Antrpogeomorfologia
Antrpogeomorfologia
Antrpogeomorfologia
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ISSN 2446-9165
RESUMO
A dinâmica de ocupação e uso da terra contribui para a organização de morfologias que adquirem
caráter antropogênico. Assim, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de realizar uma
revisão de literatura sobre os estudos do Homem enquanto agente geomorfológico, bem como
apresentar dois estudos de casos que retratam as transformações ocorridas em tempo histórico:
um deles em regiões agropastoris e outro em área vinculada a atividades de mineração. Estudos
atrelados à antropogeomorfologia podem contribuir para o planejamento ambiental dos sistemas
físico-ambientais, promovendo o mínimo impacto desencadeado pelo processo de ocupação sobre
as formas do relevo e rede de drenagem, a fim de evitar situações de risco para as diferentes
atividades antrópicas desenvolvidas.
ABSTRACT
Land use/cover dynamics contributes to the organization of anthropogenic morphologies. This
work aims to carrying out a literature review that enables the analysis of the evolution of man as
geomorphological agent and present two Brazilian case studies that depict transformations
occurred in historical time scale: in agricultural regions and mining activities areas. Studies linked
to anthropogenic geomorphology may contribute to the environmental planning of physical-
environmental systems, promoting minimal impact triggered by the spatial occupation over the
landforms and drainage net, to avoid risky situations for the different human activities developed.
1 - Introdução
Christofoletti (1967) e Perez Filho et al. (2001) afirmam que a ação antrópica atribui
características artificiais aos sistemas geomorfológicos e hidrográficos a partir de
interferências na morfodinâmica e manifestam a necessidade em analisar as repercussões
que a atividade humana desencadeia sobre os processos geomorfológicos. Tais estudos
devem basear-se numa perspectiva histórica, ou seja, que se esforce em avaliar a evolução
da intervenção antrópica, procurando compreender de que modo essas contribuíram para
o controle da morfodinâmica, através da aceleração, estagnação ou eliminação de
determinados processos evidenciados na atualidade.
Partindo destas considerações iniciais, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de
realizar uma revisão de literaturas que possibilite a análise da evolução dos estudos
atrelados a ação do Homem enquanto agente geomorfológico, bem como apresentar dois
estudos de caso, oriundos de pesquisas desenvolvidas pelos grupos “Geomorfologia e
A ação do Homem sobre a natureza se iniciou a partir da organização dos grupos nômades
que conduziam práticas agrícolas incipientes, no médio Holoceno (ZALASIEWICZ et
al., 2008). Entretanto, a intensificação das técnicas de apropriação e transformação da
natureza pode ser considerada recente (ELORZA, 2007), com maior desenvolvimento a
partir da Revolução Industrial (GOUDIE, 1977; 1986; 1993) a partir do aumento das áreas
urbanas, da produção agrícola e da exploração dos recursos minerais que promoveram
alterações na cobertura vegetal original (SIMON et al., 2010; SIMON; TRENTIN, 2009).
dos fatores naturais, desencadeados em uma escala de tempo geológica (BROWN, 1971;
SUERTEGARAY; NUNES, 2001; ROSSATO; SUERTEGARAY, 2000 ).
A obra mais importante deste período foi escrita por Dov Nir (1983) e já no título
evidencia a Geomorfologia Antrópica como o termo que caracteriza as distintas formas
Nir (1983) propõe análises geomorfológicas que contemplem períodos pré e pós
significativa intervenção humana, destacando a necessidade de um cenário base para a
avaliação das derivações antrópicas sobre as formas do relevo. Assim, possibilita o
desenvolvimento de análises sistêmicas nos estudos vinculados à geomorfologia
antropogênica, pois conduz a compreensão da relação existente entre os elementos físico-
ambientais e socioeconômicos ao longo do tempo, bem como as consequentes
transformações espaciais decorrentes do controle humano sobre os processos naturais.
No início da década de 1990, Goudie (1993) destacou que as variações no clima atuam
na evolução dos diferentes domínios morfoclimáticos, sendo que o relevo responde por
alterações na cobertura vegetal, na precipitação e no escoamento superficial. Expôs ainda
a necessidade de estudos geomorfológicos a longo prazo e propôs a utilização de técnicas
de sensoriamento remoto e cartografia geomorfológica para identificar, mensurar e
compreender os processos decorrentes dessas mudanças em escala local, dentro dos
diferentes domínios morfoclimáticos globais.
