13; ver 15 • 28:21
Jz 11:31; Dt 26:17 • 28:22 Gn 35:7,14; Gn 14:20; Lv 27:30

28:12. A escada representa Jesus – A escada por um único degrau que fosse, teríamos fica- havia nele elementos que resultariam na glória
mística que lhe fora revelada no sonho era a do perdidos. Mas Cristo vem ter conosco on- de Deus. Assim que Deus viu sua condição, Ele
mesma a que Cristo Se referiu em Sua conver- de nos achamos. Tomou nossa natureza e ven- apresentou em visão a escada que represen-
sa com Natanael... Até o tempo da rebelião do ceu, para que, revestindo-nos de Sua natureza, ta Jesus Cristo. Aqui está o homem que havia
homem contra o governo de Deus, tinha havi- nós pudéssemos vencer. Feito “em semelhan- perdido todo o relacionamento com Deus, e o
do livre comunicação entre Deus e o homem. ça da carne pecaminosa” (Rm 8:3), viveu uma Deus do Céu contemplou e consentiu que Cris-
Mas o pecado de Adão e Eva separou a Terra vida isenta de pecado. Agora, por Sua divinda- to transpusesse o abismo aberto pelo pecado.
do Céu, de modo que o homem não podia ter de, firma-Se ao trono do Céu, ao passo que, pe- Poderíamos ter olhado e dito: anseio pe-
comunhão com seu Criador. Todavia, o mundo la Sua humanidade, Se liga a nós. Manda-nos lo Céu, mas como posso alcançá-lo? Não ve-
não foi deixado em uma solitária desesperan- que, pela fé nEle, atinjamos à glória do caráter jo jeito. Foi o que Jacó pensou, e por isso que
ça. A escada representa Jesus, o meio designa- de Deus. Portanto, devemos ser perfeitos, as- Deus lhe mostrou a visão da escada, e essa es-
do para a comunicação (PP, 184). sim “como é perfeito o vosso Pai que está no cada conecta a Terra com o Céu por meio de
28:12. A escada representa a humanidade e a Céu” (Mt 5:48) (DTN, 311-312). Jesus Cristo. Um homem pode subi-la, porque
divindade de Jesus – Cristo... é a escada. A ba- 28:12. O caminho do santuário celestial – Ali a base repousa na Terra, e o degrau superior
se é colocada firmemente na Terra em Sua hu- revela Jeová Sua presença numa nuvem glorio- atinge o Céu...
manidade; o degrau mais alto atinge o trono sa sobre o propiciatória. Ali repousa a base da- Agora descobrimos que as ameias podem ser
de Deus em Sua divindade. A humanidade de quela escada misteriosa ligando a Terra ao Céu alcançadas, que Deus está acima da escada e
Cristo cinge a humanidade caída, ao passo que (Gn 28:12; Jo 1:51) (GC, 19). espera, de braços estendidos, para ajudar to-
Sua divindade se apodera do trono de Deus. 28:12. A escada representada para Jacó era o da pessoa que entrar no reino eterno de nosso
Somos salvos galgando um degrau da escada Redentor do mundo que une Terra e Céu (SpM Deus. Louvem-Lhe o santo nome! Habitantes
após o outro, olhando para Cristo, apegando- 1, 238). da Terra, louvem-nO! Por quê? Porque por inter-
-nos a Cristo, ascendendo passo a passo à al- 28:12-13. Cristo transpõe o abismo – Jacó médio de Jesus Cristo — cujo longo braço hu-
tura de Cristo, de modo que Ele Se torne para pensou em obter a primogenitura e seus bene- mano envolve a raça, enquanto com Seu divino
nós sabedoria, e justiça, e santificação, e re- fícios através do engano, mas se viu desapon- braço alcança o trono do Todo-Poderoso — é o
denção (MM Mar, 82). tado. Ele pensou que tinha perdido todo seu re- abismo transposto com Seu próprio corpo; e
(Rm 8:3) – Cristo é a escada que Jacó viu, ten- lacionamento com Deus, sua casa e tudo mais, este átomo de mundo, que se separou do conti-
do a base na Terra, e o topo chegando à por- e lá estava ele como um fugitivo frustrado. Mas nente do Céu pelo pecado e se tornou uma ilha,
ta do Céu, ao próprio limiar da glória. Se aque- o que Deus fez? Olhou para ele em sua condi- é novamente reintegrado porque Cristo trans-
la escada houvesse deixado de chegar à Terra, ção desesperada, viu sua decepção e viu que pôs o abismo — Cristo é a ponte! (MM CT, 85).
60 a Gênesis 30 b

4 E Jacó lhes disse: Meus irmãos, de onde sois? E eles   E Jacó disse a Labão: Dá-me minha esposa, pois
21 ¶

disseram: Nós somos de Harã. os meus dias se cumpriram para que eu entre a ela.
5 E ele lhes disse: Conheceis Labão, filho de Naor? E 22 E Labão reuniu todos os homens do lugar, e fez um

eles disseram: Nós o conhecemos. banquete.


6 E ele lhes disse: Ele está bem? E eles disseram: Ele 23 E aconteceu que, à tarde, ele tomou Lia, sua filha,

está bem. E eis que Raquel, sua filha, está vindo com e a levou a ele, e ele entrou nela.
as ovelhas. 24 E Labão deu sua serva Zilpa por serva a Lia, sua
7 E ele disse: Eis que ainda é pleno dia, e nem é tem- filha.
po de reunir o gado; dai de beber às ovelhas, e ide 25 E aconteceu que, de manhã, eis que ela era Lia. E

alimentá-las. ele disse a Labão: O que é isto que tu me fizeste? Eu


8 E eles disseram: Não podemos, até que todos os re- não te servi por Raquel? Por que então me enganaste?
banhos sejam reunidos, e até que eles removam a pe- 26 E Labão disse: Não se deve fazer assim na nossa ter-
dra da boca do poço; então damos de beber às ovelhas. ra, dar a mais nova antes da primogênita.
9 ¶ E enquanto ele ainda falava com eles, veio Raquel 27 Cumpre a semana dela, e nós te daremos também
com as ovelhas de seu pai, porquanto ela as guardava. esta pelo serviço com que tu servirás comigo ainda
10 E aconteceu que, quando Jacó viu Raquel, a filha outros sete anos.
de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, 28 E assim Jacó fez, e cumpriu a semana dela; e ele lhe
irmão de sua mãe, Jacó se aproximou e removeu a deu também por mulher Raquel, sua filha.
pedra da boca do poço, e deu de beber ao rebanho de 29 E Labão deu sua serva Bila por serva a Raquel, sua
Labão, irmão de sua mãe. filha.
11 E Jacó beijou Raquel, e levantando a voz, chorou. 30 E ele entrou também em Raquel, e ele também
12 E Jacó contou a Raquel que ele era irmão do pai de-
amou Raquel mais do que Lia, e serviu com ele ainda
la, e que ele era filho de Rebeca; e ela correu e con- outros sete anos.
tou a seu pai.
13 E aconteceu que, quando Labão ouviu as notícias Os filhos de Jacó
de Jacó, filho de sua irmã, ele correu para encontrá-   E quando o S­ enhor viu que Lia era odiada, ele
31 ¶

-lo, e o abraçou, e o beijou, e o trouxe para sua casa. abriu seu ventre, mas Raquel era estéril.
E ele contou a Labão todas estas coisas. 32 E Lia concebeu, e gerou um filho, e ela chamou o
14 E Labão lhe disse: Certamente tu és meu osso e mi- seu nome Rúben, pois ela disse: Certamente o S­ enhor
nha carne. E ficou com ele por um período de um mês. olhou para a minha aflição, por isso agora o meu ma-
15 ¶ E Labão disse a Jacó: Porque tu és meu irmão, de- rido me amará.
verias portanto servir-me por nada? Dize-me, qual 33 E ela concebeu outra vez, e gerou um filho, e dis-

será o teu salário? se: Porque o ­Senhor ouviu que eu era odiada, por is-
so ele me deu também este filho, e ela chamou o seu
Jacó casa com Lia e Raquel nome Simeão.
16 E Labão tinha duas filhas. O nome da mais velha era 34 E ela concebeu outra vez, e gerou um filho. E dis-
Lia, e o nome da mais nova era Raquel. se: Agora, desta vez o meu marido se ajuntará a mim,
17 Lia era de olhos ternos, mas Raquel era formosa e
porque lhe gerei três filhos, por isso seu nome foi cha-
bem favorecida. mado Levi.
18 E Jacó amou Raquel, e disse: Eu te servirei sete anos 35 E ela concebeu outra vez, e gerou um filho. E ela
por Raquel, tua filha mais nova. disse: Agora eu louvarei ao ­Senhor, por isso ela cha-
19 E Labão disse: É melhor que eu a dê a ti do que dá-
mou o seu nome Judá, e parou de gerar.
-la a outro homem; habita comigo.
20 E Jacó serviu sete anos por Raquel; e estes lhe pa-

reciam apenas poucos dias, por causa do amor que


ele tinha por ela.
30
E vendo Raquel que não gerava filhos a Jacó,
Raquel teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó:
Dá-me filhos, ou eu morrerei.
29:12 Gn 24:28 • 29:13 Gn 24:29 • 29:14 Jz 9:2 • 29:21 Jz 15:1 • 29:22 Jz 14:10; Jo 2:1,2 • 29:25 Gn 12:18; Gn 27:36 • 29:30 Gn 31:41 • 29:31
Dt 21:15-17; Gn 11:30; 30:1; Sl 127:3 • 29:32 Gn 16:11; 31:42 • 29:34 Gn 49:5‑7 • 29:35 Gn 49:8; Mt 1:2,3 • 30:1 Gn 29:31; 1Sm 1:5,6
a Gênesis 30 b 61

2 E se acendeu a ira de Jacó contra Raquel, e ele dis- 20  E Lia disse: Deus me dotou com boa dádiva; agora

Gn
se: Estou eu no lugar de Deus, que de ti reteve o fru- o meu marido habitará comigo, porque lhe gerei seis
to do útero? filhos; e ela chamou o seu nome Zebulom.
3 E ela disse: Eis aí minha serva Bila; entra nela, e ela 21 E depois ela gerou uma filha, e chamou o seu nome

gerará sobre os meus joelhos, para que eu também Diná.


possa ter filhos por meio dela. 22 ¶ E Deus se lembrou de Raquel, e Deus a ouviu, e
4 E ela deu sua serva Bila a ele por mulher; e Jacó en- abriu o seu útero.
trou nela. 23 E ela concebeu, e gerou um filho, e disse: Deus re-
5 E Bila concebeu, e gerou um filho a Jacó. moveu a minha vergonha.
6 E Raquel disse: Deus me julgou, e também ouviu a 24 E ela chamou o seu nome José, e disse: O ­Senhor

minha voz, e me deu um filho; por isso ela chamou me acrescentará outro filho.
o seu nome Dã.
7 E Bila, serva de Raquel, concebeu novamente, e ge- O acordo de Jacó com Labão
25 ¶
  E aconteceu que, quando Raquel gerou José, Jacó
rou um segundo filho a Jacó.
8 E Raquel disse: Com grandes lutas eu tenho lutado disse a Labão: Envia-me, para que eu possa ir ao meu
com minha irmã, e eu prevaleci; e ela chamou o seu próprio lugar e à minha terra.
26 Dá-me minhas mulheres e meus filhos, pelos quais
nome Naftali.
9 Vendo Lia que ela tinha parado de gerar, ela tomou eu te servi, e deixa-me ir, pois tu sabes o serviço que
sua serva Zilpa e a deu a Jacó por mulher. eu tenho feito a ti.
27 E Labão lhe disse: Peço-te, se encontrei favor aos
10 E Zilpa, serva de Lia, gerou um filho a Jacó.
11 E Lia disse: Vem uma tropa; e ela chamou o seu no- teus olhos, fica; pois eu tenho aprendido por expe-
me Gade. riência que o S­ enhor me abençoou por tua causa.
28 E ele disse: Determina o teu salário, e eu o darei.
12 E Zilpa, serva de Lia, gerou a Jacó um segundo filho.
29 E ele lhe disse: Tu sabes como eu te servi, e como
13 E Lia disse: Eu sou feliz, pois as filhas me chamarão

abençoada; e ela chamou seu nome Aser. teu gado estava comigo.
30 Porque era pouco o que tinhas antes da minha vin-
14 ¶ E Rúben foi nos dias da colheita de trigo, e encon-

trou mandrágoras no campo, e as trouxe à sua mãe da, e agora cresceu para uma multidão; e o ­Senhor te
Lia. Então, Raquel disse a Lia: Dá-me, rogo-te, das abençoou desde a minha vinda. E agora, quando de-
mandrágoras de teu filho. verei prover também para a minha casa?
31 E ele disse: O que eu te darei? E Jacó disse: Tu não
15 E ela lhe disse: Seria pequena coisa que tomaste

o meu marido? Agora tomarias também as mandrá- me darás nada. Se fizeres esta coisa por mim, eu ali-
goras de meu filho? E Raquel disse: Ele poderá dei- mentarei e guardarei o teu rebanho novamente.
32 Passarei por todo o teu rebanho hoje, removendo
tar-se contigo esta noite pelas mandrágoras de teu
filho. dele todo o gado salpicado e malhado, e todos os mar-
16 E Jacó veio do campo à tarde, e Lia foi ao seu en- rons entre as ovelhas, e o salpicado e malhado entre
contro e disse: Tu deves entrar a mim; porque certa- as cabras, e de tais será o meu salário.
33 Assim, a minha justiça responderá por mim no tem-
mente eu te aluguei pelas mandrágoras de meu filho.
E ele se deitou com ela naquela noite. po vindouro, quando vieres ver o meu salário diante
17 E Deus ouviu a Lia, e ela concebeu e gerou a Jacó da tua face; todo o que não for salpicado ou malhado
o quinto filho. entre as cabras, e marrom entre as ovelhas, isto será
18 E Lia disse: Deus me deu meu pagamento, porque contado como furto comigo.
34 E Labão disse: Eis que possa ser conforme a tua
eu dei a minha serva a meu marido; e ela chamou o
seu nome Issacar. palavra.
35 E ele separou naquele dia os bodes que eram lis-
19 E Lia concebeu novamente, e gerou a Jacó o sex-
trados e malhados, e todas as cabras que eram salpi-
to filho. cadas e malhadas, e tudo que tinha algum branco, e
30:2 Gn 16:2; 29:31 • 30:3 Gn 16:2 • 30:4 Gn 16:3,4 • 30:9 ver 4 • 30:13 Lc 1:48 • 30:22 1Sm 1:19,20; Gn 29:31 • 30:23 Is 4:1; Lc 1:25 • 30:24 Gn 35:17
• 30:25 Gn 24:54 • 30:26 Gn 29:20,30; Os 12:12 • 30:27 Gn 26:24; 39:3,5 • 30:28 Gn 29:15 • 30:32 Gn 31:8,12
62 a Gênesis 31 b

tudo o que era marrom entre as ovelhas, e os deu nas 9 Então Deus tomou o rebanho de vosso pai, e o tem
mãos de seus filhos. dado a mim.
36 E ele estabeleceu três dias de jornada entre si e Jacó, 10 E aconteceu nesse tempo que o rebanho deu cria,

e Jacó alimentava o restante dos rebanhos de Labão. eu levantei meus olhos, e vi em um sonho, e eis que
37 ¶ E Jacó tomou para si varas verdes de álamo, e de os carneiros que montavam sobre o rebanho eram lis-
aveleira, e de castanheiro, e descascou nelas riscas trados, salpicados e malhados.
brancas, e fez aparecer o branco que estava nas varas. 11 E o anjo de Deus falou comigo em um sonho, dizen-
38 E colocou as varas que havia descascado diante dos do: Jacó; e eu disse: Aqui estou.
rebanhos nos cochos e nos bebedouros aonde os re- 12 E ele disse: Levanta teus olhos agora e vê; todos os

banhos vinham para beber, para que concebessem carneiros que montam sobre o rebanho são listrados,
quando viessem para beber. salpicados e malhados; pois eu tenho visto tudo o que
39 E os rebanhos concebiam diante das varas, e davam Labão faz contigo.
crias listradas, salpicadas e malhadas. 13 Eu sou o Deus de Betel, onde tu ungiste o pilar, e
40 E Jacó separou os cordeiros, e colocou as faces do onde juraste um juramento para mim. Agora, levan-
rebanho para os listrados, e todo marrom no rebanho ta-te, vai-te desta terra e volta à terra de tua parentela.
de Labão. E ele separou seus próprios rebanhos, e não 14 E Raquel e Lia responderam e lhe disseram: Ain-

os colocou entre o rebanho de Labão. da há alguma porção de herança para nós na casa de
41 E aconteceu que, quando o rebanho forte conce- nosso pai?
bia, Jacó colocava as varas diante dos olhos do reba- 15 Não somos por ele consideradas como estrangei-

nho nos bebedouros, para que eles pudessem conce- ras? Pois ele nos vendeu, e devorou também o nos-
ber entre as varas. so dinheiro.
42 Mas quando o rebanho era fraco, ele não os coloca- 16 Porque todas as riquezas que Deus tomou de nos-

va. Assim os fracos eram de Labão, e os fortes de Jacó. so pai é nossa, e de nossos filhos. Agora, então, tudo
43 E o homem cresceu grandemente, e possuía muitos quanto Deus te disse, faze-o.
rebanhos, e servas, e servos, e camelos, e jumentos. 17 ¶ Então, Jacó se levantou, e pôs seus filhos e mu-

lheres sobre camelos,


Jacó foge de Labão 18 e ele levou todo o seu rebanho, e todos os seus bens

31 E ele ouviu as palavras dos filhos de Labão, di-


zendo: Jacó tomou tudo que era de nosso pai;
e do que era do nosso pai ele obteve toda a sua glória.
que havia obtido, o rebanho de sua possessão, que
havia obtido em Padã-­Arã, para ir a Isaque, seu pai,
na terra de Canaã.
2 E Jacó viu o semblante de Labão, e eis que não era 19 E Labão foi tosquiar suas ovelhas; e Raquel havia
para com ele como antes. furtado as imagens que eram de seu pai.
3 E o ­Senhor disse a Jacó: Volta à terra de teus pais, e 20 E Jacó ocultou a Labão, o sírio, a notícia de sua
à tua parentela, e eu serei contigo. partida.
4 E Jacó enviou e chamou Raquel e Lia para o campo 21 Assim ele fugiu com tudo o que tinha, e se levantou
para o seu rebanho, e cruzou o rio, e pôs a sua face em direção ao mon-
5 e lhes disse: Eu vejo o semblante do vosso pai, que te Gileade.
não é para comigo como antes, mas o Deus de meu
pai tem estado comigo. Labão persegue Jacó
6 E vós sabeis que, com todas as minhas forças eu te- 22 E ao terceiro dia, foi declarado a Labão que Jacó
nho servido a vosso pai. havia fugido.
7 E vosso pai me enganou, e mudou meu salário dez 23 E ele tomou seus irmãos consigo, e o perseguiu nu-

vezes; Deus, porém, não lhe permitiu ferir-me. ma jornada de sete dias; e eles o alcançaram no mon-
8 Se ele dizia: Os salpicados serão teu salário, então te Gileade.
todo o rebanho dava crias salpicadas. E se ele dizia: 24 E Deus veio a Labão, o sírio, em um sonho à noite,

Os listrados serão teu salário, então todo o rebanho e lhe disse: Fique atento para que tu não fales a Jacó
dava crias listradas. nem bem nem mal.
30:43 Gn 12:16; 13:2; 24:35; 26:13,14 • 31:3 Gn 32:9; Gn 21:22; 26:3; 28:15 • 31:5 Gn 21:22; 26:3 • 31:6 Gn 30:29 • 31:7 ver 41 • 31:8 Gn 30:32 • 31:12
Êx 3:7 • 31:13 Gn 28:10‑22 • 31:15 Gn 29:20 • 31:18 Gn 35:27 • 31:19 ver 30,32, 34, 35; Gn 35:2; Jz 17:5; 1Sm 19:13; Os 3:4 • 31:20 Gn 27:36 31:24 Gn 20:3;
a Gênesis 31 b 63

25 ¶
  Então Labão alcançou Jacó. Ora, Jacó havia ar- aqui diante de meus irmãos e teus irmãos, para que

Gn
mado sua tenda no monte, e Labão com seus irmãos eles possam julgar entre nós dois.
armaram no monte Gileade. 38 Estes vinte anos eu tenho estado contigo; tuas ove-
26 E Labão disse a Jacó: O que fizeste, para fugir às lhas e tuas cabras não abortaram suas crias, e eu não
escondidas e conduzir minhas filhas, como cativas comi os carneiros do teu rebanho.
à espada? 39 O que foi despedaçado pelos animais eu não trou-
27 Por que tu fugiste em segredo e escondeste de mim, xe a ti; eu carreguei a perda disso. Da minha mão o re-
e não me contaste, para que eu pudesse te enviar com querias, se furtado de dia ou furtado de noite.
alegria, e com cânticos, com tamboril, e com harpas? 40 Assim fui eu. Durante o dia a seca me consumia, e
28 E não me permitiste beijar meus filhos e minhas fi- a geada de noite, e o meu sono fugia dos meus olhos.
lhas? Agiste como um insensato ao fazer assim. 41 Assim eu estive vinte anos na tua casa. Eu te servi
29 Está no poder da minha mão te fazer mal; mas o Deus catorze anos pelas tuas filhas, e seis anos pelo teu re-
de teu pai falou comigo ontem à noite, dizendo: Fique banho, e tu mudaste o meu salário dez vezes.
atento para que tu não fales a Jacó nem bem nem mal. 42 Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão, e o temor
30 E agora, se decidiste ir-te pelo muito que anelas pe- de Isaque não estivesse comigo, certamente tu me
la casa de teu pai, contudo por que tu furtaste meus terias enviado embora vazio. Deus viu a minha afli-
deuses? ção e o trabalho das minhas mãos, e te repreendeu
31 E Jacó respondeu e disse a Labão: Porque eu tive ontem à noite.
medo. Pois eu disse: E se porventura tomasses à for-
ça tuas filhas de mim? O pacto de Labão com Jacó
32 Com quem encontrares os teus deuses, que este   E Labão respondeu e disse a Jacó: Estas filhas são
43 ¶

não viva. Diante de nossos irmãos, discerne o que é minhas filhas, e estes filhos são meus filhos, e esse
teu comigo, e toma-o a ti. Porque Jacó não sabia que rebanho é meu rebanho, e tudo o que tu vês é meu.
Raquel os tinha furtado. E o que eu posso fazer hoje a essas minhas filhas, ou
33 E Labão foi à tenda de Jacó, e à tenda de Lia, e às aos seus filhos que elas geraram?
tendas das duas servas, mas não os encontrou. Então 44 Portanto, vem agora e façamos um pacto, eu e tu, e

ele saiu da tenda de Lia, e entrou na tenda de Raquel. que isto seja por testemunha entre mim e ti.
34 Ora, Raquel havia tomado as imagens, e as tinha 45 E Jacó tomou uma pedra, e a colocou por pilar.

colocado na albarda de um camelo, e estava senta- 46 E Jacó disse a seus irmãos: Ajuntai pedras; e eles to-

da sobre elas. E Labão buscou em toda a tenda, mas maram pedras e fizeram um montão; e eles comeram
não as encontrou. ali sobre o montão.
35 E ela disse a seu pai: Não se aborreça o meu senhor 47 E Labão o chamou Jegar-Saaduta, mas Jacó o cha-

que não posso levantar-me perante ti, pois o costume mou Galeede.
das mulheres está sobre mim. E ele procurou, mas 48 E Labão disse: Este montão é uma testemunha en-

não encontrou as imagens. tre mim e ti neste dia. Por isso, foi o nome dele cha-
36 ¶ E Jacó irou-se e contendeu com Labão. E Jacó mado Galeede,
respondeu e disse a Labão: Qual é a minha transgres- 49 e Mispá, pois ele disse: O S
­ enhor observe entre mim
são? Qual é o meu pecado, que tão furiosamente me e ti, quando nos apartarmos um do outro.
tens perseguido? 50 Se tu afligires minhas filhas, ou se tomares outras
37 Enquanto buscaste em todas as minhas coisas, o mulheres além das minhas filhas, nenhum homem
que achaste de todas as coisas da tua casa? Põe-no está conosco. Vê, Deus é testemunha entre mim e ti.
Gn 24:50 • 31:28 ver 55 • 31:30 ver 19 • 31:32 Gn 44:9 •  31:35 Lv 19:3,32 • 31:37 ver 23 • 31:39 Êx 22:13 • 31:41 Gn 29:30; ver 7 •  31:42 ver 53;
Gn 29:32 • 31:44 Gn 21:27; 26:28; Js 24:27 • 31:45 Gn 28:18 • 31:49 Jz 11:29; 1Sm 7:5,6 • 31:50 Jr 29:23; 42:5

31:38. Durante vinte anos Jacó viveu como para si todos os benefícios da ligação que en- 31:50. Labão compreendeu o mal da poliga-
exilado em Padã-Arã – Durante vinte anos Ja- tre eles havia. Catorze anos de labuta ele exi- mia – Labão compreendeu o mal da poliga-
có permaneceu na Mesopotâmia, trabalhan- gira por suas duas filhas; e, durante o tempo mia, embora fosse apenas por sua artimanha
do ao serviço de Labão, que, desatendendo restante, o salário de Jacó foi dez vezes mu- que Jacó havia tomado duas esposas. Ele sa-
os laços de parentesco, aplicava-se a obter dado (PP, 190). bia muito bem que, devido ao ciúme de Lia e
64 a Gênesis 32 b

51  E Labão disse a Jacó: Vê este montão, e olha para es- de meu pai Isaque, o ­Senhor que disse a mim: Torna à
te pilar, que tenho erigido entre mim e ti. tua terra, à tua parentela, e eu te tratarei bem.
52 Este montão seja testemunha, e este pilar seja tes- 10 Eu não sou digno da menor de todas as misericór-

temunha, de que eu não passarei deste montão a ti, dias, e de toda a verdade, que tu tens mostrado ao teu
e que tu não passarás deste montão e deste pilar até servo, porque com meu cajado passei este Jordão, e
mim, para o mal. agora eu me tornei dois bandos.
53 O Deus de Abraão, e o Deus de Naor, o Deus do 11 Livra-me, rogo-te, da mão de meu irmão, da mão

seu pai julgue entre nós. E Jacó jurou pelo temor do de Esaú, porque eu o temo, para que ele não venha e
seu pai Isaque. me fira, e a mãe com os filhos.
54 Então, Jacó ofereceu sacrifício sobre o monte, e 12 E tu disseste: Eu certamente te farei bem, e farei tua

chamou seus irmãos para comer pão, e eles comeram semente como a areia do mar, que não pode ser enu-
pão, e ficaram a noite toda no monte. merada por ser uma multidão.
55 E cedo de manhã Labão levantou-se, e beijou seus 13 ¶ E ele pernoitou ali aquela mesma noite, e tomou

filhos e suas filhas, e os abençoou, e Labão partiu, e do que veio à sua mão por presente para Esaú, seu
retornou ao seu lugar. irmão:
14 duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e
Jacó se prepara para o encontro com Esaú vinte carneiros,

32 E Jacó foi no seu caminho, e os anjos de Deus


o encontraram.
2 E quando Jacó os viu, ele disse: Este é o exército de
15 trinta camelas de leite com suas crias, quarenta va-

cas e dez novilhos, vinte jumentas e dez jumentinhos.


16 E ele os entregou na mão de seus servos, cada re-
Deus. E ele chamou o nome do lugar Maanaim. banho à parte, e disse a seus servos: Passai adiante
3 E Jacó enviou mensageiros adiante dele a Esaú, seu
de mim, e deixai espaço entre rebanho e rebanho.
irmão, à terra de Seir, região de Edom. 17 E ele ordenou ao primeiro, dizendo: Quando Esaú,
4 E ele lhes ordenou, dizendo: Assim falareis a meu se- meu irmão, te encontrar e te perguntar, dizendo: De
nhor Esaú: Teu servo Jacó diz assim: Eu habitei como quem és tu? E para onde vais? E de quem são estes
peregrino com Labão, e fiquei lá até agora. diante de ti?
5 E eu tenho bois, e jumentos, rebanhos, e servos, e 18 Então tu dirás: Eles são de teu servo Jacó. É um pre-
servas. E eu enviei para dizer a meu senhor para que sente enviado ao meu senhor Esaú; e eis que ele tam-
eu encontre graça aos seus olhos. bém está atrás de nós.
6 ¶ E os mensageiros retornaram a Jacó, dizendo: Nós 19 E assim ele ordenou ao segundo, e ao terceiro, e

chegamos ao teu irmão Esaú, e ele também vem para a todos os que seguiram os rebanhos, dizendo: Des-
te encontrar, e quatrocentos homens com ele. ta maneira falareis a Esaú, quando o encontrardes.
7 Então Jacó ficou muito amedrontado e angustiado, 20 E dizei além disso: Eis que teu servo Jacó está atrás

e ele dividiu em dois bandos o povo que estava com de nós. Porque ele disse: Eu vou apaziguá-lo com o
ele, e os rebanhos, e o gado, e os camelos, presente que vai adiante de mim, e depois eu verei a
8 e ele disse: Se Esaú vier a um bando e o ferir, então sua face, porventura ele me aceitará.
o outro bando que sobrar escapará. 21 Assim foi o presente antes dele, e ele mesmo per-
9 ¶ E Jacó disse: Oh! Deus de meu pai Abraão, e Deus noitou aquela noite no acampamento.
31:53 Gn 16:5; ver 42 • 32:3 Gn 25:30; 36:8,9 • 32:5 Gn 12:16; 30:43; Gn 33:8,10,15 • 32:6 Gn 33:1 • 32:9 Gn 31:13 • 32:10 Gn 24:27 • 32:11 Gn 27:41
• 32:12 Gn 28:13-15; Os 1:10 • 32:13 Gn 43:11,15, 25,26; Pv 18:16

Raquel, suas servas foram entregues a Jacó, o para Lia e Raquel tomando ainda outras espo- 32:1-2. Anjos amparam o fiel patriarca – Dire-
que complicou o relacionamento da família e sas (SG 3, 126). tamente diante de si, como a indicar o cami-
aumentou a aflição de suas filhas. Então, quan- 32:1-2. Jacó volta para casa – Se bem que Ja- nho, Jacó viu duas companhias de anjos celes-
do suas filhas, de viajem para bem longe dele, có houvesse deixado Padã-Arã em obediência tiais, guiando-o e protegendo-o (VA, 84).
decidindo separar-se inteiramente da casa de à instrução divina, não foi, contudo, sem muitos 32:6-8. Na meia noite da vida de Jacó veio o
seu pai, Labão tentou preservar a felicidade de- pressentimentos que repassou a estrada que livramento – Isso foi em uma região solitária,
las o máximo possível. Labão temia que Jacó havia percorrido como fugitivo vinte anos an- montanhosa, retiro de animais selvagens, e es-
atraísse ainda mais aflições para si mesmo e tes (VA, 84). conderijo de ladrões e assassinos. Sozinho e
a Gênesis 33 b 65

Jacó luta com o anjo em Peniel 31 E quando ele passou por Peniel, o sol se levantou

Gn
22 E ele levantou-se naquela noite, e tomou suas duas sobre ele, e ele manquejava da sua coxa.
mulheres, e suas duas servas, e seus onze filhos, e pas- 32 Por isso os filhos de Israel não comem, até o dia de

sou o vau de Jaboque. hoje, do nervo que está sobre a juntura da coxa, por-
23 E ele os tomou, e os enviou a passar o ribeiro, e en- que ele tocou a juntura da coxa de Jacó no tendão que
viou o que ele tinha. se encolheu.
24 ¶ E Jacó foi deixado só. E ali lutou com ele um ho-

mem até o romper do dia. O encontro de Jacó e Esaú


25 E quando este viu que não prevalecia contra ele,

tocou a junta de sua coxa. E se desconjuntou a junta


de sua coxa, enquanto lutava com ele.
33 E Jacó levantando os seus olhos, olhou, e eis
que vinha Esaú, e com ele quatrocentos ho-
mens. E ele dividiu seus filhos entre Lia e entre Raquel,
26 E ele disse: Deixa-me ir, pois o dia já rompe. E ele e entre as duas servas.
disse: Eu não te deixarei ir, a não ser que me abençoes. 2 E ele colocou as servas e os filhos delas à frente, e Lia

27 E ele lhe disse: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. e seus filhos depois, e Raquel e José atrás.
28 E disse-lhe: Teu nome não será mais chamado Jacó, 3 E ele passou adiante deles, e se curvou na terra sete

mas Israel, porque como um príncipe tu tens poder vezes, até chegar perto de seu irmão.
com Deus e com homens, e prevaleceste. 4 E Esaú correu para encontrá-lo, e o abraçou, e se
29 E Jacó lhe perguntou, e disse: Dize-me, rogo-te, teu lançou ao seu pescoço, e o beijou; e eles choraram.
nome. E ele disse: Por que é que tu perguntas o meu 5 E ele levantando os seus olhos, viu as mulheres

nome? E ele o abençoou ali. e os filhos, e disse: Quem são estes contigo? E ele
30 E Jacó chamou o nome do lugar Peniel, pois eu tenho disse: Os filhos que Deus graciosamente deu a teu
visto a Deus face a face, e a minha vida foi preservada. servo.
32:22 Dt 2:37; 3:16 • 32:26 Os 12:4 • 32:28 Gn 17:5; 35:10 • 32:30 Gn 16:13; Êx 24:11; Jz 6:22 • 33:1 Gn 32:6 • 33:3 Gn 42:6 •  33:4 Gn 45:14,15 •
33:5 Gn 48:9; Sl 127:3; Is 8:18

desprotegido, Jacó prostrou-se em terra com necessários para realizar o trabalho de prepa- imediatamente antes da segunda vinda de
profunda angústia. Era meia-noite.Tudo que lhe ração. Compreensão e consciência podem ser Cristo (VA, 87).
tornava cara a vida estava à distância, exposto unidas; mas falharemos se a vontade não for Os santos não terão memória de seus pecados
ao perigo e à morte (PP, 196). posta em ação. Toda faculdade e todo senti- – Se Jacó não se houvesse primeiro arrependi-
32:24. A vitória é certa quando o eu se rende mento devem ser empregados. A oração arden- do de seu pecado de obter pela fraude o direi-
– Jacó “teve força sobre o anjo, e prevaleceu” te e fervorosa deve substituir o descuido e a to de primogenitura, Deus não lhe teria ouvido
(Os 12:4). Por meio da humilhação, arrependi- indiferença. Somente através de esforços fervo- a oração, preservando-lhe misericordiosamente
mento e entrega do eu, esse mortal e falível pe- rosos e determinados, e fé nos méritos de Cris- a vida. Semelhantemente, no tempo de angús-
cador prevaleceu diante da Majestade do Céu. to podemos vencer e ganhar o reino dos Céus. tia, se o povo de Deus tivesse pecados não con-
Com mãos trêmulas permaneceu firme nas pro- Nosso tempo para trabalhar é curto. Em breve fessados que surgissem diante deles enquanto
messas de Deus, e o coração do amor infinito Cristo virá uma segunda vez (YI, 24/05/1900). torturados pelo temor e angústia, seriam ven-
não podia deixar de lado o apelo do pecador... 32:26. Jacó lutou contra Deus e prevaleceu cidos; o desespero suprimir-lhes-ia a fé, e não
Ninguém deve se desanimar de ganhar a vitó- – [Jacó] Não se deixou desviar de seu propósi- poderiam ter confiança para suplicar de Deus o
ria. A vitória é certa quando o eu se rende dian- to, senão que agarrou firmemente ao Anjo e fez livramento. Mas, ao mesmo tempo em que têm
te de Deus (Ms 2, 1903). sua petição com ardentes clamores de agonia, uma profunda intuição de sua indignidade, não
32:26. Um esforço determinado e fé são es- até que prevaleceu (GC, 618) possuem falta oculta para revelar. Seus peca-
senciais (Mt 11:12) – Jacó ficou com medo 32:30. Face a face com a Majestade do Céu – dos foram examinados e extinguidos no juízo;
e perturbado ao tentar obter a vitória por sua Aquele que lutou com Jacó é identificado co- não os podem trazer à lembrança (GC, 620).
própria força. Ele confundiu o visitante divino mo “homem”. Oseias chama-O de Anjo. Mas Ja- Esaú recebe a visita de um anjo – Enquanto
com um inimigo e lutou com ele enquanto ain- có afirmou: “Vi a Deus face a face” (Gn 32:30). Jacó lutava com o Anjo do Senhor, outro men-
da tinha forças. Mas quando se rendeu à mi- Também é dito que o patriarca lutou com Deus. sageiro celestial foi enviado a seu irmão Esaú.
sericórdia de Deus, descobriu que, em vez de Era a Majestade do Céu, o Anjo do concerto, Em sonho, ele viu seu irmão Jacó, que durante
estar nas mãos de um inimigo, estava cercado quem apareceu a Jacó na forma e aparência 20 anos permaneceu como exilado da casa de
pelos braços do amor infinito. Viu Deus face a de homem (ST, 20/11/1879). seu pai, testemunhou-lhe a dor ao encontrar
face e seus pecados foram perdoados. “O reino 32:30. Face a face com Jesus – Era Cristo, o sua mãe morta, viu-lhe rodeado pelos exérci-
do Céu sofre violência, e os violentos o tomam Anjo do concerto (PP, 197). tos de Deus. Esaú revelou esse sonho aos seus
pela força” (Mt 11:12). Essa violência envol- Dn 12:1. A experiência de Jacó durante aque- soldados com a ordem de não fazerem nenhum
ve todo o coração. Ser indeciso é ser instável. la noite de luta e angústia representa a pro- dano a Jacó, pois o Deus de seu pai estava com
Resolução, abnegação e esforço dedicado são va pela qual o povo de Deus deverá passar ele (VA, 86).
66 a Gênesis 34 b