Oliveira (1994) e Pellogia (1997, 1998, 2005) consideram que a interferência antrópica
ocorre de forma significativa sobre as formas do relevo e o substrato geológico, a ponto
de atuar no desenvolvimento de depósitos construídos, induzidos ou modificados
(OLIVEIRA, 1994). Os autores citados explicam que a gênese antrópica e a velocidade
da formação destes depósitos seriam alheias ao tempo geológico, respeitando o tempo
histórico da ação das técnicas das sociedades. Assim, o conjunto de formas e processos
derivados da ação antrópica deveria ser classificado dentro de um novo período: o
Quinário ou Tecnógeno (PELLOGIA, 1998).
Perez Filho et al. (2001), Rodrigues (2006), Simon e Cunha (2008), Simon (2010), Perez
Filho e Quaresma (2011) realizaram análises históricas sobre o comportamento dos canais
de drenagem em bacias hidrográficas controladas pela alteração do nível de base
efetivado pela construção de reservatórios hidrelétricos e de captação de água e
verificaram modificações nas densidades de rios e de drenagem em áreas de nascentes.
Bray (1998) evidencia que a organização espacial da produção de açúcar nas usinas do
estado de São Paulo teve um aumento considerável na região de Piracicaba, que hoje
concentra uma das maiores áreas de cultivo de cana-de-açúcar e pode ser considerada
como o vetor de expansão dessas lavouras.
A área em questão possui 92,3 km² e está situada, em sua maior parte, nas superfícies
pertencentes à Depressão Periférica Paulista onde ocorrem formas do relevo mais suaves
e passíveis de expansão de zonas agricultáveis. A bacia também possui extensões no setor
cuestiforme, demarcadas por elevado gradiente altimétrico, e no reverso cuestiforme,
onde as feições do relevo possuem características mais suavizadas.
Para avaliar a intensidade das alterações ocorridas na bacia do Ribeirão Bonito em face
dos mecanismos de controle operantes sobre o sistema geomorfológico foram
empregados os seguintes procedimentos metodológicos: 1) Mapeamento do uso da terra
da bacia hidrográfica do Ribeirão Bonito, em escala 1:50.000, em três cenários: 1962,
1972 (com base na interpretação de pares estereoscópicos de fotografias aéreas em escala
1:25.000) e 2007 (interpretação de imagens orbitais do sensor PRISM, componente do
sistema ALOS), utilizando o sistema de classificação proposto pelo IBGE (2006), a fim
de analisar a dinâmica de uso da terra, bem como os setores de maior expansão das
e a densidade de drenagem (relação entre o comprimento total dos canais fluviais e a área
da bacia). Estes dados possibilitaram análises sobre a alteração espacial dos canais
fluviais em função do reajuste destes às mudanças no nível de base e nas taxas de erosão
e sedimentação vinculadas às formas de uso da terra.
A Figura 2 evidencia a evolução das classes de uso da terra na bacia do Ribeirão Bonito.
A expansão da cana-de-açúcar desencadeou a diminuição das áreas de pasto limpo e pasto
sujo que compõe o conjunto de coberturas vegetais primitivas destacadas por Troppmair
(1969). Da mesma forma, as áreas destinadas ao plantio de culturas alimentares (feijão,
milho, batata e hortaliças), passaram por grande retração, assinalando a intensificação das
atividades voltadas à monocultura canavieira e à obtenção de renda em detrimento de
gêneros agrícolas destinados à subsistência e comercialização local.
Figura 2 - Evolução espacial das classes de uso da terra na bacia do Ribeirão Bonito –
SP (Brasil). Área total da bacia do ribeirão Bonito 92,3 km².
Nota: A localização das amostras circulares na bacia do Ribeirão Bonito pode ser verificada na Figura 1.
Fonte: Elaboração dos autores (2015).