6 Então as servas se aproximaram, elas e seus filhos,  E quando Siquém, filho de Hamor, o heveu, prínci-
2

e eles se curvaram. pe da terra, a viu, tomou-a e deitou-se com ela, e a


7 E Lia também com seus filhos se aproximaram, e se desonrou.
curvaram; e depois se aproximaram José e Raquel, e 3 E sua alma se apegou a Diná, filha de Jacó, e ele amou
eles se curvaram. a donzela, e falou amorosamente à moça.
8 E ele disse: O que significa todo este rebanho que eu 4 E Siquém falou com seu pai, Hamor, dizendo: Toma-
encontrei? E ele disse: Isto é para encontrar graça aos -me esta donzela por mulher.
olhos de meu senhor. 5 E Jacó ouviu que ele havia desonrado Diná, sua filha;
9 E Esaú disse: Eu tenho o suficiente, meu irmão; guar-
ora, seus filhos estavam com seu gado no campo, e Ja-
da o que tu tens para ti mesmo. có manteve-se quieto até eles chegarem.
10 E Jacó disse: Não! Rogo-te, se agora encontrei gra- 6 ¶ E Hamor, pai de Siquém, saiu para ter com Jacó,
ça aos teus olhos, então recebe meu presente da mi- para conversar com ele.
nha mão, porque eu vi a tua face, como se tivesse vis- 7 E os filhos de Jacó vieram do campo quando ouvi-
to a face de Deus, e tu tiveste contentamento comigo. ram sobre isso. E os homens se entristeceram e se ira-
11 Toma, rogo-te, minha bênção que te trago; porque
ram muito, pois ele havia feito loucura em Israel ao
Deus agiu graciosamente comigo, e porque eu tenho deitar com a filha de Jacó, coisa que não deveria ter
o suficiente. E ele insistiu, e ele o tomou. sido feita.
12 E ele disse: Partamos, vamos, e eu irei adiante de ti.
8 E Hamor conversou com eles, dizendo: A alma de
13 E ele lhe disse: Meu senhor sabe que os filhos são
meu filho Siquém anseia por tua filha; suplico-te que
tenros, e os rebanhos e o gado com as crias estão co- lha dês por mulher.
migo. E se os homens os afadigarem por um dia, todo 9 E fazei vós casamentos conosco, e dai vossas filhas
o rebanho morrerá. a nós, e tomai nossas filhas para vós.
14 Que o meu senhor, rogo-te, passe adiante de seu ser-
10 E habitareis conosco, e a terra estará diante de vós;
vo; e eu seguirei calmamente, de acordo com o passo habitai e negociai nela, e adquiri possessão nela.
do gado que vai adiante de mim e conforme o passo 11 E Siquém disse ao pai e aos irmãos dela: Ache eu gra-
dos meninos, até que eu alcance o meu senhor em Seir. ça aos vossos olhos, e o que me disserdes eu o darei.
15 E Esaú disse: Permite-me agora deixar contigo al-
12 Pedi-me o quanto mais quiserdes de dote e dádi-
guns do povo que estão comigo. E ele disse: Que ne-
va, e eu darei de acordo com o que me disserdes, mas
cessidade tem? Permite-me encontrar graça aos olhos
dai-me a donzela por mulher.
do meu senhor. 13 E os filhos de Jacó responderam a Siquém e a Ha-
16 ¶ Assim Esaú retornou naquele dia no seu cami-
mor, seu pai, enganosamente; e disseram, porque ele
nho para Seir.
17 E Jacó viajou para Sucote, e construiu para si uma
havia desonrado Diná, sua irmã,
14 e disseram-lhes: Não podemos fazer isso, dar a nos-
casa, e fez habitações para seu gado; por isso o nome
do lugar é chamado Sucote. sa irmã a alguém incircunciso, pois isso seria uma ver-
18 ¶ E Jacó veio a Salém, uma cidade de Siquém, que gonha para nós.
15 Mas nisto consentiremos convosco: Se fordes
está na terra de Canaã, quando ele veio de Padã-Arã;
e armou sua tenda diante da cidade. como nós somos, que todo homem entre vós seja
19 E ele comprou uma parte de um campo, onde havia circuncidado,
16 então daremos nossas filhas a vós, e nós tomaremos
armado sua tenda, da mão dos filhos de Hamor, pai de
Siquém, por cem peças de dinheiro. vossas filhas para nós, e habitaremos convosco, e nos
20 E ele ergueu ali um altar, e o chamou El-Elohey-Israel. tornaremos um povo.
17 Mas se não nos ouvirdes, para serdes circuncidados,

Diná é profanada então tomaremos nossa filha, e nós iremos embora.

34 E Diná, filha de Lia, que ela gerou a Jacó, saiu 18 E as suas palavras agradaram a Hamor, e a Siquém,
para ver as filhas da terra. filho de Hamor.
33:8 Gn 32:14‑16 • 33:11 1Sm 25:27 • 33:14 Gn 32:3 • 33:17 Jz 8:5,6,8, 14‑16 • 33:18 Js 24:1; Jz 9:1 • 33:19 Js 24:32; Jo 4:5 • 34:1 Gn 30:21 • 34:6 Jz 14:2‑5
• 34:7 Dt 22:21; Jz 20:6; 2Sm 13:12 • 34:10 Gn 47:6,27; Gn 13:9; 20:15; Gn 42:34 • 34:12 Êx 22:16; Dt 22:29; 1Sm 18:25 • 34:14 Gn 17:14 •  34:15 Êx 12:48
a Gênesis 35 b 67

19 E o jovem não tardou em fazer isto, pois ele tinha  E eles disseram: Deveria ele tratar a nossa irmã co-
31

Gn
prazer na filha de Jacó, e ele era o mais honrável em mo a uma prostituta?
toda a casa de seu pai.
20 ¶ E Hamor e Siquém, seu filho, vieram ao portão Deus abençoa Jacó em Betel
da sua cidade, e conversaram com os homens da sua
cidade, dizendo:
21 Estes homens são pacíficos conosco; por isso, dei-
35 E Deus disse a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e
habita ali. E faze ali um altar para Deus, que te
apareceu quando tu fugias da face de Esaú, teu irmão.
2 Então Jacó disse a sua família, e a todos que esta-
xai-os habitar na terra e negociar nela, pois a terra,
eis que é grande o suficiente para eles; tomaremos as vam com ele: Lançai fora os deuses estranhos que es-
suas filhas para nós por mulheres, e daremos as nos- tão entre vós, e sede puros, e mudai as vossas vestes.
3 Levantemo-nos e vamos a Betel, e lá eu farei um al-
sas filhas a eles.
22 Somente nisto consentirão os homens conosco pa-
tar para Deus, que me respondeu no dia da minha an-
gústia, e esteve comigo no caminho em que eu andei.
ra habitar entre nós, para sermos um povo: se todo 4 E eles deram a Jacó todos os deuses estranhos que
homem entre nós for circuncidado, assim como eles
estavam em suas mãos, e todos os seus brincos que
são circuncidados.
23 Não serão nossos o seu gado, suas posses e todos
estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debai-
xo do carvalho que estava junto a Siquém.
os seus animais? Somente consintamos com eles, e 5 E eles viajaram, e o terror de Deus estava sobre as
habitarão conosco. cidades que estavam ao redor deles, e eles não perse-
24 E a Hamor e a Siquém, seu filho, ouviram com aten-
guiram os filhos de Jacó.
ção todos os que saíam do portão da sua cidade. E to- 6 ¶ Então Jacó veio a Luz, que está na terra de Canaã,
do homem foi circuncidado, todos os que saíram do isto é, Betel, ele e todo o povo que estava com ele.
portão da sua cidade. 7 E ele edificou ali um altar, e chamou o lugar El-Be-
25 ¶ E aconteceu no terceiro dia que, quando eles esta-
tel, porque ali Deus lhe apareceu, quando ele fugia
vam doloridos, dois dos filhos de Jacó, Simeão e Levi, da face de seu irmão.
irmãos de Diná, tomaram cada homem a sua espada, 8 Mas morreu Débora, ama de Rebeca, e ela foi sepul-
e vieram contra a cidade corajosamente, e mataram tada abaixo de Betel debaixo do carvalho; e o nome
todos os homens. do lugar foi chamado Alom-Bacute.
26 E eles mataram Hamor e Siquém, seu filho, ao fio da 9 ¶ E Deus apareceu a Jacó novamente, quando ele
espada, e tomaram Diná da casa de Siquém, e saíram. veio de Padã-Arã, e o abençoou.
27 Os filhos de Jacó vieram aos mortos e saquearam 10 E Deus lhe disse: Teu nome é Jacó; teu nome não
a cidade, porque eles haviam desonrado a sua irmã. será mais chamado Jacó, mas Israel será o teu nome;
28 Tomaram as ovelhas deles, e os bois, e os jumentos,
e ele chamou seu nome Israel.
e o que estava na cidade, e o que estava no campo, 11 E Deus lhe disse: Eu sou o Deus Todo-poderoso;
29 e toda a sua riqueza, e todos os seus pequenos, e
seja frutífero e multiplique; uma nação e uma multi-
suas mulheres eles tomaram cativas, e saquearam tu- dão de nações virão de ti, e reis virão dos teus lombos.
do o que havia na casa. 12 E a terra que eu dei a Abraão e a Isaque, a ti eu a da-
30 E Jacó disse a Simeão e a Levi: Tendes me perturba- rei, e à tua semente depois de ti eu darei a terra.
do para me fazer cheirar mal entre os habitantes da 13 E Deus subiu do lugar em que falou com ele.

terra, entre os cananeus e ferezeus. Sendo eu peque- 14 E Jacó levantou um pilar no lugar em que falou com

no em número, eles se unirão contra mim, e me ma- ele, um pilar de pedra; e ele derramou uma oferta de
tarão; e serei destruído, eu e a minha casa. bebida nele, e derramou óleo nele.
34:25 Gn 49:5; Gn 49:7 • 35:1 Gn 28:19; Gn 27:43 • 35:2 Gn 18:19; Js 24:15; Gn 31:19; Êx 19:10,14 • 35:3 Gn 32:7 • 35:6 Gn 28:19 • 35:8 Gn 24:59
• 35:9 Gn 32:29 • 35:10 Gn 17:5 • 35:11 Gn 17:1; Gn 28:3; Gn 17:6 • 35:12 Gn 13:15; 28:13 • 35:13 Gn 17:22 • 35:14 Gn 28:18

35:2-3. O esforço de Jacó para remover o pecados, oferecendo um sacrifício a Deus, pa- para remover o mal de sua família, apareceu
mal é aceito – Jacó foi humilhado e exigiu que ra que Ele fosse favorável a eles e não fossem a ele, o abençoou e renovou a promessa que
sua família se humilhasse e tirasse todos os abandonados para serem destruídos por ou- lhe havia feito, porque o temor de Deus estava
seus adornos, pois ele faria expiação por seus tras nações. Deus aceitou os esforços de Jacó diante dele (SG 3, 137).
68 a Gênesis 36 b

15 E Jacó chamou Betel o nome do lugar onde Deus 3 e Basemate, filha de Ismael, irmã de Nebaiote.
falou com ele. 4 E Ada gerou de Esaú a Elifaz; e Basemate gerou

Reuel;
A morte de Raquel e Isaque 5 e Aolibama gerou Jeús, e Jalão, e Corá; estes são os
16 ¶ E eles partiram de Betel, e era um curto caminho
filhos de Esaú, que lhe nasceram na terra de Canaã.
para chegar a Efrata; e Raquel entrou em trabalho de 6 E Esaú tomou suas mulheres, e seus filhos, e suas fi-
parto; e ela teve dificuldades no parto. lhas, e todas as pessoas de sua casa, e seu gado, e to-
17 E aconteceu que, quando ela estava com dificulda-
dos os seus animais, e todos os seus bens, que ele ha-
des no parto, a parteira lhe disse: Não temas, tu terás via obtido na terra de Canaã, e foi para outra terra,
este filho também. afastando-se da face de seu irmão Jacó.
18 E aconteceu que, enquanto sua alma partia (por- 7
 Porque as suas riquezas eram demais para que eles pu-
que ela morreu), ela chamou seu nome Benoni, mas dessem habitar juntos, e a terra em que eles eram es-
seu pai o chamou Benjamim. trangeiros não podia sustentá-los por causa de seu gado.
19 E Raquel morreu, e foi sepultada no caminho de 8
 Assim, Esaú habitou no monte Seir; Esaú é Edom.
Efrata, que é Belém. 9 ¶ E estas são as gerações de Esaú, pai dos edomitas,
20 E Jacó colocou um pilar sobre o seu túmulo; este é
no monte Seir;
o pilar do túmulo de Raquel até este dia. 10 Estes são os nomes dos filhos de Esaú: Elifaz, filho
21 ¶ E Israel viajou, e estendeu sua tenda além da tor-
de Ada, mulher de Esaú; Reuel, filho de Basemate,
re de Éder. mulher de Esaú.
11 E os filhos de Elifaz foram: Temã, Omar, Zefô, Gae-
Os filhos de Jacó
22 E aconteceu que, quando Israel habitou naquela
tã e Quenaz.
12 E Timna era concubina de Elifaz, filho de Esaú, e ge-
terra, Rúben foi e se deitou com Bila, concubina de
rou de Elifaz a Amaleque; estes são os filhos de Ada,
seu pai, e Israel o escutou. Ora, os filhos de Jacó eram
mulher de Esaú.
doze: 13 E estes são os filhos de Reuel: Naate, Zerá, Samá
23 os filhos de Lia: Rúben, primogênito de Jacó, e Si-
e Mizá; estes foram os filhos de Basemate, mulher
meão, e Levi, e Judá, e Issacar, e Zebulom;
24 os filhos de Raquel: José e Benjamim;
de Esaú.
14 ¶ E estes foram os filhos de Aolibama, filha de Aná,
25 e os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali;
26 e os filhos de Zilpa, serva de Lia: Gade e Aser. Estes
filho de Zibeão, mulher de Esaú; e ela gerou a Esaú:
Jeús, Jalão e Corá.
são os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã-Arã. 15 ¶
  Estes são os xeiques dos filhos de Esaú; os filhos
A morte de Isaque de Elifaz, o filho primogênito de Esaú: o xeique Te-
27 ¶ E Jacó veio a Isaque, seu pai, em Manre, à cida- mã, o xeique Omar, o xeique Zefô, o xeique Quenaz,
16 o xeique Corá, o xeique Gaetã, e o xeique Amale-
de de Arba, que é Hebrom, onde Abraão e Isaque
peregrinaram. que; estes são os xeiques que vieram de Elifaz, na ter-
28 E os dias de Isaque foram cento e oitenta anos. ra de Edom; estes foram os filhos de Ada.
29 E Isaque entregou o espírito, e morreu, e foi reuni- 17 ¶ E estes são os filhos de Reuel, filho de Esaú: o xei-

do ao seu povo, sendo idoso e pleno de dias; e seus fi- que Naate, o xeique Zerá, o xeique Samá, o xeique Mi-
lhos, Esaú e Jacó o sepultaram. zá; estes são os xeiques que vieram de Reuel, na ter-
ra de Edom; estes são os filhos de Basemate, mulher
Os descendentes de Esaú de Esaú.

36 Ora, estas são as gerações de Esaú, que é Edom. 18 ¶ E estes são os filhos de Aolibama, mulher de Esaú:
2 Esaú tomou suas mulheres das filhas de Ca- o xeique Jeús, o xeique Jalão, o xeique Corá; estes

naã: Ada, filha de Elom, heteu; Aolibama, filha de são os xeiques que vieram de Aolibama, filha de Aná,
Aná, filho de Zibeão, heveu; mulher de Esaú.
35:15 Gn 28:19 • 35:17 Gn 30:24 • 35:20 1Sm 10:2 • 35:22 Gn 49:4; 1Cr 5:1 • 35:24 Gn 30:24; ver 18 • 35:27 Gn 13:18 • 35:29 Gn 25:8; Gn 15:15;
Gn 25:9 • 36:1 Gn 25:30 • 36:2 Gn 28:8,9; Gn 26:34 •  36:4 1Cr 1:35 • 36:6 Gn 12:5 • 36:7 Gn 13:6 • 36:8 Dt 2:4; Gn 32:3 • 36:12 Êx 17:8,16; Nm 24:20;
1Sm 15:2; •  ver 16 • 36:15 Êx 15:15; • 36:17 1Cr 1:37
a Gênesis 37 b 69

19  Estes são os filhos de Esaú, que é Edom, e estes são filho de Bedade, o que feriu Midiã no campo de

Gn
os seus xeiques. Moabe; e o nome da sua cidade foi Avite.
36 E morreu Hadade; e Samlá, de Masreca, reinou
Os filhos de Seir em seu lugar.
20 ¶ Estes são os filhos de Seir, horeu, que habitava a 37
 E morreu Samlá; e Saul, de Reobote junto ao rio,
terra: Lotã, Sobal, Zibeão, e Aná, reinou em seu lugar.
21 e Disom, e Eser, e Disã; estes são os xeiques dos ho- 38
 E morreu Saul; e Baal-Hanã, filho de Acbor, reinou
reus, filhos de Seir, na terra de Edom. em seu lugar.
22 E os filhos de Lotã foram: Hori e Homã; e a irmã de 39
 E Baal-Hanã, filho de Acbor, morreu; e Hadar rei-
Lotã era Timna. nou em seu lugar; e o nome da sua cidade foi Paú; e o
23 E os filhos de Sobal foram estes: Alvã, e Manaate,
nome de sua mulher foi Meetabel, filha de Matrede,
e Ebal, Sefô e Onã. filha de Me-Zaabe.
24 E estes são os filhos de Zibeão: Aías e Aná; este é o 40
 E estes são os nomes dos xeiques que vieram de
Aná que achou as mulas no deserto, quando ele ali- Esaú, segundo as suas famílias, segundo os seus lu-
mentava os jumentos de Zibeão, seu pai. gares, pelos seus nomes: o xeique Timna, o xeique
25 E os filhos de Aná são esses: Disom e Aolibama, a
Alva, o xeique Jetete,
filha de Aná. 41 o xeique Aolibama, o xeique Elá, o xeique Pinom,
26 E estes são os filhos de Disom: Hendã, Esbã, Itrã 42
 o xeique Quenaz, o xeique Temã, o xeique Mibzar,
e Querã. 43 o xeique Magdiel, o xeique Irã; estes são os xei-
27 Os filhos de Eser são esses: Bilã, Zaavã e Acã.
ques de Edom, de acordo com as suas habitações na
28 Os filhos de Disã são esses: Uz e Arã.
terra da sua possessão; este é Esaú, pai dos edomitas.
29 Estes são os xeiques que vieram dos horeus: o xei-

que Lotã, o xeique Sobal, o xeique Zibeão, o xeique Os sonhos de José


Aná,
30 o xeique Disom, o xeique Eser, o xeique Disã; es-
E Jacó
37
habitou na terra em que seu pai foi es-
trangeiro, na terra de Canaã.
tes são os xeiques que vieram de Hori, segundo seus 2 Estas são as gerações de Jacó. José, sendo da idade
xeiques, na terra de Seir. de dezessete anos, estava apascentando as ovelhas
com seus irmãos. E o rapaz estava com os filhos de
Os reis de Edom Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai. E
31 ¶ E estes são os reis que reinaram na terra de Edom, José trouxe a seu pai más notícias sobre eles.

antes que reinasse algum rei sobre os filhos de Israel. 3 Ora, Israel amava José mais do que a todos os seus
32 E Bela, filho de Beor, reinou em Edom; e o nome da filhos, porque ele era o filho da sua velhice, e ele lhe

sua cidade foi ­Dinabá. fez uma túnica de muitas cores.


33 E morreu Bela; e Jobabe, filho de Zerá, de Bozra, 4 E quando seus irmãos viram que seu pai o amava

reinou em seu lugar. mais do que a todos os seus irmãos, eles o odiaram, e
34 E morreu Jobabe; e Husão, da terra de Temã, rei- não conseguiam falar pacificamente com ele.

nou em seu lugar. 5 ¶ E José sonhou um sonho, e o contou a seus irmãos;
35 E morreu Husão, e em seu lugar reinou Hadade, e eles o odiaram ainda mais.

36:20 Gn 14:6; Dt 2:12,22 • 36:31 1Cr 1:43 • 36:35 Gn 19:37; Rt 1:1,6 • 37:1 Gn 17:8 • 37:2 Sl 78:71; 1Sm 2:24 •  37:3 Gn 44:20 • 37:4 Gn 27:41

37:1-4. José exemplifica Cristo – José exempli- portanto, seu ódio foi fortalecido contra a virtu- discípulos. Jesus era manso e santo. Sua vida
fica Cristo. Jesus veio para o que era Seu, e os de e a integridade que ela não podia corrom- era de inigualável abnegação, bondade e san-
Seus não O receberam. Ele foi rejeitado e des- per, e falsamente testemunhou contra ele. O que tidade. Ele não era culpado de nenhuma falta.
prezado porque suas obras eram justas, e Sua era inocente sofrera por causa de sua justiça. Foi No entanto, falsas testemunhas foram suborna-
vida consistente e abnegada era uma censu- jogado na prisão por causa de sua virtude. Jo- das para testemunhar contra ele. Ele foi odiado
ra contínua àqueles que professavam piedade, sé foi vendido para seus inimigos por seus pró- porque reprovou fielmente o pecado e a corrup-
mas cujas vidas eram corruptas. A integridade e prios irmãos por uma pequena quantia em di- ção. Os irmãos de José o despiram de sua túnica
a virtude de José foram terrivelmente atacadas, nheiro. O Filho de Deus foi vendido para o seus multicolorida. Os carrascos de Cristo lançaram
e a mulher que queria enganá-lo não prevaleceu; mais ferrenhos inimigos por um de Seus próprios sortes sobre sua túnica sem costura (SG 3, 174).
70 a Gênesis 37 b

6 E ele lhes disse: Ouvi, rogo-vos, este sonho que eu 17 E o homem disse: Eles partiram daqui, pois eu os
sonhei: ouvi dizendo: Vamo-nos a Dotã. E José foi após seus
7 Eis que estávamos amarrando feixes no campo; e eis irmãos, e os encontrou em Dotã.
que meu feixe se levantava e ficava em pé. E eis que 18 E quando eles o viram de longe, antes que se apro-

vossos feixes estavam em pé ao redor e faziam reve- ximasse deles, conspiraram contra ele para matá-lo.
rência ao meu feixe. 19 E eles disseram uns aos outros: Eis que está vindo
8 E seus irmãos lhe disseram: Deverias tu reinar sobre o sonhador.
nós? Ou deverias ter domínio sobre nós? E eles o odia- 20 Vamos, pois, matá-lo e lançá-lo numa cova, e dire-

ram ainda mais por seus sonhos, e por suas palavras. mos: Algum animal o devorou, e veremos o que se
9 ¶ E ele sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus tornará os seus sonhos.
irmãos, e disse: Eis que eu sonhei mais um sonho. E eis 21 E Rúben ouvindo isso, o livrou de suas mãos, e dis-

que o sol e a lua e onze estrelas faziam reverência a mim. se: Não o matemos.
10 E ele o contou a seu pai, e a seus irmãos; e seu pai 22 E Rúben lhes disse: Não derrameis sangue, mas

o repreendeu, e lhe disse: O que é este sonho que tu lançai-o nesta cova que está no deserto, e não ponde
sonhaste? Iremos eu e tua mãe e teus irmãos, de fato as mãos sobre ele; disse isso a fim de livrá-lo de suas
nos curvar diante de ti em terra? mãos para fazê-lo voltar ao seu pai.
11 E seus irmãos o invejaram; mas seu pai observou 23 ¶ E aconteceu que, quando José havia chegado a

o que se dizia. seus irmãos, eles despiram José de sua túnica, a túni-
ca de muitas cores que estava nele;
José é vendido como escravo 24 e eles o tomaram, e o lançaram em uma cova. E a
12 ¶
  E seus irmãos foram apascentar o rebanho de seu cova estava vazia, não havia água nela.
pai em Siquém. 25 E eles sentaram-se para comer pão, e levantaram seus
13 E Israel disse a José: Teus irmãos não estão apascen- olhos e olharam, e eis que uma companhia de ismaeli-
tando o rebanho em Siquém? Vem, e eu te enviarei a tas vinha de Gileade com seus camelos carregando es-
eles. E ele disse: Aqui eu estou. peciarias e bálsamo e mirra, transportando para o Egito.
14 E ele lhe disse: Vai, rogo-te, vê se está bem com teus 26 E Judá disse a seus irmãos: Que proveito haverá se

irmãos, e bem com os rebanhos, e traze-me palavra matarmos nosso irmão e escondermos seu sangue?
novamente. Assim ele o enviou do vale de Hebrom, 27 Vinde, e vendamo-lo aos ismaelitas, e que nossas

e ele foi a Siquém. mãos não estejam sobre ele, pois ele é nosso irmão e
15 ¶ E um certo homem o encontrou; e eis que ele es- nossa carne; e seus irmãos ficaram satisfeitos.
tava vagando pelo campo. E o homem lhe perguntou, 28 Então, passavam ali mercadores midianitas, e eles

dizendo: O que tu estás procurando? tiraram e levantaram José da cova, e venderam José
16 E ele disse: Eu procuro os meus irmãos. Dize-me, aos ismaelitas por vinte peças de prata; e eles trouxe-
rogo-te, onde eles estão apascentando seus rebanhos. ram José ao Egito.
37:7 Gn 42:6,9; 43:26,28; 44:14; 50:18 • 37:8 Gn 49:26 • 37:10 Gn 27:29 • 37:11 At 7:9; Lc 2:19,51 • 37:17 2Rs 6:13 • 37:18 Mc 14:1 • 37:20 Gn 50:20
• 37:21 Gn 42:22 • 37:25 ver 28 • 37:26 ver 20; Gn 4:10 • 37:27 Gn 42:21 • 37:28 Jz 6:1-3; Gn 45:4,5; Sl 105:17; At 7:9

37:17-20. José se retirou da presença de seus 37:28 e 36. José trouxe bênção ao Egito – Jo- as suas bênçãos a esse escravo comprado e o
irmãos – Os irmãos de José o rejeitaram rude- sé considerou ter sido vendido e levado para o transformou em filho e não em servo. O propó-
mente. Contou-lhe o porquê de sua vinda. Mas Egito como se fosse a maior calamidade que sito de Deus é que aqueles que amam e hon-
eles não lhes responderam. Ficou José alarma- poderia ter ocorrido com ele; contudo, ele viu a ram Seu nome também sejam honrados, e que
do com a raiva que eles demonstraram. O me- necessidade de confiar em Deus como nunca o a glória dada a Deus por seu intermédio seja re-
do tomou o lugar da alegria e recuou instinti- fez quando foi protegido pelo amor de seu pai. fletida sobre eles mesmos (MM RP, 256).
vamente, com medo da presença deles. Então José levou Deus consigo para o Egito, e graças a 37:28. O futuro de José parece sem esperan-
eles o seguraram violentamente. Eles o censu- isso ele pôde viver com alegria mesmo no meio ça – José com seus detentores estavam a ca-
raram por conta das advertências que ele lhes da sua aflição.Assim como a arca de Deus trou- minho do Egito. Jornadeando a caravana para
dera no passado, acusaram-no de relatar seus xe descanso e prosperidade a Israel, esse jovem o Sul, em direção das fronteiras de Canaã, o ra-
sonhos para se exaltar acima deles no concei- que amou e temeu a Deus trouxe uma bênção paz podia discernir à distância as colinas en-
to de seu pai, para que ele o amasse mais do ao Egito. Isso se manifestou tão claramente que tre as quais se achavam as tendas de seu pai.
que a eles (SG 3, 140). Potifar, em cuja casa ele servia, atribuiu todas Chorou amargamente à lembrança daquele pai
a Gênesis 38 b 71

  E Rúben retornou à cova, e eis que José não esta-


29 ¶ chamou seu nome Selá. E ele estava em Quezibe

Gn
va na cova; e ele rasgou suas vestes. quando ela o teve.
30 E ele retornou aos seus irmãos, e disse: O menino 6 E Judá tomou uma mulher para Er, seu primogêni-

não está; e eu, para onde irei? to, cujo nome era Tamar.
31 E eles tomaram a túnica de José, e mataram um ca- 7 E Er, o primogênito de Judá, foi mau aos olhos do

brito, e mergulharam a túnica no sangue. ­Senhor; e o S­ enhor o matou.


32 E eles enviaram a túnica de muitas cores, e a leva- 8 E Judá disse a Onã: Entra à mulher de teu irmão, e

ram a seu pai, e disseram: Achamos isto; vê agora se case-se com ela, e levanta a semente de teu irmão.
é ou não a túnica de teu filho. 9 E Onã sabia que a semente não seria sua. E aconte-
33 E ele a reconheceu, e disse: É a túnica de meu filho; ceu que, quando ele entrava à mulher de seu irmão,
uma fera o devorou; José sem dúvida foi rasgado em ele o derramava no chão, para que ele não desse se-
pedaços. mente ao seu irmão.
34 E Jacó rasgou suas vestes, e colocou pano de saco 10 E a coisa que ele fez desagradou ao ­Senhor; e por is-
sobre os seus lombos, e lamentou por seu filho du- so ele o matou também.
rante muitos dias. 11 Então Judá disse a Tamar, sua nora: Permanece viú-
35 E todos os seus filhos e todas as suas filhas se levan-
va na casa de teu pai, até que Selá, meu filho, seja
taram para consolá-lo, mas ele recusou ser consolado. grande, pois ele disse: Para que porventura ele não
E ele disse: Pois, eu descerei ao túmulo lamentando morra também, como seus irmãos. E Tamar foi e ha-
meu filho. Assim seu pai chorou por ele. bitou na casa de seu pai.
36 E os midianitas o venderam ao Egito, a Potifar, ofi-
12 ¶ E no decorrer do tempo, morreu a filha de Sua,
cial de Faraó, e capitão da guarda. mulher de Judá, e Judá foi confortado, e subiu até seus
Judá e Tamar tosquiadores de ovelhas em Timna, ele e seu amigo

38 E aconteceu naquele tempo que separando-se Hira, o adulamita.


13 E contaram a Tamar, dizendo: Eis que teu sogro so-
Judá dos seus irmãos, relacionou-se com um
adulamita, cujo nome era Hira. be a Timna para tosquiar suas ovelhas.
14 E ela tirou de si suas vestes da viuvez, e se cobriu
2 E Judá viu ali uma filha de um certo cananeu, cujo

nome era Sua; e ele a tomou, e entrou a ela. com um véu, e enrolou-se, e sentou-se em um lugar
3 E ela concebeu e teve um filho; e ele chamou o seu aberto, que fica junto ao caminho de Timna, porque
nome Er. ela viu que Selá havia crescido, e ela não havia sido
4 E ela concebeu novamente, e teve um filho; e ela entregue a ele por esposa.
15 Quando Judá a viu, ele pensou que fosse uma pros-
chamou o seu nome Onã.
5 E ela concebeu mais uma vez, e teve um filho; e tituta, porque ela havia coberto a sua face.
37:29 Jó 1:20 • 37:30 ver 22; Gn 42:13,36 • 37:31 ver 3,23 • 37:33 ver 20 • 37:35 Gn 42:38; 44:22,29,31 • 37:36 Gn 39:1 • 38:2 1Cr 2:3 • 38:3 ver 6;
Gn 46:12 • 38:7 1Cr 2:3 • 38:8 Dt 25:5,6; Mc 22:24‑28 • 38:10 Gn 46:12 • 38:11 Rt 1:13 • 38:14 ver 11

amoroso em sua solidão e aflição. Novamente bênção para ele. Aprendeu em poucas horas o então completamente ao Senhor, e orou pa-
a cena em Dotã veio diante de si. Viu seus ir- que de outra maneira anos não lhe poderiam ra que o Guarda de Israel estivesse com ele na
mãos irados, e sentiu os olhares furiosos que ter ensinado... Sua alma fremiu ante a elevada terra do exílio. Sua alma fremiu ante a elevada
lhe dirigiam.As palavras pungentes, insultantes, resolução de mostrar-se fiel a Deus – de agir, resolução de mostrar-se fiel a Deus — de agir,
que seus aflitos rogos encontraram, estavam a em todas as circunstâncias, como convinha a em todas as circunstâncias, como convinha a
soar-lhe nos ouvidos. Com o coração a tremer um súdito do reino do Céu. Serviria ao Senhor um súdito do Reino do Céu. Serviria ao Senhor
olhou para o futuro. Que mudança na situação com inteireza de coração; enfrentaria as pro- com inteireza de coração; enfrentaria as prova-
— de um filho ternamente acalentado para o vações de sua sorte; com coragem e com fi- ções de sua sorte, com coragem, e com fideli-
escravo desprezado e desamparado! Só e sem delidade cumpriria todo o dever. A experiência dade cumpriria todo o dever (PP, 214).
amigos, qual seria sua sorte na terra estranha a de um dia foi o ponto decisivo na vida de Jo- José foi transformado em um único dia – Mas,
que ele ia? Por algum tempo, José entregou-se sé. Sua terrível calamidade transformara-o de na providência de Deus, mesmo esta experiên-
a uma dor e pesar incontidos (PP, 213). uma criança mimada em um homem pondera- cia seria uma bênção para ele. Aprendeu em
Poucas horas efetuaram o serviço de anos do, corajoso e senhor de si (PP, 213-214). poucas horas o que de outra maneira anos não
ou talvez uma vida toda – Mas, na providên- José fez uma entrega completa de sua vida a lhe poderiam ter ensinado... A experiência de
cia de Deus, mesmo esta experiência seria uma Deus e Seu serviço – Ali mesmo se entregou um dia foi o ponto decisivo na vida de José.
72 a Gênesis 39 b

16 E ele se voltou a ela junto ao caminho e disse: Vem, 28 E aconteceu que, quando ela deu à luz, um pôs pa-
rogo-te, e deixa-me entrar em ti (pois ele não sabia ra fora sua mão; e a parteira tomou e amarrou na sua
que ela era sua nora). E ela disse: O que me darás pa- mão um fio escarlate, dizendo: Este saiu primeiro.
ra que possas entrar em mim? 29 E aconteceu que, quando ele puxou de volta sua
17 E ele disse: Enviar-te-ei um cabrito do rebanho. mão, eis que seu irmão saiu. E ela disse: Como foi que
E ela disse: Dar-me-ás um penhor até que o envies? rompeste? Esta brecha seja sobre ti. Por isso seu no-
18 E ele disse: Qual penhor eu te darei? E ela disse: me foi chamado ­Perez.
Teu selo, e tuas pulseiras, e teu cajado que está em 30 E depois saiu seu irmão, o que tinha o fio escarlate

tua mão. E ele o deu a ela, e entrou nela, e ela con- sobre sua mão; e seu nome foi chamado Zerá.
cebeu dele.
19 E ela levantando-se, se foi, e colocou de lado seu José e a esposa de Potifar
véu, e pôs as vestes da sua viuvez.
20 E Judá enviou o cabrito pela mão de seu amigo, o

adulamita, para receber seu penhor da mão da mu-


39 E José foi conduzido ao Egito, e Potifar, um ofi-
cial de Faraó, capitão da guarda, um egípcio,
comprou-o das mãos dos ismaelitas, que o haviam le-
lher; mas ele não a encontrou. vado para lá.
21 Então ele perguntou aos homens daquele lugar, di- 2 E o S­ enhor estava com José, e ele era um homem
zendo: Onde está a prostituta, que estava publica- próspero; e ele estava na casa de seu senhor, o egípcio.
3 E seu senhor viu que o ­Senhor estava com ele, e que
mente junto ao caminho? E eles disseram: Não este-
ve nenhuma prostituta neste lugar. o S­ enhor fazia tudo prosperar na sua mão.
22 E ele voltou a Judá, e disse: Não pude encontrá-la, 4 E José encontrou graça aos olhos dele, e ele o ser-

e também os homens do lugar disseram que não es- viu. E ele o fez supervisor da sua casa, e tudo o que
teve nenhuma prostituta nesse lugar. ele possuía colocou na mão dele.
23 E Judá disse: Que ela o tome para si, para que não 5 E aconteceu que, desde o tempo em que ele o fizera

sejamos envergonhados. Eis que enviei este cabrito, supervisor sobre sua casa, e sobre tudo que possuía,
e tu não a encontraste. o ­Senhor abençoou a casa do egípcio por causa de Jo-
24 ¶ E aconteceu que, quase três meses depois, conta- sé. E a bênção do S­ enhor estava sobre tudo o que ele
ram a Judá, dizendo: Tamar, tua nora, prostituiu-se, possuía na casa, e no campo.
e também: Eis que está com filho da prostituição. E 6 E ele deixou tudo que possuía nas mãos de José, e ele

Judá disse: Trazei-a, e seja ela queimada. não sabia o que possuía, a não ser o pão que comia. E
25 Mas enquanto era trazida, enviou a dizer a seu so- José era uma boa pessoa e formoso à vista.
gro: Do homem, a quem estas coisas pertencem, es- 7 ¶ E aconteceu que, depois destas coisas, a esposa de

tou grávida. E ela disse: Reconheces, suplico-te, de seu senhor lançou seus olhos sobre José; e ela disse:
quem são estas coisas: o selo, as pulseiras e o cajado. Deita-te comigo.
26 E Judá os reconheceu, e disse: Ela foi mais justa do 8 Mas ele se recusou, e disse à esposa de seu senhor:

que eu, porque não lhe dei Selá, meu filho. E ele nun- Eis que meu senhor não sabe do que está comigo na
ca mais a conheceu. casa, e ele confiou tudo o que tem nas minhas mãos;
27 ¶ E aconteceu que, no tempo de seu parto, eis que 9 não há ninguém maior na casa do que eu. Tampou-

havia gêmeos em seu ventre. co me negou coisa alguma senão a ti, pois és mulher
38:17 ver 20 • 38:18 ver 25 • 38:19 ver 14 • 38:24 Lv 21:9; Dt 22:21,22 • 38:25 ver 18 • 38:261Sm 24:17; ver 11 • 38:29 Gn 46:12; Nm 26:20,21; Mt 1:3
• 39:1 Gn 37:36; Gn 37:25; Sl 105:17 • 39:3 Gn 21:22; 26:28; Sl 1:3 • 39:8 Pv 6:23,24 • 39:9 Gn 20:6; 42:18; 2Sm 12:13

Sua terrível calamidade transformara-o de uma 39:9. As primeiras impressões fortaleceram As sementes plantadas na infância por uma
criança mimada em um homem ponderado, seu coração – As primeiras impressões feitas mãe cuidadosa e temente a Deus se tornarão
corajoso e senhor de si (PP, 213-214). na mente de José fortaleceram seu coração na árvores de justiça que florescerão e darão fru-
39:1. José permaneceu 10 anos como escra- hora da terrível tentação e o fizeram exclamar: tos; e as lições dadas, por preceito e exemplo,
vo na casa de Potifar – Chegando ao Egito, “Como, então, eu poderia fazer tamanho mal e por um pai temente a Deus produzirão uma co-
José foi vendido a Potifar, capitão da guarda pecar contra Deus?” (Gn 39:9). É na infância o lheita abundante, como no caso de José (RH,
do rei, a cujo serviço permaneceu dez anos período em que as impressões mais duradou- 01/01/1880).
(PP, 214). ras podem ser feitas...
a Gênesis 39 b 73

dele. Como, então, eu poderia fazer tamanho mal e 15 e aconteceu que, quando ele ouviu que eu levan-

Gn
pecar contra Deus? tei a minha voz e gritei, ele deixou sua veste comigo,
10 E aconteceu que, enquanto ela falava com José dia fugiu e saiu para fora.
após dia, ele não lhe ouvia para deitar-se com ela, ou 16 E ela guardou a veste dele consigo, até que seu se-

para estar com ela. nhor voltasse para casa.