A amostra circular 1 representa a área do baixo curso da bacia do Ribeirão Bonito alagada
pelo reservatório de Barra Bonita (Figura 3). O avanço da cana ocorreu sobre superfícies
com declividades suaves, sendo limitado pela existência de rupturas no declive que
impediram a expansão até os compartimentos de fundo de vale. Entre os anos de 1962 e
Na amostra circular 2 houve uma redução de 100% nas densidades de rios e de drenagem
(Figura 3). Os canais fluviais verificados em 1962 consistiam em pequenos filetes
organizados em compartimentos de fundo de vale em “V”, margeados por uma faixa
restrita de pasto sujo. Em 2007 a cana-de-açúcar predomina na área de abrangência da
amostra, tendo desencadeado o seccionamento das vertentes a partir da construção de
terraços agrícolas. As estradas no interior das lavouras de cana-de-açúcar seguem o
sentido dos terraços e também foram construídas nos compartimentos de fundo de vale,
causando o aterramento dos canais fluviais principais. Nas encostas a ampliação da área
destinada ao cultivo de cana causou o soterramento dos cursos de água.
As unidades geológicas que afloram dentro dos limites da bacia hidrográfica do Ribeirão
Santa Gertrudes/SP (Figura 7) correspondem às formações Corumbataí e Serra Geral. A
Formação Serra Geral situa-se por todo o rebordo Leste, Noroeste, Norte e Nordeste da
área de estudo, sendo formado por rochas intrusivas básicas. A Formação Corumbataí
preenche a área restante da bacia e corresponde a siltitos, folhelhos e argilitos com
intercalação de camadas carbonáticas e coquinhas. Os aluviões estão presentes em alguns
trechos que margeiam, principalmente, o baixo curso do Ribeirão Santa Gertrudes,
tratando-se de areias e argilas inconsolidadas com granulações variáveis.
A interpretação das fotografias aéreas, na elaboração das cartas de uso da terra, ocorreu
de acordo com o estudo de Ceron e Diniz (1966), os quais utilizam a identificação dos
elementos de interpretação, tais como: cor, textura, forma da parcela, dimensão da área
cultivada, dimensão dos campos de cultivo, altura, espaçamento, restos de colheita e
arranjo espacial.
Os dados obtidos a partir do mapeamento de uso da terra para os anos de 1962, 1988 e
2006 são apresentados na Figura 5 e permitem a realização de considerações sobre a
dinâmica de uso da terra ocorrido na bacia hidrográfica do Ribeirão Santa Gertrudes.
Figura 5 - Área ocupada por cada classe de uso da terra na bacia hidrográfica do
Ribeirão Santa Gertrudes no período de 1962, 1988 e 2006
Constata-se que as classes de uso da terra que apresentaram aumento nos três cenários
foram a cana-de-açúcar, a cobertura herbácea em antigas áreas de mineração, os
reservatórios artificiais, as matas ciliares e florestas de encostas e a cultura anual. Face ao
crescimento das classes de uso da terra supracitadas, outras quatro registraram um
declínio: citricultura, silvicultura, pasto limpo e pasto sujo. Usos da terra referentes às
residências rurais e áreas industriais, minas a céu aberto e alagamento sazonal
apresentaram uma dinâmica temporal pouco significativa.
Os dados extraídos do cenário de 2006 (Figura 5) revelam uma alteração no perfil da área.
Embora a cultura da cana-de-açúcar predomine, as classes vinculadas à mineração
mostram-se proeminentes. Ao agrupar as classes de cobertura herbácea em antigas áreas
de mineração, minas a céu aberto e reservatórios artificiais, têm-se 19% da ocupação da
área vinculada a atividades de mineração.
Os dados que compõem o Tabela 3, permitem constatar que a somatória das extensões
lineares das rupturas abruptas e suaves manteve-se praticamente constante entre os anos
de 1962, 1988 e 2006. O diferencial entre estes valores está na evolução da extensão das
rupturas suaves e recuo nas rupturas abruptas que se deram de forma progressiva. Outra
forma indicativa de processos erosivos a ser considerada constitui-se na extensão dos
sulcos erosivos, que apresentam pouca variação entre os cenários de 1962 e 1988 e uma
brusca diminuição no cenário de 2006.