11 E aconteceu que, certo tempo, José entrou na casa 17 E ela lhe falou segundo estas palavras, dizendo: O

para fazer seu serviço, e não havia ninguém dos ho- servo hebreu, que tu nos trouxeste, veio a mim para
mens da casa ali dentro. me escarnecer.
12 E ela o apanhou pela sua veste, dizendo: Deita-te co- 18 E aconteceu que, quando eu levantei a minha voz e

migo. E ele deixou sua veste na mão dela, fugiu e saiu gritei, ele deixou sua veste comigo, e fugiu.
para fora. 19 E aconteceu que, quando seu senhor ouviu estas pala-
13 E aconteceu que, quando ela viu que ele havia vras de sua mulher, que ela lhe falou, dizendo: Foi desta
deixado sua veste em sua mão, e havia fugido para maneira que teu servo agiu comigo, sua ira se acendeu.
fora, 20 E o senhor de José o tomou, e o colocou na prisão,
14 ela chamou os homens da casa, e falou a eles, di- em um lugar onde estavam presos os prisioneiros do
zendo: Vede, ele trouxe para cá um hebreu para nos rei; e ele esteve ali na prisão.
escarnecer. Ele veio a mim para deitar-se comigo, e 21 ¶ Mas o ­Senhor estava com José, e lhe mostrou mise-

eu gritei em alta voz, ricórdia, e lhe deu favor aos olhos do guarda da prisão.
39:12 Pv 7:13 • 39:14 Dt 22:24,27 • 39:17 Êx 23:1,7 • 39:19 Pv 6:34 • 39:20 Sl 105:18 • 39:21 Êx 3:21

39:9-12. O futuro dependendo da decisão de às quais todos estão expostos, são necessárias que finalmente o levou à prosperidade e hon-
um momento – Poucas tentações são mais pe- defesas fortes e confiáveis nas quais se podem ra. Deus pretendia que José obtivesse experiên-
rigosas ou mais fatais para os jovens do que descansar. Neste século corrupto, muitos têm cias por meio das tentações, adversidades e
a tentação da sensualidade e, se cedidas a uma provisão tão pequena da graça de Deus, privações, a fim de prepará-lo para ocupar uma
ela, nenhuma será tão decididamente devas- que sua defesa é muitas vezes quebrada no posição elevada (SG 3, 146).
tadora para a alma e o corpo no presente e na primeiro assalto, e por tremendas tentações A religião de José era pura e o elevava – A re-
eternidade. O bem-estar de todo futuro de Jo- nos tornamos cativos. O escudo da graça po- ligião de José manteve-lhe o temperamen-
sé dependia da decisão de um momento. Tran- de preservar a todos de serem vencidos pelas to agradável e calorosa e forte sua simpatia
quilamente José levanta os olhos ao céu em tentações do inimigo, mesmo que estejam cer- para com a humanidade, não obstante todas
busca de ajuda, deixando sua roupa exterior cados pelas influências mais corruptoras. Por as suas provações. Pessoas há que, se julgam
nas mãos de sua sedutora. E enquanto seus meio de princípios firmes e inamovível confian- que não são tratadas com justiça, tornam-se
olhos brilham com firme determinação, em vez ça em Deus, a virtude e nobreza de caráter po- azedas, sem generosidade, duras e descorte-
de paixão ímpia, exclama: “Como, então, eu po- dem brilhar e, embora cercados pelo mal, ne- ses em palavras e comportamento. Sucumbem
deria fazer tamanho mal e pecar contra Deus?” nhuma mácula deve permanecer na virtude e desfalecidas, cheias de ódio, aborrecendo os
(Gn 39:9). A vitória está ganha, foge da seduto- integridade. E se, como no caso de José, sofre- outros. Mas José era cristão. Tão logo entrou
ra; Ele está salvo (CJN, 69). rem calúnias e falsas acusações, a providência na vida de prisioneiro, pôs em exercício todo o
39:12-13. Um espetáculo para o Universo ex- reverterá todos os artifícios do inimigo para o brilho de seus princípios cristãos na vida práti-
pectante – A fé e integridade de José deveriam, bem, e, no devido tempo, Deus os exaltará ain- ca; começou a tornar-se útil aos outros. Tomou
porém, ser experimentadas por terríveis provas. da mais alto do que foram rebaixados por uma parte nas tribulações de seus companheiros de
A esposa de seu senhor esforçou-se por sedu- vingança ímpia (SG 3, 145). prisão. Era alegre; era um cavalheiro cristão.
zir o jovem a transgredir a lei de Deus.Até ali ele 39:20 A aparente prosperidade do vício é um Por essa disciplina, Deus o estava preparan-
permanecera incontaminado da corrupção que teste difícil (Lm 3:27; Mt 23:12) – A fiel inte- do para uma situação de grande responsabi-
enchia aquela terra gentílica; mas esta tentação gridade de José o levou à perda de sua reputa- lidade, honra e utilidade, e ele estava pronto
tão súbita, forte e sedutora, como poderia ser ção e liberdade. Esta é a prova mais severa à a aprender; acolheu de boa vontade as lições
enfrentada? José bem sabia qual seria a con- qual os virtuosos e tementes a Deus são sub- que o Senhor lhe queria ensinar. Aprendeu a
sequência da resistência. De um lado estavam metidos: o vício parece prosperar enquanto a levar o jugo na sua juventude. Aprendeu a go-
o encobrimento, os favores e as recompensas; virtude é pisada no pó. A sedutora estava viven- vernar, aprendendo primeiro a obedecer. Humi-
do outro a desgraça, a prisão, a morte talvez. do na prosperidade como modelo de conduta lhou-se a si mesmo, e o Senhor o exaltou a uma
Toda sua vida futura dependia da decisão do virtuosa, enquanto José, que fora fiel aos prin- honra especial (Ca 58, 1880).
momento. Triunfariam os princípios? Seria José cípios, estava sob a acusação do crime mais A prisão foi o meio usado por Deus para la-
ainda fiel a Deus? Com inexprimível ansiedade repulsivo (Ca 58, 1880). pidar José para sua missão. José encontrou
os anjos olhavam para aquela cena (PP, 217). As dificuldades prepararam José para ocupar mesmo na prisão uma obra a fazer. Deus es-
39:9-19. A providência prevalecerá sobre os uma posição exaltada – O papel que José de- tava preparando-o na escola da aflição (PP,
artifícios do inimigo – No meio das armadilhas sempenhou nas cenas da prisão sombria foi o 218).
74 a Gênesis 40, 41 b
22 E o guarda da prisão confiou à mão de José todos os 15 pois na verdade eu fui roubado da terra dos he-
prisioneiros que estavam na prisão, e tudo o que eles breus, e aqui também não fiz nada para que eles me
faziam ali, era ele que fazia ali. pusessem na masmorra.
23 O guarda da prisão não cuidava de nada que esta- 16 Quando o chefe dos padeiros viu que a interpreta-

va sob a mão dele, porque o ­Senhor estava com ele, e ção era boa, ele disse a José: Eu também estava no meu
aquilo que ele fazia, o S­ enhor fazia prosperar. sonho, e eis que eu tinha três cestos brancos sobre
minha cabeça,
José interpreta sonhos 17 e no cesto mais alto havia todo tipo de pão para Faraó;

40 E aconteceu, depois destas coisas, que o mor-


domo do rei do Egito e seu padeiro haviam
ofendido seu senhor e rei do Egito.
e as aves os comiam do cesto sobre a minha cabeça.
18 E José respondeu e disse: Esta é a sua interpreta-

ção: Os três cestos são três dias.


2 E Faraó estava irado contra dois de seus oficiais, contra 19 Mas em três dias Faraó levantará tua cabeça de

o chefe dos mordomos, e contra o chefe dos padeiros. sobre ti, e te pendurará em uma árvore, e as aves co-
3 E ele colocou-os em custódia, na casa do capitão da merão a tua carne de sobre ti.
guarda, na prisão, o lugar em que José estava preso. 20 ¶ E aconteceu que , no terceiro dia, era o aniver-
4 E o capitão da guarda encarregou José deles, e ele os sário de Faraó, e ele fez uma festa para todos os seus
serviu, e eles estiveram um período na prisão. servos; e ele levantou a cabeça do chefe dos mor-
5 ¶ E ambos sonharam um sonho, cada homem seu domos e do chefe dos padeiros entre seus servos.
sonho em uma noite, cada homem de acordo com a 21 E ele restabeleceu o chefe dos mordomos a seu
interpretação do seu sonho, o mordomo e o padeiro ofício de mordomo novamente; e ele serviu o copo
do rei do Egito, que estavam presos na prisão. na mão de Faraó.
6 E José veio a eles de manhã, e olhou para eles, e eis 22 Mas ele enforcou o chefe dos padeiros, como José
que eles estavam tristes. havia lhes interpretado.
7 E ele perguntou aos oficiais de Faraó, que estavam 23 Mas o chefe dos mordomos não se lembrou de Jo-
com ele na prisão, da casa de seu senhor, dizendo: Por sé, porém o esqueceu.
que aparentais tão tristes hoje?
8 E lhes disseram: Sonhamos um sonho, e não há José interpreta o sonho do Faraó
quem o interprete. E José lhes disse: Não pertencem
as interpretações a Deus? Diga-me eles, rogo-vos.
9 E o chefe dos mordomos contou seu sonho a José,
41 E aconteceu que, ao final de dois anos com-
pletos, Faraó sonhou. E eis que ele estava em
pé junto ao rio.
e lhe disse: No meu sonho, eis que uma videira esta- 2 E eis que saíram do rio sete vacas gordas e de for-

va diante de mim, moso aspecto, e pastavam na campina.


10 e na videira estavam três ramos; e era como se es- 3 E eis que sete outras vacas saíram depois delas do

tivesse brotando, e sua flor saía, e os seus cachos pro- rio, feias de aparência e magras, e estavam em pé
duziram uvas maduras. junto às outras vacas sobre a margem do rio.
11 E o copo de Faraó estava na minha mão, e eu apa- 4 E as vacas feias de aparência e magras, comeram as
nhei as uvas, e as espremi dentro do copo de Faraó, e sete vacas gordas e de formoso aspecto. Então Faraó
dei o copo na mão de Faraó. acordou.
12 E José lhes disse: Esta é a sua interpretação: Os três 5 E ele dormiu e sonhou uma segunda vez. E eis que
ramos são três dias. sete espigas de trigo brotaram de um mesmo talo,
13 Mas em três dias Faraó levantará a tua cabeça, e te cheias e boas.
restabelecerá ao teu lugar, e tu servirás o copo de Fa- 6 E eis que sete espigas miúdas e queimadas do ven-
raó nas mãos dele, conforme a maneira antiga quan- to oriental brotavam depois delas.
do tu eras seu mordomo. 7 E as sete espigas miúdas devoraram as sete espigas
14 Mas lembra-te de mim quando estiver bem contigo, cheias e boas. E Faraó acordou, e eis que era um sonho.
e mostra bondade, rogo-te, para comigo, e faze men- 8 E aconteceu que, de manhã, seu espírito estava
ção de mim a Faraó, e tira-me desta casa, perturbado, e ele enviou e chamou todos os magos
39:23 ver 3 40:3 Gn 39:20 • 40:8 Gn 41:8,15; Gn 41:16; Dn 2:22,28,47 • 40:12 Dn 2:36; 4:19 • • 40:14 Js 2:12 • 40:18 ver 12 • 40:19 ver 13 • 40:21
ver 13 • 40:22 ver 19; Sl 105:19 • 41:8 Dn 2:1,3; 4:5,19; Êx 7:11,22; Dn 2:2,27; 4:7
a Gênesis 41 b 75

do Egito, e todos os homens sábios de lá. E Faraó lhes 23 E eis que sete espigas secas, miúdas e queimadas

Gn
contou o seu sonho, mas não houve um que pudesse do vento oriental brotaram depois delas.
interpretá-lo para Faraó. 24 E as espigas miúdas devoraram as sete espigas boas.
9 ¶ Então, falou o chefe dos mordomos a Faraó, dizen- E eu contei isso aos magos, mas não houve ninguém
do: Lembro-me hoje das minhas falhas. que pudesse interpretá-lo para mim.
10 Faraó estava irado com seus servos, e me colocou 25 ¶ E José disse a Faraó: O sonho de Faraó é um: Deus

na prisão da casa do capitão da guarda, a mim e o che- mostrou a Faraó o que ele está para fazer.
fe dos padeiros; 26 As sete vacas boas são sete anos, e as sete espigas
11 e nós sonhamos um sonho certa noite, eu e ele. So- boas são sete anos; o sonho é um.
nhamos cada homem de acordo com a interpretação 27 E as sete vacas magras e feias à vista que saíram de-
do seu sonho. pois delas são sete anos, e as sete espigas vazias quei-
12 E havia lá conosco um jovem, um hebreu, servo do madas do vento oriental serão sete anos de fome.
capitão da guarda. E nós lhe contamos, e ele nos in- 28 Isto é o que eu tenho para falar a Faraó: O que Deus
terpretou nossos sonhos, para cada homem de acor- está prestes a fazer, ele mostrou a Faraó.
do com o seu sonho ele interpretou. 29 Eis que vêm sete anos de grande fartura em toda a
13 E aconteceu que, assim como ele interpretou pa- terra do Egito;
ra nós, assim foi. A mim ele restabeleceu para o meu 30 e depois deles surgirão sete anos de fome, e toda
ofício, e a ele enforcou. a fartura será esquecida na terra do Egito; e a fome
14 ¶ Então, Faraó enviou e chamou José, e eles o trou- consumirá a terra,
xeram apressadamente da masmorra. E ele se bar- 31 e a fartura não será conhecida na terra por causa
beou, e mudou as suas vestes, e veio a Faraó. da fome que se seguirá, pois esta será muito grave.
15 E Faraó disse a José: Sonhei um sonho, e não há 32 E por isso, o sonho foi repetido a Faraó duas vezes;
ninguém que o possa interpretar. E eu ouvi dizer de é porque a coisa está estabelecida por Deus, e Deus
ti, que tu podes entender um sonho e interpretá-lo. em breve a fará acontecer.
16 E José respondeu a Faraó, dizendo: Não está em 33 Agora faça Faraó encontrar um homem prudente e
mim; Deus dará a Faraó uma resposta de paz. sábio, e o coloque sobre a terra do Egito.
17 E Faraó disse a José: No meu sonho, eis que eu es- 34 Que Faraó o faça, e que ele nomeie oficiais sobre
tava em pé na margem do rio, a terra, e que recolham uma quinta parte da terra do
18 e eis que saíram do rio sete vacas gordas e de formo-
Egito nos sete anos de fartura.
so aspecto, e pastavam na campina. 35 E ajuntem eles todo o alimento desses bons anos
19 E eis que sete outras vacas saíram depois delas, feias
que vêm, e amontoem trigo sob a mão de Faraó, e que
de aparência e magras, tais como eu nunca vi em to- eles guardem alimento nas cidades.
da a terra do Egito, quanto à fealdade. 36 E esse alimento será para o provimento da terra du-
20 E as vacas magras e feias à vista comeram as primei-
rante os sete anos de fome que haverá na terra do Egi-
ras sete vacas gordas. to, para que a terra não pereça de fome.
21 E quando as haviam comido, não se podia saber que

as haviam comido, mas ainda eram feias à vista, co- José, governador do Egito
mo no início. Então eu acordei. 37 ¶
  E a coisa foi boa aos olhos de Faraó e aos olhos de
22 E eu vi no meu sonho, e eis que sete espigas brota- todos os seus servos.
ram de um talo, cheias e boas. 38 E Faraó disse a seus servos: Acharemos alguém

41:10 Gn 40:2 • 41:11 Gn 40:5 • 41:12 Gn 40:12 • 41:13 Gn 40:22 • 41:14 Sl 105:20; Dn 2:25 • 41:15 Dn 5:16 • 41:16 Gn 40:8; Dn 2:30; At 3:12;
2Co 3:5 • 41:25 Dn 2:45 • 41:27 2Rs 8:1 • 41:29 ver 47 • 41:30 ver 54; Gn 47:13 •  41:35 ver 48 • 41:38 Nm 27:18; Jó 32:8; Dn 4:8,9,18; 5:11,14

41:38. Os homens reconhecem um vivo rela- Aquele que está em um vívido relacionamento 41:38-40. O segredo da fidelidade – José car-
cionamento com Deus – Aquele que recebe a com Deus pode estar em uma posição humilde, regava sua religião em todos os lugares, e es-
Cristo por uma fé viva tem um vivo relacionamen- e, ainda assim, seu valor moral é tão precioso se era o segredo de sua permanente fidelida-
to com Deus e é um vaso de honra. Traz consi- quanto o de José e Daniel, que foram reconheci- de (Ms 59, 1897).
go a atmosfera do Céu, que é a graça de Deus, dos pelos reis pagãos como homens com quem
um tesouro que o mundo não pode comprar. o Espírito de Deus estava (Ms 54, 1894).
76 a Gênesis 42 b

como este, um homem em quem está o Espírito de 55 E quando toda a terra do Egito teve fome, o povo
Deus? clamou a Faraó por pão; e Faraó disse a todos os egíp-
39 E Faraó disse a José: Visto que Deus te mostrou tudo cios: Ide a José; o que ele lhes disser, fazei.
isto, não há ninguém tão prudente e sábio como tu és. 56 E a fome estava sobre toda a face da terra, e José
40 Tu estarás sobre a minha casa, de acordo com tua abriu todos os depósitos, e vendeu aos egípcios, e a
palavra todo o meu povo será governado; somente fome aumentou muito na terra do Egito.
no trono eu serei maior do que tu. 57 E todas as regiões vinham ao Egito, a José para com-

41 E Faraó disse a José: Vê! Coloquei-te sobre toda a prar trigo, porque a fome era tão grande em todas as
terra do Egito. terras.
42 E Faraó tomou seu anel da sua mão e o colocou so-

bre a mão de José, e o vestiu com vestes de linho fino, Os irmãos de José vão ao Egito
e colocou um colar de ouro em volta do seu pescoço,
43 e o fez subir na segunda carruagem que ele tinha,
42 Ora, quando Jacó viu que havia trigo no Egito,
Jacó disse a seus filhos: Por que ficais olhando
uns para os outros?
e clamavam adiante dele: Ajoelhai; e ele o fez gover- 2 E ele disse: Eis que eu ouvi que há trigo no Egito;
nador sobre toda a terra do Egito.
44 E Faraó disse a José: Eu sou Faraó, e sem ti ne-
descei para lá e comprai para nós dali, para que viva-
mos, e não morramos.
nhum homem levantará sua mão ou pé em toda a 3 ¶ E os dez irmãos de José desceram para comprar
terra do Egito.
45 E Faraó chamou o nome de José Zafenate-Paneia,
trigo no Egito.
4 Mas a Benjamim, irmão de José, Jacó não enviou
e lhe deu por mulher Azenate, a filha de Potífera, sa- com seus irmãos, pois ele disse: Para que porventura
cerdote de Om. E José saiu por toda a terra do Egito. não lhe aconteça alguma desgraça.
46 ¶ E José estava com trinta anos de idade quando es-
5 E os filhos de Israel vieram comprar trigo entre os
tava diante de Faraó, rei do Egito. E José saiu da pre- que vieram, porque a fome estava na terra de Canaã.
sença de Faraó, e foi por toda a terra do Egito. 6 E José era o governador da terra, e era ele que ven-
47 E nos sete anos de fartura a terra produziu aos
dia a todas as pessoas da terra; e os irmãos de José
montões. vieram, e se curvaram diante dele com sua face em
48 E ele ajuntou todo o alimento dos sete anos, que ha-
terra.
via na terra do Egito, e armazenou o alimento nas ci- 7 E José viu seus irmãos, e ele os reconheceu, mas se
dades. O alimento do campo, que estava ao redor de fez de estranho para eles, e falou asperamente com
cada cidade, ele armazenou da mesma forma. eles. E ele lhes disse: De onde vindes? E eles disseram:
49 E José ajuntou trigo como a areia do mar, muitís-
Da terra de Canaã para comprar alimento.
simo, até ele perder a conta, pois era sem número. 8 E José reconheceu seus irmãos, mas eles não o
50 E a José nasceram dois filhos, antes de virem os anos
reconheceram.
da fome, que Azenate, a filha de Potífera, sacerdote 9 E José lembrou-se dos sonhos que havia sonhado so-
de Om, lhe deu. bre eles, e lhes disse: Sois espiões. Viestes para ver a
51 E José chamou o nome do primeiro Manassés, pois
nudez da terra.
Deus, disse ele, me fez esquecer todo o meu labor, e 10 E eles lhe disseram: Não, meu senhor, mas para
toda a casa de meu pai. comprar alimento vieram teus servos.
52 E o nome do segundo chamou Efraim, pois Deus me 11 Somos todos filhos de um homem; somos homens
fez ser frutífero na terra da minha aflição. verdadeiros; teus servos não são espiões.
53 ¶ E os sete anos de fartura, que houve na terra do 12 E ele lhes disse: Não, mas para ver a nudez da ter-
Egito, terminaram. ra é que viestes.
54 E os sete anos de escassez começaram, de acordo 13 E eles disseram: Teus servos são doze irmãos, os

com o que José havia dito; e a escassez estava em to- filhos de um homem na terra de Canaã. E eis que o
das as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão. mais jovem está hoje com nosso pai, e um não está.
41:40 Sl 105:21,22; At 7:10 • 41:41 Gn 42:6 • 41:42 Et 3:10; Dn 5:7,16,29 • 41:52 Gn 17:6; 49:22 • 41:54 ver 30; Sl 105:11; At 7:11 • 42:1 At 7:12 •
42:2 Gn 43:8 • 42:4 ver 38 • 42:5 At 7:11 • 42:6 Gn 41:41; Gn 37:7‑10 • 42:9 Gn 37:7 • 42:13 Gn 37:30,33; 44:20
a Gênesis 43 b 77

14 E José lhes disse: Foi isso que eu vos falei, dizen- 28  E ele disse a seus irmãos: Meu dinheiro foi devolvi-

Gn
do: Sois espiões. do, e eis que está no meu saco. E o coração deles des-
15 Por isto sereis provados: Pela vida de Faraó não sai- faleceu, e eles ficaram temerosos, dizendo uns aos
reis daqui, a não ser que vosso irmão mais jovem ve- outros: O que é isto que Deus nos fez?
nha para cá. 29 ¶ E eles vieram a Jacó, seu pai, à terra de Canaã,
16 Enviai um de vós, e que ele traga vosso irmão, e vós e lhe contaram tudo que lhes acontecera, dizendo:
sereis mantidos na prisão, para que vossas palavras 30 O homem, que é o senhor da terra, falou aspera-

sejam provadas, se há alguma verdade em vós. Ou se- mente conosco, e nos tomou por espiões da terra.
não pela vida de Faraó, verdadeiramente sois espiões. 31 E lhe dissemos: Somos homens verdadeiros, não
17 E ele os colocou todos juntos na prisão por três dias. somos espiões;
18 E José lhes disse no terceiro dia: Fazei isto, e vivei, 32 somos doze irmãos, filhos de nosso pai; um não

pois eu temo a Deus: está, e o mais jovem está hoje com nosso pai na ter-
19 Se sois homens verdadeiros, deixai que um de vos- ra de Canaã.
sos irmãos fique preso na casa de vossa prisão. Ide vós, 33 E o homem, senhor da terra, nos disse: Por isto eu

levai trigo para a fome de suas casas, saberei que sois homens verdadeiros: Deixai um de
20 mas trazei-me vosso irmão mais jovem. Assim, vos- vossos irmãos aqui comigo, e levai alimento para a
sas palavras serão verificadas, e vós não morrereis. E fome de vossas famílias, e parti.
assim eles fizeram. 34 Trazei-me vosso irmão mais jovem. Então eu sabe-
21 ¶ E eles disseram uns aos outros: Somos realmen- rei que não sois espiões, mas que sois homens ver-
te culpados a respeito do nosso irmão, quando vimos dadeiros. Assim eu vos entregarei vosso irmão, e ne-
a angústia da sua alma, quando nos implorou, e não gociareis na terra.
o escutamos; por isso veio essa desgraça sobre nós. 35 ¶ E aconteceu que, quando eles esvaziaram seus
22 E Rúben lhes respondeu, dizendo: Não vos falei, di- sacos, eis que cada homem tinha o seu pacote de di-
zendo: Não pequeis contra o menino, e vós não ouvis- nheiro no seu saco; e quando eles e seu pai viram os
tes? Por isso, eis que o seu sangue também é requerido. seus pacotes de dinheiro, ficaram temerosos.
23 E eles não sabiam que José os entendia, pois ele fa- 36 E Jacó, seu pai, disse-lhes: Vós me privastes de meus

lava com eles por meio de um intérprete. filhos: José não está, e Simeão não está, e ainda quereis
24 E ele se afastou deles, e chorou, e voltou a eles no- tomar Benjamim. Todas estas coisas estão contra mim.
vamente, e falou com eles, e tomou deles Simeão, e 37 E Rúben falou com seu pai, dizendo: Mata meus

o amarrou diante dos seus olhos. dois filhos, se eu não o trouxer a ti. Entrega-o em mi-
25 ¶ Então José ordenou que enchessem de trigo seus nha mão, e eu o trarei para ti novamente.
sacos, e que devolvessem a cada homem seu dinhei- 38 E ele disse: Meu filho não descerá convosco, pois

ro, a cada um em seu saco, e que lhes dessem provi- seu irmão está morto, e ele foi deixado só. Se algu-
são para o caminho. E assim lhes fizeram. ma desgraça cair sobre ele no caminho em que for-
des, então, com tristeza, levareis meus cabelos gri-
Os irmãos de José voltam para casa salhos à sepultura.
26 E eles carregaram os seus jumentos com trigo, e
partiram dali. Os irmãos de José retornam com Benjamim
27 E quando um deles abriu o seu saco para dar forra-

gem ao seu jumento na hospedaria, ele viu o seu di-


nheiro, pois eis que estava na boca do seu saco.
43
E a fome era grave na terra.
2 E aconteceu que, quando eles terminaram

de comer o trigo que haviam trazido do Egito, seu pai


42:15 1Sm 17:55 • 42:18 Lv 25:43 • 42:20 ver 15,34; Gn 43:5 • 42:21 Os 5:15 • 42:22 Gn 37:21,22; Gn 9:5 • 42:25 Rm 12:17, 20, 21 • 42:30 ver 7 •
42:34 Gn 34:10 • 42:36 Gn 43:14 • 42:38 Gn 37:33; Gn 37:35 • 43:1 Gn 12:10; 41:56,57

42:21. Os irmãos de José temiam a escravi-


dão – Eles [os irmãos de José] venderam Jo-
sé como escravo, e temiam que Deus tivesse
o propósito de puni-los, permitindo que se tor-
nassem escravos (SG 3, 155).
78 a Gênesis 43 b

lhes disse: Ide novamente, comprai um pouco de 16 E quando José viu Benjamim com eles, disse ao ad-
alimento. ministrador de sua casa: Levai estes homens para ca-
3 E Judá falou com ele, dizendo: O homem nos afir- sa, e mata um animal, e prepara, porque estes ho-
mou solenemente, dizendo: Não vereis a minha face, mens comerão comigo ao meio-dia.
exceto se vosso irmão estiver convosco. 17 E o homem fez como José ordenara, e o homem le-
4 Se tu enviares nosso irmão conosco, desceremos pa- vou os homens para a casa de José.
ra comprar-te alimento, 18 E os homens ficaram temerosos, porque eles foram

5 mas se tu não o enviares, não desceremos, porque levados à casa de José, e disseram: Por causa do di-
o homem nos disse: Não vereis a minha face, exceto nheiro que foi devolvido aos nossos sacos na primei-
se vosso irmão estiver convosco. ra vez fomos trazidos aqui, para procurarem motivo
6 E Israel disse: Por que agistes tão maldosamente comi- contra nós, e se arremessar sobre nós, e nos tomar
go, ao contar ao homem que tínheis ainda um irmão? por escravos, e a nossos jumentos.
7 E eles disseram: O homem nos perguntou particular-
A festa com José
mente por nossa condição, e por nossa parentela, dizen- 19 E se aproximaram do administrador da casa de Jo-
do: Vosso pai ainda está vivo? Tendes outro irmão? E
sé, e conversaram com ele à porta da casa,
lhe contamos de acordo com o teor destas palavras. Co- 20 e disseram: Oh! Senhor, viemos, na verdade, a pri-
mo poderíamos saber que ele diria: Trazei vosso irmão?
8 E Judá disse a Israel, seu pai: Envia o rapaz comigo,
meira vez para comprar alimento,
21 e aconteceu que, quando chegamos à hospedaria,
e nos levantaremos e partiremos, para que vivamos, e abrimos nossos sacos e eis que o dinheiro de cada
não morramos, tanto nós, como tu e também nossos homem estava na boca de seu saco, nosso dinheiro
pequenos. em todo o seu peso, e o trouxemos nas nossas mãos
9 Eu serei fiador por ele; da minha mão o exigirás. Se
novamente.
eu não o trouxer a ti, e o colocar diante de ti, então 22 E outro dinheiro trouxemos nas nossas mãos para
deixa-me carregar a culpa para sempre, comprar alimento; não sabemos quem colocou o nos-
10 porque se não tivéssemos demorado, certamente
so dinheiro em nossos sacos.
agora já teríamos retornado uma segunda vez. 23 E ele disse: Paz esteja convosco, não temais. Vosso
11 E o seu pai, Israel, disse-lhes: Se precisa ser assim
Deus, e o Deus de vosso pai, deu-vos um tesouro em
agora, fazei-o: tomai os melhores frutos da terra em vossos sacos; eu recebi o vosso dinheiro. E ele lhes
vossos vasos, e levai um presente ao homem, um pou- trouxe Simeão.
co de bálsamo, um pouco de mel, especiarias e mirra, 24 E o homem conduziu os homens à casa de José, e
nozes e amêndoas. lhes deu água, e eles lavaram seus pés, e ele deu for-
12 E levai dinheiro em dobro em vossas mãos. E o di-
ragem aos seus jumentos.
nheiro que foi trazido novamente na boca dos vossos 25 E eles prepararam o presente para José, que viria
sacos, levai-o novamente em vossas mãos. Talvez te- ao meio-dia, porque ouviram que eles deveriam co-
nha sido um erro. mer pão ali.
13 Levai também vosso irmão, e levantai-vos, ide no- 26 ¶ E quando José veio para casa, trouxeram-lhe o
vamente ao homem; presente que estava nas mãos deles para dentro da
14 e o Deus Todo-poderoso vos dê misericórdia diante
casa, e se curvaram diante dele com a face em terra.
do homem, para que ele possa enviar vosso outro ir- 27 E ele lhes perguntou sobre seu bem-estar, e disse:
mão, e Benjamim. Se eu for privado de meus filhos, Está bem o vosso pai, o velho de quem falastes? Ele
privado serei. ainda está vivo?
15 ¶ E os homens tomaram o presente, e levaram di- 28 E eles responderam: Teu servo, nosso pai, está com

nheiro em dobro nas suas mãos, e a Benjamim, e se le- boa saúde, ele ainda está vivo. E eles curvaram sua
vantaram, e desceram ao Egito, e se colocaram diante cabeça, e fizeram reverência.
de José. 29 E ele levantou seus olhos, e viu seu irmão Benjamim,

43:3 Gn 42:15; 44:23 • 43:7 Gn 42:13 • 43:9 Gn 42:37; 44:32; Fm 18,19 • 43:11 Gn 32:20; Pv 18:16; Gn 37:25; Jr 8:22 • 43:12 Gn 42:25 • 43:16
Gn 44:1,4,12 • 43:21 ver 15; Gn 42:27,35 • 43:24 ver 16; Gn 18:4; 24:32 • 43:26 Gn 37:7,10 • 43:28 Gn 37:7 • 43:29 Gn 42:13
a Gênesis 44 b 79

filho de sua mãe, e disse: Este é vosso irmão mais jo-  E ele disse: Então seja agora de acordo com vossas
10

Gn
vem, do qual me falastes? E ele disse: Deus seja gra- palavras. Aquele com quem for encontrado será meu
cioso contigo, meu filho. escravo, e vós estareis sem culpa.
30 E José se apressou, pois as suas entranhas se move- 11 Então eles se apressaram em descer, cada homem pôs

ram para com seu irmão. E ele procurou onde chorar, em terra o seu saco, e cada homem abriu o seu saco.
e entrou na sua câmara, e chorou ali. 12 E ele procurou, e começou pelo mais velho, e ter-
31 E ele lavou sua face, e saiu, e se conteve, e disse:minou com o mais jovem, e o copo foi encontrado no
Ponde o pão. saco de Benjamim.
32 E colocaram para ele à parte, e para eles à parte, e13 Então eles rasgaram suas vestes, e carregaram ca-

à parte para os egípcios que comiam com ele, porque da homem os seus jumentos, e voltaram à cidade.
os egípcios não podiam comer pão com os hebreus, 14 ¶ E Judá e seus irmãos vieram à casa de José, pois

porque isso é abominação para os egípcios. ele ainda estava ali; e eles prostraram-se em terra
33 E assentaram-se diante dele, o primogênito de acor- diante dele.
do com seu direito de nascimento, e o mais jovem de 15 E José lhes disse: Que ato é este que fizestes? Não

acordo com sua juventude, e os homens se maravi- sabeis que um homem como eu pode certamente
lharam entre si. adivinhar?
34 E de si mesmo ele tomou porções para eles, mas a 16 E Judá disse: O que diremos a meu senhor? O que

porção de Benjamim era cinco vezes maior do que as devemos falar? Ou como nos inocentaremos? Deus
dos outros. E eles beberam, e se alegraram com ele. descobriu a iniquidade de teus servos. Eis que somos
servos de meu senhor, tanto nós quanto aquele com
José detém Benjamim quem também foi achado o copo.
44  E ele ordenou ao administrador de sua casa, 17 E ele disse: Longe de mim que eu faça isso; mas o
dizendo: Enche os sacos dos homens com ali- homem em cuja mão foi achado o copo, este será meu
mento, tanto quanto eles puderem carregar, e põe o servo. E quanto a vós, levantai-vos e voltai em paz ao
dinheiro de cada homem na boca de seu saco. vosso pai.
2 E põe o meu copo, o copo de prata, na boca do sa-

co do mais jovem, e o dinheiro do seu trigo. E ele fez Judá intercede por Benjamim
conforme a palavra que José havia falado. 18 ¶ Então Judá se aproximou dele, e disse: Ó meu se-
3 Assim que raiou a luz da manhã, os homens foram nhor, deixai que teu servo, suplico-te, fale uma pa-

enviados, eles e seus jumentos. lavra aos ouvidos de meu senhor, e não deixai que a
4 E quando haviam saído da cidade, e ainda não esta- tua ira se acenda contra teu servo, porque tu és co-

vam distantes, José disse a seu administrador: Levan- mo o próprio Faraó.


ta-te, segue os homens, e quando os alcançares, dize- 19 Meu senhor perguntou a seus servos, dizendo: Ten-
-lhes: Por que pagastes o bem com o mal? des ainda um pai, ou um irmão?
5 Isso não é o que o meu senhor usa para beber, e pelo 20 E nós dissemos a meu senhor: Temos um pai, um

qual ele adivinha? Fizestes mal em fazer isso. homem velho, e um filho da sua velhice, um peque-
6 ¶ E ele os alcançou e lhes falou as mesmas palavras. no. E seu irmão está morto, e só ele foi deixado de sua
7 E eles lhe disseram: Por que meu senhor diz estas mãe, e seu pai o ama.

palavras? Deus proíbe que teus servos façam confor- 21 E tu disseste a teus servos: Trazei-o a mim, para que
me esta coisa. eu possa colocar meus olhos nele.
8 Eis que o dinheiro que encontramos na boca dos 22 E dissemos ao meu senhor: O rapaz não pode dei-

nossos sacos trouxemos novamente a ti da terra de xar seu pai, pois se ele deixar seu pai, seu pai morrerá.
Canaã. Como então nós roubaríamos da casa de teu 23 E tu disseste a teus servos: Se vosso irmão mais jo-
senhor prata ou ouro? vem não vier, não vereis mais a minha face.
9 Aquele dos teus servos com quem for achado, que 24 E aconteceu que, quando nós subimos a teu ser-

morra, e nós também seremos escravos de meu senhor. vo, meu pai, dissemos-lhe as palavras de meu senhor.
43:30 Gn 42:24; 45:2,14,15; 46:29 • 43:32 Gn 46:34 • 43:34 Gn 37:3; 45:22 • 44:8 Gn 42:25; 43:21 • 44:9 Gn 31:32 •  44:13 Gn 37:29; Nm 14:6 • 44:14
Gn 37:7,10 • 44:15 ver 5 • 44:16 ver 9 • 44:18 Gn 18:30; Êx 32:22 • 44:20 Gn 37:33; Gn 42:13 • 44:21 Gn 42:15 • 44:23 Gn 43:5
80 a Gênesis 45 b