Para possibilitar uma melhor visualização das modificações que o uso da terra causou
sobre as feições geomorfológicas na constituição de formas antropogênicas, foi escolhido
um fragmento espacial inserido na bacia hidrográfica do Ribeirão Santa Gertrudes/SP. A
seleção desse fragmento, apresentado nas Figuras 6 e 7, permite evidenciar o controle
antrópico, por meio da representação dos usos da terra, inicialmente vinculados a
A análise dos fragmentos espaciais permite constatar que as informações geradas pelo
mapeamento geomorfológico do ano de 1962 (Figura 7), referem-se a um quadro com
pouca intervenção em relação às atividades de mineração, no qual é possível identificar
elementos da geomorfologia original da área. Os cenários de 1988 e 2006 (Figura 7)
apresentam muitos setores em que o relevo foi nitidamente alterado pela ação antrópica,
inicialmente vinculado às áreas de cultura da cana-de-açúcar e posteriormente à
mineração de argila. Estas alterações podem ser constatadas a partir de dados mensuráveis
de diversas feições do relevo (Tabela 3) e que diferem do cenário tido como representante
da geomorfologia original, o que permite configurá-los como representativos da
geomorfologia antropogênica.
Outro dado obtido por meio do mapeamento geomorfológico e que permite comprovar a
existência de uma geomorfologia antropogênica vincula-se as áreas de acumulação fluvial
(Figura 7), que apresentaram crescimento expressivo entre os cenários de 1962, 1988 e
2006 (Tabela 3). No ano de 1962, o acúmulo de sedimentos nos fundos de vale
possivelmente relaciona-se à busca pelo perfil de equilíbrio da drenagem, configurando-
se em um fenômeno natural que ocorre em áreas restritas e em escala de tempo geológico.
Porém, a partir do ano de 1962 foi possível constatar um significativo aumento das áreas
de acumulação de sedimentos na bacia hidrográfica do Ribeirão Santa Gertrudes (Tabela
3 e Figuras 7), devido às grandes quantidades de sedimentos depositados nos fundos de
vale – principalmente no baixo e médio curso da bacia – provenientes da explotação das
minas de argila e da erosão laminar das vertentes devido ao uso da terra fortemente
atrelado à cana-de-açúcar. Este fato evidencia uma brusca interferência de ações
realizadas pelo homem no sistema em questão e que tem dado origem a novas formas no
relevo passíveis de serem mapeadas em escala de tempo histórica.
5 - Considerações finais
sentido de promover sua integração com situações de ordem prática que envolvem a
relação entre o sistema socioeconômico com o sistema físico-ambiental e que podem
contribuir para o planejamento do processo de ocupação e uso da terra. Entretanto, alguns
desafios e potencialidades teórico-metodológicas são apontados para os estudos futuros a
ser desenvolvidos no escopo desta temática:
(1) A cartografia geomorfologia apresenta-se como principal técnica utilizada nos estudos
vinculados à antropogeomorfologia, pois, quando aplicada em intervalos de tempo sobre
um mesmo fragmento espacial concede respaldo a análise das formas e, por dedução, aos
processos que atuam sobre determinado sistema subordinado aos mecanismos de controle
antrópico. Os dados espaciais obtidos a partir dos mapeamentos geomorfológicos
retrospectivos devem subsidiar a escolha de pontos adequados para a aplicação de outras
técnicas que possibilitem a avaliação do relevo antropogênico, como por exemplo, a
datação de sedimentos e a aplicação de experimentos em campo, auxiliando assim no
aprofundamento das considerações sobre a complexa intervenção do homem em sistemas
geomorfológicos.
(2) Análises sobre a dinâmica do uso da terra devem ser correlacionadas com as técnicas
de cartográfica geomorfológica retrospectiva, pois fornecem subsidio para a avaliação da
evolução do relevo antropogênico. Entretanto, considera-se importante o
desenvolvimento de estudos experimentais que compreendam como as formas e
processos do relevo respondem às distintas técnicas empregadas na consolidação dos
padrões de uso da terra.
(5) Por fim, cabe salientar que embora exista uma gama de simbologias que podem ser
utilizadas no desenvolvimento de mapeamentos geomorfológicos, surge a necessidade de
discussão e desenvolvimento de uma simbologia específica para a identificação de feições
antropogênicas. Soma-se a esta questão o fato de algumas morfologias de origem
antrópica serem peculiares a determinados padrões de uso da terra e a contextos
litomorfológicos específicos, o que dificulta a organização de uma legenda de caráter
universal.
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