25 E nosso pai disse: Ide novamente, e comprai-nos 4 E José disse a seus irmãos: Aproximai-vos de mim,
um pouco de alimento. rogo-vos. E eles se aproximaram. E ele disse: Eu sou
26 E dissemos: Não podemos descer. Se o nosso irmão José, vosso irmão, a quem vendestes ao Egito.
mais jovem for conosco, aí desceremos, porque não 5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos ireis
podemos ver a face do homem, se nosso irmão mais convosco mesmos, por terdes me vendido para cá;
jovem não estiver conosco. pois Deus me enviou adiante de vós para preservar a
27 E teu servo, meu pai, disse-nos: Sabeis que minha vida.
esposa me deu dois filhos; 6 Por estes dois anos a fome esteve na terra; e ainda há
28 e um se foi de mim, e eu disse: Ele certamente foi
cinco anos nos quais não haverá cultivo nem colheita.
despedaçado, e eu não o vi desde então. 7 E Deus me enviou adiante de vós para preservar pa-
29 E se tirardes também este de mim, e um mal acon-
ra vós uma posteridade na terra, e para salvar as vos-
tecer a ele, levareis meus cabelos grisalhos com tris- sas vidas com grande livramento.
teza à sepultura. 8 Então, agora, não fostes vós que me enviastes aqui,
30 Agora, pois, quando eu for a teu servo, meu pai, e
mas Deus. E ele me fez pai de Faraó, e senhor sobre
o rapaz não estiver conosco, visto que a sua vida está toda a sua casa, e governador de toda a terra do Egito.
atada com a vida dele, 9 Apressai-vos e subi a meu pai, e dizei-lhe: Assim diz
31 acontecerá, quando ele vir que o rapaz não está co-
teu filho José: Deus me fez senhor de todo o Egito.
nosco, ele morrerá, e teus servos levarão, com tris- Desce até mim, e não te demores,
teza à sepultura, os cabelos grisalhos de teu servo, 10 e tu habitará na terra de Gósen, e estarás perto de
nosso pai. mim, tu, e teus filhos, e os filhos de teus filhos, e teus
32 Porquanto, teu servo se tornou fiador do rapaz dian-
rebanhos, e teu gado, e tudo que tens.
te do meu pai, dizendo: Se eu não o trouxer a ti, en- 11 E ali eu te sustentarei, pois ainda há cinco anos de
tão eu levarei a culpa diante do meu pai para sempre. fome, para que tu e tua casa e tudo que tens não va-
33 Agora, pois, suplico-te: Deixa teu servo ficar no lu-
des à pobreza.
gar do rapaz como servo para o meu senhor, e deixa 12 E eis que vossos olhos veem, e os olhos de meu ir-
o rapaz subir com seus irmãos.
34 Como, pois, eu subirei a meu pai, e o rapaz não es-
mão Benjamim, que é minha boca que está falando
convosco.
tando comigo? Para que porventura eu não veja o mal 13 E contareis a meu pai de toda a minha glória no Egi-
que virá sobre o meu pai.
to, e de tudo o que tendes visto; apressar-vos-eis, e
José revela sua identidade trareis meu pai para cá.

45
14 E ele caiu sobre o pescoço de seu irmão Benjamim,
Então José não se pôde conter diante de todos
os que estavam com ele, e ele clamou: Fazei e chorou, e Benjamim chorou sobre o pescoço dele.
15 Além disso, ele beijou todos os seus irmãos, e cho-
sair todo homem de diante de mim. E não havia ho-
mem algum com ele, enquanto José se deu a conhe- rou sobre eles. E depois disso, seus irmãos falaram
cer a seus irmãos. com ele.
2 E ele chorou em voz alta, e os egípcios e a casa de 16 ¶ E essa notícia foi ouvida na casa de Faraó, dizen-

Faraó ouviu. do: Os irmãos de José vieram. E isso agradou muito a


3 E José disse a seus irmãos: Eu sou José; acaso ain- Faraó e a seus servos.
da vive o meu pai? E seus irmãos não lhe puderam 17 E Faraó disse a José: Dize a teus irmãos: Fazei is-

responder, pois eles estavam conturbados com a sua to: Carregai vossos animais, e parti, e ide à terra de
presença. Canaã,
44:27 Gn 46:19 • 44:28 Gn 37:33 • 44:29 Gn 42:38 • 44:30 1Sm 18:1 • 44:32 Gn 43:9 • 45:3 At 7:13 • 45:4 Gn 37:28 • 45:5 ver 7,8; Gn 50:20; Sl 105:17
• 45:8 Jz 17:10; Gn 41:41 • 45:10 Gn 47:1 • 45:13 At 7:14

45:5. A consciência dos irmãos foi tranquili- muito por encontrá-lo vivo, pois sofreram re- sangue, sua consciência perturbada foi tran-
zada – Os irmãos de José humildemente con- morso e grande angústia mental desde o mo- quilizada (SG 3, 167).
fessaram as faltas que haviam cometido contra mento em que o trataram cruelmente. E ago-
José e suplicaram por seu perdão.Alegraram-se ra, sabendo que não eram culpados de seu
a Gênesis 46 b 81

18 e tomai vosso pai e vossas famílias, e vinde a mim, 5 E Jacó levantou-se de Berseba, e os filhos de Israel

Gn
e eu vos darei o bom da terra do Egito, e vós comereis carregaram Jacó, seu pai, e seus pequenos, e suas
a gordura da terra. mulheres, nas carroças que Faraó havia enviado pa-
19 A ti, agora, ordeno: Fazei isto: Tomai carroças da ra o levar.
terra do Egito para vossos pequenos, e para vossas 6 E eles tomaram seu gado, e seus bens, que haviam

mulheres, e trazei vosso pai, e vinde. obtido na terra de Canaã, e vieram ao Egito, Jacó e to-
20 Também não considereis os vossos bens, pois o me- da a sua semente com ele;
lhor de toda a terra do Egito é vosso. 7 seus filhos, e os filhos de seus filhos com ele, suas fi-
21 E os filhos de Israel assim fizeram. E José lhes deu lhas, e as filhas de seus filhos, e toda a sua semente
carroças, de acordo com a ordem de Faraó, e lhes deu ele trouxe consigo para o Egito.
provisões para o caminho. 8 ¶ E estes são os nomes dos filhos de Israel, que vie-
22 A todos eles deu, a cada homem, mudas de roupas; ram ao Egito, Jacó e seus filhos: Rúben, o primogênito
mas a Benjamim ele deu trezentas peças de prata, e de Jacó,
cinco mudas de roupas. 9 e os filhos de Rúben: Enoque, e Palu, e Hezrom, e
23 E para seu pai ele enviou desta maneira: dez jumen- Carmi.
tos carregados com as coisas boas do Egito, e dez ju- 10 ¶ E os filhos de Simeão: Jemuel, e Jamim, e Oade, e

mentas carregadas com trigo e pão e alimento para Jaquim, e Zoar, e Saul, filho de uma mulher cananeia.
seu pai, para o caminho. 11 ¶ E os filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari.

24 Assim ele enviou seus irmãos, e eles partiram. E 12 ¶ E os filhos de Judá: Er, e Onã, e Selá, e Perez, e Ze-

ele lhes disse: Vede para que não contendais pelo rá; mas Er e Onã morreram na terra de Canaã; e os fi-
caminho. lhos de Perez foram Hezrom e Hamul.
25 ¶ E eles subiram e saíram do Egito, e vieram à terra 13 ¶ E os filhos de Issacar: Tola, e Puva, e Jó, e Sinrom.
14 ¶ E os filhos de Zebulom: Serede, e Elom, e Jaleel.
de Canaã até Jacó, seu pai;
26 e lhe contaram, dizendo: José ainda está vivo, e ele 15 Estes são os filhos de Lia, que ela deu a Jacó em Pa-

é governador sobre toda a terra do Egito. E o cora- dã-Arã, com Diná, sua filha; todas as almas de seus fi-
ção de Jacó desfaleceu, pois ele não acreditou neles. lhos e de suas filhas foram trinta e três.
27 E eles lhe contaram todas as palavras de José, que 16 ¶ E os filhos de Gade: Zifiom, e Hagi, e Suni, e Es-

ele lhes havia dito. E quando ele viu as carroças que bom, e Eri, e Arodi, e Areli.
17 ¶ E os filhos de Aser: Imna, e Isvá, e Isvi, e Be-
José havia enviado para levá-lo, reviveu o espírito de
Jacó, seu pai; rias, e Sera, irmã deles; e os filhos de Berias: Héber e
28 E Israel disse: Isto é o suficiente! José, meu filho, Malquiel.
18 Estes são os filhos de Zilpa, a qual Labão deu à sua
ainda está vivo. Eu irei e o verei antes que eu morra.
filha Lia; e ela deu estes a Jacó, dezesseis almas.
Jacó e sua família no Egito 19 Os filhos de Raquel, mulher de Jacó: José e Benjamim.

46 E Israel iniciou sua jornada com tudo que ele


tinha, e veio a Berseba, e ofereceu sacrifícios
ao Deus de seu pai Isaque.
20 ¶ E nasceram a José, na terra do Egito, Manassés

e Efraim, que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sa-


cerdote de Om.
2 E Deus falou a Israel em visões noturnas, e disse: Ja- 21 ¶ E os filhos de Benjamim foram Belá, e Bequer, e

có, Jacó. E ele disse: Aqui estou. Asbel, e Gera, e Naamã, e Eí, e Rôs, e Mupim, e Hu-
3 E ele disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não te- pim, e Arde.
mas em descer ao Egito, porque lá eu farei de ti uma 22 Estes são os filhos de Raquel, que nasceram a Jacó,

grande nação. ao todo foram catorze almas.


4 Eu descerei contigo ao Egito, e eu também certa- 23 ¶ E o filho de Dã: Husim.

mente te trarei de lá novamente. E José colocará a 24 ¶ E os filhos de Naftali: Jazeel, e Guni, e Jezer, e

sua mão sobre os teus olhos. Silém.


45:18 Gn 27:28; 46:34; 47:6,11,27 • 45:19 Gn 46:5• 45:27 ver 19 • 46:2 Gn 15:1; Jó 33:14,15 •  46:3 Gn 28:13; Gn 12:2 • 46:4 Gn 28:15; 48:21; Êx 3:8;
Gn 50:1,24 • 46:6 Dt 26:5; Js 24:4; Sl 105:23; Is 52:4; At 7:15 • 46:10 Êx 6:15 • 46:12 1Cr 2:5 • 46:16 Nm 26:15 • 46:17 Gn 30:13; 1Cr 7:30,31 • 46:20
Gn 41:51 • 46:21 1Cr 7:6‑12
82 a Gênesis 47 b

25  Estes são os filhos de Bila, a qual Labão deu à sua seus rebanhos. Porque a fome é dolorida na terra de
filha Raquel; e ela deu estes a Jacó; todas as almas fo- Canaã, por isso, suplicamos-te agora, deixa que teus
ram sete. servos habitem na terra de Gósen.
26 Todas as almas que vieram com Jacó ao Egito, que 5 E Faraó falou a José, dizendo: Teu pai e teus irmãos

saíram de seus lombos, fora as mulheres dos filhos de vieram a ti.


Jacó, todas as almas foram sessenta e seis. 6 A terra do Egito está diante de ti; no melhor da terra
27 E os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, fo- faze teu pai e teus irmãos habitar; na terra de Gósen,
ram duas almas. Todas as almas da casa de Jacó, que deixa-os habitar. E se tu conheces algum homem de
vieram ao Egito, foram setenta. atividade entre eles, então faze-os responsáveis por
meu gado.
Jacó se instala em Gósen 7 E José trouxe Jacó, seu pai, e o colocou diante de Fa-
28 ¶
  E ele enviou Judá adiante até José, para direcionar raó, e Jacó abençoou Faraó.
sua face para Gósen, e eles vieram à terra de Gósen. 8 E Faraó disse a Jacó: Quantos anos tu tens?
29 E José preparou sua carruagem, e subiu para encon- 9 E Jacó disse a Faraó: Os dias da minha peregrinação
trar Israel, seu pai, em Gósen, e se apresentou a ele, são cento e trinta anos. Poucos e maus têm sido os
e se lançou ao seu pescoço, e chorou ao seu pescoço dias dos anos da minha vida, e não alcançaram aos
por um bom tempo. dias dos anos da vida de meus pais nos dias de suas
30 E Israel disse a José: Agora, deixa-me morrer, pois
peregrinações.
eu vi a tua face, porque tu estás vivo ainda. 10 E Jacó abençoou Faraó, e saiu da presença de Faraó.
31 E José disse a seus irmãos, e à casa de seu pai: Eu 11 ¶ E José estabeleceu seu pai e seus irmãos, e lhes
subirei, e anunciarei a Faraó, para dizer-lhe: Meus ir- deu posses na terra do Egito, no melhor da terra, na
mãos e a casa de meu pai, que estavam na terra de terra de Ramessés, como Faraó ordenara.
Canaã, vieram a mim; 12 E José sustentou seu pai, e seus irmãos, e toda a ca-
32 e os homens são pastores, pois seu trabalho tem si- sa de seu pai com pão, de acordo com suas famílias.
do apascentar gado, e eles trouxeram seus rebanhos,
e seu gado, e tudo que eles têm. José e a fome
33 E acontecerá que, quando Faraó vos chamar, e lhes   E não havia pão em toda a terra, porque a fome
13 ¶

disser: Qual é a vossa ocupação? era muito dolorida, de modo que a terra do Egito e
34 vós direis: O negócio de teus servos tem sido com toda a terra de Canaã desfaleciam por causa da fome.
14 E José ajuntou todo o dinheiro que foi encontrado
gado desde a nossa juventude até agora, tanto a nos-
sa, como também de nossos pais, para que possais ha- na terra do Egito, e na terra de Canaã, pelo trigo que
bitar na terra de Gósen, pois todo pastor é uma abo- eles compravam, e José levou o dinheiro para a casa
minação para os egípcios. de Faraó.
15 E quando o dinheiro acabou na terra do Egito, e na

47 Então, José veio e contou a Faraó, e disse: Meu


pai e meus irmãos, e seus rebanhos, e seu ga-
do, e tudo que eles possuem vieram da terra de Ca-
terra de Canaã, todos os egípcios vieram a José, e dis-
seram: Dá-nos pão, por que morreremos na tua pre-
sença? Pois o dinheiro acabou.
naã; e eis que eles estão na terra de Gósen. 16 E José disse: Dai o vosso gado, e eu vos darei pelo
2 E ele tomou alguns de seus irmãos, cinco homens, vosso gado, se não há dinheiro.
e os apresentou a Faraó. 17 E eles levaram seu gado a José, e José lhes deu pão
3 E Faraó disse a seus irmãos: Qual é a vossa ocupa- em troca pelos cavalos, e pelos rebanhos, e pelo ga-
ção? E eles disseram a Faraó: Teus servos são pasto- do dos rebanhos, e pelos jumentos. E durante aque-
res, tanto nós como também nossos pais. le ano ele os alimentou em troca de todo o seu gado.
4 Disseram mais a Faraó: Viemos para peregrinar nes- 18 Quando aquele ano terminou, vieram a ele no se-

ta terra, porque teus servos não têm pastagem para gundo ano, e lhe disseram: Não ocultaremos a meu
46:25 Gn 30:8; Gn 29:29 • 46:26 Êx 1:5; Dt 10:22 • 46:27 At 7:14 • 46:29 Gn 45:14,15 • 46:31 Gn 47:1 • 46:33 Gn 47:3 • 46:34 Gn 43:32; Êx 8:26
• 47:1 Gn 46:31 • 47:3 Gn 46:33 • 47:4 Gn 15:13; Dt 26:5 • 47:4 Gn 43:1; Gn 46:34 • 47:9 Gn 25:7; Gn 35:28 • 47:10 ver 7 • 47:11 Êx 1:11; 12:37 •
47:13 Gn 41:30; At 7:11 • 47:14 Gn 41:56
a Gênesis 48 b 83

senhor que o nosso dinheiro acabou. Meu senhor 30 mas quando eu descansar com meus pais, tu me

Gn
também tem nossos rebanhos de gado. Nada nos so- levarás para fora do Egito, e me enterrarás no lugar
brou diante da vista do meu senhor, exceto nossos de sepultamento deles. E ele disse: Eu farei como tu
corpos e nossas terras. disseste.
19 Por que morreremos diante dos teus olhos, tanto 31 E ele disse: Jura-me. E ele lhe jurou. E Israel se cur-

nós, como a nossa terra? Compra a nós e a nossa ter- vou sobre a cabeceira da cama.
ra por pão, e nós e nossa terra seremos servos de Fa-
raó, e dá-nos semente, para que possamos viver, e não Jacó abençoa Efraim e Manassés
morrer, para que a terra não seja desolada.
20 E José comprou toda a terra do Egito para Faraó, 48  E aconteceu, depois destas coisas, que alguém
contou a José: Eis que teu pai está enfermo. E
ele tomou seus dois filhos, Manassés e Efraim.
porque os egípcios venderam, cada homem, o seu
2 E alguém contou a Jacó: Eis que teu filho José vem a
campo, porque a fome prevalecia sobre eles. Assim,
a terra passou a ser de Faraó. ti. E Israel se fortaleceu, e sentou-se sobre a sua cama.
21 E quanto ao povo, ele os removeu para as cidades, 3 E Jacó disse a José: O Deus Todo-poderoso me apa-

desde uma extremidade das fronteiras do Egito até a receu em Luz, na terra de Canaã, e me abençoou,
4 e me disse: Eis que eu te farei frutificar e te multipli-
outra extremidade.
22 Somente a terra dos sacerdotes ele não comprou, carei, e farei de ti uma multidão de povos, e darei esta
pois os sacerdotes possuíam uma porção atribuída por terra à tua semente depois de ti por possessão eterna.
5 ¶ E agora teus dois filhos, Efraim e Manassés, que
Faraó, e comiam a sua porção que Faraó lhes dava;
por isso, eles não venderam suas terras. te nasceram na terra do Egito, antes de eu vir a ti no
23 Então José disse a seu povo: Eis que neste dia com- Egito, são meus. Assim como Rúben e Simeão, eles
prei a vós e a vossa terra para Faraó. Vede, aqui há se- serão meus.
6 Mas a tua descendência, que gerares depois deles,
mente para vós, e semeareis a terra.
24 E acontecerá que, das colheitas, dareis uma quinta serão teus, e serão chamados segundo o nome de teus
parte a Faraó, e quatro partes serão vossas, para se- irmãos na sua herança.
7 Quanto a mim, quando eu vim de Padã, Raquel mor-
mear o campo, e para vosso alimento, e para os da vos-
sa família, e para alimento para os vossos pequenos. reu junto a mim na terra de Canaã, no caminho, quan-
25 E eles disseram: Tu salvaste as nossas vidas. Que do ainda havia somente um pequeno caminho para
encontremos graça à vista de meu senhor, e nós sere- chegar a Efrata. E eu a sepultei ali no caminho de Efra-
mos servos de Faraó. ta; esta é Belém.
26 E José fez esta lei sobre a terra do Egito até este dia, 8 E Israel viu os filhos de José, e disse: Quem são estes?
9 E José disse a seu pai: Estes são meus filhos, que
que Faraó deveria ter a quinta parte, exceto a terra
dos sacerdotes, que não se tornou de Faraó. Deus me deu neste lugar. E ele disse: Traze-os a mim,
rogo-te, e eu os abençoarei.
O pedido de Jacó a José 10 Ora, os olhos de Israel estavam escurecidos pela
27 ¶
  E Israel habitou na terra do Egito, na região de Gó- idade, de modo que ele não podia ver. E ele os levou
sen; e eles tinham posses ali, e cresceram, e se multi- para perto dele; e ele os beijou, e os abraçou.
plicaram grandemente. 11 E Israel disse a José: Eu não havia pensado em ver
28 E Jacó viveu na terra do Egito por dezessete anos. a tua face, e eis que Deus me mostrou também tua
Assim, toda a idade de Jacó foi cento e quarenta e se- semente.
te anos. 12 E José os tirou dentre os seus joelhos, e ele se cur-
29 E chegando-se o tempo que Israel devia morrer. vou com sua face em terra.
Ele chamou seu filho José, e lhe disse: Se agora eu en- 13 E José tomou os dois, Efraim em sua mão direita,

contrei graça à tua vista, rogo-te que ponhas tua mão em direção à esquerda de Israel, e Manassés na sua
debaixo da minha coxa, e age com bondade e verda- mão esquerda, em direção à direita de Israel, e os le-
de para comigo: Não me enterres, rogo-te, no Egito, vou para perto dele.
47:22 Dt 14:28,29; Ed 7:24 • 47:26 ver 22 • 47:29 Dt 31:14; Gn 24:2 • 47:30 Gn 49:29-32; 50:5,13 • 48:3 Gn 28:19; Gn 28:13; 35:9‑12 • 48:5 Gn 41:50-
52; 46:20; Js 14:4 • 48:7 Gn 35:19 • 48:9 Gn 33:5 • 48:10 Gn 27:1; Gn 27:27
84 a Gênesis 49 b

14 E Israel estendeu sua mão direita, e a colocou so-  Além disso, eu tenho dado a ti uma porção a mais
22

bre a cabeça de Efraim, que era o mais jovem, e sua que a teus irmãos, que eu tirei da mão dos amorreus
mão esquerda sobre a cabeça de Manassés, guian- com a minha espada e com o meu arco.
do suas mãos conscientemente, pois Manassés era
o primogênito. Profecia de Jacó para os seus filhos
15 ¶ E ele abençoou José, e disse: Deus, diante do qual

andaram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me


sustentou toda a minha longa vida até este dia,
49  E Jacó chamou seus filhos e disse: Reuni-vos,
para que eu possa vos dizer o que vos aconte-
cerá nos últimos dias.
16 o anjo que me redimiu de todo o mal, abençoe os ra- 2 Reuni-vos, e ouvi, filhos de Jacó, ouvi com atenção

pazes; e permita que meu nome seja colocado neles, a Israel, vosso pai.
3 ¶ Rúben, tu és o meu primogênito, minha força, e o
e o nome de meus pais Abraão e Isaque; e que os faça
crescer em uma multidão no meio da terra. princípio do meu vigor, a excelência da dignidade, e
17 E quando José viu que o seu pai colocou sua mão a excelência do poder.
4 Instável como a água, não serás superior, porquan-
direita sobre a cabeça de Efraim, isso o desagradou.
E ele levantou a mão de seu pai, para removê-la de to subiste à cama de teu pai, e então a contaminaste.
sobre a cabeça de Efraim para a cabeça de Manassés. Ele subiu à minha cama.
18 E José disse a seu pai: Assim não, meu pai, pois este é 5 ¶ Simeão e Levi são irmãos; instrumentos de cruel-

o primogênito; põe tua mão direita sobre a cabeça dele. dade são em suas habitações.
19 E seu pai se recusou, e disse: Eu sei, meu filho, eu 6 Oh! Minha alma, não entres no conselho secreto

sei. Ele também se tornará um povo, e ele também deles; minha honra não se una com a sua assembleia.
será grande. Mas em verdade seu irmão mais jovem Porque na sua ira mataram um homem, e na sua fú-
será maior do que ele, e sua semente se tornará uma ria derrubaram um muro.
multidão de nações. 7 Maldito seja seu furor, pois foi violento; e a sua ira,
20 E ele os abençoou naquele dia, dizendo: Em ti aben- pois foi cruel. Eu os dividirei em Jacó, e os espalha-
çoará Israel, dizendo: Deus te faça como Efraim e rei em Israel.
Manassés, e ele colocou Efraim diante de Manassés. 8 ¶ Judá, tu és aquele que teus irmãos louvarão. Tua
21 E Israel disse a José: Eis que eu morro, mas Deus mão estará no pescoço dos teus inimigos; os filhos de
estará convosco, e vos levará novamente à terra de teu pai se curvarão diante de ti.
vossos pais. 9 Judá é um filhote de um leão; da presa tu subiste,

48:15 Gn 17:1 • 48:16 Hb 11:21 • 48:17 ver 14 • 48:19 Gn 25:23 • 48:21 Gn 26:3; 46:4;  Gn 28:13; 50:24 • 48:22 Js 24:32; Jo 4:5 •  49:1 Nm 24:14 •
49:3 Gn 29:32; Dt 21:17 • 49:4 Gn 35:22; Dt 27:20 • 49:6 Pv 1:15; Ef 5:11; Gn 34:26 • 49:7 Js 19:1,9 • 49:8 1Cr 5:2 • 49:9 Nm 24:9

49:1-2. Com inspiração profética, Jacó reve- – Em todos os lugares encontramos aqueles seja capaz de dizer: “Não, não cometerei es-
la o destino de cada filho – Finalmente to- que não têm princípios firmes. Para estes, é sa grande impiedade e pecarei contra Deus”.
dos os filhos de Jacó foram reunidos em re- difícil resistir à tentação. Venha de onde vier, Esse tipo de natureza fraca que não tem espi-
dor de seu leito de morte. “E Jacó chamou os de qualquer direção e de qualquer maneira, nha dorsal para recusar decisivamente qual-
seus filhos e disse: Reuni-vos, para que eu todas as precauções devem ser tomadas pa- quer proposta que prejudique sua influência
possa vos dizer o que vos acontecerá nos ra cercar os indivíduos de influências que for- moral e religiosa aos olhos de Deus e do ho-
últimos dias. Reuni-vos, e ouvi, filhos de Ja- taleçam seu poder moral. Se estiverem sepa- mem está sempre sob o controle de Satanás
có, ouvi com atenção a Israel, vosso pai” (Gn rados de companhias e influência benéficas, muito mais do que sob o controle do Espírito
49:2 e 1). Muitas vezes, e com ansiedade, ha- e se estiverem se relacionando com aqueles de Deus. Eles são induzidos ao mal com muita
via pensado no futuro deles, e se esforçara que não são religiosos, logo se mostrarão que facilidade porque têm uma disposição muito
por figurar a si mesmo a história das diferen- não estão realmente ligados com o Céu; con- flexível, e dói dar-lhes um não retumbante e
tes tribos. Agora, quando os filhos esperavam fiaram em sua própria força. Foram elogiados dizer: “Não cometerei essa impiedade e pe-
receber sua última bênção, o Espírito de ins- e exaltados quando seus pés estavam sobre a cado contra Deus”. Se convidados a tomar
piração repousou sobre ele; e, em visão profé- areia movediça. São como Rúben, inconstan- uma bebida com homens ou mulheres, são
tica, ele lhes desvendou o futuro de seus des- tes como a água, não têm retidão em seu in- levados como um boi ao matadouro e se jun-
cendentes. Um após outro, os nomes de seus terior e, como Rubén, nunca se destacarão. O tam aos ímpios, que riem de sua pronta com-
filhos foram mencionados, descrito o caráter que você precisa é entender sua dependência placência. Eles não têm força interior para se
de cada um, e de modo breve predita a futura de Deus e ter um coração resoluto. Seja uma apoiar. Eles não confiam em Deus. Eles não
história da tribo (PP, 235). pessoa firme onde estiver; mostre força de têm princípios elevados quanto ao seu dever
49:3-4. Inconstantes como a água (Gn 39:9) caráter onde estiver; por meio de Jesus Cristo, (Ca 48, 1887).
a Gênesis 49 b 85

meu filho. Curva-se e deita-se como um leão, e como mãos foram fortalecidos pelas mãos do Deus podero-

Gn
um leão velho. Quem o despertará? so de Jacó; (de lá é o pastor, a rocha de Israel),
10 O cetro não se afastará de Judá, nem o legislador 25 pelo Deus de teu pai, que te ajudará, e pelo Todo-
dentre seus pés, até que venha Siló. E a ele se congre- -poderoso, que te abençoará com bênçãos do céu aci-
garão os povos. ma, bênçãos da profundeza que está abaixo, bênçãos
11 Amarra seu jumentinho à videira, e o filhote de sua
dos peitos e do útero.
jumenta à videira escolhida. Ele lavou suas vestes no 26 As bênçãos de teu pai prevalecerão sobre as bên-
vinho, e sua capa no sangue de uvas. çãos dos meus progenitores, até os últimos limites
12 Seus olhos serão vermelhos de vinho, e os seus den-
das colinas eternas. Elas estarão sobre a cabeça de Jo-
tes brancos de leite. sé, e na coroa da cabeça daquele que esteve separa-
13 ¶ Zebulom habitará no porto do mar, e ele será co-
do de seus irmãos.
mo um porto para os navios; e sua fronteira será em 27 ¶ Benjamim saqueará como um lobo; pela manhã
Sidom.
14 ¶ Issacar é um jumento forte, deitado entre dois
ele devorará a presa e à noite dividirá o despojo.
fardos. Morte e sepultamento de Jacó
15 E ele viu que o descanso era bom, e que a terra era
  Todas estas são as doze tribos de Israel, e isto foi
28 ¶
prazerosa. E curvou seu ombro para carregar, e se tor- o que seu pai lhes falou, e os abençoou, cada um de
nou um servo de tributo. acordo com sua bênção ele os abençoou.
16 ¶ Dã julgará seu povo, como uma das tribos de
29 E ele lhes ordenou, e lhes disse: Eu serei reunido
Israel.
17 Dã será uma serpente junto ao caminho, uma víbo-
ao meu povo; sepultai-me com meus pais na caverna
que está no campo de Efrom, o heteu,
ra junto à vereda, que morde os calcanhares do cava- 30 na caverna que está no campo de ­Macpela, que es-
lo, de modo que seu cavaleiro cairá para trás.
18 Eu tenho esperado pela tua salvação, ó S ­ enhor. tá diante de Manre, na terra de Canaã, que Abraão
19 ¶ Gade, uma tropa o suplantará, mas no final ele comprou com o campo de Efrom, o heteu, como uma
prevalecerá. possessão para um lugar de sepultamento.
31 Ali eles sepultaram Abraão e Sara, sua esposa; ali
20 ¶ De Aser seu pão será gordura, e ele produzirá de-

lícias reais. sepultaram Isaque e Rebeca, sua esposa; e ali eu se-


21 ¶ Naftali é uma cerva solta; ele dá palavras bondosas. pultei Lia.
22 ¶ José é um ramo frutífero, um ramo frutífero junto 32 A compra do campo e da caverna que está nele foi

à fonte, cujos ramos correm sobre o muro. dos filhos de Hete.


23 Os arqueiros o amarguraram, e atiraram nele, e o 33 E quando Jacó terminou de dar ordens a seus filhos,

odiaram, ele recolheu seus pés dentro da cama, e rendeu o es-


24 mas o seu arco habitou na força, e os braços das suas pírito, e foi reunido ao seu povo.
49:10 Nm 24:17,19; Sl 60:7; Sl 2:9; Is 42:1,4 • 49:13 Dt 33:18,19 • 49:16 Dt 33:22 • 49:17 Jz 18:27 • 49:19 Dt 33:20 • 49:20 Dt 33:24 • 49:21 Dt 33:23 •
49:22 Dt 33:13‑17 • 49:24 Sl 18:34; Sl 132:2,5; Is 1:24; 41:10; Is 28:16 • 49:25 Gn 28:13; Gn 27:28 • 49:26 Dt 33:15,16 • 49:29 Gn 25:8 • 49:31 Gn 25:9;
Gn 23:19; Gn 35:29 • 49:33 ver 29; Gn 25:8; At 7:15

49:10. Jacó profetizou sobre Jesus – O Mes- levado nas mãos por chefes e governantes co- descendentes... Ele viu um maravilhoso Conse-
sias devia provir de linhagem real; pois na pro- mo símbolo de autoridade... A insígnia tribal lheiro levantar-Se do meio daquela tribo. Era a
fecia feita por Jacó o Senhor disse: “O cetro não permanecerá. Judá não cessará de ser uma Semente prometida, Siló, o Enviado de Deus,
se arredará de Judá, nem o legislador dentre tribo distinta até que venha Siló... E a tribo que deveria estabelecer um reino espiritual.
seus pés, até que venha Siló; e a Ele se congre- de Judá realmente manteve sua supremacia Jacó viu o tempo em que o cetro não mais es-
garão os povos” (Gn 49:10) (AA, 223). através de todas as adversidades, até ao pri- taria nas mãos de Judá. As nações estariam
“O cetro não se arredará de Judá, nem o meiro advento de Cristo. Permaneceu como reunidas sob a bandeira de Cristo. Quando os
bastão de entre seus pés, até que venha Si- tribo distinta até à chegada de Siló. Quase se- judeus compareceram diante de Pilatos para
ló; e a Ele obedecerão os povos”. Essa profe- tecentos anos antes da morte de Cristo, profe- prender a Cristo, disseram: “Não temos rei, se-
cia foi proferida pelo moribundo Jacó e diri- riu o moribundo Jacó essa profecia. O próprio não César!” (Jo 19:15). Com isso, confessaram
gida a seus filhos. Mas também se cumpriria Cristo afastou o véu, para que com visão pro- que o cetro se havia mesmo apartado de Judá
em gerações futuras... O cetro é um bastão fética pudesse Jacó traçar a história de seus (Ms 110, 1897).
86 a Gênesis 50 b

50  E José caiu sobre a face de seu pai, e chorou


sobre ele, e o beijou.
2 E José ordenou a seus servos, os médicos, que em-
14 ¶
  E José retornou ao Egito, ele, e seus irmãos, e to-
dos que subiram com ele para sepultar seu pai, após
ele ter sepultado seu pai.
balsamassem seu pai. E os médicos embalsamaram
­Israel. A morte de José
3 E quarenta dias foram cumpridos para ele, porque 15 ¶
  E quando os irmãos de José viram que seu pai es-
assim são cumpridos os dias daqueles que são embal- tava morto, eles disseram: José talvez nos odeie, e
samados. E os egípcios choraram por ele setenta dias. certamente exigirá de nós todo mal que lhe fizemos.
4 E quando haviam passados os dias do seu luto, José 16 E eles enviaram um mensageiro a José dizendo: Teu

falou à casa de Faraó, dizendo: Se agora eu encontrei pai ordenou antes de morrer, dizendo:
17 Assim direis a José: Perdoa, rogo-te agora, a trans-
graça aos vossos olhos, rogo-vos que faleis aos ouvi-
dos de Faraó, dizendo: gressão de teus irmãos, e o pecado deles, pois eles te
5 Meu pai me fez jurar: Eis que morrerei. No meu tú- fizeram mal, e agora, rogamos-te, perdoa a transgres-
mulo que eu cavei para mim na terra de Canaã, ali tu são dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quan-
me sepultarás. Por isso, permita-me que eu suba, ro- do falaram com ele.
18 E seus irmãos também foram e caíram diante da fa-
go-te, e sepulte meu pai, e retornarei.
6 E Faraó disse: Sobe, e sepulta teu pai, de acordo com ce dele, e disseram: Eis que somos teus servos.
19 E José lhes disse: Não temais, pois estaria eu no lu-
o que ele te fez jurar.
7 ¶ E José subiu para sepultar seu pai, e com ele subi- gar de Deus?
20 Mas quanto a vós, intentastes o mal contra mim,
ram todos os servos de Faraó, os anciãos de sua casa,
e todos os anciãos da terra do Egito, mas Deus intentou para o bem, para fazer como é nes-
8 e toda a casa de José, seus irmãos, e a casa de seu pai. te dia, para salvar muitas pessoas com vida.
Somente os seus pequenos, seus rebanhos e seu gado 21 Por isso, não temais. Eu vos sustentarei, e a vos-

eles deixaram na terra de Gósen. sos pequenos. E ele os confortou, e falou com eles
9 E subiram com ele tanto carruagens quanto cavalei- bondosamente.
ros; e era muito grande a comitiva. 22 ¶ E José habitou no Egito, ele, e a casa de seu pai. E
10 E eles chegaram à eira de Atade, que está além do José viveu cento e dez anos.
Jordão, e ali eles choraram com grande e triste pranto, 23 E José viu os filhos de Efraim da terceira geração.

e ele pranteou por seu pai durante sete dias. Também os filhos de Maquir, filho de Manassés, nas-
11 E quando os habitantes da terra, os cananeus, viram ceram sobre os joelhos de José.
o pranto na eira de Atade, eles disseram: Este é um 24 E José disse a seus irmãos: Eu morrerei, e Deus cer-

pranto gravíssimo para os egípcios, pelo que o nome tamente vos visitará, e vos tirará desta terra para a ter-
foi chamado Abel-Mizraim, que está além do Jordão. ra que ele jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó.
12 E seus filhos lhe fizeram conforme ele lhes ordenara, 25 E José tomou um juramento dos filhos de Israel, di-
13 pois seus filhos o levaram à terra de Canaã, e o zendo: Deus certamente vos visitará, e vós levareis
sepultaram na caverna do campo de Macpela, que os meus ossos daqui.
Abraão comprou com o campo para possessão de um 26 Assim José morreu, tendo cento e dez anos de ida-

lugar de sepultamento de Efrom, o heteu, diante de de, e eles o embalsamaram, e ele foi posto em um cai-
Manre. xão no Egito.
50:1 Gn 46:4 • 50:2 ver 26; 2Cr 16:14 • 50:5 Is 22:16; Gn 47:31• 50:10 At 8:2; 1Sm 31:13; Jó 2:13 • 50:13 Gn 23:20; At 7:16 • 50:15 Gn 37:28• 50:18
Gn 37:7• 50:19 Rm 12:19; Hb 10:30•  50:20 Rm 8:28; Gn 45:5 • 50:21 Gn 45:11• 50:24 Gn 12:7; 26:3; 28:13; 35:12

50:15. Os irmãos de José mediram-lhe o ca-


ráter pelo deles – Os perseguidores de Cristo
tentaram medir-Lhe o caráter pelo deles pró-
prios; tinham-nO figurado tão vil como eles
(DTN, 731).

Você também pode gostar